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BREVE RESUMO PRINCIPAIS TÓPICOS DE LYRA FILHO

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BREVE RESUMO PRINCIPAIS TÓPICOS DE 
LYRA FILHO.
Em “O que é Direito”, o autor questiona o leitor sobre os principais modelos de Ideologia Jurídica, subdividindo-a em Direito Natural (Jusnaturalismo) e Direito Positivo (Positivismo). Citando Miguel Reale e Hans Welzel, Lyra Filho mostra as características que fazem destes autores defensores do positivismo e do jusnaturalismo, respectivamente. Entretanto, Reale recusa tal classificação como positivista, mesmo acreditando que é na ordem onde se encontra a raiz de toda a elaboração jurídica. Welzel também recusa a classificação dada por Lyra Filho como um jusnaturalista, mesmo seus ideais atingindo princípios fixos, inalteráveis, anteriores e superiores às leis.
Ao aprofundarmos nossos estudos na busca pelo real sentido do Direito em Roberto Lyra Filho, nos deparamos com a caracterização do positivismo como um mecanismo de redução do direito através da ordem estabelecida por um sistema de normas. Assim, o positivismo encontra-se, historicamente, em três estruturas fixas: legalista, sociologista e psicologista. Todas estas formas exploram a ideia do Direito em uma atividade construtora circular, pois a partir do legalismo giram por diversos graus para chegar ao mesmo ponto de partida, a lei e o Estado.
O positivismo legalista volta-se única e exclusivamente para a lei, dando a esta total superioridade normativa e social, onde se torna impossível invocar um costume contra a ordem social estabelecida.
O positivismo sociologista, também chamado por Lyra Filho como positivismo historicista, tem suas intenções ligadas às formações jurídicas antecedentes à lei, onde tais antecedentes são normas jurídicas não escritas, mas admitidas como produto espontâneo do “Espírito do Povo”. Logo, atribui ao povo os principais costumes.
Por fim, a obra nos revela o positivismo psicologista, segundo o  qual o Direito possui liberdade suficiente, dentro dos limites da ordem, para buscar seu real sentido na sociedade. Para a corrente psicologista, o Direito torna-se mais rápido e realista à medida que busca sua essência através de uma transferência de foco, passando da visão exterior da sociedade para a concentração principiológica do homem. Assim, chegamos à definição de essência do  Direito como ordem e instrumentos de controle social.
Em uma relação contrária ao Positivismo, Lyra Filho cita o Jusnaturalismo (ou Direito natural), também subdividido em três formas: cosmológico, teológico e antropológico. O Direito Natural sempre permite lacunas para “concretizações”, em que os preceitos atribuídos à natureza, a Deus ou ao próprio homem, tendem a conciliar o padrão absoluto e as leis vigentes. O jusnaturalismo, ainda quando aplicado na individualização e na particularização do sujeito, tende a confundir-se com o direito positivo do Estado.
O Jusnaturalismo Cosmológico surge da natureza, do universo e do cosmo. O homem obedece, assim, às leis divinas do tempo e do espaço. Empregado na Idade Média e no período feudal, Lyra Filho explica o Jusnaturalismo Teológico como forma ativa natural onde Deus é o agente político situacionista. Para concluir, o Jusnaturalismo antropológico defende que o homem extrai seus princípios individuais e sociais da sua razão e inteligência. Logo, entendemos que da corrente genérica do Jusnaturalismo acoplada ao caráter normativo do Positivismo surge a Sociologia Jurídica, objeto de estudo de Lyra Filho em seus capítulos finais da obra “O que é Direito”.

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