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Osteologia e Musculatura Braço e Antebraço

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA 
CAMPUS SÃO JOSÉ - SC 
ROTEIRO AULA PRÁTICA DE ANATOMIA PALPATÓRIA 
CONTEÚDO: Osteologia e miologia do cotovelo e antebraço 
PROFESSORA: Carlize Bortoli 
 
COTOVELO 
 
As estruturas ósseas que compõe a articulação do cotovelo são fáceis de serem palpadas 
devido a sua proeminência; 
A articulação do cotovelo é um gínglimo ou articulação em dobradiça e possui três 
articulações: úmero-ulnar (entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna), úmero-
radial (entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio) e rádio-ulnar proximal (entre a cabeça 
do rádio e a incisura radial da ulna). 
As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula, que é espessada medial e 
lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial. Esses ligamentos funcionam como 
estabilizadores passivos da articulação. 
 
 
 
 
PRÁTICA PALPATÓRIA 
 
- Epicôndilos lateral, medial e olécrano: palpação simultânea em extensão e flexão de 90o 
- Cabeça do rádio: paciente sentado com cotovelo fletido a 90º, antebraço pronado e apoiado 
na mão do terapeuta; inicia-se a palpação colocando-se a polpa do 2º dedo no epicôndilo 
lateral do paciente, o 3º dedo será posicionado imediatamente ao lado do 2º dedo no sentido 
distal, no mesmo alinhamento, o 4º dedo cairá sobre a cabeça do rádio, imediatamente ao 
lado do 3º dedo, no sentido distal. 
- Ligamento Colateral medial (LCM) ou ulnar: sua palpação é indireta, ou seja, não será 
percebido na polpa dos dedos, apenas será palpado o seu trajeto à procura de algum sintoma 
que o paciente poderá vir a relatar. O LCM se origina do epicôndilo medial e se insere na parte 
proximal da ulna, portanto a palpação deve seguir esse sentido. 
• Teste de Esforço de Abdução: com o paciente sentado, estabilizar o braço lateralmente, e 
colocar um pressão de abdução (em varo) no antebraço medialmente. Identificar o ligamento 
colateral ulnar. 
- Ligamento Colateral lateral (LCL) ou radial: também com palpação indireta, ele se origina do 
epicôndilo lateral e se insere na cabeça do rádio. A palpação deverá seguir este trajeto. 
• Teste de Esforço de Adução: com o paciente sentado, estabilizar o braço lateralmente, e 
colocar um pressão de adução (em varo) no antebraço medialmente. Identificar o ligamento 
colateral ulnar. 
- Ulna: diáfise pela borda dorsal do antebraço, sulco entre ulna e rádio (membrana interóssea). 
- Rádio: Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra, apoiada. O 
corpo do rádio pode ser palpado principalmente em sua metade distal, basta palpá-lo em 
forma de pinça. 
 
 
 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO 
O antebraço tem dois movimentos próprios, a pronação e a supinação e, por essa razão, tem 
músculos específicos para esses movimentos, além dos músculos flexores e extensores do 
punho e dos dedos. 
Em secção transversal, o antebraço encontra-se dividido em dois compartimentos fasciais: o 
compartimento posterior contém os extensores das mãos, que são comandados pelo nervo 
radial; o compartimento anterior contém os flexores, comandados pelo nervo mediano. 
GRUPO ANTERIOR: 8 músculos, agrupados em: 
 
Camada superficial - Pronador redondo, Flexor radial do carpo, Palmar longo, Flexor superficial 
dos dedos e Flexor ulnar do carpo (palpáveis), todos originados no epicôndilo medial do 
úmero; 
Camada profunda - Flexor profundo dos dedos, Flexor longo do polegar e Pronador quadrado 
(não palpáveis). 
 
 
 
 
 
 
 
Pronador redondo 
Inserção Distal: Face lateral do 1/3 médio da diáfise do rádio; 
Ação: Pronação do Antebraço e auxiliar na Flexão do Cotovelo. 
Palpação: paciente sentado, cotovelo fletido a 90°e apoiado na maca, antebraço supinado; O 
pronador redondo delimita a margem medial da fossa cubital. O terapeuta apoia seus dedos 
sensitivos nessa região e pede ao paciente que realize um movimento de pronação levemente 
resistido. Perceberá sob seus dedos um aumento de tensão. 
 
Flexor radial do carpo 
Inserção Distal: Face anterior do 2º metacarpal; 
Complete o quadro com os músculos correspondentes: 
1: 
2: 
3: 
4: 
5: 
Ação: Flexão do Punho e Abdução da Mão (desvio radial). 
Palpação: com o antebraço em supino, solicitar ao paciente os movimentos simultâneos de 
flexão do punho e desvio radial, que serão resistidos pelo terapeuta. 
 
Palmar longo 
Inserção Distal: Aponeurose palmar e retináculo dos flexores; 
Ação: Flexão do Punho, tensão da aponeurose palmar e retináculo dos flexores. 
Palpação: com antebraço em supino, solicitar ao paciente uma flexão de punho somada à uma 
oposição de polegar e dedo mínimo. 
 
Flexor superficial dos dedos: 
Inserção Distal: Face anterior da falange intermédia do 2º ao 5º dedos; 
Ação: Flexão de Punho e da IFP – 2º ao 5º Dedos. 
Palpação: antebraço supinado, terapeuta irá resistir à flexão das interfalangeanas proximais. 
 
Flexor ulnar do carpo 
Inserção Distal: Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal; 
Inervação: Nervo Ulnar (C7 – T1); 
Ação: Flexão de Punho e Adução da Mão (desvio ulnar). 
Palpação: O paciente fará um movimento de flexão do punho com desvio ulnar, que será 
resistido pelo terapeuta. 
 
MÚSCULOS DORSAIS DO ANTEBRAÇO 
 
Grupo lateral - Inclui 4 músculos: 
Braquiorradial, Extensor Radial Longo do Carpo, Extensor Radial Curto do Carpo, sendo 
palpáveis, e Supinador. 
Grupo posterior - Inclui 8 músculos, agrupados em: 
Camada superficial - Extensor dos dedos, Extensor ulnar do carpo (palpáveis), Extensor do 
dedo mínimo e Ancóneo; 
Camada profunda - Abdutor longo do polegar, Extensor curto do polegar, Extensor longo do 
polegar e Extensor do indicador (não palpáveis). 
 
Os mm. extensores radial curto e ulnar do carpo e o extensor dos dedos estão inseridos no 
epicôndilo lateral do úmero, enquanto que os mm. braquiorradial e extensor radial longo do 
carpo estão inseridos na crista supraepicondilar lateral do úmero. 
 
Região posterior (origem epicôndilo lateral e crista supracondilar lateral do úmero): 
lateral (braquiorradial, extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo) 
posterior (extensor dos dedos, extensor ulnar do carpo) 
 
 
Braquiorradial 
Inserção Proximal: 2/3 proximais da crista supracondiliana lateral do úmero; 
Inserção Distal: Processo estiloide do rádio; 
Ação: Flexão do Cotovelo, Pronação de Antebraço e Supinação até o ponto neutro. 
Palpação: com antebraço flexionado, apoiado e em posição neutra, o terapeuta irá resistir à 
flexão do cotovelo. 
 
Extensor radial longo do carpo 
Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supracondiliana do úmero; 
Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal; 
Ação: Extensão do Punho e Abdução da Mão (desvio radial). 
Palpação: Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço levemente pronado. O terapeuta 
irá primeiramente resistir à flexão do cotovelo para evidenciar o braquiorradial, os dedos do 
terapeuta serão então posicionados no dorso da mão do paciente e irão resistir ao movimento 
de dorsiflexão do punho. Os 2° e 3° dedos sensitivos palparão o músculo, imediatamente 
lateral ao braquiorradial. 
 
Extensor radial curto do carpo 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero; 
Inserção Distal: Face posterior do 3º metacarpal; 
Ação: Extensão do Punho. 
Palpação: cotovelo fletido a 90°e antebraço pronado apoiado na mesa. O terapeuta resistirá 
à dorsiflexão do punho e o dedo sensitivo acompanhará o sulco situado abaixo do extensor 
radial longo do carpo, para nessa região sentir a tensão do extensor radial curto do carpo. 
 
Extensor dos dedos 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero; 
Inserção Distal: Falanges média e distal do 2º ao 5º dedos; 
Ação: Extensão de Punho, MF, IFPe IFD do 2º ao 5º Dedos. 
Palpação: cotovelo fletido a 90°e antebraço pronado apoiado na mesa. O terapeuta irá 
resistir à extensão das falanges proximais do segundo ao quinto dedos, a mão sensitiva palpará 
o músculo extensor dos dedos, logo abaixo do extensor radial curto do carpo. 
 
Extensor ulnar do carpo 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero; 
Inserção Distal: Base do 5º metacarpal; 
Ação: Extensão do Punho e Adução da Mão (desvio ulnar). 
Palpação: cotovelo fletido e apoiado na maca, antebraço pronado. O terapeuta resistirá 
simultaneamente aos movimentos de extensão e de desvio ulnar realizados pelo paciente. 
Poderá se palpar o tendão do extensor ulnar do carpo, entre a cabeça da ulna e a base do 5º 
metacarpo e também mais proximamente à diáfise da ulna. 
 
Sulco do nervo ulnar e nervo ulnar: O sulco do nervo ulnar é encontrado na epífise distal do 
úmero. Localizado posteriormente ao epicôndilo medial. 
Palpação: o sulco do nervo ulnar pode ser encontrado no ponto médio entre o epicôndilo 
medial (1) e o olécrano (2). Após encontrar o sulco do nervo ulnar, palpe o nervo ulnar e faça-o 
rolar abaixo dos seus dedos, ele pode ser deslocado como um cordão.

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