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Mateus Pittol – Turma XXII 13 REVISÃO GERAL MÓDULO LOCOMOTOR - HAC RESUMO INTER – SISTEMA LOCOMOTOR INTRODUÇÃO PLANOS, EIXOS E MOVIMENTOS Plano Eixo Movimentos Sagital Látero-lateral Flexão e extesão Coronal Ântero-posterior Adução e abdução Transverso Crânio-caudal Rotação TIPOS DE ARTICULAÇÕES Classificação Tipo Exemplo Sinartrose (fibrosa) Sutura Sutura sagital Sindesmose Membrana interóssea Gonfose Alvéolo dentário Anfiartrose (cartilagem hialina) Fibrocartilagem Sínfise púbica e disco intervertebral Sindrocose Cartilagem costal Diartrose (líquido sinovial) Sinovial plana (uniaxial) Articulação sacroilíaca, intercarpal, intertarsal, intermetacarpal Gínglimo (uniaxial) Joelho, cotovelo (úmeroulnar), tornozelo e intefalângicas Trocoide Articulação atlantoaxial e radio ulnar proximal Elipsoide ou condilar (biaxial) Articulação metacarpofalângica e articulação do punho (radiocarpal) Selar (biaxial) Articulação carpometacárpica do 1° dedo (polegar) Esferóide ou enartrose (multiaxial) Ombro e quadril (glenoumeral e coxofemoral) COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, são 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Dividida em: Esqueleto axial Formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno vértebras e sacro). Esqueleto apendicular Formado pelos ossos dos membros, inclusive aqueles que foram os cíngulos dos membros superiores e inferiores. Articulação Tipo Dos corpos vertebrais Sínfise Dos arcos vertebrais ou zigapofisárias Sinovial plana Crânio vertebrais ou atlantooccipitais ou atlantoaxiais Trocoidea Ligamento Ação na coluna Supra-espinhal Limita flexão Interespinhal Limita flexão Amarelo Limita flexão Longitudinal posterior Limita flexão Longitudinal anterior Limita extensão CURVATURAS VERTEBRAIS O recém-nascido apresenta logo ao nascer, que remanesce da vida uterina as duas curvaturas primárias: cifose torácica e a cifose pélvica que dão o formato conhecido de ‘C’ ao embrião. Já as curvaturas secundárias são: lordose cervical e lordose lombar e são adquiridas respectivamente quando o bebê adquire a hipertonia cervical e quando começa a andar. As funções primordiais das curvaturas são: aumentar a resistência a cargas compressivas, ajudam a manter o equilíbrio na postura ereta e absorvem choques mecânicos. Sobre a escoliose: a escoliose é uma curvatura lateral anormal, maior que 10° acompanhada por rotação das vértebras no plano coronal. Curvatura cervical: lordose Curvatura torácica: cifose Curvatura lombar: lordose Curvatura sacral: cifose Os movimentos realizados por cada segmento da coluna são: Cervical: flexão, extensão, inclinação lateral e rotação Torácica: rotação Lombar: Flexão e extensão CONSTITUIÇÃO DISCO INTERVERTEBRAL O disco intervertebral é formado por duas partes: uma central o núcleo pulposo e uma parte periférica o anel fibroso. O núcleo pulposo tem aspecto gelatinoso, constituído por polissacarídeos e 88% de água. O núcleo não é inervado nem vascularizado. O anel fibroso possui tecido conjuntivo denso e colágeno tipo I, enquanto o núcleo, colágeno tipo II e ácido hialurônico. O núcleo pulposo tem como características a hidrofilia, ou seja, há a tendência em absorção de água, sobretudo com a diminuição das pressões exercidas sobre o disco. Assim é que, deitado e em repouso, há um aumento da espessura do disco enquanto que, em carga, este disco tende a achatar-se. O anel fibroso do disco aprisiona o núcleo enquanto que, disco lesado faz com que o núcleo escape pelas rachaduras do anel. O disco comporta-se da seguinte forma nos movimentais: em compressão axial, o núcleo tem tendência a espalhar-se lateralmente. Em alongamento axial, há a tendência de retorno da sustância gelatinosa. Em flexão, o núcleo migra para trás. Em extensão, para frente. Em inclinação lateral, para o lado oposto e, em rotação, o núcleo é comprimido e esmagado e tende a infiltrar-se por todas as falhas do sistema do anel fibroso. ESTRUTURA DO ÁCIDO HIALURÔNICO TIPOS DE HERNIAÇÃO Hérnia é quando o núcleo pulposo se rompe e extravasa para fora do disco. Já na protusão discal não ocorre rompimento do anel fibroso e não ocorre extravasamento para fora do disco. PUNÇÃO LOMBAR Durante uma punção lombar são atravessados em sequência: a pele, o tecido muscular, o tecido adiposo, o ligamento supra-espinhal, o ligamento interespinhal, o ligamento amarelo, a dura-máter, a aracnoide e penetra no espaço subaracnóideo. ÁTLAS E ÁXIS O Atlas(C1) é a primeira vértebra cervical (às vezes chamada cervical 1 ou c1). Ao atlas falta um corpo, mas tem um processo espinhoso pequeno e arredondado chamado tubérculo posterior e faces articulares superiores côncavas que se articulam com os côndilos ovais do occipital do crânio. Essa articulação atlanto-occipital suporta o crânio e permite a inclinação da cabeça para o movimento de “afirmação”. O Áxis é a segunda vértebra cervical (C2), tem um dente semelhante a um pino (processo odontóide) para rotação com o atlas virando a cabeça de um lado para outro, como no movimento de “negação” na articulação atlanto-axial. VÉRTEBRAS CERVICAIS Obs.: nos forames transversais passam as veias e artérias vertebrais. VÉRTEBRAS TORÁCICAS VÉRTEBRAS LOMBARES SACRO E CÓCCIX Consiste em 4 ou 5 vértebras que se fundem depois dos 26 anos de idade, o sacro tem uma fase auricular extensa em suas laterais para a articulação sacroilíaca, ligeiramente móvel com o ílio do quadril (Realiza os movimentos de nutação e contra-nutação). LIGAMENTOS PRINCIPAIS DA COLUNA MÚSCULOS ESTABILIZADORES DA COLUNA ANTERIOR E POSTERIOR Músculos Origem Inserção Iliopsoas Processos transversos das lombares, laterais das vértebras T12-L5 e discos. Trocanter menor do fêmur Psoas Maior Processos transversos das lombares, laterais das vértebras T12-L5 e discos. Trocanter menor do fêmur Espinhal - Porção medial do Músculo Eretor da Espinha Parte posterior da crista ilíaca Processos espinhosos da região lombar superior e torácica inferior. Dorsal Longo (Longuíssimo do Dorso) - Porção intermédia Parte posterior da crista ilíaca Processos transversos das vértebras torácicas e cervicais, processo Mastóide Íliocostal - Porção lateral Parte posterior da crista ilíaca Ângulos das costelas Reto do Abdome Sínfise púbica e crista púbica Processo xifoide e 5-7 cartilagens costais Oblíquo Externo do Abdome Faces externas das 5-12 costelas Linha alba, tubérculo púbico e metade anterior da crista ilíaca Oblíquo Interno do Abdome Fáscia toracolombar e crista ilíaca Margens inferior das 10-12 costelas, linha alba e linha pectínea do púbis Transverso do Abdome Aponeurose toracolombar e faces internas das 7-12 cartilagens costais e crista ilíaca Linha alba, crista púbica e linha pectínea do púbis através da foice inguinal Obs. A inervação dos músculos eretores da espinha é feita pelos nervos espinhais. MÚSCULOS ESTABILIZADORES DA COLUNA POSTERIOR MEMBROS SUPERIORES INERVAÇÃO PLEXO BRAQUIAL Obs.: nervos, troncos, divisões, fascículos e nervos. Lembrar que os fascículos estão relacionados a posição da artéria axilar. O cubital é em português o ulnar. Musculocutâneo (C5-C7): formado pelo fascículo lateral Axilar (C5, C6): formado pelo fascículo posterior Radial (C5, C6, C7, C8, T1): formado pelo fascículo posterior Mediano (C5, C6, C7, C8, T1): formado pelos fascículos lateral e medial Ulnar (C8, T1): formado pelo fascículo medial LESÕESNO PLEXO BRAQUIAL NERVO AXILAR Originado das raízes (C5 e C6), fascículo posterior Inerva: músculo deltoide e redondo menor Geralmente o paciente não consegue abdzuir o ombro. A lesão do nervo axilar, normalmente é causada por trauma fechado que envolve tração do ombro, como fraturas e luxações (até no parto quando se puxa a cabeça). Isso ocorre por estiramento do nervo sobre a cabeça do úmero. Lesão do tipo Erb-Duchenne, “gorjeta de porteiro”. Obs.: a lesão do tipo paralisia de Klumpke envolve C8 e T1. NERVO RADIAL Originado das raízes (C5, C6, C7, C8 e T1), fascículo posterior Inerva: músculo tríceps braquial, músculo braquiorradial, músculo extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço, pele da região posterior do braço e antebraço, parte dorsal do 1º, 2º e 3º quirodáctilo Geralmente o paciente não consegue estender a articulação do cotovelo, punho e dedos “mão caída”. A lesão do nervo radial normalmente é causada por fraturas no úmero ou uso da muleta mal ajustada e bêbado dormindo com o ombro apoiado na cadeira. NERVO MUSCULOCUTÂNEO Originado das raízes (C5, C6 e C7), fascículo lateral Inerva: músculo coracobraquial, músculo bíceps braquial, músculo braquial e inervação cutânea do antebraço Geralmente o paciente apresenta dificuldade para fletir o cotovelo e fraqueza no braço. NERVO MEDIANO Originado das raízes (C5, C6, C7, C8 e T1), fascículo lateral e medial Inerva: músculos flexores do braço, músculo flexor profundo dos dedos (metade ulnar) músculos da mão. Geralmente o paciente não consegue realizar flexão dos três primeiros dedos da mão, “mão de benção” e apresenta dificuldade para realizar a pronação do antebraço. Pode ocorre a compressão dele no túnel do carpo “síndrome do túnel do carpo” apresentando sintomas de queimação ou agulhadas nesses dedos e hipotrofia da região tenar da mão. NERVO ULNAR Originado das raízes (C8 e T1), fascículo medial Inerva: a maioria dos músculos intrínsecos da mão e pele do lado medial da mão. Também os 4ª e o 5ª quirodáctilos. Geralmente o paciente não consegue abduzir esses dedos nem realizar a flexão e extensão “mão em garra”. Ocorre hipotrofia da região hipotênar e também pode ocorre uma compressão dele no túnel de Guyon gerando perda sensorial e incapacidade de aduzir o polegar. OMBRO Segmento proximal do membro que se superpõe a partes do tronco (tórax e dorso) e à região lateral inferior do pescoço. Inclui as regiões peitoral, escapular e deltoidea do membro superior, e a parte lateral (fossa supraclavicular maior) da região cervical lateral. OSSOS MÚSCULOS Músculo Origem Inserção Função Inervação Testes Deltoide 1/3 lateral da borda anterior da clavícula Tuberosidade deltoidea do úmero Flexão, extensão, rotação e abdução Nervo axilar ---- Supraespinhal Fossa supraespinhal da escápula Tubérculo maior do úmero Abdução Nervo supraescapular Teste de jobe Infraespinhal Fossa infraespinhal da escápula Tubérculo maior do úmero Rotação externa Nervo supraescapular Teste de patte e do infraespinhal Subescapular (anterior) Fossa subescapular Tubérculo menor do úmero Rotação interna e adução Nervo Subescapular Teste de gerber ou abdominal press Redondo Menor 2/3 superiores da borda lateral da escápula Tubérculo maior do úmero Adução e rotação externa Nervo axilar Os mesmos do infraespinhal Cabeça Longa Bíceps Tubérculo supra-glenoidal Tuberosidade radial Flexão de cotovelo e ombro Nervo músculo-cutâneo ---- Peitoral Menor Processo coracoide Faces externas das 3º,4º e 5º costelas Eleva as costelas, deprime o ombro e rotação inferior Nervo do peitoral medial e lateral ___ Peitoral Maior Borda anterior da clavícula e do esterno Tubérculo maior do úmero Adução e rotação interna Nervo do peitoral medial ___ MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR LIGAMENTOS E BURSAS Articulações Ligamentos Glenoumeral (esferóidea) Glenoumeral, coracoumeral, transversso do úmero e arco coracoacromial Acrômioclavicular (plana) Acrômio clavicular, coracoclavicular (divido em trapezoide e conóide) Esternoclavicular (selar) Esternoclavicular anterior e posterior, interclavicular e costoclavicular Bursa: É uma pequena bolsa cheia de líquido sinovial localizada no ponto em que um músculo ou tendão roça um osso. Os humanos têm aproximadamente 160 bursas. As bursas reduzem o atrito entre as duas superfícies em movimento. A Bursa do ombro está no espaço subacromial, entre o acrômio e os tendões do manguito rotador. Lábio glenoidal: É um tecido fibrocartilaginoso que envolve a borda da glenoide e aumenta a sua concavidade, conferindo uma maior estabilidade articular. Componentes de uma articulação sinovial: Cartilagem articular, cápsula articular (membrana fibrosa e sinovial), líquido sinovial e cavidade articular. Existem também componentes periódicos que são: ligamento articulares, meniscos, discos, lábios articulares, bolsas sinoviais e vilosidades sinoviais. Bursite: É a inflamação de uma Bursa. A bursite ocorre quando o revestimento sinovial se torna espesso e produz excesso de fluidos, levando a inchaço localizado e dor. Tratamento: compressas, elevação, AINES, aspiração, injeções intrabursais de esteroides. No caso de pacientes com suspeita de bursite séptica o tratamento com antibióticos deve ser iniciado até a comprovação pela cultura. Ligamento: estrutura que liga osso ao osso. . Tendão: estrutura que liga músculo ao osso. Liquido sinovial: Fornece nutrientes para as cartilagens articulares, que são avasculares e atua como lubrificante das faces articulares móveis. É produzido por diálise do plasma através da membrana sinovial (é um ultrafiltrado do plasma) e por secreção de um complexo de hialuronato-proteína, pela membrana sinovial. O ácido hialurônico é um polímero formado por repetidas unidades de dissacarídeos (ac.glicurônico-glucosamina). Este polímero está ligado com cerca de 2% de proteínas. É provável que o ácido hialurônico e a proteína sejam produzidos pelas células de revestimento sinovial. SÍNDROME DO IMPACTO Estágios: Edema e hemorragia na bolsa subacromial, frequentemente em pacientes com menos de 25 anos. Alterações irreversíveis se desenvolvem e são representadas por tendinites e fibrose do tendão do manguito rotador, pacientes entre 25 e 40 anos de idade. Alterações crônicas, como as do manguito, comuns em pacientes com mais de 40 anos. Teoria da compressão intrínseca: o impacto do tubérculo maior do úmero ao acrômio comprime o espaço subacromial que passa principalmente o tendão do supraespinhal. Essa região é conhecida como região de Codman, hipovascularizada e torna a reparação muito mais difícil e demorada. Teoria da compressão extrínseca: a tensão do ligamento coracoacromial no seu ponto de inserção pode causar esporões induzidos pelo estresse (lei de tensão de Wolf), com isso há espessamento e redução do espaço subacromial. Variações anatômicas do acrômio também estão associados a essa teoria. BRAÇO, COTOVELO, ANTEBRAÇO OSSOS MÚSCULOSMúsculo Origem Inserção Movimento Inervação Bíceps Braquial Cabeça curta: processo coracoide Tuberosidade do rádio Flexão n. músculo-cutâneo Braquial Metade distal do úmero Processo coronoide e tuberosidade da ulna Flexão n. músculo-cutâneo Coracobraquial Processo coracoide Face medial do úmero Flexão n. músculo-cutâneo Tríceps braquial Porção longa: tubérculo infra-glenoidal. Porções medial e lateral: face posterior do úmero Olécrano Extensão n. radial Ancôneo Epicôndilo lateral Olécrano Extensão n. radial Músculo Origem Inserção Movimento Inervação Pronador Redondo Epicôndilo Medial e processo coronoide Diáfise do rádio Pronação, auxiliar na flexão do cotovelo n. mediano Pronador Quadrado ¼ distal da ulna ¼ distal do rádio Pronação n. mediano Flexor Radial do Carpo Epicôndilo Medial 2º metacarpo Flexão do punho e abdução da mão n. mediano Palmar Longo Epicôndilo Medial Aponeurose palmar e retináculo Flexão do punho n. mediano Flexor Ulnar do Carpo Epicôndilo Medial e olecrano Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpo Flexão do punho e adução da mão n. ulnar Flexor Superficial dos Dedos Epicôndilo Medial, processo coronoide Falange intermédia do 2º ao 5º dedos Flexão do punho e das falanges médias n. mediano Flexor Profundo dos Dedos ¾ proximais da ulna e rádio e membrana interóssea Falange distal do 2º ao 5º dedos Flexão do punho e das falanges médias e distais n. mediano (2º e 3º dedos) e n. ulnar (4º e 5º dedos) Braquiorradial Crista supracondiliana lateral do úmero Processo estiloide do rádio Flexão do Cotovelo e pronação do antebraço n. radial Extensor dos Dedos Epicôndilo lateral do úmero Falanges média e distal do 2º ao 5º Extensão do Punho e dos dedos n. radial Extensor Radial Curto do Carpo Epicôndilo lateral do úmero 3º metacarpo Extensão do Punho n. radial Extensor Radial Longo do Carpo Crista supracondiliana do úmero 2º metacarpo Extensão do Punho e abdução da mão n. radial Extensor do 5º Dedo Epicôndilo lateral do úmero Tendão do extensor comum para o 5º Extensão do 5º dedo n. radial Extensor Ulnar do Carpo Epicôndilo lateral do úmero Base do 5º metacarpo Extensão do Punho e adução da mão n. radial Supinador Epicôndilo lateral do úmero 1/3 proximal da diáfise do rádio Supinação do antebraço n. radial Abdutor Longo do Polegar Face posterior do rádio e da ulna 1º metacarpo Abdução da Mão e do Polegar n. radial Extensor Curto do Polegar Face posterior do rádio e da ulna Falange proximal do polegar Extensão do Polegar n. radial Extensor Longo do Polegar Face posterior da ulna Falange distal do polegar Extensão do Polegar n. radial LIGAMENTOS Articulação Movimento Úmeroulnar (gínglimo) Tróclea do úmero se articula com a incisura troclear da ulna se movimentando em avalanca Úmeroradial (trocoide) Capítulo do úmero se articula com a cabeça do rádio estabilizando o movimento Radioulnar proximal (trocoide) A rotação do rádio sobre a incisura radial da ulna nos movimentos de supinação e pronação Ligamentos Função Colateral ulnar Estabilidade em valgo Colateral radial Estabilidade em varo Anular Circunda e mantém a cabeça do rádio em contato com a incisura radial da ulna. Obs.: ângulo de carregamento do cotovelo: (ângulo da diáfise do rádio com a do úmero); 11º para homens e 13º para mulheres. A diferença entre tendinite, tendinose e tenossinovite: A tendinite é uma inflamação no tendão, geralmente manifestada somente pela presença de líquido no peritendão, que é uma membrana que reveste os tendões. A tendinose, termo mais correto para falar da lesão crônica, é um processo degenerativo, onde geralmente o tendão já mudou a sua estrutura molecular e pode até mesmo estar com micro-rupturas no seu interior. É por isso que muitas tendinopatias não melhoram com uso de anti-inflamatórios e técnicas de fisioterapia para combater a inflamação. Na tendinose pode haver espessamento, calcificação ou rupturas parciais em vários graus do tendão. E enquanto a tenossinovite e um processo inflamatório da membrana que recobre o tendão. Enquanto para a tendinite o tratamento visa reduzir a inflamação, esta não está presente na tendinose. Aqui, os tratamentos que visam controlar a inflamação estão contra-indicados, por retardarem a reparação do colágeno. Epicondilite: Síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral, origem do supinador do antebraço e dos extensores do punho e dos dedos (Teste de Cozen e Mill). PUNHO E MÃO OSSOS Obs.: do antebraço apenas o rádio se articula com os ossos do carpo e o osso em que ocorre maior incidência de fraturas na mão é o escafoide, geralmente ocorre quando a pessoa sofre uma queda com as mãos espalmadas e o peso do corpo sobre o punho. Geralmente não aparece em radiografias logo após a fratura. O escafoide demora muito a se recuperara pela pobre vascularização em sentido retrógrado de distal para proximal. Essa vascularização é feita pela ramificação da artéria radial que penetra no carpo e se divide em dois ramos um volar (palmar) e outro dorsal, principalmente. Então pode surgir necrose avascular, não-consolidações e pseudoartroses. . MÚSCULOS Músculo Origem Inserção Movimento Inervação Região Abdutor Curto do Polegar Escafoide, trapézio Falange proximal do polegar Abdução e Flexão do Polegar n. mediano TENAR Flexor Curto do Polegar Trapézio, trapezoide, capitato Falange proximal do polegar Flexão da falange média do polegar n. mediano e n. ulnar TENAR Oponente do Polegar Trapézio e retináculo dos flexores 1º metarcarpo Oposição n. mediano TENAR Adutor do Polegar 2º e 3º metacarpal e capitato Falange proximal do polegar Adução do polegar n. ulnar TENAR Palmar Curto Aponeurose palmar derme da eminência hipotenar Pregas transversais da região hipotenar n. ulnar HIPOTENAR Abdutor Mínimo Pisiforme e tendão do músculo flexor ulnar do carpo Falange proximal do mínimo Abdutor do dedo mínimo n. ulnar HIPOTENAR Oponente Mínimo Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores 5º metacarpal Oposição do mínimo n. ulnar HIPOTENAR Flexor Curto do Mínimo Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores Falange proximal do dedo mínimo Flexão da MF do dedo mínimo n. ulnar HIPOTENAR LIGAMENTOS E ARTICULAÇÕES Articulações do punho Tipo Radiocarpal Elipsoidea Intercarpais Planas Mediocarpais Planas Radioulnar distal Trocoide Articulações da mão Tipo Carpometacarpais Planas, exceto a do polegar que é selar Intermetacarpais Planas Metacarpofalângicas Elipsóideas Interfalângicas Gínglimo VASCULARIZAÇÃO TÚNEL DO CARPO É um túnel fibro-ósseo delimitado pelos ossos do carpo e pelo retináculo dos flexores. Limites: o túnel do carpo é formado por um assoalho ósseo (entre os tubérculos dos ossos escafoide e trapezoide lateralmente e o osso pisiforme e o hámulo do osso hamato medialmente) e um teto ligamentar: o ligamento transverso (retináculo dos flexores). ESTRUTURAS QUE PASSAM POR ELE: Quatro tendões dos flexores superficiais dos dedos Quatro tendões dos flexores profundos dos dedos Um tendão do flexor longo do polegar Nervo mediano CANAL DE GUYON Limites: superior (ligamento volar do carpo e inserções tendinosas do flexor ulnar do carpo); lateral (ganchodo hamato); e medial (osso pisiforme e ligamento piso-hamato) ESTRUTURAS QUE PASSAM POR ELE: Artéria e o nervo ulnar ARCOS DE GILULA São três arcos utilizados para avaliar a estabilidade do punho, a sua perda pode gerar instabilidade no movimento dos ossos carpais e a dificuldade de transmissão de movimentos principalmente do escafoide para os outros. É um parâmetro para observar se a organização dos ossos do carpo está correta e de maneira harmônica, caso não esteja pode indicar fraturas ou luxações. TABAQUEIRA ANATÔMICA A tabaqueira anatômica ou fossa radial é um aprofundamento triangular na região radial dorsal da mão ao nível dos ossos carpais, especificamente o escafóide e trapézio. Quando o polegar é estendido, surge uma cavidade triangular entre o tendão do extensor longo do polegar (ELP) medialmente e os tendões do extensor curto do polegar (ECP) e abdutor longo do polegar (ALP) lateralmente. O assoalho da tabaqueira anatômica, formado pelos ossos escafóide e trapézio, é cruzado pela artéria radial enquanto segue diagonalmente a partir da face anterior do rádio até a face dorsal da mão. Limites: a “tabaqueira anatômica” é uma depressão delimitada radialmente pelo tendão extensor curto do polegar e ulnarmente pelo extensor longo do polegar. Ponto anatômico importante, pois no fundo pode-se palpar o corpo do escafóide. MEMBROS INFERIORES INVERVAÇÃO PLEXO LOMBAR Nervo Femoral (L2, L3, L4): Origina-se da divisão posterior do plexo lombar e fornece inervação cutânea às porções anterior e lateral da coxa e medial da perna e pé. A inervação motora do nervofemoral destina-se aos músculos anteriores da coxa, incluindo os músculos iliopsoas, sartorio e quadríceps femoral. Lesão Nervo Femoral: Pode ser lesado em ferimento com face ou arma de fogo, mas uma divisão completa do nervo é rara. As seguintes características clinicas estão presentes quando o nervo é completamente dividido: Motora: O músculo quadrices da coxa é paralisado, e o joelho não pode ser estendido. Ao caminhar, isto é, compensado até certo ponto pelos músculos adutores. Sensitiva: Existe perda da sensibilidade da pele sobre os lados anterior e medial da coxa, sobre o lado medial da parte inferior da coxa, e ao longo da margem medial do pé até a polpa do hálux, esta área normalmente é suprida pelo nervo safeno. Nervo safeno: mais amplo e com distribuição mais longa, é um ramo cutâneo do femoral e se estende além do joelho. Inerva a pele da face ântero medial da perna e envia ramos para a articulação do tornozelo. Supri a pele medial do pé anteriormente até o 1° metatarsal. Nervo cutâneo lateral da coxa (L2, L3): corre ínfero lateralmente ao íleo e entra na coxa profundo ao ligamento inguinal. Inerva a pele superficial ântero-lateral da coxa. Pode gerar hiposênsibilidade e queimação por usar calças muito justas. Nervo Obturatório (L2, L3, L4): Origina-se da divisão anterior do plexo lombar, e proporciona inervação cutânea à região medial da coxa e inervação motora aos músculos adutores da coxa Lesão Nervo Obturatório: Ele raramente é lesado nos ferimentos penetrantes, nas luxações anteriores da articulação do quadril, ou nas hérnias abdominais através do forame obturado. Ele pode ser pressionado pela cabeça do feto durante o parto. As seguintes características clinicas ocorre: Motora: Todos os músculos adutores são paralisados, dificuldade para cruzar as pernas (rotação externa e adução prejudicadas) exceto a parte do jarrete do músculo adutor magno, que é suprida pelo nervo isquiático. Sensitiva: A perda sensitiva cutânea é mínima sobre a face medial da coxa. PLEXO SACRAL Nervo Isquiático (L5 a S4): O maior nervo do plexo sacral, também o maior nervo do corpo humano, sai da pelve através da incisura isquiática maior do osso do quadril e se estende para baixo na região posterior da coxa. É na verdade composto de dois nervos – o tibial e o fibular comum envoltos em uma bainha de tecido conjuntivo. Lesão Nervo Isquiático: O nervo é algumas vezes lesado por ferimentos penetrantes, fraturas da pelve, ou luxações da articulação do quadril. Ele é mais frequentemente lesado por injeções intramusculares mal aplicadas na região glútea. Para evitar esta lesão, as injeções nos músculos glúteo maximo ou glúteo médio deveriam ser aplicadas diretamente para frente sobre o quadrante lateral superior da nádega. A maioria das lesões nervosas são incompletas e, em 90% das lesões, a parte fibular comum do nervo é mais afetada. Isto provavelmente pode ser explicado pelo fato de que as fibras do nervo fibular comum se situam mais superficiais no nervo isquiático. As seguintes características clinicas estão presentes: Motora: O jarrete paralisado, mas a flexão fraca do joelho é possível, devido à ação dos músculos sartório (nervo femoral) e grácil (nervo obturatorio). Todos os músculos abaixo do joelho são paralisados, e o peso do pé o leva a assumir a posição de flexão plantar, ou pé caído. Sensitiva: Existe perda da sensibilidade abaixo do joelho, exceto por uma área estreita abaixo do lado medial da parte inferior da perna e ao longo da margem medial do pé ate a polpa do halux, que é suprida pelo nervo safeno ( nervo femoral). O resultado do reparo cirúrgico de uma lesão ao nervo isquiático é pobre. É raro o movimento ativo retornar para os pequenos músculos do pé, e a recuperação sensitiva raramente é completa. A perda de sensibilidade na planta do pé torna inevitável o desenvolvimento das úlceras tróficas. Nervo tibial: Origina-se da divisão anterior do plexo sacral, estende-se através das regiões femorais e crurais posteriores e se ramifica no pé para formar os nervos plantares medial e lateral. A invervação cutânea do nervo tibial destina-se a maioria dos músculos posteriores da coxa e da perna e muitos dos músculos intrínsecos do pé. Lesão nervo tibial: Por causa de sua posição profunda e protegida ele raramente é lesado. A divisão completa resulta nas seguintes características clinicas Motora: Todos os músculos do dorso da perna e na planta do pé são paralisados. Os músculos deixam o pé em dorsiflexão e evertido, uma atitude referida como calcaneovalgo. Sensitiva: Existe perda da sensibilidade na planta do pé: ulceras tróficas se desenvo lvem mais tarde. Nervo Fibular Comum: Origina-se da divisão posterior do plexo sacral, estende-se através da região femoral posterior, e se ramifica na porção superior da perna nos nervos fibulares profundo e superficial. A inervação cutânea do nervo fibular comum e seus ramos corresponde as superfícies anterior e lateral da perna e do dorso do pé. Lesão Nervo Fibular Comum: comumente ele é lesado nas fraturas do colo da fíbula e por pressão de moldes ou talas. As seguintes características clinicas estão presentes: Motora: os músculos do compartimento anterior e lateral da perna são paralisados, a saber, o tibial anterior, os extensores longo e curto dos dedos, o fibular terceiro, o extensor longo do halux (suprido pelo nervo fibular profundo, e os fibulares longo e curto (supridos pelo nervo fibular superficial). Como resultado, os músculos antagonistas, os flexores plantares da articulação talocrural e os inversores das articulações subtalar e transversa do tarso levam o pé à flexão plantar (pé caído) e inversao uma atitude referida com o pé equinovaro. O pé fica caído e em eversão e os dedos dos pé arrastam caminhando. Sensitiva: existe perda da sensibilidade abaixo dos lados anterior e lateral da perna e do dorso do pé e dedos, incluindo o lado medial do halux. A margem lateral do pe e o lado lateral do dedo mínimo continuam virtualmente inalterados (nervo sural, formado principalmente a partir do nervo tibial). A margem medial do pé ate a polpa do halux permanece completamente inalterada (ne rvo safeno, ramo do nervo femoral). Quando a lesão ocorre distal ao local de origem do nervo cutâneo lateral da sura, a perda da sensibilidade é confinada à área do pé e dedos. Nervo fibularprofundo: perda sensorial entre o primeiro e o segundo dedo do pé, motor: perda da dorsiflexão do pé e dos dedos. O pé fica em flexão plantar e invertido por causa da ação s em oposição de tibiais posterior, atitude referida como Equinovarus. Nervo fibular superficial: motor: perda da eversão por causa dos músculos fibulares curto e longo ficam paralisados. O pé fica invertido.. Perda da área sensorial: área lateral da perna, dorso do pé e dos pés e lado medial do hálux. VASCULARIZAÇÃO Obs. A artéria femoral profunda dá origem à a. circunflexa femoral lateral e a. circunflexa medial, que irrigam a cabeça do fêmur. LUXAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR Há o risco de lesionar artéria circunflexa femoral medial – podendo gerar necrose avascular da cabeça do fêmur e lesão do ciático; TRÍGONO FEMORAL É composto de lateral para medial: Nervo femoral e seus ramos Artéria femoral e diversos de seus ramos Veia femoral e suas tributárias proximais Dica: NAV (lateral para medial) Limites do trigono femoral: Superior: ligamento inguinal Lateral: m. sartório Medial: adutor longo Teto: pele e fáscia lata Assoalho: formado pelos mm ilipsoas, pectinio e adutor longo MÚSCULOS DO JARRETE OU ISQUIOTIBIAIS São eles: Bíceps femoral Semitendinoso Semimembranoso PATA DE GANSO Formada pelos tendões dos músculos: Sartório Grácil Semitendíneo TRÍADE INFELIZ A "tríade infeliz" refere-se a uma lesão que afeta simultaneamente o ligamento colateral medial, ligamento cruzado anterior e o menisco medial. A lesão mais comum do joelho em esportes de contato é a distensão dos ligamentos, que ocorrem quando o pé está fixo no solo. Os ligamentos: colateral tibial e fibular são muito estirados quando a perna é estendida, o que normalmente impede a ruptura das partes laterais da articulação do joelho. A firme fixação do ligamento colateral medial no menisco medial tem grande significado clínico, pois a ruptura desse ligamento costuma resultar em ruptura concomitante do menisco medial. Resultado de trauma em VALGO. MENISCOS São duas lâminas de fibrocartilagem em forma de meia lua que servem para tornar mais profundas as superfícies das faces articulares da cabeça da tíbia que recebem os côndilos do fêmur. Cada menisco cobre aproximadamente os dois terços periféricos da face articular correspondente da tíbia. Os meniscos estão dentro da cápsula articular, portanto são estruturas intracapsulares. Eles têm a função de aprofundar a superfície de contato e absorver o choque. A vascularização do menisco é abundante na sua porção mais periférica e escassa no terço médio e inexistente no terço central. As artérias genicular superior e inferior (ramos da poplítea) emitem e formam uma intrincada rede vascular na periferia meniscal e estes vasos penetram até aproximadamente um terço da largura meniscal. DEVIOS DO JOELHO (GENO) PATELA Funções da patela (osso sesamóide) Proteger as articulações do joelho e fortalecer o tendão do quadríceps Aumentar a força de alavanca do músculo quadríceps femoral quando estende (retifica) a articulação do joelho. A patela oferece uma superfície óssea capaz de suportar o atrito causado pelo tendão do quadríceps, por exemplo, durante ao ajoelhar ou aos movimentos de flexão e extensão realizados durante uma corrida. Além disso, a patela constitui uma vantagem mecânica para o tendão do quadríceps uma vez que serve de alavanca adicional, afastando a inserção do tendão do eixo da articulação. Estabilização da patela Estabilização Estática: Os estabilizadores estáticos da articulação patelo femoral incluem a parte lateral projetada mais anteriormente do sulco femoral, o retináculo extensor, o trato ileotibial, o tendão quadricipital e o tendão patelar. O tendão patelar controla as forças que agem sobre a patela para produzir um deslocamento superior, ao passo que o tendão quadricipital resiste as forças que causam o deslocamento inferior da patela. Estabilização Passiva: M. vasto medial oblíquo (VMO), vasto lateral longo (VLL) e vasto lateral oblíquo (VLO) – formam o quadríceps- e os músculos da pata de ganso. OBS: retináculos do vasto lateral e vasto medial colaboram para estabilização da patela DEVIOS NA COXA Coxa vara: é quando o ângulo entre a fossa do acetábulo e a cabeça do fêmur é menor que 120 ° Coxa normal: é quando o ângulo entre a fossa do acetábulo e a cabeça do fêmur está entre 120 e 135° Coxa valga: é quando o ângulo entre a fossa do acetábulo e a cabeça do fêmur é maior que 135°, geralmente ocorre em adução do quadril e o membro inferior é mais longo. O sinal de Trendelemburg está presente na maioria das vezes na coxa-vara Obs.: a coxa vara é para dentro ao contrário do que ocorre no geno varo de joelho. MUSCULATURA Músculo Origem Inserção Inervação Função Glúteo Máximo ** Linha glútea posterior do ilíaco, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur n. glúteo inferior Extensão do quadril Glúteo Médio ** Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior Trocânter Maior n. glúteo superior Abdução e rotação medial da coxa Glúteo Mínimo ** Asa ilíaca Trocânter Maior n. glúteo superior Abdução e rotação medial da coxa Piriforme ** sacro e incisura isquiática maior Trocânter Maior n. para o m. piriforme Abdução e rotação lateral da coxa Gêmeo Superior Espinha isquiática Trocânter Maior n. para o m. gêmeo superior Rotação lateral da coxa Gêmeo Inferior Tuberosidade isquiática Trocânter Maior n. para o m. gêmeo inferior Rotação lateral da coxa Obturatório Interno Membrana obturatória e ísquio Trocânter Maior n. para o m. obturatório interno Rotação lateral da coxa Obturatório Externo Membrana obturatória e ísquio Fossa intertrocantérica n. para o m. obturatório externo Rotação lateral da coxa Quadrado Femoral Tuberosidade isquiática Crista intertrocantérica n. para o m. quadrado femoral Rotação lateral e adução da coxa Músculo Origem Inserção Inervação Função no Joelho Quadríceps Femoral Específica p/ cada ** Patela e tuberosidade anterior da tíbia n. femoral Extensão Tensor da fáscia lata Crista ilíaca Trato íliotibial n. glúteo superior Extensão e rotação lateral Semitendíneo Tuberosidade Isquiática Tuberosidade da tíbia n. isquiático Flexão e rotação medial Semimembranoso Tuberosidade Isquiática Côndilo medial da tíbia n. isquiático Flexão e rotação medial Bíceps Femoral Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática, Cabeça Curta: linha áspera Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia n. isquiático Flexão e rotação lateral Grácil Sínfise púbica e ramo inferior púbico Tuberosidade da tíbia n. obturatório Flexão e rotação medial Poplíteo Epicôndilo lateral do fêmur Face posterior da tíbia n. femoral Flexão e rotação medial Sartório Espinha ilíaca ântero-superior Tuberosidade da tíbia n. femoral Flexão e rotação medial Gastrocnêmio Medial Côndilo medial do fêmur Calcâneo n. tibial Flexão Gastrocnêmio Lateral Côndilo lateral do fêmur Calcâneo n. tibial Flexão Músculos Função Inervação Compartimento Gastrocnêmios Flexão plantar do tornozelo n. tibial Posterior Superficial Sóleo Flexão plantar do tornozelo n. tibial Posterior Superficial Flexor longo dos dedos Flexão do 2º ao 5º, dorsiflexão e inversão n. fibular profundo Posterior Profundo Flexor longo do hálux Flexão do hálux, dorsiflexão e inversão n. fibular profundo Posterior Profundo Tibial Posterior Flexão plantar e inversãon. tibial Posterior Profundo Fibular Longo Flexão plantar e eversão n. fibular superficial Lateral Fibular Curto Flexão plantar e eversão n. fibular superficial Lateral Tibial Anterior Dorsiflexão n. fibular profundo Fibular Terceiro Dorsiflexão n. fibular profundo QUADRIL E COXA OSSOS LIGAMENTOS E ARTICULAÇÕES Articulação Tipo Movimento Coxofemoral Esferóidea Flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e rotação externa do quadril Sacroilíaca Sinovial e sindesmose Deslizamento do sacro sobre a pelve em conjunto com a deformação da pelve durante a sustentação de carga, nutação e contra-nutação Sínfise púbica Sínfise Mobilidade bidimensional e rotação de uns poucos milímetros em conjunto com a deformação da pelve quando na sustentação de carga Ligamento Ação Redondo ou da cabeça do fêmur Impede a hiperextensão do quadril Íliofemoral É o mais forte do corpo e impede a hiperextensão de quadril Pubofemoral Impede a abdução excessiva Ísquiofemoral Impede a hiperextensão de quadril SINAL DE TRENDELENBURG O sinal de Trendelenburg é encontrado em pessoas com fraqueza da musculatura abdutora do quadril. Recebe este nome em homenagem ao cirurgião alemão Friedrich Trendelenburg. O sinal de Trendelenburg é dito positivo se, quando o quadril de um paciente que está de pé sustentado por somente uma perna, cai para o lado da perna levantada. A fraqueza é presente no lado da perna em contato com o chão. O corpo não é capaz de manter o centro de gravidade no lado da perna que está no chão. Normalmente, quando a manobra não é realizada, o corpo desvia seu peso para a perna que permanece no chão durante a manobra, permitindo a mudança do centro de gravidade e consequentemente estabilizando ou equilibrando o corpo. Entretanto, durante a manobra, quando o paciente levanta a perna oposta, a mudança não é criada e o paciente não é capaz de manter o equilíbrio. Essencialmente, o sinal de Trendelenburg é causado pela paralisia dos músculos glúteo médio e mínimo. A paralisia pode surgir por lesão nervosa do nervo glúteo superior. SÍNDROME DO PIRIFOME É causado quando alguma pessoa tem uma variação anatômica na passagem do nervo ciático e ele não passa por baixo do músculo piriforme, nesse caso ele se ramifica antes em fibular e tibial e passa por dentro do músculo gerando dor e incomodo. A correção tem que ser cirúrgica. BURSITE TROCANTÉRICA A bursa trocantérica é um tecido sinovial localizado superficialmente ao trocanter maior, a parte do fêmur proximal que é saliente lateralmente no quadril. Na realidade, todo indivíduo tem 4 ou mais bursas trocantéricas em cada quadril. Estas bursas funcionam como se fossem um “saco vazio” sobre as proeminencias ósseas, facilitando o deslizamento de tendões e fáscias sobre o osso. Bursite trocantérica é uma causa comum de dor no quadril e os pacientes frequentemente sofrem limitação nas suas atividades físicas e dormem com dificuldade. A inflamação de qualquer uma das bursas trocantéricas é conhecida como bursite trocantérica e é uma das causas mais comuns de dor no quadril. Algumas pesquisas sugerem que não é somente a inflamação da bursa que causaria dor. As bursas trocantéricas possuem pequenos nervos em seu interior que irritados ou comprimidos podem causar dor. Outras doenças podem evoluir com dor na região trocantérica, como a ruptura dos tendões abdutores. Por estes motivos, alguns autores têm sugerido o nome síndrome da dor trocantérica lateral em substituição a bursite trocantérica. A bursite trocantérica é causada por movimento exagerado dos tendões e fáscias sobre o trocânter maior. Pressão direta pode causar ou agravar os sintomas. Com a evolução da inflamação, a bursa progressivamente perde a sua função deslizante (“como um saco vazio”) e engrossa suas paredes. Obs.: o tendão do principal músculo envolvido é o do glúteo máximo JOELHO, PERNA, TORNOZELO E PÉ OSSOS E LIGAMENTOS ARTICULAÇÃO E LIGAMENTOS DO TORNOZELO E PÉ Articulação Tipo Talocrural Gínglimo Talofibular distal Plana Subtalar/talocalcânea Plana Interfalangiana Gínglimo Membrana interóssea Sindesmose FASES DA MARCHA O que é marcha e quais são suas fases? A marcha é uma atividade complexa que envolve o sistema nervoso central e periférico, e todo o sistema musculoesquelético, caracterizada por uma múltipla sequência de eventos rápidos e complexos. O ciclo da marcha pode ser subdividido em fase de apoio e fase de balanço. Fase de apoio: Ocorre quando o pé encontra-se em contato com o solo e sustenta o peso. Ela permite que o membro inferior suporte o peso do corpo e ao mesmo tempo possibilita o avanço do corpo. Representa cerca de 60% do ciclo da marcha. Fase de balanço: Ocorre quando o pé não está mais sustentando peso e move-se para frente. Apresenta cerca de 40% do ciclo da marcha. A fase de apoio ainda pode ser subdividida em cinco subfases: Contato inicial: Quando o calcanhar toca o solo. Nesse período, um pé começa a perder o contato com o solo enquanto o outro membro começa a surportar o peso corporal e amortecer o choque do contato inicial. Resposta à carga: Compreende a fase de transferência do peso para o pé que acabou te tocar no solo. Até antes do que o membro oposto deixe o solo. Corresponde ao período inicial de duplo apoio. Apoio médio: Durante este período apenas um membro inferior sustenta o peso do corpo, enquanto o outro membro entra na fase de balanço. Consistindo o apoio simples. Apoio terminal: Essa fase completa o apoio simples. Começa com a elevação do calcanhar e continua com o contato inicial do membro inferior contralateral. Pré-balanço: Durante esse período o membro de apoio transfere o peso corporal para o membro contralateral e prepara-se para fase de balanço. A fase de balanço por sua vez se subdivide em três subfases; Balanço inicial: (aceleração) ocorre quando o pé é elevado do solo. Na marcha normal , ocorre a flexão rápida de joelho e a dorsiflexão do tornozelo, permitindo que o membro na fase de balançoacelere para frente. Balanço médio: Ocorre quando o membro inferior na fase de balanço encontra-se adjacente ao membro inferior que está sustentando peso, o qual se encontra na fase de apoio médio. Balanço Terminal: (desaceleração) o membro inferior na fase de balanço desacelera, preparando-se para realizar o contato inicial com o solo. Na marcha normal, o quadríceps e os músculos posteriores da coxa sejam ativos. Pois, o quadríceps controla a extensão do joelho e os posteriores da coxa controlam a flexão de quadril. INVERSÃO E EVERSÃO DE TORNOZELO Qual grupo ligamentar é lesado com trauma em inversão? Ligamento talo-fibular anterior e ligamento calcâneo-fibular. Qual grupo ligamentar é lesado com trauma em eversão? Ligamento deltoide (divido em: tibiotalar posterior, tíbio calcâneo, tíbio navicular, tíbiotalar anterior). ESTRUTURAS DO JOELHO Os extracapsulados são: Ligamento Patelar – É a porção central do tendão do quadríceps femoral que se continua da patela até a tuberosidade da tíbia. É um forte feixe ligamentoso, achatado, com cerca de 8 cm de comprimento. A face posterior do ligamento patelar está separada da membrana sinovial por um grande coxim gorduroso infra-patelar e da tíbia por uma bolsa sinovial. Ligamento Poplíteo Oblíquo: é formado por fascículos separados uns dos outros. Forma parte do asoalho da fossa poplítea. Ligamento Poplíteo Arqueado: forma um arco do côndilo lateral do fêmur à face posterior da cápsulaarticular. Está unido ao processo estiloide da cabeça da fíbula por seis feixes convergentes. Ligamento Colateral Tibial (medial): prolonga-se para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo medial da tíbia. É intimamente fixado ao menisco medial. Impede o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo medial) Ligamento Colateral Fibular (lateral): está inserido no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no menisco lateral. Impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo lateral). Os ligamentos intracapsulados do joelho: Ligamento Cruzado Anterior (LCA) – insere-se na eminência intercondilar da tíbia e tem sua origem na face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA apresenta um suprimento sanguíneo relativamente escasso. Impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur (Movimento de gaveta anterior), além da hipertensão do joelho. Ligamento Cruzado Posterior (LCP) – é mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo em sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado durante a flexão da articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior). Menisco Medial: é de forma quase semi-circular, um pouco alongado e mais largo posteriormente. Sua extremidade anterior fixa-se na fossa intercondilar anterior da tíbia (anteriormente à fixação do LCA) e a posterior na fossa intercondilar posterior da tíbia (anteriormente à fixação do LCP). Menisco Lateral: é quase circular, tem mais mobilidade que o MM e recobre uma extensão da face articular maior do que a recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se na eminência intercondilar anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar da tíbia. TESTE DE LACHMAN Colocar perna em 30º e puxar a perna para frente depois para trás em vários movimentos seguidos. Avalia o ligamento cruzado anterior e o ligamento cruzado posterior. TESTE DE APPLEY Realizar compressão a 90º da perna contra o joelho realizando rotação interna da perna e depois a rotação externa da perna. Após isso repetir as rotações fazendo distração. A rotação externa avalia a integridade do menisco medial e a rotação interna avalia a integridade do menisco lateral. ÂNGULO Q O ângulo Q (quadríceps) é uma medida de alinhamento patelar global. É formado por duas linhas. Uma linha que vai do centro da patela até a espinha ilíaca ântero superior e outra linha que vai da tuberosidade da tíbia ao centro da patela. ARCOS DO PÉ Arco Longitudinal Medial Arco Longitudinal Lateral Arco Transverso O pé tem dois arcos, que são formados pela estrutura e disposição dos ossos e são mantidos por ligamentos e tendões. Os arcos não são rígidos, “formam-se” quando o peso é colocado sobre o pé e recuam quando o peso é levantado. O arco longitudinal é dividido em partes medial e lateral, a medial sendo a mais elevada das duas. O tálus é o ponto alto da parte medial que se origina do calcâneo, eleva-se no tálus, e desce aos primeiros três ossos metatarsais. A parte mais baixa lateral consiste no calcâneo, cuboide e quarto e quinto ossos metatarsais. O cuboide é o ponto alto ósseo desse arco. O arco transversal estende-se ao longo da largura do pé e é formado pelos ossos calcâneo, navicular e cuboide psoteriormente e pelas bases de todos os cinco ossos metatarsais anteriormente. Um enfraquecimento dos ligamentos e dos tendões do pé pode achartar os arcos – uma condição conhecida como pé plano, ou mais comumente, “pé chato”. O arco plantar é responsável pela sustentação e distribuição do peso do corpo. CONDROMALÁCIA PATELAR A condromalácia patelar ou condropatia patelar ou, também, como é mais aceita atualmente na literatura científica, síndrome da dor femoropatelar (SDFP), consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É considerada como uma das disfunções que mais afetam os membros inferiores atingindo com mais frequência mulheres e pessoas acima do peso. A patela segue o trilho do músculo quadríceps lateral e o recomendado é o fortalecimento do músculo vasto medial para compensar esse desequilíbrio muscular que gera essa degeneração da cartilagem. Pode ser diagnosticada com o teste da compressão patelar. TÚNEL DO TARSO Túnel do Tarso é a localização anatômica, entre o tornozelo e o pé, por onde passam algumas estruturas nobres, como veias, artérias, tendões e nervos. O nervo tibial entra no pé por trás do maléolo medial, a projeção óssea no lado interno do tornozelo. Do maléolo ao calcanhar projeta-se uma densa fita de tecido fibroso chamada retináculo flexor que, juntamente com os ossos do tornozelo forma um túnel denominado túnel do tarso. Através desse tunel passam tendões e o nervo tibial, relacionados com a movimentação, sensibilidade e flexibilidade do pé, além da artéria e veia tibiais. Limites anatômicos do túnel do tarso: Retináculo dos flexores: Localizado desde o ápice do maléolo tibial, dirigindo-se ínfero-posteriormente até fixar-se na face medial do calcâneo. Tálus e calcâneo: Representam os limites ósseos do Túnel Társico. O que compõe o Túnel do Tarso: tendão do m. Tibial Posterior, tendão do m. Flexor Longo dos Dedos, tendão do m. Flexor Longo do Hálux, Artéria Tibial Posterior, Nervo Tibial Posterior (Síndrome do Túnel do Tarso). DIVISÃO DO PÉ Retropé (calcâneo e tálus), Médiopé (navilar, cuneiformes e cuboide) Antepé (metatarsos e falanges). Articulação entre retropé e mediopé: articulação de Chopat. Articulação do mediopé com o antepé: articulação de Lisfranc. GRAUS DE ENTORSE Grau I: estiramento do ligamento, dor moderada e possibilidade de deambulação Grau II: ruptura parcial do ligamento com edema moderado, leve frouxidão, mas com ponto final firma. Grau III: ruptura completa do ligamento, incapacidade de colocar carga e instabilidade. LESÕES NOS LIGAMENTOS DO JOELHO Qual a função do ligamento cruzado anterior? Impede os movimentos de deslizamento posterior do fêmur sobre a tíbia (anteriorização da tíbia em relação ao fêmur) e a hiperextensão do joelho. Como se dá a lesão do ligamento cruzado anterior? A hiperextensão e a grande força anterior contra o fêmur com o joelho semifletido (p. ex., um bloqueio cruzado no futebol americano) podem romper o LCA. A ruptura do LCA também é uma lesão comum do joelho em acidentes com esqui. Essa lesão causa o deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta anterior, avaliado clinicamente pelo teste de Lachman. O LCA pode ser arrancado do fêmur ou da tíbia; entretanto, as rupturas costumam ocorrer na parte média do ligamento. Como se dá a lesão do ligamento cruzado posterior? Embora forte, o LCP pode se romper quando um jogador cai sobre a tuberosidade da tíbia com o joelho fletido (p. ex., ao cair de joelhos no chão em um jogo de basquetebol). As rupturas do LCP geralmente estão associadas a rupturas do ligamento tibial ou fibular. Essas lesões também podem ocorrer em colisões frontais quando a pessoa não usa cinto de segurança e a extremidade proximal da tíbia se choca contra o painel. As rupturas do LCP permitem que a tíbia livre deslize posteriormente sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta posterior. Como se dá a lesão dos ligamentos colaterais? A lesão é causada por um golpe na face lateral do joelho (trauma em valgo) estendido ou por torção lateral excessiva do joelho fletido que rompe o LCT e, ao mesmotempo, rompe e/ou separa o menisco medial da cápsula articular. Essa lesão é comum em atletas que torcem os joelhos fletidos durante a corrida (p. ex., no basquetebol, nas várias formas de futebol e no voleibol). O LCA, que serve como eixo para movimentos giratórios do joelho e é tensionado durante a flexão, também pode se romper depois da ruptura do LCT, criando uma “tríade infeliz” de lesões do joelho. Lesão Ligamento Função Valgo Colateral medial Varo Colateral lateral Cruzado anterior Impede a anteriorização da tíbia sobre o fêmur Cruzado posterior Impede a posteriorização da tíbia sobre o fêmur BURSAS DO JOELHO Existem pelo menos 12 bolsas ao redor da articulação do joelho, porque a maioria dos tendões segue paralelamente aos ossos e traciona a articulação no sentido longitudinal durante movimentos do joelho. As principais bolsas do joelho são: FASES DA REGENERAÇÃO ÓSSEA Inflamação (7 dias): formação do hematoma + exsudação inflamatória. A lesão de partes moles gera degranulação de plaquetas e uma resposta inflamatória típica (vasodilatação + hiperemia + migração de PMN e macrófagos). Dentro do hematoma há fibrina e fibrilas. E gradualmente ocorre substituição do hematoma por tecido de granulação. Os osteoclastos removem o osso necrótico. Formação do calo mole (2-3 semanas): o crescimento do osso intramembranoso e aposicional começa longe do traço de fratura em forma de manguito prendendo o canal medular e crescem vasos no calo. C Formação do calo duro (3-4 meses): tecido mole dentro do traço sofre ossificação endocondral (a partir de uma matriz cartilaginosa) e o calo é convertido em tecido calcificado rígido. O crescimento desse calo começa na periferia para o centro. Após a ossificação endocondral, o tecido mole é substituído por osso reticulado que se une eventualmente com a cortical original. Remodelação (meses a anos): o osso reticulado é substituído por ossos lamelar por meio da erosão da superfície. CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS Exposta (é quando o hematoma fraturário entra em contato com o meio externo, havendo ruptura da pele) ou fechada. Classificação das fraturas expostas de Gustilo Tipo I: A ferida é menor que 1cm, limpa e geralmente causada por um fragmento da fratura que perfura a pele (ou seja, de dentro para fora da lesão). Trata-se de uma lesão de baixa energia Tipo II: A ferida tem mais do que 1cm, não contaminadas e sem maiores danos de tecidos moles. Esta é também uma lesão de baixa energia Tipo III: A ferida é maior do que 1cm, com ruptura do tecido mole significativo. O mecanismo envolve frequentemente trauma de alta energia, o que resulta em uma fratura severamente instável com variados graus de fragmentação. Subdivididas: III A: A ferida tem tecido mole suficiente para cobrir o osso, sem a necessidade de uma cobertura de aba local ou à distância. III B: O rompimento do tecido mole é extenso, de tal forma que a cobertura com o retalho local ou à distância é necessária para cobrir o osso. A ferida pode ser contaminada e irrigação progressiva e procedimentos de descontaminação são necessários para garantir uma ferida cirúrgica limpa. III C: Qualquer fratura exposta associada a uma lesão arterial que requer reparo é considerada do tipo III C. Participação dos cirurgiões vasculares é geralmente necessária. DIFERENÇA DE LUXAÇÃO, FRATURA, SUBLUXAÇÃO, ENTORSE E CONTUSÃO Fratura: é uma dissolução de continuidade no osso (ruptura da cortical) Contusão: lesão traumática nos tecidos moles. Luxação: deslocamento repentino e duradouro, parcial ou completo, de um ou mais ossos de uma articulação. Subluxação: é quando há o deslocamento parcial de um osso da articulação. Entorse: é uma lesão traumática de uma articulação, com alongamento, arrancamento ou rotura de um ou mais ligamentos sem deslocamento das superfícies articulares. PROTOCOLO PRICE Proteção (Protection): O indivíduo deve proteger a área afetada para evitar um dano ainda maior. Recomenda-se o uso de muletas, órteses e dispositivos de imobilização em geral. Repouso (Rest): É importante para que não haja esforço e sobrecarga sobre a lesão e não atrapalhe a recuperação, alem também de não expor o membro afetado a lesões secundárias. Gelo (Ice): A aplicação do gelo após a lesão aguda é algo que não havendo consenso nos estudos científicos quanto a melhor forma de ser aplicada e quanto a duração da aplicação. O objetivo é evitar a progressão do edema, diminuir a dor local e os espasmos musculares. A aplicação do gelo deve ser feita de 15 a 20 minutos, com intervalos de 2 horas. O gelo deve estar envolvido em um pano ou plástico. Caso seja aplicado diretamente sobre a pele pode causar queimaduras devido a baixa temperatura. Compressão (Compression): A compressão é muito útil pois auxilia na drenagem do edema. Quando uma região é comprimida, os espaços disponíveis para o edema são reduzidos e, consequentemente, o inchaço também. Elevação (Elevation): Elevar o membro ajuda no retorno venoso, com consequente diminuição do edema. OSTEOPOROSE É uma desordem esquelética caracterizada por redução da massa óssea com alterações da microarquitetura do tecido ósseo levando a redução da resistência óssea e a aumento da suscetibilidade a fraturas. Na osteoporose, a atividade osteoblástica no osso costuma estar abaixo do normal e, como consequência, a deposição de osteoide está deprimida. A fisiopatologia da osteoporose é um desequilíbrio entre a reabsorção e formação óssea. A reabsorção óssea ocorre em maior medida do que a formação, portanto, um saldo negativo ocorre com uma perda líquida de osso e um risco que acompanha o aumento de fraturas, resultando em deformidade e dor crônica. A dor nociceptiva é considerada crônica quando ele está presente há pelo menos 3 meses. O desequilíbrio entre a formação óssea e reabsorção óssea pode ocorrer como resultado de um ou da combinação de um dos seguintes fatores: 1. Aumento da reabsorção óssea dentro de uma unidade de remodelação; 2. Diminuição da formação óssea dentro de uma unidade de remodelação (acoplamento incompleto) RELAÇÃO DE VITAMINA ‘D’ E O EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE A vitamina D é importante pra absorção de cálcio do intestino além de inibir o PTH (hormônio que leva a absorção de cálcio dos ossos), aumentando assim a calcificação óssea. Durante a atividade física, com a contração da musculatura, ocorre deformação e o osso interpreta esta deformação como um estímulo à formação, aumentado assim a massa óssea. RELAÇÃO DO ESTROGÊNIO COM A OSTEOPOROSE Os estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, estimulam o crescimento ósseo. Pelo menos parte desse defeito é devido à estimulação de osteoprotegerina, também chamada de fator inibitório osteoclastogênese, citocina que inibe a reabsorção óssea. Osteoporose dos ossos cauda por deficiência de estrogênio na velhice: Depois da menopausa, quase nenhum estrogênio é secretado pelos ovários. Essa deficiência leva a (1) maior atividade osteoclástica nos ossos (2) diminuição da matriz óssea e (3) menos depósito de cálcio e fosfato ósseo. Em algumas mulheres, esse efeito é extremamente grave e a condição resultando é a osteoporose. Na medida em que a osteoporose pode enfraquecer muito os ossos e levar a fraturas ósseas, especialmente fratura das vértebras, muitas mulheres na pós menopausa são tratadas profilaticamente com reposição do estrogênio para prevenir os efeitos osteoporóticos. O estrogênio atua estimulando a osteoprotegerina (OPG) que se liga ao OPGL inibindo a diferenciação das células pé-osteoclasto em osteoclasto ativo, diminuindo assim a reabsorção óssea. Porém quando o estrogênio está em queda a diferenciação aumente, e com o aumento de osteoclastos aumenta também a perda de massa óssea. ESTRUTURA DE UM OSSO LONGO GOTA OU ARTRITE GOTOSA É uma artrite, caracterizada por períodosde hiperuricemia e deposição de cristais de monourato de sódio (MUS) na cartilagem articular, no osso subcondral, na membrana sinovial, na cápsula, nos tecidos periarticulares e em áreas de menor temperatura, tais como os tecidos superficiais das extremidades, que leva a reação inflamatória. O ácido úrico resulta do catabolismo das purinas (adenina e guanina), e é a única via de excreção das mesmas, que se dá pela urina. As purinas necessárias à síntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA) são produzidas no próprio organismo humano, i.e. não há necessidade de ingesta. As purinas ingeridas não são incorporadas a ácidos nucleicos. São convertidas a ácido úrico por enzimas da mucosa intestinal e do fígado e também excretadas na urina. Os níveis de urato são influenciados por vários fatores, incluindo temperatura, pH, concentração de cátions, nível de desidratação e outros. Isso explica o porquê de ser a primeira metatarso-falangeana uma articulação comumente atingida (onde a temperatura é mais baixa e facilita a precipitação de cristais). A quantidade de urato depende da ingesta, síntese e taxa de excreção, podendo em 10% dos casos resultar de superprodução e em 90% dos casos de uma baixa excreção, ou uma combinação dos dois. A formação dos cristais de urato monossódico necessita da supersaturação do urato. Lesões articulares prévias podem facilitar a formação de cristais. Mesmo pessoas sem gota clínica podem ter uma concentração de cristais de urato nas articulações. Na crise aguda de gota, há uma infiltração por neutrófilos, monócitos e macrófagos. Quase sempre, a crise de gota é autolimitada, resolvendo em uma a duas semanas. A limpeza dos cristais pelos macrófagos leva à inibição dos leucócitos e ativação endotelial. Isto, somado ao aumento da permeabilidade vascular e à liberação de estímulos anti-inflamatórios como o aumento de corticosteroides endógenos e interleucinas anti-inflamatórias leva à resolução do ataque de gota. Simultaneamente, há a liberação de enzimas proteolíticas para quimiocinas, lipoxinas e outras que ajudam na resolução de flares agudos. O quadro clássico consiste em dor que frequentemente começa durante a madrugada e é intensa o suficiente para despertar o paciente. Embora qualquer articulação possa ser afetada, sobretudo as dos membros inferiores, o hálux (dedão) é a articulação mais frequentemente envolvida na primeira crise. Além da dor a articulação comumente apresenta-se inflamada com presença de calor, rubor (vermelhidão) e inchaço. Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas (tofos). Obesidade é um dos maiores riscos para hiperuricemia e gota, ao reduzir a excreção de ácido úrico e aumentar a produção de purinas. A ingestão de álcool aumenta a uricemia por incrementar a degradação do ATP em adenosina monofosfato (AMP), que é rapidamente convertido em ácido úrico. Deve-se também restringir alimentos ricos em purinas de origem animal (carnes, miúdos, embutidos e frutos do mar). Alimentos ricos em purinas de origem vegetal não precisam nem devem ser evitados e o consumo de laticínios com baixo teor de gordura deve ser estimulado. RESUMO COMPILADO PARA PROVA DA INTER ARTICULAÇÕES, LIGAMENTOS E BURSAS CLASSIFICAÇÕES E NOMES DAS PRINCIPAIS COLUNA Articulação zigoapofisária: sinovial plana Articulação atlanto-axial: trocoidea (movimento ‘NÃO’) Articulação atlanto-occipital: trocoidea (movimento ‘SIM’) Ligamento longitudinal anterior: limita extensão Ligamento longitudinal posterior: limita flexão Ligamento amarelo: limita flexão Ligamento interespinhal: limita flexão Ligamento supraespinhal: limita flexão Ligamento nucal Ligamento cruciforme Ligamentos alares: não deixam o dente do Áxis se soltar do Atlas QUADRIL Articulação sacroilíaca: parte anterior sinovial plana, parte posterior sindesmose Ligamento sacroilíaco anterior Ligamento sacroilíaco posterior Ligamento sacroilíaco interósseo: responsável pela transferência de peso Articulação lombossacral: sínfise Ligamentos íliolombares Articulação sacrococcígea: sínfise Ligamento sacrococcígeo anterior e posterior Sínfise púbica: sínfise Ligamento púbico superior Ligamento púbico inferior Articulação coxofemoral: esferóidea Ligamento íliofemoral: limita hiperextensão do quadril Ligamento pubofemoral: limita abdução excessiva da coxa Ligamento isquiofemoral: limita hiperflexão do quadril Ligamento da cabeça do fêmur JOELHO Articulação tíbiofemoral: sinovial gínglimo COMPONENTES DE UMA VÉRTEBRA E SUAS DIFERENÇAS Cervicais Processo espinhoso bífido, há forames transversários, faces articulares praticamente horizontalizadas, processo transverso, forame vertebral triangular. Atlas: não tem corpo vertebral e ao invés de processo espinhoso tem tubérculos posterior e inferior. Áxis: tem dente, corpo vertebral. Torácicas (dorsais) Processo espinhoso longo, apresenta fóveas costais, incisura vertebral inferior e corpo vertebral em formato de coração, forame vertebral circular e faces articulares superior em direção posterior verticalizada e inferior em direção anterior, ligeiramente medialmente. Lombares Forame vertebral triangular, processo espinhoso em forma de machadinha, corpo vertebral grande, apresenta processo mamilar e processo acessório, face articular superior póstero medialmente e face articular inferior ântero lateralmente. Sacro e cóccix Processo articular superior, forames sacrais, cristas sacrais, processo transverso do cóccix, canal sacral e promontório. OSSOS DO PUNHO Principal osso fraturado na mão é o escafoide. Fileira distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato Fileira proximal: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme OSSO DA ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL É uma articulação elipsoidea ou condilar, o rádio se articula com os ossos: escafoide, semilunar e piramidal ARCOS DE GILULA São três arcos usados para avaliar a estabilidade do punho, a sua perda pode gerar instabilidade no punho. Serve como parâmetro para observar se a organização dos ossos do carpo está de maneira harmônica, caso não esteja pode indicar luxações II e III: delineia a superfície articular intercarpal proximal (mais distal) I: delineia a superfície articular radiocarpal (mais proximal) LESÃO EM VARO E VALGO NO JOELHO Lesão em valgo: afeta o ligamento colateral medial Lesão em varo: afeta o ligamento colateral lateral MÚSCULOS DA EXTENSÃO DA ESPINHA (ERETORES DA ESPINHA)
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