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Fundamentos de enfermagem

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Resumo P1 – Fundamentos para o cuidado profissional de Enfermagem 
 
 Assepsia e Antissepsia: 
Para que ocorra uma infecção é necessário a presença de um patógeno, algumas condições são indispensáveis 
para que seja formada a cadeia de infecção: 
A) O agente infeccioso é um micro ou macroparasita cujo poder de agressão pode produzir uma doença, ex: 
bactérias, vírus, leveduras e fungos. É importante lembrar que muitos dos agentes infecciosos residem na 
nossa microbiota sem causar danos, e são classificados como flora residente, que normalmente está presente 
em número estável em nosso organismo, e a flora transitória, que é formada pelo depósito de 
microrganismos na superfície da pele, oriundos de fontes externas. 
B) Reservatórios e Fontes: as fontes mais frequentes de infecção em instituições de saúde – secreção do nariz 
e garganta, ar expirado das pessoas portadoras de infecção respiratórias, vômitos e fezes, urina dos enfermos 
portadores de infecções do trato geniturinário, secreções de orifícios corporais, exsudato de ferimentos 
infectados ou de lesões cutâneas, equipamento usado na assistência aos clientes portadores de infecções e 
roupa de cama e roupa de uso pessoal usados pelos pacientes. 
C) As vias de eliminação ou porta de saída é a maneira pelo qual os reservatórios eliminam o agente infectante, 
as portas de saída são a pele, as membranas, as secreções, fezes, urina, sangue, o aparelho reprodutor, desse 
modo, é importante o controle das eliminações e materiais eliminados pela porta de saída. 
D) Os meios de transmissão é o movimento de um microrganismo de um reservatório ou fonte para um 
hospedeiro suscetível. A transmissão pode ocorrer de forma direta, indireta ou aérea. 
E) A porta de entrada são as vias pelos quais os agentes penetram no hospedeiro 
F) O hospedeiro é aquele que em geral está com sua resistência diminuída e suscetível de hospedar o 
microrganismo e pode desenvolver a doença. 
DEFINIÇÕES: 
- Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente 
que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que livre de infecção. 
- Antissepsia (da pele): consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou 
mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície 
- Desinfecção: destruição de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo, por meio de exposição direta 
a agentes químicos ou físicos. 
- Degermação: é a remoção de sujidades, detritos, impurezas e microbiota transitória da pele através do uso de 
sabão e detergentes sintéticos 
- Esporos: são formas inativas de bactérias que quando colocadas sob condições favoráveis para o seu 
desenvolvimento se transformam em bactérias vivas. 
- Detergente Enzimático: enzimas, surfactantes e solubilizantes que remove a matéria orgânica do material em 
curto período de tempo. 
- Esterilização: é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas 
vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e/ou químicos. Toda 
esterilização deve ser precedida de lavagem e enxágue do artigo para remoção de detritos. 
SABÕES E DETERGENTES: O sabão/sabonete antimicrobiano contém antissépticos em concentração suficiente para 
ser desodorante, sendo usado para lavar as mãos antes de procedimentos cirúrgicos. Outros antissépticos: cloro e 
derivados clorados, compostos de prata, desinfetantes oxidantes, derivados fenólicos, aldeídos e derivados furânicos. 
TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO: CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO é o serviço destinado à limpeza, 
acondicionamento, esterilização, estocagem e distribuição de material esterilizado. 
 O Único sítio estéril do corpo humano é a corrente sanguínea, por isso, ao realizar algumas técnicas de assepsia 
ela pode ser média ou cirurgia. A assepsia médica são todos os cuidados e técnicas utilizados para reduzir o 
número de microorganismos e evitar a sua disseminação. Os exemplos mais comuns desse tipo de assepsia são 
as trocas frequentes de roupas de cama, a lavagem de mãos, banho, como manutenção de higiene e limpeza 
ambiental, controle e prevenção de contaminação de ambiente, uso correto de técnicas e normas de controle de 
 
infecção. A assepsia cirúrgica é o conjunto de métodos que impedem a penetração de microorganismos em áreas 
estéreis. Os princípios relacionados a assepsia cirúrgica são: 
1) O objetivo da assepsia cirúrgica é a proteção do cliente contra microorganismos presentes no próprio corpo ou 
transportado pelas pessoas que prestam assistência a ele. 
2) Caso um objeto esterilizado toque um objeto não esterilizado, passa a ter microorganismos e ele é considerado 
contaminado. 
3) Os objetos esterilizados que tocam outros objetos esterilizados não são considerados contaminados 
4) Um campo esterilizado é a área considerada insenta de todos os microorganismos. 
5) O campo estéril deve ficar sob a supervisão do enfermeiro em todos os momentos; não se deve falar, gesticular 
sobre o campo esterilizado. 
Os exemplos de assepsia cirúrgica são cirurgias, punção venosa profunda, cateterismo vesical, lavagem cirúrgica 
das mãos, manuseio do pacote estéril. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES POR RISCO DE INFECÇÃO: 
Áreas críticas: são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam 
procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. São exemplos desse 
tipo de área: Centro Cirúrgico (CC), Centro Obstétrico (CO), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Diálise, 
Laboratório de Análises Clínicas, Banco de Sangue, Setor de Hemodinâmica, Unidade de Transplante, Unidade de 
Queimados, Unidades de Isolamento, Berçário de Alto Risco, Central de Material e Esterilização (CME), Lactário, 
Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Farmácia e Área suja da Lavanderia. 
Áreas semicríticas: são todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa 
transmissibilidade e doenças não infecciosas. São exemplos desse tipo de área: enfermarias e apartamentos, 
ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores. 
Áreas não-críticas: são todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por 
pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco. São exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas 
administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura. 
SERVIÇO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES: Tem a finalidade de preparar o ambiente para 
suas atividades, mantendo a ordem e conservando equipamentos e instalações, evitando principalmente a disseminação 
de microrganismos responsáveis pelas infecções relacionadas à assistência à saúde; Necessidade de Recursos humanos 
qualificados; Cientificidade na escolha dos produtos a serem utilizados, considerando as superfícies e objetivos; 
Avaliação qualificada dos riscos e escolha apropriada dos métodos. 
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AMBIENTES: 
Limpeza - Para determinadas atividades há a necessidade do emprego de algumas barreiras de proteção, tanto para o 
cliente como para o profissional. Temos os EPI’s. São eles: óculos, máscara, luvas e avental de plástico se disponível. 
Outras Barreiras empregadas são os isolamentos: 
1) Isolamento total: destina-se a prevenir a transmissão de doenças altamente contagiosas, usa-se máscara, luvas e 
avental Isolamento respiratório: usado para prevenção de doenças que se transmite por via respiratória. Uso de 
máscara, somente; 
2) Isolamento entérico: para prevenir infecções que são transmitidas pelo contato direto ou indireto com fezes e/ou 
urina. Uso de luvas e, às vezes, avental; 
3) Isolamento protetor ou reverso: para pacientesimunodeprimidos. Usa-se máscaras para defesa deles, mas para 
nossa proteção, às vezes, dependendo do grau da doença, necessita-se de óculos e avental; 
4) Isolamento de contato: para prevenção de doenças altamente transmissíveis pelo contato, como é o caso de sarna 
infectada. Necessita-se de luvas e avental. 
 
 Sinais Vitais 
SINAIS VITAIS – Sinal e Sintoma 
 - Sinal: evidência objetiva ou representação da manifestação visível da doença: hipertermia, edema, vômito, rubor, 
equimose, bradicardia entre outros. 
- Sintoma: fenômeno físico ou mental que origina queixa do cliente; evidência subjetiva: dor, tontura, cefaleia, mal-
estar, náusea, sensação de formigamento entre outros. 
 
Os sinais vitais indicam o estado de saúde, fornecem dados para futuras comparações, fazem parte do exame físico 
completo ou para a revisão da condição do paciente. São utilizados para o julgamento clínico e para determinar a 
frequência da verificação; eles também sofrem influência de alguns fatores como temperatura do ambiente, esforço 
físico e efeitos de doenças; proporcionam a base para avaliação da resposta as prescrições médicas e de enfermagem; 
devem ser mensurados quando o paciente está tranquilo e o ambiente calmo. 
DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
o Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente; 
o Conhecer a história de saúde/doença, utilização de medicamentos, hábitos relacionados a exercícios 
físicos, entre outros; 
o Conhecer a variação usual dos sinais vitais do cliente, sempre que possível; 
o Controlar fatores ambientais e físicos que possam interferir na verificação; 
o Abordar o cliente de forma organizada e sistemática; 
o Verificar o estado e adequação do equipamento utilizado; 
o Decidir qual a frequência com que os sinais vitais devem ser verificados; 
o Registrar os dados e comunicar as alterações evidenciadas para possíveis providências. 
QUANDO VERIFICAR OS SINAIS VITAIS? 
- Na admissão ao serviço de saúde; 
- Conforme prescrição ou padrões da prática hospitalar; 
- Antes e após procedimento cirúrgico ou de diagnóstico invasivo; 
- Antes, durante e após a transfusão sanguínea; 
- Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que afetam funções cardiovasculares, respiratórias 
ou de temperatura; 
- Quando as condições físicas gerais do cliente são alteradas; 
- Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam um sinal vital (antes da deambulação de um paciente 
previamente em repouso); 
Pressão arterial – é a força exercida sobre a parede da artéria pelo sangue pulsando sob pressão a partir do 
coração, a pressão é determinada pela força e quantidade de sangue bombeado pelo tamanho e flexibilidade das artérias. 
A pressão arterial sistólica (PAS ou OS) é um pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre, e 
corresponde ao trabalho de contração cardíaca, a sístole. A pressão arterial diastólica (PAD ou PD) é a pressão mínima 
exercida contra as paredes arteriais, corresponde ao trabalho de relaxamento cardíaco, a diástole. A unidade padrão para 
mediar a PA é milímetros de mercúrio – mmHg, e registra-se a PA com a leitura sistólica antes da leitura diastólica. 
Fisiologia da pressão arterial: 
DÉBITO CARDÍACO – Quantidade de sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de tempo, não é uma 
medida de volume, mas uma medida de fluxo em relação ao tempo medido em minutos. 
RESISTÊNCIA PERIFÉRICA – Resistência ao fluxo sanguíneo determinada pelo tônus vascular e o diâmetro 
dos vasos, quanto menor a luz de um vaso, maior a resistência. 
VOLUME DE SANGUE – Volume total de sangue circulante, nos adultos em torno de 5.000ml, quanto maior 
o volume, maior a pressão exercida nas artérias. 
VISCOSIDADE – Espessura do sangue determinada pelo hematócrito (hemácias), quanto mais viscoso o 
sangue, menor o fluxo e maior a resistência. 
ELASTICIDADE – permite ao vaso a adequação necessária para o volume que será injetado, essa elasticidade 
pode ser substituída, com o passar do tempo, por tecido fibroso, que dificulta essa flexibilidade. 
FATORES QUE INTERFEREM NA PRESSÃO ARTERIAL – idade, estresse, etnia, gênero, medicamentos, tabagismo 
e atividade e peso. 
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA – 1) Desidratação, déficit de Na+ ou hemorragia, diminuirá 
o nível sanguíneo, assim diminui a pressão arterial, 2) as células dos rins aumentarão a produção de renina, 3) e o fígado 
produzira angiotensinogênio, que ao encontrar a renina, aumentará a angiotensina I, que ao se ligar à enzima conversora 
 
de angiotensina no pulmão, se transformará em angiotensina II, a partir daí 4) acontecerá um aumento de aldosterona 
pelo córtex adrenal, que nos rins, aumentará a reabsorção de Na+ , água e aumento de secreção de K+ e H+ na urina. 
Assim, aumentará o volume sanguíneo, consequentemente, a pressão arterial aumenta até que retomar ao normal, 5) não 
esquecendo que acontecerá uma vasoconstrição das arteríolas. 
PREPARO DO PACIENTE PARA VERIFICAR A PRESSÃO ARTERIAL: 
1) Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso de 3 aa 5min em ambiente calmo. Deve ser 
instruído a não conversar durante a medição, possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do 
procedimento. 
2) Certificar-se de que o paciente NÃO: está com a bexiga cheia, praticou exercícios físicos há pelo menos 
60min, ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos, fumou nos 30min anteriores. 
3) Posicionamento: O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso 
recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração apoiado, com a palma da mão 
voltada para cima e as roupas não devem garrotear o braço. 
PROCEDIMENTO: Confirmar o paciente e o procedimento a ser realizado, higienizar as mãos, reunir os materiais 
previamente desinfetados na bandeja e levar ao quarto do paciente, identificar e conferir o nome completo do paciente, 
informar ao paciente que você verificará a sua pressão arterial. 
1) Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e olecrano; 
2) Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço 
3) Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 
4) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 
5) Estimar nível da PAS pela palpação do pulso radial; 
6) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão 
excessiva; 
7) Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 
8) Proceder a Deflação lentamente (velocidade de 2mmHg por segundo) 
9) Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a 
velocidade de deflação; 
10) Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de korotkoff) 
11) Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder 
à deflação rápida e completa; 
12) Medir a pressão em ambos os braços, na primeira consulta, e usar o valor do braço onde foi obtida a maior 
pressão como referência; 
13) Informar o valor de PA obtido para o paciente; 
14) Anotar os valores exatos sem arredondamentos e o braço em que a PA foi medida. 
ALTERAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL: 
Hipertensão: Quando a PAS é maior ou igual a 140mmHg e a PAD é igual ou maior que 90 mmHg 
Hipertensão Isolada: Definida como PAS aumentada e PAD normal. 
Hipotensão: Quando a PAS cai para 90mmHg ou menos. 
Hipotensão ortostática: Quando uma pessoa normotensa desenvolve sintomas e queda de PAS em pelo menos 
20mmHg ou uma queda de PAD de pelo menos 20 mmHg dentro de 3min após levantar-se para a posição vertical. 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.... Em pacientes obesos, para não haver superestimação da PA são necessáriosmanguitos mais longos e largos, em braços com circunferência superior a 50cm, onde não há manguito disponível, pode-
se fazer a aferição no antebraço, devendo o pulso auscultado ser o radial. Evitar colocar o manguito em extremidade 
que está traumatizada ou comprometida, que necessita de gesso ou curativo volumoso. NÃO verificar PA no membro 
que estiver: fístula arteriovenosa, cateterismo, plegias, punção venosa, infusão de líquidos, realizada cirurgia axilar ou 
de mama. Usar as extremidades inferiores para verificar a PA quando as artérias braquiais estão inacessíveis, evitar 
MMII em caso de TVP e outros problemas vasculares. 
REGIÕES PARA A VERIFICAÇÃO DA PA: Artéria radial, artéria braquial, artéria tibial posterior e artéria poplítea. 
Temperatura: Diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade de 
calor perdido para o ambiente externo. 
 
Calor Produzido – Calor perdido = Temperatura corporal 
 
 
É possível verificar que a temperatura sofre pequenas variações ao longo do dia, com valores mais baixos pela 
manhã e mais altos no final do dia; A temperatura do interior do corpo permanece quase constante, mesmo quando o 
indivíduo fica exposto a extremos de frio ou de calor. O responsável pela termorregulação é o hipotálamo esse centro 
recebe mensagens de receptores térmicos de frio e calor de todo o corpo, e indica reações para produzir ou conservar o 
calor ou aumentar a perda de calor no organismo; a temperatura da parte externa do corpo, ao contrário, está sujeita a 
variações das condições ambientais. A principal fonte de calor é o metabolismo, o qual pode ser aumentado por 
hormônios, movimentos musculares, exercícios; A adrenalina e noradrenalina podem aumentar o calor ao alterar o 
metabolismo, bem como o hormônio da tireoide; calafrios e os tremores musculares podem ser iniciados pelo 
hipotálamo, a fim de aumentar o calor. 
FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPÓREA: 1) recém-nascidos-nascidos e idosos, são mais 
sensíveis a temperaturas externas. 2) exercícios, aumentam o metabolismo, aumentam a produção de calor que 
consequentemente aumentará a temperatura. 3) nível hormonal, a instabilidade dos controles vasomotores para 
vasodilatação e vasoconstrição, causando os fogachos. 4) ritmo circadiano, a temperatura varia de 0,5ºC a 1°C no 
período de 24h. 5) Estresse, o estímulo hormonal e neural aumenta o metabolismo que aumentará a temperatura. 6) e o 
ambiente. 
ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA: 
Hipotermia: valores abaixo dos normais 
Febre (acima de 38ºC): é um aumento da temperatura corporal causado por um deslocamento para cima do ponto de 
ajuste no centro de termorregulação do hipotálamo. Pode ser decorrente de reação a infecção, lesão tissular, trauma ou 
cirurgia 
Hipertermia: resulta de uma sobrecarga dos mecanismos de termorregulação do corpo. 
Febre contínua: a temperatura permanece sempre acima do normal com variações de até 1ºC. 
Febre irregular ou séptica: registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia 
(ausência de febre) 
Febre remitente: há hipertermia diária com variações de mais de 1ºC, porém sem períodos de apirexia. 
Febre intermitente: intercalam-se períodos de temperatura elevada com períodos de apirexia. 
Febre recorrente ou ondulante: temperatura elevada durante alguns dias interrompida por período de apirexia que dura 
dias ou semanas. 
LOCAIS PARA A VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA: timpânica, retal, artéria, pulmonar, oral, axilar, 
temporal. 
 Pulso: é a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários pontos do corpo. O ventrículo 
esquerdo se contrai, envia um volume sanguíneo às artérias, e essas por sua vez se distendem e retraem formando ondas, 
conhecidos como os pulsos. Ele é um indicador do estado circulatório. 
FISIOLOGIA – PULSO: As pulsações são reguladas pelo sistema nervoso autônomo por meio do nódulo sinoatrial 
cardíaco. A estimulação parassimpática, via nervo vago, diminui a frequência cardíaca, ao passo que a estimulação 
simpática aumenta a frequência e a força das contrações. A frequência em um pulso é a quantidade de pulsações sentidas 
sobre uma artéria periférica ou escutadas sobre o ápice cardíaco durante um minuto. Essa frequência costuma 
corresponder à mesma frequência do batimento cardíaco. A frequência do pulso pode ser alterada por mecanismos 
fisiológicos, medicamentos, atividades físicas, dor, emoções, calor, frio e doenças. 
CARACTERISTICAS DO PULSO: 
Frequência: b.p.m. 
Normocardia: batimentos cardíacos dentro do padrão normal. 
Bradicardia: batimentos cardíacos abaixo do padrão normal. 
Taquicardia: batimentos cardíacos acima do normal. 
Ritmo: 
PULSO IRREGULAR? 
Realizar avaliação da pulsação 
apical/ radial 
Detectar déficit de pulsação 
Contar o pulso apical e radial 
simultaneamente. 
 
 
Regular: o tempo de intervalo entre os batimentos é o mesmo (rítmico); 
Irregular: o intervalo entre os batimentos é diferente (arrítimico); 
CARACTERISTICAS DO PULSO: 
AMPLITUDE/ FORÇA: Esta característica é avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente 
relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. 
FRACA OU FILIFORMA: redução da força ou do volume sanguíneo (desaparece facilmente com a compressão); 
FORTE OU CHEIA: aumento da força ou do volume sanguíneo (dificilmente desaparece com a compressão) 
IMPERCEPTÍVEL OU LIMITADA. 
AMPLITUDE DO PULSO: 
 
Respiração: É o mecanismo que o organismo utiliza para realizar a troca de gases (oxigênio e dióxido de 
carbono) entre a atmosfera e o sangue, e entre o sangue e as células. 
AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO: 
Frequência: eupneia, bradipnéia, taquipnéia (adulto 12-20rmp) 
Ritmo: regular ou irregular 
Profundidade: profundos, normais, superficiais ou com esforço. 
Dispneia: dificuldade de respirar 
Apneia: ausência de movimentos respiratórios 
Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco 
Cheyne Stokes: caracterizado por períodos alternados de apneia e respiração rápida e profunda. O período de apneia 
pode durar 3 a 30 segundos 
Kussumaul: respiração rápida, profunda e trabalhosa, sem Pausa. 
 Saturação de Oxigênio: é o percentual de hemoglobina que se liga ao oxigênio nas artérias. SaO2 normal é em 
torno de 95% a 100%. A oximetria de pulso arterial permite a medida indireta da aO2, o fotodetector irá perceber a 
diferença de absorção de luz e o oxímetro calcula a saturação de O2. É confiável quando a saturação se encontra maior 
que 70%. 
 Dor: experiência psíquica e/ou sensorial desagradável, associada ou não com lesão tecidual real ou potencial, 
considerada como uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal. A inclusão da avaliação da dor junto aos sinais 
vitais pode assegurar que todos os pacientes tenham acesso às intervenções para controle da dor da mesma forma que 
se dá o tratamento imediato das alterações dos demais controles. 
CLASSIFICAÇÃO DA DOR: a duração pode ser enquadrada em aguda, crônica e recorrente. 
A aguda manifesta-se transitoriamente durante um período relativamente curto; associada a lesões em tecidos ou órgãos, 
ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas; normalmente desaparece quando a causa é 
corretamente diagnosticada, e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente. 
LOCAIS: 
Temporal, carótida, braquial, 
radial, femoral, poplítea, tibial 
posterior e dorsal do pé. 
 
FATORES QUE 
INFLUENCIAM A 
FREQUÊNCIA CARDÍACA: 
- Exercício, temperatura, 
emoções, drogas, hemorragia, 
mudanças posturais, condições 
pulmonares. 
FATORESQUE INFLUENCIAM A 
RESPIRAÇÃO: 
- Exercício, dor aguda, ansiedade, tabagismo, 
posição corporal, medicações, lesões 
neurológicas e funções da hemoglobina. 
 
A crônica tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada 
a um processo de doença crônica. Exemplos: dor ocasionada pela artrite reumatoide, dor do paciente com câncer, dor 
relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho, dor nas costas e outras. 
A dor recorrente apresenta períodos de curta duração, que, no entanto, se repetem com frequência, podendo ocorrer 
durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico, um exemplo é a enxaqueca. 
 
O fator mais importante na escolha de qual instrumento deve ser usado é a capacidade do paciente para compreendê-
lo. Assim, os instrumentos de avaliação devem ser adequados à faixa etária, à capacidade cognitiva e aos aspectos 
culturais dos indivíduos avaliados. Para pacientes internados a dor deve ser avaliada na admissão, juntamente com os 
outros sinais vitais e posteriormente de horário, de acordo com a rotina da instituição e as condições do paciente (pós-
operatório imediato, pós-operatório tardio, dor crônica, doentes fora de possibilidade terapêutica em fase avançada 
da doença, entre outras), que podem determinar uma maior ou menor frequência à ser estabelecido. 
 
 Posicionamento e Higiene e Conforto: 
Posicionamento no leito: mantém e restaura a força e o tônus muscular, prevenindo a atrofia de músculos em 
desuso, previne contraturas que prejudiquem as articulações, promove uma melhor circulação venosa, estimulação 
sensorial, cognitiva e motora do paciente, evita isquemia em áreas de compressão que levarão à necrose tecidual 
(escaras) 
- Posição dorsal ou Supina, 
- Posição prona ou Ventral. 
- Decúbito Lateral Esquerdo/ Direito, 
- Posição de Fowler (45º) 
- Posição de Trendelenburg, onde os pés ficam mais elevados que a cabeça, posição inclinada. 
- Trendelenburg Reversa ou Proclive, 
- Posição de Sims, 
- Litotomia ou Ginecológica, 
- Genupeitoral, 
- Posição anatômica ou Ortostática. 
Lesão por pressão: Dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma 
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. Pode se apresentar em pele 
íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. 
1) Estágio 1 – Pele integra, porém com eritema que não embranquece. 
 
2) Estágio 2 - Ocorre o rompimento da primeira camada da pele (epiderme) e, portanto, exposição da 
derme. A lesão apresenta-se com coloração rosa ou vermelha, de aspecto úmido. Mas também pode estar 
em forma de bolha intacta ou não, com presença de exsudato seroso ou rompida. 
3) Estágio 3 – Ocorre perda da pele em sua espessura total. Normalmente são visíveis tecido adiposo, tecido 
de granulação, escaras e esfacelos. Porém NÃO atingem músculos, ligamentos, tendões e cartilagem. 
4) Estágio 4 – Ocorre perda da pele em sua espessura total mais perda tissular. Normalmente está encoberta 
por esfacelo e escara; ao ser removido pode-se perceber perda tissular. 
5) Não Classificável - Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível na qual a extensão do 
dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. 
ATENÇÃO – a lesão por pressão é um importante indicador de qualidade da assistência prestada ao 
paciente. 
HIGIENE: Conjunto de hábitos que se deve ter para alcançar o bem-estar e a saúde. Área da medicina que busca 
preservar a saúde, estabelecendo normas e recomendações para prevenir doenças. 
 Higiene Oral: Deve ser feita após as refeições ou no mínimo 3 vezes ao dia; O profissional deve estar atento 
para a presença de lesões na cavidade oral e sangramentos. É importante verificar se o paciente faz uso de prótese 
dentária, caso ele faça, realizar a higiene da prótese com creme dental ou solução dentífrica e enxaguar em água corrente. 
 Higiene do Couro Cabeludo: É o ato de lavar os cabelos e o couro cabeludo do paciente. Deve ser feita antes 
do banho no leito e realizada, no mínimo, uma vez por semana 
 Higiene Íntima: É a higienização das regiões genital e anal realizado nas trocas de fraldas, após uso de comadres, 
antes de sondagem vesical e antes de aplicação de medicamento locais. COMO POSICIONAR A COMADRE NA 
PACIENTE? Abaixe a cabeceira, mantendo-a na horizontal, ajudando o paciente a virar-se para o lado, ficando de costas 
para você, colocar a comadre com a extremidade superior em direção à cabeça do cliente, manter uma mão contra a 
comadre e colocar a outra sobre o quadril do paciente, pedindo para que vire por cima da comadre; posicionar o paciente 
em semi Fowler, colocar um rolo de toalha ou um pequeno travesseiro sob a curva lombar do paciente, OU solicitar que 
o paciente flexione as pernas e eleve o quadril. COMO RETIRAR A COMADRE DO PACIENTE? Solicitar que o 
paciente eleve os quadris ou role para o lado, evitando puxar ou arrastar a comadre sob os quadris, para não causar lesão 
tissular, após a comadre ser removida, ainda com luvas, devemos limpar as áreas anal e perianal, após a retirada da 
comadre, levar ao banheiro e observar o conteúdo e medir, se necessário. Após desprezar o conteúdo no vaso sanitário 
ou na pia de despejo, no expurgo. Proceder à anotação de enfermagem. 
BANHO: Prática de higiene em que o indivíduo utiliza um agente de limpeza (sabão) e água para remover o suor, a 
oleosidade, as sujidades e os microrganismos da pele. Restauração da limpeza, eliminação de odores corporais, redução 
do potencial desinfecções, estimulação da circulação, oferecimento de uma sensação refrescante e relaxante, melhora 
da autoimagem. Há vários tipos de banhos, como o de aspersão, imersão que é feito na banheira, leito, e ablução, que é 
quando se joga pequenas quantidades de água sobre o paciente. 
NORMAS PARA A HIGIENE CORPORAL: 
1) Confirmar o paciente e o procedimento. 
2) Explicar sempre ao paciente e familiar acompanhante o que vai ser feito; 
3) Realizar a higiene oral do paciente, antes do banho, após as refeições e sempre que for necessário; 
4) Higienizar o couro cabelo antes do banho no leito; 
5) Usar luvas de procedimento para o banho; 
6) Manter a privacidade do paciente cobrindo o corpo durante todo o banho, colocando biombo e/ou fechando 
a porta do quarto; 
7) Verificar a temperatura da água, antes do banho do paciente; 
8) Lavar primeiramente as áreas do corpo mais limpas e, posteriormente, as mais sujas; 
9) Lavar uma parte do corpo de cada vez; 
10) Secar bem toda a superfície do corpo do paciente, principalmente, as áreas das articulações; 
11) Examinar o corpo à medida que está sendo lavado, à procura de problemas na pele; 
12) Lavar a região genital por último; 
13) Secar a pele após o enxágue; 
14) Aplicar loção hidratante. 
 - Banho de aspersão sem auxílio: para pacientes internados que são independentes para as atividades diárias. 
 
- Banho de aspersão com auxílio: para pacientes com dificuldade de locomoção ou alguma restrição e 
necessitam do auxílio da enfermagem. 
- Banho no Leito: Higienização total ou parcial do corpo executada em pacientes acamados e impossibilitados 
de saírem do leito, a finalidade é limpar a pele, proporcionar o conforto físico e mental do paciente, estimular a 
circulação, promover o relaxamento muscular, propiciar observação do estado da pele e estado geral do paciente, 
avaliar a sensação de fadiga e desconforto da posição permanente. 
Dispositivo para incontinência urinária masculino – UROPEN ou URIPEN – é a colocação de um preservativo no 
pênis do paciente, conectado a um fraco conector para a drenagem da urina. Deve-se empurrar a pele do prepúcio de 
volta sobre a cabeça do pênis, colocar umesparadrapo (micropore) bem frouxo em torno da camisinha, de forma que 
grude em si próprio, desenrolar a camisinha de volta até cobrir o esparadrapo, e aplique uma segunda tira de micropore 
metade na camisinha e metade sobre a pele. ATENÇÃO, não garrotear o pênis ao instalar o dispositivo ou realizar a 
fixação; observar diariamente a pele do paciente e atentar para a presença de lesões; trocar o dispositivo diariamente 
após o banho, ou sempre que necessário. 
ARRUMAÇÃO E TIPOS DE LEITOS: 
 As roupas de cama devem ser inspecionadas frequentemente para garantir que estejam limpas, secas e esticadas. 
Ao preparar o leito, o lençol nunca deverá ser sacudido, não deve ser colocado no chão, lavar as mãos antes de pegar as 
roupas limpas, utilizar princípios de mecânica corporal ao trocar as roupas de cama com o paciente no leito. 
o Leito fechado ou desocupado – é o leito na espera da internação 
o Leito aberto ou ocupado – Com paciente internado 
o Leito cirúrgico ou do operado – para receber o paciente que retorna da cirurgia. 
Sequência das roupas de cama – 1) fronha, 2) lençol de baixo, 3) impermeável, 4) lençol móvel, 5) lençol de cima, 
6) cobertor. 
 
 Mecânica Corporal – 
A mecânica corporal representa o conjunto de esforços coordenados dos sistemas músculo-esquelético e 
nervoso para manter o equilíbrio, a postura e o alinhamento corporal durante o levantar, curvar, mover e realizar 
as atividades da vida diária. 
A mobilidade serve para muitos propósitos, tais como expressar emoções com gestos não-verbais, autodefesa, 
satisfação de necessidades básicas e realização das atividades da vida diária (AVD) e atividades recreativas. Por 
isso, a movimentação corpórea torna-se muito importante para a vida de um indivíduo. 
As bases da mecânica corporal são o alinhamento, equilíbrio, movimento corporal coordenado e atrito. 
O alinhamento corporal é a relação adequada de todas as partes do corpo entre si, em repouso ou em qualquer atividade, 
refere-se à posição das articulações, tendões, ligamentos e músculos enquanto estamos em pé, sentados e deitados. 
O equilíbrio é a capacidade física que nos permite sustentar o corpo em diferentes posições estáticas ou dinâmicas, 
contra a gravidade. É necessário para manter uma posição estática como estar sentado, para realizar atividades da vida 
diária e mover-se livremente na comunidade. É um sistema complexo, que envolve a captação de informações externas 
e feedbacks internos do sistema nervoso e do sistema osteomuscular em constante adaptação para manter os movimentos 
coordenados e sincronizados. A postura é responsável pela determinação da distribuição do peso do corpo e a relação 
mútua entre músculos e articulações -> relacionada ao equilíbrio. 
O movimento corporal coordenado é o resultado de peso, centro de gravidade e equilíbrio. 
O atrito é a força que ocorre na direção oposta ao movimento. O atrito/fricção é o resultado do efeito de roçar ou da 
resistência que um corpo encontra na superfície sobre o qual se movimenta e que deverá ser reduzido o máximo possível. 
PARA QUE SERVE A MECÂNICA CORPORAL? 
 O uso da mecânica corporal reduz o risco de danos ao sistema músculo-esquelético, facilita o desenvolvimento 
do movimento corporal e permite o uso de energia mais eficiente. Permite ao profissional utilizar a postura correta e 
adequada para desenvolver suas atividades como manusear o cliente no leito, auxiliar a deambulação, transportar 
clientes, entre outros; facilitando os procedimentos assistenciais e reduzindo a possibilidade de traumas. 
CUIDADOS A OBSERVAR SOBRE A MECÂNICA CORPORAL – 
1) Planejar os seus movimentos; 
 
2) Utilizar roupa confortável, que permita a liberdade de movimentos, e calçado que não escorregue; 
3) Avaliar a ajuda/colaboração que a pessoa a ser movimentada pode dar; 
4) Ser realista quanto à capacidade para levantar determinado peso. 
5) Evitar levantar pesos do chão acima de 35% do seu peso; 
6) A mudança de atividade e de posição são importantes para conservar o tônus muscular e a fadiga; 
7) Manter um correto alinhamento do corpo/postura; 
8) Dividir o peso pelos 4 membros reduz o risco de lesões osteoarticulares do tronco; O movimento tem que ser 
econômico e harmonioso; 
9) Acompanhar a direção do movimento, evita a rotação anormal da coluna; 
10) Usar o sistema de alavanca para tornar a energia eficiente. 
11) Os ossos funcionarão como alavanca, as articulações como fulcro e os músculos como força para mover a carga; 
A força requerida para manter o equilíbrio de um corpo aumenta conforme a linha de gravidade se afasta da 
base de apoio. 
12) A estabilidade de um corpo é maior quando tem uma base longa e um centro de gravidade baixo; 
13) O atrito entre o objeto e a superfície sobre o qual se move, aumenta o trabalho necessário para movê-lo; 
14) Puxar ou deslizar requer menos esforço que levantar. 
ASPECTOS ERGONÔMICOS DO PROFISSIONAL: 
 
Transferências é a movimentação de uma pessoa/paciente de um local para outro, pode ser ativa e passiva. 
 Curativos e coberturas, bandagens e retirada de pontos: 
O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o das influências ambientais danosas. Como a pele 
é facilmente acessível, ela é importante nos exames físicos. Funções da pele: proteção, proteção imunológica, 
termoreguladora, percepção sensorial, síntese de substâncias químicas (secreção sebácea, melanina, vitamina D) 
 
É formada por três camadas: epiderme, derme e 
hipoderme, da mais externa para a mais profunda, 
respectivamente. A derme, camada localizada entre a 
epiderme e a hipoderme, é responsável pela resistência e 
elasticidade da pele. É constituída por tecido conjuntivo 
(fibras colágenas e elásticas envoltas por substância 
fundamental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e 
terminações nervosas. A hipoderme, também chamada de 
tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da pele. 
 
SINAIS DE INFLAMAÇÃO: 
1) Rubor – Hiperemia/ reflexo axônico (diminuição de impulsos vasoconstritores) 
2) Edema – Decorre do aumento da permeabilidade vascular (edema). Pode determinar aumento de volume 
hídrico do local em até 5 ou 7 vezes. 
o Forma mais alinhada possível 
o Uso dos músculos maiores mais fortes dos 
braços e pernas; 
o Joelhos e quadril levemente flexionados; 
o Base ampla de apoio (pés movimentos 
próximos ao objeto); 
o Uso de movimentos suaves/rítmicos. 
 
3) Dor – causada pela irritação química nas terminações nervosas e pela compressão mecânica (edema) 
4) Perda – parcial/total da função. 
5) Calor – Perceptível nas superfícies corporais. Decorre da hiperemia e do aumento do metabolismo local. 
 
 
EXAME DA PELE: Observar alteração da cor, se há formações sólidas, presença ou não de coleções líquidas, 
alterações de espessura e se houve perdas teciduais. 
FERIDAS: qualquer lesão que interrompa a continuidade da pele, podendo acometer todas as camadas 
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS – podem ser classificadas quanto a espessura, evolução, etiologia, presença de 
infecção, e pelo comprometimento tecidual. 
Quanto a Espessura: 
- Espessura superficial: atinge apenas a epiderme e a derme. 
- Espessura profunda superficial: destrói a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. 
- Espessura profunda total: atinge o tecido muscular e as estruturas adjacentes. 
Quanto a Etiologia: 
- Acidental ou traumática: quando ocorre de maneira imprevista, sendo provocadas por objetos cortantes, 
contundentes, perfurantes, mordedura, inoculação de veneno, queimaduras etc. 
- Intencional ou cirúrgica: quando é realizada com um fim terapêutico. 
- Patológicos: são lesões secundárias à uma doença de base. 
- Iatrogênicas: resultantes de situações iatrogênicas. 
- Fatores externos: são feridas resultantesde pressão contínua exercida pelo peso do corpo, fricção, cisalhamento 
e umidade. 
Quanto a Evolução: 
- Agudas: traumáticas ou intencionais, onde há ruptura da vascularização e desencadeamento imediato do 
processo de hemostasia 
- Crônicas: descritas como de longa duração (mais de semanas) ou recorrência frequente, ocorre um desvio na 
sequência normal do processo de cicatrização. 
Quanto a Presença de Infecção: 
- Feridas limpas ou assépticas 
- Contaminadas 
- Infectadas 
Quanto ao comprometimento tecidual: 
- Estágio I – Pele avermelhada, não rompida, com mácula limitada, atingindo a epiderme; 
- Estágio II – Pequenas erosões na epiderme com ulcerações na derme, não atingindo o tecido subcutâneo; 
- Estágio III – Afeta a derme e o tecido subcutâneo superficial. Apresenta-se como cratera profunda. 
- Estágio IV – • Perda total da pele, destruição extensiva, necrose do tecido, dano no músculo, ossos e tendões. 
 
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: 
1) Fase exsudativa ou inflamatória: ativação do sistema de coagulação, 
desbridamento da ferida e defesa imunológica; 
2) Fase Proliferativa: formação de tecido novo (granulação), do colágeno 
e epitelização. 
3) Fase de Maturação: remodelação do colágeno, redução da 
capilarização, retração da ferida, formação da cicatriz. 
FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: 
o Carboidratos: energia para a função dos leucócitos e fibroblastos. Exemplo: pães, cereais integrais, 
batata, etc. 
o Proteínas: resposta imunológica, fagocitose, angiogênese, proliferação de fibroblastos, remodelagem da 
ferida. Exemplo: carne, peixes, ovos, legumes, leite, cereais integrais. 
o Gorduras: provisão de energia, formação de novas células. Exemplo: carnes, óleos, manteigas, 
margarinas. 
o Vitaminas ABCE: resposta imunológica, resistência da ferida à tração, síntese de colágeno. Exemplo: 
cenoura, espinafre, brócolis, melão, carne, peixe, frutas, vegetais. 
o Minerais (cobre, ferro, manganês e zinco): síntese do colágeno, formação de leucócitos, liberação de 
O2, proliferação de células, epitelização. Exemplo: carne (vísceras, ovos, frutas secas, marisco,etc. 
AVALIAÇÃO DA PESSOA COM FERIDA: levantar a causa da ferida, há quanto tempo, se tem alergia a medicações, 
que tipo de medicações toma, e as alergias. Antecedentes pessoais, os hábitos alimentares do paciente e qual o seu estilo 
de vida, avaliar a mobilidade física, se apresenta algum problema psicológico. Checar ou realizar exames laboratoriais. 
AVALIAÇÃO DA FERIDA: 
o Tipo/etiologia – observar se o tecido é viável (terá a presença de epitelização e granulação) ou se é 
inviável (presença de necrose de liquefação ou esfacelo, e necrose de coagulação) 
o Localização 
o Dimensão (tamanho: Largura, Circunferência, Profundidade) 
o Leito ( TIME – tecido/infecção/moisture imbalance – desiquilíbrio da umidade / Borda da ferida) 
o Bordas: As bordas das feridas devem estar: íntegras, úmidas e alinhadas com a base da ferida. Define-
se como borda o contorno da lesão em até 1 cm para fora, no máximo. 
o Região Peri-lesão: Área da pele que se estende a 4cm além da borda da ferida. Considerar qualquer 
diâmetro de pele recoberto pelo curativo; avaliar coloração, presença de edema, temperatura, 
endurecimento, descamação 
o Exsudato: Material fluido, composto por células ou debris celulares que escapam de um vaso sanguíneo 
e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais, como resultado do processo inflamatório. 
o Odor: Tem relação direta com a presença e quantidade de microrganismos no leito da lesão e também 
quanto a presença e quantidade de tecido desvitalizado. Na avaliação da ferida é preciso indicar se o 
ODOR esta presente ou ausente. Avaliação deve ser feita após a limpeza da ferida. 
o Dor: Avaliar a dor é uma etapa importante do processo, uma vez que é possível estabelecer uma 
terapêutica adequada para minimizar o problema, identificando e tratando as causas ou estabelecendo 
uma estratégia de controle. 
o Colonização e infecção 
o Registro 
 
 
 
CURATIVOS: 
 Tem como finalidade promover ambiente adequado, facilitar o 
processo de cicatrização, proteger a área, hidratar, e avaliar a dor. 
Limpeza da ferida: preparo do leito da ferida (otimiza a cicatrização e 
reduz potencial para infecção); remoção de tecido desvitalizado, 
exsudato, restos metabólicos, corpos estranhos e bactérias. 
BIOSEGURANÇA – precaução padrão, é necessário higienizar as 
mãos, utilizar luvas e avental, óculos e máscara e utilização da caixa 
perfuro-cortante. 
TÉCNICAS – 
o Limpa 
o Estéril 
Limpeza da ferida: Em pacientes com lesões múltiplas, iniciar pela lesão menos contaminada, com troca de 
luvas após a fricção das mãos com preparação alcoólica. 
Lesões abertas: irrigação com SF 0,9% aquecido aproximadamente a 37ºC, seringa de 20ml e agulha de 40x12 ou 
30x10= 9psi. 
Preparo do Leito da Ferida: Remoção do Tecido Desvitalizado: 
Tecido desvitalizado: 
- Favorece crescimento bacteriano e infecção; liberação de mediadores químicos de inflamação; 
- Impede o crescimento da granulação –cicatrização; 
- Pode ocultar a infecção, abcessos, túneis e fístulas. 
ATENÇÃO: Região calcâneos: não deve ser realizado desbridamento se não apresentarem edema, eritema, flutuação e 
drenagem. PORÉM, devem ser examinados diariamente à procura de complicações que possam justificar o 
desbridamento 
 Tipos de Desbridamento: Mecânico, enzimático, instrumental conversor, autolítico, biológico, cirúrgico. 
 
 Metodologia do Cuidado 
CUIDADO: Significa desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção, bom trato; Modo de ser mediante o qual a pessoa 
sai de si e centra no outro; O cuidado somente surge quando a existência de alguém tem importância para o outro e, 
então, se dedica a ele; se dispõe a participar de seu destino, de suas necessidades, de seus sofrimentos e de seus êxitos, 
enfim, de sua vida; se concretiza a partir de relações entre seres humanos. 
Cuidado de enfermagem – é o processo que envolve ações, atitudes, comportamentos fundamentados no conhecimento 
científico, técnico, pessoal, social, econômico, político e psicoespiritual, com o objetivo de buscar a promoção, 
manutenção e/ou recuperação da saúde, dignidade e totalidade humana. Ela é fundamentada por teórico-filosóficos, 
sociais, políticos, culturais, éticos, estéticos, metodológicos e tecnológicos. 
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS do cuidado profissional de enfermagem representam o modo como se 
executa o cuidado, ou seja, como e de que maneira o enfermeiro e/ou a equipe de enfermagem presta o cuidado 
ao ser humano. 
Sistematização da assistência de enfermagem – SAE: Organiza o trabalho profissional quanto ao método, 
pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem. 
Processo de enfermagem: (Resolução COFEN n°358/2009). É um instrumento metodológico que orienta o 
cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. Propicia ordem e direção ao 
cuidado de enfermagem, sendo a essência, o instrumento e a metodologia da prática de enfermagem, ajudando 
o enfermeiro a tomar decisões e a prever e a avaliar as consequências. Ferramenta intelectual de trabalho do 
Indicações: 
- Corpo estranho - Escara 
-Esfacelo 
Contra-indicações: 
- Pacientes em fase terminal 
- Ferida MMII com perfusão duvidosa 
(ulcera arterial) 
 
enfermeiro que norteia o processo de raciocínio clínico e tomada de decisão diagnóstica, de resultados e 
intervenções. 
o Deliberado e sistemático; 
o Tem a finalidade de prestar atendimento profissional às pessoas (indivíduo, família ou comunidade); 
o Deve considerar as singularidades das pessoas de modo ampliado; 
o É privativo do enfermeiro – pode ser complementado por outrosprofissionais. 
o Tem uma sequência de etapas específicas; 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM – 
- Busca-se responder as seguintes questões: quem é você? Porque está aqui? Quais as suas expectativas? 
- Consiste na coleta de informações sistemática e contínua referente ao estado de saúde da pessoa, da família e da 
comunidade, com o propósito de identificar as necessidades, os problemas, as preocupações e as reações humanas; 
- Os dados podem ser subjetivos (o que a pessoa afirma) e objetivos (o que é observável); utiliza-se um roteiro 
organizado; 
- Inclui a obtenção, análise, organização e registro de informações a respeito da pessoa ser cuidado; 
- Esta fase sempre resulta no Diagnóstico de Enfermagem; 
ENTREVISTA – 
- Avaliação clínica -> levantamento de dados pertinentes -> Identificação de problemas de enfermagem; reúne 
informações que podem direcionar o enfermeiro sobre o que investigar no exame físico; serve de base para a escolha 
das intervenções de enfermagem a serem implementadas. Estabelecer um relacionamento caracterizado pela confiança 
mútua; requer habilidades: saber ouvir e entender, saber explorar os dados que o paciente traz, demonstrar interesse e 
conhecimento, ser receptivo; estabelecer comunicação com o paciente e saber observar. 
Objetivos da Entrevista: Saber como o paciente está, condições físicas e psíquicas, situar como o paciente é, suas 
características gerais e seus hábitos. Conhecer como o paciente percebe o processo saúde-doença: crença e valores. 
Identificar as demandas do cuidado percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro e identificar sinais e sintomas de 
alterações fisiológicas, emocionais, mentais, espirituais e sociais. 
Etapas da entrevista: 
1) Identificação: Nome, idade, sexo, cor, estado civil, grau de instrução, profissão, naturalidade e procedência 
PROCESSO DE 
ENFERMAGEM: 
Requer bases teóricas do campo 
da enfermagem e de fora dela. 
Como exemplo de teorias temos 
a teoria das necessidades 
humanas básicas de Wanda 
Horta, Teoria do Déficit do 
Autocuidado de Dorothea Orem, 
Teoria transcultural do cuidado 
de Leininger, e teoria 
Ambientalista Da Florence 
Nightingale. 
 
2) Motivo da internação e/ou queixa principal: identificar o motivo que levou o paciente a buscar assistência 
e descrever os sintomas que apresenta (quando surgiram, localização, intensidade, fatores que agravam e 
aliviam os sintomas) 
3) Antecedentes pessoais: Descrever resumidamente as doenças crônicas, motivo de hospitalizações e/ou 
cirurgias anteriores; alergias a medicamentos, alimentos, esparadrapo. 
4) Antecedentes familiares: Estado de saúde dos familiares diretos e causa de morte, desses familiares, se for 
o caso. 
5) Uso de Medicamentos: Relação de medicações que tomou ou toma e outras substâncias que ingere para 
alívio de sintomas. 
6) Existência de outros fatores de risco: Consumo de álcool, fumo ou drogas (quantidade, frequência, idade 
de início e, se for o caso, quando parou) 
7) Hábitos e costumes: Identificar as condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, 
atividades físicas, atividade sexual, lazer/recreação e eliminações. 
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: 
 “A comunicação é um recurso para o sucesso da liderança exercida pelo enfermeiro, pois permite a esse 
profissional o desempenho de suas ações através de inter-relações com o paciente, a instituição, a equipe médica e o 
pessoal da enfermagem, buscando a melhoria da qualidade da assistência prestada”. 
 
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM: Existe um instrumento de anotação utilizado como método para organizar a 
evolução dos enfermeiros em prontuário, padronizando os registros com fases sequenciadas - O SOAP (dados 
Subjetivos, Objetivos, de Avaliação e Prescrição). Para registro no prontuário a Secretaria Municipal de Florianópolis 
recomenda o uso do SOAP (Subjetivo, Objetivo, Análise e Plano) 
o S: Envolve questões do que o paciente sente, observa e/ou acredita ser, além de informações dos 
familiares e amigos 
o O: São observações ou dados mensuráveis, obtido por profissionais da equipe de saúde, tais como 
observações clínicas (sinais e sintomas), resultado de exames que requerem ações de enfermagem, 
resultados da execução de cuidados, tratamentos, orientações. 
o A: Avaliação - Análise que explica os significados dos dados subjetivos 
o P: Prescrição: decisão sobre a conduta a ser tomada 
 
 
 Teorias de Enfermagem: 
TEORIA: série de conceitos que descrevem um padrão de realidade. Não pode ser provado diretamente como ocorre 
os fatos. Pode ser testada, modificada ou usada para orientar a pesquisa ou para fornecer uma base para avaliação. 
Tem origem nos métodos: dedutivo (exame de ideia geral e consideração de ações) e indutivo (constrói-se a partir de 
ideias ou ações específicas para concluir-se sobre ideias gerais). 
Teoria de Enfermagem: “conjunto de afirmações sistemáticas, relacionadas como questões importantes de uma 
disciplina, que são comunicadas de modo coerente” 
o Composta por conceitos que se relacionam entre si. 
o Descreve fenômenos, explica as relações entre os fenômenos, prevê as consequências e prescreve cuidados 
de enfermagem 
 
Componentes das teorias de enfermagem – Contexto (ambiente em que ocorre a assistência de enfermagem) conteúdo 
(o assunto da teoria) e processo (método pelo qual a enfermagem atua). 
-Importância das Teorias: 
Fundamentação da prática. Alicerce estrutural para implantação da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE). Definição da enfermagem como disciplina, com conhecimentos próprios. Autonomia 
profissional 
CRONOLOGIA TEORISTAS DE ENFERMAGEM 
 
Teoria Ambientalista: criada por Florence Nightingale (1859), o tema central é ambiente físico como o principal 
componente do atendimento de enfermagem, acreditava que fornecer um ambiente adequado era o diferencial na 
recuperação dos doentes. De acordo com Florence, a ENFERMAGEM é uma prática não curativa, na qual o paciente é 
colocado na melhor condição para que a natureza aja sobre ele. Contribui para o processo restaurador da pessoa. É 
ciência, arte (requer educação formal, organização e ciência para cuidar) e prática (ensino prático). Cuidado direto ao 
paciente, organização do meio ambiente (lavanderia, rouparia, cozinha, dietética, almoxarifado e limpeza. 
 METAPARADIGMAS: 
Pessoa - possui poder vital, capaz de atuar sobre sua própria recuperação, restabelecendo a saúde. 
 Enfermagem - tem como meta colocar o indivíduo na melhor condição possível à ação da natureza 
 Saúde – foco recai sobre o processo reparador de melhora 
Ambiente - envolve aquelas condições externas que afetam a vida e o desenvolvimento da pessoa 
(foco: ventilação, calor, odores, barulhos, iluminação). 
Aplicação à prática clínica: preocupação com o ambiente do paciente, inclusive com aspectos como limpeza, 
ventilação, temperatura, iluminação, alimentação e ruído. 
Teoria do Déficit do Autocuidado: Dorothea E. Orem – 1958-1959 como consultora para a secretaria de educação do 
departamento de saúde, educação e bem-estar, participou de um projeto para aperfeiçoar o treinamento em 
enfermagem prática. Esse trabalho a estimulou a considerar a seguinte questão: “Qual a condição existente numa 
pessoa, quando essa pessoa ou outras determinam que aquele deve submeter – se a cuidados de enfermagem? ” Essa 
ideia evoluiu para a sua primeira teoria “Teoria do autocuidado”. Orem afirmava que quando a pessoa é capaz, ela 
cuida de si mesma. Quando é incapaz de proporcionar o autocuidado, apresenta-se em deficit de autocuidado, 
surgindo assim sua segunda Teoria “Teoria do Déficit do Autocuidado”. Nesta última Teoria, Orem especifica a 
necessidade da Enfermagem para auxiliar o indivíduo a providenciar o autocuidado, dando origem à “Teoriados 
Sistemas de Enfermagem” -*+ 
 
o Autocuidado: É o desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício 
para manter a vida, a saúde e o bem-estar. 
o Ação de autocuidado: É a capacidade humana ou poder de engajar-se no autocuidado 
o Fatores condicionantes: refere-se aos aspectos que interferem nas capacidades e ações de 
autocuidado. Ex: Idade, sexo, estado de saúde 
o Demanda terapêutica de autocuidado: É totalidade de ações de autocuidado a serem desempenhadas 
com alguma duração para preencher exigências conhecidas de autocuidado. 
o Requisitos Universais: Associados com os processos da vida e com a manutenção da integridade da 
estrutura e do funcionamento humanos. Ex: Manutenção de ingesta suficiente de alimentos 
o Requisitos de desenvolvimento: Expressões especializadas de requisitos universais de autocuidado 
que foram particularizadas por processos de desenvolvimento. Ex: perda de cabelo ou as rugas 
o Autocuidado no desvio de saúde: É exigido em condições de doença ou de lesão ou pode resultar das 
medidas médicas exigidas para diagnosticar ou corrigir a condição. Ex: Realizar efetivamente as 
medidas terapêuticas prescritas 
Teoria das Necessidades Humanas Básicas: Profa Dra. Wanda de Aguiar Horta – 1960, revolucionou a enfermagem no 
Brasil. Na ciência de enfermagem considera-se concreta a necessidade humana básica que faz parte de um ser (humano). 
As NHB são estados de tensões, consciente ou não, resultantes de desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais. 
As NHB são universais, portanto comum a todo ser humano; o que muda de um indivíduo para o outro é a sua 
manifestação e a forma de satisfazê-la. Maslow baseia sua Teoria sobre a motivação humana nas NHB. Estas foram por 
eles hierarquizadas em cinco níveis: Fisiologia, segurança, amor/relacionamento, estima, realização pessoal. 
Todas estas necessidades estão intimamente inter-relacionadas, uma vez que fazem parte de um todo, o ser humano. É 
fundamental que se integre o conceito holístico do homem, ele é um todo indivisível. As necessidades humanas se 
manifestam por meio de sinais e sintomas que a enfermagem, denomina como problemas de enfermagem. Por exemplo: 
cianose, hemorragia. Problemas de enfermagem são situações ou condições decorrentes dos desequilíbrios das 
necessidades básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem do enfermeiro sua assistência profissional. 
 ENFERMAGEM é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, 
torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado; recuperar, manter e promover a 
saúde em colaboração com outros profissionais. 
Teoria da adaptação: publicada em 1970 pela autoria Sister Callista Roy, e surgiu como estrutura para uma ciência de 
enfermagem. 
o Adaptação: “todas as formas conscientes e inconscientes de ajustamento às condições do ambiente 
(passado, presente futuro) que o homem confronta” 
A pessoa é definida como sistema holístico, capaz de se adaptar – O ambiente é o meio exterior e interior a pessoa, 
estímulos, origina respostas adaptáveis. – A saúde é o reflexo de adaptação da interação entre a pessoa e o ambiente – 
E a enfermagem promove a saúde, gera estímulos, coopera na interação da pessoa com o ambiente. 
a) Estímulo focal: “Usuário está com dor (estímulo focal). O enfermeiro pode diminuir o estímulo doloroso 
através da administração de um analgésico”. 
b) Estímulo Contextual: “Quando o estímulo provocadoré um tratamento doloroso indesejável, o enfermeiro 
pode facilitar o nível de adaptação do paciente pela mudança do estímulo contextual, isto é, da situação, 
dando instruções ou informações ao paciente, encorajando-o a participar do tratamento de alguma forma”. 
c) Estímulo Residual: Estimulo provocador é um repouso por longo período, o enfermeiro pode facilitar o 
nível de adaptação pela mudança do estímulo residual, isto é, os fatores de atitude (independência). 
Teoria do cuidado transcultural ou teoria da universalidade e da diversidade do cuidado universal: criada por Madeleine 
leininger, focaliza no cuidado cultural nos fenômenos da saúde e da enfermagem, cuidado culturalmente congruente: 
identificação dos meios para proporcionar um cuidado de enfermagem culturalmente congruente aos fatores que 
influenciam a saúde, o bem-estar, a doença e a morte das pessoas de culturas diversas e semelhantes. 
 Necessidades Terapêuticas 
 Punções e Fluidoterapia 
Escolha do lugar de punção: fora de articulações, membro de menor mobilidade, local diferente da punção anterior, 
pele íntegra e sem edemas 
 
Como evidenciar as veias: pedir para o paciente abaixar o braço e fazer movimentos suaves de abrir e fechar a mão, 
massagear delicadamente o braço, fixação de veias com os dedos nos casos de flacidez, equipamentos ou dispositivos 
que facilitam a visualização de veias ainda não são de uso rotineiro e são pouco difundidos. 
Evitar: locais com cicatrizes de queimaduras, membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, 
cateterismo ou qualquer outro procedimento cirúrgico. Áreas com hematomas; fístulas arteriovenosas; veias que já 
sofreram trombose porque são pouco elásticas, podem parecer um cordão e têm paredes endurecidas. Não “bater na veia 
com dois dedos” 
Materias para a punção com cateter sobre agulha: Luvas, cateter, garrote, clorexidine alcoólico 0,5%, algodão, 
película, fita adesiva e saco de lixo. 
Materiais para a Fluidoterapia: solução, equipo, conector múltiplas vias, rótulo, fita adesiva. 
Materiais para punção com dispositivo agulhado: luvas, cateter, carrote, clorexidine alcoólico 0,5%, algodão, 
película, fita adesiva, saco de lixo, e seringa. 
Materiais para coleta de sangue com vácuo: luvas, agulha para vácuo, garrote, clorexidine alcoólico 0,5%, algocão, 
tambor, tudo de coleta, curativo, fita adesva, saco de lixo. 
Materiais para coleta de sangue com seringa e agulha: luvas, agulha, garrote, clorexidine alcoólico 0,5%, algocão, 
seringa, tudo de coleta, curativo, fita adesva, saco de lixo. 
 Montando a Fluidoterapia - Preparar o rótulo do material; - Abrir o material de forma estéril; - Conectar todos 
os dispositivos (Equipo, dupla via e conteúdo a ser administrado); - Fechar o gotejador; - Preencher o copo; - 
Clampear uma das vias da dupla via; - Abrir lentamente o gotejador e observar o preenchimento do equipo; - 
Ao estar totalmente preenchido, fechar novamente o gotejador; - Clampear a outra via da dupla via; - Abrir o 
gotejador até o preenchimento completo e fechar novamente. 
CUIDADO ESPEFÍCIFICO - Não desprezar conteúdo demasiadamente; - Não deixar ar residual no equipo 
(lembrar da dupla via); - Manter todas as saídas estéreis; - Prestar atenção no fluído a ser administrado; 
 Punção com cateter sobre agulha - Selecionar o tamanho adequado; - Higienizar a região da veia selecionada, 
no sentido do retorno venoso ou espiral do centro para a periferia da região; - Aplicar do torniquete 8cm acima 
do local selecionado; - Introduzir a agulha com cateter (bisel para cima); - Ao refluir o sangue, pausar a 
introdução da agulha, fixa-la firmemente e migrar apenas o cateter; - Retirar apenas a agulha e rapidamente 
acoplar a fluiterapia (verificar se ocorre o gotejamento, se o paciente sente alguma dor, ou forma-se uma 
infiltração); - Higienizar possíveis resíduos de sangue; - Abrir a proteção adesiva, colocar uma tira sobre a base 
do cateter, após colocar a área transparente sobre o sítio de punção, fazer uma fixação extra do equipo; - 
Identificar com nome; data; tamanho do dispositivo e realizar a contagem de gotejamento). 
CUIDADO ESPEFÍCIFICO - Ir até o paciente antes do preparo, para escolha adequada, considerar rede 
venosa,pele, idade, volume a ser administrado ou outros exames a serem realizados; - Deve-se iniciar a 
introdução da agulha anterior ao local que deseja-se a permanência do cateter, lembrando de tracionar a pele, 
para que a mesma não interrompa o deslizar da agulha e do cateter; - Deixar a fluidoterapia próxima para uma 
conexão rápida; - É normal que reflua um pouco de sangue, mantenha a calma, sempre forre o leito com um 
papel ou toalha, após a punção a antes da fixação faça a higiene do extravasamento, leve material para tal; 
 Punção com Dispositivo Agulhado - Selecionar o tamanho adequado; - Higienizar a região da veia selecionada, 
no sentido do retorno venoso ou espiral do centro para a periferia da região; - Aplicar o torniquete 8 cm acima 
do local a ser puncionado; - Introduzir a agulha com bisel para cima, segurando nas astes laterais; - Aspirar 
lentamente e preencher o circuito com sangue; - Retirar a seringa e rapidamente acoplar a fluidoterapia ou 
seringa com medicação (verificar se ocorre o gotejamento, se o paciente sente alguma dor, ou forma-se uma 
infiltração); - Higienizar possíveis resíduos de sangue; - Abrir a proteção adesiva, colocar uma tira sobre as 
astes do dispositivo, após colocar a área transparente sobre o sítio de punção, fazer uma fixação extra do equipo; 
- Identificar com nome; data; tamanho do dispositivo. - Em caso de medicação, aplicar lentamente; CUIDADO 
ESPEFÍCIFICO - Atentar ao paciente que a agulha está presente, portanto, não movimentar o membro; - 
Sequentemente parar a administração e verificar formação de infiltração, dor e aspirar para identificar se o 
sangue reflui novamente; 
 Coleta de Sangue com Vácuo - Selecionar o tamanho adequado (dispositivos de calibre fino demoram e 
dificultam a saída do sangue); - Higienizar a região da veia selecionada, no sentido do retorno venoso ou espiral 
do centro para a periferia da região; - Aplicar o torniquete 8 cm acima do local a ser puncionado (dê preferência 
para as veias da região da fossa cubital); - Introduzir a agulha com bisel para cima, segurando pelo no canhão; 
- Parar a introdução próxima a região desejada; - Introduzir o tubo de coleta até acoplar na agulha emborrachada, 
verificar se o sangue reflui para dentro do tubo; - Retirar o torniquete; - Aguardar o preenchimento do tubo até 
 
a marca, retirar sem movimentar a agulha, inserir o outro tubo e sequentemente; - Retirar a agulha e pressionar 
por 1 min. 
CUIDADO ESPEFÍCIFICO - O torniquete não deve permanecer mais de 1 min; - Não esquecer de realizar a 
inversões dos tubos; - Orientar o paciente a não dobrar o braço ou fazer força na próxima 1h 
 Coleta de Sangue com Seringa e Agulha - Selecionar o tamanho adequado (dispositivos de calibre fino demoram 
e dificultam a saída do sangue e seringas de grande volume geram lesão e colabamento do vaso); - Higienizar a 
região da veia selecionada, no sentido do retorno venoso ou espiral do centro para a periferia da região; - Aplicar 
o torniquete 8 cm acima do local a ser puncionado (dê preferência para as veias da região da fossa cubital); - 
Introduzir a agulha com bisel para cima, segurando pelo no canhão da seringa; - Parar a introdução próxima a 
região desejada; - Realizar a aspiração e verificar se o sangue reflui para dentro da seringa; - Retirar o torniquete; 
- Aspirar o conteúdo necessário para os exames registrados; - Retirar a agulha e pressionar por 1 min. - Realizar 
o preenchimento dos tubos de coleta; 
CUIDADO ESPEFÍCIFICO - O torniquete não deve permanecer mais de 1 min; - Realizar o preenchimento 
dos tubos rapidamente; - Orientar o paciente a não dobrar o braço ou fazer força na próxima 1h. 
Outros Cuidados Gerais - Posicione o paciente de modo que ele e você estejam confortáveis para o procedimento, 
ajuste o leito (altura e posição); - Acenda a luz para facilitar a visualização; - Tome cuidado com seu material, 
principalmente os perfurocortantes; - Separe todo material pela ordem do procedimento, assim você não irá esquecer de 
nada; - Idosos e crianças precisam de uma atenção especial, pelas suas especificidades; - É importante a manutenção da 
fluidoterapia, devendo ser trocada a cada 96h ou de acordo com o protocolo da instituição; - Avaliar diariamente o sítio 
de punção; - A cada administração de medicamentos, avaliar a permeabilidade; - Proteger para higiene; - Orientar o 
paciente a não fazer movimentos bruscos com o membro ou elevá-lo acima do fluido corrente; - Manter a via 
higienizada; - Manter a via sempre fechada e isolada; 
 Exame Físico 
 
 Cálculo de Medicamentos. 
IMPORTÂNCIA: A administração segura e precisa de medicamentos é uma das mais importantes responsabilidades 
do profissional de enfermagem. O profissional é responsável pela compreensão dos efeitos de uma droga, pelo preparo 
e administração correta, pela monitorização da resposta do paciente e pelo auxílio ao paciente na autoadministração 
correta. 
SISTEMA DE MEDICAÇÃO: O sistema de medicação é complexo, visto que para sua realização se faz necessário o 
cumprimento correto de vários processos: prescrição do regime terapêutico, dispensação, preparo e administração do 
medicamento. 
RESPONSABILIDADE DA ENFERMAGEM: Erros cometidos e não detectados no início ou no meio do sistema - 
atribuição à equipe de enfermagem. Erros cometidos e não detectados no início ou no meio do sistema - atribuição à 
equipe de enfermagem. 
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DE ERRO: 
1. Seguir as normas e as rotinas relacionadas ao preparo e a administração de medicamentos estabelecidos pela 
instituição; 
2. Proporcionar conhecimento das funções de todos os profissionais dentro do sistema de medicação; 
3. Verificar se TODAS AS INFORMAÇÕES relacionadas ao procedimento estão corretas de acordo com 
os 9 certos antes de administrar qualquer medicamento a um paciente, ou seja: paciente certo (utilizar 
dois identificadores para cada paciente), medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição 
e conferir três vezes o rótulo), dose certa, via certa, hora certa, compatibilidade medicamentosa, 
orientação ao paciente certa, direito a recusar o medicamento e anotação certa. 
4. Certificar-se de que todas essas informações estejam documentadas corretamente, sendo que informações 
incompletas devem ser esclarecidas antes da administração do medicamento; 
5. Adotar a dupla checagem do medicamento na prescrição médica por dois profissionais de enfermagem antes da 
administração; 
 
6. Proporcionar o treinamento de toda a equipe de enfermagem quanto ao uso correto dos equipamentos 
destinados à administração de medicamentos pela via intravenosa, como bombas de infusão, em uso na 
instituição; 
7. Adotar a comunicação eficiente e direta entre as equipes, de modo que os médicos comuniquem à equipe de 
enfermagem sobre a prescrição de qualquer medicamento não padronizado na instituição; 
8. Evitar a compra de medicamentos de fabricantes que utilizam embalagens semelhantes para os diferentes tipos 
e dosagens de medicamentos como medida de segurança; 
9. Proporcionar local adequado para preparar os medicamentos, sem fontes de distração e interrupções; 
10. Armazenar adequadamente e identificar de forma completa e clara todos os medicamentos disponíveis e 
utilizados na instituição; 
11. Identificar corretamente os medicamentos preparados (com nome do paciente, número do leito e enfermaria, 
nome do medicamento, horário e via de administração, velocidade de infusão, iniciais do responsável pelo 
preparo), e os frascos de medicamentos que serão armazenados (com data e horário da manipulação, 
concentração do medicamento, iniciais do responsável pelo preparo); 
12. Realizar o preparo do medicamento imediatamente antes da administração, a não ser que haja recomendação 
diferentedo fabricante; 
13. Desenvolver e implementar programas de educação centrados nos princípios gerais da segurança do paciente 
que incluam informações sobre o uso de novos medicamentos, bem como o treinamento da equipe 
multiprofissional nas diferentes etapas do sistema de medicação; 
14. Disponibilizar aos profissionais materiais com conhecimentos fundamentais sobre farmacologia (indicações, 
contraindicações, efeitos terapêuticos e colaterais, cuidados específicos sobre administração e monitoração de 
medicamentos) e incompatibilidade entre fármacos e soluções; 
15. Ter habilidade na realização de cálculos e na mensuração das doses, com exatidão; 
16. Utilizar instrumentos de medida padrão durante o preparo dos medicamentos (copos graduados, seringas 
milimetradas) para medir as doses com exatidão; 
17. Buscar orientação com outros profissionais (enfermeiros, médicos, farmacêuticos) e consultar guias, bulas de 
medicamentos e protocolos institucionais em caso de dúvidas acerca do nome do medicamento, posologia, 
indicações, contraindicações, precauções de uso, preparo e administração; 
18. Padronizar equipamentos tecnológicos (como bombas de infusão) na unidade, limitando a variedade de opções; 
19. Realizar prescrição de enfermagem quanto ao uso correto das bombas de infusão para a administração segura 
dos medicamentos; 
20. Levar ao local de administração apenas o que se designa ao paciente específico, evitando colocar na bandeja 
diversos medicamentos para diferentes pacientes no momento da administração do medicamento; 
21. Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por via intravenosa; 
22. Prover a supervisão de técnicos e auxiliares de enfermagem, por enfermeiro, durante o preparo e a 
administração dos medicamentos. 
ATENÇÃO – A administração de medicamentos é uma responsabilidade do enfermeiro, mesmo que 
esteja sendo executada por outro membro da equipe de enfermagem, conforme o Decreto lei 94.406/87 
que regulamenta a lei do exercício da Enfermagem. 
Conceito: Cálculo de medicação é o método pelo qual se calcula a quantidade de medicamento a ser administrada para 
que o paciente receba a medicação na dose prescrita. 
 
UNIDADES DE MEDIDA: 
Considerações Gerais: 
- Soluto: substância a ser 
dissolvida (em geral, na 
forma de pó) 
- Solvente: líquido 
diluente (água destilada 
ou soro fisiológico) 
- Solução: resultado da 
mistura do soluto e 
solvente. 
 
1. Calcular número de gotas e microgotas: 
a) SG 10% 250ml EV em 24 horas 
b) SGF 1000 ml EV de 12/12 horas 
c) SG 5% 500ml EV de 8/8 horas 
d) SG 5% -----------250ml 
e) Vit. C 10%----------5ml 
f) NaCl 3%-------------3ml -------------EV em 24h 
2. Calcular quantos ml do medicamento deve-se administrar nas seguintes situações: 
a) Administrar Tienam (imipem) 250mg EV 6/6h. Temos fr/amp- 500mg, diluir em 20ml. 
b) Administrar ¼ de ampola Vitamina B 12 via IM. Temos ampola de 2 ml (500mg/ml) 
c) Administrar cefalotina sódica 500mg, 6/6h, via IM. Temos frasco de 1g. Diluente para solução é a água 
destilada 4ml. 
3. Calcular quantos ml do medicamento devemos administrar, temos somente frascos de 5 milhões de UI ( diluir 
em 8ml): 
a) penicilina cristalina ----3 milhões UI 
SG 5% --------------------100ml EV de 4/4 horas 
b) penicilina cristalina ----3,5 milhões UI 
SG 5% --------------------100ml EV de 4/4 horas 
c) penicilina cristalina ----1,5 milhões UI 
SF 0,9% --------------------50ml EV de 4/4 horas 
4. Insulina SC, temos seringa de 3 ml. Calcule o ml. 
a) 60 UI de insulina 
b) 40 UI de insulina 
c) 10 UI de insulina 
d) 80 UI de insulina 
5. Quanto de soluto eu encontro nas seguintes soluções: 
a) 1 ampola de 20ml de glicose a 25% 
b) 1 ampola de 20ml de NaCl a 30% 
c) 1 ampola de 20ml de NaCl a 3% 
d) 1 frasco ampola de 2,5ml de Decadron a 0,4% 
e) 1 ampola de 10ml de KCl a 19,10% 
6. Faça os cálculos: 
a) Preparar 2 litros de KmnO4 a 1:20.000, usando comprimidos de 50mg 
b) Preparar 2 litros de KmnO4 a 1:20.000, usando comprimidos de 200mg 
c) Preparar 1 litros de KmnO4 a 1:30.000, usando comprimidos de 100mg 
1l=1000 mililitros 
1g= 1000 miligramas 
1 hora= 60 minutos 
1min= 60 segundos 
2l = 2000 ml 
0.6l = 600 ml 
0.15l = 150 ml 
3.2l = 3200 ml 
0.52l = 520 ml 
1g= 1000 mg 
0,8g = 800 mg 
0,5g = 500 mg 
0,2g = 200 mg 
0,1g= 100mg 
1 colher de sopa corresponde a 15 ml; 
1 colher de sobremesa corresponde a 10 ml; 
1 colher de chá corresponde a 5 ml; 
1 colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml* 
1 ml possui 20 gotas; 
1 ml possui 60 microgotas; 
1 gota possui 3 microgotas. 
1 gota é igual a 1 macrogota. 
 
d) Preparar 1 litros de KmnO4 a 1:20.000, usando solução pronta a 2 % 
7. Transforme os soros: 
1º. Prescrição SG 15 % - 500ml; Temos SG 5% - 500ml e ampolas de glicose a 50% - 20ml 
2º. Prescrição SGF- 1000ml; Temos SG 5% - 1000ml e ampolas de NaCl 30% - 20ml 
3º. Prescrição 250ml de Manitol a 10 %; Temos Manitol - 250ml a 20% e frascos de AD esterilizada. O que fazer? 
8. Foi prescrito antibiótico ceftazidina 2g EV de 8/8h. Temos disponível na Unidade de internação frasco-ampola 
de 1 g da medicação. 
a) Quantos frasco-ampola da medicação serão utilizados nas 24 horas? 
b) Iniciando a medicação às 12 horas, qual o horário de administração da última dose?

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