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PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO PARQUE PONTE DOS BILHARES LED

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE UNINORTE 
LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
 
MARCELO VIEIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO PARQUE PONTE DOS BILHARES: 
UMA MODERNIZAÇÃO EFICIENTE E AMBIENTALMENTE CORRETA 
UTILIZANDO LUMINÁRIA LED 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus-AM 
2014 
 
 
 
 
MARCELO VIEIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO PARQUE PONTE DOS BILHARES: UMA 
MODERNIZAÇÃO EFICIENTE E AMBIENTALMENTE CORRETA UTILIZANDO 
LUMINÁRIA LED 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à banca 
examinadora do Centro Universitário do 
Norte UNINORTE como requisito parcial 
para obtenção do titulo de Engenheiro 
Eletricista. 
 
Orientador: Prof. Msc. Mario Carneiro 
dos Santos Filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus-AM 
2014 
 
 
 
 
 Oliveira, Marcelo Vieira de; 
Projeto de Iluminação Pública do Parque Ponte dos Bilhares: Uma 
modernização eficiente e ambientalmente correta utilizando Led / 
Marcelo Vieira de Oliveira – Manaus: Centro Universitário do Norte – 
Uninorte / Laureate International Universities, 2014. 
 
Bibliografia 
 
Monografia apresentada para obtenção do Titulo de Engenheiro 
Eletricista do Centro Universitário do Norte – UNINORTE / Laureate 
 
Orientador: Prof. Msc. Mario Carneiro dos Santos Filho 
 
1. Iluminação Pública. 2. Led. 3. Luminária. 4. Mercúrio. 5. Eficiência 
Energética I. Centro universitário do Norte – Uninorte. Escola de Exatas 
e Tecnologias. II. Titulo. 
 
 
 
 
PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO PARQUE PONTE DOS BILHARES: 
UMA MODERNIZAÇÃO EFICIENTE E AMBIENTALMENTE CORRETA 
UTILIZANDO LUMINÁRIA LED 
 
MARCELO VIEIRA DE OLIVEIRA 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário do Norte – UNINORTE, como um dos pré-
requisitos para obtenção do título de Engenheiro Eletricista. 
 
Aprovada em _______/_______/________ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Anderson Gadelha Fontoura 
PRESIDENTE 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Weverson dos Santos Cirino 
MEMBRO 
 
 
_______________________________________________________ 
Profª. Anne Beatriz Rocha Abreu 
MEMBRO 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico à minha mãe que nunca deixou de 
acreditar em mim, e que me deu todo o 
apoio necessário a essa conquista. À 
minha esposa que dia-a-dia me apoiou 
entendendo que a minha ausência era para 
benefício de nossa família. E ao meu filho 
que mesmo ainda sendo tão novo já me 
encheu o coração de alegria dizendo, 
“quando crescer quero estudar e trabalhar 
igual ao meu pai. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço primeiramente a Deus que todos os dias me concede a saúde a firmeza e a vida, a 
quem devo meu deitar e levantar em paz e segurança, pois bem sei que sem Ele nenhum de 
meus propósitos poderiam ser alcançados. 
 
Posteriormente agradeço também à minha família que não mediu esforço nem sacrifícios 
para que enfim pudesse eu alcançar esse título. 
 
Depois deixo meu agradecimento às instituições do IFAM (Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Amazonas) e Uninorte que me ofereceram sua grande parceria e 
contribuição na conquista deste título. 
 
E por fim agradeço à empresa F.M. Rodrigues que me concedeu experiência profissional e 
de atuação para tal projeto fosse elaborado. 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Bom mesmo é ir à luta com 
determinação, abraçar a vida com paixão, 
perder com classe e vencer com ousadia, 
porque o mundo pertence a quem se 
atreve e a vida é muito para ser 
insignificante”. 
Augusto Branco. 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O setor de Iluminação Pública no Brasil e no mundo tem assumido um estado de 
crescimento permanente, e sua necessidade é destacada a bens da segurança pública das 
comunidades e da vida e produção noturna das cidades. Tal, com um surgimento simplório, 
há muito tem se consolidado como um serviço de necessidade básica comum a todos. Essa 
história se dá desde que para desenvolvimento das atividades noturnas eram instaladas 
lamparinas suspensas às margens das ruas, vielas e logradouros em geral. No entanto, esse 
crescimento causa aumento na demanda do consumo de energia elétrica nas cidades que 
constantemente estão em crescimento também, pois, se aumenta o número de bairros, ruas, 
praças, etc., aumentam também as quantidades de luminárias instaladas para atender à 
população. Por estar essencialmente relacionado à qualidade de vida nos centros urbanos 
este setor representa o consumo de 4,5% da demanda nacional e 3,0% do consumo total de 
energia elétrica do país, o equivalente a uma demanda de 2,2 GW e a um consumo de 9,7 
bilhões de kWh/ano. Com toda essa representatividade o setor assume a necessidade de 
métodos e projetos de eficiência e economia para os sistemas de iluminação pública. Com 
isso, no trabalho que a seguir se desenvolve, é apresentado um projeto específico de 
iluminação pública no Parque Ponte dos Bilhares com a utilização de luminárias Led, 
destacando sua utilização por características ambientalmente corretas que a tecnologia 
possui. 
 
Palavras-Chave: iluminação pública, eficiência energética, Led, energia elétrica, meio-
ambiente, mercúrio. 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The section of Public Illumination in Brazil and in the world it has been assuming a 
state of permanent growth, and his need is detached to goods of the communities' public 
safety and of the life and night production of the cities. Such, with a simple appearance, 
there is a lot has if consolidated as a service of basic need common to all. That history feels 
since for development of the night activities suspended lamps were installed to the margins 
of the streets, alleys and public areas in general. However, that growth causes increase in the 
demand of the electric power consumption in the cities that constantly are in growth also, 
because, he/she increases the number of neighborhoods, streets, squares, etc., they also 
increase the amounts of lamps installed to assist the population. For being essentially related 
the life quality in the urban centers this section it represents the consumption of 4.5% of the 
national demand and 3.0% of the total consumption of electric power of the country, the 
equivalent to a demand of 2.2 GW and the a consumption of 9.7 billion kWh / year. With 
that whole representativeness the section assumes the need of methods and efficiency 
projects and economy for the systems of public illumination. With that, in the work that to 
proceed if it develops, a specific project of public illumination is presented in the Park Ponte 
of the Billiards with the use of lamps Led, detaching his/her use for characteristics 
environmentally friendly that the technology possesses.. 
 
Keywords: public illumination, energy efficiency, Led, electric power, middle-atmosphere, 
mercury. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Elementos da iluminação .............................................................................. 21 
Figura 2: Lâmpada Romana em Terracota a óleo vegetal. ........................................... 23 
Figura 3: Lâmpada a arco voltaico (1905-1920), Museu da Energia. .......................... 24 
Figura 4: Luminária antiga de Manaus. ........................................................................25 
Figura 5: Lâmpada Incandescente ................................................................................ 30 
Figura 6: Lâmpada a vapor de mercúrio ....................................................................... 31 
Figura 7: Lâmpada Vapor de Sódio. ............................................................................. 32 
Figura 8: Lâmpada Multivapor Metálico. ..................................................................... 32 
Figura 9: Lâmpada de Indução Magnética ................................................................... 33 
Figura 10: Evolução da eficiência das fontes de luz artificial ...................................... 34 
Figura 11: Eficiência IRC e Vida Útil. ......................................................................... 35 
Figura 12: Foto diurna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento. ..................... 41 
Figura 13: Foto diurna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento 2. .................. 41 
Figura 14: Foto noturna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento. ................... 42 
Figura 15: Tela de entrada do Dialux. .......................................................................... 48 
Figura 16: Gonio Rules. ................................................................................................ 49 
Figura 17: Tela do software que recebe os dados do Gonio Rules. .............................. 49 
Figura 18: Tela do software com a fotometria gerada. ................................................. 50 
Figura 19: Projeção de desobstrução longitudinal ........................................................ 51 
Figura 20: Projeção da luz de passeio no projeto Parque dos Bilhares ........................ 52 
Figura 21: Resultados Matemáticos da iluminação de passeio do projeto do Parque dos 
Bilhares ..................................................................................................................................... 52 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Número de pontos luminosos (adaptado da base de dados ManausLuz e 
dados da licitação 2009) ............................................................................ 27 
Tabela 2: Propriedades do elemento químico mercúrio. Adaptado de SILVA, 
Lourenço Lustosa Fróes da, 2006. ............................................................. 36 
Tabela 3:Comparativo entre as tecnologias, adaptado de Manual de IP Copel e LEDs 
versus lâmpadas convencionais. ................................................................ 37 
Tabela 4: Levantamento com tipo de luminárias existentes no parque de elaboração 
própria. ....................................................................................................... 42 
Tabela 5: Dados do cadastro de novembro de 2013 (Fonte: Base de dados da 
ManausLuz) ............................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................. 13 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14 
JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 16 
MOTIVAÇÃO .............................................................................................................. 17 
ESPECIFICAÇÃO DO PROBLEMA .......................................................................... 17 
HIPÓTESES ................................................................................................................. 17 
OBJETIVOS ................................................................................................................. 18 
Objetivo Geral .......................................................................................................... 18 
Objetivos Específicos ............................................................................................... 18 
METODOLOGIA ......................................................................................................... 18 
ORGANIZAÇÃO DA MONOGRAFIA ...................................................................... 19 
1. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 20 
1.1 O que é Iluminação Pública? .......................................................................... 20 
1.1.1 Elementos básicos da iluminação ............................................................. 20 
1.1.2 Quem é o responsável pela Iluminação Pública na Cidade? ..................... 21 
1.1.3 Como funciona a Iluminação Pública e qual a sua necessidade?.............. 21 
1.2 História da Iluminação .................................................................................... 22 
1.3 A Iluminação Pública na Cidade de Manaus .................................................. 25 
1.3.1 O cenário atual da Iluminação Pública de Manaus ................................... 26 
2. SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ...................................................... 29 
2.1 Projetos de Iluminação .................................................................................... 29 
2.1.1 Fontes Luminosas Aplicadas em Iluminação Pública ............................... 30 
3. PARQUE MUNICIPAL PONTE DOS BILHARES ......................................... 40 
4. PROJETO LUMINOTÉCNICO ......................................................................... 43 
4.1 Cálculos Luminotécnicos ................................................................................ 45 
4.2 Dialux .............................................................................................................. 52 
5. O PROJETO ELÉTRICO DO PARQUE DOS BILHARES ............................. 53 
5.1 Características Gerais do Projeto .................................................................... 53 
5.2 Distribuição das instalações elétricas.............................................................. 54 
5.3 Considerações Financeiras do Projeto ............................................................ 55 
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 56 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 57 
ANEXOS ...................................................................................................................... 61 
ANEXO A: Tabela de Valores para os serviços de Iluminação Pública. ................. 61 
ANEXO B: Anexo D do edital de Concorrência nº 008/2010-CL-SEMINF/PM, 
publicado no diário oficial do município do dia 04 de março de 2010. ............................... 62 
ANEXO C: Tabela resumo do cadastro de Iluminação Pública de novembro de 2013 
- ManausLuz. ........................................................................................................................ 63 
ANEXO D: Planilha com cálculo da queda de tensão para o projeto com luminárias 
LED (Elaboração própria). ................................................................................................... 64 
ANEXO E: Planilha com cálculo da queda de tensão para o projeto com luminárias 
LED (Elaboração própria). ................................................................................................... 66 
ANEXO F: Datasheet da luminária ERS 2 ............................................................... 68 
ANEXO G: Projeto Elétrico ..................................................................................... 70 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS→ Tende 
∞ Infinito 
A Ampére 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica 
CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais 
CI Circuito Integrado 
CO2 Dióxido de Carbono 
COSIP Contribuição para Serviços de Iluminação Pública 
g Grama 
h Hora 
IP Iluminação Pública 
IRC Índice de Reprodução de Cores 
k Quilo 
kC Quilo carbono 
kg Quilograma 
kV Quilovolts 
kWh Quilowatt hora 
 LED Light Emitting Diode 
MW Megawatt 
NA Normalmente Aberto 
NF Normalmente Fechado 
V Volts 
VA Volt Ampére 
VM Vapor de Mercúrio 
VS Vapor de Sódio 
VT Vapor Metálico 
W Watt 
14 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Às vistas técnicas dos serviços básicos oferecidos pelo poder público são 
demasiadamente desconsideradas até mesmo por aqueles que exercem a sua fiscalização 
quando avaliados seus orçamentos. Logicamente que a atratividade está considerada num 
comparativo de maior, ou menor, custo financeiro. 
 
Hoje podemos analisar o comportamento tecnológica e ambientalmente regressivo que 
o setor de Iluminação Pública tem sofrido. A busca excessiva do agrado visual com a 
utilização da luz branca tem tomado conta de diversos centros municipais em todo o mundo. 
 
Infelizmente as alternativas utilizadas de substituição de lâmpadas Vapor de Sódio por 
Lâmpadas Vapor Metálico têm consequências que vão além do conforto oferecido por um 
índice de reprodução de cores (IRC), mais elevado. Quando se refere a essa substituição está 
se trazendo à tona temas mais específicos, que fogem ao conhecimento de alguns, como a 
degradação do meio ambiente e do homem com o aumento de sua interação com a substância 
considerada a terceira mais perigosa dos elementos químicos, o mercúrio. 
 
Todavia, os intentos orçamentários de uma tecnologia mais avançada que combata a 
regressividade do setor podem ser demasiadamente justificados pelos benefícios adquiridos 
com sua utilização, tais como as luminárias LED que além de ser ambientalmente corretas 
ainda agradam na referência a eficiência energética. 
 
Com o acima exposto, e tendo em vista a necessidade básica dos serviços e 
desenvolvimento do setor de iluminação púbica, bem como também o seu crescimento e o 
aumento da demanda do consumo de energia elétrica relacionado à condição de carência em 
projetos eficazes de eficiência energética, este trabalho visa apresentar e fazer justificado o 
projeto de iluminação pública (IP) do Parque Ponte dos Bilhares com luminárias LED, situado 
à Avenida Constantino Nery, sem número, São Geraldo, Manaus, Amazonas. 
 
15 
 
O setor de energia elétrica tem aplicado atenções a um assunto preocupante quanto à 
eficiência energética, quando a capacidade de geração não consegue acompanhar o aumento 
diário da demanda de consumo da energia gerada o que implica em uma preocupação mundial 
com meios de economia. 
 
Em todo o mundo a preocupação é não apenas em reduzir o consumo, mas também em 
aumentar a eficiência luminosa utilizando produtos com menor concentração de mercúrio, 
elemento químico que é extremamente agressivo ao meio e ao homem e que tecido humano 
possui 100% de chances de absorção tanto por vias respiratórias como pela pele. 
 
Com todo o acima exposto, procura-se apresentar no desenvolver deste trabalho os 
conceitos básicos de iluminação em geral, Iluminação Pública e seus componentes, procura-se 
também apresentar uma abordagem inclinada à preocupação ambiental, que dentre outros 
motivos, é predominante a escolha da tecnologia em questão utilizada para o projeto, a 
tecnologia Led. 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
 Ao se tratar do tema Iluminação Pública, aborda-se um assumo hoje extremamente 
ligado à administração municipal, tal está diretamente relacionado com a qualidade de vida da 
população que carece dos benefícios urbanos para o desenvolvimento de suas atividades de 
produção e economia, mas que precisam também do entretenimento, do esporte e do lazer 
para diariamente trabalhar a sua saúde social, física e mental. 
 
 Investir nessa necessidade social é um desafio, pois em se tratando de verbas 
municipais há sempre uma fila enorme em relação à concorrência de setores carentes da 
atenção pública. 
 
 Sem a Iluminação Pública não há o funcionamento de locais públicos no período 
noturno, sem contar que tal setor é comprovadamente indispensável à garantia da segurança 
pública na sociedade. 
 
 Tal responsabilidade municipal é firmada através do artigo 218 da Resolução 
Normativa 414/2010 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que determina a 
transferência aos municípios do sistema de Iluminação Pública. 
 
 Todavia, os recursos da administração pública municipal, destinados a investimentos 
neste setor, são considerados de verba específica, COSIP, arrecadados dos consumidores 
finais de energia, conforme Anexo A, deste trabalho. 
 
 A implantação do projeto trará como resultado uma melhor uniformidade de 
iluminação dentro do parque com um melhoramento expressivo tendo como base comparativa 
a iluminação convencional atualmente existente, na economia trazida pelo projeto com o 
consumo de energia elétrica, além da sua contribuição com o meio ambiente e a economia 
com o dimensionamento dos alimentadores. Sem falar que tal obra fica a partir de então 
conhecida como primeira obra de IP com luminária Led de Manaus e do Amazonas. 
17 
 
MOTIVAÇÃO 
 
O aumento progressivo do número de luminárias existentes em uma área urbana 
resulta também em uma maior demanda de consumo de energia. Daí a preocupação com 
projetos que apresentem resultados finais mais econômicos, contribuindo os programas de 
eficiência energética. 
 
 
ESPECIFICAÇÃO DO PROBLEMA 
 
É possível utilizar tecnologia LED (Light Emitting Diode) para diminuir o consumo de 
energia elétrica no setor de Iluminação Pública? 
 
 
HIPÓTESES 
 
Depois da grande crise de petróleo em 1973, despertou-se no mundo uma preocupação 
especial quanto à questão da gestão energética. Uma crise impactante e inesperada inspirou a 
ascensão da necessidade de projetos de eficiência energética. A Iluminação Pública com um 
setor grande e representativo, quando se refere a consumo de energia elétrica, destaca-se 
como alvo para a busca de tal eficiência. 
 
Para suprir essa busca surge como parceira a tecnologia e seus produtos, dentro destes 
produtos têm as luminárias Led que conseguem iluminar ambientes com um menor consumo. 
Todavia por se tratar de tecnologia nova o seu custo ainda é muito elevado, mas o 
investimento justifica-se quando se observa também que atualmente estas são a melhor 
solução em respeito ao meio-ambiente. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
OBJETIVOS 
 
 
Objetivo Geral 
 
 Estudar a elaboração e a execução de um projeto de IP utilizando tecnologia LED a 
fim de alcançar economia no consumo de energia elétrica. 
 
 
Objetivos Específicos 
 
a) Conhecer o histórico de iluminação no cenário mundial e municipal, desenvolver 
conhecimento de conceitos geral e específico de Iluminação Pública. 
 
b) Elaborar projeto de Iluminação Pública para o Parque Ponte dos Bilhares 
utilizando luminárias LED. 
 
c) Demonstrar que as luminárias LED podem alcançar resultados de eficiência 
energética na aplicação do projeto e seus benefícios básicos em relação ao meio-
ambiente. 
 
 
METODOLOGIA 
 
 Este trabalho é elaborado através de um estudo de caso, pois o projeto em questão visa 
atender à necessidade específica identificada pela prefeitura de Manaus, para asolução ideal 
da Iluminação Pública do Parque dos Bilhares, sito à Avenida Constantino Nery, sem número, 
bairro São Geraldo no município de Manaus no Estado do Amazonas. 
 
 
 
 
 
19 
 
ORGANIZAÇÃO DA MONOGRAFIA 
 
Este trabalho está basicamente dividido em cinco capítulos que dispõem o seguinte: 
 
Capítulo 1 – Apresenta à revisão bibliográfica que possui um resumo geral dos 
conceitos necessários para a compreensão do objeto do projeto, o mesmo visa causar a 
familiarização do leitor com o assunto desde o seu desenvolvimento histórico até a sua 
atualidade. 
 
Capítulo 2 – Sistemas de Iluminação – Faz uma abordagem inicial sobre o setor de 
iluminação e seus componentes característicos, partindo da abordagem superficial de projeto 
até à apresentação das tecnologias envolvidas para a prática dos serviços. Apresenta também 
uma abordagem maior sobre a tecnologia defendida durante seu desenvolvimento, o LED. 
 
Capítulo 3 – Parque Municipal Ponte dos Bilhares – Desenvolve um conhecimento 
básico dos demais ramos que envolvem a construção final de todo o parque, como história e 
desenvolvimento de sua construção. 
 
Capítulo 4 – Projeto Luminotécnico – Apresenta uma abordagem básica sobre projetos 
de iluminação levando em conta também conceito de arquitetura para a elaboração dos 
mesmos. Nesse capítulo também são abordado meios tecnológicos para a elaboração de um 
projeto de iluminação, tais como a utilização do software Dialux. 
 
Capítulo 5 – Projeto Elétrico – Faz uma abordagem rápida às características elétricas 
do projeto e seus benefícios na economia de energia elétrica, além de descrever detalhes 
financeiros da implantação do mesmo. 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
1. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
1.1 O que é Iluminação Pública? 
 
Para melhor compreensão, faz-se necessário a introdução explicativa sobre o que é IP. 
Segundo o Artigo 9º, inciso XXIV da Resolução nº 546/2000 da ANEEL (Agência Nacional 
de Energia Elétrica), Iluminação Pública é: O serviço que tem por objetivo prover de luz, ou 
claridade artificial, os logradouros públicos no período noturno ou nos escurecimentos 
diurnos ocasionais, inclusive aqueles que necessitam de iluminação permanente no período 
diurno. 
 
 
1.1.1 Elementos básicos da iluminação 
 
O estudo da iluminação é composto dos seguintes termos básicos luminotécnicos: 
 
 Fluxo Luminoso (lm): É a quantidade de energia luminosa radiante em todas as 
direções, emitida por unidade de tempo, Sua unidade é o lúmen (lm). 
 
 Eficiência Luminosa (lm/W): É a relação entre o fluxo luminoso emitido e a potência 
elétrica absorvida, lúmen por Watt (lm/W). 
 
 Intensidade Luminosa (cd): É o valor de energia radiante emitida por uma fonte de luz, 
que corresponde a 1/60 da intensidade luminosa emitida por um centímetro quadrado da 
superfície de um corpo capaz de absorver toda energia radiante nele incidida. 
 
 Iluminamento ou Iluminância (lx= lm/m2): É o fluxo luminoso que incide sobre uma 
superfície, a unidade de medida é o lux que é igual ao lúmen por metro quadrado 
21 
 
 Luminância (cd/m2): É a intensidade luminosa produzida ou refletida por uma 
superfície aparente. 
 
Figura 1: Elementos da iluminação 
 
 
 
 
1.1.2 Quem é o responsável pela Iluminação Pública na Cidade? 
 
A instalação, adequação, manutenção e demais investimentos com o objetivo de 
atender à Iluminação Pública, é responsabilidade direta da administração pública municipal. 
Em Manaus, o poder executivo municipal realiza a terceirização dos serviços financiados por 
verba arrecadada através da concessionária de energia e repassada ao município pelo fundo 
conhecido como COSIP (Contribuição para serviços de Iluminação Pública). 
 
 
1.1.3 Como funciona a Iluminação Pública e qual a sua necessidade? 
 
A iluminação Pública é composta de Luminárias que são instaladas para provimento 
de claridade, durante a noite e ou escurecimentos diurnos, nas laterais ou em canteiro central 
dos logradouros públicos, subentendidos como: Avenidas, Ruas, Becos, Vielas, Praças, etc... 
 
 O acendimento destas luminárias de IP obedece a comandos Automáticos 
independentes ou em grupo que hoje podem ser executados por relés fotoelétricos, ou chave 
eletromagnética, ou quadro de comando e medição, ou ainda, com o avanço da tecnologia, por 
gerenciamento à distância (telegestão). 
Fonte: http://www.joname.xpg.com.br/apostila-2-UFES.htm 
22 
 
 O ser humano há muito tem dado cada vez mais importância para o provimento de 
claridade durante a noite, que dentro de um conceito de sociedade no uso coletivo do bem, 
destaca-se a IP, que possui um papel fundamental na sociedade. 
 
A produção da luz passa historicamente por 4 fases ou gerações técnicas: 
1ª Fogueiras, velas e lâmpadas a óleo; 
2ª Lampião com camisa, técnica descoberta por Amié Argand em 1874; 
3ª Lâmpada incandescente usando filamento em carbono, inventada por Thomas 
Edson em 1879; e 
4ª Os dias atuais, lâmpadas baseadas na descarga de gases, a partir de 1933 
(COSTA, 2005, pág. 2). 
 
 A iluminação pública possui uma grande importância para o fluxo de veículos e 
transeuntes nas ruas, praças e demais logradouros públicos, sem a mesma, dificultaria muito a 
utilização de vias em período noturno, conforme destaca o American National Standard 
Institut (apud BARONE, 2002, pág 17): 
 
A escuridão traz um aumento no risco para usuários das ruas e 
rodovias já que ela reduz a distância que eles podem enxergar. A taxa de 
acidentes fatais no período noturno em vias não iluminadas é 
aproximadamente 3 vezes a taxa do período diurno, baseado numa 
proporção de veículos e distância viajadas. 
 
 
1.2 História da Iluminação 
 
É difícil datar com precisão o surgimento da iluminação, pois se pode entender que a 
mesma demonstrou sua potencial importância há muitos séculos atrás quando provavelmente 
em sua primeira utilização por acidente uma pessoa tomou em suas mãos alguns poucos 
galhos reunidos em chama, de um incêndio, e os conduziu ao interior de sua caverna para 
aquecer-se e ao mesmo tempo clarear o seu ambiente e proteger-se de animais que o 
ameaçariam. Algum tempo depois já é possível estudar sobre o uso projetado da luz emitida 
por feixes de pinho suspensos ao teto ou em suportes fixos às paredes. Segundo Souza (2004) 
a madeira de pinho chegou a ser chamada de “vela de madeira” também foi usada nos tempos 
coloniais nos Estados Unidos. 
23 
 
Posteriormente, destacam-se outros tipos de materiais utilizados para iluminação como 
juncos banhados em graxa ou gordura, utilizados para provimento da já então necessária 
iluminação. Mas o avanço da iluminação não ficou por aí, logo surgiram também lâmpadas de 
óleo cru, em seguida surgem também as lâmpadas de terracota que utilizadas pelos romanos 
eram abastecidas com o óleo vegetal como combustível. 
 
Figura 2: Lâmpada Romana em Terracota a óleo vegetal. 
 
 
 Daí surge então a iluminação à base de óleo de baleia e posteriormente as lâmpadas 
com os combustíveis à base de petróleo, a exemplo as lâmpadas que utilizavam querosene que 
para a época demonstraram ser mais seguras e produziam uma luz melhor, além de ser muito 
mais baratas. 
 
 O avanço do setor é notável, logo em seguida, no ano 1783, o químico suíço de nome 
Ami Argand descobriu que um simples cilindro de vidro envolta da lâmpada era capaz de 
evita que o ambiente ficasse enfumaçado, além de tornar a luz mais estável e brilhante. 
 
 Destacam-se também como parte da evolução da tecnologia utilizada para provimento 
de iluminação as velas que surgiram e aumentaram a sua utilização por parte da igrejacristã e 
que passam então à assumir uma expressiva demanda do mercado de produção e comércio de 
lâmpadas, se estabelecendo como base principal até a batalha gerada pela invenção da 
lâmpada incandescente à base de energia elétrica, por Thomas Edison em 1879. 
 
 Podemos considerar a participação de nomes importantes para o avanço do setor de 
iluminação dentro do cenário histórico, tais como: Otto Von Guerick (1860), com a 
descoberta da luz através da eletricidade, Sir Francis Hauksbee (1710), Benjamin Franklin 
(1752), Sir Humphrey Davy (1802), que provou a possibilidade de produzir luz incandescente 
(Fonte: História da Iluminação, por José Valdez F. de Souza) 
24 
 
através do aquecimento de fios metálicos pela passagem da corrente elétrica, e pela invenção 
da lâmpada a arco. Dentre vários outros nomes, a história da iluminação se estende em 
desenvolvimento constante em busca da luz eficiente e mais duradoura, só em 1907 é que 
aparece a primeira lâmpada incandescente com filamento de tungstênio. 
 
 O desenvolvimento trouxe também à tona o conhecimento de métodos para aumentar a 
vida útil das lâmpadas. Seria necessário o acréscimo de gases inertes no bulbo, onde se 
destaca o considerado maior agressor ao meio ambiental existente hoje no setor. O mercúrio. 
 
Figura 3: Lâmpada a arco voltaico (1905-1920), Museu da Energia. 
 
 
 A partir de então se desenvolve a tecnologia de lâmpadas à base de descarga de gases 
cuja utilização maior é para ambientes externos, a mesma se destaca pela invenção de Arons 
em 1892, a primeira que utilizou vapor de mercúrio. 
 
 Em 1852, foi descoberta também a possibilidade de transformar radiação ultravioleta 
em radiação visível, o chamado efeito fluorescente descoberto por Sir George Stokes. Que 
utilizou para suas experiências uma solução de sulfato de quinino. 
 
 Desenvolvendo-se então, constantemente, até os dias atuais quando já podemos 
destacar a utilização de tecnologias como das lâmpadas Vapor de Sódio (VS), lâmpadas 
Multivapor Metálico (MVM), Lâmpadas de Vapores Mistos, Lâmpadas por Indução 
Eletromagnética, e as lâmpadas utilizadas em nosso projeto, que são lâmpadas LED. 
 
 
(Fonte: História da Iluminação, por José Valdez F. de Souza) 
25 
 
1.3 A Iluminação Pública na Cidade de Manaus 
 
Não alheia à história mundial, a Iluminação Pública na cidade de Manaus obedeceu 
também aos degraus do desenvolvimento. Partindo da iluminação por lampiões suspensos em 
postes às laterais das vias, prova histórica que ainda pode ser encontrada em uma simples 
caminha pelo centro da cidade que ainda tenta preservar sua riqueza histórica vivida no tempo 
Áureo da Borracha. 
 
Figura 4: Luminária antiga de Manaus. 
 
 
 Segundo Otoni Mesquita (2006 apud MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO, 1971), antes 
de se estabelecer os sistemas convencionais de iluminação pública em Manaus, seus 
moradores utilizavam “manteiga ou banha de tartaruga ou de peixe-boi” para iluminar suas 
casas. 
 Foi em 1870 que o presidente J. Wilkens de Mattos anunciou a inauguração do serviço 
de iluminação pública da cidade que tinha um quantitativo não registrado de “candeeiros” 
responsáveis pela iluminação. Mas já em 1872 há o registro do total de 110 lampiões 
instalados a fim de melhorar o serviço oferecido pelo município. 
 
Foto própria, tirada no largo de São Sebastião. 
26 
 
 Posteriormente a cidade passa também pelos processos de melhoramento da IP com a 
utilização de lâmpadas a Gás Carbônico e em seguida com iluminação a Gás-Globo. Até 
chegar a real utilização de iluminação à luz elétrica, ideia que só foi discutida a partir de 1884. 
 
 
1.3.1 O cenário atual da Iluminação Pública de Manaus 
 
 A IP do município de Manaus passou um período extenso sob a administração direta 
da concessionária de energia elétrica Amazonas Energia, no entanto, no ano de 2004, durante 
o mandato interino do prefeito Alberto Carijó, o setor foi novamente repassado a 
responsabilidade da prefeitura municipal de Manaus. Que dispões de verba específica 
arrecadada sobre a margem de consumo residencial, industrial, etc. 
 
 No ato acima exposto, em 2004, a empresa ganhadora da concorrência de Iluminação 
Pública foi a Citéluz que recebeu o parque municipal com aproximadamente 93.381 
luminárias e esteve trabalhando junto ao município até mais ou menos o mês de junho de 
2009, quando cedeu lugar à empresa Socreluz que atuou em contrato emergencial de três 
meses enquanto se realizava novo processo licitatório, com base nos dados de cadastro 
datados de março de 2009, deixados ainda pela empresa Citéluz que demonstravam o total já 
instalado de 113.220 luminárias, Anexo B, concorrência esta cujo ganhador foi o Consórcio 
ManausLuz, em outubro de 2010, e atualmente detentor do contrato de gerenciamento 
completo do sistema de iluminação pública da cidade de Manaus. 
 
 Só nesse período entre Citéluz e ManausLuz, já é possível ver um aumento de 17,52% 
em número de pontos o que significa um aumento consequente também no consumo de 
energia elétrica no setor, inclusive com incidência de maior custo para a administração 
pública arcar com esse custo. 
 
 O consórcio ManausLuz, formado pelo acordo firmado entre as empresas paulistas 
F.M. Rodrigues e Engeform, executora das obras no Parque Municipal Ponte dos Bilhares e 
portadora do contrato com o município, por sua vez registrou já em novembro de 2013, 
através de dados de seu cadastro, Anexo C, fornecidos pela mesma a quantidade total de 
118.894 luminárias de IP. Mais um aumento significativo de 4,77%. 
27 
 
 Com isso podemos considerar a importância de projetos de eficiência energética para 
Manaus, pois só considerando o quantitativo de pontos, não fazendo menção das potências 
substituídas no processo podemos ver que de 2004 até 2013 o crescimento do setor no 
município foi de 22,29%. 
 
Tabela 1: Número de pontos luminosos 
Número de Pontos Luminosos 
TIPO POTÊNCIA 
(W) 
2009 2013 
QTDE POTÊNCIA 
TOTAL 
QTDE POTÊNCIA 
TOTAL 
Vapor de Sódio 70 72984 5108880 74975 5248250 
Vapor de Sódio 100 2422 242200 2623 262300 
Vapor de Sódio 150 8937 1340550 10956 1643400 
Vapor de Sódio 215 808 173720 407 87505 
Vapor de Sódio 250 12892 3223000 12693 3173250 
Vapor de Sódio 400 12088 4835200 10741 4296400 
Vapor Metálico 35 2 70 2 70 
Vapor Metálico 70 356 24920 441 30870 
Vapor Metálico 150 319 47850 509 76350 
Vapor Metálico 250 88 22000 338 84500 
Vapor Metálico 400 509 203600 536 214400 
Vapor Metálico 1000 15 15000 6 6000 
Vapor de Mercúrio 80 648 51840 399 31920 
Vapor de Mercúrio 125 10 1250 9 1125 
Vapor de Mercúrio 250 123 30750 64 16000 
Vapor de Mercúrio 400 187 74800 37 14800 
Mista 160 461 73760 460 73600 
Mista 250 188 47000 23 5750 
Mista 500 37 18500 37 18500 
Halógena 500 11 5500 11 5500 
Fluorescente 
Compacta 
14 131 1834 131 1834 
Fluorescente 15 4 60 4 60 
TOTAL 113220 
10.433.404,00 
115402 
15.292.384,00 
(adaptado pelo autor da base de dados ManausLuz e dados da licitação 2009) 
 
 Todavia, em se tratando de carga instalada, como mostrado na tabela acima, em cinco 
anos o crescimento da iluminação pública foi de aproximadamente 31,77%, ou seja, só nesse 
período foi instalada a carga de 4.858.980,00 W só em iluminação de vias e logradouros 
públicos do município. 
 
28 
 
 Dentro do acima exposto, de energia por dia temos uma diferença de 
57.676.092,60Wh consumidos a mais diariamente. Se for considerado o impacto de uma 
geração à base de diesel para disponibilizar essa energia são 1.153.521,82 tC lançadas 
diariamente na atmosfera. Isso apenas na cidade de Manaus. 
 
 Contudo, o maior fator agravante para o município de Manausé que durante a 
pesquisa para elaboração deste trabalho foi possível identificar que o Consórcio ManausLuz 
não possui descarte por descontaminação do mercúrio para as lâmpadas retiradas com defeito 
do parque de iluminação pública municipal. 
 
29 
 
 
 
 
 
 
2. SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
 
O sistema de Iluminação Pública no Brasil e no mundo tem se apresentado como fator 
preocupante para controle de seu consumo que cresce constantemente, tecnologias tem sido 
desenvolvidas e apresentadas no transpassar dos tempos a fim de alcançar esse objetivo tão 
desejado de Eficiência no consumo de energia em geral. 
 
Todavia, não se trata de uma tarefa fácil, o mercado dia a dia lança produtos à base de 
energia elétrica que se iniciam em seu uso como objetos de adereço, mas que em pouco tempo 
passam a fazer parte do dia-a-dia da sociedade de maneira indispensável. 
 
Uma solução é tentar alcançar a eficiência através da conscientização e dos serviços 
públicos, onde está inserida a Iluminação Pública. 
 
 
2.1 Projetos de Iluminação 
 
Quando se fala em projeto de iluminação, aborda-se o assunto que deve por 
conveniência profissional obedecer às normas vigentes que parametrizam o desenvolvimento 
do setor. 
 
Isso envolve projeto de instalações elétricas e da potência a ser dissipada pelos 
materiais utilizados na execução da obra de iluminação. Onde estão inseridas também, para os 
casos de projetos de iluminação, as lâmpadas que serão utilizadas para a composição final da 
obra. 
 
 
 
30 
 
2.1.1 Fontes Luminosas Aplicadas em Iluminação Pública 
 
Como acima exposto, fatores de grande parceria com o setor de iluminação são a 
tecnologia e a potência da fonte luminosa a ser utilizada para a aplicação em projetos de IP. 
Isto pode significar um diferencial enorme na execução do projeto, bem como também, em 
seus efeitos posteriores no orçamento da obra, na sensação de conforto visual, e nos efeitos 
agressivos ao homem e ao meio ambiente. 
 
 
2.1.1.1 Lâmpada Incandescente 
 
É a fonte de luz atualmente mais conhecida pela sociedade, tendo em vista o seu 
grande uso residencial, no mercado desde 1907, a fonte de luz nesta lâmpada acontece com a 
passagem de corrente elétrica através de um filamento metálico, geralmente de tungstênio, 
este é montado dentro de um bulbo e envolto em gases inertes que impede a queima precoce 
do filamento, aumentando o seu tempo de vida útil. Geralmente os gases utilizados são o 
argônio e o nitrogênio. 
 
Esta tecnologia não é indicada para uso em sistemas de iluminação pública devido a 
sua baixa eficiência luminosa, que se porta em torno de 20lm/W, sua vida útil também é 
muito baixa, aproximadamente 1000 horas, isso aumenta os custos posteriores com 
manutenção para a administração pública responsável pelo gerenciamento do sistema. 
 
Apesar de seu baixo índice de eficiência energética esta ainda é muito utilizada em 
instalações residenciais por causa de seu baixo custo de aquisição. 
 
Figura 5: Lâmpada Incandescente 
 
(Fonte: Manual de Iluminação Pública Copel). 
31 
 
2.1.1.2 Lâmpada Vapor de Mercúrio 
 
A lâmpada vapor de mercúrio começou a surgir no mercado a partir de 1908, a sua 
produção de luz funciona através da excitação de gases devido à corrente elétrica. 
 
A partida desta lâmpada é dada pela ionização de um gás inerte, geralmente o argônio, 
essa ionização aquece no bulbo e faz evaporar o mercúrio. A luz que nossa vista percebe 
produzida por esta lâmpada é uma de cor branca azulada produzida pela mistura da cor 
amarelada que é emitida pela migração dos elétrons, com a cor azulada produzida da colisão 
dos elétrons livres do mercúrio, após a ionização, com o argônio. 
 
Os reatores são utilizados neste tipo de lâmpada para limitar acorrente elétrica de 
alimentação já que após a partida estas lâmpadas são de alta condutância. Devido a sua maior 
eficiência luminosa, em relação às incandescentes e sua maior vida útil estas são largamente 
utilizadas em sistemas de IP. 
 
Figura 6: Lâmpada a vapor de mercúrio 
 
 
 
2.1.1.3 Lâmpada Vapor de Sódio 
 
Surgida no mercado a partir de 1955, possui o princípio de funcionamento parecido 
com a vapor de mercúrio, tendo como diferença básica apenas a adição de sódio em sua 
composição de gases envoltos no bulbo, suas características físicas exige que a partida seja 
feita mediante a um pico de tensão da ordem de alguns quilovolts com duração na faixa de 
alguns micro segundos. 
(Fonte: manual de iluminação pública Copel) 
32 
 
 Esta tecnologia é uma das maiores aplicações do sistema Reluz, pois dentre as 
tecnologias convencionais é atualmente a lâmpada de alta pressão mais eficiente que existe, 
por sua alta vida útil e sua alta eficiência luminosa, todavia a sensação visual consumida pela 
luz amarelo intenso que ela produz não é agradável, uma vez que deixa muito a desejar em 
seu índice de reprodução de cor (IRC). 
 
Figura 7: Lâmpada Vapor de Sódio. 
 
 
 
2.1.1.4 Lâmpada Multivapor Metálico 
 
Encontrada no mercado desde 1964, esta lâmpada é uma versão evoluída da lâmpada 
vapor de mercúrio, que adicionada de alguns iodetos metálicos foi possível chegar a 
resultados de fonte luminosa com maior eficiência luminosa e IRC. A luz produzida por esta 
lâmpada é de cor branca esverdeada com brilho extremo, essa lâmpada realça e valoriza 
espaços, por isso é muito utilizada em sistemas de iluminação pública, em projetos de 
iluminação artística e em projetos de iluminação de destaque. 
 
Figura 8: Lâmpada Multivapor Metálico. 
 
(Fonte: manual de iluminação pública Copel) 
(Fonte: manual de iluminação pública Copel) 
33 
 
2.1.1.5 Lâmpada Fluorescente de Indução Magnética 
 
Uma tecnologia recente, atualmente, considerada por alguns, como o maior ameaçador 
do LED, funciona basicamente pela excitação do mercúrio e dos gases nobres em seu interior 
pela incidência de um campo magnético externo oscilante de altíssima frequência, da 
grandeza de 250kHz. Tem uma vida útil muito extensa, em torno de 60.000 horas, por essa 
característica sua aplicação é indicada para locais de difícil acesso, sua utilização é voltada 
para lugares que necessitam de menor frequência de manutenção devido à complexidade para 
execução de tal. Esta tecnologia possui algumas desvantagens, como seu custo, só está 
disponível em potências baixas (menores que 200W), não permite dimerização, não comporta 
sistemas de tele gestão, os campos eletromagnéticos gerados pelas mesmas podem causar 
ruídos, ou seja, interferir em sistemas de comunicação, gera radiações eletromagnéticas, 
devido a estas e outras características é que as mesmas não são empregadas em iluminação 
viária. Além do mais não são indicadas para serem instaladas em locais quentes, pois o calor 
pode aquecer o bulbo reduzindo o tempo de vida útil da lâmpada. 
 
Figura 9: Lâmpada de Indução Magnética 
 
 
 
2.1.1.6 LED 
 
LED (Light Emitting Diode), ou seja, Diodo Emissor de Luz é um componente que 
transforma energia elétrica em radiação visível (luz), através de eletroluminescência. 
 
Sua existência data desde 1962, porém sua utilização, por ainda não terem sido 
desenvolvidos os LED’s de auto brilho, era apenas para equipamentos que não exigissem alta 
emissão de luz, somente em 1990 com a invenção do Dr. Shuji Nakamura, que começaram a 
surgir os LED’s de alto fluxo luminoso. 
 
(Fonte: www.braiso.com.br) 
34 
 
Desde então a tecnologia está em fase de evolução, a iluminação LED, tem ganhado 
seu espaço em pequenas partes no mercado, é constante hoje o nosso encontro com ele no dia-
a-dia, quer sejaem uma lanterna, ou em TV, ou em brinquedos infantis, ou na iluminação. A 
aplicação deste produto por suas inúmeras vantagens em relação à vida útil, durabilidade, 
eficiência luminosa, baixo consumo de energia, e baixo impacto ambiental, é inevitável. 
 
Contudo, mesmo com algumas desvantagens a serem trabalhadas, como alto custo 
financeiro, vida útil do drive controlador de corrente, dissipação de calor e proteção contra 
descargas de curto-circuito e descargas atmosféricas, dentre outras. Ainda é atualmente a 
melhor tecnologia para o emprego em IP do que as convencionais que já são mais conhecidas. 
Além de que, apesar dos avanços em pesquisa deste componente a previsão é que isto 
continue evoluindo mais e muito rapidamente. 
 
Figura 10: Evolução da eficiência das fontes de luz artificial 
 
 
 A relação dos LED’s com as lâmpadas de tecnologia convencionais mostram que suas 
vantagens são bem superiores às demais quando se refere às características que se destacam 
para a elaboração de um projeto de iluminação. 
 
(Fonte: LEDs versus lâmpadas convencionais) 
35 
 
Figura 11: Eficiência IRC e Vida Útil. 
 
 
 Dentro da iluminação podem ser causados impactos diretamente relacionados à 
geração de energia elétrica, pelo consumo das lâmpadas utilizadas para suprir a necessidade 
de luz, como também com a geração de resíduos tóxicos. 
 
As três grandes vítimas da poluição atmosférica são: O homem, os vegetais e os 
materiais. E as três grandes fontes dessa poluição são: as instalações fixas de 
combustão, os transportes automotivos e alguns processos da indústria, mas a maior 
de todas. A grande fonte de poluição atmosférica, com grande destaque, ainda 
permanece sendo a combustão (VERNIER, 2004, pág. 29). 
 
Portanto, como a geração de energia é à base de combustão há uma grande 
importância na economia energética para a poluição atmosférica. 
 
Quanto ao consumo, tomando por base a iluminação residencial, a substituição de uma 
lâmpada incandescente de 75W, por uma fluorescente compacta de 18W, ou seja, a redução 
em 66% em consumo de potência evita o lançamento de 267Kg de Carbono e 7,5Kg de 
dióxido de enxofre na atmosfera. Gases que prejudicam o ambiente e contribuem para o efeito 
estufa (VERNIER, 2004, pág.45). Dado que demonstra não ser uma ideia infundada a 
incessante busca pela economia de energia elétrica. 
 
Proporcionalmente, a cada 1.700kWh de eletricidade gerados, que são capazes de 
manter acesa uma lâmpada de 100W de potência por aproximadamente 17.000 horas. É 
realizada a queima de um barril de petróleo, em usina termelétrica. Essa queima produz a 
(Fonte: LEDs versus lâmpadas convencionais) 
36 
 
emissão de gás carbônico, a uma proporção de 20kC/kWh. Ou seja, o consumo de energia 
elétrica no mundo está diretamente relacionado com a poluição da atmosfera, ajudando no 
aumento do efeito estufa. 
 
Quanto à emissão de resíduos tóxicos a diminuição da produção de resíduos é 
fundamental para a preservação do meio-ambiente (apud SANTOS, 2010, pág. 104). 
 
 Com isso, podemos afirmar que atualmente o LED por ser a única tecnologia dentre 
as demais existentes que não utiliza como base de seu funcionamento e de sua durabilidade o 
mercúrio, ele é a nossa opção ambientalmente correta para uso na iluminação. 
 
 A lâmpada VT possui 0,170g de mercúrio, A lâmpada Mista 0,045g, a lâmpada VS 
0,019g e a lâmpada VM que pode chegar a possuir até 0,080g de mercúrio em sua 
composição. O LED não possui mercúrio em sua composição. 
 
 Algumas propriedades do elemento químico mercúrio são dadas abaixo: 
 
Tabela 2: Propriedades do elemento químico mercúrio. Adaptado de SILVA, Lourenço Lustosa Fróes 
da, 2006. 
Propriedades Comentário 
Único metal líquido na temperatura 
ambiente Fusão – 38ºC (235K). 
Provoca a curiosidade humana 
Evapora facilmente. Ponto de ebulição a 
357ºC (630K). 
A inalação dos vapores de mercúrio é 
extremamente perigosa. 
Densidade elevada de 13,546gm/cm³ Elevado peso e fácil mobilidade 
Bom condutor de energia elétrica. Baixa 
resistividade 98,4 µΩcm 
Fusão a baixas temperaturas. 
Facilmente incorporado em tecidos 
biológicos 
Uma vez que penetra em determinado ser, ele 
é dificilmente expelido. 
 
O mercúrio é considerado um dos metais mais perigosos no que diz respeito à 
contaminação ambiental e a saúde humana (apud FARIAS, 2006). Grande causador de 
doenças neurológicas por intoxicação por metais tóxicos, tal como a doença de Minamata. 
 
37 
 
A Agência dos Estados Unidos para Substâncias Tóxicas e Registros de Doenças lista 
o mercúrio como a terceira substância mais tóxica existente (GUEDES, 2009). 
 
 Desde que se começou a falar em eficiência energética em iluminação pública que a 
erradicação do mercúrio passou a ser alvo das ações no setor, por isso a escolha básica 
anterior em se utilizar na sua maioria a lâmpada VS que seria dentre as convencionais a que 
possuía menor quantidade de mercúrio com maior eficiência luminosa e de maior vida útil, 
apesar de ter como deficiência o seu baixo IRC. Isso até o surgimento do LED. 
 
 A durabilidade do LED, ou seja, vida útil também é outro fator que se destaca para 
justificativa de sua aplicação, como se observa a seguir: 
 
Tabela 3:Comparativo entre as tecnologias, adaptado de Manual de IP Copel e LEDs versus lâmpadas 
convencionais. 
Lâmpadas Durabilidade 
Incandescente Comum 750 a 1.000 horas 
Halógenas 2.000 a 5.000 horas 
Descargas Fluorescentes 7.500 a 18.000 horas 
Fluorescente de Indução Magnética 60.000horas 
Vapor de Mercúrio 9.000 a 15.000 horas 
Vapor de Sódio 18.000 a 32.000 horas 
Vapor Metálico 8.000 a 12.000 horas 
LEDs Até mais de 50.000 horas 
 
 Como consequência da alta durabilidade tem-se com a aplicação da tecnologia LED 
uma baixa frequência de manutenção e descarte, o que gera ainda uma maior economia. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
2.1.1.6.1 Desvantagens do LED 
 
Como qualquer outra tecnologia, as luminárias LED também possuem suas 
desvantagens. 
 
Dentre elas, posso destacar como principais o seu até então elevado custo financeiro, o 
fato da sensação de conforto visual, por se tratar de uma luz totalmente artificial, e a 
contaminação harmônica de corrente em sistemas elétricos. 
 
As harmônicas são as deformações de ondas senoidais geradas na rede por diversos 
fatores diferentes. Os equipamentos, a partida de motores elétricos, os fornos a arco e outros 
são aparelhos que causam a geração desses harmônicos. Isso interfere diretamente na 
qualidade da energia elétrica dentro do circuito de transmissão e distribuição da energia. 
 
Segundo Moreno (2001 apud ASCURRA 2013), a definição dos distúrbios na 
amplitude de tensão: 
 
A perturbação na amplitude ocorre quando, sobre um sinal perfeitamente senoidal, 
são produzidas variações de tensão como, por exemplo: afundamento (“sag”), 
interrupção, sobretensão, sobretensão transitória, flutuação, cintilação (“flicker”) e 
subtensão. O afundamento (“sag”) se caracteriza por uma diminuição brusca da 
tensão, seguida por um restabelecimento após um curto intervalo de tempo. 
 
Apesar de no Brasil ainda não existir legislação que limite a taxa de emissão de 
harmônicas na rede, o problema existe e deve ser considerado para projetos em larga escala de 
instalações de equipamentos eletrônicos. No entanto, já existem norma internacionais IEC que 
a utilização de equipamentos para não causar danos ao funcionamento normal do sistema 
elétrico de distribuição. 
 
No caso das luminárias LED, o considerado maior desafio dos fabricantes, 
pesquisadores e desenvolvedores é o de alcançar um drive perfeito,sendo que as luminárias 
LED não usam reator, mas necessitam de u driver, ou seja, fonte para o seu funcionamento. 
Contanto, os driver’s até então desenvolvidos não tem conseguido acompanhar a máxima da 
garantia que o fabricante geralmente concede para o LED que é de 05 (cinco) anos com 
39 
 
curvas L 85, ou seja, em 05 (cinco) anos a luminária só perderá o máximo de 15% (quinze por 
cento) de sua eficiência luminosa. 
 
Os driver’s internos são compostos de filtros de diodos e capacitores tipo ponte que 
visam a transformação do CA em CC para a estabilidade do funcionamento do LED, além de 
filtros passivos de LC, indutores e capacitores que visam compensar a contaminação de 
harmônicas nas redes de energia elétrica. 
40 
 
 
 
 
 
 
3. PARQUE MUNICIPAL PONTE DOS BILHARES 
 
O parque dos Bilhares é um parque urbano de utilidade pública, localizado às margens 
do Igarapé do Mindú, na Avenida Constantino Nery – São Geraldo, no município de Manaus, 
e tem como limites as Avenidas Djalma Batista e Constantino Nery e os igarapés do Mindú e 
da Cachoeira. Sua área total é de 59.674,01 metros quadrado. 
 
Esse parque é considerado o maior de utilidade pública do município, o mesmo foi 
construído pela prefeitura de Manaus, no governo do prefeito Serafim Corrêa com o objetivo 
de preservar o meio ambiente dando maior equilíbrio ao projeto de urbanização da cidade e ao 
mesmo tempo oferecer lazer à população. 
 
A ponte tem data anterior, ela foi inaugurada em 1890 e teve primeiramente o nome de 
Ponte da Cachoeira Grande, a sua arquitetura é composta por linhas retas predominantemente 
horizontais. 
 
Segundo alguns historiadores, o nome recebido posteriormente pela ponte e pelo 
Parque dos Bilhares deve-se a existência de um estabelecimento de jogos de bilhar. 
Inicialmente os populares chamaram todo o bairro de Bilhares, até posteriormente o seu nome 
ter sido alterado para São Geraldo. 
 
Um dos objetivos do parque era tentar resgatar um pouco do momento histórico da 
cidade de Manaus principalmente quando os bondes eram o meio de transporte utilizado no 
município, na ideia inicial do projeto um bonde deveria passar por dentro do parque que 
receberia um pequeno trecho de trilho. O projeto escolhido era de autoria do arquiteto José 
Otávio Sorato, de Florianópolis Santa Catarina. 
 
Com o passar do tempo o parque foi ficando depredado, e a iluminação pública do 
local também, sendo que sempre houveram reclamações de que mesmo com as lâmpadas 
41 
 
acesas o parque ainda continuava na escuridão, o que facilitava a ação de vândalos e inibia a 
presença comum da população de bem. 
 
Figura 12: Foto diurna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento. 
 
 
Figura 13: Foto diurna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento 2. 
 
 
 Antes da execução deste projeto o Parque Municipal Ponte do Bilhares já possuía em 
suas instalações Iluminação Pública instalada de projeto realizado para atender o mesmo 
quando da sua construção todavia, as luminárias utilizadas no local, apontadas na tabela 
abaixo, além de se tratar de tecnologia ultrapassada e inviável para iluminação de ambientes 
externos não atendia à necessidade do local. 
 
 
(Foto própria tirada no Parque do Bilhares) 
(Foto própria tirada no Parque do Bilhares) 
42 
 
Tabela 4: Levantamento com tipo de luminárias existentes no parque de elaboração própria. 
Luminária Lâmpada Altura de Montagem 
Arandela Colonial Italiana Fluorescente Compacta 24W 6 metros 
Arandela Veneza Fluorescente Compacta 24W 2,10 metros 
Luminária IMG-PT (Indal) VS de 70W 6 metros 
Luminária tipo globo com 
vidro leitoso 
Fluorescente Compacta 24W 6 metros 
Arandela tipo chapéu chinês Fluorescente Compacta 24W 1,20 metros 
Luminária Tipo CIP16 MVM de 250W e 400W 9 metros e 12 metros 
 
 Em uma foto demonstrada abaixo, Figura 14, podemos observar as condições de 
iluminação do parque com a iluminação convencional anteriormente existente. 
 
 É importante ressaltar que as reclamações e apontamentos da iluminação como causa 
das principais ações de vandalismo eram inevitáveis pela SEMMAS (Secretaria Muninicipal 
de Meio Ambiente e Sustentabilidade) ao DSIP – SEMINF (Departamento de Serviços de 
Iluminação Pública – Secretaria Municipal de Infra Estrutura). 
 
 A SEMMAS teve o papel fundamental na solicitação da elaboração e execução do 
projeto de iluminação pública para o Parque Municipal Ponte dos Bilhares, pois esta como 
responsável pela manutenção e permanência do parque foi que realizou formalmente o pedido 
que startou o processo de estudo, levantamentos, elaboração e execução do projeto. 
 
Figura 14: Foto noturna do Parque dos Bilhares antes do melhoramento. 
 
 (Foto própria tirada no Parque do Bilhares) 
43 
 
 
 
 
 
 
4. PROJETO LUMINOTÉCNICO 
 
O projeto luminotécnico ou projeto de iluminação é um conjunto de muitas variáveis 
que se complementam. É uma conjunção dos fatores que influenciarão a iluminação do 
ambiente (apud SILVA, 2009). Para a elaboração de um projeto luminotécnico o especialista 
precisa ter conhecimentos em várias áreas, no conceito apresentado por Costa (2005), o 
estudo da luz é uma ciência multidisciplinar. 
 
A utilização da luz envolve não só o campo das ciências exatas aplicadas, como 
também o das ciências humanas como fisiologia, a psicóloga, a segurança, a arte... 
Desta forma, o estudioso em iluminação deverá dedicar-se não só ao formulísmo 
matemático, mas também aos efeitos comportamentais do indivíduo frente a um 
sistema de iluminação, ou seja, dos efeitos sobre o indivíduo e o ato de ver (apud 
COSTA, 2005). 
 
 Com os textos apresentados acima podemos perceber que em perspectiva atual do 
mercado, quando se trata de projeto luminotécnico, o engenheiro eletricista tem perdido um 
espaço que é seu para os profissionais de arquitetura exatamente pelo seu interesse na 
multidisciplinaridade e na importância arquitetônica que o setor possui, estando basicamente 
aplicado apenas aos conceitos gerais que a norma apresenta. 
 
Para cada espaço há uma luz específica. Cada uma delas é responsável pela 
transmissão de determinada sensação, como, por exemplo, a de tranquilidade, de 
dinamismo ou de intimidade. Tudo vai depender da função que cada ambiente 
exerce (arquiteta Stiller apud O GLOBO, 2012). 
 
 A iluminação pode ser trabalhada em diversas abordagens dentro dos aspectos 
relevantes a engenharia e à arquitetura, tais como o embelezamento do ambiente, a emoção 
que o ambiente deve transmitir e a eficiência em consumo de energia elétrica além dos 
impactos ambientais causados implicitamente pelo consumo da iluminação e pelos gases que 
compõem as luminárias. Há muitas soluções e aplicações para o uso da Luz. 
 
44 
 
Defini-se LUZ como a energia radiante que é capaz de excitar a retina do olho 
humano e produzir, por consequência uma sensação visual. A compreensão 
completa da luz não somente o conhecimento das leis físicas sobre sua natureza 
como também as respostas do ser humano perante esse fenômeno (GODOY e 
CANDURA, 2009, pág. 1). 
 
 O estudo da luz e de seu comportamento propriamente dito que hora pode ser 
analisado como onda e hora pode ser analisado como partícula é desenvolvido pelo conceitos 
da física do estado sólido, que se aprofunda a apresentar desde os conceitos de fóton até o seu 
cálculo utilizando a constante de Plank, bem como todas as teorias desenvolvidas Louis De 
Broglie e Heisemberg que foram cientistas que se aprofundaram nas pesquisas desse 
fenômeno. 
 
 Em um projeto luminotécnico devem ser levados em consideração conceitos de luz 
emitida, luz refletida e luz que sofreurefração. Isso para que no final o projeto possa ser 
considerado adequado e eficiente. 
 
 Para ter um projeto satisfatório, precisa-se tanto atender aos critérios técnicos, como 
também atender à necessidade do usuário sem conhecimento técnico do setor quanto à 
sensação de claridade que segundo Godoy e Candura (2009) refere-se à quantidade de luz, 
sendo uma medida relativa à percepção de luminosidade, da luminância, que é medida em lux, 
para tal medição em campo utilizamos o luxímetro. Esta preocupação se dá pelos fatores 
humanos em iluminação. 
 
 Outra preocupação também importante em um projeto de iluminação é quanto ao 
ofuscamento da fonte luminosa. O ofuscamento é fruto da observação direta ou indireta das 
fontes de luz em intensidades que possam atrapalhar ou impedir a execução de determinadas 
tarefas (GODOY e CANDURA, 2009, pág. 7). 
 
 
 
 
 
45 
 
4.1 Cálculos Luminotécnicos 
 
Segundo Hélio Creder (2007), pode-se determinar o número de luminárias necessárias 
para produzir determinado iluminamento de quatro maneiras: pela carga mínima exigida por 
normas, pelo método dos lumens, pelo método das cavidades zonais e pelo método do ponto 
por ponto. 
 
Vale a pena destacar que atualmente se utilizam também softwares de iluminação para 
a elaboração destes cálculos tais como: Dialux, AGI 32, Calculux, Literstar Pro, Lumisoft, 
dentre outros. 
 
Cálculo pela Carga Mínima Exigida por Norma: O item 4.2.1.2.2 da NBR 5410 em 
sua alínea “d” diz que: 
 
d) Em unidades residenciais, como alternativa, para a determinação das cargas de 
iluminação, pode ser adotado o seguinte critério: 
 
- em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² deve ser prevista 
uma carga mínima de 100VA; 
 
- em cômodos ou dependências com área superior a 6m² deve ser prevista uma 
carga mínima de 100VA para os primeiros 6m², acrescida de 60VA para cada 
aumento de 4m² inteiros. 
 
 Método dos Lumens: Segue ao estabelecido na NBR 5413 da ABNT, obedecendo 
aos seguintes passos apresentados por Creder (2007): 
 
1º Passo: 
 
a) Analisa-se a característica da tarefa e escolhe-se o seu peso; 
b) Somam-se os valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal; 
c) Quando o valor final for -2 ou -3, usa-se a Iluminância mais baixa do grupo; a 
Iluminância superior do grupo é usada quando a soma for +2 ou +3; nos outros casos, 
usa-se o valor médio. 
46 
 
2º Passo 
 
A escolha das luminárias que depende de vários fatores como: objetivo da instalação, 
fatores econômicos, razões da decoração, facilidade de manutenção, etc. 
 
3º Passo 
 
Determinação do índice do local: que leva em consideração as dimensões geométricas 
do local, a altura de montagem da iluminação e a altura do plano de trabalho a ser iluminado 
de acordo com o tipo de iluminação. Isso é calculado por 
 
 (1) 
Onde: 
c = comprimento do local; 
l = largura do local; 
h = altura de montagem da luminária. 
 
 4º Passo 
 
 Determinação do Coeficiente de Utilização: Este coeficiente relaciona o fluxo 
luminoso inicial emitido pela luminária (Fluxo total) e o fluxo recebido no plano de trabalho 
(fluxo útil) (CREDER, 2007, pág. 166). 
 
 5º Passo 
 
 Determinação do fator de depreciação, também chamado fator de manutenção, que faz 
relação entre fluxo luminoso inicial da luminária e fluxo emitido no fim do seu período de 
manutenção. 
 
 
 
 
47 
 
 6º Passo 
 
 Determinação do fluxo total, número de luminárias e espaçamento entre elas, as 
fórmulas usadas para esse cálculo são: 
 
 (2) 
 
 (3) 
 
Onde: 
∅ = fluxo luminoso total, em lumens; 
S = área do recinto, em metros quadrados; 
E = nível de iluminamento, em luxes; 
u = fator de utilização ou coeficiente de utilização; 
d = fator de depreciação ou de manutenção; 
n = número de luminárias; 
φ = fluxo por luminárias, em lumens. 
 
 Método das cavidades zonais segundo Creder (2007) se baseia na “teoria de 
transferência de fluxo” e só se aplica quando empregado em instalações de alto padrão 
técnico, em que é exigida maior precisão de cálculos. As superfícies que recebem o nome de 
cavidades zonais são as que compõem o ambiente, paredes, teto, piso, etc. Essas superfícies 
atuam como superfícies refletoras. 
 
 Método de ponto por ponto que se baseia na quantidade de luz que incidirá em 
determinado ponto da área. O que torna necessário o conhecimento da luz incidente de 
diversas fontes. 
 
 E, por fim, o método utilizado para a realização deste projeto que é o cálculo 
luminotécnico através de software específico de iluminação. Neste caso foi utilizado o 
software livre da empresa Dial, chamado Dialux, disponível no site www.dial.de. 
48 
 
Figura 15: Tela de entrada do Dialux. 
 
 
 Com o software é possível a determinação ideal das fontes luminosas a serem 
instaladas em determinado projeto com as considerações gerais de geometria do ambiente 
além da altura de montagem da luminária inclinação da luminária, quantidade de luminárias e 
espaçamento entre elas. 
 
 Os fabricantes de luminárias disponibilizam as curvas isométricas em formato digital 
de arquivo que inserido no software informa refletância da luminária, ângulo de abertura do 
feixe de luz possibilitado pelas luminárias, potência de lâmpada a ser utilizada na luminária, 
etc. 
 
 Estas curvas são geradas em laboratório com a disposição de um robô mecânico 
chamado Gonio Rules que gira a luminária devida a 360º, horizontal e vertical a uma 
determinada distância de um sensor fotoelétrico que faz a leitura da intensidade luminosa da 
fonte a cada 5º. O ambiente onde esta leitura é feita possui as paredes em preto fosco para que 
a refletância não interfira na leitura. 
 
(Fonte: Print de Tela) 
49 
 
Figura 16: Gonio Rules. 
 
 
 Após as leitura no Gonio Rules, os dados são enviados para um software específico 
que monta a leitura da intensidade luminosa da fonte grau a grau. 
 
 Figura 17: Tela do software que recebe os dados do Gonio Rules. 
 
 
 Esses dados geram um arquivo chamado de curva fotométrica, ou fotometria da 
luminária. 
 
(Foto própria tirada no laboratório da empresa Repume - São Paulo) 
(Foto própria tirada no laboratório da empresa Repume - São Paulo) 
50 
 
Figura 18: Tela do software com a fotometria gerada. 
 
 
 Um projeto de iluminação eficiente em si deve estar preocupado com informações que 
muitas vezes só se consegue visualizar melhor através da simulação no software. Coisas como 
refração e reflexão da luminária pode auxiliar no de seleção de uma fonte luminosa e ajudar a 
produzir mais luz com menos potência dissipada. 
 
 Diferentes variáveis dão versatilidade ao sistema de iluminação, ou seja, através da 
iluminação viabilizar tudo que se possa fazer naquele ambiente (apud SILVA, 2009). 
 
 A utilização do software visa facilitar a adequação mais adequada possível da luz em 
sua distribuição no ambiente. 
 
 A visualização do projeto em três dimensões auxilia no estabelecimento real da 
iluminação a ser aplicada, há softwares que possibilitam um visualização comparativa dos 
níveis de iluminação, como o Autodesk Revit, o Autodesk 3D Studio, O SketchUp Pro, O 
Ilumion 3D, mas o grande diferencial dos softwares específicos é a capacidade de não apenas 
simular, mas também de apresentar os resultados matemáticosexatos da aplicação. 
 
 Tudo, para que nesta etapa do projeto sejam selecionadas as luminárias a serem 
aplicadas para iluminação do ambiente, considerando a potência, IRC, temperatura, fabricante 
e tipo de lâmpada. 
 
(Foto própria tirada no laboratório da empresa Repume - São Paulo) 
51 
 
Às vistas da Arquitetura, segundo Godoy e Candura (2009) a iluminação em uma área 
verde privada ou pública pode ser classificada em: iluminação ornamental, iluminação básica, 
iluminação de tarefa, iluminação de acesso e iluminação de segurança. 
 
No caso específico do Parque dos Bilhares utilizamos a iluminação de acesso para as 
passagens de transeuntes utilizadores do parque, a iluminação de tarefa para os locais onde 
são desenvolvidas atividades tais como quadras e praças de alimentação, e a iluminação 
ornamental na copa das árvores. Isso afim de que o conjunto todo pudesse formar a 
iluminação de segurança. 
 
Para cálculos manuais da desobstrução das fontes luminosas em áreas arborizadas, a 
CEMIG apresenta a fórmula abaixo. 
 
Z = H – (A x D). (4) 
 
Sendo: 
Z = A altura mínima de um galho; 
H = Altura de montagem da luminária; 
Al = cot 75º = 0,26 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido longitudinal); 
At = cot 60º = 0,57 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido transversal); 
D = Distância mínima do galho de menor altura. 
 
Figura 19: Projeção de desobstrução longitudinal 
 
 (Fonte: Manual de distribuição - CEMIG) 
52 
 
4.2 Dialux 
 
A utilização deste software livre disponível na internet ajuda a facilitar a visualização 
simulada do projeto em 3D além dos resultados matemáticos que são gerados das informações 
fornecidas pelos fabricantes nas curva fotométricas visto anteriormente. 
 
A face inicial do software é simples como visto na figura 18. Em sua tela inicial o 
software visa determinar o tipo de projeto a ser desenvolvido, podendo ele ser de interiores, 
de exteriores, ou de faixa viária. 
 
O software permite a importação de um fundo em 2D de software como o Auto Cad, 
trazendo o desenho em sua medidas determinadas, isso permite trabalhar em um projeto em 
suas medidas reais tendo ao final uma visualização exata de como ficará a luz no ambiente 
projetado. 
 
Figura 20: Projeção da luz de passeio no projeto Parque dos Bilhares 
 
 
Figura 21: Resultados Matemáticos da iluminação de passeio do projeto do Parque dos Bilhares 
(Elaboração própria) 
(Elaboração própria) 
53 
 
 
 
 
 
 
5. O PROJETO ELÉTRICO DO PARQUE DOS BILHARES 
 
O projeto elétrico é outra parte importante na eficiência energética com a utilização do 
LED, pois o dimensionamento dos condutores e dos dutos para as instalações também sofrem 
uma ação considerável quando comparada a tecnologia LED com a tecnologia convencional, 
tal é logo perceptível pela diferença de potencia demandada pelo LED e a demandada pela 
tecnologia convencional. 
 
 
5.1 Características Gerais do Projeto 
 
As luminárias deste projeto serão do tipo LED GE ESR2 de 94W/4000K e ESR3 de 
172W/4000K, interligadas em cabos elétricos flexíveis de 750V Dodge Phelps Foremax 
Flexível em diversas bitolas nas cores branca para fase A, preta para a fase B, vermelha para a 
fase C, verde para o aterramento. 
 
O projeto está divido em duas pranchas que separam a etapa A da etapa B do parque, e 
a alimentação se dará na Etapa A, com acesso pela Av. Djalma Batista e Constantino Nery, 
por ramal de entrada com alimentação de quadros de medição e de comandos fixados em 
mureta que sustenta o pontalete para sustentar a tração e peso da ligação. Já na etapa B, a 
ligação se dará por subestação abrigada de 300 KVA existente no local. 
 
Os detalhes de instalação e alocação dos equipamentos mencionados neste projeto 
encontram-se demonstrados no projeto em anexo a este trabalho. 
 
Todas as instalações de iluminação pública deste projeto estão alimentadas em tensão 
de 220V interligadas em circuito de aterramento individual para cada circuito de luminárias. 
 
A resistividade do solo atende ao intervalo de 2 a 10 Ohms no máximo, dado 
considerado para a projeção dos circuitos de aterramento. 
54 
 
5.2 Distribuição das instalações elétricas 
 
Por se tratar de área extensa uma das maiores preocupações para dimensionamento dos 
circuitos é a que de tensão considerada de 7% o máximo permitido para esta aplicação. 
Cálculo este determinado pela fórmula a seguir: 
 
 
A aplicação das fórmulas devidas permitiram prever para o parque dos bilhares o total 
de 28 (vinte e oito) circuito distribuídos em 07 (sete) quadros de comando, com a carga total 
de 55.433W instalados, conforme Anexo D. 
 
Na iluminação anteriormente existente no parque, considerada de resultados 
insatisfatórios, e que apresentava uniformidade nula possuíamos a carga instalada apresentada 
na tabela 5. 
 
Tabela 5: Dados do cadastro de novembro de 2013 
LÂMPADA 70W POTENCIA DISSIPADA QUANTIDADE POTÊNCIA TOTAL 
SODIO 70 77 45 3465 
SODIO 150 165 30 3465 
SODIO 250 275 22 6050 
SODIO 400 440 24 10560 
METÁLICO 400 440 42 18480 
FLUORESCENTE 
COMPACTA 
24 45 1.080 
TOTAL 43.100W 
(Fonte: Base de dados da ManausLuz) 
(5) 
55 
 
 A relação de eficiência energética não está basicamente considerada dentro do que já 
existia instalado no parque, pois como se pode ver acima a diferença do existente 
convencional para o instalado LED é de aproximadamente 22% maior para a obra LED. 
 
 No entanto houve o comparativo de um projeto aceitável de iluminação com 
tecnologia convencional para os dados de eficiência e vale apena ressaltar que ambos os 
projetos foram apresentados para apreciação do cliente. 
 
 A carga total do projeto convencional dentro dos padrões e normas de iluminação seria 
de 108.347 W. Ou seja, aproximadamente 51% maior que a carga para o projeto em LED. 
 
 O tempo de consumo diário para Iluminação Pública considerado pela Resolução 
Normativa 414/10 é de 11 (onze) horas e 52 (cinquenta e dois) minutos. Considerando isso 
em uma iluminação a LED obteremos uma economia de 52.914W, ou multiplicando isso pelo 
tempo teremos 617.506,38 Wh economizados de energia. Além de, considerando uma geração 
predominante termoelétrica, economizarmos a emissão de 12.350,13 tC diariamente. 
 
 
5.3 Considerações Financeiras do Projeto 
 
A inviabilidade atual para a execução de projetos de iluminação com luminárias LED 
atualmente é o alto custo financeiro que o material ainda possui. Todavia, a longo prazo, o 
investimento é compensado pela economia alcançado com o consumo de energia elétrica. 
A baixa taxa de manutenção das luminárias LED também facilitam os retornos desse 
payback uma vez que atualmente já temos empresas trabalhando com luminárias da ordem de 
60.000 horas de garantia à curva L80, ou seja, quando o LED alcançar o total de 60.000 horas 
de funcionamento ele ainda possuirá 80 % de sua eficiência luminosa. 
 
Quanto ao custo de materiais o projeto do Parque dos Bilhares foi um exemplo, uma 
vez que o projeto com tecnologia convencional teria um custo apenas 8% menor que o projeto 
a Led. A grande diferença estava presente nos cabos, pois enquanto o convencional utilizava 
condutores de alimentação a partir de 16mm², por conta da queda de tensão, o máximo 
exigido pelo projeto a LED era de 25mm². Payback do projeto no anexo E. 
56 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Com o desenvolvimento deste projeto posso concluir que é possível sim atender às 
necessidades de eficiência energética em iluminação pública

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