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ENFERMAGEM CURSO TÉCNICO EM 1 Sumário INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM ...............................................................3 ANATOMIA HUMANA ................................................................................34 MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA ...................................................75 NUTRIÇÃO .......................................................................................................93 PSICOLOGIA ................................................................................................ 106 HIGIENE E PROFILAXIA ......................................................................... 115 Apostila elaborada pelos professores: Juliana Andriotti Maíra Sanhudo Neida Alves Simone Menegotto Paulo Domingues INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 3Módulo 1 INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM A disciplina de Introdução será o início da integração do aluno com o curso de Técnico em En- fermagem, unindo a teoria com a prática através da aprendizagem sobre os conceitos, terminologias que serão para sempre utilizados na vida profissional. Va- mos ensinar a história da enfermagem, a compreensão do cuidado humanizado, a importância da segurança do paciente incluindo as metas de segurança, a rotina hospitalar, as medidas antropométricas, via de admi- nistração de medicamentos, sinais vitais, curativos, entre outros assuntos. Sejam Bem-vindos à Enfermagem, a dis- ciplina de introdução será o seu portal para imersão no processo do cuidar ao cliente/ paciente como um todo, sabendo atuar na prevenção e na promoção da saúde. Conceitos de Enfermagem “É a ciência e a arte de assistir ao ser huma- no, no atendimento de suas necessidades básicas; de torná-lo independente desta assistência, quan- do possível, pelo ensino do auto cuidado, de recuperar, manter e promover a sua saúde em colabo- ração com outros profissionais.” “É fazer enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo que ele não pode fazer por si mesmo.” “Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser hu- mano (indivíduo, família e sociedade) no atendimento de suas necessidades básicas; de torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do auto cuidado de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais.” A Enfermagem preocupa-se com a care (cui- dado), e a medicina preocupa-se com a cure (doença). História da Enfermagem ► Inicialmente o cuidado era exercida por sacerdotes, mães, feiticeiros e religiosos. ► Somente em 1854 surgiu a Enfermagem moderna com Florence Nightingale durante a Guerra da Cri- méia; ► Mortalidade de 40% entre os hospitalizados – a mesma caiu para 2% com atuação de Florence. ► Imortalizada pelos soldados como: “A Dama da Lâmpada” – Símbolo da Enfermagem; ► Pós-Guerra voltou para a Inglaterra e fun- dou uma escola de enfermeiras no Hospital São Tomás, com ensino mais metódico, candida- tas com inteligência, moral, físico e aptidão profissional; ► No Brasil a Enfermagem foi exercida duran- te muitos anos pelos religiosos da companhia de Jesus; ► Ana Nery, no século XIX foi nomeada “mãe dos brasileiros” devido ao seu trabalho junto aos feridos na Guerra do Paraguai (1864-1870) cui- dando dos soldados feridos e improvisando hospitais. Fatores decisivos para o progresso da Enfermagem no Brasil ► Fundação da Escola Alfredo Pinto no Rio de Ja- neiro em 1890; ► Programas de enfermeiras visitadoras, por Carlos Chagas e Fundação Rockefeller; ► Fundação da Escola Ana Nery em 1923, sendo Ra- quel Lobo sua primeira diretora brasileira; ► Determinação de requisitos e funções de enferma- gem através de regulamentação profissional. Entidades de Classe ► ABEn – Associação Brasileira de Enfermagem ► COFEN – Conselho Federal de Enfermagem ► COREN – Conselho Regional de Enfermagem ► Sindicato Principais atribuições COFEN/COREN ► Dizer quais as pessoas que podem exercer a pro- fissão; ► Impedir aquelas que a estiverem exercendo ilegal- mente; ► Verificar se as pessoas, que exercem legalmente a profissão, estão cumprindo corretamente as obriga- ções; ► Punir as pessoas que ferem a ética profissional com uma das penalidades prevista; ► Jurisdição em todo território nacional; ► Sede na capital da república; ► TODOS COREN’S são subordinados ao COFEN; ► Todos os profissionais de enfermagem são obriga- dos a afiliação com o conselho regional. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 4Módulo 1 ENFERMEIRO: LÂMPADA E COBRA + CRUZ TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM: LÂMPADA E SERINGA Saúde: é o completo bem estar físico, psicológico/mental e social/espiritual, não meramente a ausência de doença ou enfermidade. Doença: é um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma pessoa está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões. Instrumentos básicos de Enfermagem A enfermagem deve utilizar conhecimentos, atitudes e habilidades que permitam um desempenho eficiente de suas funções. São elas: observação, resolu- ção de problemas, aplicação dos princípios científicos, planejamento, avaliação, criatividade, destreza manual, comunicação e trabalho de equipe. Condições para uma boa execução – NR 32 quanto à segurança ► Evitar contaminação mantendo mãos limpas, usando material estéril e cuidando do material; ► Manter cabelos presos; ► Manter unhas curtas e aparadas, preferencialmente com esmalte claro; ► Proibido o uso de adornos; ► Manter ambiente de trabalho limpo e arrumado; ► Manter boa postura e linguajar apropriado em ser- viço. Hospital Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “o hospital é parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar a co- munidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas biossociais.” Segundo o Ministério da Saúde (MS), é o “estabelecimento de saúde destinado a prestar CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 5Módulo 1 assistência sanitária em regime de interna- ção a uma determinada clientela, ou de não internação, no caso de ambulatórios e outros servi- ços.” Funções do Hospital: Preventiva, Educativa, Pes- quisa, Reabilitação e Curativa. Classificação e Tipos Geral ou Especializado ► Pequeno - 50 leitos ► Médio - 51 a 150 leitos ► Grande - 151 a 500 leitos ► Especial - acima de 500 leitos Propriedade ou Mantenedora ► Particular ou Privado - por recursos próprios; ► Público (Federal, Estadual ou Municipal) - por re- cursos públicos; ► Autarquia - fundação de poder público, tem tutela do poder público, mas recursos próprios. Ex: INSS e Faculdades Federais. ► Beneficente/Filantropia - mantido por contribui- ções particulares (privado que atende SUS sob benefí- cios fiscais ou caridade). Segurança do paciente e do profissio- nal Prevenindo a ocorrência de acidentes mecânicos (traumatismos, quedas e aparelhos) ► Manter as camas com as grades laterais elevadas e fixadas; ► Manter as crianças em camas adequadas ao seu ta- manho/idade; ► Utilização de técnicas para a restrição de movi- mentos; ► Evitar limpeza de pisos em hora de grande movi- mento; ► Manter aparelhos fixados em seus lugares; ► Evitar enceramento do piso das unidades; ► Utilização de vestuário adequado, especialmente calçados antiderrapantes; ► Usar técnica correta na aplicação de calor e frio no paciente; ► Ter cuidados ao manusear aparelhos quentes; ► Ter cuidado ao retirar e manusear material de estu- fas e autoclaves; ► Não fumar em ambiente hospitalar, principalmen- te próximo de oxigênio; ► Manter líquidos infamáveis em frascos fechados e em local adequado; ► Manusear adequadamente cilindros e fontes de oxigênio; ► Não colocar roupas sobre cilindros, autoclaves e estufas; ► Atenção especial à manutenção de incubadoras e berços aquecidos; ► Manter a temperatura do paciente nos limites nor- mais. Prevenindo a ocorrência de acidentes quími- cos(intoxicação medicamentosa, queimaduras por substâncias químicas) ► Observar as regras para administraçãode medica- mentos; ► Conhecer os sintomas tóxicos das drogas; ► Desprezar medicamentos alterados, com prazo de validade vencido e/ou sem rótulo; ► Uso de equipamento de proteção individual (EPI) para manusear drogas tóxicas; ► Uso de EPI para manusear soluções desinfetantes. Prevenindo a ocorrência de acidentes bacterianos ► Prevenir acidentes punctórios ► Uso de EPI Treinar equipe de enfermagem quanto ao uso de técnica asséptica ► Isolar pacientes com doenças infectocontagiosas e afastar funcionários infectados; ► Estabelecer rotinas para uso de desinfetantes, an- tissépticos e antibióticos; ► Estabelecer rotina para precauções universais e hi- giene de mãos. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 6Módulo 1 SEGURANÇA DO PACIENTE Identificar corretamente o paciente. Melhorar a comunicação entre profissionais de Saúde. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos. Higienizar as mãos para evitar infecções. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. 1 2 3 4 5 6 Melhorar sua vida, nosso compromisso. Acesse o site: www.saude.gov.br/segurancadopaciente Economia Tempo ► Planejar os movimentos antes de executá-los. ► Organizar todo o material necessário à execução da tarefa. Esforço ► Destreza corporal para a execução das tarefas. ► Solicitar auxílio para a execução de tarefas que exi- jam esforço físico. Material ► Usar somente o material necessário para a execu- ção das tarefas. ► Levar para o quarto do paciente (principalmente quartos de isolamento), apenas a quantidade de mate- rial que será utilizado para realizar a tarefa. Conforto Paciente ► Evitar posições incomodas; ► Prevenir lesão por pressão; ► Utilizar técnicas corretas para restrição de movi- mentos; ► Evitar ruídos excessivos e desnecessários; ► Evitar excesso de frio ou calor; ► Evitar exposição desnecessária do paciente; ► Observar ética profissional na execução das ativi- dades. Profissional ► Prevenir doenças ocupacionais; ► Utilizar uma boa mecânica corporal para execução das tarefas; ► Utilizar vestuário adequado. Unidade de Internação Hospitalar ► Local que adequado para atender as necessidades de pessoas doentes; ► A organização é feita dependendo do tipo de pa- ciente, doença e do tratamento; ► Alguns componentes são básicos para qualquer tipo de internação. Quarto – destinado a internação de 1 a 3 clientes (privativo/individual, semi privativo/coletivo). Enfermaria – destinada a internação de 4 ou mais clientes. Sala de prescrição – local onde a equipe maneja o prontuário e prescreve. Posto de enfermagem – preparo e estoque de medi- cação e material. Sala de utilidades – local onde mantém-se o material a ser utilizado em perfeito estado de conservação. Expurgo – local onde encontramos materiais sujos, como cuba rim, comadre, papagaio e ramper com roupas sujas. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 7Módulo 1 Rotinas hospitalares Internação Hospitalar → A entrada/baixa do clien- te na unidade de saúde pode ser via emergência ou pela internação eletiva, ou seja, previamente combina- da com o médico assistente. Indicação → Pessoa que necessita de atenção ou cuidado de profissional de saúde. Em alguns casos a internação acontece para a realização de exames de rotinas ou eletivo. Esta deve ser feita pelo próprio pa- ciente ou por responsável legal. Tipos Voluntária → o próprio paciente solicita a sua inter- nação. Involuntária → quando o paciente não quer ou não tem condições, e outra pessoa faz sua internação. Compulsória → quando é determinada pelo poder judiciário. Admissão Hospitalar Regras gerais ► A maneira de receber um paciente depende da ro- tina de cada hospital. O atendimento deve ser acolhe- dor e gentil, sendo realizado por alguém que possa dar todas as informações necessárias. ► Deve-se mostrar as dependências do setor e apo- sento, explicando as normas e rotina sobre: → horários do banho; → refeições; → visitas médicas; → repouso; → recreação; → serviços religiosos; → pertences pessoais necessários. ► Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local; ► Entregar pertences de valores a família, anotando no prontuário; ► Apresentá-lo a companheiros de quarto; ► Se necessário, encaminhá-lo ao banho e vestir rou- pas apropriadas; ► Preparar o prontuário; ► Comunicar serviço de nutrição e demais serviços interessados; ► Verificar SV, peso, altura e anotar; ► Fazer anotações de enfermagem referentes a: → hora de entrada; → condições de chegada (deambulando, de maca, ca- deira de rodas, acompanhante); → sinais e sintomas observados; → orientações dadas; → alergias e uso de medicamentos de rotina; → se apresenta patologias (DM, HAS, ETC); → se foi realizada cirurgias anteriores. ADMISSÃO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO: ► Sempre devemos orientar o paciente ou responsá- vel sobre a unidade e o hospital; ► O paciente nesse momento na maioria dos casos sente-se ansioso, perdido, fora de seu ambiente fami- liar; ► Lembrar que: o desconhecido somado ao diagnós- tico pode gerar medo/ansiedade/insegurança; ► Desde a entrada no hospital temos que tirar dú- vidas e criar um “vínculo” para tentar proporcionar conforto emocional para o mesmo; ► A admissão do paciente na unidade deve ser feita pelo Enfermeiro; ► Na ausência do mesmo o Técnico de Enfermagem deverá realizar a admissão do cliente conforme rotina da unidade; ► O leito do paciente deve ser previamente prepara- do para atender todas as necessidades e/ou cuidados para evitar intercorrências. Avaliação e anotações de enfermagem na internação: ► O exame físico completo deve ser feito pelo En- fermeiro; ► O Técnico de Enfermagem DEVE registrar como recebeu o cliente, Ex: Se veio deambulando, ou com auxílio, se está acordado...; ► Deve-se saber o motivo da internação (registrar na folha de SV); ► Se realizará algum exame, o horário desse exame e o preparo para a realização do exame; ► Informar sobre as rotinas da unidade; ► Registrar todos os drenos, cateteres, curativos, he- matomas e outros; ► Esse paciente muitas vezes pode ter sido transferi- CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 8Módulo 1 do de outra unidade como UTI por exemplo. Todos os registros devem ter: ► Dia /Mês /Ano /Turno/ Horário ► Descrição ► Carimbado e assinado pelo profissional que reali- zou a atividade Orientações: Mostrar a unidade, explicar as rotinas, ho- rários de visitas e refeições, apoio religioso, local de recreação, se pode sair da unidade ou não ( leito de isolamento), CAMPAINHA, como e onde guardar os pertences, esclarecer todas as dúvidas possíveis do cliente (não médicas), as visitas também devem ser bem orientadas Transferências: ► Transferência interna: mudança de um paciente de uma unidade de internação para outra dentro do mes- mo hospital. Ex: unidade de internação para UTI. ► Transferência externa hospitalar: mudança de um paciente de um hospital para outro. Ex: HSL-PUC para o Instituto de Cardiologia. A transferência hospitalar é um processo de alta do hospital de origem, onde é de inteira respon- sabilidade do mesmo dar assistência no transporte (ambulância) com um sumário de alta e internação no hospital de destino. Esta situação ocorre, somente, em casos de não haver tratamento adequado no hospital de origem, onde tenha risco de vida ao paciente. ► Todas as transferências devem ser previamente combinadas entre a unidade de que envia e a unidade que recebe o cliente. ► Sempre fazer contato com o Enfermeiro da uni- dade, se não for possível o Técnico de Enfermagem deve se comunicar com o profissional que vai receber o cliente na unidade. ► Devem ser avisados também: → Serviço de Atendimento Médico e Estatística (SAME) setor de informações → Serviço de Nutrição e Dietética (SND) → Familiares (conforme rotina) ► Deverá sempre ir junto com o paciente: → Prontuário → Medicações → Exames → Pertences pessoais ► Transporte : deve ser realizado conforme o estado do cliente → Deambulando → Maca → Cadeirade rodas Em alguns casos o Enfermeiro ou o Médico devem acompanhar no transporte. Não esquecer dos cuidados com drenos e ca- teteres durante o transporte. Alta Hospitalar: é a saída do cliente do hospital ► Não necessita de cuidados médicos ou de enfer- magem; ► A família/cliente decide terminar o tratamento ou manter os cuidados no próprio domicílio; ► Por necessitar de tratamento que a instituição não oferece; ► Por motivo de ordem ou disciplina; ► Fuga (menor é buscado em casa); ► Administrativa (burocrático). Cuidados de Enfermagem: ► Lembrem-se assim como a baixa, a alta hospitalar é sempre realizada pelo médico; ► Preparo psicológico cliente/família; ► Recolher todos os pertences; ► Entregar exames (deve ser protocolado), esclarecer dúvidas e possíveis retornos para controle/acompa- nhamento; ► Educação para a alta: cuidados no domicílio como tomar as medicações; ► Encaminhamentos para Unidades Básicas de Saú- de; ► Providenciar a higiene terminal do leito conforme rotina; ► O técnico de enfermagem deve acompanhar o pa- ciente até a saída do hospital. Óbito A morte é a fase final da vida. É uma certeza para cada criatura viva, desde o momento da concep- ção, mas poucas pessoas aceitam e estão preparadas CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 9Módulo 1 para o momento. Devemos sempre respeitar os valo- res, religião, costumes, crenças e vontade do paciente/ responsável sempre que possível. Sempre que acontece deixa toda a equipe abalada. A idade do cliente pode influenciar. Por mais estranho que possa parecer, mui- tas vezes é um alívio para o paciente e familiares. Funções do Médico: Fornecer o atestado de óbito, comunicar a família. Funções do Enfermeiro: É responsável pelas fun- ções burocráticas, presta auxílio a família , orienta e ajuda o Técnico de Enfermagem. Funções do Técnico de Enfermagem: os cuidados e o respeito continuam após a morte. Cuidados rea- lizados no corpo, após o óbito: Higiene, retirada de corpos estranhos (drenos, acessos, sondas, etc), reali- zando curativos, manter corpo em posição anatômica (antes da rigidez), identificação do corpo, encaminhar ao morgue, aguardar a funerária, que realiza todo o preparo do corpo para velório e enterro. Higiene do Ambiente Hospitalar Tipos: ► Limpeza diária ou corrente: realizada pelo pessoal da higienização diariamente a cada turno; ► Limpeza terminal: realizada pelo pessoal da higie- nização no final da internação do paciente. Responsabilidade do Técnico de Enfermagem: é responsável pela limpeza das bancadas, monitores, posto de enfermagem e em algumas instituições a cama do paciente. Responsabilidade do Serviço de Higienização: é responsável pela limpeza do chão e banheiros, não de- vem encostar-se as camas, macas, monitores, etc. Sal- vo quando estiverem realizando a limpeza terminal do leito. Documentação PRONTUÁRIO ► É um documento único, constituído de um con- junto de informações sobre a SAÚDE do paciente e a ASSISTÊNCIA a ele prestada. ► Possibilita comunicação entre os membros da equi- pe multiprofissional e a continuidade da assistência ao paciente. ► É um documento de caráter legal. ► Os registros devem ser corretos, objetivos, atuali- zados e completos. ► As informações contidas no prontuário são SIGI- LOSAS. ► Deve permanecer em local seguro conforme a ro- tina. ► De acesso a todos profissionais. ► Deve acompanhar o paciente em exames e trans- ferências. Acesso ao prontuário: ► Próprio paciente; ► Seu responsável legal; ► Equipe médico assistencial do paciente; ► Auditor de convênio. Utilização do prontuário do paciente: ► Somente os profissionais que tiveram contato dire- to com o cliente. Cuidados com os registros: ► Utilizar letra legível; ► Escrever com caneta azul ou preta; ► Registrar horários; ► Anotar todos os procedimentos prestados; ► Ser claro, e objetivos; ► Se errar, não rasurar, utilizar (,) digo e reescrever corretamente; ► Usar somente abreviaturas padronizadas; ► Não deixar espaços nem pular linhas; ► Identificar com nomes as pessoas que deram infor- mações. Ex: a mãe; ► Registrar medidas de segurança adotadas para pro- teger o paciente; ► Fechar com um traço, espaço de linhas, assinar e carimbar. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 10Módulo 1 Documentos que integram o prontuário: ► Ficha de admissão contendo dados de identifica- ção, procedência, motivo da internação do paciente entre outros dados. ► Prescrição médica de enfermagem e nutrição. ► Fluxo de exames. ► Folha de sinais vitais. ► Folha de evolução do paciente. ► Folha de acompanhamento de procedimentos in- vasivos conforme SCIH. Anotações de Enfermagem Condições Físicas ► Estado da pele: coloração, presença de lesões, res- secamento, turgor cutâneo. ► Possibilidades de locomoção. ► Manifestações emocionais: alegria, tristeza, temor, ansiedade, agitação, lucidez, confusão mental, etc. ► O que o paciente mantém: soro, cateteres, medica- mentos, etc. ► Aceitação alimentar: desjejum, almoço, lanche, jan- tar, boa aceitação, recusa, aceitação parcial, etc. ► Intercorrências: a quem foi comunicado, algias, êmese, sangramentos, entre outros. ► Eliminações fisiológicas: (diurese e evacuação) as- pecto, quantidade, odor, presença de muco/sangue e coloração. PASSAGEM DE PLANTÃO Assegurar o fluxo de informações entre equi- pes que no período de 24 horas, afim de dar continui- dade a assistência de enfermagem. Devem ser passa- dos os problemas e os procedimentos executados ou não com o paciente. EXAMES COMPLEMENTARES Os exames complementares tem por finalida- de auxílio no diagnóstico de patologias, identificar ou remover corpos estranhos, ou até mesmo o tratamen- to de alguma enfermidade. Alguns pode ser necessá- rio anestesia ou sedação. Neste caso é recomendável a monitorização dos sinais vitais. ► EDA – Endoscopia Digestiva Alta: exame realiza- do para visualizar o trato digestivo alto (desde o esô- fago até o duodeno). Também chamada de endoscopia superior. → Sedação: EV; → Tempo do exame: 30 minutos; → Preparo: NPO de 8 a 12 horas; → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar da sedação; → Posição do exame: decúbito lateral esquerdo. ► Colonoscopia – exame realizado para visualizar o trato digestivo baixo (do reto até o ceco). Também chamado de endoscopia inferior. → Sedação: EV → Tempo de exame: 45 minutos → Preparo: no domicílio – 24 horas antes: 2 cps laxa- tivos e dieta branda no hospital – no mínimo 4 horas antes do exame, manitol 500 ml + suco e NPO 1 hora antes; Orientações: deambular e ingerir água após uso do manitol. Em idoso observar: hipertensão, sudore- se, desmaio e calafrios. → Posição para exame: decúbito lateral esquerdo; → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar; → Após recomenda-se deambular para eliminação de flatus. ► Fibrobroncoscopia – exame realizado para visua- lizar o trato respiratório desde a cavidade nasal até os brônquios. → Sedação: SN, geralmente anestesia local; → Tempo de exame: 10 minutos; → Preparo: NPO 8 horas. Observações: pode ocorrer dispneia e cianose duran- te a realização do exame. ► Cistoscopia – Exame realizado para visualizar ure- tra, próstata e bexiga. → Sedação: SN geralmente anestesia local; → Tempo de exame: 20 minutos; → Preparo: higiene perineal; → Tempo de recuperação: se sedação 40 minutos. Observação: utilizado na remoção da cálculos renais. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 11Módulo 1 ► Ecografia Abdominal – Exame realizado para vi- sualizar órgãos abdominais. → Tempo de exame: 15 a 20 minutos → Preparo: NPO 6 a 8 horas, 1 hora antes ingerir 4 copos com água e não urinar (manter bexiga cheia). ► Ecografia Transvaginal – Exame realizado para vi- sualizar o aparelho reprodutor feminino. → Tempo do exame: 15 minutos → Preparo: urinar antes do exame (bexiga vazia), po- sicionar o paciente em posição ginecológica com um travesseiro ou almofada na região glútea, despida da cintura para baixo. ► Cintilografia óssea: exame realizado para visualizar os ossos. → Tempo do exame: 40 minutos → Preparo:observar prescrição de contraste EV (ge- ralmente aplicado de 3 a 4 horas antes do exame). Observações: ingerir líquidos e urinar bastante após o exame para eliminar o contraste. ► Angiografia: Exame realizado para visualizar a rede circulatória. → Preparo: NPO 8 horas → Tempo de recuperação: 6 a 12 horas. Observação: 6 horas sem se mover com compreensão na artéria femural. Repouso absoluto após o exame. ► Ressonância Magnética: Exame realizado para vi- sualizar a porção solicitada (crânio, abdômen, pelve). → Sedação: SN (clautrofobia) → Tempo de exame: 30 a 40 minutos → Preparo: contrate EV, se prescrição; Observação: retirar todos os objetos metálicos e ave- riguar o uso de implantes odontológicos, marcapasso, DIU de cobre, ponte de safena, etc. ► Tomografia computadorizada: Exame realizado para visualizar a porção solicitada (crânio, abdômen, pelve). → Sedação: SN (claustrofobia) → Tempo de exame: 30 a 40 minutos →Preparo: contraste EV, se prescrição. ► EEG – Eletroencefalograma: Exame realizado para avaliar a atividade cerebral (vigília ou ao sono); → Tempo do exame: 20 minutos →Preparo: cabeça limpa e seca. Lavar os cabelos 1 dia antes do exame. ► ECG – Eletrocardiograma: Exame realizado para avaliar a atividade cardíaca. → Tempo do exame: 5 minutos → Preparo: retirar metais do corpo (pulseiras, relógio, sutiã, etc). Coleta de material biológico É qualquer excreta ou fragmento retirado para análise do corpo humano (urina, fezes, sangue, exsu- dato). Devemos sempre utilizar EPI’S para este proce- dimento. Papel da enfermagem: explicar o procedimento ao paciente, coletar o material solicitado (quantidade sa- tisfatória e técnica correta), identificar o material, re- gistrar em prontuário, e encaminhar ao laboratório a amostra. Coleta de Urina Tipos de exames: Exame Qualitativo de Urina (EQU), Urocultura (URO) e urina de 24 horas. Preparo: higiene da região íntima e ficar no mínimo 2 horas sem urinar. Procedimento: EQU + URO: higiene da região ín- tima, desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio no frasco estéril (fornecido pelo laboratório). Obser- vação: caso a coleta seja em paciente com sonda vesi- cal de demora, a mesma deve ser clampeada pelo me- nos 1 hora antes da coleta. A mesma deve ser realizada com seringa e agulha. Mulheres menstruadas poderão fazer a coleta com um absorvente íntimo. Urina 24 horas: análise quantitativa de ácido úrico, cálcio, hormônios, potássio, glicose, proteínas entre outros eletrólitos. A coleta inicia na segunda urina da manhã e termina com a primeira do dia seguinte. Manter o frasco com a urina refrigerado durante o dia da coleta. Encaminhar os frascos de coleta ao labora- tório com identificação do paciente contendo: nome completo, data de nascimento, data da amostra. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 12Módulo 1 Amostras de Fezes Estudo das funções digestivas, identifica a gordura fecal, sangue oculto, os parasitas e germes através do parasitológico e da coprocultura. Devem ser coletados no mínimo 10gr do material. EPF = exame parasitológico de fezes. Coprocultura ou Cultura de Fezes = detecta in- fecções fecais (material estéril). PSOF = pesquisa de sangue oculto nas fezes (res- tringir alimentos com ferro e perioxidose – rabanete, nabo, couve-flor, brócolis – por 3 dias) – inclusive cal- do e molho de carne vermelha, restrição de medica- mentos como aspirina, corticóide e álcool em excesso e não escovar os dentes por 3 dias. Procedimento: higienizar as mãos, reunir o material ( fraldas, água e sabão neutro, saco plástico, frasco coletor, espátula, rotulo de identificação do exame), realizar a higiene da genitália do paciente co água e sabão, secar bem e colocar fraldas limpas, observar frequentemente se há evacuação, quando ocorrer, re- tirar as fraldas e colher as fezes com auxilio de uma espátula e colocar no frasco coletor, se o paciente estiver com fezes líquidas, a coleta deve ser em reci- piente (comadre), identificar o frasco com o material coletado, higienizar e acomodar o paciente, registrar o procedimento e encaminhar ao laboratório a amostra. Amostra de Sangue A coleta de sangue é indicada para a realização da maioria dos exames de sangue como: hemograma, eletrólitos e hemoculturas. Em geral este procedimen- to é realizado pelos coletadores do laboratório. O pro- cedimento deve ser realizado respeitando as técnicas assépticas, e o profissional que realiza é o Técnico de Enfermagem, o procedimento é feito através da pun- ção venosa. Se o médico solicitar gasometria arterial (punção da artéria) este somente poderá ser realizado pelo Enfermeiro. Observar o tempo de jejum do exa- me solicitado. Material e Técnica Higienizar as mãos, reunir o material, luvas de procedimento, seringa de 5 ou 10 ml, de acordo com a quantidade de sangue necessária para os exames so- licitados, frascos de coleta, garrote e agulha 25 x 7. ► Explicar o procedimento para o paciente, higieni- zar as mãos; ► Calçar as luvas; ► Colocar o garrote e realizar antissepsia no local da punção (em forma de caracol); ► De preferência a fossa cubital; ► Introduzir a agulha com o bisel para cima; ► Aspirar a quantidade necessária e colocar no frasco referente ao exame solicitado; ► Identificar os frascos com nome completo e data de nascimento do paciente e encaminhar ao laboratório; ► Higienizar as mãos e registrar o procedimento. Coleta de Escarro Indicado com frequência para diagnóstico de infecção de vias aéreas (estreptococos, penumococos, bacilos, BAAR). Procedimento: orientar a higiene oral, bochechar so- mente com água antes de escarrar. Coletar preferen- cialmente pela manhã, diretamente no recipiente, sem deixar escorrer pela borda externa. Rotular com os da- dos de identificação do paciente e data e hora da coleta e encaminhar ao laboratório. Evoluir no prontuário. Coleta de Exsudato Coleta de secreção: este tipo de coleta pode ser de feridas ou cavidades naturais. Material utilizado: Swab, cotonete ou escovinha. Procedimento: passar o swab em cima da secreção, sem causar fricção na cavidade ou lesão. Colocar o material utilizado para coleta de volta na sua proteção, identificar com os dados do paciente, data e local que foi coletado a secreção. Encaminhar ao laboratório. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS https://horadotreino.com.br/wp-content/uploads/2014/09/avaliacao_cor- poral.jpg É o ato de verificar peso, altura e perímetros. ► Acompanhar o crescimento pondoestatural (neo- natologia e pediatria); ► Detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura; CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 13Módulo 1 ► Cálculo de dose de medicamentos. Método de verificação do peso em balança antro- pométrica: ► Preferir que seja pela manha com o paciente em jejum e de bexiga vazia; ► Forrar a balança com papel toalha (caso seja balan- ça para crianças até 15 Kg); ► Regular ou tarar a balança; ► Solicitar ao paciente que use roupas leves (prefe- rencialmente de camisola hospitalar, se criança só de calcinha ou cueca e bebês sem fralda); ► Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calça- dos, colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo; ► Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente; ► Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança; ► Ler e anotar o peso indicado na escala; ► Auxiliar o paciente e descer da balança; ► Colocar os mostradores em zero e travar a balança. Método de verificação de estatura em balança an- tropométrica: ► Colocar o paciente de costas para a escala de me- dida; ► Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do paciente (cuidadosa- mente); ► Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com os pés unidos; ► Travar a haste; ► Auxiliar o paciente e descer da balança; ► Realizar a leitura e anotar; ► Destravar e descer a haste. Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e régua apropriada,onde a criança permanece deitada ou sentada. A avaliação de perímetros pode ser: cefálico (da fronte a região occi- pital), torácico (na altura dos mamilos), abdominal (na altura da cicatriz umbilical). Geralmente para acom- panhamento de desenvolvimento infantil. Na gestante ainda avaliamos o crescimento uterino. Para estes pro- cedimentos utilizamos uma fita métrica. BALANÇO HÍDRICO O balanço hídrico é o resultado da quantidade de líquido que entra e sai do corpo humano em um determinado intervalo de tempo, que tem por objetivo monitorar os parâmetros que permitam acompanhar o equilíbrio hídrico do cliente diante do tratamento proposto, dependendo de seu estado patológico, renal ou cardíaco. Material ► Impresso próprio ► Calculadora s/n. Descrição da Técnica: controlar os ganhos e perdas do cliente nas 24 horas da seguinte forma: Considerar como ganho/entrada: ► Dietas por: SNG, SNE, ostomias. ► Ingestão: água, sucos, chás, sopas. ► Terapia medicamentosa: soros, medicações com diluição, sangue, NPT (nutrição parenteral total, ad- ministrado em uma veia central, é uma opção adequa- da aos pacientes com desnutrição, que não possa ser corrigida com alimentação entérica). ► Lavagem de acessos venosos e de sondas de ali- mentação. Considerar como perda/saída: ► Eliminações: vesico – intestinais (diurese e fezes líquidas e semi líquidas). ► Vômitos ► Drenagens ► Coleta de sangue ► Hemorragias Folha de SV: utilizar os campos de controle de admi- nistrados e eliminados para computar perdas (exem- plo: diurese) ou ganhos (exemplo: soro, uma xícara de chá). Fórmula do cálculo: BH = LA − LE Tipos de BH: → Parcial – por turno → Total – 24 horas Resultados: BH positivo – resultado encontrado quando o pa- ciente teve mais líquidos administrados do que líqui- CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 14Módulo 1 dos eliminados. BH negativo – resultado encontrado quando o pa- ciente teve mais líquidos eliminados do que líquidos administrados. Exemplo: O cliente recebeu 1.200ml entre dieta e medicações e eliminou 980ml entre diurese e drena- gens. 1.200ml – 980ml = 220ml O balanço das 24 horas neste caso é positivo, pois o cliente teve mais ganho do que perdas. HGT – HEMOGLICOTESTE – VERIFICA- ÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR Teste realizado para identificar a taxa de glico- se através da gota de sangue, utilizando glucômetro. Materiais ► Aparelho de HGT ► 1 lanceta ou agulha ► Lancetador / caneta ► Luvas de procedimento ► Algodão ► Tira de teste. https://fortissima.com.br/wp-content/uploads/2014/10/medidor-de-diabe- tes-tt-width-660-height-300-bgcolor-FFFFFF.jpg Procedimento ► Higienizar as mãos ► Reunir os materiais ► Explicar o procedimento para o paciente ► Higienizar as mãos, calçar as luvas ► Escolher o local mais adequado para a punção (face lateral da polpa digital) ► Conectar a fita no aparelho ► Realizar a higiene no local e disparar o lancetador ► Colocar a gota de sangue no local indicado da tira teste ► Comprimir o local puncionado com algodão ► Realizar a leitura do resultado ► Retirar a fita e desprezá-la juntamente com a lan- ceta ► Retirar as luvas, higienizar as mãos ► Registrar o resultado no prontuário ► Checar o procedimento Valor normal: 70 a 99 mg/dl em jejum. Comunicar alterações. Administração de medicamentos CUIDADOS GERAIS: ► Ler atentamente a prescrição médica (toda a pres- crição de medicamentos deverá ser escrita no prontu- ário do paciente, com data e assinatura do médico); ► Não administre medicação por ordem verbal, exce- to em caso de urgência; ► Esclarecer dúvidas com o Enfermeiro; ► Observar integridade do medicamento e da emba- lagem – validade; ► Nunca administrar medicamento sem rótulo; ► Nunca administrar medicações preparadas por ou- tras pessoas, nem permitir que familiares façam; ► Conferir nome completo e data de nascimento ao administrar a medicação; ► Evitar atividades paralelas no preparo para dimi- nuir possibilidades de erro; ► Comprimidos – deverão estar embalados e só de- vem ser abertos na frente do paciente. Exceto quando administrados por sonda; ► Higienizar a bandeja com álcool e colocar as medi- cações rotuladas e em sequência de leitos; ► A equipe de enfermagem deve estar ciente da dosa- gem segura das medicações que administram; ► Estar ciente do estado do paciente e os efeitos ad- versos do medicamento; ► Anotar e comunicar ao enfermeiro sobre intercor- rências; ► Aprazar / Checar / Círculo (não dado) ► Na evolução, registrar observações quanto à: não aceitação, intolerância, sinais de intoxicação ou rea- ções alérgicas. 6 certos da Medicação: Paciente, Medicamento, Dose, Via, Hora e Registro ► Paciente → Identificar o paciente correto, conferindo com sua pulseira de identificação ou crachá seu nome comple- to, data de nascimento e nome da mãe. ► Medicamento → Conferir o medicamento com a prescrição médica → Ler atentamente o rótulo dos frascos e embalagens dos medicamentos CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 15Módulo 1 → Ficar atento ao prazo de validade, ou mudança de coloração da medicação (não administrar e comunicar enfermeira e farmácia central) → Não administrar o medicamento sem rótulo → Rotular a medicação preparada ► Dose → Conferir a dose com a prescrição médica → Efetuar cálculos para a diluição do medicamento → Colocar rótulo no frasco da medicação diluída: vo- lume da diluição, data, hora e nome do profissional que preparou → Questionar o aumento abrupto excessivo na dosa- gem → Levar em consideração as observações ou dúvidas do paciente sobre o medicamento oferecido ► Via → Certificar-se da via de administração do medica- mento, conferindo com a prescrição médica ► Horário → Seguir rigorosamente o horário prescrito do medi- camento, a fim de manter os níveis sanguíneos tera- pêuticos → Permanecer ao lado do paciente ate que ele tome o medicamento ► Registro – Documentação → Realizar o registro e checagem das medicações no prontuário do paciente, logo após administração → Evolução no prontuário do paciente deve ser acom- panhada de assinatura e carimbo com Coren Quando falamos em 9 certos de acordo com a ANVISA e COFEN (2013) acrescenta-se os itens a seguir: ► Orientação correta – orientações ao cliente quanto ao uso e possíveis efeitos ► Forma farmacêutica – apresentação: comprimi- dos/ xarope/ capsula/ ampola ► Resposta do medicamento – presença efeito dese- jado Cuidados no Preparo: ► Embalagens íntegras (os comprimidos devem ser abertos na frente do paciente sempre que possível); ► Evitar atividades paralelas; ► Higienizar a bandeja com álcool 70%; ► Rotular os medicamentos com nome completo do paciente, quarto, leito, medicação, dose, via e horário; ► Conhecer medicamento a ser administrado; ► Deixar o posto de enfermagem limpo e em ordem. Cuidados na administração: ► Não administrar medicamentos preparados com por outras pessoas; ► Conferir nome completo e data de nascimento com pulseira de identificação; ► Checar no prontuário somente após a administra- ção do medicamento; ► Registrar intercorrências; ► Aprazar, checar ou circular medicações na prescri- ção médica. Vias de administração VIAS NATURAIS – Fácil acesso, paciente ajuda, mais barato, qualquer pessoa pode administrar. ► Via Oral ► Via Sublingual ► Via Ocular ► Via Auricular ► Via Nasal ► Via Retal ► Via Vaginal ► Tópica ou Dermatológica Observação: as vias oral e sublingual, juntamente com os medicamentos administrado por sondas são considerados por via enteral. 1. Via enteral (oral, sublingual e sondas) – comprimi- dos, cápsulas, suspensão, xarope, gotas, etc. 2. Via ocular – colírios e pomadas. Terço médio do saco/bolsa conjuntival. 3. Via auricular/otológica – medicamento em tempe- ratura ambiente. 4. Via vaginal – tampão, cremes, óvulos, gel, etc. 5. Via retal – supositórios, enemas e pomadas. 6. Via nasal – soro, spray, nebulizações. 7. Tópica ou dermatológica – cremes, pomadas, géis, aerosol, spray, etc. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 16Módulo 1 Via Oral – VO ► Via preferencial para administraçãode medicações em pacientes com deglutição preservada; ► Preparar o medicamento sem tocá-lo; ► Não devem ser administrados com alimentos (lei- te, suco) somente à critério médico; ► Administrar a medicação com paciente adequada- mente posicionado (sentado ou Fowler); ► Administração do medicamento direto na boca; ► SN – macerar o medicamento e diluir para admi- nistrar; ► A via oral é contraindicada em pacientes incons- cientes, incapazes de engolir e naqueles que apresen- tam náuseas e vômitos; ► Permanecer ao lado do paciente até a deglutição da medicação. Sublingual – colocar o medicamento embaixo da lín- gua. Absorção mais rápida que por via oral. Não engo- lir. Salivar por alguns segundos para absorver melhor. São considerados VO: ► SNG – sonda nasogástrica; ► SNE – sonda nasoentérica; ► Gastrostomia; ► Jejunostomia. Cuidados com as sondas: triturar bem as medica- ções e diluir, aspirar com seringa, administrar pela sonda, após lavar a sonda com aproximadamente 20 ml de água filtrada para não obstruir as sondas. VIAS TÓPICAS ► Aplicação de medicamentos na pele (dermatológi- ca) ou na mucosa; ► Incluem-se nessa via drogas aplicadas na pele, con- juntiva (ocular), mucosa nasal, no conduto auditivo, mucosa vaginal e retal. Ocular – lubrificar a conjuntiva, higienizar, tratar processos infecciosos, dilatar a pupila. ► Procedimento asséptico; ► Para instilar a medicação ocular, o paciente é co- locado em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça estendida, solicitar que olhe para cima. Colírio: com uma mão puxar a pálpebra inferior (dedo polegar e indicador), repousar a outra mão (com o conta-gotas/frasco) sobre a região frontal do paciente e instilar as gotas no terço médio da bolsa conjuntival; Pomadas oftalmológicas: com uma das mãos pu- xar a pálpebra inferior para baixo, repousar a outra mão (com o tubo) sobre a região frontal da cabeça espremer uma pequena faixa da medicação na bolsa conjuntival da parte interna para a externa. Cortar a faixa da pomada girando o tubo; Cuidados: não permitir o contato do conta-gotas e/ ou tubo com região ocular (contaminação). A solu- ção ou pomada deve ser aplicada no saco conjuntival, nunca diretamente sobre o globo ocular. Nasal – aliviar a congestão nasal, tratamento de infla- mações nasais. ► As aplicações de medicações por via nasal incluem instilações, inalações, nebulizações, analgésicos, bron- codilatadores e fluidificar as secreções brônquicas; ► Posicionar o paciente com a cabeça bem estendida sobre um travesseiro se houver possibilidade levemen- te inclinada; ► Instilar o número de gotas conforme prescrição médica; ► Após a instilação o paciente deve permanecer na posição por alguns segundos para permitir que as go- tas entrem em contato com a superfície nasal. Otológica ou Auricular – amolecer cerume, trata- mento tópico de inflamações e infecções, administrar analgésicos. ► Consiste da aplicação de medicação no conduto auditivo; ► As gotas auditivas são instiladas com o paciente em decúbito lateral (direto/esquerdo) e com a cabeça virada para o lado apropriado; ► Após a instilação o paciente deve permanecer dei- tada sobre o lado não afetado por alguns minutos. Em adultos: tracionar o pavilhão auricular para cima e para trás. Em crianças: tracionar o pavilhão auricular para bai- xo e para trás. Retal – estimular a peristalse e a defecação, aliviar a dor, vômitos e irritação local, reduzir a febre e induzir o relaxamento. ► A aplicação de medicamentos no reto inclui o uso de analgésicos, antitérmicos, anticonvulsivantes, an- tiespasmódicos, laxativos; ► Enema: soluções a base de água, glicerina, óleo, etc. Aliviar a constipação intestinal e distensão por ga- ses, preparar o cólon para cirurgias e exames, impedir a defecação durante o ato cirúrgico; ► Posição de Sims; CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 17Módulo 1 ► Introduzir aproximadamente 10 cm da sonda retal; ► Aquecer a solução (se indicado), proteger o leito com impermeável ou fralda, é igual ao da aplicação de supositório; ► Afastar os glúteos com uma gaze, introduzir o tubo suavemente, interromper o procedimento se sinal de resistência e comunicar enfermeira; ► Para introduzir um supositório o invólucro é re- tirado e deve ser lubrificado com gel, óleo ou água morna. Colocar de forma rápida, porem suave o supo- sitório no reto; ► Realizar higiene perineal após eliminação, obser- var e registrar as características da evacuação, checar e registrar o procedimento. Vaginal – aliviar dor, tratar irritações e infecções, etc. ► Antes de administrar medicação deve-se realizar higiene perineal; ► Não utilizar antissépticos a base de álcool; ► Deixar paciente em posição confortável (posição ginecológica é melhor para administração); ► Não usar aplicador em pacientes com hímen ínte- gro. http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAA934AJ-11.jpg Vias de administração parenterais É denominada via parenteral a via través da qual são introduzidos medicamentos com o uso de agulhas; Vias: subcutânea (SC), intradérmica (ID), intramus- cular (IM), endovenosa (EV) ou intravenosa (IV). VIA INTRADÉRMICA (ID) ► Consiste na aplicação de uma injeção na derme que se localiza entre a pele e o tecido subcutâneo; ► Finalidades: administrar vacinas (BCG), realizar testes de sensibilidade/diagnóstico, teste tuberculíni- co ou prova de Mantoux; ► Doses iguais ou < que 0,5ml; ► Ângulo da agulha deve ser 15ºgraus; ► Para a aplicação correta o bisel deve estar SEM- PRE voltado para cima; ► Formação da pápula indica a aplicação no local correto. Não deve-se massagear ou friccionar após a aplicação; Procedimento: ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o paciente de forma a facilitar o acesso ao local de es- colha, fazer assepsia no local, tracionar a pele no local da aplicação e inserir a agulha com o bisel para cima paralelamente a pele (ângulo de 15º), até que seja total- mente introduzido; ► Injetar o medicamento lentamente; ► Observar a formação da pápula após administra- ção, retirar a agulha e colocar o algodão seco sem fric- cionar ou massagear o local; ► Retirar as luvas e higienizar as mãos; ► Checar e registrar o procedimento. http://1.bp.blogspot.com/-H0UiCW245Z8/VOT21-qbLMI/AAAAAAAA- AuE/r0P-7hFR_0Q/s1600/VIA%2BINTRAD%C3%89RMICA.jpg VIA SUBCUTÂNEA (SC) ► Aplicação no tecido subcutâneo, não tolera subs- tâncias irritantes (pó); ► Volume máximo de 1,5 a 2ml; ► Chamada também de hipodérmica, indicada para aplicação de drogas que não necessitam ser absorvidas rapidamente; ► Realizar rodízio de locais de aplicação para evitar: irritações, lipodistrofia (alteração que ocorre no tecido adiposo subcutâneo); ► Locais: face externa do braço, face externa e ante- rior da coxa, parede abdominal/periumbilical e flan- cos. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 18Módulo 1 Procedimento: ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o paciente, escolher o local da aplicação, se região pe- riumbilical, medir dois dedos ao redor do umbigo, hi- gienizar com algodão seco ou com sabão (se sujidade presente), realizar a prega, ângulo de 45º da agulha 13x4,5, introduzir toda a agulha e administrar toda a medicação, retirar a agulha e colocar o algodão seco e firmar por 5 segundos o algodão seco sob a picada, retirar as luvas e higienizar as mãos. Recomendações do uso da via subcutânea ► Aspiração: agulhas – 25 x 7 ou 25 x 8 ► Aplicação : agulhas – 13 x 3,8 ou 13 x 4,5 ou 10 x 5 ► Angulação: indivíduos magros (ângulo de 30º), normais (ângulo de 45º) e obesos (ângulo de 90º) http://sa.sol-m.com/wp-content/uploads/sites/2/2016/12/sol-m-subcutaneo- -fotos-02.jpg VIA INTRAMUSCULAR (IM) ► Administrar medicamentos na camada muscular; ► Volume máximo por músculo em adulto: Deltóide 3ml, Dorso Glúteo 5ml, Ventro Glúteo 4ml, Vasto La- teral da Coxa (FALC) 3ml; ► Possíveis complicações: abscessos, necrose tecidu- al, lesão de nervos, lesão de vasos sanguíneos, etc; ► Em crianças que ainda não caminham o ideal é ad- ministrar a medicação na região vasto lateral da coxa;► Devem ser considerados quando se seleciona um local para administração da injeção IM a QUANTI- DADE e CARACTERÍSTICAS da medicação a ser administrada, e CONDIÇÕES da massa muscular do cliente. Procedimento: ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o paciente, realizar antissepsia do local, firmar o múscu- lo e pinçá-lo e introduzir a agulha toda de uma vez só num ângulo de 90º; aspirar o conteúdo da seringa, in- troduzir lentamente e contínuo o medicamento, reti- rar a agulha, colocar o algodão seco com uma fita para fixar o curativo. Retirar as luvas e higienizar as mãos. Deltóide: volume máximo até 3ml. Delimitação: ar- ticulação do ombro (acrômio da escápula), 4 dedos abaixo, centro do músculo. https://slideplayer.com.br/slide/9521396/30/images/58/3.+Via+Intramuscu- lar+-+delt%C3%B3ide.jpg Região dorso glútea: volume máximo 5 ml. Delimi- tação: músculo glúteo, dividir em 4 partes, aplicar no quadrante superior externo. https://4.bp.blogspot.com/-Hru9ieqa7n4/U-Llwv4-ybI/AAAAAAAAAUs/ MzIWfFFCN9g/s1600/quadrante.jpg Região ventro glútea (Hochsteter) – volume máxi- mo 4 ml. Delimitação: perna direita – mão esquerda, perna esquerda – mão direita; dedo médio na crista ilíaca, mão espalmada aplicar entre o dedo indicador e médio. Face ântero-lateral da coxa – volume máximo 3ml. Delimitação: adultos ângulo de 90º graus, crianças 45º graus em direção ao joelho. ► Músculo vastolateral (quadríceps femural); ► Facilidade de auto aplicação; ► Cuidade com o nervo fêmuro-cutâneo. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 19Módulo 1 https://slideplayer.com.br/slide/9521396/30/images/68/3.+Via+intramuscu- lar+-Regi%C3%A3o+%C3%82ntero-lateral+da+Coxa.jpg ENDOVENOSA (EV) OU INTRAVENOSA (IV) A infusão de medicação endovenosa propor- ciona um acesso direto ao sistema circulatório para administração de fluídos e drogas a pacientes que não podem tolerar medicações orais ou que precisam da ação instantânea de drogas e finalização de adminis- tração de medicamento. (Smeltzer,2002). Vantagens: ► Ação rápida das medicações administradas por esta via; ► Se aplicam principalmente sobre as drogas que não podem ser absorvidas por outros acessos devido ao seu grande tamanho molecular ou por sua destruição pelos sucos gástricos; ► Para as drogas com propriedades irritantes que po- dem causar trauma e dor, quando administradas por acessos SC ou IM; ► Na suspensão imediata da administração da droga frente a reações adversas ou de sensibilidade; ► No controle sobre a velocidade e a diluição em que as drogas são administradas. Desvantagens: ► Interação medicamentosa; ► Execução da técnica de instalação e manutenção de acesso venoso; ► Extravasamento de drogas vesicantes; ► Flebites, infiltrações; ► Dificuldades de prevenir erros. Observações importantes para a administração via EV: ► Diluição mínima quando o paciente está em restri- ção hídrica; ► Intervalo de tempo no qual a medicação pode ser administrada com segurança; ► Tipo de solução na qual a substância pode ser di- luída; ► Velocidade de infusão e os vasos que podem tole- rar com segurança; ► Compatibilidade entre as substâncias; ► Hemoderivados devem ser administrados sozi- nhos; ► Administrar um antibiótico por vez; ► Não pode haver contaminação do sistema; ► Os materiais mais utilizados são: scalps e cateteres periféricos (abocath); ► O tamanho do abocath deve ser de acordo com o local a ser inserido, tempo de permanência da terapia EV, e das condições da rede venosa periférica; ► Locais de preferência: veias superficiais dos mem- bros superiores ou inferiores. Material necessário para punção: ► Cateter venoso no tamanho e comprimento ade- quado; ► Luvas de procedimento e garrote; ► Algodão com álcool 70% - antissepsia da pele mo- vimento 360º, conforme ANVISA 2017; ► Equipo para infusão; ► Material para fixação: curativo transparente (AN- VISA 2017), micropore (em técnica limpa), tala, gaze solução para infusão; ► Iniciar o fluxo da solução pelo cateter e avaliar si- nais de infiltração; ► Fixar o cateter e imobilizar a extremidade com uma tala (se necessário), para evitar a remoção aciden- tal do acesso; ► Identificar o local com data, hora, número do cate- ter, e nome do profissional e Coren. O local escolhido não deve interferir com a mobilidade, portanto, a fossa cubital deve ser evitada exceto como último recurso; Uma veia deve ser examinada por inspeção e palpação. Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredon- dada. Salinização: mantém o acesso permeável com SF0,9% em torno de 2 a 3 ml, a cada 6hs. Administrar em flush/bolus; Heparinização: mantém o acesso com infusão de heparina diluída preparada (9ml AD + 1ml heparina) para acesso periférico. Ou (9,8ml AD + 0,2 ml hepa- rina) para acesso central, aspirar o conteúdo antes de introduzir medicação. Cuidados importantes: ► Monitorar sinais flogísticos (dor, calor, rubor e ede- ma); CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 20Módulo 1 ► Trocar de curativo sempre que necessário ► Trocar o equipo de infusão usando técnica assépti- ca a cada 72 horas Equipamentos que auxiliam a infusão endo- venosa: equipo de macrogotas ou de microgotas (con- trole de infusão venosa), bureta (melhor controle da infusão endovenosa), dânula (torneirinha multivias), extensor de duas vias, bomba de infusão (controle ri- goroso da infusão endovenosa). Cateteres periféricos: são cateteres introduzidos em veias periféricas de fácil palpação e visualização do profissional. São cateteres curtos podendo ser agulha- dos ou flexíveis. ► Cateter agulhado: scalp (butterfly) – até 24 horas ► Cateter sobre a agulha (flexível) – abocath, jelco – até 96 horas A numeração dos cateteres são em numeração decrescente de acordo com seu calibre. http://2.bp.blogspot.com/-k-l2oJjJ24w/VL70KJ7-NqI/AAAAAAAAAhw/ TB9MTJCQhWs/s1600/SCALP.jpg https://i.ytimg.com/vi/045Q_3l-jU8/maxresdefault.jpg https://xtechfiles.s3.amazonaws.com/uploads/images/medium/38da97a2e- 49b81779e8afc276ea62e48.jpg Seringas de 1 ml graduadas em UI – cada 10 UI correspondem a 0,1 ml. Seringas de 3 ml e algumas de 5 ml – são gradua- das em 0,1ml. Seringas de 5 ml e de 10 ml – graduadas em 0,2 ml por marca. Seringas de 20 ml – graduadas em 1 ml por marca. Cateter Venoso Central – CVC: são cateteres intro- duzidos dentro de uma veia, cuja a extremidade deve- rá ficar em uma veia central, como a cava superior (em adultos e crianças) e na cava inferior (neonatologia). Geralmente inseridos através da subclávia ou jugular. Podem apresentar mais de um lúmen (1, 2, 3 ou 4 lú- mens). Tipos: ► CVC semi-implantável de curta permanência (In- tracath, Arrow) – podem permanecer por até 30 dias. ► CVC de inserção periférica de longa permanência (PICC) – pode permanecer por até 1 ano. ► CVCT semi-implantável de longa permanência tu- nelizados (Broviac, Hickman e Permcath) – uso de 6 a 8 meses, indicado para hemodiálise, coleta de células para transplante de medula óssea, infusão de hemode- rivados e etc. ► CVC totalmente implantável (Port-a-cath) – uso varia de 3 a 5 anos. Soluções de via endovenosa Solução Isotônica: é aquela que possui osmolaridade entre 240 a 340 mOsm/L ou seja, semelhante ao san- gue (ex: SG 5%, SF 0,9% e Ringer Latato). Solução Hipertônica: osmolaridade maior que 340 mOsm/L. Promove a retirada de líquidos das células e meio intersticial para o meio intravascular. (ex: SG 10%, SG20%, glicose 50% e albumina 25%). CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 21Módulo 1 Solução Hipotônica: osmolaridade menor que 240 mOsm/L. Estas Soluções deslocam o líquido para fora do compartimento intravascular (ex: AD, que a osmolari- dade é zero, glicose a 2,5%, cloreto de sódio a 0,45%). Soro Glicosado: composto por água e glicose. So- lução isotônica. Apresentação em frascos ou bolsas flexíveis de 50ml, 100ml, 250ml, 500ml, ou 1000ml, com concentrações de 5%, 10%, 15%, etc). O SG 5% é o mais utilizado. Pode ser acrescido de eletrólitos ou como diluente para medicações. Atenção as incompa- tibilidades (aparecimentode cristais ou interferência na estabilidade). Contraindicação: infusão concomi- tante com hemoderivados, pois causa hemólise. Soro Fisiológico: composto por água e cloreto de sódio (NaCl) ou sal. Solução isotônica. Apresentação em frascos ou bolsas flexíveis de 50ml, 100ml, 250ml, 500ml ou 1000ml. O SF 0,9% é mais utilizado para diluir medicamentos. Única solução que pode ser in- fundida concomitante com hemoderivados. Infusões continuas poderão causar hipernatremia, hipocale- mia, acidose e sobrecarga circulatória. Soro Glicofisiológico ou Solução de glicose e clo- reto de sódio (SGF): Soro combinado (composto por água, glicose e cloreto de sódio). Prescrito geralmen- te quando o paciente tem perda excessiva de fluídos através de sudorese, vômitos ou drenagem gástrica. Também como tratamento temporário de insuficiên- cia circulatória e choque hipovolêmico, na ausência de plasma, e, é utilizado como tratamento inicial para queimaduras (associado a plasma e albumina). Solução Ringer: solução semelhante ao SF, porém, repõe fluídos e eletrólitos de maneira mais eficiente. Utilizada no tratamento da desidratação. Quando as- sociado ao lactato se transforma em Ringer lactato. Este por conter menos sódio, cálcio e cloreto é indi- cado nos casos de choque grave ou insuficiência car- díaca. Dextran: solução colóide, composta por proteínas ou moléculas que não atravessam as membranas semiper- meáveis, permanecendo no espaço vascular. Apresen- tações de Dextran 70 e Dextran 40, apenas. Previne e trata choque relacionado a traumas, cirurgias, quei- maduras ou hemorragias. Atentar as reações de hiper- sensibilidade como anafilaxia, risco de sangramento e hipervolemia. Pacientes com distúrbio de coagula- ção, ICC e Insufiência renal não poderão receber esta solução. Cuidado de enfermagem básico na infusão: monitorar pulso, PA e débito urinário a cada 5 a 15 minutos, na primeira hora de infusão e manter moni- toramento de hora em hora após. Albumina: solução colóide, porém considerado ex- pansor plasmático natural, preparado através de plas- ma doado. Apresentações de 5%, 20% e 25%. Utili- zada para tratar e prevenir choque hipovolêmico por perdas súbitas de sangue, fornecer proteínas em caso de hipoproteinemia e eritroblastose fetal. Atentar para reações de hipersensibilidades: alérgicas, urticárias, calafrios, hiperemia, febre e cefaleia, sobrecarga circu- latória e edema pulmonar. Manitol: encontrado em concentrações de 3%, 10% e 20%. Estimula a diurese na IRA oligúrica, promo- ve excreção de toxinas do organismo, reduz pressão intraocular, trata HIC e edema cerebral. Atenção: em caso de extravasamento pode causar irritação da pele e necrose tecidual. Soroterapia Introduzir líquidos no organismo para corri- gir ou prevenir os distúrbios eletrolíticos em pacien- tes. É a introdução de líquidos através da via paren- teral IV. A velocidade de infusão e o tipo de solução dependem das necessidades hídricas de cada cliente e são determinados pela prescrição médica. Os pro- cedimentos de enfermagem vão desde o preparo até o acompanhamento da aplicação do medicamento, sempre seguindo a prescrição e orientação da equipe médica responsável. Cuidados: ► Verificar aspecto da solução (validade, partículas, vazamento, rachaduras); ► O equipo deverá ser datado com turno atrás da roldana (validade do sistema 72hs – uso exclusivo para mesmo medicamento); ► Após romper o lacre e somente fazer antissepsia se houver contaminação. Procedimento: ► Higienizar as mãos; ► Higienizar a bandeja; ► Ler a prescrição; ► Separar o material para o preparo (soro, rótulo de soro, equipo e luvas); ► Preencher o rótulo do soro e fiar na parte de trás do mesmo; ► Abrir o pacote do equipo, colocar o controlador próximo ao visualizador e clampear; ► Quebrar o lacre do soro e perfurar a borracha; ► Preencher o controlador com soro; CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 22Módulo 1 ► Abrir o clamp para preencher o equipe; ► Colocar na bandeja o soro pronto para levar ao paciente; ► Higienizar as mãos; ► Aprazar a prescrição; ► Ir ao paciente e explicar o procedimento; ► Higienizar as mãos calçar as luvas; ► Realizar desinfecção da dânula; ► Conectar o equipo no acesso venoso; ► Abrir o clamp e controlar o gotejo prescrito; ► Retirar as luvas e higienizar as mãos; ► Deixar o paciente confortável; ► Desprezar material no posto de enfermagem; ► Higienizar as mãos; ► Realizar checagem e evolução no prontuário do paciente. Aspiração de vias aéreas superiores -AVAS É a retirada de secreção nasofaríngea através da introdução de uma sonda de aspiração. Material: ► EPI’s: máscara, ósculos de proteção, e luvas de pro- cedimento; ► Frasco de aspiração; ► Sonda estéril de aspiração; ► Extensor; ► Ar comprimido ou oxigênio; ► Frasco de água destilada ou SF 0,9%. Procedimento: ► Higienizar as mãos; ► Reunir o material no posto de enfermagem; ► Aprazar no prontuário o procedimento; ► Ir até o quarto do paciente; ► Higienizar as mãos, explicar o procedimento; ► Conectar o frasco de aspiração ao vácuo (parede ou torpedo); ► Conectar o extensor no frasco e a outra extremida- de deixar dentro da embalagem; ► Colocar EPI’s; ► Realizar a medida da sonda (do lóbulo da orelha a ponta do nariz) sem retirar a sonda toda da embala- gem – evitar contaminação; ► Conectar sonda na outra ponta do extensor; ► Abrir o vácuo; ► Introduzir a sonda de aspiração clampeada; ► Desclampear a sonda retirando em movimentos giratórios, tracionando-a para fora; ► Repetir quantas vezes forem necessárias; ► Realizar aspiração nasal primeiro (do menos para o mais contaminado); ► Depois realizar aspiração oral; ► De uma narina para outra e das narinas para a boca lavar o sistema com AD ou SF0,0%; ► Desconectar e desprezar a sonda de aspiração,a luva no lixo contaminado (branco); ► Manter o vácuo aberto ao término da aspiração, lavar até total limpeza do circuito; ► Retirar as luvas, higienizar as mãos; ► Recolher material na bandeja e retornar ao posto de enfermagem; ► Desprezar demais materiais nos seus lixos corres- pondentes, higienizar as mãos; ► Checar e evoluir no prontuário do paciente, quan- tidade, aspecto, odor e consistência da secreção aspi- rada; ► Lavar o frasco de aspiração no expurgo. Medidas de conforto e segurança Estar atento ao bem estar: Psicológico, Físico e Es- piritual. PARA DIMINUIR DESCONFORTOS: diminuir iluminação no quarto do paciente, travesseiros, col- chão piramidal, luvas de procedimentos com água morna, etc. MEDIDAS DE SEGURANÇA: refere-se à segu- rança do paciente, seguindo as metas de segurança, são elas: Identificação correta dos pacientes, Comu- nicação Efetiva, Melhorar a Segurança dos Medica- mentos de Alta Vigilância, Cirurgia Segura, Higiene de Mãos, Prevenção de danos decorrentes de quedas, prevenção de Lesão por Pressão. RESTRIÇÃO OU CONTENÇÃO: ► Indicação: evitar quedas, imobilizações, evitar reti- rada de acessos,sondas, drenos, etc; ► Meios: lençol, ataduras, talas, compressas, etc. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 23Módulo 1 POSIÇÕES: ► Ortostática ou ereta – paciente permanece em pé. Utilizada para exames neurológicos e anormalidades ortopédicas. ► Supina, horizontal ou dorsal – região frontal para cima. Utilizada para exames, cirurgias de tórax e abdômen. ► Decúbito lateral esquerdo ou direito – paciente fica lateralizado. Indicado em cirurgias renais, massagem nas cotas, mudança de decúbito. ► SIMS – é o decúbito lateralizado co flexão dos MsIs. Utilizado para lavagem intestinal, exames e to- que. ► Decúbito prona ou ventral – posição do corpo de quem está deitado, num plano horizontal, com o ab- dômen para baixo, com a cabeça virada para um dos lados. Utilizado para cirurgia de coluna, hérnia de dis- co. ► Fowler – é uma posição semi- sentada (45º). Uti- lizada em distúrbios respiratórios, pós operatórios de cabeça, pescoço e cardíacas, alimentação oral ou por sonda. ► Trendelemburg – é o decúbito dorsal, com os MsIs acima do nível da cabeça. Utilizada parafacilitar re- torno venoso, pós-operatório de cirurgia de varizes e redução do edema e hipotensão. ► Genupeitoral – é o ajoelhamento com o peito des- cansando na cama. Posição usada para exames ou ci- rurgias vaginais e retais. ► Ginecológica – é a posição dorsal, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. Utilizada para sondagem vesical, exames vaginais e retal. ► Litotomina – decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma das outras e flexionadas sobre o abdô- men. Posição usada para parto, toque, curetagem. http://4.bp.blogspot.com/-oyQP3rs5ncs/Viw__WdhIKI/AAAAAAAA- AOo/-L790ear1xc/s1600/ereta.jpg https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000043-7fedd80e7d/De- c%C3%BAbito%20dorsal.jpg http://4.bp.blogspot.com/t40yJodiHoY/VQCdQNs65iI/AAAAAAAABgc/ uX5RUGA0I4/s1600/Dec%C3%BAbito%2Bventral.jpg https://www.mundoestetica.com.br/wp-content/uploads/2018/01/decubito2. jpg http://4.bp.blogspot.com/iFpcpEWsb6I/VQCdRJ1Ru3I/AAAAAAAAB- g4/_1g8fOxYO4s/s1600/posi%C3%A7%C3%A3o%2Bde%2Bfowler.jpg https://www.auladeanatomia.com/generalidades/trendelemburg.jpg?x73193 http://1.bp.blogspot.com/RgJdXsNvr8A/VQCdRfZmQ2I/AAAAAA- AABg8/ygJS3WyQmMc/s1600/posi%C3%A7%C3%A3o%2Bde%2B- sims%2Bou%2Bdec%C3%BAbito%2Blateral.jpg CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 24Módulo 1 http://www.enfermagempiaui.com.br/imagens/litotomia.jpg https://doulaketib.files.wordpress.com/2017/04/posturas_parto_litotomia- -e1451532309185.jpg?w=652 http://www.enfermagempiaui.com.br/imagens/genupeitoral.jpg SINAIS VITAIS Sinais Vitais (SV) são indicativos do funciona- mento do organismo. ► Temperatura (Tax); ► Respiração ou Frequência Respiratória (R ou FR); ► Pulso ou Frequência Cardíaca (P ou FC); ► Pressão Arterial ou Tensão Arterial (PA ou TA); ► DOR. Na realização da verificação dos SV devemos obedecer esta ordem acima, pois o termômetro deverá ficar em contato com a pele do paciente por um pe- ríodo maior e podemos verificar os demais sinais en- quanto aguardamos. A verificação da respiração não deve ser informada ao paciente, pois o mesmo pode trancar a respiração, ou alterá-la conscientemente. Por isso, indicamos que faça uma “falsa” verificação do pulso (colocar em posição de verificação do pulso ao verificar primeiro a respiração). Sempre deixamos a verificação da pressão arterial por último, pois ao in- suflar o manguito podemos provocar dor que elevará o pulso e respiração. A dor é o único sinal que pode ser verificado antes ou após, pois este sinal é verbali- zado pelo cliente. CONDIÇÕES QUE ALTERAM SINAIS VI- TAIS – FALSA INTERPRETAÇÃO: Pessoais: exercícios, tensão, alimentação, medica- mentos; Ambientais: temperaturas e umidade; Equipamentos: inapropriados, mal calibrados ou até mesmo falta de equipamentos. Principais Medidas para Verificação dos Sinais Vitais: ► Acomodar o paciente confortavelmente, tendo cui- dado para não agitá-lo; ► Explicar o procedimento ao paciente; ► Contar as frequências Cardíacas e Respiratórias SEMPRE em 1 minuto; ► Quando constatar valores fora dos limites normais, comunicar imediatamente o Enfermeiro ou o Médico; ► Em caso de dificuldade na verificação exata dos si- nais vitais ou julgar necessário uma segunda opinião, chamar o Enfermeiro; ► Os sinais vitais são evoluídos em folhas específicas; ► Devem ser registrados de maneira clara, completa e sem rasuras ou uso de corretivos. Temperatura Corporal A temperatura corporal consiste na diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade perdida pelo ambiente exter- no. É ou pode ser influenciada pelos meios químicos, físicos e sistema nervoso (hipotálamo). Alguns fatores modificam ou afetam a temperatura corpórea como: idade, emoções, temperatura do ambiente, vestuário, alimentação, exercícios físicos, ritmo cardíaco, tempo de verificação e características pessoais. A temperatu- ra corporal pode ser mensurada em vários locais do organismo como: boca, axila e reto mas a região axilar é a mais usada para mensuração, pois apresenta menor risco de transmissão de micro-organismos sendo que a média esperada por esta via é de 36,4ºC. Locais de verificação: boca, axila, reto e região in- guinal. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 25Módulo 1 Padrões: ► Axilar/Inguinal – 35,5ºC a 37,0ºC; ► Bucal – 36,0ºC a 37,4ºC; ► Retal – 36,0ºC a 37,5ºC; TEMPERATURA AXILAR CONTRA INDI- CADA ► Queimaduras de tórax; ► Furúnculos axilares; ► Fraturas de membros superiores. TEMPERATURA ORAL CONTRA INDICADA ► Paciente inconsciente; ► Desorientado ou propenso a convulsões; ► RN, idosos e/ou pacientes graves; ► Pacientes submetidos a cirurgia de boca; ► Extrações dentárias; ► Inflamação orofaríngea. TEMPERATURA RETAL CONTRA INDICADA ► Pacientes com diarreia; ► Cirurgias e ferimentos retais; ► Pacientes após infarto do miocárdio, pois estimula o nervo vago; ► É considerada a temperatura mais precisa. NOMENCLATURA DE TEMPERATURA AXILAR ► Hipotermia/Hipopirexia: abaixo de 36ºC. ► Normotermia/Afebril/Apirético: entre 36ºC e 37ºC. ► Febrícula/Pico febril: entre 37,1ºC e 37,5ºC. ► Febre/Pirexia: entre 37,5ºC e 39,9ºC. ► Hipertermia/Hiperpirexia: acima de 40ºC. SINAIS DE FEBRE: Temperatura corporal eleva- da, FC elevada, FR elevada, faces rubras, extremida- des frias, tremores, prostração e olhos vermelhos. SINTOMAS DE FEBRE: Sensação de frio, sede, cansaço, dor no corpo e dor de cabeça. Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi- pertermia: ► Objetivo da assistência é a redução da temperatura corporal; ► Promover repouso do paciente; ► Manter o cliente hidratado; ► Alívio de roupas; ► Manter o ambiente arejado; ► Aplicar compressas com água morna ou banho morno; ► Oferecer alimentação simples e eleve e/ou confor- me prescrição médica. HIPOTERMIA: é mais perigosa que a febre, pois pode causar diminuição da sensibilidade, fraqueza muscular, sonolência, inibição cardiorrespiratória e óbito. Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi- potermia: ► Objetivo da assistência é promover o aumento da temperatura corporal; ► Utilizar mantas térmicas, cobertores; ► Oferecer alimentos, líquidos mornos (caldos, chás...); ► Administrar soro fisiológico aquecidos. RESPIRAÇÃO OU FREQUÊNCIA RESPI- RATÓRIA A respiração é o conjunto de 2 movimentos normais dos pulmões e músculos do tórax: inspiração e expiração. Fatores que alteram a respiração: exercí- cios, hábito de fumar, medicamentos e fatores emo- cionais. ► Frequência – movimentos respiratórios por minu- to; ► Caráter/amplitude – superficial ou profunda; ► Ritmo – regular ou irregular; ► Sinais de comprometimento respiratório – cianose, inquietação, dispnéia, sons respiratórios anormais, ti- ragens (furcular, subcostal e intercostal), batimento de asa de nariz, etc. NOMENCLATURA DE FREQUÊNCIA RES- PIRATÓRIA ► EUPNEIA: respiração normal; ► DISPNEIA: dificuldade para respirar; ► ORTOPNEIA: respiração facilitada na posição vertical; ► TAQUIPNEIA: respiração rápida; ► BRADIPNEIA: respiração lenta; ► APNEIA: ausência de respiração. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 26Módulo 1 Faixa etária Valores de Referência Idosos 14 a 18mrpm Adultos 16 a 20 mrpm Crianças 20 a 26 mrpm Lactentes 30 a 60 mrpm Pulso ou frequência cardíaca Pulso: é o impulso exercido pela expansão e relaxa- mento das artérias, resultantes dos batimentos cardí- acos. Frequência Cardíaca: é o número de batimentos cardíacos num espaço de tempo, medidas em bati- mentos por minuto. PULSAÇÃO OU BATIDAS DO CORAÇÃO Impulsionando o sangue pelas artérias, e que podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos dedos em locai estratégicos do corpo. As pulsações devem ser contadas durante 1 minuto, devemos EVI- TAR multiplicar 15 segundos por 4 ou 30 segundos por 2, para poder avaliar possíveis arritmias ou outras alterações. Artérias onde verificamos pulso: ► Artéria radial (pulso); ► Braquial (fossa cubital); ► Pediosas (pés); ► Carótidas (pescoço); ► Femurais (inguinal); ► Tibial posterior (tornozelos);► Temporal (face – têmporas); ► Poplítea (joelhos); ► Apical (auscula cardíaca). FATORES QUE INFLUENCIAM A FREQU- ÊNCIA CARDÍACA ► Idade; ► Ritmo cotidiano: manhã, final do dia; ► Gênero: mulheres 7 a 8 batimentos a mais por mi- nuto; ► Composição física: pessoas altas apresentam frequ- ência mais lenta; ► Exercício: exercícios de curta duração aumentam a frequência; ► Febre, calor: aumentam frequência cardíaca devido ao ritmo metabólico; ► Dor: aumenta frequência cardíaca devido à estimu- lação simpática, ► Drogas: podem acelerar ou desacelerar a taxa de contrações cardíacas. ATENÇÃO: para encontrar o pulso utilize a ponta do dedo do indicador e o dedo médio – JAMAIS O POLEGAR. PULSO – AVALIAÇÃO = Número de batimentos por minuto Padrão adulto = 60 a 80 bpm Amplitude: normal/cheio (fácil palpação) ou fio/fili- forme (difícil palpação). Ritmo: os intervalos entre as batidas podem ser: RE- GULAR (rítmico) ou IRREGULAR (arrítmico). NOMENCLATURA E FREQUÊNCIA CAR- DÍACA: ► Normocardia: frequência normal; ► Bradicardia: frequência abaixo do normal; ► Taquicardia: frequência acima do normal; ► Rítmico: batidas compassadas; ► Arrítmico: batidas descompassadas; ► Filiforme: pulso fraco e fino; ► Cheio: normal. HOMEM → 60 – 70 bpm MULHER → 65 – 80 bpm CRIANÇA → 110 – 125 bpm LACTANTE → 115 – 130 bpm RECÉM NASCIDOS → 120 – 160 bpm Pressão arterial (PA) ou tensão arterial (TA) Força do sangue contra as paredes das arté- rias. ► Pressão máxima ou Sistólica: contração dos ventrí- culos. Pressão causada pela contração cardíaca; ► Pressão mínima ou Diastólica: relaxamento dos ventrículos. Resistência oferecida pelos vasos à pres- são do sangue circulante. ► A diferença entre a mínima e a máxima deve ser de 40 a 50 mmHg; ► Quando as pressões sistólica e diastólica se aproxi- mam chama-se TA Convergente; ► Quando elas se afastam chamamos de TA Divergente. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 27Módulo 1 FATORES DE VARIAÇÃO: ► Idade; ► Sexo; ► Posição do paciente; ► Atividade física; ► Digestão; ► Emoções; ► Banho quente; ► Sono; ► Manguito inapropriado; ► Drogas; ► Nível da extremidade (altura em relação ao cora- ção); ► Local da verificação (a PA dos membros inferiores é em média 20 mmHg maior do que a dos membros superiores). A PA casual pode ser verificada a qualquer hora do dia. O paciente deve estar acomodado, senta- do ou deitado. Deve esperar pelo menos 5 minutos se tiver caminhado ou feito esforço físico. Bebidas como café e chá, assim como o fumo, alteram a PA. Pressão Arterial Média (PAM) é a média da pressão arterial durante todo o ciclo cardíaco. Existem 2 tipos: PAM invasiva (através do cateter de swanganz) e PAM não invasiva (realizado um cálculo cm valores da verifica- ção tradicional). https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/medir-pressao.jpg MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO Estetoscópio: aparelho utilizado para ampliar os sons cardíacos e os sons dos pulmões. Partes: 1. Olivas: adaptação no meato auditivo, criar um siste- ma fechado entre o ouvido e o aparelho. 2. Binaurais – armação metálica: comunicação dos au- riculares com o sistema flexível de borracha. 3. Tubo de condução. 4. Campânula: 2,5 cm é mais sensível aos sons de me- nor frequência. 5. Diafragma: membrana semirrígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm, utilizado para ausculta geral. Esfigmomanômetro: equipamento padrão usado para mensurar a pressão sanguínea. Partes: 1. Manguito: o tamanho do aparelho depende da cir- cunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%. Manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsa- mente elevadas. Assim como manguitos frouxos ou largos podem fornecer leituras falsas. 2. Tubos de borracha 3. Pera/válvula SONS DE KOROTKOFF 1º TUM – Pressão Sistólica Último Tum – Pressão Diastólica NOMENCLATURA DE PRESSÃO ARTERIAL: ► Normotensão: PA normal; ► Hipertensão: PA elevada; ► Hipotensão: redução anormal da PA; ► Hipotensão ortostática (postural): da posição dei- tado ou sentado para posição em pé. VALORES DE PA CONFORME SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (SBH) Classificação Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130 - 139 85 - 89 Hipertensão Estágio 1 (leve) 140 - 159 90 - 99 Estágio 2 (moderada) 160 - 179 100 - 109 Estágio 3 (grave) ≥180 ≥110 Sistólica Isolada ≥140 < 90 CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 28Módulo 1 SBH indica que: devemos registrar a pressão arterial do membro de maior valor aferido. AFERIÇÃO DA P.A. ► Higienizar as mãos, reunir o material; ► Localizar o pulso braquial (local onde ficará o dia- fragma do estetoscópio); ► Palpar o pulso radial; ► Fechar a válvula do esfigmomanômetro, insuflar o manguito apertando a “pera” até o desaparecimento do pulso e acrescentar 30 mmHg; ► Colocar o estetoscópio; ► Abrir a válvula lentamente liberando ar até ouvir o som da primeira batida – pressão sistólica ou máxima; ► Ouvir até o ruído parar ou abafar o som – pressão diastólica ou mínima; ► Após, desinflar completamente o manguito; ► Retirar o manguito do paciente; ► Higienizar as mãos e registrar no prontuário. DOR – 5º Sinal Vital A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável. Associada a uma lesão tecidual real. A dor é sempre SUBJETIVA e pode ser avaliada através de escalas padronizadas. É uma das principais causas de internações hospitalares. Prevenção da Dor: ► Minimizar as agressões (procedimentos); ► Manipulação mínima; ► Racionalizar manipulação, preservando períodos livres para o sono; ► Diminuir a luz no quarto do paciente; ► Diminuir ruídos. Por que tratar a dor: ► Aliviar o stress gerado por ela; ► Proporcionar conforto e recuperação do cliente; ► Tornar o ambiente mais humanizado e menos es- tressante para os pacientes e seus familiares; ► Proporcionar satisfação do cliente e familiares. Saturação de oxigênio (Sat O2) A saturação de oxigênio não é considerada um sinal vital. É utilizado para avaliar o sistema cardior- respiratório. É a quantidade total de O2 no sangue. O valor esperado para crianças normais é de no mínimo 94% e adultos 97%. A oximetria de pulso é o método não invasivo para mensuração da saturação de oxigê- nio verificada através de um oxímetro/saturômetro. Cuidados de Enfermagem na verificação da Sa- turação: ► Locais de aferição: mãos, pés, dedos e lóbulo da orelha (fique atento a remoção de esmaltes que impe- dem a leitura do oxímetro); ► Observar a temperatura do local da aferição; ► Realizar a mudança do sensor 1x ao turno; ► Higienizar o aparelho com álcool 70%; ► Ficar atento a parâmetros fora dos limites padrões. Verifique com seus colegas os sinais vitais e re- gistre na planilha abaixo: Data: __/__/__ Nome:________________________________ Tax: _________________________________ FR:__________________________________ FC:__________________________________ PA: _________________________________ DOR:_______________________________ OBS.: _______________________________ Data: __/__/__ Nome:________________________________ Tax: _________________________________ FR:__________________________________ FC:__________________________________ PA: _________________________________ CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 29Módulo 1 DOR:_______________________________ OBS.: _______________________________ Data: __/__/__ Nome:________________________________ Tax: _________________________________ FR:__________________________________ FC:__________________________________ PA: _________________________________ DOR:_______________________________ OBS.: _______________________________ Data: __/__/__ Nome:________________________________ Tax: _________________________________ FR:__________________________________ FC:__________________________________ PA: _________________________________ DOR:_______________________________ OBS.:
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