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Atividade Avalição 3 Semana Teoria Do Curriculo

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
ANTÔNIO LUIZ ANTUNES 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade para Avaliação – Semana 3 
TEORIA DO CURRÍCULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Andradina – São Paulo 
2018 
1 
 
 
 
 
ANTÔNIO LUIZ ANTUNES 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade para Avaliação – Semana 3 
Teoria do Currículo 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho desenvolvido para a 
disciplina “Teoria do Currículo”, 
do curso de Licenciatura em Pedagogia 
da Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Andradina – São Paulo 
2018 
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Atividade para avaliação - Semana 3 
TEORIA DO CURRÍCULO 
Descreva o cenário e os elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas 
do currículo. 
R: A partir da década de 1960, intensos debates, protestos e reivindicações 
surgiram em diversos países ocidentais, realizados por movimentos sociais e 
culturais em prol de melhores condições de vida e garantia dos direitos da 
população. 
Foi nesse contexto que apareceram produções que questionavam a estrutura 
e as teorias educacionais tradicionais, sendo que em cada país ou região 
predominou a contribuição de determinado representante ou grupo de 
representantes. Na Inglaterra, por exemplo, destacaram-se os estudos de Michael 
Young; no Brasil, as produções de Paulo Freire; e na França, as contribuições de 
Althusser, Bourdieu, Passeron, Baudelot e Establet. 
As teorias críticas do currículo se opõem aos fundamentos das teorias 
tradicionais, sendo que a questão do poder é que as caracterizam antagônicas. 
Enquanto as teorias tradicionais defendem a aceitação, a adaptação e a 
manutenção da estrutura e das condições sociais vigentes, as teorias críticas 
defendem a transformação social. 
Para as teorias críticas, o currículo não é neutro, tampouco desinteressado. 
Ele é utilizado pela escola para transmitir e validar as crenças e os conhecimentos 
das classes dominantes, a fim de contribuir para a manutenção e a reprodução da 
sociedade capitalista, convencendo de que esta é a adequada e necessária. 
Para as teorias críticas, o currículo é político e resultado de um processo de 
construção histórica e social. Segundo Silva (2010, p.150), “o currículo é lugar, 
espaço, território. O currículo é relação de poder. O Currículo é trajetória, viagem, 
percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum Vitae: no currículo se 
forja nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é 
documento de identidade”. 
É necessário pontuarmos que as teorias críticas são constituídas por pelo 
menos três teorizações as quais de maneira geral, são convergentes e concordam 
com os mesmos pressupostos, dialogam e fornecem elementos para o 
desenvolvimento uma da outra, mas também possuem suas diferenças e 
especificidades teóricas. 
São elas: as teorizações críticas mais gerais, especialmente advindas do 
campo da sociologia e da filosofia, representadas por Althusser, Bourdieu, Passeron, 
baudelot, Establet, Bowles e Gintis; as teorizações centradas em questões 
curriculares, representadas pelos adventos denominados nova sociologia da 
educação e movimento de reconceptualização da teoria curricular e pelas 
contribuições de Michael Apple e Henri Girox; e as teorias críticas gerais da 
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educação, que influenciaram as discussões sobre currículo, nas quais se destacam 
as produções de Paulo Freire. 
Giroux e Paulo Freire vislumbram a possibilidade de emancipação e de 
libertação dos sujeitos de suas condições de dominação por meio da educação 
escolar e de um currículo que considerem as tradições culturais e epistemológicas 
das classes dominadas e não apenas das classes dominantes. 
Com base nas contribuições desses teóricos, a educação escolar passou a 
compreender o currículo como o elemento estruturante da instituição escolar, o qual 
propõe conhecimentos e experiências de aprendizagem relacionados diretamente à 
situação existencial do estudante e que oportunizem a formação integral destes, ou 
seja, a formação de sujeito autônomo, crítico e criativo, que tenha condições de 
analisar, interpretar e interferir na realidade que vive. 
Assim, a seleção, a organização e a sistematização desses conhecimentos e 
experiências devem ser realizadas pela comunidade escolar, mediante as 
necessidades e especificidades de seus estudantes, o contexto em que está inserida 
e de acordo com as grandes finalidades da instituição escolar, por meio de um 
ensino ativo e efetivo. 
O currículo não existe por si só – os diferentes sujeitos são os produtores, 
construtores e realizadores curriculares nas condições concretas da escola e da 
sociedade. Dessa forma, o centro do currículo, nessa perspectiva, é a pessoa, o 
sujeito. 
Assim, nessa perspectiva, podemos concluir que o currículo é constituído 
pelos conhecimentos científicos e por todas as organizações, relações e atividades 
desenvolvidas na escola.

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