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FACULDADE DE ENGENHARIA DE GUARATINGUETÁ Relatório de Física Experimental II Circuito RL e RC Cecília Rodrigues Moreira Chiarantano Pavão 171324081 Felipe de Paula Barbosa 171322398 Patrícia Vilares 171320913 Tayslâine Borges Nascimento 171324129 Turma: 221 Professor Responsável: Konstantin Georgiev Kostov 04/10/2018 SUMÁRIO 1. OBJETIVO ..................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO ............................................................................... 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................. 4 3.1. MATERIAIS ............................................................................... 4 3.2. MÉTODOS ................................................................................. 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................. 5 5. CONCLUSÃO ................................................................................ 6 EXPERIMENTO 09– Circuito RL e RC 1. OBJETIVO A determinação da capacitância no circuito através do ângulo da defasagem entre a corrente e a voltagem no circuito. 2. INTRODUÇÃO Nos circuitos de corrente contínua, a resistência elétrica é a única grandeza que expressa o impedimento a passagem da corrente elétrica. Em corrente alternada, existem outros efeitos além do resistivo que influenciam a passagem de corrente no circuito; por exemplo, a indutância quando o circuito contém bobinas, ou a capacitância quando o circuito contém capacitores. Deste modo, a razão tensão/corrente em um circuito de corrente alternada não depende apenas das resistências elétricas do mesmo. Consideremos um circuito RC série alimentada por uma fonte com sinal senoidal de frequência f. Vamos admitir uma corrente no circuito dada por: i(t) = I0sen(ωt) (0.1) onde I0 é a amplitude e ω a frequência angular ( ω = 2πf ). Em excitação por um sinal senoidal em um resistor, a corrente e a voltagem estão em fase. Para os circuitos de corrente alternada, a relação entre a tensão e corrente é chamada de impedância, que é ZR = R, ou seja, a própria resistência do resistor. No capacitor a voltagem e a corrente estão defasadas π/2 rad com a corrente adiantada em relação à voltagem. A impedância é XC = 1/(ωC), chamada de reatância capacitiva. A unidade da impedância e reatância no S.I. é ohm, símbolo Ω. Com a corrente dada conforme a equação (0.1) a amplitude voltagem no resistor e no capacitor são respectivamente RI0 e XC I0 e os valores instantâneos escritos como: vR(t) = RI0sen(ωt) (0.2) vC (t) = XC I0sen(ωt − π/2) (0.3) Tira-se a dependência temporal na notação para facilitar os cálculos. A voltagem total é v = vR + vC . Usando as equações (0.2), (0.3) e a identidade trigonométrica sen[xt − tg−1 (1/(xA)] = (Ax sen xt − cos xt)/ √ A2x 2 + 1 obteremos: v = V0sen(ωt − θ) (0.4) onde θ = tg−1 · 1 ωRC ¸ (0.5) , (0.6) e V0 = q R2 + X2 C (0.7) I0 A impedância Z do circuito é dada por Z = V0/I0 ou: Z = q R2 + X2 C (0.8) As equações (0.1) e (0.4) mostram que existe uma defasagem θ entre a corrente e a voltagem no circuito, a corrente adiantada em relação à voltagem. A defasagem entre dois sinais pode ser medida em um osciloscópio por dois métodos. Para descrevê-los vamos supor que em dois canais de entrada do osciloscópio tenhamos dois sinais senoidais descritos matematicamente por: v1(t) = V1sen(ωt) (0.9) v2(t) = V2sen(ωt + θ) (0.10) O método por lapso de tempo consiste em analisarmos os sinais em tempo real, como mostrados na tela de um osciloscópio operando no Modo Normal. O sinal observado é semelhante ao mostrado na Fig.1, onde a escala vertical é em volts/divisão e a horizontal em segundos/divisão. A defasagem se apresenta como um lapso de tempo ∆t dado por: ∆t = t2 − t1 (0.11) onde t1 e t2 são dois instantes de mesma fase. Fig. 1 - Sinais senoidais fora de fase. Nos instantes t1 e t2 o argumento das funções trigonométricas nas equações (0.10) são iguais. Então: θ = 2π∆t/T (0.12) onde T é o período. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. MATERIAIS • Cabos conectores • Régua • Microamperímetro • Osciloscópio 3.2. MÉTODOS Inicialmente montou-se o circuito de acordo com a Fig.2 e utilizou-se de um osciloscópio para determinar a defasagem entre a corrente e a voltagem no circuito observando a voltagem total e a voltagem no resistor, já que elas nos trazem a mesma relação de fase que existe entre a corrente e a voltagem no circuito. Fig.4 - Circuito de medição Usando o método de lapso por tempo foi possível achar a defasagem entre os dois sinais. A fonte é um gerador com controle de amplitude. Os cabos coaxiais são ligados no circuito, e o osciloscópio ,por sua vez, na extremidade oposta destes. Serão feitos aterramentos como esperado e serão utilizados valores arbitrários de voltagem e frequência. Para que fosse possível a comparação da capacitância com o valor nominal, as medições foram realizadas com frequências entre 1 kHz a 2 kHz. Mediu-se 20 vezes tanto para o circuito de RL e quanto o de RC e esses dados foram anotados para posterior montagem de gráficos e respectiva análise como mostrado a seguir. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos experimentalmente foram tabelados abaixo: Tendo como dados, R=1kΩ e L=60mH A frequência de corte foi calculada segundo f=R/2πL - RC # F (Hz) ω (Hz) Vr(V) 1 0,04ms 0,237 1,489 4,60 2 0,472 2,966 4,60 3 0,775 4,869 4,60 4 0,996 6,258 4,40 5 1,420 8,922 3,80 6 2,002 12,579 3,20 7 50µs 2,650 16,650 3,00 8 4,620 29,028 2,00 9 7,026 44,146 1,50 10 11,001 69,121 1,00 11 15,010 94,311 0,65 12 19,218 120,750 0,46 13 21,017 132,054 0,40 14 24,141 151,682 0,32 15 8µs 26,304 165,273 0,28 ω (Hz) I (mA) 1,489 4,60 2,966 4,60 4,869 4,60 6,258 4,40 8,922 3,80 12,579 3,20 16,650 3,00 29,028 2,00 44,146 1,50 69,121 1,00 94,311 0,65 120,750 0,46 132,054 0,40 151,682 0,32 165,273 0,28 Gráfico1: Gráfico de RC. Sabendo que εo=5V e montou-se o Gráfico2. 0,000 50,000 100,000 150,000 200,000 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 f(Hz) (V ) RC Gráfico2: gráfico de I0 pela frequência em Hz. Pela frequência de corte encontrada em RC, fc=2,65 Hz tem-se que nesse ponto ω=16,65, I0=0,005, t=50μs e i(t)=3mA, portanto, sabendo que: θ=53,13 e que , temos que a capacitância é igual a C=4,5.10-5 C=0,46nF Nos pontos inicial e final , os valores para o ângulo fase serão dados respectivamente por: para inicial: ω=1,489Hz, t=0,04ms, i(t)=4,6mA I0=0,005m θi=23,07 para final: ω=165,273Hz, t=8μs, i(t)=0,28mA I0=0,005m θf=86,78 0,000 20,000 40,000 60,000 80,000 100,000 120,000 140,000 160,000 180,000 0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 Chart Title - RL # f ω (Hz) Vr Vr/R (mA) 1 0,8µs 100,660 632,465 3,60 3,60 2 90,153566,448 3,60 3,60 3 80,882 508,197 3,40 3,40 4 70,606 443,631 3,40 3,40 5 60,221 378,380 3,20 3,20 6 51,450 323,270 3,20 3,20 7 40,573 254,928 3,00 3,00 8 4µs 33,800 212,372 2,60 2,60 9 20,802 130,703 2,00 2,00 10 10,127 63,630 1,00 1,00 11 8,287 52,069 0,90 0,90 12 6,088 38,252 0,70 0,70 13 4,043 25,403 0,42 0,42 14 2,082 13,082 0,22 0,22 15 0,24ms 1,086 6,824 0,12 0,12 ω (Hz) Vr(V) 632,465 3,60 566,448 3,60 508,197 3,40 443,631 3,40 378,380 3,20 323,270 3,20 254,928 3,00 212,372 2,60 130,703 2,00 63,630 1,00 52,069 0,90 38,252 0,70 25,403 0,42 13,082 0,22 6,824 0,12 Gráfico3: gráfico de RL Gráfico4: gráfico de I0 pela frequência em Hz. Pela frequência de corte encontrada em RC, fc=33,8Hz Hz tem-se que nesse ponto ω=212,372, I0=0,005, t=4μs e i(t)=2,6mA, portanto, sabendo que: θ=58,7 e que , temos que a capacitância é igual a C=2,8.10-6 C= 0,029nF Nos pontos inicial e final, os valores para o ângulo fase serão dados respectivamente por: 0,000 100,000 200,000 300,000 400,000 500,000 600,000 700,000 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 f(Hz) (V ) RL 0,000 100,000 200,000 300,000 400,000 500,000 600,000 700,000 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 Chart Title para inicial: ω=632,465Hz, t=0,8μs, i(t)=3,6mA I0=0,005m θi=43,94 para final: ω=6,824, t=0,24ms, i(t)=0,12mA I0=0,005m θf=88,62 5. CONCLUSÃO Os resultados obtidos para os valores de θi e θf tanto para RC como para RL era de 0º, valor bem diferente do obtido experimentalmente, o que pode ser decorrente de erros experimentais ou escalas dos gráficos 2 e 4 que não ficaram no formato esperado. Já para os valores de θ, era esperado o ângulo π/2, em ambos os experimentos RC e RL, a variação em seu valor também pode ser decorrente de erros experimentais, ou na formulação dos dados. Para a capacitância o tabelado seria 4,7nF, apesar dos valores diferentes de θ, seu desvio não foi tão apreciável quanto. 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS - Notas de aula. - HALLIDAY, RESNICK, WALKER. “Fundamentos de Física”. Vol. 3. 8 eds. Editora LTC, 2009. - Como Funciona a Corrente Alternada (ART2980). http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/12484-como- funciona-a-corrente-alternada-art2980 - Corrente Alternada. < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/corrente- alternada.htm>
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