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SINTESE DA BENZOCAINA ORGANICA II

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Síntese da Benzocaína 
 
 
 
 
RESUMO – ​No experimento da obtenção da benzocaína a partir da N-acetil-p-toluidina 
obteve-se como produto 0,22g da mesma. Isso corresponde a um rendimento de 
0,958%, que relativamente baixo, mas dentro dos parâmetros esperados. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A benzocaína (Figura 1) é um éster etílico que ​apresenta um grupo amina e um grupo 
lipofílico, e se caracteriza por ter baixa solubilidade. É ​utilizado como anestésico local e como 
calmante para dores musculares. Atua bloqueando a condução de impulsos nervosos. 
No inicio das pesquisas, a benzoilmetilecgonina, mais conhecida como cocaína (Figura 
2), era utilizada para fins anestésicos, mas com o passar do tempo, observou-se que seu uso 
causava dependência Química e até overdose, por isso, foram elaborados novos projetos para 
formular um composto que tivesse os mesmos efeitos, mas que não causasse dependência em 
quem a utilizasse (Souza, 2012). 
Em 1890 foram feitas as primeiras modificações na estrutura da cocaína resultando no 
p​aminobenzoato de etila (benzocaína). Observou-se então, que essa substância possuía maior 
eficácia e menor valor para a produção (Medeiros, 2005). 
 
Figura 1: Estrutura da benzocaína Figura 2: Estrutura da cocaína 
2. MATERIAIS 
Papel medidor de PH; Filtro por gravidade; Filtro de Buchner e Celite; Condensador de 
refluxo; Dessecador; Espatula; Banho de gelo; Medidor de ponto de fusão; Manta de 
aquecimento; Papel filtro; Bomba de filtração a vácuo; Pinça; Balão de fundo redondo 250 ml; 
Béquer de 100 ml/400 ml/1 l; Erlenmeyer de 250/500 ml; Funil de separação de 250 ml; Funil de 
vidro; Banho-maria; 
 
3.MÉTODOS 
A sintetização da benzocaína foi efetuada e quatro etapas sendo as sínteses das seguintes 
reações: ​Ν​​-acetil-​​ρ-​​Toluidina → Ácido ρ-Acetamidobenzóico → Ácido ρ-Aminobenzóico → 
ρ-aminobenzoato de etila. 
Inicialmente, ​em um erlenmeyer de 500mL, foram adicionados 15,0109g de ρ​toluidina e 
200mL de H​2​O destilada, após foi adicionado 8mL de HCl concentrado. A mistura foi então 
agitada manualmente e colocada em banho-maria para se obter uma solução. Então, preparou-se 
uma solução de 12,053g de acetato de sódio triidratado em 20mL de H​2​O, sendo aquecida para a 
total solubilização. 
A solução contendo ​p​​toluidina foi aquecida a 50ºC e adicionados 8,4mL de anidrido 
acético sob agitação. Em seguida, foi adicionada a solução aquosa de acetato de sódio. Após a 
diminuição da temperatura da vidraria e da solução, a mistura foi resfriada em água gelada 
resultando na formação de um precipitado branco. A mistura foi filtrada a vácuo utilizando um 
filtro de Buchner. O sólido branco obtido, N-acetil-ρ-Toluidina, foi colocado em um dessecador 
para a remoção da água. 
Na etapa seguinte, ​ o N​acetil​​p​​toluidina preparado anteriormente, foi colocado em um 
béquer de 1L junto de 20,56g de MgSO​ hidratado e 350mL de H​​2​O. A mistura foi posta em 
banho-maria para a total solubilização do composto. Após, foi preparada uma mistura de 22.43g 
de KMnO​​4 ​em uma pequena quantidade de H​​2​O, suficiente para a formação de uma pasta. Tal 
pasta foi adicionada aos poucos na solução anterior. A mistura foi mantida em banho-maria por 
1h e a cada intervalo, de 3 a 5 min, foi feita uma pequena agitação. A mistura foi então filtrada a 
vácuo, lavando o precipitado (MnO​​2​) com pequenas porções de H​​2​O quente. 
A mistura quente obtida, foi filtrada por gravidade em papel de filtro pregueado, 
obtendo-se uma solução amarelo pálida. Quando resfriou até a temperatura ambiente 
adicionou-se 20% H​​2​SO​​4 ​à solução obtendo-se um precipitado flosculoso. Em seguida, a mistura 
foi filtrada a vácuo e o sólido branco obtido, ​p​​acetoamidobenzóico, foi colocado em um 
dessecador. 
Posteriormente, preparou-se uma solução diluída de HCl misturando 24mL do ácido 
(37%) em 24mL de H​2​O. Em um balão de fundo redondo de 250mL foi colocado 6,19g do ácido 
​ρ​acetamidobenzóico obtido na etapa anterior, e adicionado à solução diluída de HCl. A mistura 
foi posta em refluxo brando por 30 min em um condensador adaptado. A solução resultante foi 
resfriada à temperatura ambiente e transferida para um erlenmeyer juntamente com 48mL de 
H​​2​O. Pequenas porções de NH​​4​OH foram adicionadas até obter-se uma solução com pH 8​9 
verificado com papel indicador do mesmo. Após, adicionou-se aproximadamente 2,5ml de ácido 
acético glacial. A solução foi resfriada em banho de gelo para o início da cristalização. Os 
cristais obtidos, ácido ρ​aminobenzóico, foram filtrados a vácuo e deixados na estufa. 
Finalmente, na última etapa do experimento, foram adicionados em um balão de fundo 
redondo de 250mL, 2,7g do ácido ρ-aminobenzóico obtido na etapa anterior junto com 35,1mL 
de etanol (95%) e agitados até a máxima solubilização. Para neutralizar a mistura adicionou-se, 
aos poucos, uma quantidade de Na​​2​CO​​3 ​(total 32,4ml) até cessar a liberação de CO​​2​. Depois de 
neutralizada a solução, adicionou-se Na​2​SO​4 ​para a secagem da mistura. 
Após secar a solução com Na​2​SO​4, ​a solução ​foi aquecida em banho-maria para remoção 
do éter e do etanol. Ao óleo restante no frasco foram adicionados 1mL de etanol 95% e aquecida 
até que todo óleo dissolvesse, sendo posteriormente adicionada água até a solução ficar com 
aspecto opaco. Precipitou-se então um sólido. A mistura foi então posta em banho de gelo para 
uma máxima precipitação. O sólido precipitado, benzocaína, foi então coletada por filtração a 
vácuo e seca para o posterior cálculo do rendimento. 
 
4.RESULTADOS, MECANISMOS E DISCUSSÕES 
4.1 Rendimentos, pontos de fusão e considerações finais 
 
Partindo de 15,0109g de ρ-toluidina, obteve-se 8,8g como produto da síntese da 
N-acetil-ρ-Toluidina, resultando em um rendimento de 45,91%. Após medir o ponto de fusão da 
mesma observou-se temperaturas de 147,3ºC e 149,9ºC. Comparando com a literatura (NTP, 
1992) que traz uma temperatura de 152ºC, Confirmou-se que o produto ainda contém traços de 
impurezas ou de solventes. 
Na síntese do ácido ρ-acetamidobenzóico, partiu-se de 8,8g de N-acetil-ρ-Toluidina e 
obteve-se uma massa de 6,19 g do ácido. Com isso, o rendimento foi de 70,77%. Então, 
medindo o ponto de fusão (255,7 o C – 259,1 o C), e comparando com a literatura (NTP, 1992): 
256,5ºC, observou-se que produto encontrado é aquele de interesse. 
Na etapa seguinte, síntese do ácido ρ-amidobenzóico, partindo de 6,19g de ácido 
ρ-acetamidobenzóico, obteve-se uma massa de 2,7 g. O rendimento obtido foi de 43,62%. 
Medindo, então, o ponto de fusão (263,3ºC – 267,2ºC) e comparando com a literatura (NTP, 
1992): 259ºC; 262 ºC, observou-se que o produto encontrado contém resíduos de água ou de 
outros reagentes, mas também é o produto de interesse. 
Na última etapa, síntese da benzocaína, partiu-se de 2,7g de ácido ρ-amidobenzóico e 
obteve-se como produto, uma massa de 0.22 g. Com isso, chegou-se em um rendimento de 
6,76%. Então, mediu-se o ponto de fusão e as temperaturas observadas foram de 86,9ºC – 
91,2ºC). Comparando com a literatura(NTP, 1992) a temperatura de 90 ºC, conclui-se que o 
produto sintetizado foi a benzocaína. 
 
4.1.2 Rendimento global 
O rendimento global do Experimento foi de 0,958%. Com esse resultado, podemos 
observar que a síntese da benzocaína, pelo método das quatro etapas não é a maneira mais 
eficiente de se obter esse composto. 
 
4.2 Mecanismos
 
 Figura 3: Mecanismos da síntese da benzocaína (Fonte: Ebah) 
4.3Conclusão 
A síntese da benzocaína partindo da p​-toluidina, em nosso experimento, apresentou um 
rendimento de 0,958%, o que é relativamente baixo. Isso se deve por interferência em ​quase 
todos os casos da água, que pode não ter sido retirada em toda a sua totalidade, por interferência 
de possíveis erros experimentais, ou por não ter sido verificado quando a reação terminou em 
cada etapa (cromatografia), fazendo com que a massa encontrada e o ponto de fusão medido 
variem um pouco com o que é apresentado na literatura. 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
SOLOMONS​​, T.W. Graham. Maria Lúcia Godinho de Oliveira. Química Orgânica, nona 
edição, volume 2. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 
BRUICE​, Paula Yurkanis. Vários tradutores. Química Orgânica, quarta edição, volume 2. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006 
KNOTHE​​,G. J. Am. Oil Chem. Soc. 77, 2000. Rinaldi, R.; Garcia, C.; Marciniuk, 
L.L.;Adriana Vitorino Rossi, A.V.; e Ulf Schuchardt, U. Quim. Nova, 30, 2007. Disponível em 
ftp​acd.puc​campinas.edu.br/pub/professores/ceatec/augusto.etchegaray/Quimica/quimica_organi 
ca_C/2012/Apostila_de_Quimica_Organica%20C_2012.pdf 
ChemSpider​; Disponível em <​http://www.chemspider.com/Chemical-Structure.953.htm​l> 
Acesso em 16 de junho de 2016.

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