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Artrogripose múltipla congênita A artrogripose múltipla congênita, também chamada de amioplasia congênita, é uma síndrome clínica rara caracterizada por contratura persistente ao nível das articulações. FISIOPATOLOGIA: As causas estão relacionadas a qualquer fator limitante dos movimentos fetais uterinos (acinesia fetal) quanto mais cedo na vida fetal e quanto mais longa for a duração desta acinesia, mais graves as contraturas. ASPECTOS CLÍNICOS: As principais características clínicas da artrogripose múltipla congênita são: articulações de formato cilíndrico sem pregas cutâneas; articulações rígidas com contraturas significantes; luxação das articulações, especialmente do quadril e atrofia ou ausência de grupos musculares. Existem contraturas articulares geralmente simétricos, podendo envolver os quatro membros, com marcada escassez de tecido subcutâneo. A pele é fina e lisa, com pouca sudorese e cicatrização normal. CLASSIFICAÇÃO: A artrogripose múltipla congênita pode ser classificada de diferentes modos de acordo com diferentes autores: Os autores; Bonilla-Musoles, Machado e Osborne sugerem uma classificação de artrogripose múltipla congênita dentro de quatro grupos básicos: artrogripose generalizada. 2) artrogripose distal. 3) síndrome de Pterígio. 4) síndrome das sinostoses. Já os autores Masiero, Pinto e Lourenço sugerem uma classificação mais detalhada e elaborada, esta inclui: Amioplasia tipos A, B e C: Tipo A - exibe grave comprometimento dos quatro membros Tipo B- nota-se grave acometimento global dos membros superiores com o tronco e os membros inferiores normais Tipo C- exibe grave comprometimento dos membros inferiores, com o tronco e os membros superiores normais. Artrogripose distal tipo II: II a – baixa estatura, palato fendido; II b – ptose palpebral; II c – palato fendido, lábio leporino; II d – escoliose II e – trismo. QUADRO CLINICO: Acredita-se que esteja relacionado a fatores etiológicos que atuam no primeiro trimestre de gestação, como exposição materna à drogas, hipertermia fetal em relatos de mães que tiveram febre acima de 37,8 ºC. É importante ressaltar que a principal causa das contraturas articulares congênitas é a diminuição dos movimentos fetais sendo as suas principais causas às neuropatias, miopatias, anormalidades do tecido conectivo, espaço limitado no útero e doenças maternas. SINTOMAS: O principal sintoma da artrogripose é a perda de mobilidade da articulação. O bebê pode nascer com ela flexionada ou estendida, mas logo no nascimento o pediatra consegue notar que o pequeno não é capaz de alterar essa posição. Ombros: inclinados, voltados para dentro. Cotovelos: eles normalmente estão em extensão. Punhos: em flexão. Dedos das mãos: os dedos ficam dobrados, com o polegar preso a palma. Quadris: É comum que alguns bebês apresentam luxação nos quadris. Joelhos: Normalmente estão em extensão, mas também podem aparecer flexionados. Tornozelos: voltados para dentro ou voltados para fora. DISTURBIOS ASSOCIADOS: Crianças com ACM podem apresentar dificuldades em algumas etapas, por exemplo, o rolar é frequentemente difícil em função das contraturas dos membros inferiores. AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA : Consistir em avaliar as etapas do desenvolvimento motor de cada criança respeitando a faixa etária, as possíveis limitações funcionais apresentadas decorrentes de um período pré ou pós-cirúrgico, avaliar amplitudes de movimento se estão ou não preservadas, o grau de força muscular. TRATAMENTO: O tratamento da AMC pode ser conservado ou cirúrgico, realizado por uma equipe multidisciplinar composta por: médico pediatra, cirurgião, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social e psicólogo. 1)manutenção da amplitude de movimento. 2)fortalecimento da musculatura . 3)facilitação das etapas do desenvolvimento motor e cognitivo. 4)melhor integração do esquema corporal, como forma de facilitar movimento necessários à realização das atividades da vida diária e prática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Artigo: Gullino E, Abrate M, Zerbino E, Bricchi G, Rattazzi PD.Early prenatal sonographic diagnosis of neurophatic arthrogryposis multiplex congenita with osseous heterotopia. Artigo: Diagnóstico Pré-Natal da Artrogripose Múltipla Congênita – Relato de Caso Imagens: www.artrogripose.com Amanda da Silva Barbosa R.A: T6125E-7 FISIOTERAPIA PEDIATRICA TEMA: ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CÔNGENITA
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