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1GQ filosofia da linguagem

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1 por que, segundo Platão, a linguagem não é uma convenção apesar de ser uma construção humana? 
R: porque para Platão há um lado convencional e um lado objetivo, tendo em vista que a linguagem e o ser possuem uma mesma relação. Portanto a linguagem é uma convenção bem especificada que nasce do costume, não da convenção arbitrária. Desse modo, podemos dizer que o homem realiza a convecção da linguagem no ethos, ou seja, no âmbito do costume quando um dado grupo de indivíduos realiza a convenção da linguagem a partir da relação desta com os próprios objetos, impossibilitando após esse momento acontecer outra alteração por parte dos indivíduos. 
Para Platão, a linguagem e os ser possuem uma mesma relação, que possui um lado objetivo e outro convencional. Neste sentido, a linguagem não nasce da convenção arbitrária, mas do costume, do ethos. Na relação do grupo de indivíduos com os objetos se origina a linguagem.
2 explique por que de acordo com Platão, a linguagem é um instrumento secundário na nossa reação com o ser?
R: a linguagem é um instrumento secundário na nossa relação com o ser, pois, nós experimentamos o ser diretamente e criamos a linguagem para representa-lo. Tendo em vista que para Platão a função do nome é também ensinar, nós devemos ir ao objeto e depois ao nome. De acordo com a tradição ocidental o instrumento promove sempre o pensamento.
Para ele, o indivíduo relaciona-se, primeiramente, com o objeto, com o ser. Só depois disso é que se relaciona com a linguagem, uma vez que esta tem a função de representar o ser. Assim, ele acredita que a função do nome é ensinar a respeito do ser e que, por isso, deve ser instrumento secundário na relação com ele.
3 em que consiste a relação entre linguagem e ser de acordo com os sofistas e de acordo com Aristóteles?
R: os sofistas consideram a linguagem como uma coisa entre as coisas do mundo. Afirmam também que ela (a linguagem) não tem uma relação com o ser, que são entes comuns e afirmam também, que a linguagem representa a si mesma. Já Aristóteles vai se opor aquilo que fora afirmado pelos sofistas, afirmando que há uma distância e uma relação entre linguagem e o ser (relação de significado). 
Para os sofistas, a linguagem não representa o ser: eles são entes independentes, e ela representa apenas a si própria. Já para Aristóteles, há entre elas uma relação de significado, embora haja uma determinada distância entre ambas as realidades.
4 o que é significado de um nome para Aristóteles e como ele harmoniza a convenção e a objetividade envolvidas no uso dos nomes? 
R: para Aristóteles o nome é um som que significa as afecções da alma. Na realidade, um nome é considerado um símbolo e sendo um símbolo é uma criação e sendo uma criação é considerado convenção. Para Aristóteles um nome é um som que possui significado estabelecido por convenção, sem qualquer referência ao tempo e nenhuma parte dele tem significado se considerada separadamente do todo. Deste modo os sons são símbolos das afecções da alma e as palavras escritas são símbolos dos sons emitidos pela fala. Como a escrita, a fala não é a mesma em toda parte, mas, as afecções da alma são as mesmas em toda parte e para toda a humanidade, como o são também os objetos dos quais essas afecções são representações ou imagens. 
Aristóteles compreende um nome como “um som que significa as afecções da alma”. Para ele o nome é uma convenção, uma vez que seu significado é estabelecido através de convenção. Ele esclarece que ele, o nome, possui significado somente a partir de quando é colocado em relação a outras coisas, ao todo. Os sons simbolizam as afecções da alma, e as palavras escritas são símbolos dos sons. As afecções e os objetos são os mesmos para toda a humanidade, embora os nomes sejam diversos em cada lugar.
5 o que é uma proposição verdadeira e uma proposição falsa para Aristóteles?
R: a proposição verdadeira para aristoteles, é dizer que o ser é e o não-ser não é. Ex: socrates é grego (v) socrates não é brasileiro (v). a proposição falsa para Aristóteles, é dizer que o ser não é, e dizer que o não-ser é. Ex: Sócrates não é grego (f) Sócrates é brasileiro (f). 
6 qual é o papel e a importância da linguagem no processo de aprendizagem segundo o “De magistro”?
R: santo agostinho afirma que a finalidade da linguagem é ensinar e recordar. Assim, as palavras ou nomes que são realidades que constituem eminentemente a linguagem são responsáveis por agitar a memória e, portanto, recordar à mente aquilo que são as coisas representadas pelos sinais (palavras ou nomes). 
Para Santo Agostinho, a linguagem tem a finalidade de ensinar e recordar. Os nomes, que constituem a linguagem, como que “agitam” a memória, recordando-a a respeito das realidades representadas por eles mesmos.
7 como alguém poderá chegar ao conhecimento da palavra “casa” ao ouvi-la pela primeira, segundo santo agostinho?
R: segundo santo agostinho para aprender uma palavra é preciso conhecer o objeto que ela significa. Tendo em vista que isso é fazer experiência da verdade. Logo, a referida pessoa só irá conhecer a palavra “casa” quando, na verdade, ela compreender o objeto que a palavra representa, ou seja, ao conhecer o próprio objeto poderá saber qual o significado do nome. 
Para o Doutor da Graça, uma palavra só pode ser, de fato, aprendida, quando se faz a experiência com o objeto a que ela se refere. Assim, só será possível conhecer realmente a palavra “casa” quando o indivíduo tiver conhecido o próprio objeto ao qual o nome se refere.

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