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CHOQUE SÉPTICO PROTOCOLO ADRIANA BERNARDES ANA CLAUDIA O que é Sepse? É uma resposta sistêmica complexa e potencialmente grave. É desencadeada por uma resposta inflamatória sistêmica acentuada diante de uma infecçao que pode ser causada por: Bactérias Vírus Fungos Protozoários Essa reação é a forma que o organismo encontra para combater o micro- organismo agressor. O sistema de defesa libera mediadores químicos que espalham a inflamação pelo organismo, que detemina a disfunção ou a falência de múltiplos orgãos É manisfetada em diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, sendo um desafio pra médicos de diferentes especialidades, dada a necessidade de pronto reconhecimento e tratamento precoce. A sepse vem adquirindo crescente importância, seja pela melhoria no atendimento de emergência, fazendo com que pacientes graves sobrevivam. Seja pelo aumento da populção idosa e do número de pacientes imunossuprimidos, criando assim uma populção suscetível ao desenvolvimento de infecções graves. O crescimento a resitência bacteriana também contribui para esse aumento. Sepse é a principal causa de morte em unidades de teparia intensiva(UTIs), não cardiológicas com elevadas taxas de letalidade. Sintomas Febre alta/ baixa temperatura Pele quente e ruborizada Elevada frequência cardíaca Hiperventilação Estado mental alterado Edema Queda da pressão sanguínea Causas Focos infecciosos podem se instalar em alguns orgãos como: Pulmão – pneumonia/ PAV Abdômem – apendicite, peritonite, infecções biliares Rins e bexiga – infecções urinárias e renais Pele - feridas, celulite, erisipela(abertura para introdução de cateteres e sondas) Sistema nervoso central - meningite Diagnóstico Depende da avaliação clínica e laboratorial criteriosa para identificar e tratar a doença. Exames de sangue como hemograma e hemocultura, Cultura de secreções respiratórias e das lesões cutâneas Exames de imagens como: raio X, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, podem ser úteis para escarecer o diagnóstico. Tratamento Diagnóstico precoce e início imediato do tratamento são medidas fundamentais para o controle da sepse e suas complicações. Em geral, o acompanhamento e realizado em UTIs Mesmo antes de identificar o agente infeccioso, são introduzidos antibióticos de largo espectro por via endovenosa. Medicamentos vasopressores, que ajudam a contrair os vasos e a estabilizar os níveis da pressão arterial. Há casos ainda, que exigem medidas de suporte, como a hemodiálise por causa da insuficiência renal, a fim de eliminar as toxinas e o excesso de líquido, ventilação mecânica para controlar a insuficiência respiratória. Definições de sepse e choque séptico, conforme consenso de 2016 Sepse Disfunção orgânica ameaçadora á vida secundária á resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção. Disfunção orgânica: aumento em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) como consequência da infecção. Choque Séptico Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundária a sepse o suficiente para aumentar significativamente a mortalidade. Requer a presença de hipotensão com necessidade de vasopressores para manter pressão arterial média > 65mmHg e lactado > 2mmol/L após adequada ressuscitação volêmica. Choque Séptico Estado de falência circulatória aguda, que resulta de uma infecção grave. O agente causador pode ser sistêmico ou localizado. O choque séptico é uma subclasse de choque distributivo, uma condição na qual a ditribuição anormal de fluídos nos vasos sanguíneos, que resulta em fornecimento inadequado de sangue para os tecidos do corpo, resultando em isquemia e disfunção desses tecidos. Sintomas Cérebro: confusão mental, sonolência, agitação, alucinações Pulmôes: respiração muita rápida, falta de ar, muito cansaço Coração: pressão baixa, tontura, vertigens, muita sede Rins: diminuição da quantidade de urina Sangue: queda nas plaquetas e icterícia Diagnóstico Clínico Rebaixamento do nível de consciência Débito urinário reduzido Pulsos periféricos finos Taquicardia Hipotermia ou hipertermia Extremidades frias Hipotensão, aparece tardiamente, não se deve esperar a hipotensão para o diagnóstico Cuidados de Enfermagem Instituir medidas de aquecimento corpóreo, Administrar antibioticoterapia mediante prescrição e fármacos conforme protocolo instituído, Monitorar e avaliar as alterações de: nível de consciência, umidade, temperatura da pele, aspecto de mucosas e unhas, pressão arterial, sons pulmonares, sons cardíacos, balanço hídrico, pressão venosa central, frequência respiratória, pulso periférico, Administrar e monitorar fluídos, terapêutica vasoativa e inotrópicas, Realizar, avaliar, anotar débito urinário e balanço hídrico a cada 2 horas, Manter cuidados com a ventilação mecânica, Manter técnica asséptica durante o manuseio com o paciente Protocolo Em 2004, foram elaboradas e publicadas diretrizes para o tratamento de sepse e choque séptico, as mesmas foram revisadas em 2012. Em 26 de maio de 2017 a Assembleia Mundial de Saúde da OMS, definiu a sepse como uma das prioridades globais na área da saúde, com o objetivo de melhorar a prevenção , diagnóstico e tratamento da sepse por meio de ações dirigidas em todo mundo. Uma vez diagnosticada a sepse ou choque séptico , condutas que visam á estabilização do paciente são prioritárias e devem ser tomadas imediatamente, dentro das primeiras horas. Foram criados pacotes da sepse, inicialmente foram criados os pacote de 6 e 24 horas, os pacotes atuais são de 3 e 6 horas Pacotes de tratamento Pacote de 3 horas Coleta de hemocultura antes do início da antibioticoterapia, Coleta de lactato sérico, Inicio do antibiótico na primeira hora após o diagnóstico, Reposição volêmica agressiva precoce nos pacientes com hipotensão ou lactato 2 vezes o valor normal. Pacote de 6 horas Uso de vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65mmHg, Reavaliação do estado volêmico e da perfusão tecidual, Nova mensuração de lactato para pacientes com hiperlactatemia inicial. Objetivos do Protocolo Redução da mortalidade é consequência de: Menor tempo para diagnóstico/Diagnóstico mais precoce Menor tempo para tratamento Aderências aos itens do protocolo Recomendação CFM n° 6/2014 Recomendar que em todo os níveis de atendimento á saúde sejam estabelecidos protocolos assistenciais para o reconhecimento precoce e o tratamento de pacientes com sepse; a capacitação dos médicos para enfrentamento deste problema, e a promoção de campanhas de conscientização do público leigo, entre outras providências.
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