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CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 1 APRESENTAÇÃO Olá, pessoal. Peço, inicialmente, licença para me apresentar, uma vez que este será, com muito prazer, meu primeiro curso pelo PONTO. Meu nome é Sandro Bernardes, sou Analista do Tribunal de Contas da União desde 2001 (aprovado em 2000) e Professor de Direito Administrativo em diversos cursos preparatórios em Brasília (DF) e São Paulo (SP), tendo ministrado, pelo menos, 12.000 horas/aula até hoje, sendo que destas, ao menos 4.000 foram em cursos específicos para o TCU. Como servidor público, também fui dos quadros da Secretaria Federal de Controle- SFC por 6 anos. Bom, após esse rápido histórico profissional, orgulho-me de dizer, ainda, que sou oriundo de São Luís (MA), pelas razões que passo a expor. Há um bom tempo, mais precisamente, em 1995, quando tinha cerca de 20 anos, resolvi preparar-me para concursos públicos, em razão de algumas decepções na iniciativa privada. No mesmo ano, passei no concurso para SFC, cargo de Técnico de Finanças e Controle, com requisito de ingresso de nível médio, vindo a fazer o curso de formação em Brasília para esse cargo. Apenas para registro, à época, tudo era pago pela Administração Pública: estada, alimentação, passagens de avião. Ficamos na sede da Escola Superior de Administração Fazendária – ESAF, por alguns meses. Bons tempos... No curso, fomos apresentados ao “mundo” da Administração Pública. Conheci, então, as atividades de controle, em especial, o Tribunal de Contas da União. Fiquei fascinado. O sonho da Receita (aos 20 anos, já tinha traçado esse objetivo) iria ficar para trás... Voltei para o Maranhão cheio de informações a respeito do TCU: as atividades, horário de funcionamento, padrões remuneratórios, a (tradicional) valorização do servidor da Corte de Contas etc. Fiz minha graduação universitária pensando no TCU. Em 99, fiz o primeiro concurso para o Tribunal. Apesar de ter feito boa pontuação, não passei em razão de erros de estratégia. Uma enorme decepção. Mas, quando você se propõe a algo e centra seus esforços no atingimento da meta, o mundo parece contribuir para o bom resultado... Continuei me preparando. Uma semana depois do resultado negativo, já estava estudando de novo. Em 2000, próximo de completar 26 anos, fui aprovado no TCU, casa que integro, até hoje, como Analista de Controle Externo - ACE. Voltando à história de São Luís, o fato de ser de lá me trouxe uma “dificuldade adicional”. Na minha época, não havia cursos específicos em CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 2 minha cidade. Cursos por meio eletrônico (internet) também era fato raro. Daí, aprendi, primeiro, a errar, para, só então, ter êxito. Hoje, graças a iniciativas como as da equipe do PONTO em prover cursos por via eletrônica, a informação é mais “democratizada”, atendendo aos mais distantes rincões de nosso extenso país. Fico feliz em participar desse projeto, pois estou certo que será útil a muitos que, como eu em minha preparação para o TCU, enfrentam dificuldades consideráveis no acesso à informação de qualidade. Já como servidor do TCU, minha trajetória é bastante rápida e diversificada. Inicialmente, fui lotado em uma unidade de “contas” (tradicional no Tribunal), com as clientelas “normais”: ministérios, autarquias, etc. Engajei-me, então, num projeto institucional que contava com a colaboração internacional, a respeito de avaliação de programas (políticas públicas) de governo. Foram várias dessas. Algumas, indescritíveis – na Amazônia, no Nordeste -, vendo o Brasil “real”, o que sente falta de serviços públicos mínimos, essenciais à sobrevivência. Foram trabalhos que jamais esquecerei e que, certamente, poucos órgãos/entidades proporcionariam a possibilidade de realizá-los. Tive a sorte de, em 2004, ser convidado para assessoria de um Ministro da Corte de Contas da União. Nessa época já dava aulas, há algum tempo, de Direito Administrativo (detalharei um pouco mais abaixo). A experiência de estar lotado no Gabinete de um Ministro foi fantástica para meu aprimoramento. Atividade profissional riquíssima e um complemento perfeito para a sala de aula: tudo aquilo que importe despesas/receitas da União, além de outras matérias, sujeita-se à “jurisdição” do TCU (no curso, explico as razões das aspas). A admissão de servidores, licitações, contratos, serviços públicos, enfim, TUDO, é submetido ao TCU e aos seus Ministros, e eu tendo a oportunidade de estar em contato diário com a matéria. Maravilha. A experiência acumulada no Gabinete, somada aos problemas iniciais de preparação, no Maranhão, sozinho, e, ainda, as aulas proferidas ao longo desses anos ajudaram-me muito, creio, na preparação deste curso. Aliás, gostaria de registrar aqui o benefício proporcionado por cursos semelhantes ao que será proferido. Como já dito, uma das maiores dificuldades que tive à época da preparação para o TCU era a falta de bons materiais/professores disponíveis no Maranhão. Apesar de termos, à época, alguns meios (humanos e didáticos) voltados à preparação para concursos públicos, a dificuldade maior era “triar” o caminho, por intermédio de alguém que, por exemplo, já tivesse cumprido o caminho a que me propus. Acabei lendo um volume considerável de originais jurídicos (autores voltados à CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 3 preparação acadêmica, para cursos superiores), até que conheci o trabalho elogioso do Vicente (Paulo) e do Marcelo (Alexandrino), em um site do qual os mesmos não participam mais. Fiquei impressionado com a qualidade e, com sinceridade, naquela época foram essenciais para minha aprovação no TCU. Gabaritei todas as matérias de Direito que acompanhei pelos textos eletrônicos... Bom, isso serve para chegar à seguinte conclusão: hoje, com a “democratização” do acesso ao ensino promovida pela internet todos têm igual oportunidade de preparação, fazendo com que, portanto, vençam os melhores. Passando à metodologia a ser adotada neste curso, informo que, essencialmente, estará assentada em 3 “princípios”: - I) Objetividade: ir direto ao âmago da questão, o que há de mais importante para ser destacado; - II) Concisão: ser preciso na construção dos argumentos, sem “devaneios”, tão comuns aos estudos acadêmicos, e que, ressalte-se, não estão sendo criticados, mas que, muitas vezes, afastam-se do foco pretendido, que é a indicação da correta posição das principais bancas examinadoras; e, - III) Abordagem integral da matéria: a objetividade e a concisão não precisam e, no nosso caso, não devem afastar a abordagem integral da matéria. Dessa maneira, seguiremos o conteúdo dos últimos editais para o cargo de Analista do TCU – generalista. Explico a última expressão: é que em anos recentes, o TCU tem, volta e meia, feito concursos para determinadas especialidades (Biblioteconomia; Tecnologia da Informação etc.), tendência que, provavelmente, deve ser mantida para o próximo concurso. Contudo, o concurso “generalista” é aquele habitual do TCU, com muitas (mesmo) matérias. Utilizaremos, dessa forma, esses editais mais amplos para nortear a construção de nosso curso. O CURSO O curso em exercícios será dividido por assunto e seguirá, estritamente, os últimos editais do TCU, como já afirmado acima. Daremos prioridade a provas realizadas pelo CESPE para o próprio TCU, bem como outras provas recentes. Sempre dou preferência às últimas provas, pois indicam as posições mais atuais adotadas pela Banca, o queé essencial para o candidato. Também daremos destaque para aquelas questões “clássicas”, uma vez que algumas são figuras carimbadas em provas do CESPE. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 4 Ressalto que sempre considerei a divisão de questões por assunto mais do que necessário. É fundamental. Separando-se por tema, permite-se ao candidato a visão abrangente de uma matéria específica, o que facilita na hora de revisar os pontos que merecem ser aclarados próximo da prova. Aqui uma sugestão inicial: dêem muita atenção, no estudo para o TCU, aos tópicos licitações e contratos, bem como ao tópico servidores públicos (agentes públicos). É que, historicamente, esses temas são muito representativos nos certames para o Tribunal. No início de cada aula, será estabelecido um “roteiro”, com a indicação dos assuntos, dentro de cada grande tema de nossa matéria. Os grandes temas referem-se aos itens do último edital do TCU, voltado à seleção de generalistas. Aliás, por oportuno, gostaria de dar relevo a uma informação. Na aula demonstrativa a seguir apresentaremos, resumidamente, o tema “contratos administrativos”, que é um dos mais relevantes em provas para o TCU. Não será apresentado o índice integral da matéria, uma vez que é uma “aula resumo”, apenas para demonstrar o método e forma de resolução das questões. Mas, ressalte-se desde logo: os assuntos, em todo o curso, não só na aula demonstrativa, seguirão uma ordem lógica, na disposição exigida para seu melhor entendimento. Sempre houve discussão no Tribunal a respeito do perfil do servidor do TCU: Generalistas ou especialistas? Surgiram, no TCU, defensores dos dois lados, cujos argumentos principais são os seguintes: I) para aqueles que argumentam a favor dos generalistas, concursos com tal característica permitem que se selecionem servidores “amoldáveis”, que migram, com facilidade, de um assunto para outro; II) em favor da especialização, vem à tona o argumento de que o TCU incorreria em menores custos de treinamento, uma vez que selecionaria servidores já preparados para questões do dia a dia administrativo, devidamente qualificados para tais problemas específicos. Desse modo, no sentido de dar transparência aos seus concursos, o Tribunal resolveu elaborar uma resolução (nº 202, disponível no site do TCU, no link: – http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/NORMAS_JURISPRUDENCIA/ATO S_NORMATIVOS/RESOLUCOES_VERSAO3/RES2007-202.DOC) que traz critérios a respeito do assunto. Na norma fica estabelecido que os concursos poderão ser tanto gerais (sem formação específica, para qualquer área – GENERALISTAS), quanto para áreas específicas (formação específica – ESPECIALISTAS). Sem dúvida, nossa matéria, o Direito Administrativo, estará contemplada nos dois certames. Daí a CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 5 necessidade de se adentrar no assunto com a profundidade requerida. Há várias outras importantes medidas contidas na norma. Destaquem- se as principais: - prazo de validade – o concurso não pode ter validade superior a 120 dias, vedada a prorrogação (art. 18); - data dos editais futuros: em abril de cada ano, salvo em caso de excepcionalidade (art. 8º); - a excepcionalidade do edital de 2007. Este ano o concurso deve ter o edital publicado em julho (art. 60). Fala-se no TCU, internamente, de provas no final de setembro, o que segue, mais ou menos, o padrão CESPE: edital divulgado, em média, 2 meses antes da realização das provas; e - as famosas (e temidas) questões dissertativas (art. 27). Serão, no mínimo, duas, sendo que, também no mínimo, uma será uma peça técnica (um parecer, via de regra). Certamente, o Direito Administrativo será exigido ao menos em um desses textos. Com relação às questões utilizadas, as mesmas estarão referenciadas da seguinte maneira: ANO DO CONCURSO/INSTITUIÇÃO OU ÓRGÃO DE LOTAÇÃO/CARGO DE REFERÊNCIA, de maneira a facilitar a catalogação por aqueles que assim desejarem. Antes dos comentários, haverá a informação quanto ao tema abordado na questão, sempre com o intuito de facilitar o estudo. Por fim, ao término da cada aula, as questões utilizadas estarão listadas seqüencialmente, para que, caso queira, o aluno possa resolvê- los com antecedência, para, somente depois, verificar os comentários e gabaritos. Ao fim da cada aula constará, ainda, uma lista de siglas, de maneira a facilitar a consulta por parte do aluno. O número de questões (itens) variará, conforme a importância do assunto para a prova do TCU, especificamente. ORIENTAÇÕES FINAIS – MINHA OPINIÃO A RESPEITO DE FORMULAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA O TCU. Neste trecho, gostaria de, preliminarmente, tecer algumas outras considerações a respeito de minha experiência como Professor de cursos preparatórios, somada à minha própria trajetória como concurseiro. 1º lugar: não há um método, ÚNICO, para a aprovação. Não há um número de horas mínimo, ou máximo, de estudos em um dia, por CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 6 exemplo. Não está certo (nem errado) estudar-se uma matéria (ou mais de uma), numa semana. Não há certeza de que quem faz cursos (mesmo o presente) será aprovado. Em síntese, crie a SUA estratégia. Claro que, após anos me preparando e, sobretudo, colaborando com muitos na preparação para concursos, sobretudo do CESPE, cheguei a algumas conclusões: I) Em concursos do CESPE é necessária uma visão mais ampla e sistêmica – voltarei ao assunto logo mais a frente; II) Planejamento: é preciso que se estabeleça um ciclo de estudos. Pode ser uma matéria de cada vez, mais de uma, todas etc. Mas é preciso, fundamentalmente, uma rotina, um método, algo padronizado. Digo aos candidatos que, independentemente do concurso, são sempre três os requisitos para a aprovação – PLANEJAMENTO (a tal da rotina), DISCIPLINA (cumprir o planejado) e DISPOSIÇÃO (cumprir o planejado, com todo afinco possível); III) Não escolha cursos por grife. Muitas vezes ouvi o seguinte comentário: Professor, o que você acha de eu fazer o curso X? TODOS estão fazendo. Minha resposta: nem TODOS passarão. Informe-se sobre as qualidades dos professores. Analise se estas atendem SUAS necessidades. Isso é sobremaneira importante em concursos do CESPE, que exigem sintonia fina com que há, por exemplo, de modo mais recente na jurisprudência dos Tribunais Superiores. Quanto à minha atual experiência pessoal como professor, dou aulas presenciais em Brasília e São Paulo (e em breve em Belo Horizonte), com bastante atuação na preparação específica para provas de Tribunais de Contas, sobretudo, o da União. Cursos de teoria, exercícios (com simulados) e de parecer são os tipos de curso que ministro. Agora, inicio esta entusiasmante aventura com o ensino não presencial. A partir dessas experiências todas, tenho percebido algumas dificuldades comuns aos colegas alunos: I) A primeira é de ordem geral, não só para o concurso do TCU: poucos têm o “hábito” de resolver provas, o que, infelizmente, é um dos piores defeitos que um candidato pode ter. De fato, é preciso conhecer os melindres do examinador, seus “cacoetes”, suas questões recorrentes, ou seja, a “cara” da Banca, que é variável. Não é necessário dizer, provavelmente, para a maior parte do seleto público deste curso, mas nunca é demais o reforço: o CESPE é bastante diferente das outras duas bancas mais tradicionais deste país – ESAF e FCC. A visão exigida do candidato, em provas do CESPE, é bastante “sistêmica”.Desse modo, por perceber essa lacuna, tentei “especializar-me” em provas da nossa CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 7 instituição de referência. Provavelmente, devo ter todas as provas feitas pelo CESPE de 2004 para cá (pelo menos umas 3.000 questões de Direito Administrativo). Registre-se que, muitas vezes, discordei de posições adotadas pela instituição, mas acabei incorporando-as, claro, às minhas aulas. Comentar as questões, por conseguinte, não significar adotar a mesma posição da Banca, mas esclarecê-la, de modo tal que possamos entender, juntos, a “cabeça” do examinador; II) A segunda, é bem particular com relação à prova do TCU: as questões dissertativas (duas dissertações e o parecer), que, talvez, sejam o que há de mais importante para definir o sucesso no TCU. No último certame promovido pelo CESPE para o TCU-generalista foram 200 itens objetivos, cada um valendo um ponto (devendo-se marcar certo ou errado, com cada errada eliminando uma certa, ao velho e bom “estilo CESPE”). Já as questões dissertativas, somadas ao parecer, totalizaram 100 pontos (cada dissertação - duas, trinta pontos; o parecer - um, quarenta pontos). Assim, a parte “escrita” é responsável por 1/3 do total dos pontos em jogo. Adicionalmente, há o problema (formal) do parecer: como se redige tal peça? Nas provas dissertativas é FUNDAMENTAL que o candidato detenha um bom entendimento conceitual dos assuntos que possam ser exigidos naquelas. De fato, é inviável pensar-se em aprovação no TCU sem amplo domínio dos assuntos do Direito Administrativo. Aqui, penso, o diferencial do nosso curso para os pretendentes à vaga no TCU: pelos anos preparando candidatos, especificamente, para o TCU, eu e alguns outros colegas conseguimos “integrar” a objetividade das questões assertivas com os entendimentos conceituais necessários para as provas dissertativas. Ilustrativamente, nos últimos 5 concursos para Analista do Tribunal sempre houve questão dissertativa envolvendo o Direito Administrativo. Em 2004, por exemplo, o parecer envolvia uma situação de dispensa de licitação INDEVIDA, que importaria, em prova de concurso, em irregularidade das contas do agente responsável, com a adoção das demais providências de praxe por parte do TCU. No nosso curso, então, temos toda possibilidade de fazer tal link. Para tanto, o nosso fórum de dúvidas será fundamental: sempre que possível, colocarei “temas sugeridos” para que pensemos mais a fundo. Todavia, finalizando, para fazer a prova dissertativa, temos de enfrentar, com afinco, as provas objetivas. Para tanto, é necessária a resolução de muitas questões do CESPE, para fixação do conteúdo útil. Então, como seria dito no Plenário do TCU, nada mais havendo a tratar, encerre-se a presente sessão! Mãos à obra! Aos estudos! CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Sandro “Maranhão” Bernardes GRADE DO CURSO – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 – O Direito Administrativo: Origens históricas do Direito Administrativo; Conceito, objeto e fontes do Direito Administrativo; O Regime Jurídico aplicável à Administração Pública: Regime Jurídico Administrativo X Regime Jurídico de Direito Privado aplicável à Administrativo; Princípios constitucionais do Direito Administrativo brasileiro. Demais princípios aplicáveis à Administração Pública. 1 AULA 2 - Organização administrativa da União: administração direta e indireta; autarquias, fundações públicas; empresas públicas; sociedades de economia mista: características principais e funcionamento. A nova figura dos consórcios públicos instituídos pela Lei 11.107/2005. O modelo das agências estatais no Direito Administrativo Brasileiro. A paraestatalidade e seu relacionamento com a Administração Pública: principais características 1 AULA 3 - Atos administrativos: conceito, requisitos, elementos, pressupostos e classificação; vinculação e discricionariedade; mérito; perfeição, validade e eficácia; procedimentos administrativos; formas de extinção dos efeitos dos atos administrativos. A possibilidade de convalidação de atos anuláveis no Direito Administrativo Brasileiro. 1 AULA 4 – Poderes administrativos: Poderes e deveres do Administrador Público. Poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar e poder de polícia. Uso e abuso do Poder. 1 AULA* 5 - Licitação: conceito, finalidades, princípios e objeto; obrigatoriedade. As contratações diretas por dispensa e inexigibilidade de licitação. As modalidades: definição de utilização, procedimento, revogação e anulação; sanções; normas gerais de licitação. A questão da obrigatoriedade do pregão. 1 AULA CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 9 6 - Contratos administrativos: conceito, peculiaridades e interpretação. Contratos da administração Pública e Contratos Administrativos. A formalização dos contratos. As regras de execução e a presença das cláusulas exorbitantes. A inexecução do contrato e suas conseqüências. Revisão e reajuste dos contratos - distinções. Contratos de Gestão 1 AULA 7 - Agentes Públicos: servidores públicos; organização do serviço público; normas constitucionais concernentes aos servidores públicos – art. 37 ao 41; direitos e deveres dos servidores públicos; responsabilidades dos servidores públicos: a comunicabilidade das instâncias; o Regime Jurídico dos Servidores regidos pela Lei nº 8.112, de 11/12/90: a questão da unicidade ; processo administrativo disciplinar, sindicância e inquérito – semelhanças e distinções;. 1 AULA 8 - Serviços públicos: conceito e classificação; regulamentação e controle; requisitos do serviço e direitos do usuário: o serviço público “adequado”. Competências para prestação do serviço: o critério de repartição. A prestação indireta dos serviços públicos a particulares: concessões, permissões e autorizações. Convênios e consórcios administrativos. 1 AULA 9 - Domínio público: conceito e classificação dos bens públicos; administração, utilização e alienação dos bens públicos; imprescritibilidade, impenhorabilidade e não oneração dos bens públicos; aquisição de bens pela Administração. 10 - Responsabilidade civil da Administração: evolução doutrinária; responsabilidade civil da Administração no Direito brasileiro; ação de indenização; o direito de regresso da Administração Pública 1 AULA 11 - Processo Administrativo: normas básicas no âmbito da Administração Federal (Lei nº 9.784, de 29/1/99) – 1 AULA TOTAL – 11 AULAS Notas explicativas: CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 10 - O tema “Controle da Administração Pública” não é inserido no presente curso uma vez que é objeto de matéria específica no concurso para o TCU (controle externo) - * Ainda que não tenha sido objeto dos últimos editais para o TCU, o tema “Poderes Administrativos” é inserido neste curso para melhor compreensão da matéria. - Os temas Domínio Público e Responsabilidade Civil são tratados numa só aula, em razão da menor representatividade em provas para o TCU. EXERCÍCIOS Nesta Aula CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1 – CONCEITO 2 – CARACTERÍSTICAS 3 – DURAÇÃO 4 – EXECUÇÃO 5 – CLÁUSULAS EXORBITANTES 6 – EXTINÇÃO 1 - (2006/CESPE/ANA/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Os contratos administrativos são regulados pelos preceitos de direitopúblico, com aplicação supletiva das disposições de direito privado. GABARITO: CERTO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO: NORMAS DE REGÊNCIA COMENTÁRIOS: Como já dito na apresentação desse nosso curso, o tema “licitação e contratos” é muito importante em provas para o TCU. É assim porque a atuação daquela Corte de Contas é, quase sempre, ligada a licitação e contratos. Dessa forma, é bom relembrarmos alguns conceitos que podem ser úteis. A Lei Geral de Licitações e Contratos – LLC afirma (art. 54) que os contratos administrativos são regidos por suas próprias cláusulas e pelos preceitos de direito público. A mesma norma diz que se aplicam aos contratos administrativos, SUPLETIVAMENTE, os princípios da teoria CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 11 geral dos contratos e as disposições de direito privado. Assim, fácil perceber que a questão está corretamente construída (CERTA), em razão do que dispõe a Lei. Mas vamos explorar um pouco mais o assunto. As cláusulas de um contrato determinam até onde alcançam esses acordos. Uma boa analogia é imaginar que o contrato é um “planeta”. Como qualquer planeta, o contrato tem uma “órbita”, um alcance, que nesse mundo chamado contrato nada mais é do que o conjunto dessas cláusulas, por conseguinte, por estas regido. Importa registrar, desde agora, que nos contratos administrativos existirão cláusulas que, comparativamente, não serão observadas em contratos privados firmados entre particulares. Daí, essas cláusulas “exorbitantes” (que estão fora dos contratos entre particulares) constituem a principal nota característica dos contratos firmados pela Administração Pública. Mais à frente, em questões posteriores, estudaremos melhor as exorbitantes, com todo o detalhamento exigido. Mas antes, sigamos adiante com nossos comentários. Os contratos administrativos são regidos também pelos preceitos de direito público. Em razão disso, a Administração Pública contratante (o órgão ou entidade, conforme o caso) contará com prerrogativas e restrições próprias de tal ramo do direito. Exemplo disso, as cláusulas exorbitantes encontradas em contratos firmados pela Administração Pública e que dão a esta, em regra, prerrogativas (poderes especiais) quando comparada com o contratado. As principais exorbitantes encontram-se sintetizadas no art. 58 da Lei 8.666/93 e serão destrinchadas, como já dito, ao longo do presente curso. Finalizando a questão, importa registrar que os contratos administrativos são regidos SUPLETIVAMENTE, repita-se, pelos princípios da teoria geral dos contratos e pelas disposições de direito privado. Não poderia ser diferente. Os contratos de muito tempo são estudados no âmbito do direito civil, a partir do qual o Direito Administrativo tem origem. O legislador, atento para as origens do direito administrativo, deu a possibilidade de a Administração se “socorrer” no direito privado para o estudo, e regência, dos contratos administrativos típicos, para, se for o caso, esclarecer e resolver questões relacionadas a estes últimos contratos, os administrativos. Sintetizando as informações da questão: I – Os contratos administrativos firmados pela Administração Pública são, PRECIPUAMENTE, regidos por suas próprias normas e pelos preceitos do Direito Público; e, CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 12 II – Aplicam-se aos contratos administrativos, SUPLETIVAMENTE, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 2 - (2004/CESPE/SEAD-PA/ADMINISTRADOR) A APA, mediante contrato de locação celebrado com um particular, alugou um prédio no centro de Belém - PA para servir-lhe como sede. Nessa situação, o contrato de locação deve ser considerado um contrato administrativo. GABARITO: ERRADO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO: CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO FIRMADOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMENTÁRIOS: O item trata de uma importante questão que muitas vezes passa despercebida pelos amigos concurseiros: a natureza dos contratos que podem ser firmados pela Administração Pública. Para facilitar a análise, vamos dividir o tema em dois: 1º - A Administração Pública pode firmar contratos regidos pelo direito privado? 2º – que é interpendente do 1º: A Lei 8.666/93 (LLC) é aplicada a contratos de direito privado que a Administração Pública porventura venha a firmar? As respostas são positivas às duas questões. Desdobremos o assunto. A LLC estabelece, no seu art. 1º, sua aplicabilidade às Licitações e Contratos ADMINISTRATIVOS. A princípio, surgiria dúvida: a Administração Pública firma contratos regidos precipuamente (principalmente) pelo Direito Privado (1º questionamento)? A resposta é positiva! Mas, então, em que momento a LLC trata do assunto, contratos de direito privado firmados pela Administração Pública? O parágrafo § 3º do Art. 62 é que traz a resposta. Para esclarecimento, vale a citação: Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber: I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado (o destaque não é do original). O trecho destacado deixa claro que a LLC É APLICADA, TAMBÉM, AOS CONTRATOS PRIVADOS FIRMADOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. A locação é um destes contratos de direito privado que podem ser firmados pelo Estado, não sendo, portanto, um contrato administrativo típico, mas sim um contrato de direito privado. Daí o erro CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 13 do item. ATENÇÃO: é bom notar que alguns contratos da Administração Pública serão regidos PRECIPUAMENTE, mas nunca INTEGRALMENTE pelo Direito Privado, uma vez que o Estado nunca se exime por completo de suas prerrogativas e restrições, mesmo em relações constituídas sob o Direito Privado. Aproveitando essa passagem, é bom que se registre que nem todos os contratos da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA serão contratos ADMINISTRATIVOS. Os primeiros (contratos da Administração Pública) constituem conjunto maior que os contratos administrativos. Para registro: os contratos privados firmados pelo Poder Público são contratos da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, mas não são contratos administrativos típicos. 3 - (2004/CESPE/OAB/ES) Contratos administrativos são aqueles em que ao menos uma das partes é um ente federativo ou uma entidade da administração indireta. GABARITO ERRADO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO COMENTÁRIOS Nesta questão, aproveitaremos alguns dos comentários feitos ao item anterior. Como se viu, a Administração Pública pode firmar tanto contratos regidos precipuamente pelo Direito Público, quanto precipuamente regidos pelo Direito Privado. Assim, percebe-se, de imediato, o erro do presente item: não se distingue os contratos da Administração em Administrativos ou de Direito Privado apenas a partir da presença da Administração. A doutrina diz, então, que o elemento subjetivo (a presença da Administração como parte contratante) é insuficiente para classificação dos contratos feitos pelos órgãos e entidades públicos. Aproveitando a oportunidade, é bom informar que o critério objetivo, exclusivamente, também é insuficiente para a classificação dos contratos da Administração Pública. De fato, tanto nos contratos de direito privado, quanto nos de direito público, o objetivo da Administração Pública é um só: o melhor atingimento do interesse público. Pois bem, então, qual deveser o critério utilizável para a classificação do contratos da Administração Pública? A resposta é: o regime jurídico predominante para o ajuste! Sendo o Direito público, o contrato é administrativo; sendo o Direito Privado, o contrato será de Direito Privado. Claro que há dificuldade na utilização do critério, uma vez que mesmo nos contratos privados a Administração Pública nunca deixa de ter privilégios, ao menos alguns, quando comparada ao contratado. Ciente disso, o Legislador estendeu as principais cláusulas exorbitantes aos contratos privados da Administração Pública (§ 3º do art. 62 da LLC), conforme já dito no item anterior. Diz-se que nesses contratos a Administração Pública é PREDOMINANTEMENTE regida pelo CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 14 Direito Privado, que é PARCIALMENTE derrogado (afastado) pelo Direito Público. 4 - (2004/CESPE/TCE-PE/AUD. EM SAÚDE) É dispensável o termo de contrato e facultada a sua substituição por outros instrumentos previstos na lei, a critério da administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. GABARITO: CERTO TEMA: CONTRATOS – CARACTERÍSTICAS: CARÁTER FORMAL COMENTÁRIOS Esta questão é de fácil resolução e envolve conhecimento da literalidade do § 4º do art. 62 da Lei 8.666/93. Transcreva-se o dispositivo para fixação: É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. O item é mera transcrição do dispositivo, sem tirar nem por. Mas aproveitemos para tratar de uma das principais características dos contratos administrativos: o seu caráter formal. “Termo”, “instrumento”, ou outras expressões equivalentes, indicam que os contratos administrativos serão formalizados por escrito, em regra.Todavia, a própria LLC dá a possibilidade de contratos verbais para pequenas compras de pronto pagamento (até 4.000 reais), feitas em regime de adiantamento (§ único do art. 60 da LLC). Nesses casos, de compras de diminuto valor, o instrumento ou termo do contrato é dispensável. Contudo, para fins de controle, outros documentos deverão comprovar a despesa incorrida, até para que órgãos de controle, como os Tribunais de Controle, possam fazer o necessário acompanhamento. 5 - (Analista Judiciário/STJ/2004) O contrato administrativo tem vigência condicionada a sua publicação resumida e geralmente deve coincidir com o decurso de tempo do orçamento, salvo em caso de exceção legalmente prevista. GABARITO: CERTO TEMA: CONTRATOS – DURAÇÃO. COMENTÁRIOS: CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 15 As regras de duração dos contratos administrativos estão dispostas, no essencial, no art. 57 da LLC. Como regra absoluta, a Lei veda a duração de contratos administrativos com prazo de vigência indeterminado. Não se menciona sequer qual o objeto ou o tipo de contrato. A vedação é uma só: não há contrato decorrente da Lei 8.666/93 com prazo indeterminado e ponto final! Mas, qual a razão de ser da determinação? Pode-se afirmar que com contratos que não tenham duração “eterna” a Administração Pública dá oportunidade a que novos particulares possam auferir renda a partir do contrato feito com o Estado. A vedação ao prazo indeterminado nos contratos administrativos advindos da LLC, portanto, atende, dentre outros princípios, o da igualdade de oportunidades frente ao Estado. Abaixo dessa regra absoluta (de vedação de duração indeterminada), verifica-se uma regra geral: os contratos administrativos estão adstritos (limitados) à vigência dos créditos orcamentários (art. 57, caput, LLC). Não poderia ser diferente. É que TODAS as despesas e receitas devem encontrar previsão na Lei Orçamentária. Como esta é anual, coincidente com o ano civil (1 de janeiro a 31 de dezembro de cada ano), os contratos administrativos, REGRA GERAL, limitam-se à vigência do próprio orçamento. Todavia, para as regras gerais, exceções. Costumo dizer em sala que o Direito é a “ciência da exceção”. São tantas, que a exceção é a regra... Na Lei 8.666 (art. 57) são três as exceções que permitem contratos administrativos que não coincidam, necessariamente, com a vigência do orçamento, saber: I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. Qual a razão de um contrato administrativo poder ser superior a um ano ??? Simplesmente por que nem tudo que a Administração Pública contrata pode ser realizado em um ano. Basta lembrar de CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 16 estradas, aeroportos, hidrelétricas e outros cujas obras, com grande dose de certeza, ultrapassarão o exercício orçamentário. No que se refere à publicação do contrato como condição de sua vigência, a questão tratou da literalidade da LLC. Basta ir ao § único do art. 61 da LLC e a questão está resolvida. Todavia, chamo atenção que não é necessária a publicação do contrato administrativo, na íntegra, para que o ajuste tenha eficácia. A LLC exige a publicação RESUMIDA do contrato como condição de eficácia. 6 - (2004/CESPE/TCE-PR) A administração pública pode firmar certas espécies de contratos administrativos com vigência que ultrapasse o plano plurianual. GABARITO: CERTO TEMA: CONTRATOS: DURAÇÃO COMENTÁRIOS: Item fácil, a partir das explicações contidas no item anterior. Basta que se veja o inciso II do art. 57 transcrito acima. Os serviços de duração contínua podem ter vigência total superior ao Plano Plurianual - PPA. De fato, os serviços de duração contínua podem alcançar até 60 meses, contadas as prorrogações. Já o Plano Plurianual tem duração de 4 anos, indo do 1º dia do 2º ano do mandato de uma legislatura até o último dia do primeiro ano da legislatura seguinte, durando, portanto, 4 anos. Dando um exemplo: No primeiro ano do Governo do atual Presidente da República Lula da Silva valia o PPA do Governo anterior, Fernando Henrique Cardoso. Apenas para registro, o PPA, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e com a Lei Orçamentária Anual – LOA são os 3 instrumentos de planejamento orçamentário das ações de Governo e na Constituição Federal encontram tratamento nos arts. 165 a 169, constituindo assunto de grande importância em outra disciplina no concurso para o TCU, Administração Financeira e Orçamentária – AFO. Sugiro atenção a este assunto. Contudo, retomando nossa matéria, é fácil perceber que é possível contratos administrativos que, contados sua prorrogação, tenham vigência superior ao Plano Plurianual, uma vez que os serviços de duração contínua poderiam, ordinariamente,alcançar a duração total de até 60 meses, admitindo-se, ainda, prorrogação excepcional de até mais 12 meses (§ 4º do art. 57 da LLC). Assim, não resta dúvida de que É CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 17 POSSÍVEL CONTRATAÇÕES QUE ULTRAPASSEM A VIGÊNCIA DO PPA. No que se refere à prorrogação excepcional, algumas palavras. Primeiramente, a excepcionalidade da dita prorrogação faz com que esta não possa vir, ordinariamente, contida no contrato. Com um exemplo fica mais fácil de ver o que queremos dizer. Suponha que um contrato estabelecesse cláusula assim: Este contrato poderá alcançar até 72 meses. Tal cláusula seria ilícita, uma vez que os contratos, desde que relacionados a serviços de duração contínua, podem alcançar até 60 meses. Os 12 meses a mais ocorrerão em caso de necessidade de prorrogação EXCEPCIONAL. Quando o próprio contrato prevê duração de até 72 meses, o que era excepcional passaria a ser ordinário (comum), o que não é admitido nem pela Lei, tampouco pela Jurisprudência predominante que trata do assunto. Por fim, destaque-se que a dita prorrogação excepcional SÓ SE REFERE A SERVIÇOS DE EXECUÇÃO CONTINUADA, que podem ser definidos como aqueles que se relacionam com necessidades públicas permanentes a serem atendidas. Ressalte-se que execução contínua (permanência) não quer dizer essencialidade, isto é, serviços podem ser contínuos, ainda que não essenciais. Exemplo disso, serviços de conservação são contínuos, ainda que não sejam de maior essencialidade. 7 - (2004/CESPE/TCE-PR) O princípio da continuidade do serviço público impossibilita a suspensão da execução do contrato em razão de inadimplência do poder público. GABARITO – ERRADO TEMA: CONTRATOS – CLÁUSULAS EXORBITANTES – EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO COMENTÁRIOS: Outra boa questão que nos permite comentar uma cláusula exorbitante não contida no art. 58 da LLC: o uso restrito da exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) contra a Administração Pública. Em breve síntese, a referida exceção dá a possibilidade de uma das partes contratantes deixar de cumprir com suas obrigações quando a outra não cumprir com as suas regularmente. É o que acontece nos contratos privados firmados entre particulares: se um dos contratantes não faz o que lhe é dever, o outro não está obrigado a continuar realizando o que fora acertado. Todavia, nos contratos administrativos CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 18 não funciona da mesma forma que nos contratos firmados entre particulares. Contra a Administração Pública, o uso da exceção do contrato não cumprido é MAIS DIFICULTOSA, porém, TAMBÉM APLICÁVEL. Nesse sentido, é importante a transcrição do art. 78, caput e inc. XV: Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação Pelo que se vê do dispositivo transcrito é possível, sim, o rompimento (rescisão) de contrato administrativo quando a inadimplência ocorre por parte da Administração Pública. Daí o erro da questão, que afirma exatamente o contrário. Contudo, observe-se que o período de inadimplência por parte da Administração há de ser superior a 90 dias por algo que já tenha sido executado, ou entregue, pelo contratado. Por isso, a doutrina tem entendido como de uso atenuado a exceção do contrato não cumprido contra a Administração Pública. Observe-se, apesar de não tratado no item em análise, que a Lei 8.666/93 dá a possibilidade da adoção de uma medida alternativa por parte do contratado: a suspensão do cumprimento de suas obrigações até que a situação volte ao normal. 8 - (Analista – Área Administrativa/STJ/2004) As chamadas cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos podem ser alteradas sem prévia concordância do contratado, com fundamento no interesse público e na manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. GABARITO: ERRADO TEMA: CONTRATOS – CLÁUSULAS EXORBITANTES – POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO UNILATERAL COMENTÁRIOS O item trata das possibilidade de alteração dos contratos administrativos pela Administração Pública, independente da vontade do particular, assunto que é de significativa relevância. Porém, antes de adentrar a matéria, é necessário trazer esclarecimentos a respeito do tipo das cláusulas que podem estar contidas em um contrato administrativo. Abstraindo-se outras classificações, podemos dividir as CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 19 cláusulas dos referidos ajustes em dois grandes grupos: I) Regulamentares ou de serviço; e, II) Econômico-financeiras ou monetárias. As cláusulas regulamentares dispõem sobre o objeto do contrato e seu modo de execução, isto é, como o contrato será executado (quantidades contratadas, tipo de serviço a ser desempenhado, etc.). Já as cláusulas econômico financeiras (monetárias) estabelecem a equação de equilíbrio econômico financeiro verificada no início do ajuste. Tal equação, em princípio, estabelece a justa relação entre as obrigações do contratado e os pagamentos devidos pela Administração. Tal relação deve ser preservada durante toda a execução do contrato, de modo tal que um dos direitos mais fundamentais do contratado seja garantido: o de ser adequada e justamente remunerado durante todo o período de execução. Assim, não pode a Administração Pública alterar, UNILATERALMENTE, o equilíbrio econômico financeiro da avença (contrato), sob pena de promover grave ofensa a ordem jurídica. Nesse sentido, estabelece o art. 58 § 1º da LLC: As cláusulas econômico- financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. Todavia, a Administração não é igual ao particular, não podendo receber o mesmo tratamento que este. Os interesses que movem uma e outro são diferentes. Enquanto a Administração tem por papel a guarda do interesse público, os particulares têm por intuito, no mais das vezes, satisfazer seus próprios interesses. Assim, a Lei reconhece tal diferença, instituindo, como já se disse noutras questões, prerrogativas, em geral, a favor da Administração, conhecidas como cláusulas exorbitantes, dentre elas, a possibilidade de alteração unilateral do contrato, para melhor atendimento do interesse público (inc. I do art. 58 combinado com o inc. I do art. 65 da LLC). Ressalte-se que nas alterações unilaterais, o equilíbrio econômico financeiro deve ser observado. Um exemplo numérico torna mais transparente a questão: suponha que a Administração haja adquirido 100 bens, comprometendo-se a pagar 100 unidades monetárias por tanto. Verifica-se que o equilíbrio seria de 1 para 1 (em termos reais, diga-se). A Lei permite (art. 65, §1º, 8.666/93) que a Administração acresça ou diminua as quantidades contratadas em até 25%, sendo obrigatória a observância por parte do contratado, desde que se mantenha o necessário equilíbrio econômico financeiro. Cite-se que é possível, no caso específico de reforma de edifício ou equipamento, acréscimos de até 50%, desde que garantido, mais uma vez, o equilíbrio financeiro. Daí a seguinte conclusão: aindaque seja possível à Administração Pública alterar, unilateralmente, as quantidades CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 20 contratadas (cláusulas de serviço/regulamentares), tanto para acréscimos, quanto para supressões, não é dada a possibilidade à Administração de alterar, sem concordância do contratado, o equilíbrio econômico financeiro (cláusulas monetárias) do ajuste. Bom dizer, ainda, que é possível a alteração DE COMUM ACORDO nos seguintes casos (art. 65, inc. II, LLC): a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; d) para restabelecer a relação que as parte pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilibrio econômico- financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobreviverem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. Por fim, é de se registrar que é possível supressões superiores a 25% das quantidades inicialmente contratadas, desde que de comum acordo (inc. II do art. 2ª do art. 65 da LLC). 9 - (2005/TCU/ANALISTA) Em virtude da proteção constitucional do ato jurídico perfeito em matéria administrativa, é vedado à União alterar unilateralmente cláusulas contratuais em contratos administrativos. GABARITO ERRADO TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO UNILATERAL COMENTÁRIOS: O item está errado, pois a Administração Pública (na questão representada pela União) pode alterar unilateralmente os contratos administrativos que firme, como visto no item anterior. Haverá limites CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 21 para tal possibilidade, uma vez que as cláusulas monetárias não podem ser alteradas sem a concordância do contratado (§ 1º do art. 58 da LLC). O destaque do presente item, que serve para reforçar o conteúdo apresentado no anterior, foi sua exigência no certame para o TCU. 10 - (2005/ANCINE/ADVOGADO) A administração poderá, desde que prevista no instrumento convocatório, exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das seguintes modalidades: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária. GABARITO: CERTO TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: POSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE GARANTIA. COMENTÁRIOS: A questão trata de um dos principais assuntos ligados à licitação e contratos: a POSSIBILIDADE de exigência de garantia por parte da Administração Pública. Repassemos a natureza dessa garantia e os principais apontamentos a respeito do assunto. A garantia exigível pela Administração Pública junto ao contratado, daqui por diante chamada de “garantia do contrato” é um tanto diferente das garantias existentes nos contratos privados firmados entre particulares. Nestes últimos, quem apresenta garantia é, regra geral, o adquirente. É o que ocorre no aval, na fiança, no depósito, etc. Já no contrato administrativo, a Administração Pública pode exigir garantia daquele que está lhe fornecendo (vendendo, prestando serviços, executando a obra), o que serve, em síntese, para assegurar o sucesso da contratação realizada, evidenciando que o contratado tem condições de arcar com o eventual ônus financeiro decorrente da contratação. Mas, alguém perguntaria: como “ônus” financeiro da contratação? Um particular é contratado para prestar/fornecer/vender algo à Administração Pública e ainda terá de suportar ônus? Eventualmente sim. Expliquemos. Como se viu na questão 7 supra, a utilização da exceção do contrato não cumprido em desfavor da Administração Pública é restrita. A Lei estabelece como hipótese de rescisão o atraso nos pagamentos superiores a 90 dias referente a obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, estabelecendo a alternativa da suspensão do cumprimento das obrigações por parte do contratado, até a normalização da situação. Então, o contratado poderá ficar até 90 dias sem receber que, ainda assim, não pode sustar suas obrigações, CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 22 acabando por, na prática, “financiar” o funcionamento da Administração Pública. Claro que o pagamento com atraso deve ser atualizado (corrigido) monetariamente, sendo tal cláusula obrigatória nos contratos administrativos, por determinação expressa da Lei (inc. III do art. 55 da Lei 8.666/93). Assim, a possibilidade de exigência de garantia do contrato por parte da Administração Pública é vista como cláusula exorbitante, uma vez que não encontra paralelo nos contratos privados firmados entre particulares. A Lei remete à discricionariedade administrativa a exigência de garantia. Para esclarecimento do assunto, cite-se o caput do art. 56 da LLC: A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras (os destaques não são do original). Fazemos uma observação quanto à dita discricionariedade. É necessário muito cuidado com a exigência de garantia por parte da Administração, a qual deve ser exigida apenas quando necessária. A Administração Pública não deve cobrar garantia quando inexistirem riscos para si, como nas compras de entrega imediata. É bom que se diga, também, que a garantia, quando exigida, é cláusula obrigatória no contrato administrativo (inc. III do art. 55 da LLC), deve estar contida no próprio edital (o art. 56 determina sua inclusão no instrumento convocatório). Se o edital for omisso quanto á exigência de garantia, esta sequer pode ser incluída em momento posterior, pois deve ser conhecida a real extensão de todas as obrigações que recairão sobre o contrato desde o momento de sua pré- concepção, que diz respeito ao edital orientador da contratação futura. É o que entende a doutrina mais abalizada a respeito da matéria. Ressalte-se que a Administração Pública pode exigir garantia, mas não pode determinar, especificamente, sua forma. A escolha quanto a esta fica a cargo do contratado. É conveniente a citação do § 1º do art. 56 da LLC para esclarecimento: Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; II - seguro-garantia; III – fiança bancária. São dignos de destaque, ainda, os seguintes pontos tratados no art. 56: CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVOEM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 23 - a garantia exigida do contratado não pode exceder 5% do valor contratado (§ 2º), podendo no caso de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, chegar até dez por cento do valor do contrato (§ 3º); - se o contrato for executado regularmente, ao término do contrato a garantia será devolvida. Se houver sido depositada em dinheiro, deve ser atualizada monetariamente (§ 4º). Por fim, destaque-se que é possível exigência de garantia dos licitantes, como condição de participação (habilitação) na licitação (inc. III do art. 31 da LLC). Dessa forma, TODOS que desejem participar da Licitação poderão ser obrigados a oferecer garantia, que, nesse caso, é designada por “garantia de proposta”, dado que relacionada à licitação e não ao contrato, que será ainda firmado. A garantia será de até 1% do valor estimado para a contratação. Fala-se em valor estimado, dado que não contrato firmado ainda. 11 - (2006/CODEBA) A administração pública não responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. GABARITO: ERRADO TEMA: CONTRATOS – EXECUÇÃO: RESPONSABILIDADE DO CONTRATADO COMENTÁRIOS: A regra é que a Administração Pública não será alcançada pelos encargos e obrigações assumidos pelo contratado em razão da contratação realizada. O assunto é tratado no caput do art. 71 da Lei 8.666/93, que assim estabelece: O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. Todavia, na própria LLC há exceção estabelecida no que se refere aos encargos previdenciários, conforme se vê § 2º do mesmo art. 72: A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995). Assim, pela LLC, haverá responsabilidade solidária da Administração Pública/contratado por eventuais encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 24 12 - (2005/TJ/BA) Uma das mais importantes inovações da vigente Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n.º 8.666, de 1993) foi a previsão expressa da possibilidade de invocação da exceptio non adimpleti contractus em favor do contratado particular, se bem que ela, como regra, não faculte ao contratado exigir da administração pública o cumprimento antecipado da prestação a ela correspondente. GABARITO: CERTO TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO COMENTÁRIOS: O tema deste item, a exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus) foi abordado nos itens 7 e 10 acima, ao qual remetemos à leitura. Acrescendo informações àqueles, pode-se afirmar que a regra é o cumprimento dos contratos firmados, por quem quer que os firme, tendo em vista mesmo a “função social” desses acordos. O descumprimento dever ser tratado como uma (indesejável) exceção. A exceção do contrato não cumprido dá a possibilidade de uma das partes contratantes deixar de cumprir com suas obrigações quando a outra não cumprir regularmente as suas. Há na LLC hipótese de utilização da exceção em favor do contratado. Assim estabelece o inc. XV do art. 78: o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação. Não é difícil perceber que o uso da exceção contra a Administração (em favor do contratado) é restrita: no que se refere à inadimplência do Poder Público só os atrasos superiores a 90 dias dão a possibilidade de aplicação da exceção do contrato não cumprido como causa para a rescisão. Outro tema tratado no item diz respeito à possibilidade de pagamento antecipado por parte da Administração Pública em contratos que firme: de regra, são vedados, em razão de disposições contidas na Lei 4.320/64, que estabelece normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A norma em questão é objeto, na prova para o TCU, da disciplina “Administração Financeira e Orçamentária – AFO”. Todavia, há alguns assuntos de lá que causam reflexos, em provas para o TCU, aqui no Direito Administrativo. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 25 Desdobremos o assunto, a partir do exemplo do art. 62 da Lei 4.320/64, que determina: O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. O ciclo natural da despesa é: empenho – comprometendo-se os créditos do orçamento; liquida – verificando-se o implemento da condição para última fase; o pagamento. Na liquidação da despesa, a Administração Pública verifica se o produto já foi entregue, se o serviço já foi prestado, por exemplo, para que se faça, então, o pagamento. A regra básica é essa, então: empenha – liquida – paga. Contudo, há uma norma muitas vezes pouco lembrada em concursos públicos, que é o Decreto 93.872/86, que dá, excepcionalmente, a possibilidade de realização de pagamentos antecipados. Diz o art. 38 do Decreto em questão: Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta. O TCU tem entendido, então, que é admitido, em condições devidamente justificadas. Para ilustrar, vale citar uma decisão de nossa Corte de Contas Federal que é auto-explicativa: Quanto ao pagamento antecipado, forçoso reconhecer que ele não é vedado pelo ordenamento jurídico. Em determinadas situações ele pode ser aceito. Mas esta não é a regra. Ordinariamente o pagamento feito pela Administração é devido somente após o cumprimento da obrigação pelo particular... Julgo mais adequado condicionar a possibilidade de pagamento antecipado à existência de interesse público devidamente demonstrado, previsão no edital e exigência de garantias - Acórdão 1442/2003 - Plenário , Ministro Relator Marcos Vilaça (os destaques não são do original). Da questão, ficam as seguintes lições: I) O uso da exceptio non adimpleti contractaus contra a Administração Pública é de uso restrito. Só a partir dos atrasos superiores a 90 dias é que pode ser utilizada pelo particular com vistas á rescisão do contrato; e, II) Regra geral, não se admite o pagamento antecipado de despesa pelo Poder Público. Todavia, por exceção, em alguns casos, é possível a antecipação no pagamento, desde que devidamente justificado. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 26 13 - (2004/CESPE/PGE-RR/PROCURADOR) A declaração de nulidade do contrato administrativoopera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos, mas a administração não se exonera do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável. GABARITO: CERTO TEMA: CONTRATOS – EXTINÇÃO: ANULAÇÃO COMENTÁRIOS: A questão trata de uma das 3 formas de extinção dos contratos administrativos previstas na Lei 8.666.93. Analisemos. A 1ª forma de extinção ocorre pelo regular cumprimento do objeto, ou seja, contrato cumprido, contrato extinto. A 2 ª hipótese diz respeito à rescisão do contrato, que pode ser definida como o rompimento do contrato antes de seu término por razões outras que não sejam a ilegalidade. Na LLC as hipóteses de rescisão são divididas em três grupos (art. 79): unilateral; amigável e judicial. Já a doutrina informa que a rescisão pode ocorrer com ou sem culpa das partes, com conseqüências diversas a partir da existência, ou não, de culpa. Quanto à rescisão sem culpa, deixaremos o assunto para momento oportuno, em que trataremos da teoria da imprevisão. Todavia, o item em análise trata do 3º tipo de extinção: a anulação, que ocorre em razão de ilegalidade. Na LLC, o assunto é abordado no art. 59, que é reproduzido, quase que de maneira exata, na presente questão. E a regra é essa: caso a Administração Pública tenha de anular um contrato em razão de nulidade deste, não fica isenta do dever de indenizar o contratado pelos prejuízos que sejam regularmente comprovados. O trecho final da questão (e do § único do art. 59 da LLC) chama atenção: pela norma, se o contratado for responsável pela ilegalidade e o contrato for anulado por isso, o contratado deixaria de ter direito de ser indenizado. Há muitas críticas doutrinárias ao dispositivo. A maior parte delas diz que a Administração Pública não pode deixar de fazer os pagamentos ao contratado, mesmo no caso de ilegalidade imputável a este. Mas, pela Lei (valendo para a prova do TCU e outras mais), deve-se avaliar a boa-fé na conduta do contratado: se este for responsável pela ilicitude, com o contrato sendo anulado, em razão de sua má-fé, deixa de ter direito à indenização. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 27 A LLC consagra, ainda, o conhecido efeito ex tunc da anulação. Dessa forma, caso o vício (a ilegalidade em si) tenha ocorrido na licitação, retroage-se àquela, declarando-se, de regra, a nulidade de todos os atos subseqüentes e do próprio contrato. Nesse sentido, outro assunto cuida do assunto, o 49, que assim estabelece no seu § 2º: § 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. Conseqüentemente, havendo nulidade no processo licitatório, nulo será o contrato, via de regra. Pergunta interessante diz respeito à seguinte situação: caso haja nulidade em um contrato, ainda assim, a Administração Pública poderia o manter? A resposta pode ser positiva, a depender da circunstância. Vejamos. Suponha um contrato que deriva de uma licitação que não tivesse seu edital publicado com a antecedência exigida. O contrato, de grande vulto, já foi executado em mais de 80%, quando se descobre a ilegalidade. Pergunta: melhor seria anular ou manter o contrato, promovendo-se a responsabilidade de quem deu causa ao vício? A última alternativa é mais apropriada, sem dúvida. Nesse sentido, há farta jurisprudência de vários Tribunais Superiores (exemplificativamente – Acórdão 1.428/2003, do Plenário do TCU). Assim se procede tendo em conta a supremacia do interesse público, que deve ser atingido da maneira mais ampla possível. Assim, ficam as seguintes informações da questão: I) Ao ocorrer ilegalidade na firmatura de um contrato, a Administração Pública deve, via de regra, anulá-lo, com efeitos ex tunc, isto é, retroagindo à data de ocorrência do vício; II) Ao proceder a anulação, deve-se avaliar a boa fé do contratado para concluir se este terá ou não direito à indenização. Se não tiver agido de má fé, o contratado será indenizado pelos prejuízos regularmente comprovados. Se tiver culpa quanto à anulação, o contratado, pela LLC, perde o direito de ser indenizado; e, III) Em alguns casos, a Administração Pública pode optar pela manutenção de um contrato administrativo eivado de vício. Tal situação pode ocorrer em benefício da preservação do interesse público. Todavia, deve-se promover a adequada apuração para que se conclua que é responsável pela ilegalidade, aplicando-se as medidas que o caso requeira. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 28 14 - (2004/PF/Delegado-Nacional) O contrato de concessão de serviço público extingue-se pela rescisão quando a iniciativa de extinção do contrato é do poder concedente, em decorrência de descumprimento das normas contratuais pelo concessionário. GABARITO: ERRADO TEMA: CONTRATOS – PRINCIPAIS: CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. COMENTÁRIOS: A prestação de serviços públicos, de acordo com a atual Constituição Federal, pode ocorrer de maneira direta (pelo Estado, por intermédio de seus órgãos/entidades) ou de maneira indireta (por intermédio de particulares). No último caso, os instrumentos para formação da “parceria” Estado-Particular seriam a concessão e a permissão, que são formas de delegação. O item em análise cuida especificamente da extinção da concessão, o que remete à leitura da Lei 8.987/95, Lei Geral de Concessões e Permissões, que vem a regulamentar o art 175 da CF/88. Por oportuno, ressalte-se que a Lei 8.987/95 não trata de autorizações, que são objeto de outras normas, tais como, por exemplo, a Lei 9.472/97, a qual cuida dos serviços de telecomunicações. Há dúvidas doutrinárias quanto à possibilidade do uso de autorização para delegação, mas como esta é formalizada mediante ato administrativo, estudamos o tema junto com aquela matéria, bem ainda na aula referente a serviços públicos. Passemos, então, a tratar das concessões e permissões de serviço público na legislação infra- constitucional. Em primeiro lugar, cumpre registrar que a rescisão do item sob exame refere-se especificamente aos contratos de concessão, que possui algumas diferenças com relação à rescisão tratada no art. 78 da Lei 8.666/93, o que afasta, de pronto, a incidência daquela norma (a Lei 8.666/93) para resolução do item. Faz-se útil a citação do art. 35 da Lei 8.987/93, que indica seis formas de extinção do contrato de concessão: I – Advento do termo contratual; II – encampação; III – Caducidade; IV – Rescisão; (o grifo foi feito por nós) V – Anulação; e VI – Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento do titular, no caso de empresa individual. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 29 A rescisão é tratada, mais especificamente, no art. 39 da Lei 8.987/95, que estabelece: O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim. Percebe- se, então, que a RESCISÃO DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO ocorre por INICIATIVA DA CONCESSIONÁRIA, no caso de CULPA DO PODER CONCEDENTE (da Administração Pública). Interessante complemento traz o parágrafo único deste artigo 39, estabelecendo que, na hipótese de rescisão, a concessionárianão pode paralisar ou interromper a prestação do serviço público, até o trânsito em julgado da sentença judicial. Tal disposição atende ao princípio da continuidade dos serviços públicos, os quais só podem ser suspensos em casos excepcionais, tal como em situações emergenciais (§ 3º do art 6º da Lei 8.987/95). Bom esclarecer, ainda, que a forma de extinção do contrato de concessão tratada no item é a caducidade. Nesse sentido, vejamos o que dispõe o caput do art. 38 da Lei 8.987/95: A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art.27, e as normas convencionadas entre as partes. A despeito de a caducidade merecer inúmeros comentários, damos destaque para os seguintes: I) Na caducidade do contrato de concessão a culpa é dada pelo concessionário do serviço público; II) Para a declaração de caducidade deve haver, necessariamente, a abertura de processo administrativo (§ 2º do art. 38 – Lei 8.987/95); III) A caducidade é declarada por decreto de competência do Chefe do Executivo da esfera federativa que concedeu o serviço Destaque-se que a declaração de caducidade não afasta a obrigatoriedade de o poder público indenizar o concessionário pelo que este tiver investido na concessão, descontando-se, todavia, o valor das multa contratuais e dos danos causados pelo inadimplente (§5º do art. 38 – Lei 8.987/95). O valor da indenização será, portanto, calculada no curso do processo, com os devidos descontos. Por fim, mas não de menor importância, é preciso que se diga que a caducidade dos contratos de concessão não pode ser confundida com a caducidade dos atos administrativos, já vista noutra oportunidade1. QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 1 A caducidade dos atos administrativos ocorre pela superveniência de norma que impede um ato anterior de produzir efeitos. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 30 1 - (2006/CESPE/ANA/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Os contratos administrativos são regulados pelos preceitos de direito público, com aplicação supletiva das disposições de direito privado. 2 - (2004/CESPE/SEAD-PA/ADMINISTRADOR) A APA, mediante contrato de locação celebrado com um particular, alugou um prédio no centro de Belém - PA para servir-lhe como sede. Nessa situação, o contrato de locação deve ser considerado um contrato administrativo. 3 - (2004/CESPE/OAB/ES) Contratos administrativos são aqueles em que ao menos uma das partes é um ente federativo ou uma entidade da administração indireta. 4 - (2004/CESPE/TCE-PE/AUD. EM SAÚDE) É dispensável o termo de contrato e facultada a sua substituição por outros instrumentos previstos na lei, a critério da administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. 5 - (Analista Judiciário/STJ/2004) O contrato administrativo tem vigência condicionada a sua publicação resumida e geralmente deve coincidir com o decurso de tempo do orçamento, salvo em caso de exceção legalmente prevista. 6 - (2004/CESPE/TCE-PR) A administração pública pode firmar certas espécies de contratos administrativos com vigência que ultrapasse o plano plurianual. 7 - (2004/CESPE/TCE-PR)O princípio da continuidade do serviço público impossibilita a suspensão da execução do contrato em razão de inadimplência do poder público. 8 - (Analista – Área Administrativa/STJ/2004) As chamadas cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos podem ser alteradas sem prévia concordância do contratado, com fundamento no interesse público e na manutenção do equilíbrio econômicofinanceiro. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 31 9 - (2005/TCU/ANALISTA) Em virtude da proteção constitucional do ato jurídico perfeito em matéria administrativa, é vedado à União alterar unilateralmente cláusulas contratuais em contratos administrativos. 10 - (2005/ANCINE/ADVOGADO) A administração poderá, desde que prevista no instrumento convocatório, exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das seguintes modalidades: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária. 11 - (2006/CODEBA) __ A administração pública não responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. 12 - (2005/TJ/BA) Uma das mais importantes inovações da vigente Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n.º 8.666, de 1993) foi a previsão expressa da possibilidade de invocação da exceptio non adimpleti contractus em favor do contratado particular, se bem que ela, como regra, não faculte ao contratado exigir da administração pública o cumprimento antecipado da prestação a ela correspondente. 13 - (2004/CESPE/PGE-RR/PROCURADOR) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos, mas a administração não se exonera do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável. 14 - (2004/ PF / Delegado-Nacional) O contrato de concessão de serviço público extingue-se pela rescisão quando a iniciativa de extinção do contrato é do poder concedente, em decorrência de descumprimento das normas contratuais pelo concessionário. CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 32 GABARITOS: 1 - CERTO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO: NORMAS DE REGÊNCIA 2 - ERRADO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO: CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO 3 - ERRADO TEMA: CONTRATOS – CONCEITO 4 - CERTO TEMA: CONTRATOS – CARACTERÍSTICAS: CARÁTER FORMAL 5 - CERTO TEMA: CONTRATOS – DURAÇÃO. 6 - CERTO TEMA: CONTRATOS: DURAÇÃO 8 - ERRADO TEMA: CONTRATOS – CLÁUSULAS EXORBITANTES – POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO UNILATERAL 9 - ERRADO CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS P/ TCU – QUESTÕES DO CESPE PROFESSOR SANDRO BERNARDES www.pontodosconcursos.com.br 33 TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO UNILATERAL 10 - GABARITO: CERTO TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: POSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE GARANTIA. 11 - ERRADO TEMA: CONTRATOS – EXECUÇÃO: RESPONSABILIDADE DO CONTRATADO 12 - CERTO TEMA: CLÁUSULAS EXORBITANTES: EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO 13 - CERTO TEMA: CONTRATOS – EXTINÇÃO: ANULAÇÃO 14 - ERRADO TEMA: CONTRATOS – PRINCIPAIS: CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO.
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