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AULA 3 – Ciência dos materiais. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Jônatas Elim Objetivos melhor compreensão base científica avaliação das propriedades desenvolvimento ao longo do tempo durabilidade fadiga deformação lenta Princípio básico O comportamento do material depende da microestrutura Átomos Modelos Atômicos Estrutura do átomo (MODELO BOHR) P ro b a b ili d a d e 0,5 1 1,5 º Núcleo: Carga Massa – Prótons Positiva 1850 vezes – Nêutrons Neutra maior elétron Elétrons Negativa 1850 vezes menor núcleo Núcleo Nuvem de elétrons Orbitais ( Níveis de energia: K, L, M, N,O, P ) Conceitos Número Atômico (Z) Massa Atômica (A) Peso Atômico (Ã) Carga dos prótons = 1,60X10-19C Carga dos elétrons = 1,60X10-19C Números Quânticos Número Quântico Principal (n): representa as camadas ao redor do núcleo, podem ser representadas pelas letras K,L,M,N... Ou por números inteiros 1,2,3,4. Números Quânticos Número Quântico Secundário (l): consistem nos subíeis de energia, representados pelas s,p,d,f. Subcamada de energia Elétrons s 2 p 6 d 10 f 14 Números Quânticos Números Quânticos Número Quântico de Estado (ml): representa as posições assumidas pelos elétrons em cada punível de energia. Subcamada Número de Estados s 1 p 3 d 5 f 7 Números de Estados Números Quânticos Número Quântico Spin (ms): represnta a sentido dos etretrons nos estados de energia. Configuração Eletrônica Configuração Eletrônica 16 Modelos Atômicos Interação atômica (Forças interatômica) R e p u ls ã o A tr a ç ã o DISTÂNCIA INTERATOMICA Força de atração Força de repulsão Soma das forças Adaptado a partir do VAN VLACK, 1970. – Existe uma determinada distancia entre átomos em que a a soma das forças de atração e repulsão é igual a ZERO; – Este é o ponto de mínima energia potencial, equilíbrio da ligação química; – Forças de atração obedecem a Lei de Coulomb As ligações atômicas: Átomos com a camada periférica completa: gases raros ou inertes, são muito estáveis. Estabilidade permanente - átomo contenha 8 elétrons na última camada (2 no caso do hélio). Alguns minerais (Ex.: ouro) são compostos por apenas um “elemento”. Maioria das substâncias é composta por diversos elementos formando um composto químico estável. As propriedades químicas dos átomos são função da última camada de elétrons. O tipo de ligação química entre os elementos é determinado pelos elétrons do nível de valência, que definem a afinidade química dos elementos. As ligações atômicas Ligações primárias (fortes): •Ligação iônica; •Ligação covalente; •Ligação metálica. Ligações secundárias – forças de van der Walls •Moléculas polares; •Dipolos induzidos; •Pontes de hidrogênio. Ligação iônica É a mais simples. Forças coulombianas (recebendo e doando elétrons). A atração dá-se em todas as direções (não é direcional). Atração entre íons de carga elétrica contrária (íons positivos- cátions e íons negativos-ânions). Composto iônico - substância composta cujos componentes apresentam cargas elétricas Ligação iônica Exemplo: Na+ e o Cl- formam o NaCl, cloreto de sódio (sal de cozinha), sólido cristalino. Um íon Na+ é envolvido por vários íons Cl- e assim inversamente. Na Cl Na + Cl - + - Ligações Iônica atração eletrostática perda de elétrons + ganho de elétrons - não direcional forte sólido solúveis (solv. polares) Exemplo: CaCl2, NaCl estrutura da molécula orientada pelo tamanho do íon Ligação covalente A ligação ocorre por meio de uma aproximação muito intensa entre dois elementos químicos que vão se ligar, de maneira que alguns elétrons da última camada de valência de um dos átomos circundam o núcleo do outro átomo e vice-versa. Os elementos não perdem nem ganham elétrons, mas sim os compartilham. Elétrons compartilhados Ligação covalente Diamante: O átomo de carbono tem 4 elétrons na camada de valência, que são compartilhados com 4 átomos adjacentes, forma reticulado tridimensional todo ligado por pares covalentes. Desta forma, cada átomo de carbono está ligado covalentemente a outros quatro átomos de carbono, originando uma estrutura rígida a três dimensões. Somente átomos de carbono Diamante Ligação covalente Grafite: Tanto o grafite como o diamante são constituídos por estruturas cristalinas de átomos de carbono – C – apenas diferindo na estrutura que apresentam.No grafite os átomos de carbono ligam-se a outros três, formando camadas (daí a potencialidade deste material para deslizar). Grafite Diamante Ligação covalente Covalente Polar: Devido a assimetrias na densidade eletrônica entre os átomos que compõem a molécula. Assimetrias + diferenças de tamanho entre os átomos participantes na construção da molécula → surgimento de moléculas polares. Molécula da água (H2O) é polar e não-linear com ângulo médio de 104,5º formado entre as duas ligações O-H. Ligações Covalente elétrons compartilhados Direcional Compatibilização dos orbitais Gera direcionamento exemplo: polímeros As moléculas: Em muitas substâncias, os átomos são agrupados em agregados de dois átomos ou mais. Molécula = composto de partículas de 2 ou mais átomos quimicamente ligados um ao outro. Ligações metálicas Átomos com poucos elétrons de valência podem perde-los com facilidade. Os demais são firmemente ligados ao núcleo. Com a perda dos elétrons da última camada de valência, os átomos metálicos remanescentes tornam-se íons positivos. Com a saída dos elétrons da última camada, há um desbalanceamento elétrico, tendo o núcleo uma maior quantidade de cargas positivas do que a eletrosfera de negativas. Ligações metálicas Estruturas formadas por íons positivos e elétrons “livres”que fazem o papel de íons negativos aparecendo forças elétricas coulombianas de atração. A ligação metálica pode ser considerada como uma atração entre íons positivos e elétrons livres. Exemplo: cobre Ligações metálicas Os elétrons livres dão aos metais sua elevada condutibilidade elétrica e térmica. “Nuvem”de elétrons absorve a energia luminosa, torna os metais opacos. Metal: É uma substância simples, cujos constituintes são os próprios componentes e interagem entre si não- direcionalmente. Composto metálico:Substância composta, cujos componentes não apresentam carga elétrica e interagem entre si não- direcionalmente. Ligações Metálica elétrons livres (“nuvem”) posicionamento dos íons influenciado apenas pelo seu tamanho não direcional elevada compactação propriedades plásticas, elétricas e térmicas exemplo: metais Forças de Van der Waals Ligação secundária fraca, mas que também contribui para a atração interatômica. Se originam de dipolos elétricos, são conseqüência da assimetria da molécula. O centro de carga positiva não coincide com o centro de carga negativa, originando o dipolo. São forças de atração que não envolvem cargas individuais ou transferência de elétrons. Existem entre todosos íons e átomos de um sólido, mas podem estar obscurecidas pelas ligações fortes presentes. Forças de Van der Waals (a) Nas moléculas assimétricas ocorre um desbalanceamento elétrico denominado polarização. (b) Este desbalanceamento produz um dipolo elétrico com uma extremidade positiva e outra negativa. (c) Os dipolos resultantes originam forças de atração secundárias entre as moléculas. A extremidade positiva de um dipolo é atraída pela negativa de outro. Fluoreto de hidrogênio Forças de Van der Waals Ocorre pela atração de cargas opostas; São ligações secundárias, não unem átomos, aglutinam moléculas; Os elétrons não são transferidos e a atração depende da distribuição assimétrica da carga; Essa assimetria é denominada efeito dipolo; Conhecidas, de forma inapropriada, como ligações secundárias ou forças secundárias. - + - + Ligação secundária H F H F ----- ++++ Forças de Van der Waals Pontes de hidrogênio: Caso particular de atração por moléculas polares, em que a carga positiva do núcleo do átomo de hidrogênio de uma molécula é atraída pelos elétrons de valência de átomos de moléculas adjacentes. Uma molécula polar é uma molécula em que as polaridades das ligações individuais não se cancelam. Exemplo: água (molécula polar) Forças de Van der Waals Ligações secundárias (fracas) Não formam moléculas, mas as interligam Facilmente quebradas Sua quebra separa as moléculas, não as rompe pontes de hidrogênio átomos muito negativos formam “pontes” entre moléculas. Ex: H2O efeitos dipolo moléculas polarizadas (+ e -) direcionam seus pólos com cargas contrárias, ligando as moléculas Ligação Energia (GPa) Exemplo Covalente 1,000 Diamante Iônica 30 - 100 Sais e cerâmicas Metálicas 30 - 150 Metais Pontes de hidrogênio 8 Gelo Van der Vaals 2 Polietileno Níveis de estudo Sub-atômico (Å) estrutura do átomo microscopia eletrônica de tunelamento Atômico (nm - mm) moléculas, cristais difração de raios X Nível de cristalização Tipo de cristal microscopia eletrônica de varredura Usando um microscópio de tunelamento, pesquisadores da IBM conseguiram arranjar átomos de ferro (cones azuis) depositados sobre uma superfície de cobre (em vermelho), formando uma espécie de curral atômico. Níveis de estudo Microscópico (mm-mm) fases, partículas microscópios ótico e de varredura ensaios físicos (porosimetria) Macroscópico (>mm) todo o material ensaios mecânicos Gerdau – análise de microestrutura e fratura de metais Ciência dos Materiais Nível Macroscópico (tração direta): (SAVASTANO Jr, 1992) Ciência dos Materiais Nível Macroscópico (Flexão com deformação controlada): (Caldas e Silva, 2002) Ciência dos Materiais Nível Microscópico (superfície polida): 0 2 4 6 Energy (keV) 0 500 1000 1500 2000 Counts C O Na Mg Al Si S Cl K Ca Matriz escória com fibra de coco e análise de EDS do ponto 1 da figura abaixo (SAVASTANO Jr, 2000) Ciência dos Materiais Nível Microscópico (superfície fraturada): Matriz de cimento portland reforçada com 4% de fibras de sisal (SAVASTANO Jr, 2000) Ponto 1 – fibra arrancada da matriz Pontos 2 e 3 – fibra rompida
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