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Aula sobre A cidade Industrial e as Reformas Urbanas

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A	
  CIDADE	
  INDUSTRIAL	
  
Notas	
  de	
  Aula	
  	
  
Prof. Carol Menzl
TH5 - UCB
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Slide Prof.a Ana Paula Gurgel
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
A CRÍTICA À CIDADE INDUSTRIAL
- Revolução industrial e crescimento 
demográfico das cidades 
- Variações de acordo com o nível de 
industrialização do país: 
1. Inglaterra a partir de c. 1800 – a 
população de Londres quintuplicou em um 
século 
2. França e Alemanha a partir dos anos 
1830 
- As cidades antigas – medievais e/ou
barrocas – não dão suporte às 
transformações. 
- Higiene física deplorável: 
1. habitat insalubre 
2. grandes distâncias entre trabalho e 
habitação 
3. falta de saneamento básico 
4. ausência de áreas públicas 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
[...] Por um lado foi bom, uma vez que 
favoreceu a burguesia, mas por outro, 
só contribuiu para acirrar ainda mais a 
exploração do operariado. Houve um 
intenso êxodo rural, as cidades ficaram 
superlotadas, as pessoas viviam em 
pensões sem um mínimo de higiene, as 
condições de trabalho nas fábricas eram 
péssimas, os trabalhadores tinham de 
enfrentar uma jornada de trabalho de 12 
horas, havia a ausência de direitos do 
operário bem como de segurança no 
trabalho, e ainda cresceu 
exageradamente a exploração das 
mulheres e crianças, onde o salário pago 
era mais baixo. (GUSMÃO: 2006, 200-
201) 
A CRÍTICA À CIDADE INDUSTRIAL
Século XIX à Revolução Industrial à 
Deterioração do estado das cidades em 
decorrência do crescimento acelerado 
 
Razões do crescimento 
populacional: 
à Êxodo rural (leis de cercamentos), 
à  Demanda por mão-de-obra à indústrias 
à  Queda da mortalidade 
 
Implicações históricas 
Fatores que resultaram em uma nova concepção da cidade 
Progressivas e decisivas, as transformações 
provocadas pela Revolução Industrial (1750-1830), 
aconteceram em três níveis, a saber:	
  
Econômico-­‐tecnológico:	
  
aumento	
  da	
  produção,	
  da	
  circulação	
  e	
  do	
  
consumo	
  através	
  da	
  invenção	
  da	
  máquina	
  
Sócio-­‐polí3co:	
  
proletarização	
  de	
  milhares	
  de	
  artesãos	
  e	
  
formação	
  de	
  reserva	
  de	
  mão-­‐de-­‐obra	
  
Urbano-­‐territorial:	
  
nova	
  distribuição	
  da	
  população	
  no	
  território	
  e	
  
mudanças	
  radicais	
  na	
  infra-­‐estrutura	
  urbana	
  
A	
  comunidade	
  Ideal	
  :	
  alterna:vas	
  à	
  cidade	
  Industrial 
Londres é a primeira capital em estado crítico. 
Implicações históricas 
Fatores que resultaram em uma nova concepção da cidade 
Consequências: 
•  Aumento da densidade populacional das 
principais cidades sem condições para 
absorver o crescimento 
•  Deterioração das condições de habitação 
com a falta de saneamento e cortiços 
insalubres à Higienismo surge 
•  Saúde à Epidemias de tuberculose e cólera 
•  Trabalho à Baixos salários, desemprego 
•  Problemas sociais à Trabalho infantil, fome, 
prostituição e alcoolismo 
Em	
  1851,	
  a	
  população	
  das	
  cidades	
  inglesas	
  já	
  era	
  maior	
  que	
  a	
  do	
  campo.	
  
Na	
  Alemanha,	
  isto	
  aconteceu	
  em	
  1890;	
  e	
  nos	
  EUA	
  somente	
  em	
  1920.	
  No	
  
Brasil,	
  em	
  2000.	
  Em	
  1900,	
  ainda	
  60%	
  da	
  população	
  francesa	
  vivia	
  no	
  
campo;	
  e	
  na	
  Escandinávia,	
  75%.	
  
Medidas começam a ser tomadas: 
Edwin Chadwick à Reformador social à 
reforma das leis pró-pobres e melhoria 
das condições sanitárias e saúde pública 
Cria a Poor Law Commission (1834) à 
Substituída pelo Poor Law Board (1847). 
1844 à Criada a Sociedade para 
melhoria das condições das classes 
trabalhadoras, que constrói os primeiros 
apartamentos para operários em Londres 
Inicia-se uma fase de conscientização da necessidade de 
melhorar a habitação da classe operária 
Arquiteto HENRY ROBERTS
Rua Streatham (1849 – 50)
Arquiteto HENRY ROBERTS
Protótipo para a Grande Exposição de 1851
MUDANÇAS LEGAIS
1848 à Londres à Lei da Saúde Pública 
Início das Reformas Sanitárias 
Higienismo à condições de salubridade 
Autoridades devem prover: 
•  Esgoto 
•  Coleta de lixo 
•  Abastecimento de água 
•  Pavimentação das vias públicas 
•  Inspeção de matadouros 
•  Serviço funerário 
1868 e 1875 à Londres à CLEAREANCE ACTS à Leis de Urbanização dos Bairros 
Pobres 
1890 à Lei da Habitação das Classes Trabalhadoras 
As autoridades devem assegurar habitação pública 
Implicações arquitetônicas
TENTATIVAS DE “DESINSTITUCIONALIZAR” A 
HABITAÇÃO POPULAR 
MILLBANK ESTATE (1897) ���
INFLUÊNCIAS DO ARTS & CRAFTS
Implicações arquitetônicas
MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO E 
CIRCULAÇÃO DE AR
APARTAMENTO EM NOVA IORQUE: VÁRIOS 
CÔMODOS SEM VENTILAÇÃO
APARTAMENTO EM NOVA IORQUE: 
APARECIMENTO DE FOSSO DE VENTILAÇÃO
APARTAMENTO EM NOVA IORQUE: PÁTIO 
INTERNO PARA LUZ E AR
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Slide Prof.a Ana Paula Gurgel
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Slide Prof.a Ana Paula Gurgel
Modelos de pré-urbanismo: 
•  Preocupação com modelos espaciais (forma) 
•  Visão Higienista das cidades à salubridade 
•  Críticas previam que transformações da sociedade poderiam 
resultar de transformações na cidade. 
•  Modelos de cidades ideais 
•  Dissociação entre princípios e práticas 
•  Modelos Progressista e Culturalista 
Também surgem propostas para adequar as cidades às 
novas condições, ou de criação de novos modelos de cidades 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
ROBERT OWEN 
• Experiência direta na indústria –
trabalhador 
• Redução das horas de trabalho para 
10 hs. 
• Idéias: cooperação e planejamento 
harmônico 
• Cidade de comunidade restrita, 
trabalho coletivo, auto-suficiente. 
• Experiências na Inglaterra e nos 
EUA 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Sua teoria da educação é o cerne de todo o seu sistema. Isto é, seu modelo de cidade 
ideal parte da sua concepção sobre a educação. Achava necessária para o homem 
explorar as possibilidades da Revolução Industrial.
“ Robert Owen desempenhou importante papel na educação da classe operária, e, 
segundo ele, com a expansão do ensino. Ele construiu creches para os filhos dos 
funcionários da sua fábrica, diminuiu as jornadas de trabalho, dividia os lucros com os 
funcionários, dentre outras medidas, e, acreditava que com isso, os outros empresários 
o seguiriam e assim mudariam o mundo. (MYNAYEV: 1967, 27-28) 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
1799: New Lanark, fábrica 
modelo – experimentação:
• Redução da jornada de 
trabalho; 
• Melhor moradias – áreas 
verdes; 
• Escolarização - Primeira 
escola maternal da 
Inglaterra. 
•Cidadezinhas modelos que se governam a si mesmas: contêm de 500 a 2.000 hab. Em condições 
adequadas para produzir e conservar produtos diversos para dar às crianças uma educação 
apropriada. 
•O edifício central contém cozinha pública, refeitórios para contribuir com alimentação saudável e 
barata. 
•Edifícios públicos: jardim de infância, sala de conferências, lugar para cultos, escolas para jovens 
e sala de reunião e biblioteca para adultos. 
•Ainda, espaço livre e arborizadopara lazeres e exercícios. 
ROBERT OWEN !
(industrial reformista)
NEW LANARCK, Escócia, Reino Unido (1815)
ROBERT OWEN !
(industrial reformista)
NEW HARMONY, EUA (1825)
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
“Falanstério” ou “falange 
experimental” 1829: “O novo mundo 
industrial”
-A falange, idealizada por este, é o 
modelo mais detalhado do pré-
urbanismo progressista. 
-Seu modelo de aglomeração é uma 
crítica “impiedosa” da sociedade 
(quanto à miséria material e moral do 
mundo burguês, F. Engels, Anti-
Dühring). 
- Edifício onde seria construída e 
organizada a nova sociedade.
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
CHARLES FOURIER “Falanstério” ou “falange experimental”
- No falanstério morariam 1620 pessoas: 415 homens adultos, 395 mulheres 
adultas e 810 crianças. 
- Cada falange possuiria um conselho superior que zelaria pelo bom 
funcionamento das atividades, sempre respeitando a liberdade, sem o uso de qualquer 
método de coerção. 
- O centro do falanstério é ocupado por equipamentos como refeitórios, salas da bolsa, 
biblioteca, salas de estudo etc. 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
SOBRE PLANOS DE CIDADES ELE DIZIA QUE:
“Toda casa da cidade deve ter como sua dependência, entre pátios e jardins, 
pelo menos tanto terreno vazio quanto ocupa sua superfície construída. 
O espaço vazio será duplo no segundo anel, ou local dos arrabaldes, e triplo 
no terceiro anel, chamado subúrbio. 
As ruas deverão estar voltadas para paisagens campestres ou monumentos 
de arquitetura pública ou privada: o monótono tabuleiro de xadrez será abolido. 
Algumas ruas serão curvas (serpenteantes) para evitar a uniformidade. As 
praças deverão ocupar pelo menos um oitavo da superfície. Metade das ruas 
deverão ser arborizadas (com árvores variadas). 
Mas aqui só temos um resultado a considerar, que é a propriedade inerente a 
uma cidade como essa, de provocar a associação de todas as classes, 
operária ou burguesa, e até rica.”
(Fourier, apud. Choay) 
 
A cidade seria organizada segundo três anéis 
concêntricos, separados por áreas verdes e fazendas 
sem que se perca a visão do conjunto: 
-  Cidade central 
-  Arrabaldes e grandes fábricas 
-  Avenidas e subúrbios 
 
O centro do falanstério, ou edifício da falange deve ser 
destinado às funções tranquilas (refeitório, biblioteca, 
conselho); uma das alas deveria ser destinada às 
oficinas ruidosas e a outra à hospedaria. 
 
Composição deveria obedecer aos ideais de arte, 
beleza e harmonia do conjunto. 
Utopias Socialistas
| Arquitetura e Urbanismo | THAU IV | Profª Drª Suzete Bomfim |
Plano de cidade: 
“Devem-se traçar três anéis concêntricos: 
- o primeiro contém a cidade central; 
- o segundo contém os arrabaldes e as grandes fábricas; 
- o terceiro contém as avenidas e o subúrbio. 
Os três anéis são separados por paliçadas, relvas e jardins que não devem cobrir a visão. 
Jean Baptiste Godin
(Industrial adepto das idéias de Fourier)
FAMILISTÉRIO, Guise, França (1859-1870)
Familistério: 
•  Construções para habitação para os operários e suas famílias a 
partir de 1859 e até 1880 
•  Inspirado no Falanstério de Charles-Fourier à alteração na 
teoria para a adaptar às suas ideias 
•  Cooperação como princípio à influência de um movimento 
cooperativo antigo à aplicação dos princípios da cooperação 
inglesa teorizadas por Robert Owen 
•  Melhorar as condições de alojamento e de vida das famílias à 
atribuindo-lhes condições «equivalentes às riquezas » 
•  Conjunto de condições de conforto e de salubridade que a 
burguesia tinha através do dinheiro e que os membros do 
Familistério poderiam doravante atingir pela cooperação 
Familistério: 
•  Higienista convicto 
•  «Equivalentes à riqueza» à 
tudo o que poderia assegurar a 
salubridade dos alojamentos à 
luminosidade, ventilação, água 
potável, etc. 
•  Cuidado do corpo assegurado à 
lavandaria, situada perto do curso 
de água, chuveiros e piscina 
•  Sistema de proteção social à 
criação de caixas de seguros que 
protegiam contra a doença, os 
acidentes laborais e asseguravam 
uma aposentadoria aos 60 anos. 
J.B. GODIN 
(industrial adepto das idéias de Fourier)
FAMILISTÉRIO, Guise, França (1859-1870)
Ênfase: 
 
•  Nas particularidades do indivíduo que o torna 
insubstituível dentro de uma comunidade 
 
•  No conceito de cultura x conceito de progresso: 
primazia das necessidades espirituais x materiais 
 
•  No anti-industrialismo: a produção deixa de ser vista 
estritamente como o ponto de rendimento máximo 
Modelo Culturalista 
•  As cidades do modelo culturalista são modestas, com 
população descentralizada e dispersa em vários pontos 
•  Não admite nenhum traço de geometrismo 
•  Apenas a ordem orgânica integra as heranças da 
história e as particularidades da paisagem 
•  Não propõe padrões ou protótipos, cada construção 
deve exprimir sua especificidade 
Modelo Culturalista 
MODELOS DE URBANISMO:CONCEITOS, DESENHOS E TIPOS CONFORME “O 
URBANISMO” DE FRANÇOISE CHOAY 
 
 
PRÉ-URBANISMO PROGRESSISTA 
Robert Owen New Harmony 1820 
Charles Fourier Falanstério 1832 
Victor Prosper Consideránt La Reunion 1852 
Etiénne Cabet Icaria 1840 
Pierre-Joseph Proudhon 1865 
Benjamin Ward Richardson Hygeia 1876 
Jean-Baptiste Godin Familistério 1874 
Julio Verne Franceville 1979 
Herbert-George Wells 1907 
PRÉ-URBANISMO CULTURALISTA 
Augustus W. N. Pugin 1839 
John Ruskin Ruskin Colonies 1850 
William Morris 1884 
PRÉ-URBANISMO SEM MODELO 
Friederich Engels 1872 
Karl Marx 1844 
P. Kropotkin 1913 
Bukharin e Probrajensky 1919 
URBANISMO PROGRESSISTA 
Tony Garnier Cidade Industrial 1904 
Georges Benoit-Lévy 1904 
Walter Gropius 1925 
Le Corbusier Ville Radieuse 1935 
Stanislav G. Strumilin 1960 
URBANISMO CULTURALISTA 
Camillo Sitte Pincípios artísticos 1889 
Ebenezer Haward Cidade-Jardim 1903 
Raymond Unwin Letchworth 1903 
URBANISMO NATURALISTA 
Frank Loyd Wright Broadacre 1934 
TECNOTOPIA 
Eugène Hénard Teoria Circulação 1909 
Relatório Buchnan Circulação Viária 1963 
Iannis Xenakis Cidade Cósmica 1964 
ANTRÓPOLIS 
Patrick Geddes 1915 
Marcel Poete Int. ao Urbanismo 1929 
Lewis Mumford Townscape 1960 
Jane Jacobs Death and Life 1961 
Leonard Duhl Urban Condition 1963 
Kevin Lynch A Imagem 1964 
FILOSOFIA DA CIDADE 
Georg Simmel 1903 
Oswald Spengler 1918 
Martin Heidegger 1954 
TABELA 1: Correntes, autores e cronologia do Urbanismo conforme (CHOAY, 2005) 
 
O Urbanismo 
•  Surge a partir das 
mudanças na prática 
administrativa. 
 
•  O urbanismo passa a ser 
matéria de especialista – 
os arquitetos 
 
•  As propostas distanciam-se 
da utopia e aproximam-se 
da prática. 
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E AS TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM URBANA DO 
SEC XIX
FRANÇOISE CHOAY - O URBANISMO 
Classificação Periodização/Paradigmas/Representantes 
URBANISMO PROGRESSISTA 
Racionalidade da ciência e da técnica; classificação, especialização 
e separação funcional das atividades urbanas (habitar/trabalhar/
circular/lazer); simplicidade e austeridade construtiva; Le Corbusier, 
W. Gropius, Tony Garnier 
URBANISMO CULTURALISTA 
Busca os valores urbanos das cidades clássicas; noção de 
organicidade, propondo limites e crescimentos precisos para as 
cidades. Valoriza o recorte do espaço pela continuidade das 
edificações, bem como as ruas, praças e espaços fechados, íntimos 
e diversificados; modelo das cidades-jardins; Camilo Site, E. 
Howard e Charles Unwin. 
URBANISMO NATURALISTA 
Corrente anti-urbana norte-americana; arquitetura subordinada à 
natureza; projeto de Broadacre-City(F. L. Wright); funções urbanas 
dispersas e isoladas; predomínio das habitações suburbanas de 
baixa densidade; valorização das redes de ligações viárias. 
MODELO HUMANISTA 
Modelo crítico ao urbanismo, orientado segundo duas grandes 
direções: planejamento humanista, apoiado na crítica ao 
progressismo através da antropologia, da sociologia, da psicologia e 
da história. As limitações de gabarito, densidade, superfície são 
necessárias para as relações sociais; o ponto de vista da higiene 
mental e a análise da percepção urbana; Patrick Geddes, Lewis 
Mumford, Jane Jacobs e Kevin Lynch. 
•  Oposto às concepções progressistas. A cidade possui 
limites precisos e cresce por células a uma distância 
razoável separadas por espaços verdes. 
•  A cidade ocupa um lugar particular e diferenciado, 
atribuindo importância à individualidade, em oposição 
ao homem-tipo, padronizado dos progressistas. 
•  O conceito cultural implica que a cultura deve 
prevalecer sobre a noção material da cidade. 
•  É um modelo despolitizado que enfatiza uma 
abordagem estética. 
O Novo Modelo Culturalista 
Maiores expoentes: 
 
-  Camillo Sitte (1843/1903) 
à “A Construção de Cidades 
Segundo Princípios Artísticos” 
 
-  Ebenezer Howard (1850/1928) 
à Garden City (Cidade Jardim) 
O Novo Modelo Culturalista 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Principais teóricos e suas propostas:
Camillo Sitte
(1843-1903)
•  Arquiteto vienense que pensava a cidade ideal a partir de conceitos da 
arqueologia medieval e renascentista. (CHOAY, 2000. p.205).
•  Em 1883 Sitte foi chamado para organizar a nova Escola Oficial de 
Artes Aplicadas, neste período, apareceram alguns ensaios sobre 
construção urbana.
•  Sitte viveu no período da industrialização europeia, final do século 
XIX, contemporâneo a grandes pensadores como Marx, Le Corbusier, 
dentre outros
•  Critica a cidade industrial e o urbanismo que estava 
sendo feito desde Haussmann (urbanismo técnico –onde 
não há preocupação com a preservação do antigo).
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
•  É considerado o primeiro “esteta” = pensador que olha para a cidade do passado sob o ponto de vista estético; na sua visão, esta 
relação foi perdida na cidade industrial.
•  Estudou arqueologia medieval e renascentista -tem fascínio pela cidade medieval, por como as pessoas se relacionavam, as 
feiras, os bairros (a relação cidade X pessoas)
• Pioneiro do urbanismo culturalista. 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
•  Escreveu o livro: A CONSTRUÇÃO DAS CIDADES 
SEGUNDO SEUS PRINCÍPIOS ARTÍSTICOS 
(1889)
Críticas:
• A falta de criatividade,
• A austeridade,
• A monotonia dos traçados retilíneos;
• Ao isolamento dos monumentos em vastos espaços abertos,
• Principalmente, a ausência de continuidade entre as malhas existentes e 
aquelas que eram propostas pelos progressistas.
• E a escassez de motivos e a monotonia dos complexos urbanos modernos.
• Ele analisa os espaços das cidades medievais e antigas e um elementos que 
sempre se repete–a praça.
• Preocupava com a estética da cidades defendendo o 
urbanismo como arte, e com a preservação de monumentos 
históricos. 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Camillo Sitte - A CONSTRUÇÃO DAS CIDADES SEGUNDO SEUS 
PRINCÍPIOS ARTÍSTICOS (1889)
•  Choay considera que Sitte publicou a primeira teoria 
significativa depois da Teoria de Cerdá (O plano para Barcelona, 
contemporâneo ao plano Hausman). 
•  Outro aspecto que faz parte dos conceitos utilizados por Sitte 
é a noção de pitoresco; sua definição vem de uma categoria 
estética do final do século XVIII, refere-se a “paisagem natural e 
representada distinto do sublime”, valoriza a assimetria, a 
irregularidade, a espontaneidade e a perspectiva; característico 
do romantismo.
•  Foi considerado um retrógrado pelas gerações que se 
seguiram.
•  Sitte fez a análise morfológica de setores das cidades 
antigas, objetivando uma definição consciente, tanto dos 
princípios como do método mais adequado para a 
elaboração de um plano urbanístico.
•  Para ele, questões como zoneamento funcional, infraestrutura, 
densidades ou índices urbanísticos, não deveriam ser 
prioritárias no traçado das cidades contemporâneas.
•  /
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
“Hoje em contrapartida, é designado por praça qualquer espaço vazio entre quatro ruas. Talvez esta circunstância seja suficiente em termos de 
higiene ou de outras considerações técnicas, mas, sob o ponto de vista artístico, um terreno vazio não é uma praça.[...]” (SITTE,1992p.47)
Para Sitte, a praça é o elemento mais importante da cidade, como local dos acontecimentos públicos, ele critica a função atual da 
praça, como espaços de circulação de ar e luz, uma interrupção nos blocos de moradias ou como espaço para uma visão mais 
ampla de um edifício monumental. (SITTE,1992p.17)
E l e P r o p õ e a a u s ê n c i a d e 
construções–esculturas, fontes e 
monumentos–no centro das praças 
dando prioridade á funcionalidade 
do fluxo de pessoas e a perspectivas 
visual e paisagística.
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Praça VECCHA - Bergamo, Italia.
F. Choay coloca que Sitte considera 3 
condições básicas para as cidades:
1) A irregularidade dos blocos de casas alinhadas,
2) Salvar o que resta das cidades antigas e
3) Aproximar as criações aos modelos antigos. 
(CHOAY,2000p.206)
Observa-se a intenção preservacionista 
de Sitte, que valoriza o ambiente antigo em 
detrimento do novo.
Quanto às áreas verdes, ele encara 
como importante quanto as questões 
sanitaristas e decorativas.
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Ebenezer Howard (1850-1928)
- Ele não era arquiteto. Em Chicago 
trabalhou como repórter, quando 
começou a estudar sobre a 
melhora na qualidade vida.
- Howard em seus estudos, 
perguntou-se:
“Para onde as pessoas 
irão?”
então considerou três imãs de 
atração da população, a cidade 
inchada , o campo vazio, e a cidade-
campo, que seria a terceira solução.
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
CIDADE
• afastamento da natureza
• isolamento das multidões
• distância do trabalho
• jornada de trabalho excessiva
• oportunidades sociais
• locais de entretenimento
• ruas bem iluminadas
• edifícios palacianos
CAMPO
• falta de vida social 
• Desemprego/ salários baixos
• falta de espírito público
• beleza da natureza 
• ar fresco, bosques, campinas e florestas
• sol brilhante
CIDADE -CAMPO
•beleza da natureza •aluguéis e preços baixos •residências e jardins esplêndidos
•liberdade •oportunidades sociais •nenhuma exploração •afluxo de capital 
•ausência de fumaça e cortiços
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Ebenezer Howard (1850-1928)
“ As cidades-jardim devem ser autossuficientes e devem obter um equilíbrio entre indústria e agricultura. Propõe que 1/6 do terreno 
seja ocupado por moradias e indústrias e o resto seja destinado à agricultura, localizando em torno do núcleo urbano, um cinturão 
verde de fazendas.”
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Seção da Cidade - Jardim
-  A partir do jardim central 
estão as edificações públicas, o 
parque central, o Palácio de 
Cristal, área residencial dividida 
em duas pela Grande Avenida, 
as indústrias e galpões e a via 
férrea.
-  A cidade deveria ter uma 
estrutura radial, com 6 grandes 
boulevards em direção ao 
centro.
-  Mostra os primórdios da 
divisão de usos e da adoção de 
baixas densidades.
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Seção da Cidade - Jardim
- Defronte à Quinta Avenidae ao Palácio de Cristal, existiria um conjunto de casas ocupando 
lotes amplos e independentes. 
- Mais adiante, estariam os lotes comuns, de cerca de 6,1 x 40m, em número de 5.500. A 
população estaria próxima de 30.000 habitantes na cidade e 2.000 no setor agrícola.
- A Grande Avenida dividiria a cidade em duas partes e possuiria 128 m de largura. Ela 
constituiria, na verdade, mais um parque, com 46,5 ha, e nela estariam dispostas, em seis grandes 
lotes, as escolas públicas. Também nessa avenida estariam localizadas as igrejas necessárias para 
atender à diversidade de crenças existentes na cidade.
- No anel externo estariam os armazéns, mercados, carvoarias, serrarias, etc., todos defronte à 
via férrea que circunda a cidade. Dessa forma, o escoamento da produção e a recepção de 
mercadorias e matéria-prima seria facilitado evitando também a circulação do tráfego pesado 
pelas ruas da cidade, diminuindo a necessidade de manutenção. 
A	
  comunidade	
  Ideal	
  :	
  alterna:vas	
  à	
  cidade	
  Industrial 
Cidade jardim – 
Ebnezer Howard em 
torno de uma cidade 
central, 1898. 
A	
  comunidade	
  Ideal	
  :	
  alterna:vas	
  à	
  cidade	
  Industrial 
	
   Suas	
   caracterís:cas	
   seriam:	
   a	
   malha	
   de	
   anéis	
   concêntricos,	
  
recortados	
  por	
  vias	
  radiais;	
  as	
  demarcações	
  precisas	
  de	
  setores	
  
e	
   limites	
   por	
   meio	
   de	
   cinturões	
   verdes;	
   e	
   a	
   eliminação	
   da	
  
especulação	
   através	
   do	
   arrendamento	
   dos	
   terrenos,	
   além	
   de	
  
ter	
   sua	
   expansão	
   controlada,	
   já	
   que	
   seria	
   fundada	
   uma	
   nova	
  
comunidade,	
  ligada	
  como	
  satélite	
  a	
  um	
  centro	
  maior,	
  quando	
  a	
  
população	
  máxima	
  fosse	
  a:ngida.	
  
Na	
   Inglaterra,	
   os	
   arquitetos	
  
Raymond	
   Unwin	
   (1863-­‐	
   1940)	
   &	
  
Barry	
   Parker	
   (1867-­‐	
   1947),	
   cuja	
  
empresa	
   durou	
   de	
   1896	
   a	
   1914,	
  
foram	
  responsáveis	
  pela	
  criação	
  de	
  
várias	
   cidades-­‐jardim,	
   como	
   a	
  
primeira	
   delas,	
   LETCHWORTH,	
  
implantada	
  em	
  1903,	
  a	
  cerca	
  de	
  56	
  
km	
   de	
   Londres ,	
   pa ra	
   uma	
  
população	
   de	
   33.000	
   habitantes,	
  
além	
   do	
   subúrbio	
   londrino	
   de	
  
HAMPSTEAD	
   GARDEN	
   SUBURB	
  
(1905).	
  
•  Buscava proporcionar 
habitações dignas para 
as classes trabalhadoras 
que seriam alugadas por 
cooperativas. 
 
•  Os jardins amplos junto 
às casas não deveriam 
ser apenas espaços 
naturais, mas hortas a 
prover alimentação. 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Ebenezer Howard acreditava ter provado que:
• Tinha uma visão inovadora, achava que era viável a construção de 
cidades novas com industrias, conservando o valor da terra.
• Cada família poderia possuir uma casa em meio ao verde, com fácil 
acesso ao trabalho, ao centro da cidade e ao campo.
• Era possível obter uma boa qualidade ambiental, não só nas partes 
centrais das cidades, mas por todo seu conjunto, evitando-se colocar a 
área agrícola circundante como uma terra ainda não construída, mas 
sim como um cinturão verde permanente e integrado a cidade.
• Era possível a construção, a baixo custo, de casas de boa qualidade 
externa e internamente, formando um todo homogêneo e continuo 
para a cidade.
Crítica aos modelos progressista e 
culturalista 
•  A cidade é vista como modelo e não como processo 
•  Sua organização possui caráter restritivo e 
repressivo 
 
•  Estavam dissociados da realidade sócio-econômica 
Crítica de Marx e Engels 
•  Criticaram as cidades industriais sem proporem modelos 
alternativos de cidades. 
•  A cidade é o pano de fundo sobre o qual se desenha o 
pensamento histórico destes pensadores. Onde surge a 
burguesia e o proletariado. 
•  A cidade é vista apenas como um aspecto particular de 
um problema geral, ie, é a expressão de uma ordem que 
necessita ser ultrapassada (revolução). 
•  O planejamento futuro só faz sentido a partir da 
mudança orquestrada pela revolução socialista. 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Tony Garnier (1869-1948)
- Era filho de pais operários de Lyon, uma das 
capitais industriais da França de então e de 
ainda hoje. Cursou a Escola de Belas Artes de 
Paris.
- Muitas obras de Garnier foram realizadas 
através de sua união com o então prefeito de 
Lyon, na França, Edouard Herriot, que o 
nomeou como arquiteto-chefe da cidade.
- Depois de criada essa parceria Garnier 
realizou algumas obras, como o Matadouro de 
Mouche (1909/13), o Estádio Olímpico 
(1913/16), o Hospital de Grange Blanche 
(1915/30) e o Bairro Residencial “Estados 
Unidos”, que era sem pátios internos e a 
aplicação do verde acabou dispersando o 
habitat coletivo nesse bairro. 
O Novo Modelo Progressista 
Tony Garnier (1869-1948) à La Cité Industrielle (1917) 
Cidade com bairros destinados a diferentes funções, 
Proposição de soluções habitacionais diversas, 
campos de lavoura e o Estado como responsável 
pelo provimento da infraestrutura urbana 
Cidade moderna, tendo 
a indústria como principal 
elemento estruturador. 
Idealizada para uma 
população de 35 mil 
habitantes. 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Cité Industrielle – A cidade 
industrial (1901-1904)
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
1-Cidade Antiga
2-Estação Central
3-Bairros residenciais4-Centro
5-Escolas primárias
6-Escolas profissional
7-Hospital
8-Estação
9-Zona industrial
10-Estação industrial
11-Cemitério
12-Matadouro
Projetada para 35000 habitantes, o projeto é sensivelmente relacionado com seu entorno, como cita Kenneth 
Frampton
”uma cidade socialista sem muros ou propriedade privada, sem igreja ou quartéis, sem delegacia de policia ou 
tribunal de justiça; uma cidade onde todas as áreas não construídas eram parques públicos.”
Cité Industrielle – A cidade industrial (1901-1904)
O Novo Modelo Progressista 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Cité Industrielle (1901-1904)
- O plano linear de Garnier separava as zonas: existiria o agrupamento racional da indústria, da administração e das residências, além da 
exclusão dos pátios internos e estreitos, criando uma quantidades suficiente de espaços verdes na cidade.
- Além dessas características no planejamento urbano, havia também
o uso do novo material, o concreto armado, que era a potencialidade estética do século XX.
CONSEQUÊNCIAS: 
A cidade industrial de Tony Garnier é o ponto de partida para o pensamento moderno de cidade, idealizado pela primeira geração de 
arquitetos racionalistas.
Estes urbanistas ditos progressistas separam com cuidado as zonas de trabalho das zonas de habitar, e estas dos centros cívicos 
ou dos locais de lazer.
Cada uma destas categorias é por sua vez,dividida em subcategorias igualmente classificadas e ordenadas. Cada tipo de trabalho, 
burocrático , industrial, comercial recebe sua atribuição. A circulação por sua vez é concebida como uma função separada. Lembrar do 
projeto de Lúcio Costa para Brasília e de como algumas dessas teorias serviram de inspiração. 
Le Corbusier chama a atenção para a obra de Tony Garnier 
no livro L’espirit Nouveau (1921). 
 
As idéias progressistas originam a formação dos CIAM 
(Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) em fins da 
década de 1920. 
 
Em 1933 é divulgada pelo 
CIAM a Carta de Atenas 
com os princípios da cidade 
funcional. 
 
Deslocamento das 
preocupações econômicas e 
sociais para técnicas e 
estéticas. Formalismo.O Novo Modelo Progressista 
•  A cidade do séc. XIX é anacrônica pois sua estrutura não 
está adaptada ao automóvel e sua arquitetura não 
acompanha a arte de vanguarda. 
 
•  Não basta apenas utilizar novos materiais, mas sobretudo 
utilizar os métodos e técnicas da estandartização e 
mecanização da indústria. 
•  Movimentos como os da Bauhaus e o Purismo de Le 
Corbusier propõem uma nova relação com o objeto, 
baseada na concepção austera e racional da beleza. 
•  Ruptura com o passado, com o local e a cultura. 
Proposições podem ser adotadas em qualquer lugar. 
O Novo Modelo Progressista 
•  Como Fourier, novos tipos de habitat são estudados entre 
eles a “unidade de habitação” ou “cidade radiosa”, 
realizada em Marselha, Nantes, Briey e Berlim e que mais 
tarde veio a inspirar o plano piloto de Lúcio Costa em 
Brasília. 
•  A “unidade” é, em muitos 
aspectos, uma versão modernizada 
do falanstério, marcada, sobretudo, 
pelo avanço da técnica onde a 
horizontalidade é substituída pela 
verticalidade com a invenção do 
concreto armado e do elevador. 
O Novo Modelo Progressista 
O Novo Modelo Progressista 
Le Corbusier –proposição de 
cidade baseada nas 
necessidades básicas do 
homem universal – habitar, 
trabalhar,locomover-se e 
cultivar o corpo e o espírito 
Brasília, 1960 
Críticas: 
 
A cidade progressista é um 
espaço de limitação na qual não 
s ã o c o n s i d e r a d a s a s 
necessidades individuais de 
cada hab i tante e onde o 
urbanista é colocado como dono 
da verdade e visto como artista 
demiúrgico. 
MODELOS DE URBANISMO:CONCEITOS, DESENHOS E TIPOS CONFORME “O 
URBANISMO” DE FRANÇOISE CHOAY 
 
 
PRÉ-URBANISMO PROGRESSISTA 
Robert Owen New Harmony 1820 
Charles Fourier Falanstério 1832 
Victor Prosper Consideránt La Reunion 1852 
Etiénne Cabet Icaria 1840 
Pierre-Joseph Proudhon 1865 
Benjamin Ward Richardson Hygeia 1876 
Jean-Baptiste Godin Familistério 1874 
Julio Verne Franceville 1979 
Herbert-George Wells 1907 
PRÉ-URBANISMO CULTURALISTA 
Augustus W. N. Pugin 1839 
John Ruskin Ruskin Colonies 1850 
William Morris 1884 
PRÉ-URBANISMO SEM MODELO 
Friederich Engels 1872 
Karl Marx 1844 
P. Kropotkin 1913 
Bukharin e Probrajensky 1919 
URBANISMO PROGRESSISTA 
Tony Garnier Cidade Industrial 1904 
Georges Benoit-Lévy 1904 
Walter Gropius 1925 
Le Corbusier Ville Radieuse 1935 
Stanislav G. Strumilin 1960 
URBANISMO CULTURALISTA 
Camillo Sitte Pincípios artísticos 1889 
Ebenezer Haward Cidade-Jardim 1903 
Raymond Unwin Letchworth 1903 
URBANISMO NATURALISTA 
Frank Loyd Wright Broadacre 1934 
TECNOTOPIA 
Eugène Hénard Teoria Circulação 1909 
Relatório Buchnan Circulação Viária 1963 
Iannis Xenakis Cidade Cósmica 1964 
ANTRÓPOLIS 
Patrick Geddes 1915 
Marcel Poete Int. ao Urbanismo 1929 
Lewis Mumford Townscape 1960 
Jane Jacobs Death and Life 1961 
Leonard Duhl Urban Condition 1963 
Kevin Lynch A Imagem 1964 
FILOSOFIA DA CIDADE 
Georg Simmel 1903 
Oswald Spengler 1918 
Martin Heidegger 1954 
TABELA 1: Correntes, autores e cronologia do Urbanismo conforme (CHOAY, 2005) 
 
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
Culturalistas X Progressistas 
O culturalismo observou a Revolução industrial com pessimismo, 
acreditando que a industrialização desintegrou a unidade orgânica da cidade.
• Por isso, seu idealismo não aceitou o cenário desequilibrado e procurou o retorno ao 
passado, considerando uma situação positiva para a realização da vida social na cidade.
• A nostalgia usada como estratégia de reconquista das qualidades urbanas do passado. 
Resgatando as formas dos antigos espaços (em especial as configurações medievais)
 
Principais Características:
• A cidade era circunscrita dentro de limites precisos contrastando com a natureza ao 
redor
• Dimensões modestas, baseadas na Idade Média
• Ausência de geometria -irregularidade e assimetria do traçado urbano
• Arte e higiene de igual importância
• Nada de protótipos - cada lote, cada construção tem suas dimensões particulares.
 
 
PENSAMENTO URBANÍSTICO NA VIRADA DO SÉC. XX 
 
A racionalidade moderna, também tinha como um dos seus pressupostos, a 
higienização das cidades industriais, os progressistas, entendiam a cidade com uma:
“classificação em funções urbana, multiplicação dos espaços verdes, criação de protótipos 
funcionais, racionalização do habitat coletivo” (CHOAY, 2000 p. 183)
Principais características: 
• Um dos principais representantes do grupo era Le Corbusier, que trabalha a cidade e 
a arquitetura como uma máquina de morar, baseada na mesma lógica fabril de 
produção.
• Sitte irá criticar profundamente o desenho da cidade progressista. A rua, reta, 
acessível a qualquer ponto da cidade. Esta cidade, Sitte considera fria e insensível.
 
FIM

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