Buscar

PROCEDIMENTO DE DESMONTE DE ROCHA COM EXPLOSIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCEDIMENTOS DE DESMONTE DE ROCHA COM EXPLOSIVO
�
CICLO BÁSICO DO DESMONTE DE ROCHA COM EXPLOSIVO
�
1 - OBJETIVO 
Estabelecer padrões mínimos para as operações de carregamento e desmonte de rocha com uso de explosivos, para um bom desempenho do desmonte e principalmente para minimizar os riscos de segurança, preservar a saúde dos trabalhadores e reduzir os impactos ambientais.
 
 2 - APLICAÇÃO 
É aplicado a todos os funcionários do setor de desmonte, tais como: blaster, motoristas de caminhão de explosivos, operadores de bob-cat, auxiliar de desmonte, técnicos e supervisores da área de desmonte.
3 – CONDIÇÕES DE SEGURANÇA: 
  
 A equipe deve ser habilitada, orientada e treinada. Todas as instalações destinadas ao armazenamento devem ser licenciadas pelos órgãos fiscalizadores para que as operações ocorram de maneira segura.
Todos devem utilizar EPI adequado às operações a serem realizadas:
Botina de segurança. 
Óculos de segurança. 
Luvas. 
Capacete. 
Protetor auricular ou abafador de ruído. 
Colete refletivo ou fita refletiva.
 Máscara contra poeira. 
4 - MEIO AMBIENTE
 
Na ocorrência de vazamento de óleo hidráulico no sistema de bombeamento, a operação deve ser imediatamente interrompida e comunicada a manutenção. 
Os resíduos originários dos lanches deverão ser colocados na embalagem própria e no final do turno colocá-la na lixeira apropriada, evitando assim contaminação do Meio Ambiente;
Quando notar anormalidade na coloração e volume dos gases expelidos pela descarga do motor, comunicar à manutenção de equipamentos.
- Descarte dos resíduos sólidos (embalagens plásticas, papelão, carretel de PVC e outros), deverá ser incinerado de acordo com as normas do exército (PORTARIA Nº 18-D LOG, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2005, Capítulo VI Art. 23).
�
5 – DESENVOLVIMENTO
5.1 – RECEBIMENTOS DOS PLANOS DE FOGO
É de responsabilidade da área engenharia de perfuração e desmonte a entrega do plano de fogo ao supervisor do desmonte. A programação da semana subseqüente deverá ser entregue toda quinta feira, salvo mudança de estratégia dentro da operação de mina.
Após receber o plano de fogo de a área técnica verificar as quantidades de explosivos e acessórios em estoque. Caso as quantidades em estoque não atenda a demanda planejada fazer solicitação/pedido junto ao fornecedor de insumos. 
5.2 – TRANSPORTES INTERNO DO EXPLOSIVO (PASSAGEM DIRETA OU PAIOL)
 
Nesta etapa o transporte deverá estar de acordo com os itens 5.1.1 e 5.2 do procedimento operacional para manuseio de explosivo.
Usar os degraus para acessar a carroceria, sempre mantendo três pontos de apoio.
Levantar o saco ou caixa em postura correta para levantamento de peso.
Carregar um saco ou caixa por vez.
Formar pilhas condicionando-as no formato e altura respeitando empilhamento máximo, conforme instrução do fabricante. 
Somente transportar explosivos e acessórios em mesmo veículo, com uso da caixa blindada de acordo com a norma do exército (PORTARIA Nº 18-D LOG, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2005, Capítulo VIII Art. 36).Caso contrário, devem ser transportados em veículos separados.
5.3 –DESCARGA DO EXPLOSIVO NA BANCADA E ISOLAMENTO DA ÁREA
Iniciar carregamento somente quando a área estiver livre de equipamentos. 
Sinalizar a área com placas, cones ou fitas.
Descarregar os explosivos no local destinado ao desmonte.
Os explosivos colocados nas bancadas devem ser mantidos longe do trânsito de equipamentos e locais propícios a quedas de rochas e objetos.
5.4 - CONFERÊNCIA/ESCORVA E CARREGAMENTO DOS FUROS
Este processo tem como característica a aplicação de explosivos nos furos, que podem ser na forma de gel, granulados encartuchados em filme plástico, granulados ensacados em fardos de 25 Kg, emulsão bombeada e granulado derramado mecanicamente.
�
5.4.1 – CONFERÊNCIA DOS FUROS
Antes de iniciar o carregamento dos furos, deverá ser feita a conferência da profundidade dos furos para verificar se há alguma não conformidade com o plano de fogo. Caso haja alguma não conformidade deverá ser comunicada ao supervisor ou engenheiro da área para que seja tomada as devidas providências.
5.4.2 – ESCORVA DOS FUROS
O processo de escorva pode ser feito com cordel ou linha silenciosa. 
Quando se utiliza o cordel dentro do furo, o rolo deve ser colocado no suporte apropriado e com uma das pontas fazer a amarração no cartucho de escorva ou booster e descer até o fundo de cada furo.
No caso do uso de linha silenciosa mantém quase o mesmo padrão do uso com cordel detonante, só que a detonação da coluna explosiva inicia na espoleta no fundo do furo, com isso ao descer a espoleta no furo deve ter o cuidado de mantê-la dentro de um cartucho de explosivo ou booster, para formar uma escorva eficiente, como também cuidar para não deixar cair material inerte (rocha) entre a carga explosiva e o cartucho escorva ou qualquer ponto da coluna, pois caso isso ocorra parte da carga do furo pode não detonar, diminuindo a eficiência do desmonte e espalhando explosivos sem detonar pela rocha.
5.4.3 – CARREGAMENTO DOS FUROS
5.4.3.1 – Carregamento convencional:
No carregamento convencional as embalagens de explosivos devem ser distribuídas ao lado de cada furo conforme carga calculada por furo.
Após a escorva, deve-se lançar ou despejar os explosivos até completar a carga do furo, sempre com o uso de uma trena ou vara para verificação da altura limite de carga, conforme plano de fogo. 
5.4.3.2 – Carregamento mecanizado
No carregamento mecanizado pode se utilizar: Unidade de bombeamento (caminhões fábricas) que faz a mistura de um elemento oxidante com um agente combustível, como é caso da unidade de fabricação de ANFO e/ou unidade de bombeamento da mistura de pré-emulsão oxidante com reagentes químicos, que resultam em um gel explosivo. 
Os explosivos são derramados ou bombeados para dentro dos furos através do uso de bombas, transportadores helicoidais ou mangueiras específicas. 
Quando utilizar unidade carregamento (caminhões) deve ter o cuidado de não passar sobre sistema de ligação.
Caso seja necessário o movimento do caminhão (unidade de bombeamento) entre furos, deve ser em baixa velocidade e com auxílio de uma pessoa na orientação das manobras, para evitar entupimento de furos e/ou passar sobre furos escorvados ou carregados.
Este processo de carregamento mecanizado é mais indicado por ser mais seguro e ergonômico.
5.4.4 - CARREGAMENTO DE BLOCOS E REPÉS 
  
Deve se ficar atento quanto ao carregamento de blocos ou repés em áreas de maior risco de danos materiais (próximo à planta de beneficiamento, benfeitorias, construções, ou próximos a equipamentos de lavra).
Neste caso a perfuração e a carga devem ser bem planejadas, de forma que a energia desprendida da detonação não gere ultra-lançamentos de fragmentos de rocha. Para esse controle a perfuração deve ser bem distribuída no bloco ou repé de forma que a razão de carregamento não ultrapasse 80g/ m3 em blocos isolados e 100g/m3 em repés. Além da carga, o método de carregamento é fundamental nesta operação, como o método do “Tampão engasgado”. 
Etapas que o blaster, técnico ou auxiliar deve cumprir para este método:
Fazer um cálculo simples avaliando visualmente as três dimensões do bloco (altura, comprimento e largura), multiplicando-ás e obtendo um volume estimado do bloco.
Calcular a quantidade total de explosivo necessário para aquele bloco ou repé, multiplicando o volume do bloco pela razão de carga.
Através do uso de balança ou da subdivisão do cartucho explosivo, separar a carga para cada bloco.
Avaliar a profundidade e posicionamento do furo com as dimensões do bloco.
No caso de desmonte de bloco, a carga deverá ser posicionada no centro do bloco. Caso haja um excesso na perfuração, o furo deverá ser preenchido com material inerte, até que seja possível colocar a carga explosiva na área centraldo bloco.
Levar a carga já escorvada até o fundo do furo com auxílio de uma vara de madeira ou pvc.
Usar fragmentos de rocha ou papelão no tamponamento para “engasgar” o furo, de forma a deixar uma câmara vazia entre a carga e o tampão de 30% (+ - 20%) do comprimento do furo.
Tamponar o restante do furo, adensando bem o material com uso de uma vara de madeira ou pvc.
Deve ter o cuidado no adensamento do tampão, para não danificar o sistema de ligação da carga a superfície (cordel detonante, sistema de iniciação silenciosa, estopim, ou sistema elétrico de ligação).
Para carregamento de blocos em áreas de menor risco, pode ser usada uma carga um pouco maior 120 g/m3 (+ - 50 g/m3) e uso de tampão completo sem câmara de ar.
�
5.5 – TAMPONAMENTO
O tamponamento dos furos consiste em colocar material inerte (rocha do próprio furo, rocha britada, rocha granulada mista), sobre a carga explosiva dentro do furo, em quantidade e granulometria que possibilite um maior aproveitamento da energia do explosivo, na fragmentação e deslocamento da rocha no sentido da face da bancada.
O material de tampão deve ser distribuído ao longo da bancada para facilitar a retomada com uso de mini carregadeira ou carrinho de mão.
Caso seja necessária a entrada de caminhão carregado de material granulado (rocha britada) em meio a perfuração, os furos poderão ser escorvados ou carregados, somente após descarga e retirada do caminhão.
Ao usar mini carregadeira no tamponamento o operador deve ter atenção redobrada com as manobras entre os furos, para não passar sobre o sistema de iniciação do furo (cordel, linha silenciosa, sistema elétrico).
A área de manobra da mini carregadeira deve manter uma distância segura da área de carregamento, para evitar atropelamento de pessoas.
Uma pessoa deve auxiliar o operador da mini carregadeira na orientação quanto a quantidade de material, posicionamento da caçamba e fixação do sistema de iniciação.
O auxiliar deve posicionar por trás do furo e de frente para a mini carregadeira na linha de visão do operador, mantendo uma distância segura da caçamba.
Ao tamponar o furo deve ter o cuidado para não danificar o sistema de ligação (linha silenciosa ou cordel).
5.6 - LIGAÇÕES DOS FUROS
  
São usados para fazer a interação entre os furos em uma seqüência de iniciação com intervalos de tempo entre as detonações sucessivas de forma a influenciar no desempenho do desmonte. A ligação entre furos devem seguir o arranjo descrito no plano de fogo. Duvidas e/ou questionamentos sobre o arranjo e intervalos de tempo utilizados devem ser discutidos junto a supervisão e/ou área técnica.
5.7 - RECOLHIMENTO DO EXPLOSIVO NÃO UTILIZADO E DESCARTE DE RESÍDUOS
  
Antes de recolher as embalagens de explosivos e acessórios deve-se conferir cada uma e certificar-se de que não há nenhum resíduo de explosivo ou acessório contido em seu interior.
Descarte dos resíduos sólidos (embalagens plásticas, papelão, carretel de PVC e outros), deverá ser incinerado de acordo com as normas do exército (PORTARIA Nº 18-D LOG, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2005, Capítulo VI Art. 23).
�
5.8 - CERCOS DA ÁREA E DETONAÇÃO
5.8.1 – CERCO DA ÁREA
Informar os líderes (supervisores e técnicos da lavra) e controladores da Central de Operações sobre o local do desmonte, solicitando-os a retirada de equipamentos da área de risco;
Informar a mineradora vizinha sobre o desmonte e as necessidades de isolamento, caso estejam dentro da área de risco;
Percorrer os bancos e/ou “áreas escuras” fazendo uma varredura visual de toda a área de risco;
Isolar todos os acessos que passe pela área de risco usando os funcionários do setor, munidos de placas orientativas na interdição das vias;
Conferir encostas e atentar pela presença de topógrafos, geólogos, sondadores, biólogos e outros profissionais que trabalham nos arredores da mina;
Planejar e verificar acesso de fuga.
Deverá ser feita uma comunicação via RH (Comunicação MUSA) no dia que antecede o desmonte, informando data, local e hora para todos os supervisores e gerentes da mineração.
5.8.2 – DETONAÇÃO
Ao se ter a comprovação do total isolamento da área, conectar o conjunto espoleta/ estopim a malha do fogo.
Utilizar conjunto espoleta estopim de comprimento suficiente para retirada segura da área de risco, nunca menor que um metro (1m);
Sempre utilizar dois conjuntos espoleta estopim para cada desmonte;
Acionar a sirene do veículo por um a dois minutos e desligá-la, logo em seguida ligar novamente e acender o estopim.
O veiculo de retirada deve estar em funcionamento e em posição de fuga. Na saída da área de risco deve-se manter a velocidade da via.
5.9 - ANÁLISES DO DESMONTE E LIBERAÇÃO DA ÁREA DE CERCO
Aguardar 5 minutos após a detonação para a dissipação dos gases e poeira da detonação;
O Blaster, líder ou supervisor do desmonte deve voltar ao local para conferência e avaliação do desmonte;
Verificar a presença de fogo falhado;
Informar o líder ou supervisor de lavra/infra-estrutura quanto a situação física do local, em caso de necessidade de refazer leiras, desobstruir ou interromper acessos;
Informar os funcionários que auxiliaram no isolamento sobre a liberação da área.

Continue navegando