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Direito Empresarial I

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Direito Empresarial I
Prof. Josnei
* Procuração: art. 38 do CPC;
Ad judicia: poderes gerais para promover os atos do processo (ex.: apresentar petição inicial, contestação, recursos, etc.);
Extra judicia: poderes especiais para atuar em nome do cliente (ex.: receber e dar quitação, transacionar, levantar valores, etc.);
Título de Crédito
Esboço histórico:
Roma: elo pessoal entre credor e devedor; cobrança de bens do devedor não era permitida; matar o devedor era a solução ou escravo; cessão formal também era permitida;
Idade Média: desenvolvimento do tráfico mercantil – circulação de capitais; aperfeiçoamento no título – surge a letra de câmbio; a partir daí se expandiu com vários aspectos e espécies;
Crédito: confiança de uma pessoa a outra que inspira a cumprir a obrigação assumida;
Vantagens do Crédito:
Obrigação pecuniária: utilização do crédito tornou as transações mais rápidas; dispor de dinheiro e pagamento posterior;
Em Títulos de Crédito não se pode dispor de obrigações de fazer ou de entrega; são utilizados apenas para obrigação pecuniária;
Utilização do crédito hoje para devolver o valor após;
Importante para que os comerciantes possam realizar operações lucrativas com maior amplitude; o crédito fomenta as relações mercantis;
Crédito facilita a vida do indivíduo, gerando o progresso;
Conceito de Título de Crédito:
“é o documento necessário para o exercício de um direito, literal e autônomo, nele mencionado” (Vivante);
Documento representativo de um crédito; ato de fé e de confiança do credor que irá receber posteriormente do devedor;
Não serve como agente de produção e sim para transferir riquezas; não pode traduzir outros direitos (ex.: respeito ao direito de propriedade) que não a transferência de riquezas;
Título de Crédito – Características:
Título de Crédito = cambiário ou cambial;
Torna mais segura e rápida a transferência de riquezas;
Título de Crédito representa o crédito por si (simples entrega; tradição) ou simples assinatura passa o crédito para outra pessoa (endosso);
A Cessão de Título de Crédito não carece da autorização do devedor;
Título de Crédito: reporta o fato; alguma coisa existe; por si só o título já prova a existência da dívida; demonstra a existência de relação jurídica entre o credor e o devedor; prova o crédito;
Não se documenta outra obrigação que não a pecuniária;
Facilidade de negociação e execução;
Distingue dos demais documentos pela sua negociabilidade, facilidade de circulação e executividade;
Negociabilidade do Título de Crédito:
Permite facilidade de circulação de valores (ex.: apenas um título pode representar milhões de reais);
Mobilização imediata do valor;
Livre dispor: independente da vontade do devedor, pode haver a cessão de crédito;
Transferência a seus próprios credores;
Função do título de crédito: circular riquezas;
Quem emite o Título de Crédito assume uma dívida, independentemente de quem esteja na posse deste;
Executividade:
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; [...]
Maior liquidez e certeza;
Diferencia das demais obrigações:
Relação creditícia;
Facilidade de cobrança;
Fácil circulação de crédito;
Principal diferença das outras obrigações: o credor tem facilidade em encontrar pessoas que possam antecipar seu crédito; ex.: desconto de cheques;
Para cada tipo de negócio existe um título;
Princípios do Título de Crédito
Cartularidade
Traduz o exercício dos direitos representados no Título de Crédito; pressupõe a posse; quem está na posse do título é o credor;
Somente quem apresentar a cártula (papel) terá a possibilidade de receber;
Quem não tem o Título de Crédito em sua posse não é credor;
Execução: deve apresentar o Título de Crédito original; desta forma, quem executa é realmente o credor; assim, somente será possível apenas uma execução do título;
Postulado que evita enriquecimento indevido de quem, tendo sido credor, negociou o título;
Quem paga o Título de Crédito exige a sua entrega; isso evita com que o título já pago fique circulando ou que seja entregue para terceiro de boa-fé; para que quem tem a posse possa cobrar os coobrigados;
Conceito: o credor do Título de Crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer um direito nele mencionado (Fábio Bulhoa Coelho);
Observação: não se aplica em alguns casos referente a Duplicata, que tem regulamentação legal própria;
Protesto da Duplicata: o credor pode protestar em cartório a duplicata por falta de aceite; não estando a Duplicata na posse do credor, pode este indicar todos os dados originários desta, para que o cartorário faça o protesto por indicação (já que a duplicata está retida com o devedor);
Execução: além do protesto por indicação, há necessidade de o credor apresentar os comprovantes de entrega das mercadorias;
Alguns doutrinadores referem-se ao Princípio da Carturalidade como incorporação (se equivale aos elementos jurídicos constantes no Título de Crédito);
Literalidade
Traduz que os atos que geram efeitos são apenas os que constam no documento;
Conceito: o direito decorrente do título é literal no sentido de que, quanto ao conteúdo, à extensão e às modalidades deste direito, é decisivo exclusivamente o teor do título de crédito (Fábio Bulhoa Coelho);
Atos documentais em apartados não interessam para o título;
Quem paga parcialmente deve exigir anotação no título;
Aval deve constar no título; contrato a parte para que a pessoa seja avalista não tem validade;
Favorável para o credor e para o devedor; permite segurança jurídica para ambos os lados;
Se alguém deve mais ou menos e não consta no Título de Crédito será cobrado pelo valor literal que está no Título de Crédito;
Se houver rasuras no Título de Crédito, pode resultar na sua nulidade;
Facilidade de circulação;
Obs.: quando se trata de Duplicata, a quitação pode ser emitida em apartado;
Autonomia
Conceito: pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento (Fábio Bulhoa Coelho);
A autonomia desvincula o Título de Crédito do negócio que o gerou;
Mesmo o crédito sendo oriundo de outra obrigação, vale o que está escrito no título;
Título de Crédito com mais de uma obrigação: uma delas não invalida a outra;
Ex.: Antonio vende carro a Benedito com pagamento da metade do valor em 60 dias, garantido por Nota Promissória; a NP representa a venda (a “relação fundamental” ou “negócio originário”);
Antonio passa a NP para Carlos (terceiro de boa-fé);
Em caso de vício oculto no carro, Benedito não se isenta de pagar a NP a Carlos; deve pagá-la e depois cobrar de Antonio o que gastou com o vício oculto; formam-se três relações jurídicas;
Circulação = Autonomia;
Obs.: ninguém é obrigado a aceitar o título de crédito; se aceitou, assume todas as conseqüências de ser seu credor;
Caso de furto do título de crédito: o executado se exonera se provar que o portador agiu de má-fé ou falta grave; ex.: fez boletim de ocorrência relatando o furto;
Sub-princípios:
Abstração: desvincula o Título de Crédito da obrigação; ex.: terceiro de boa-fé, Benedito quer receber pelo vício;
Art. 445, CC § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
Inoponibilidade: o devedor não pode se opor à execução contra terceiro de boa-fé alegando irregularidade no negócio originário do título de crédito; nulidade do título de crédito poderá ser alegada contra o terceiro de boa-fé;
Natureza da Obrigação Cambial
Num primeiro momento aparenta solidariedade passiva; parece que todos os devedores são responsáveis por toda a dívida. Porém,esta é a única semelhança com a solidariedade civil;
Solidariedade passiva do Código Civil dá direito de regresso aos demais responsáveis em favor daquele que pagou; cada um dos devedores solidários é responsável por uma parcela da dívida;
Em relação ao credor: poderá cobrar a dívida de qualquer dos devedores solidários; a solidariedade é para o pagamento total da dívida, mas não de regresso contra os outros devedores;
No devedor cambiário nem todos são solidários. Ex.: o aceitante da Letra de Câmbio e o subscritor da Nota Promissória não têm direito de cobrar dos outros devedores, já que estes são os devedores principais da dívida;
Os devedores anteriores respondem perante os posteriores, mas não ocorre vice-versa; ex.: A passou o título para B, que passou para C; o C poderá cobrar tanto de A quanto de B; já o B somente poderá cobrar de A; ainda, se A, que é o devedor principal, pagar a dívida, não terá direito de cobrar nem B nem C;
A solidariedade passiva cambiária tem apenas aspecto externo (responder pelo principal de forma solidária);
Existência de hierarquia
Devedor principal = Aceitante (Letra de Câmbio) = Emitente (Nota Promissória, Cheque) = Sacado (Duplicata); demais são co-devedores;
Ex.: o avalista pode em regresso cobrar um avalizado, mas não pode vice-versa;
Classificação dos Títulos de Crédito
Quanto ao Modelo
Vinculados: padrão exigido pela lei; ex.: Cheque e Duplicata;
Livres: não existe padrão; apenas seguem os requisitos da lei; ex.: Letra de Câmbio e Nota Promissória;
Quanto à Estrutura
Ordem de pagamento: três elementos na relação jurídica: Sacador, Sacado e Tomador; ex.: Cheque, Duplicata e Letra de Câmbio;
Promessa de pagamento: dois elementos na relação jurídica: Promitente e Beneficiário; ex.: Nota Promissória;
Quanto à Emissão
Causais: hipóteses determinadas pela lei; somente ocorrerá a emissão em hipóteses autorizadas pela lei; ex.: Duplicata Mercantil (apenas pode ser gerada com a documentação da compra e venda mercantil);
Limitados: não podem ser emitidas por determinação de lei; são proibições de emissão de certo Título de Crédito em determinadas situações; ex.: Letra de Câmbio não pode ser emitida para documentar compra e venda mercantil (Lei de Duplicatas art. 2º; Lei 5474/1968);
Não causais: podem ser emitidos em qualquer hipótese; ex.: Cheque e Nota Promissória;
Quanto à Circulação
Ao portador: sem nome do credor; circulam por tradição;
Nominativos à ordem: transferem por endosso; se for endossado em branco se tornará um título ao portador;
Nominativos não à ordem: identificam o credor; circulam por cessão de crédito civil; são somente para depósitos em favor do credor ao qual está nominado o título; ex.: cheque cruzado;
Títulos de Crédito no Código Civil
Arts. 887 a 926 e Leis Especiais, conforme previsão do art. 903;
Dispositivos do CC compatíveis com a lei especial aplicam-se subsidiariamente;
Constituição e Exigibilidade do Crédito Cambiário – tomando-se por base a Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio surgiu na Idade Média; era utilizada para transferência de valores entre diferentes Feudos;
O Brasil é signatário da Convenção de Genebra (1930); anteriormente, havia no Brasil o Decreto 2044/1908 (Lei Cambial Interna); a Convenção passou a vigorar internamente apenas em 1966, a partir dos Decretos 57595/1966 (Cheque) e 57663/1966 (Nota Promissória); tais decretos foram equiparados pelo STF à Lei Federal; os Decretos representam a Lei Uniforme, que são a legislação primária a respeito de Títulos de Crédito, sendo que o Decreto 2044/1908 é a legislação utilizada subsidiariamente;
Sujeitos da Letra de Câmbio
Sacador: quem emite a Letra;
Sacado: a quem a Ordem é dada; dá o Aceite e faz o pagamento ao Tomador;
Tomador: beneficiário da Ordem;
Saque da Letra de Câmbio
A Lei Uniforme autoriza que o Sacador seja o Tomador ou também o Sacado;
Saque: é o momento de criação da Letra;
Emitida a Letra, é esta entregue ao Tomador, que procura o Sacado por duas vezes, uma para Aceitar e a outra para Receber;
Se o Sacado não Aceitar a Letra, quem responde pela dívida é o Sacador;
Criação é diferente de Emissão:
Criação: momento de confecção do material do documento e da assinatura do Sacador;
Emissão: entrega do documento ao Tomador; a Lei Uniforme, art. 16, assegura ao Tomador de boa fé o recebimento da Letra;
Requisitos da Letra de Câmbio (Lei Uniforme, Decreto 57663/1966, arts. 1 e 2)
A expressão “Letra de Câmbio” na língua empregada; é entendida doutrinariamente como uma Cláusula Cambiária de identificação do título; ex.: a cláusula à ordem é utilizada para sua circulação;
Ordem incondicional de pagar quantia determinada; não aceita nenhum tipo de condição ou termo; trata-se de um pressuposto necessário para sua circulação; valor: admite-se correção monetária, sendo esta subentendida na Letra a prazo; o valor válido da Letra é o que é escrito por extenso; juros legais também são admitidos na Letra, sendo contados do momento do saque até o momento do pagamento;
Nome da pessoa que deve pagar (Sacado); deve constar seu Aceite, juntamente com seu RG e CPF;
Nome do Tomador: sem o nome do Tomador a Letra não é válida; é permitido o Endosso (tanto em preto quanto em branco, tornando-se ao portador nesta última hipótese);
Assinatura do Sacador e nome; este é o co-devedor da dívida;
Data do saque: sem a data não tem executabilidade;
Lugar do pagamento;
Lugar do saque;
Cláusula de Mandato
Procurador com poderes especiais pode representar o Sacador, o Sacado ou o Tomador;
Súmula 60 do STJ
É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuario vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste. Ex.: o banco (Sacado) tem o poder recebido por procuração de emitir o título e o cobrava do Sacador;
Título em branco ou incompleto: é permitido; no momento em que se executará o Título, é obrigatório que este esteja preenchido; Decreto 2044/1908, art. 3º;
Súmula 387 do STF
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
Aceite da Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento que o Sacador endereça ao Sacado para aceite;
O aceite pelo Sacado é facultativo; se o Sacado não aceita, torna-se devedor principal o Sacador;
Através do Aceite o Sacado vincula-se ao pagamento da Letra de Câmbio;
Se o Aceitante não pagar no vencimento os coobrigados (Sacador) poderão ser acionados;
* ex.: Fag (Sacador); Aluno (Sacado); Banco (Tomador); se o Tomador não consegue receber do Sacado, pode executar o Sacador; sendo quitada a dívida pelo Sacador, este pode entrar com ação de regresso contra o Sacado;
O aceite introduz uma nova relação jurídica;
O Aceite é facultativo: mesmo na hipótese do Sacado ser o devedor do Sacador, ele não está obrigado a aceitar, criando um título de crédito;
Decorre da assinatura no anverso (frente) da Letra;
Admite-se o Aceite no verso, desde que identificado; ex.: “Aceite do Sacado”;
Mesmo que o aceite conste em outro documento, não se vincula este aceite ao título; o aceite no documento é desconsiderado, mas o Sacado fica vinculado com aquele que contratou (LU, art. 29);
Recusa do Aceite é ato válido, não se vinculando o Sacado à obrigação contida na Letra; a recusa torna o título executável contra o Sacador;
Recusa parcial do Aceite:
Aceite limitativo: o Sacado reduz a obrigação que assume; ex.: Letra de R$100.000,00 e o Sacado Aceita apenas R$80.000,00; neste caso, o Sacado se vincula à dívida de apenas do que aceitou;
Aceite modificativo: o Sacado introduz mudanças nas condições do pagamento; ex.: altera o vencimento ou praça de pagamento que está contido na Letra;
No aceite parcial o Sacador se obriga a pagar antecipadamente todo o montante da Letra; pode o Tomador executar o Sacador de forma antecipada; o Sacado se obriga na forma parcial que aceitou (LU, art. 26);
No momento do saque da Letra não pode oSacador vinculá-la a qualquer condição, pois o título é incondicional; para o Sacado, é lícito incluir alguma condição no momento do aceite;
Cláusula Não Aceitável:
No aceite parcial o Sacador se obriga a pagar antecipadamente todo o montante da Letra; para se prevenir deste inconveniente, o Sacador pode introduzir tal Cláusula para se obrigar ao pagamento da dívida apenas no seu vencimento, na hipótese de o Sacado não aceitar ou aceitar parcialmente; ex.: “aos trinta dias... pagará V. Sa por esta única via de Letra de Câmbio NÃO ACEITÁVEL, a importância de ...”
Neste caso, o Tomador somente pode apresentar o título para recebimento no vencimento;
Endosso
Ato responsável pela transferência do crédito do Endossante para o Endossatário;
Cláusula à Ordem, já que indicará para quem deverá ocorrer o pagamento;
Sujeitos no Endosso:
Endossante: quem transfere o crédito;
Endossatário: quem recebe o crédito, sendo o novo credor;
Não é ato gratuito; o Endossatário pagará por tal ato, o mesmo valor ou valor inferior;
Primeiro endossante = Tomador;
Cláusula “Sem Garantia”: exonera a responsabilidade do endossante; se o endossante colocar tal cláusula no momento do endosso, não responderá pela dívida se o Sacado não pagá-la;
Endosso pode ser:
Em branco: não identifica o nome do endossatário; “Pague-se ao ...” no anverso; no verso pode ser feito se especificado que se trata de endosso; neste caso, o título se torna ao portador;
Sendo título ao portador, transmite-se o crédito pela simples tradição; o endossatário pode transferir o crédito sem ficar responsável pela dívida nele incluída (LU, arts. 13 e 31);
Endosso em preto: identifica o nome do endossatário “Pague-se ao Sr. Alexandre”;
Endosso impróprio: destina-se a legitimar a posse de certa pessoa sem lhe transferir o direito creditício ou de fazer novo endosso; pode ocorrer de duas formas:
Endosso mandato: o endossatário é investido na condição de mandatário do endossante; imputa somente a cobrança por outra pessoa; ex.: “Pague-se por procuração ao Sr. ...”;
Endosso caução: o endossatário é investido na condição de credor pignoratício do endossante; é um penhor sobre o título de crédito; ex.: “Pague-se em garantia ao Sr. Manoel”;
* pignoratício = penhor = garantia real de bens móveis;
Ex.: Carlos quer empréstimo de Darcy, dizendo ter o título de crédito em garantia; faz-se necessário a entrega do título a Darcy com o endosso “Pague-se em garantia a Darcy” (Darcy = endossatário/caucionado);
Carlos = Tomador/Credor; Antonio = Sacado/Aceite; José = Sacador;
Pode-se exercer todos os direitos da letra, exceto transferir a titularidade (LU, arts. 18 e 19);
Poderá protestar, executar ou constituir mandatário;
Na execução:
Endosso mandato: o executado pode opor ao endossatário-mandatário as exceções que tiver contra o endossante-mandante;
Endosso caução: o executado não poderá opor as exceções contra o endossatário-caucionado, salvo quando por má-fé do endossante e do endossatário;
Boa fé opera o princípio da inoponibilidade;
Com Banco:
O empresário desconta o título junto ao banco, recebendo antecipadamente; endosso impróprio de caução: também conhecido como endosso translativo;
Cobranças (mandatário);
Empréstimo com garantia = endosso-caução;
Endosso por Cessão Civil
Para que o Tomador não possa endossar o título a outra pessoa: deve ser colocada a Cláusula não à ordem; ex.: “Pague-se a fulano não à ordem”;
A Cessão Civil se opera por contrato a parte, que não se vincula ao título;
Impede negociação do crédito, servindo o documento como título de crédito;
Não impede a circulação ----- Cessão Civil;
Diferenças:
Enquanto o endossante em regra responde pela insolvência do devedor, na Cessão apenas responde pela existência da obrigação;
O devedor não pode alegar exceções contra o endossatário de boa fé, mas pode contra o cessionário;
Endosso produz duas vezes por Cessão Civil:
Quando praticado após o protesto por falta de pagamento (LU, art. 20);
Quando Cláusula Não à Ordem;
Ex.: Carlos (Tomador) vendeu veículo a Benedito (Sacado), este revendeu a Antonio;
Benedito aceitou;
Carlos transfere a Darcy (Terceiro);
Benedito não paga, Darcy poderá cobrar Carlos;
Aval
Ato cambiário, pelo qual uma pessoa (Avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições do devedor principal, em substituição deste, se necessário;
O Avalista pode entrar com ação de regresso contra o devedor principal, caso este não pague a dívida contraída;
Razão de haver o aval: o devedor não possuir situação econômica estável ou patrimônio suficiente para garantir a dívida que está sendo assumida;
Em casos de Sociedades Ltda, Micros ou Empresas de Pequeno Porte, normalmente, o credor exige que o sócio majoritário seja avalista;
O avalizado será sempre um devedor;
Aval Parcial (LU, art. 30): é possível, respondendo o avalista apenas pelo montante que avalizou;
Aval Antecipado: é permitido que o credor exija o aval antes do aceite;
Características do Aval:
Autonomia com relação à dívida principal; é desvinculado da obrigação principal; se a obrigação principal for nula (ex.: dívida contraída por menor), o aval ainda persiste;
Equivalência: em regra, o aval é relacionado a todo o montante do título de crédito, a não ser que se disponha de forma diferente;
Exceção à equivalência: caso de recuperação judicial do avalizado; eventuais descontos ou parcelamentos dados pelo credor ao avalizado não se estendem obrigatoriamente ao avalista, que é obrigado a pagar o montante da dívida, a não ser que se disponha de forma diferente;
Prática do Aval:
Aval em branco (LU, art. 31): no aval em branco avaliza-se o Sacador;
Assinatura do avalista lançada no anverso do título;
Assinatura do avalista, no verso ou anverso, sob a expressão “por aval”;
Aval em preto:
Assinatura do avalista, no verso ou anverso, sob a expressão “por aval de Benedito”;
* o aval sempre deve estar presente no título de crédito para que tenha valor;
Avais Simultâneos X Sucessivos:
Aval Simultâneo: quando há mais de um avalista em relação ao mesmo título de crédito, responsabilizando-se pelo mesmo sujeito (ou pelo Sacador ou pelo Sacado ou pelo Endossante);
Os avalistas, neste caso, respondem solidariamente à dívida, 50% cada um deles;
Aval Sucessivo: quando há mais de um avalista avalizando sujeitos diferentes (ex.: um avaliza o Sacador e outro avaliza o Sacado);
Não há solidariedade em relação aos avalistas neste caso;
Súmula 189 do STF
Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.
A LU reafirmou o entendimento do STF na Súmula 189;
Aval e Fiança – diferenças:
Aval é autônomo em relação à obrigação principal; Fiança é contrato acessório, acompanhando o principal (se o principal é válido, também é válido o acessório; se o principal é inválido, também é inválido o acessório); no Aval, para o avalista, há inoponibilidade da defesa relacionando-se a causas de nulidade da dívida principal (ex.: não pode alegar invalidade do negócio travado em função de ser o devedor incapaz);
Benefício de Ordem: na Fiança, o fiador pode pedir que primeiro a penhora dos bens recaia sobre o devedor principal; no Aval não existe tal possibilidade, podendo o credor cobrar imediatamente a ambos, avalista e devedor principal;
CC, Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
Vencimento da Letra
Fato jurídico que torna exigível o crédito cambiário mencionado no título; ocorre com:
Decurso do tempo nos títulos a prazo;
Imediatamente, nos títulos à vista, após o aceite;
Vencimento extraordinário: pode ocorrer:
Pelo não aceite: quando o Sacado não deu o aceite, o título se torna à vista;
Pela falência do devedor: decretada a falência, todas as dívidas da pessoa jurídica são exigíveis imediatamente;
Espécies de vencimento:
Letra com vencimento emdia certo: ao emitir a letra há indicação de seu vencimento;
Letra à vista: exigível já no momento de sua confecção;
Letra a certo termo da vista: o prazo inicia-se na data do aceite; ex.: esta letra será paga em 6 meses da data do aceite;
Letra a certo termo da data: o prazo inicia-se na data do saque (momento de criação da letra); ex.: esta letra será paga em 6 meses da data do saque;
Pagamento da Letra
O pagamento extingue uma, algumas ou todas as obrigações, dependendo de quem paga;
Se o Devedor Principal (Sacado/Aceitante) paga: extingue todas as obrigações;
Se o Co-devedor (Sacador, Tomador/Endossante, Avalista) paga: extingue as obrigações dos posteriores; pode regressar contra quem deveria ter quitado a dívida;
Cadeia de pagamento (quem deve pagar primeiro a dívida) se organiza por 3 critérios:
Devedor principal;
Sacador e Endossante em ordem cronológica;
A responsabilidade do Avalista é posterior ao avalizado;
Prazo para Apresentação da Letra (vencimento):
No vencimento a Letra apresentada ao aceitante para pagamento;
Quando o vencimento é em dia não útil, prorroga-se para o próximo dia útil;
Dia útil empresarial: todos os dias em que há funcionamento bancário;
LU, art. 38: se o local de pagamento é no exterior, em regra a apresentação da Letra para pagamento é em 2 dias úteis seguintes ao vencimento, não importando se este dia será útil;
Quando o credor não apresenta a Letra para pagamento em seu vencimento: pode o devedor efetuar depósito judicial, a partir de Ação de Consignação em Pagamento;
Cautelas Recomendáveis ao Devedor para realizar o Pagamento:
Exigir a entrega da cártula;
Exigir que se faça quitação no próprio título, quando se trata de pagamento parcial;
Consumidor: se apresentar qualquer prova que pagou a dívida (ex.: guia bancária), mesmo que não conste no título, tal pagamento é considerado aceitável, levando em consideração sua hiposuficiência em relação ao fornecedor;
Protesto Extrajudicial
Conceito: ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento da obrigação originada em títulos ou outros documentos (Lei 9492/1997, art. 1º);
Exceção ao conceito: protesto por falta de aceite na Letra de Câmbio; o Tomador protesta para provar que o Sacado não deu o aceite;
Se na Letra tiver a cláusula “Sem despesas”: há dispensa do protesto se o Sacado não der aceite;
Protesto pode ocorrer:
Por falta de aceite;
Por falta de pagamento;
Por falta da data do aceite: há súmula do STJ indicando que o próprio credor pode preencher a data do aceite, sem prejuízo, não precisando fazer o protesto;
Protesto por falta de pagamento
Efeito do protesto: os devedores serão notificados para pagar a dívida em 3 dias úteis ou para sustar o protesto;
Se o aceitante não paga a letra no vencimento, deve-se levar a protesto;
Vencimento a dia certo: o protesto deve ser realizado em até 2 dias úteis do vencimento (LU, art. 44); perdido o prazo para protestar, não se pode cobrar os co-devedores e avalistas, podendo cobrar apenas o devedor principal;
Perde o prazo: inexigibilidade contra os co-devedores e avalistas; somente pode cobrar o devedor
O pagamento da Letra protestada pode ser feito diretamente no cartório, com juros legais desde o vencimento e correção monetária;
O protesto serve como uma espécie de cobrança extrajudicial; ou o devedor paga ou fica protestado;
Cancelamento do Protesto
Pelo cumprimento da obrigação;
Quando há sustação por nulidade: ocorre a partir de medida cautelar proposta pelo devedor, para se discutir posteriormente a validade do título na ação principal;
Ação Cambial = Ação de Execução
Prescrição (LU, art. 70):
Devedor principal e avalista: até 3 anos do vencimento;
Co-devedores: até 1 ano a partir do protesto;
Regresso contra co-devedor: até 6 meses do pagamento ou da execução; se os co-devedores estão presentes no pólo passivo, pode-se cobrar na mesma ação;
Nota Promissória
Promessa de pagamento;
Quem promete pagar: Subscritor (também pode ser chamado de Sacador, Emitente, Promitente); assume o dever de pagar a quantia ao Tomador ou Endossatário; o Subscritor é o Devedor Principal;
Beneficiário: Tomador (também chamado de Sacado); é o Credor;
* tomar cuidado com estes sujeitos, que são diferentes na Letra de Câmbio e na Nota Promissória;
Ninguém está obrigado ao saque (emitir o título de crédito), salvo quando há disposição em contrato indicando que em razão deste será assinada Nota Promissória;
Para produzir efeitos a Nota Promissória deve atender aos seguintes requisitos (LU, arts. 75 e 76):
Expressão “Nota Promissória” no título, escrito no idioma que será preenchida a Nota;
Promessa incondicional de pagar quantia determinada; não pode haver condição, pois o título de crédito é autônomo;
Nome do Tomador;
Data do saque;
Assinatura do Subscritor;
Lugar do saque;
Ao exemplo da Letra de Câmbio, não há Nota Promissória emitida ao portador; pode haver endosso em branco; não pode ser emitida sem valor líquido;
Ex.: aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei por esta única via de Nota Promissória, a Fulano ou à sua ordem, a importância de R$..., Local e data do saque... Assinatura;
Lugar e época do pagamento não retiram a validade da Nota Promissória; não tendo a época do pagamento, o vencimento é à vista; não tendo o lugar do pagamento, este será no mesmo local do saque;
Regime Jurídico da Nota Promissória: aplicam-se as normas da Letra de Câmbio com os seguintes ajustes:
Não se aplicam regras incompatíveis com a natureza da Nota Promissória;
Regras da Letra de Câmbio que não existem na Nota Promissória: recusa total ou parcial do aceite; aceitação da ordem; “Cláusula Não Aceitável”; prazo para apresentação ao sacado; forma de aceite; vencimento antecipado;
Subscritor da Nota Promissória = Aceitante da Letra de Câmbio = ambos são o Devedor Principal;
Prescrição 3 anos tanto da Nota Promissória quanto da Letra de Câmbio;
Protesto é facultativo; o título se torna exigível no dia seguinte ao seu vencimento;
Falência (decreto de falência pelo juiz): causa o vencimento antecipado da Nota Promissória;
Aval em Branco avaliza o Subscritor (LU, art. 77);
Modalidade da Nota Promissória de “a certo termo à vista” (LU, art. 78):
O subscritor promete pagar, ao término do prazo por ele definido cujo início se opera com seu visto; ex.: “aos trinta dias... após o visto pagarei...”; obs.: no momento do saque é assinada a Nota Promissória;
Se o Subscritor negar de dar o visto deve haver o protesto; a partir do protesto passa a correr o prazo contido na Nota Promissória;
O prazo máximo é de 1 ano para apresentar para o visto a contar do saque; se não apresentado neste período, a Nota Promissória perde validade;
No tocante ao saque, endosso, aval, vencimento, pagamento, protesto, ação cambial e prescrição aplicam-se os mesmos efeitos da Letra de Câmbio;
2º BIMESTRE
Duplicatas
Lei de Duplicatas (LD): 5474/1968;
Conceito: ordem de pagamento emitida pelo credor para documentar o crédito oriundo de uma compra e venda (duplicata mercantil) ou de uma prestação de serviços (duplicata de prestação de serviços);
É uma criação brasileira; é emitida de forma unilateral pelo Credor/Sacador e depois é entregue ao Devedor/Sacado para Aceite; sempre estará ligada à entrega de mercadorias ou prestação de serviços;
Se uma Duplicata é protestada sem o Aceite, o Devedor/Sacado pode sustar tal protesto nos 3 dias úteis seguintes à notificação; não ocorrendo a sustação, o protesto é lavrado;
Título de Crédito causal (arts. 1 e 2 da LD e art. 20 – prestação de serviços): é um Título que depende da obrigação que o originou; deverá haver comprovação de que a obrigação existe;
Duplicata simulada: o empresário não está obrigado a emitir a Duplicata, mas se optar por isso, será obrigatório que tenha um Livro de Registro Público de Duplicatas (art. 19 LD);
CP, Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ouqualidade, ou ao serviço prestado.
 Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
Abstração e Circulação (Endosso): a partir do Aceite, a Duplicata se torna um Título de Crédito como os demais;
Requisitos Obrigatórios da Duplicata: art. 2º, §§ 1º e 2º da LD;
Cada duplicata corresponderá apenas a uma nota fiscal de venda de mercadorias ou serviços;
Aceite: na Duplicata é obrigatório, diferentemente da LC, que é facultativo; se o devedor não quiser assinar, supre-se o Aceite pelo Protesto;
Emitida a Duplicata, nos 30 dias seguintes, o Credor/Sacador deve remetê-la ao Devedor/Sacado para Aceite;
Se a Duplicata é à vista: no momento do pagamento tanto a nota fiscal quanto a duplicata ficam na posse do Devedor/Sacado;
Se a Duplicata é a prazo: o Devedor/Sacado deve assiná-la, no campo próprio para aceite, e restituí-la ao Credor/Sacador no prazo de 10 dias; o prazo de 10 dias é destinado a eventual reclamação a respeito da entrega das mercadorias; não apresentada recusa do Aceite por escrito por parte do Devedor/Sacado, o Credor/Sacador deverá suprir tal falta pelo protesto;
Art. 8, LD;
Tipos de aceite:
Ordinário (comum): assinatura normal do Devedor/Sacado; cria as mesmas regras cambiárias; transforma o protesto em facultativo, tanto para cobrar o devedor principal quanto os co-devedores; art. 15, I, LD;
Por Comunicação: há retenção da Duplicata pelo comprador e, posteriormente, o vendedor envia comunicação escrita ao comprador, que será o documento a ser aceito; tal documento pode ser transmitido pelo comprador por carta/fax ao credor, formalizando o aceite; este documento substitui a duplicata (art. 7, § 2º, LD);
Por Presunção: resulta do recebimento da mercadoria sem recusa formal com ou sem devolução do título; pela assinatura do canhoto da entrega das mercadorias que acompanha a nota fiscal comprova-se o negócio e a duplicata pode ser emitida, presumindo-se a correta formação do título de crédito;
Aceite presumido: art. 15, II, LD;
Protesto na forma do aceite presumido (Por Comunicação e Por Presunção): art. 13, § 4º, LD: é obrigatório o protesto, sob pena de perda do direito de crédito constante do título contra co-devedores e avalistas;
Protesto por indicação: pode ser realizado, com a extração dos dados do negócio do Livro de Registro de Duplicatas;
O Sacador poderá, no caso de retenção da Duplicata pelo Sacado, emitir uma Triplicata (que é a segunda via da Duplicata); art. 23
Execução: pressupõe a existência de nota fiscal de venda de mercadorias, comprovante de entrega das mercadorias e aceite;
Aceite Ordinário: art. 15, I, LD;
Presumido: art. 15, II, LD; o protesto, na ausência do aceite, é obrigatório para que possa ser executada a dívida, inclusive em face do devedor principal;
Prescrição (art. 18):
3 anos do vencimento para cobrar o Devedor;
1 ano do vencimento, se o aceite foi ordinário, para cobrar os Co-devedores (endossantes / avalistas); se o aceite é presumido, a prescrição em relação aos Co-devedores será de 1 ano após a data do protesto;
1 ano a partir da data do pagamento para direito de regresso entre os Co-devedores e Devedor Principal;
Duplicata de Prestação de Serviços
Arts. 20 a 22;
Emitida por profissionais liberais e prestadores de serviços;
Advogado não pode emitir duplicata, pois já tem o Contrato de Honorários como título executivo;
Possui o mesmo regime jurídico da Duplicata Mercantil;
Particularidades:
A causa que autoriza sua emissão é a prestação do serviço, comprovada com contrato celebrado entre as partes;
Protesto por indicação depende de apresentação, pelo credor, de documento comprobatório da existência do vínculo contratual e da efetiva prestação do serviço;
Aceite:
Circulação, protesto e execução se aplicam as mesmas regras da Duplicata Mercantil;
Aceite é obrigatório;
A recusa de aceite é permitida nas seguintes situações:
Não correspondência entre o título e os serviços efetivamente contratados;
Vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados;
Divergência nos prazos ou preços avençados entre as partes;
Não há necessidade de Livro de Registro de Duplicatas;
Cada duplicata deve corresponder a apenas uma nota fiscal de prestação de serviços;
Emissão: o credor emite a conta, discrimina os serviços por sua natureza e valor, menciona a data e o local do pagamento e o contrato que originou o crédito, levando ao Cartório de Títulos e Documentos para registro; após, leva ao devedor para prestar o aceite; se o devedor não presta o aceite, o credor promove o protesto e depois executa a dívida;
Cheque
Previsão: Lei 7357/1985;
É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra o banco, ligada a uma conta corrente ou abertura de crédito por contrato firmado entre o emitente e o banco;
É obrigação do emitente do cheque manter provisão de fundos suficiente para cobrir o pagamento dos cheques que emitir;
Divergência entre o valor escrito em algarismos e em extenso: é válido o valor escrito por extenso;
Mesma praça é a do cheque; se o correntista mantém conta junto a um banco de Cascavel, sua praça é Cascavel;
Cheques de valor superior a R$100,00 devem ser nominados no momento de seu saque na agência bancária;
Lugar do pagamento: se não constar o lugar do pagamento será considerado o lugar da emissão;
Cheque incompleto ou em branco: a circulação é permitida, mas no momento de apresentação para saque na agência bancária deve ser preenchido; a execução também pressupõe que o cheque deva ser preenchido;
Cheque extraviado ou roubado: deve-se registrar boletim de ocorrência o promover o cancelamento junto ao banco; se o correntista procede desta forma, estará livre de qualquer encargo relacionado ao cheque, se este porventura vier a circular ou mesmo ser pago pelo banco; se o correntista procede desta forma de má-fé, incorre no crime de estelionato;
Sujeitos: Emitente (correntista; devedor; que dá a ordem); Sacado (banco); Beneficiário (credor; quem recebe o cheque);
O banco é responsável pelo pagamento do cheque apenas quando existem fundos suficientes; não havendo fundos, o cheque é devolvido com o carimbo de “sem fundos”;
Na hipótese de falsificações, de assinatura, por exemplo, se o banco efetiva o pagamento do cheque, é este quem deve arcar com o prejuízo, desde que devidamente comprovado pelo correntista;
Súmula 28 do STF
O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.
Cheque pré-datado: legalmente não existe; qualquer menção no cheque que contraria o pagamento à vista tem ineficácia absoluta; trata-se de uma convenção de mercado; mesmo que não tenha vencido a data pré-datada, o banco paga pelo cheque se este for apresentado, cabendo ao correntista exigir do credor eventual ressarcimento por perdas e danos; a menção no cheque da data pré pode vincular o credor, com base no CDC;
Cheque visado: o banco carimba no verso do cheque indicando que este tem fundos; neste caso, será responsável pelo seu pagamento se eventualmente não existir fundos no dia da apresentação;
Cheque administrativo ou bancário: cheque do próprio banco, emitido por este; o banco que o emite é responsável por pagá-lo; não tem circulação de mão em mão, sendo emitido em favor da pessoa que o sacará;
Cheque cruzado: quando duas linhas diagonais paralelas são riscadas sobre o cheque, pelo emitente ou por qualquer portador; impede que o cheque circule de mão em mão e que seja sacado diretamente no banco, podendo seu beneficiário recebê-lo apenas via depósito; pode ser cruzado em preto e branco (quando o cheque é nominal e também identifica o banco em que deverá ser depositado);
Prazo para apresentação do cheque (art. 33 da LC 7357/1985): 30 dias na mesma praça; 60 dias para praça diferente;
Art. 47, inciso IIe Súmula 600 do STF: pela lei, se o cheque for apresentado fora do prazo de apresentação impede a cobrança dos coobrigados; pela Súmula, é permitida a execução;
Súmula 600 do STF
Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
Sustação do cheque:
Revogação (art. 35): depois de expirado o prazo de apresentação; é uma contra-ordem de pagamento via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato;
Obs.: a revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação; não sendo promovida, o sacado pode pagar até o fim da prescrição;
Oposição (art. 36): dentro do prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer por escrito, apresentando relevante razão de direito; o banco não tem responsabilidade em relação às razões da sustação;
* sustação indevida pode implicar no cometimento de ilícito penal (art. 171, § 2º, VI, CP);
Cheque sem fundos
Art. 4
Segundo norma do Bacen, o cheque pode ser apresentado sem fundo até 2 vezes;
Créditos na conta não subordinada a termos; não pode ter cláusula no cheque dizendo que ele terá fundos até determinado dia;
Saldo exeqüível em conta contratual; o cliente deve deixar fundos suficientes para cobrir os cheques que emitir;
Soma proveniente de abertura de crédito; cada banco tem suas próprias regras de liberação de limites de crédito aos seus clientes;
Cheque sem fundos não é nulo;
Banco devolve o cheque quando não possuir fundos suficientes;
A declaração do banco de devolução do cheque “sem fundos” supre o protesto, não sendo necessário tal ato para executar a dívida; para Falência, o protesto é obrigatório;
Ação cambial
Execução (art. 47): não pode estar prescrito o cheque; contagem da prescrição (art. 59): 6 meses + 30 dias se na mesma praça ou + 60 dias se em praça diferente; propõe-se a ação no local de domicílio do devedor;
Ação enriquecimento indevido (art. 61): não existe mais no ordenamento jurídico; hoje deve ser proposta ação monitória (prevista a partir do art. 1102-A do CPC), no prazo de 5 anos do vencimento do cheque, com o propósito de conversão em título executivo judicial, executando-se pelo art. 475-J;
Endosso
Por questões financeiras e tributárias somente um endosso é permitido;
Não há endosso caução (endosso por garantia);
Aval
Art. 29 a 31 LC: é vedado o próprio sacado (banco) dar o aval;
Encargos do emitente
Cheque sem fundos: o devedor arcará com o pagamento de correção monetária, juros a partir da apresentação, mais despesas pertinentes à devolução (art. 52);
Outros Títulos de Crédito
Alguns instrumentos jurídicos encontram-se regulados por uma disciplina que aproveita parte da disciplina dos títulos de crédito;
São títulos de crédito impróprios, não podendo ser considerados como títulos típicos; estes títulos não gozam de executabilidade, por mais que traduzam direitos ao seu portador;
* títulos cambiários: NP, LC, Cheque e Duplicata;
* títulos impróprios = títulos não cambiários;
Classificação
Títulos de Legitimação: conferem ao seu portador a prestação de um serviço ou acesso a prêmios; ex.: vale-transporte; bilhete de loteria premiado;
Títulos Representativos: representam a titularidade de mercadorias depositadas, além de conferirem a propriedade e também possibilitar a negociação do respectivo valor; possuem as seguintes espécies: conhecimento de depósito, warrant e conhecimento de frete;
Conhecimento de depósito e Warrant: Decreto 1102/1903; são emitidos pelos armazéns gerais; são títulos emitidos em conjunto, mas podem circular em separado; conhecimento de depósito = titularidade; warrant = dá o poder de disposição;
Conhecimento de frete: Decreto 19473/1930; representa as mercadorias transportadas; são emitidos por empresas de transporte (aéreo, marítimo ou terrestre);
Títulos de Financiamento: representam instrumentos creditícios decorrentes de financiamentos concedidos pelas instituições financeiras; ex.: aquisição da casa própria = cédula de crédito (hipoteca / penhor); ex.: Cédula de Crédito Rural, Cédula de Crédito Industrial; difere do título de crédito nas seguintes características:
Endosso: pode ser parcial;
Cédula: admite instituição de garantia real;
Títulos de Investimento: captação de recursos pelo emitente que será devedor do título; instituição financeira = devedor; credor = investidor; ex.: letras imobiliárias do Sistema Financeiro Nacional, Certificado de Depósito Bancário (CDB);
Títulos de Crédito no Código Civil (art. 903): as disposições do Código Civil relativas aos Títulos de Crédito não se aplicam aos títulos que possuem leis específicas;
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
Introdução aos Contratos Mercantis
Regimes jurídicos dos contratos no Brasil:
Quatro regimes aplicáveis:
Direito civil (aquisição de insumos);
Direito dos consumidores: voltado para as relações com consumidores;
Direito do trabalho: voltado para as relações do trabalho;
Direito administrativo: voltado para as relações com o setor público;
Regime comum: vontade das partes de contratar;
Diferenças na aplicação de cada um dos regimes: a prova do vínculo; limites da autonomia da vontade; cláusulas vedadas; possibilidade de alteração contratual;
Contratos mercantis: é aquele em que ambos os contratantes são exercentes da atividade empresarial e o objeto do negócio está relacionado com questões mercantis; aplicam-se, em regra, o direito civil e o direito do consumidor;
Evolução do Direito Contratual
No início, buscava-se preservar a vontade das partes, sem interferência estatal (modelo liberal);
Interferência estatal em algumas situações desfavoráveis para uma das partes, com a criação de normas protetoras aos contratantes hipossuficientes (modelo neoliberal);
Com o abalo causado pela maior interferência do Estado as relações contratuais, alguns efeitos foram desfavoráveis (aumento de juros; dificuldade de contratar, em função de insegurança jurídica); assim, surgiu o modelo reliberalizante, que prevê que, quando o acordo for feito por agentes econômicos iguais, aplicam-se regras do direito civil e quando o acordo for feito entre desiguais, aplicam-se as regras protetoras;
Pacta sunt servanda – Lei Entre as Partes
Todos são livres para contratar; ninguém é obrigado a contratar; mesmo quando se trata de pré-contrato, há vontade contratual manifestada; no caso de contrato por prazo indeterminado, pode-se extinguir o contrato;
Todos são livres para escolher com quem contratar;
Os contratantes têm ampla liberdade para estipular as cláusulas contratuais em comum acordo; sempre que determinada hipótese não foi prevista em contrato, aplicam-se subsidiariamente as regras legais;
Alegações potenciais para anulação de contrato são baseadas, normalmente, na Teoria dos vícios de consentimento; alega-se que houve vício na autonomia da vontade das partes: dolo ou coação; ou alega-se que o contrato foi realizado com intuito de prejudicar terceiros: fraude contra credores ou simulação;
Liberdade escraviza?
A princípio, o contrato por adesão, onde suas condições são dispostas de maneira unilateral; o aderente não possui condições para compreender o exato sentido das cláusulas contratuais;
Surge o modelo neoliberal: “entre o fraco e o forte, a liberdade escraviza e o direito liberta”; o modelo trouxe a intervenção estatal, com a criação de normas protetoras aos fracos (hipossuficientes), com nítido interesse de proteção contra as desigualdades contratuais;
Problemática dos Contratos Internacionais em função da elevada proteção estatal: dificuldade na atração de investimento externo, em função de insegurança jurídica;
Modelo reliberalizante: aplicam-se as regras dos dois modelos; aos iguais (empresários): aplicam-se as normas da autonomia da vontade privada (direito civil); aos desiguais (hipossuficientes):aplicam-se as normas do direito do consumidor (possibilitam-se, por exemplo: inversão do ônus da prova, nulidade de cláusulas abusivas, responsabilidade por vícios, etc.).
Classificação dos Contratos
Bilaterais ou unilaterais
Nos bilaterais: as partes contratantes são ao mesmo tempo Credores e Devedores, possuindo obrigações recíprocas;
Nos unilaterais: uma das partes é credora e a outra é devedora; ex.: mútuo;
Nos bilaterais: o cumprimento do contrato é condição para exigir a contraprestação que se tem direito; não sendo cumprido pela outra parte, é cabível a Exceção do Contrato Não Cumprido, prevista no art. 476, CC;
Nos bilaterais: existe a presunção de “cláusula resolutiva” na hipótese de descumprimento; é cabível a aplicação de multa na hipótese de descumprimento;
Consensuais, Reais e Solenes (forma de constituição do vínculo contratual)
Princípio do Consensualismo: para os contratos consensuais, como por ex. compra e venda, é possível o ajuste livre de cláusulas (preço, prazos, etc.);
Reais: quando o cumprimento do contrato dependerá da entrega de um bem; ex.: venda de um veículo;
Solenes: se formam pela emissão de um documento; são contratos formais, por determinação legal; ex.: compra de imóveis, que deve ser realizada por escritura pública;
Nos contratos consensuais não existe regra de que sejam contratos formais; por outro lado, dependendo da importância do negócio em questão, torna-se importante sua formalização;
Nos contratos em que a parte é consumidor, não é imprescindível para este que sejam solenes, uma vez que aplicáveis as normas consumeristas;
Comutativos ou Aleatórios
Comutativos: as partes podem antecipar como será a execução do contrato e verificar sua viabilidade; são conhecidas desde a contratação quais são as contraprestações; ex.: compra e venda;
Aleatórios: antecipação é impossível; não é conhecida a contraprestação potencial do negócio travado; ex.: aposta, investimento em negócios de risco (ex.: compra de passe de jogador de futebol);
Típicos e Atípicos
Típicos: são disciplinados por lei (ex.: compra e venda);
Atípicos: não são dispostos em lei;
Contratos Empresariais e Livre Iniciativa
Os empresários têm livre iniciativa para explorar as atividades de produção e circulação de bens e serviços que quiserem;
A livre iniciativa existe, porém, restrita a interesses da sociedade;
Exemplos de necessidades de restringir a livre iniciativa: tutela dos direitos dos consumidores; proteção do meio ambiente; evitar a formação de monopólios; CF, art. 173, § 4º;
No Brasil, o órgão que exerce o controle sobre a livre iniciativa é o Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que é uma Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Justiça (Lei 8884/1994);
Função do Cade:
Repressora: julgamento e aplicação de sanções;
Preventiva: aprova as operações societárias antes que ocorram; ex.: fusão, incorporações, etc.;
Prevenir e Punir
Colusão (quando prejudica terceiros):
Horizontal: acordos entre agentes paralelos;
Vertical: acordos entre fabricantes e distribuidores;
Concentração: acordos entre agentes que estão sujeitos às mesmas normas controladoras.
Compra e Venda Mercantil
Transações realizadas entre empresas; o	vendedor se obriga a transferir o domínio da coisa ao comprador, que se obriga a pagar o preço;
Objeto: o objetivo de tais negócios é o suprimento dos insumos necessários à realização do objeto social da empresa (lucro, a partir da venda de mercadorias, por exemplo); quando a empresa compra produto que não será utilizado para revenda, é tratada como consumidora (ex.: empresa compra motocicleta para ser utilizada em entrega de mercadorias);
Finalidade: circulação de mercadorias e serviços;
Segue as regras gerais da compra e venda: proposta, aceitação, formalização do negócio, etc.;
Regime jurídico aplicável: direito civil;
Pessoa física: a insolvência do devedor somente pode ser declarada por decisão judicial; 
Pessoa jurídica: a falência da empresa somente pode ser declarada por decisão judicial; decretada a falência da empresa ocorre o impedimento desta para realização de novos negócios; o administrador judicial nomeado é responsável por inventariar o acervo da empresa e promover a quitação dos débitos desta;
* não se tratando de pessoas insolventes e empresas falidas, que possuem regramentos especiais, aplicam-se as disposições do direito civil;
A compra e venda mercantil se dá ou pela troca de mercadorias por dinheiro ou pela troca de mercadorias por valor cambiário ou pela negociação de participação societária (cotas sociais);
Elementos do contrato de compra e venda mercantil: coisa (mercadoria); preço (determinado por livre vontade das partes; há casos em que o Estado pode estipular regras: tabelamento, congelamento, autorização e monitoramento); e condições (eventuais condições suspensivas ou resolutivas);
Obrigações do vendedor: entregar as mercadorias vendidas; responder pelos vícios ou pela evicção (quando o comprador perde a coisa compra em função de decisão judicial);
Obrigação do comprador: pagar o valor contratado pela compra das mercadorias;
Contrato de Fornecimento
Necessário previamente à exploração comercial, de forma a proporcionar à empresa os insumos para que exerça seu objeto social;
Comprador e vendedor estabelecem, de comum acordo, uma ou mais condições para a realização de uma série de compra e venda por determinado período;
Objetivo: garantir o suprimento de insumos (para o comprador) e o mínimo de demanda de produtos (para o vendedor);
Insumos: instalações, equipamentos, veículos, matéria-prima, etc.;
Possui a função de estabilizar determinados aspectos da relação negocial; ex.: certeza de fornecimento para o comprador e certeza de faturamento para o vendedor;
Contrato de Compra e Venda no Comércio Exterior
Situação: uma empresa do Brasil contrata com empresa de outro país; Exportação e Importação;
Incertezas na área jurídica (leis específicas, tratados internacionais de comércio exterior) causam acréscimos de custo; ex.: instabilidade econômica, risco de calote, quebras de contrato, etc.;
Se as matérias forem iguais (normas) independem saber qual regra aplicar;
Câmbio: contrato de compra e venda baseado em moeda estrangeira, que tem três funções:
Meio de pagamento: instrumento universal de troca;
Medida de valor: as empresas são valoradas também em moeda; ex.: patrimônio líquido de tantos reais ou faturamento bruto anual;
Reserva de valor da empresa: maior ou menor liquidez em relação com o montante em dinheiro disponível;
* Fatores históricos ou econômicos determinam a força da moeda;
* Compra e venda com objeto na moeda estrangeira é considerado câmbio;
* Câmara de Comércio Internacional (CCI) divulga cláusulas sobre distribuição de despesas e riscos internacionais
Compra e Venda de Empresas
Objeto: participação societária (quotas ou ações) em percentual apto a transferir ao comprador o poder de controle sobre a sociedade;
* a venda do estabelecimento comercial como um todo se chama de Trespasse;
Preocupação: para que se operacionalize a compra e venda da empresa é necessário acesso às informações reservadas e estratégicas desta, colocando em risco a empresa em negociação se o negócio não é fechado;
Fases:
Preliminar: comprador passa a ter acesso às informações genéricas a respeito da empresa a ser comprada; as partes, em regra, instrumentalizam em contrato a obrigação de confidencialidade; assumem-se as obrigações de confidencialidade e de exclusividade temporária na realização do negócio; as partes declaram não estar obrigadas a contratar;
Auditoria: o comprador passa a ter acesso às informações reservadas e não estratégicas da empresa em negociação; possibilita melhor conhecimento sobre a situação da empresa em negociação; são verificados os riscos trabalhista, fiscal, contábil, ambiental, etc.;
Negocial: fase final da negociação, em que o comprador apresenta proposta firme, vinculando-se aos seus termos;são estipulados preço e condições de pagamento; podem ocorrer rodadas de negociação, até que o contrato seja finalizado;
Contratos de Colaboração Mercantil
Cadeia de circulação de mercadorias; os bens propiciados pela natureza (agricultora, pesca, pecuária, etc.) passam por uma cadeia produtiva até que chequem ao consumidor final; são contratos que envolvem apenas empresários;
Para que a cadeia de circulação de mercadorias ocorra de forma satisfatória são ajustados contratos de colaboração mercantil, que visam à aproximação do produtor e consumidor; ex.: distribuição, revenda, etc.;
Contrato de colaboração: são sucessivos contratos de compra e venda, com o objetivo de escoamento dos produtos; configuram uma união de esforços (colaboração), com vantagens distribuídas entre os entes pertencentes à cadeia; um dos empresários assume a incumbência de ampliar ou formar o mercado consumidor;
Formas dos contratos de colaboração: intermediação e aproximação;
Contratos de Intermediação:
O colaborador adquire os produtos do fornecedor, com condições especiais, para revender;
Não há remuneração nesta contratação, já que não se trata de compra e venda; 
Divide-se em:
Distribuição: o colaborador distribuidor obtém lucro pela comercialização dos produtos adquiridos do fornecedor;
Concessão Mercantil: o concessionário explora a atividade do próprio fornecedor, agindo em seu nome; ex.: concessionária de veículos;
* esta distinção é do doutrinador Fábio Ulhoa Coelho; para ele, na distribuição o fornecedor tem menos poder de gerência sobre o colaborador, enquanto que na concessão aumenta seu poder de gerência;
Distribuição
O distribuidor (colaborador) tem a obrigação de comercializar os produtos do fornecedor;
Distribuição por Intermediação: é um contrato atípico (não há lei que o define), valendo-se o que está disposto no contrato, aplicando-se subsidiariamente o Direito Civil; podem prever situações como:
Exclusividade: veda-se que o colaborador venda produtos de concorrentes;
Zona de territorialidade: o fornecedor fica proibido de contratar com outra distribuição ou vender diretamente na área contratada;
Quota de fornecimento: estipulação de quantidade mínima de venda do produto em período determinado;
Montagem: pode ser estipulado que o colaborador possua equipamentos, instalações, máquinas, veículos, etc. de acordo com especificações do fornecedor;
Rescisão: sem direito a indenização, em regra; dependendo da circunstância, o colaborador, de acordo com o investimento realizado no negócio, pode pleitear pelo ressarcimento ou pela manutenção do contrato até que recupere o valor investido;
Concessão
Os produtos são fabricados pelo fornecedor e explorados pelo colaborador, prestando este os respectivos serviços de assistência técnica;
Também é um contrato Atípico; regras contratuais semelhantes ao contrato de distribuição (acima);
Concessão de venda de veículos: possui legislação específica (Lei 6729/1979), que trata da relação entre os diferentes entes da cadeia produtiva (fábrica, montadora, revenda);
Contratos de Aproximação:
Não há compra e venda entre os contratantes; o colaborador procura empresários com interesse na mercadoria do fornecedor, recebendo um percentual sobre as vendas realizadas; a venda será direta do fornecedor para o comprador;
O colaborador recebe do fornecedor determinado valor contratado entre os mesmos, quando ocorre a venda o produto; o valor recebido pelo colaborador é proporcional ao preço dos produtos vendidos;
Divide-se em: contratos de mandato; comissão; representação comercial; agência; distribuição por aproximação;
Contratos de Mandato e Comissão Mercantil
Mandato (procuração – instrumento do mandato): o mandatário se obriga a praticar ato em nome e por conta e risco de outro, o mandante; no mandato, o mandatário não precisa ser necessariamente um empresário, mas ainda assim será um contrato mercantil, desde que tal mandato seja para a prática de negócios;
Comissão Mercantil: o comissionário se obriga a praticar atos por conta da outro (comitente), mas em nome próprio;
De acordo com o art. 709 do CC, aplicam-se, no que couberem, as mesmas regras do mandato à comissão;
A responsabilidade é, em regra, do fornecedor; caso o comprador não pagar pelo produto comprado, apenas o fornecedor sofrerá o prejuízo; a comissão do colaborador permanecerá, ainda que o comprador não pague pelo produto comprado;
Contratos de Representação Comercial
Previsto em legislação específica, Lei 4886/1965, atualizada pela Lei 8420/1992;
Requisito: para ser representante comercial é necessário que se inscreva no Conselho Regional dos Representantes Comerciais;
Não há vínculo empregatício entre representante e representado;
O representante se obriga a obter pedidos de compra de produtos fabricados ou comercializados pelo representado;
O contrato de representação pode ser por prazo determinado (§ 2º, do art. 27) ou indeterminado (§ 3º, do art. 27);
Cláusulas obrigatórias do contrato de representação são previstas no art. 27;
Regras de proteção são previstas nos arts. 32, § 7º, e art. 43 (vedação de cláusulas que excluem a responsabilidade do representado);
Indenização pela rescisão do contrato de representação: § 1º, art. 27; art. 27, “j”;
Direito à comissão (ver tratamento na lei): Pedido; Apresenta o pedido; Aceitação do pedido; Recebimento do preço;
Contratos de Agência
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada.
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos contratos.
Agente em caráter não eventual e sem dependência, se obriga a promover a realização de certos negócios de interesse de outro (o proponente), numa zona determinada;
Exclusividade: na mesma zona o fornecedor não pode ter mais de um agente; a agência pode ter produtos de vários fornecedores, desde que não concorrentes;
Art. 720 CC: prevê a indenização na hipótese de rescisão do contrato, se por prazo determinado ou indeterminado;
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do investimento exigido do agente.
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido.
Rescisão:
Culpa do agente: deverá pagar indenização pelos prejuízos causados; direitos serviços úteis; art. 717 CC;
Sem culpa art. 718 CC: o agente tem direito à indenização;
Força maior: não puder dar seguimento, remuneração apenas pelos serviços prestados; art. 719 CC;
Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuízos sofridos.
Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito à remuneração até então devida, inclusive sobre os negócios pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte.
Contratos de Distribuição por Aproximação
Art. 710 CC: definição;
Difere da intermediação por não haver contrato de compra e venda;
Contratos Bancários
Finalidade: intermediação de recursos monetários efetuada pelos bancos; são instrumentos jurídicos celebrados somente com banco;
Previsão: a Lei 4595/1964 autoriza instituições monetárias financeiras, bancárias, creditícias a intermediar recursos monetários;
Art. 17 – intermediação ou aplicação de recursos financeiros própriosou de terceiros;
Quem não está autorizado pela lei acima e pratica as mesmas atividades bancárias comete crime, punível com pena de reclusão de 1 a 4 anos, de acordo com o art. 16 da Lei 7492/1986;
Companhia Nacional: funcionamento autorizado pelo Bacen;
Companhia Estrangeira: funcionamento autorizado pelo Presidente da República, de acordo com o art. 18;
As relações com bancos são consideradas relações de consumo, estando sujeitas às normas do CDC;
Classificação
Típicos ou Exclusivos: são aqueles definidos em lei; o banco geralmente é o sujeito passivo (devedor), quando capta recursos ativos; quando sujeito ativo (credor), o banco fornece recursos monetários;
Atípicos ou Acessórios: são aqueles não definidos em lei; podem ser exercidos por qualquer empresa (ex.: recebimento de contas por farmácias, correios, etc.; guarda de bens não monetários);
Depósitos Bancários
Também conhecido como Conta;
O Banco é o sujeito passivo da relação; o cliente (credor) é o depositante;
Os movimentos bancários (depósitos, retiradas, entrega para terceiros, pagamento por serviços, etc.) são todos registrados em conta;
Saque (restituição do dinheiro): pode ser por cheque ou cartão;
Modalidades de Depósitos Bancários
À vista: pode ser retirado o recurso a qualquer tempo;
Pré-aviso: quando se deseja retirar o recurso deve ser avisado previamente o banco;
Prazo fixo: a retirada deve ser efetuada após o prazo fixado;
Mútuo Bancário
Neste tipo de contrato o Banco é o sujeito ativo; trata-se de empréstimo de dinheiro;
Juros fixados em excesso podem ser questionados, utilizando-se como fundamento a Lei da Usura;
Espécies mais utilizadas
Contrato de Financiamento: são travados para realização de finalidade determinada, cujo desvirtuamento é considerado crime, punível com 2 a 6 anos de reclusão e multa, de acordo com o art. 20 da Lei 7492/1986;
Contrato de Abertura de Crédito (Crédito Direto em Conta – CDC): libera limite de crédito ao cliente; o cheque especial libera determinado valor ou a garantia de pagamento dos cheques emitidos até determinado montante de saldo negativo;
Desconto Bancário
O Banco é o descontador, passando a ter crédito perante terceiros;
O Cliente é o descontário;
O crédito descontado é lastreado por duplicata ou notas promissórias, deduzidos os juros em favor do banco;
Fiança Bancária
É um contrato acessório, em que o banco pode ser o sujeito ativo (o banco presta fiança para algum cliente) ou passivo (terceiro presta fiança para o banco em garantia de dívida de cliente);
Contratos Bancários Impróprios
A natureza bancária destes contratos é discutível doutrinariamente, daí sua consideração como Impróprios; ex.: uma sociedade empresária que não seja banco pode ser criada com intuito na realização de negócios deste tipo;
Tipos de contratos: Fomento mercantil; Arrendamento mercantil; Alienação fiduciária; Cartão de crédito; Contrato de Câmbio;
Fomento mercantil
Denominado de faturização ou factoring;
Objetivo: facilidades dos empresários que concedem créditos aos seus clientes; cria-se uma empresa para conceder crédito aos clientes, não sendo esta em banco; estas empresas assumem as faturas dos empresários, repassando-lhes o valor relativo e assumindo o risco pelo não pagamento;
Trata-se de serviço de administração do crédito, garantindo o pagamento das faturas emitidas; o risco é da empresa de fomento;
Sujeitos: faturizador (quem concede o crédito) e faturizado (quem recebe o crédito);
Atividades da empresa de fomento: administra o crédito, controla os vencimentos, comunica o devedor do vencimento e efetua a cobrança;
Modalidades
Convencional factoring: o pagamento das faturas pela empresa de fomento é antecipado;
Maturity factoring: o pagamento pela empresa de fomento ocorre apenas no vencimento da fatura;
Diferença
Contrato de desconto mercantil: há direito de regresso contra do devedor;
Factoring: sem direito de regresso, já que a empresa de fomento assume o risco pelo não recebimento da fatura;
Há impedimento de cobrança de juros acima dos legais do devedor da fatura (art. 406 e 591, CC);
Legislação
Instrução Normativa 16, de 10/12/1986 – DNRC – Departamento Nacional de Registros do Comércio; dispensa aprovação do Banco Central; arquivamento dos atos constitutivos; não se confunde empresa de fomento com Banco;
Resolução 2144/1995 do Conselho Monetário Nacional;
Circular: 2715/1996 do Banco Central fomento
Contrato de Câmbio
Trata-se de contrato de compra e venda de moeda; normalmente está relacionado a contratos de importação e exportação;
Função do dinheiro:
Meio de pagamento ou troca de um determinado país;
Medida de valor que serve como parâmetro para determinar o valor econômico de bens e serviços ou direitos;
Algumas moedas, por serem mais fortes, são adotadas como instrumento de troca;
Contrato de Câmbio deve ser registrado no Banco Central;
Contrato de Arrendamento Mercantil - leasing
Locação caracterizada pela faculdade conferida ao Arrendatário (locatário) de, ao término do prazo locatício, optar pela compra do bem locado (opcional);
Rege-se pelas cláusulas contratadas; não tinha prestações fixas; é um tipo de contrato que vem caindo em desuso, em função do aumento de uso do contrato de alienação fiduciária;
O arrendatário, por ato unilateral, pode optar pelo pagamento do resíduo para a compra do bem;
São considerados contratos de arrendamento mercantil apenas aqueles que se enquadrem nas leis fiscais e regulamentos do Banco Central; apenas instituições financeiras são autorizadas a serem arrendadoras;
Legislação aplicável: Lei 6099/1974, art. 1º, parágrafo único, com a redação dada pela Lei 7132/1983; Resolução 2309/1996 do Banco Central – Conselho Monetário Nacional;
Se não enquadrado na lei acima, são considerados contratos de compra e venda a prazo; ex.: pessoa física não é autorizada pelo BC a ser arrendadora (Lei 6099/1974, art. 11, § 1º);
Quando o arrendatário não paga as parcelas, a arrendadora tem o direito de reaver o bem arrendado; ação de reintegração de posse é o meio judicial que a arrendadora deverá promover para reaver o bem;
Modalidades de contrato de arrendamento mercantil:
Leasing financeiro: inexistência de resíduo expressivo (Valor Residual de Garantia – VRG);
Operacional: o financiamento não pode ultrapassar 75% do valor do bem; o valor do resíduo será maior;
Prazo de duração do contrato de arrendamento mercantil:
Leasing financeiro: 2 anos se a vida útil do bem é de até 5 anos; 3 anos se a vida útil do bem é maior que 5 anos;
Operacional: não podem ser inferiores a 90 dias;
Cartão de Crédito
Histórico:
Primeira idéia: 1914, sob a denominação de “cartão de credenciamento”, pelos hotéis europeus;
1920: postos de combustível nos EUA;
1949: primeiro cartão de crédito, Diners Club, após a Segunda Guerra Mundial;
1960: surgimento no Brasil das primeiras empresas de concessão de cartão de crédito;
Atualmente: existem inúmeras administradoras de cartão de crédito associadas aos bancos;
Conceito: forma de pagamento, eletrônica ou não (uso do cartão via internet);
Possui “plafond” (limite de crédito); “revolving” (renovação do limite à medida que se paga a conta);
Objeto: efetuar compras de bens ou serviços com prazo de pagamento; acelerar a circulação de moeda; promove a celeridade na relação de consumo; evita riscos de inadimplência;
Como funciona: pagamento pelo consumidor, mediante assinatura; comerciante recebe da empresa de cartão de crédito, deduzido o percentual que será destinado a tal empresa, que antecipa o valor ao comerciante;
Elementos:
Empresa emissora do cartão de crédito;
Titular do crédito;
Fornecedor ou vendedor (empresário);
Contratos que são firmados:
Titular e emissor: trata-se de contrato de adesão, que institui crédito rotativo em favor do titular;
Emissor e fornecedor: envolve: taxa de filiação; pagamento da fatura; quitação da compra; pagamento da comissão;
Fornecedor e titular: relação de consumonormal; vício do produto é de responsabilidade do fornecedor; a empresa de cartão de crédito não responde por vícios do produto, visto que apenas faz o intermédio do pagamento;
Alienação Fiduciária em Garantia
Previsão: Decreto Lei 911/1969, com a redação dada pela Lei 10931/2004;
Financiamento de bens imóveis ou móveis;
Fiduciante: proprietário do bem; quem recebe o financiamento; dá a posse indireta do bem em favor do Fiduciário;
Fiduciário: recebe a posse indireta do bem e se obriga a devolvê-la ao final do financiamento; quem dá o financiamento;
Contrato instrumental de uso; o bem pode ser utilizado pelo Fiduciante normalmente;
O seguro do bem é de responsabilidade do Fiduciante;
Prestação vencida gera direito de busca e apreensão em favor do Fiduciário;
Lei 10931/2004:
Determina que por ocasião da busca e apreensão, para purgar a mora, deverá o Fiduciante pagar todas as parcelas do contrato (vencidas e vincendas), no prazo de 5 dias, podendo contestar em 15 dias;
Pela constitucionalização dos contratos, o entendimento que prevalece é de que para a purgação da mora o devedor deve pagar apenas as prestações vencidas, acrescidas de custas e honorários;
Não purgada a mora, gera o direito ao Fiduciário de vender antecipadamente o bem apreendido e utilizar o produto da venda para amortizar a dívida financiada; se o produto da venda for insuficiente para a quitação do contrato de financiamento, o Fiduciante continua sendo devedor do Fiduciário;
Caso o bem não seja encontrado, poderá ser convertida a ação de busca em apreensão em ação de depósito ou execução;

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