Principios Norteadores do CC 02

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Centro Educacional Serra dos Órgãos
Curso: Direito
Período: 2º
Disciplina: Teoria Geral do Direito Civil I
Professor: Marcos Rocha
Alunos:
Matheus Machado Lima Matrícula: 01022582
Rafaela do Canto Lourenço de Abreu Matrícula: 01022505
Tema: Princípios norteadores do Código Civil de 2002
	
1: Caracterize cada um dos três princípios norteadores do Código Civil de 2002, informando os artigos (dois de cada princípio) onde eles se aplicam.
Os princípios básicos do Código Civil de 2002 são os da socialidade, eticidade e operabilidade. 
O principio da socialidade busca a preservação do sentido de coletividade sobre os individuais sem a perda do valor fundamental da pessoa humana. O sentido social é uma das características mais marcantes estando em contraste ao sentido individualista, dando destaque a revisão dos direitos e deveres dos cinco mais importantes personagens do direito privado para Miguel Reale: o proprietário, o contratante, o empresário, o pai de família e o testado. Sendo assim, os valores foram positivados no prestigio à função social no art. 421 do Código Civil: 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
E o art. 1.239 do Código Civil:
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
O princípio da eticidade se tem como o valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores no ordenamento jurídico priorizando a equidade, a boa-fé, a justa causa e os demais critérios éticos conferindo ao juiz maior poder de encontrar a solução mais justa ou equitativa. Sendo assim, os valores foram positivados no prestigio a função ética no art. 113 do Código Civil:
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração
E no art. 422 do Código Civil:
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
O princípio da operabilidade por fim, trás a consideração de que o Direito Civil é feito para ser efetivado e por isso, afastou complexidades e perplexidades. No bojo deste princípio está implícito a concretitude que seria a obrigação do legislador de não legislar em abstrato, e sim, legislar para o indivíduo situado. Sendo assim, exemplos positivados de operabilidade encontra-se nos critérios de prescrição e decadência previsto nos art. 205 e art. 207 do Código Civil:
Art. 205 do Código Civil:
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
E art. 207 do Código Civil:
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplica à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
2: Qual a importância dos mesmo no Código Civil de 2002?
Tendo como objeto do direito civil a tutela da personalidade humana, disciplinando a personalidade jurídica, a família, o patrimônio e sua transmissão, pode-se afirmar que é fundamental a consideração dos princípios norteadores do Direito civil, para que em sua aplicação não se despoje das considerações coletivas da sociedade, de valores éticos e a real efetividade através da operação do Direito Civil. 
Na formulação do novo Código Civil tais princípios tiveram principal importância na disposição de preservar, no que fosse possível, e no aspecto geral, a estrutura e as disposições do Código de 1916, mas reformulando-o, no âmbito especial, com base nos valores éticos e sociais revelados pela experiência legislativa e jurisprudencial. Procurou atualizar a técnica deste último, que em muitos pontos foi superado pelos progressos da Ciência Jurídica, bem como afastar-se das concepções individualistas que nortearam esse diploma para seguir orientação compatível com a socialização do direito contemporâneo, sem se descuidar do valor fundamental da pessoa humana.
Bibliografia
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol 1, Saraiva, 2008.
GAGLIANO, Pablo Stole; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo curso de direito civil: Parte geral. Vol 1, Saraiva 2006.