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Coleta de Materiais - Sangue Capilar - Testes Laboratoriais Remotos

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Coleta, Triagem e Conservação de Materiais Biológicos
Profª Carolina de Queiroz P Oliveira
Técnico Análises Clínicas – 1º Semestre/ano
Coleta de Sangue – Capilar
TLR
TLR (Teste Laboratorial Remoto)
A nomenclatura oficial designa como Teste Laboratorial Remoto (TLR) o exame que pode ser executado fora do espaço físico do laboratório.
Aplicados em hospitais, UTIs móveis e até na casa do paciente, o TLR dispensa o transporte da amostra até o laboratório, o que proporciona a evidente rapidez.
Conforme o posicionamento oficial, TLR é um teste passível de realização em sistemas analíticos especificamente desenvolvidos de forma a permitir a sua execução em locais que podem ou não pertencer à área física licenciada pela Vigilância Sanitária como parte de um laboratório clínico.
Os equipamentos e insumos são em geral portáteis, e a utilização deles é simples e rápida. E os testes podem ser realizados por equipe devidamente treinada e capacitada, em qualquer local próximo ao paciente.
TLR (Teste Laboratorial Remoto)
Identificação do paciente
Para evitar a ocorrência de erros, alguns procedimentos básicos devem ser seguidos quando se realiza a coleta de sangue capilar de pacientes.
Para pacientes adultos e conscientes, solicitar o nome completo e uma segunda identificação (número de identidade ou data de nascimento). Comparar essas informações com as que constam no pedido dos exames.
Identificação do paciente
Para pacientes internados, deve-se verificar, antes da coleta, a identificação do bracelete ou a identificação na entrada do quarto, se disponível.
Não se deve utilizar o número do leito como critério de identificação. Em unidades de terapia intensiva (UTI), sempre se deve buscar ajuda de profissionais do setor para confirmar a identificação do paciente.
A identificação de crianças ou pacientes com dificuldade de comunicação deve ser realizada com a ajuda de acompanhantes ou da enfermagem, no caso de pacientes em hospitais.
Técnica para antissepsia do local de punção
O documento do CLSI Procedures and devices for the collection of diagnostic capillary blood specimens recomenda que o local de punção seja limpo com solução aquosa de isopropanol (70% v/v).
Após a antissepsia, é fundamental a completa evaporação do álcool, pois resíduos de álcool podem causar hemólise. Além disso, a mistura do sangue com álcool também interfere em alguns testes.
Tipos de equipamento para coleta
de sangue capilar
Os aparelhos de punção são mais apropriados para pacientes que realizam múltiplas coletas, como no caso de monitoramento de glicose ou acompanhamento de bilirrubina neonatal.
Aparelhos para coleta de sangue capilar devem ser de uso único e possuir agulha retrátil protegida para impedir acidente com material perfurocortante.
Aparelhos com agulha não retrátil ou que exijam retirada manual da agulha contaminada antes do descarte não devem ser utilizados.
Lanceta retrátil descartável estéril
Atenção !!!
Sempre usar material descartável e luvas.
Abrir o material descartável sob o olhar do paciente.
Sangue Capilar
O SANGUE CAPILAR É UTILIZADO EM:
 Teste do Pezinho
 Hematócrito (bancos de sangue);
Point of care (TLR); 
Microtécnicas, onde se utiliza baixa quantidade de sangue , pois não é necessário o sangue total do paciente. 
Teste do Pezinho
O Teste do Pezinho é um exame rápido de prevenção que coleta gotinhas de sangue do calcanhar do bebê com a finalidade de detectar doenças que, se não tratadas, podem causar prejuízos à saúde e comprometer a qualidade de vida da criança, permitindo, desta forma, a instituição precoce do tratamento específico e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a cada doença.
Para que a prevenção seja possível, a coleta deve ser efetuada logo após as primeiras 48 horas do nascimento, entre o 3º e 5º dia de vida do bebê. Estas amostras devem ser enviadas para o laboratório o mais rapidamente possível.
O teste do pezinho básico é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser feito gratuitamente em qualquer unidade de saúde
Hoje em dia, o teste do pezinho básico é obrigatório por lei em todo o território nacional. Alguns municípios, inclusive, não permitem que a criança seja registrada em cartório se não tiver feito o teste do pezinho anteriormente.
Todas as crianças recém-nascidas, a partir de 48 horas de vida até 30 dias do nascimento. O ideal, no entanto, é entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Deve-se esperar esses dias porque algumas doenças podem não estar sensíveis ao teste nas primeiras horas de vida do bebê.
Teste do Pezinho
O teste do pezinho básico pode dar positivo para essas doenças: 
Fenilcetonúria (doença genética, causada pela ausência ou pela diminuição da atividade de uma enzima do fígado, pode causar retardo mental	)
Hipotireoidismo congênito (doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental.
Fibrose cística (doença genética, crônica, que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo).
Hemoglobinopatias (doenças de sangue, como a anemia falciforme).
Teste do Pezinho
CALCANHAR (para o teste do pezinho):
Coletar na lateral do calcanhar;
Existe um cartão (com os dados da mãe e do RN) que contém círculos de papel filtro onde o calcanhar do bebê deve ser encostado até que o sangue preencha por completo esses espaços. O envelope é encaminhado ao laboratório de genética, onde será feita a análise;
Se preferir, pode-se colocar uma gaze morna no pé da criança para aumentar a dilatação dos vasos capilares e facilitar a coleta do sangue. 
Teste do Pezinho
As áreas em vermelho mostram os locais de
menor risco no calcanhar.
Teste do Pezinho
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Escolha do local – lóbulo da orelha, polpa digital ou calcanhar (teste do pezinho).
Uso de lancetas descartáveis.
Introduzir toda a ponta da lanceta.
Não apertar o local para forçar a saída do sangue.
Desprezar a primeira gota de sangue com o auxílio de um algodão seco.
Não exige profissional experiente ou com grande treinamento.
Permite a obtenção de pequenas quantidades de amostra de maneira rápida.
Técnicas de point of care com dosagens bioquímicas rápidas em aparelhos portáteis.
Existem aparelhos capazes de realizar gasometria em amostra de sangue capilar.
Teste do Pezinho
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Escolha do local – lóbulo da orelha, polpa digital ou calcanhar (teste do pezinho).
Uso de lancetas descartáveis.
Introduzir toda a ponta da lanceta.
Não apertar o local para forçar a saída do sangue.
Desprezar a primeira gota de sangue com o auxílio de um algodão seco.
Não exige profissional experiente ou com grande treinamento.
Permite a obtenção de pequenas quantidades de amostra de maneira rápida.
Técnicas de point of care com dosagens bioquímicas rápidas em aparelhos portáteis.
Existem aparelhos capazes de realizar gasometria em amostra de sangue capilar.
Teste do Pezinho
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Hematócrito
(Ex.: 40% de Ht, corresponde a 40 ml de eritrócitos numa amostra de 100 ml)
Material Utilizado
Algodão, álcool etílico e luvas de latex (extração do sangue)
Centrifuga
Tubo Capilar
Régua 
Plasticina.
Procedimento
Obtenção de uma gota grande de sangue de um dedo ou do tubo de coleta.
Enchimento dos tubos capilares até cerca de 3 cm de comprimento;
Obstrução da ponta do tubo com plasticina;
Centrifugação do sangue, a 3000 rpm, durante 5 minutos;
Medição da altura ocupada pelos eritrócitos;
Cálculo do Hematócrito.
LÓBULO DA ORELHA
Retirar o brinco, fazer a anti-sepsia e, se houver necessidade, retirar o excesso de álcool;
Para exames bioquímicos ou sorológicos (microtécnicas em geral), desprezar a 1a gota;
Para testes quantitativos, ou seja, testes de tempo de sangramento, não há necessidade de desprezar a 1a gota.
Sangue Capilar
POLPA DIGITAL
Coletar preferencialmente na lateral do dedo com um movimento único e certeiro, pois se a coleta for feita no centro da polpa digital, o dedo pode ficar sensível, atrapalhando a manipulação dos objetos.
É preciso realizar anti-sepsia com álcool 70% (sem excesso para não contaminar a amostra);
Se a mão do paciente estiver muito tempo na mesma posição, por mais que se tenha firmeza na mão e se faça uma punção boa, às vezes se tem pouca quantidade de sangue e como não pode espremer (se espremer ocorre hemoconcentração de céls), deve-se pedir para a pessoa permanecer com o braço abaixado na lateral do corpo. Isso porque a veia dilata e a quantidade de sangue aumenta.
Sangue Capilar
Colocar o dedo do paciente na ficha do point of care (se for o caso), pegar o sangue com um capilar ou uma ponteira de pipeta automática ou colocar o sangue em um papel filtro (por que há microtécnicas que podem ser realizadas através de eluição); 
Se o material for utilizado em um ensaio bioquímico, por exemplo, desprezar a 1a gota (por estar em contato com o álcool), porque o álcool hemolisa as células.
Não se deve fazer punção digital em um dedo que esteja edemaciado (pois a amostra será diluída).
Sangue Capilar
Sangue Capilar - Microtécnicas
CALCANHAR
Antes de iniciar a punção:
Acoplar o microtubo ao tubo carregador ou de transporte.
Manter o microtubo conectado ao tubo carregador numa estante de sustentação.
Introduzir o funil ou tubo capilar através da tampa de borracha.
Após o material estar preparado, iniciar a punção
Sangue Capilar - Microtécnicas
Diferenças entre amostras de sangue
capilar e venoso
Os valores normais ou valores de referência variam de acordo com o local da punção, por exemplo, a glicose possui valores mais altos na amostra de sangue capilar em comparação ao sangue venoso. 
Por outro lado, potássio, proteínas totais e cálcio são exemplos de analitos com valores mais baixos no sangue capilar quando comparados ao sangue venoso.
RDC 302/2005

4.40 Teste Laboratorial Remoto-TLR: Teste realizado por meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da área de um laboratório clínico.
Também chamado Teste Laboratorial Portátil -TLP, do inglês Point-of-care testing -POCT.
6.2.13 A execução dos Testes Laboratoriais Remotos - TLR (Point-of-care) e de testes rápidos, deve estar vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar.

Cuidados especiais
 Treinamento (Manual do Aparelho)
 Soluções Controle (2 níveis)
 Abertura de Tiras
 Troca de Bateria
 Troca de Lote
 Acidente (queda do aparelho)
 Incompatibilidade Clínica
 Manutenção
TLR

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