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1
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Graduação
115
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
U
N
ID
A
D
E 
9 TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Nesta unidade estudaremos a Teoria da Contingência. Tal teoria teve
como mérito mostrar que a partir do ambiente externo e da tecnologia que
empregam em seus processos produtivos, as grandes corporações
estabelecem seus objetivos e traçam suas estratégias para atingi-los. São
as estratégias que servem de base para o desenho das suas respectivas
estruturas organizacionais, evoluindo para a Network, ou seja, organizações
que exercem suas atividades conectadas eletronicamente com outras
organizações denominadas de “parceiras”.
OBJETIVOS DA UNIDADE:
• Conhecer as origens da teoria e os conceitos iniciais básicos,
as razões para o ajustamento das estruturas organizacionais,
o relacionamento da organização com o ambiente, as
comparações das características das organizações Mecanísticas
e Orgânicas;
• Entender a estrutura organizacional e a tecnologia;
• Conhecer novas abordagens do desenho organizacional, o foco
no ambiente e na tecnologia ao tratar das tarefas, da estrutura
organizacional, das pessoas, dos objetivos e das estratégias,
considerando a organização como um sistema aberto, da
natureza organizacional do homem, “homem complexo”, do
sistema de incentivos sociais e salariais, a existência de conflitos
de papéis sociais;
• Entender as principais idéias e críticas à Teoria da Contingência.
PLANO DA UNIDADE:
• Origens da Teoria da Contingência.
• Tipologia de tecnologia de James D. Thompson.
• Novas abordagens de Desenho Organizacional.
• Abordagens em Redes (rede dinâmica ou organizações virtuais).
• As principais críticas dirigidas à Teoria da Contingência.
Bons estudos!
UNIDADE 9 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA
116
ORIGENS
Fundadores: Paul R. Lawrence e Jay W. Lorsch
Pesquisa - Confronto da organização com o ambiente externo
A Teoria da Contingência tem seu surgimento ligado à pesquisa realizada
por P. R. Lawrence e Jay W. Lorsch sobre a relação estabelecida entre a
organização e o ambiente externo no qual está inserida. Até então, a maioria
das teorias anteriores tinha uma percepção da administração “de dentro
para fora”, ou seja, a administração admitia uma forma de lidar com a tarefa
nos tempos e nos movimentos, nos estilos de gerência, nos tipos de incentivos
e desempenho da organização, fixando a ênfase no tipo de organização
formal, informal ou ambas, mediante um determinado tipo de estrutura
organizacional, para com ela procurar atingir a finalidade a que se propôs.
Lawrence e Lorsch tiveram o mérito de pesquisar dez empresas
distribuídas em três tipos de setores da atividade industrial: alimentos
embalados, plásticos e unidade de acondicionamento e transporte de
material, denominado de container. A pesquisa objetivava analisar o
comportamento dessas empresas diante das exigências do ambiente externo,
que representa de um modo geral, os clientes, a ação dos concorrentes, as
exigências e medidas governamentais, os concorrentes nacionais e
estrangeiros etc.
Conclusões básicas
A partir do ambiente é que as organizações se diferenciam em suas
estruturas, pela departamentalização que criam para poder lidar de forma
eficiente com o ambiente e ao mesmo tempo procurando manter o equilíbrio
organizacional, devido à diferenciação e instabilidade causada pela
departamentalização, procurando obter a integração pela comunicação
administrativa e busca de coordenação dos esforços.
Alfred Chandler
Pesquisa - Relação da estratégia com a estrutura organizacional
Há quem atribua maior importância a Alfred Chandler Jr. na criação da
Teoria da Contingência.
O mérito dele deve-se a uma pesquisa realizada em 1962, sobre o modo
como as empresas lidavam com a estrutura organizacional em relação à
estratégia adotada para melhor atender às exigências do ambiente externo.
De sua pesquisa participam quatro das mais expressivas empresas norte
americanas: Du Pont, General Motors, Sears Roebuck & Co e StandarOil Co
(New Jersey).
Conclusões básicas
Ao longo da história da industrialização, as organizações passavam a
estabelecer suas estratégias de marketing ou de negócios em função das
exigências do ambiente externo e, a partir da definição da estratégia, é que
elas começavam a definir as suas estruturas organizacionais ou design
organizacional. Portanto, em ambiente estável, as estruturas permanecem
estáveis, mas em ambientes instáveis, onde os clientes, os concorrentes, a
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
117
tecnologia, a economia mudam em ritmo mais acelerado, as estruturas
organizacionais existentes passam a não atender com eficiência às exigências
do ambiente externo. Com isso, a administração das organizações passa a
adotar novas estratégias de negócios que, por sua vez, para serem
implementadas e administradas necessitam de novos modelos de estruturas
organizacionais que são representadas pelos tipos de organogramas que
estudamos na unidade 8, na Teoria Neoclássica.
Salientamos que é com a estrutura organizacional que as organizações
se departamentalizam para melhor lidar com as pessoas, com o dinheiro, as
matérias-primas, as máquinas e equipamentos, as leis vigentes, os clientes,
concorrentes nacionais e internacionais etc.
Burns e Stalker
Pesquisa - Organizações mecanísticas e orgânicas
Esses autores reuniram, na Inglaterra, uma amostra de vinte empresas
industriais, visando verificar de que modo as mesmas compatibilizavam as
estruturas organizacionais e as ações administrativas com o ambiente
externo. Eles verificaram que havia empresas comportando-se de modo
tradicional, seguindo o modelo burocrático e outras que se comportavam
com estruturas flexíveis, que eles denominaram de estruturas orgânicas.
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da Administração, Rio: Campus, 1999, p.422.
UNIDADE 9 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA
118
Agora vamos estudar um pouco sobre Joan Woodward.
Joan Woodward (1916-1971) foi professora de sociologia industrial na
Faculdade Imperial, na Inglaterra, onde pesquisou uma amostra de 100
empresas de médio e grande porte. O objetivo dessa pesquisa foi verificar a
influência do processo de fabricação na definição da estrutura organizacional,
na definição dos órgãos, cargos e atribuições de cada cargo. As empresas
foram classificadas em três tipos de tecnologias de produção:
1.ª - Produção unitária ou oficina (intermitente - por encomenda)
Fabricação geralmente unitária ou em pequenas quantidades, sob
encomenda, com especificações particulares, nas quais os operários
trabalham com máquinas universais preparadas para realizarem operações
variadas.
Ex.: produção de navios, locomotivas e demais produtos considerados
especiais ou sob medida.
Conclusão: tem a estrutura que mais se adapta ao tipo de fabricação
que adota e não é relacionada aos tipos tradicionais de estruturas
organizacionais. A previsão de resultados é baixa, tipo probabilística. Quanto
menos previsíveis forem os resultados, menos níveis hierárquicos haverá na
estrutura da organização.
2.ª - Produção em massa (seriada ou mecanizada)
Fabricação, geralmente em grandes quantidades, de produtos
padronizados, em linhas de montagem seqüencial, utilizando máquinas que
realizam uma ou mais operações na transformação da matéria-prima em
produto final.
Ex.: montadoras de automóveis.
Conclusão: tem estrutura organizacional em linhas clássicas, com
atribuições dos cargos definidas, adotando unidade de comando, utilização
de cargos de linha-staff, amplitude de controle estreita com 5 a 6
subordinados para cada diretor ou gerente.
3.ª - Produção em processo contínuo ou automatizado
Fabricação emprocesso contínuo ou automático, em que poucos operários
são utilizados para controlar o fluxo do processo produtivo.
Ex.: indústria química, siderúrgica etc.
Conclusão: tem a estrutura que mais se adapta ao tipo de fabricação
que adota e não é relacionada aos tipos tradicionais de estruturas
organizacionais. A previsão de resultados é alta, tipo determinística. Quanto
mais previsíveis forem os resultados, mais níveis hierárquicos haverá na
estrutura da organização.
Conclusões gerais
Há uma imposição tecnológica. A tecnologia adotada pela empresa
indicará a sua estrutura e comportamento organizacionais. Quanto mais
estável e previsível for a técnica de fabricação adotada, mais a empresa se
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
119
aproximará da estrutura organizacional do tipo clássico. Na Teoria da
Contingência, a pesquisa mostra que as características da estrutura
organizacional são variáveis, dependentes e contingenciais em relação ao
ambiente e à tecnologia. Então cada tipo de processo de fabricação requer
um tipo de estrutura organizacional.
TIPOLOGIA DE TECNOLOGIA DE JAMES D. THOMPSON
Tipologia quanto ao arranjo da tecnologia dentro da organização
1- Tecnologia de elos em seqüência
Fabricação em seqüência de elos encadeados e interdependentes, em
que cada etapa complementa e acrescenta transformações e melhoramentos
em relação à etapa anterior.
Ex.: linha de montagem de produção em massa (indústria automobilística) etc.
2- Tecnologia mediadora
Consiste na ligação ou na intermediação entre dois agentes, o que quer
vender e o que quer comprar.
Ex.: comércio, bancos, companhia telefônica, agências de propaganda etc.
3- Tecnologia intensiva
Consiste na fabricação que utiliza uma ampla variedade de habilidades
e especializações sobre um único cliente.
Ex.: hospitais com serviços de primeiros socorros, dietéticos, radiológicos,
de laboratório, odontológicos etc.
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da Administração, Rio: Campus, 1999, p.436
UNIDADE 9 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA
120
Tipologia de James D. Thompson e Frederick L. Bates
Tecnologia fixa e tecnologia flexível
Tecnologia Fixa
É a tecnologia que se repete na fabricação de um produto padrão, sendo
inflexível na fabricação de um outro produto.
Tecnologia Flexível
É a tecnologia que se estende na aplicação de outros produtos, em que
as máquinas, o conhecimento técnico e as matérias-primas podem ser
usados para outros produtos ou serviços.
Alguns conceitos básicos
Contingência - Algo que pode acontecer de modo inesperado, de forma
probabilística ou aleatória, mas nunca determinística. A contingência é típica
do ambiente que contém inúmeras variáveis incontroláveis.
Ambiente tarefa - É o ambiente próximo de interação e de relativo controle
por parte da organização.
Ex.: funcionários, clientes, fornecedores, entidades governamentais de
relacionamento legal.
Ambiente geral - É o ambiente mais amplo e incontrolável por parte da
empresa, também denominado de macroambiente.
Ex.: tipos de ambientes gerais: demográfico, tecnológico, econômico,
social, cultural legal e político etc.
Comentários
Aspectos demográficos, econômicos, políticos, sociais, culturais etc., a
própria questão do gás com a Bolívia é algo contingencial que pode afetar o
abastecimento e o custo de inúmeras empresas.
NOVAS ABORDAGENS DE DESENHO ORGANIZACIONAL
Estrutura Matricial - É a estrutura organizacional em que coexiste a
departamentalização por função e por projeto.
Podemos acrescentar que ela pode satisfazer às duas necessidades da
organização, quando esta se defrontar com situações complexas ou
especiais:
1- especialização (por agregar especialistas técnicos);
2- coordenação (por reunir pessoas vinculadas a um mesmo projeto).
Também devem ser ressaltados os aspectos de colaboração dos
indivíduos participantes e de interdependência departamental, fundamentais
para a correta consecução das atividades neste modelo.
A violação da unidade de comando é, certamente, um dos maiores
entraves à sua aplicabilidade mais difundida, dada a possibilidade do
surgimento da duplicidade de comando e conseqüentes conflitos. “Quem
deve obedecer a mais de um chefe, acaba não atendendo corretamente a
ninguém”.
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
121
Organização por equipes
Valoriza-se o trabalho de equipes através da delegação de autoridades
para as pessoas treinadas para trabalhar em equipe, que estão diretamente
presentes e atuantes nos locais com clientes ou situações que requerem
decisões rápidas que devem ser flexíveis e ágeis, devido ao ambiente de
concorrência acirrada. Daí, são considerados dois tipos de equipes:
Equipe multidivisional (interdepartamental)
Vários departamentos funcionais resolvem problemas mútuos, mediante
a ação de uma “equipe multidivisonal”. Constitui-se, numa abordagem
multiespecializada de ação. Cada participante se reporta ao seu
departamento funcional, mas também à equipe da qual faz parte. São
pessoas de vários departamentos da empresa que formam uma equipe para
agilizar o processo de trabalho, que geralmente é retardado pela
departamentalização funcional.
 Força-tarefa ou permanente
Como se fosse um departamento normal da organização, em que seus
membros se reportam a uma unidade de gerência. É conceito atual de
transformar departamentos funcionais em equipes ou “força-tarefa”,
orientadas para processos.
 Conclui-se que cada vez mais os administradores das empresas têm
procurado eliminar as barreiras causadas pela departamentalização funcional,
que age verticalmente em relação a tarefas especializadas, olhando os
demais como se fossem culpados pelas falhas, sendo os outros
departamentos uma espécie de “mal necessário”.
Na realidade, a administração das empresas está cada vez mais
desafiada a agir em relação a processos de trabalho que exigem ação
conjunta dos departamentos no “sentido horizontal”. Para isso terá que
ocorrer: a redução de barreiras entre departamentos, a diminuição do tempo
de decisões e ações face a instabilidades do ambiente externo.
Assim, a administração terá que desenvolver e treinar os funcionários,
aumentando o entusiasmo dos mesmos, visando reduzir custos
administrativos e operacionais que estão associadas a esta nova abordagem
de desenho organizacional.
ABORDAGENS EM REDES (REDE DINÂMICA OU ORGANIZAÇÕES VIRTUAIS)
Através da estrutura em rede (network), a organização desagrega as
suas funções principais e as transfere para empresas separadas.
Características da organização virtual
A organização virtual não precisa ter, necessariamente, uma localização
física ou geográfica. A exemplo das organizações tradicionais, ela pode ter
um endereço virtual. Neste caso não existe fronteiras definidas (são maleáveis
e temporárias), devido a ela operar com: poucos níveis hierárquicos (3 ou
menos), maior amplitude de controle, ou seja, maior número de subordinados
por chefia.
Organização virtu-
al (uma prática que se
fortaleceu a parir de
1990)
É a organização li-
gada em suas diversas
funções terceirizadas
por computador, medi-
ante operação centrali-
zada com redução ou
eliminação da
departamentalização.
UNIDADE 9 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA
122
Essa organização trabalha por projetos e processos inteiros e não de
forma funcional ou por tarefas, conforme as empresas tradicionais. O trabalho
é num layout denominado de “céu aberto”, com poucas salas e paredes
divisórias, de forma que todos fiquem próximos para facilitar o contato, a fim
de aumentar a rapidez das decisões, facilitando a comunicação em todos osseus sentidos (horizontal ou lateral, vertical, transversal ou diagonal).
Layout - Arranjo físico do local de trabalho.
Exemplo: produção, vendas, engenharia, contabilidade passam a
constituir serviços fornecidos por organizações separadas, trabalhando sob
contrato e conectadas eletronicamente a um escritório central para efeito
de coordenação e integração.
A companhia central retém o aspecto essencial do negócio, enquanto
transfere para terceiros as atividades que as outras companhias podem
fazer melhor e mais barato, a exemplo do que é feito pelas grandes franquias
Coca-Cola e McDonald’s.
Vantagens da organização em rede:
· competitividade diante da globalização, flexibilidade da força de
trabalho e dos processos produtivos e da redução dos custos administrativos.
Desvantagens:
· fragilidade do controle global, aumento da incerteza sobre partes (as
que foram terceirizadas) do processo e uma concepção muito simplista de
cultura organizacional são importantes restrições impostas à prática desta
abordagem.
Lembrete: Com a Teoria Contingencial foi observado que as empresas
competitivas analisavam primeiro o ambiente externo (clientes, governo,
fornecedores, revendedores, concorrência etc.), fixavam os objetivos a serem
alcançados – resultados, estabeleciam estratégias para atingir os objetivos,
reformulavam as estruturas organizacionais em função das estratégias
estabelecidas para atender ao mercado e lidar com a concorrência.
A estrutura organizacional é constituída a partir da estratégia (criada
para atender aos objetivos da empresa).
AS PRINCIPAIS CRÍTICAS DIRIGIDAS À TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Da mesma forma que a Teoria de Sistemas, a Teoria da Contingência
não recebeu críticas negativas que pudessem ser consideradas expressivas.
Os autores mais consagrados dessa teoria, além de não ignorarem as
contribuições de praticamente todas as teorias da administração, incluem
em suas pesquisas as variáveis: ambiente externo e tecnologia, que as
teorias anteriores ignoraram ou não dedicaram atenção, apesar de essas
variáveis serem consideradas na prática de muitas das organizações por
elaborarem os seus produtos, os objetivos e as estratégias de marketing. E
mesmo os objetivos de natureza interna da organização, além de desenharem
por conseqüência as suas estruturas organizacionais. Por outro lado, isso
pode ser em vários casos um exagero. O ambiente também pode ser mal
interpretado devido à pressa ou ao erro de outra natureza.
EXEMPLIFICANDO
IMPORTANTE
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
123
As críticas são praticamente de natureza positiva, vejamos as
principais:
Nada em administração é definitivo e sim relativo
O ambiente no qual estão inseridas as empresas é complexo, muito
complexo, não é absolutamente estável e permanente, mas influencia a
empresa de forma contingencial, probabilística, imprevisível. O ambiente,
incluindo nele a ação da concorrência, a reação dos consumidores, dos
fornecedores, da comunidade em que está localizada a empresa, a própria
sociedade, os outros países, as ações do ambiente social é todo
incontrolável. Sendo assim, nada e nenhum conhecimento é definitivo
ou absoluto, mas sim relativo.
Portanto, a prática administrativa é situacional ou contingencial
por depender do ambiente externo das organizações. Age com conceitos,
princípios, objetivos, estratégias e estruturas organizacionais relativos
e não absolutos.
Dinamismo e sentidos contrários para os conceitos e princípios de
administração
Para cada conceito e princípio de administração é possível
encontrarmos outro de sentido contrário (bipolaridade contínua).
Portanto, cada empresa tem um tipo de tecnologia de produção, lidando
com o mercado de forma mais estável ou menos estável, sendo possível
a empresas de mesmo tipo chegar aos mesmos resultados por caminhos
diferentes por não existir uma única forma para administrar uma empresa.
Os conceitos e princípios da administração não podem ser únicos e
estáticos, como forma de conduta administrativa e organizacional. As
situações são diferentes, requerendo decisões e ações diversas,
contingenciais e não estáticas. Portanto “sucesso passado, não garante
sucesso futuro”.
A influência da tecnologia
Segundo a Teoria da Contingência, nas empresas bem sucedidas são
valorizadas as seguintes questões:
√ focalização no negócio;
√ produtividade através das pessoas consideradas raízes na
empresa;
√ propensão para a prática, envolvendo análise, decisão e
implementação das idéias;
√ proximidade do mercado: as empresas bem sucedidas são
orientadas para o cliente.
UNIDADE 9 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA
124
 Idéias novas trazidas pela Teoria da Contingência
Agora você está preparado para lidar com as organizações, sabendo
que elas possuem uma dupla dimensão: a formal e a informal, que o homem
possui uma hierarquia de categorias de necessidades e que a cada momento
ele se encontra em carência quanto a uma das categorias. Você compreendeu
também, ao longo da disciplina, que existe além da necessidade de uma
dimensão técnica para o administrador exercer as tarefas e os processos de
trabalho, uma dimensão comportamental que deve ser considerada como
importante e que faz muita diferença no dia-a-dia do trabalho
LEITURA COMPLEMENTAR
Aprofunde seus conhecimentos lendo “Abordagem
contingencial da Administração” em CHIAVENATO, Idalberto.
Introdução a Teoria Geral da Administração. 7 ed. Rio de
Janeiro: Campus, 2001.
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
125
É HORA DE SE AVALIAR!
Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-
lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie através do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
Chegamos ao final desta unidade, mas você só completará o estudo da
Teoria Geral da Administração na próxima e última unidade. A unidade 10
refere-se às funções administrativas, que na verdade, fazem parte da Teoria
Neoclássica, mas optamos por aprofundá-la de uma forma independente
para melhor aproveitarmos seu conteúdo.

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