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Com Incertezas, BC não sinaliza próximos passos da política monetária

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Para o BC, incerteza exige maior flexibilidade da política monetária 
O comitê entende que é melhor 'abster-se de fornecer indicações sobre 
os próximos passos da política monetária' neste momento de incertezas 
 
Na esteira dos choques mais recentes sobre a economia brasileira, como o 
provocado pela greve dos caminhoneiros em maio e junho, os membros do Comitê 
de Política Monetária (Copom) do Banco Central evitaram se comprometer em 
relação a seus próximos passos sobre a Selic (a taxa básica de juros). A taxa foi 
mantida em 6,5% na última reunião. 
Na ata da última reunião do colegiado, divulgada nesta terça-feira 7, eles debateram 
a conveniência de sinalizar a evolução futura da política monetária e, ao mesmo 
tempo, avaliaram que, “na ausência de choques adicionais, o cenário inflacionário 
deve revelar-se confortável”. 
Por outro lado, o colegiado ponderou que o maior nível de incerteza da atual 
conjuntura “gera necessidade de maior flexibilidade para condução da política 
monetária, o que recomenda abster-se de fornecer indicações sobre os próximos 
passos da política monetária”. 
Conforme a ata, a atuação do BC terá como foco, exclusivamente, a evolução das 
projeções e expectativas de inflação, o balanço de riscos e a atividade econômica. 
“Choques de preços relativos devem ser combatidos apenas no impacto secundário 
que poderão ter na inflação prospectiva”, registrou a ata, repetindo ideia que vem 
sendo defendida pelo Banco Central em todas as suas comunicações nos últimos 
meses. “Em particular (os membros) reiteraram a importância de insistir na 
comunicação de que não há relação mecânica entre choques recentes e a política 
monetária.” 
Neste contexto, a ata reafirmou a preferência dos membros do Copom em “explicitar 
condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a 
racionalidade econômica que guia suas decisões”. 
Na prática, mais do que indicar como será sua atuação na política monetária, a 
instituição tem procurado demonstrar como reagirá conforme o cenário apresentado. 
“Isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Copom”, 
registrou a ata. “Nesse contexto (os membros) voltaram a ressaltar que os próximos 
passos na condução da política monetária continuarão dependendo da evolução da 
atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de 
inflação.”

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