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Processo decisório e resolução de problemas
Decisão é a escolha entre alternativas ou possibilidades, efetuada quando o gestor se depara com uma situação-problema, visando à sua solução ou ao aproveitamento de oportunidades, em prol da maior eficiência organizacional. (CASSARO, 1999; MAXIMIANO, 2004)
O processo decisório, por sua vez, é assim conceituado: O processo de tomada de decisão pode ser definido como o conjunto de ações e fatores dinâmicos que têm início com a identificação de um problema desencadeador de uma ação e termina com a escolha específica de uma determinada ação. (MINTZBERG; RAISINGHANI; THÉORÊT, 1976).
O processo decisório é por vezes entendido como o ato de administrar em si (SIMON, 1972). Ao estudar o modo como o gestor lida com o seu ambiente, delineando situações passíveis de serem moldadas e melhoradas por meio de sua interferência, vem ao encontro da melhor compreensão do trabalho gerencial e do desenvolvimento do trabalho do administrador.
Tipos de decisão:
De modo geral, a literatura da área é pacífica em apontar dois tipos principais de decisão, moldados de acordo com as especificidades da situação problema a ser enfrentada. Falamos, então, das decisões, programadas (estruturadas) e das não-programadas (não-estruturadas), assim descritas:
Decisões programadas (estruturadas) → são inerentes aos “problemas que são bem compreendidos, altamente estruturados, rotineiros e repetitivos e que se prestam aos procedimentos e regras sistemáticos. Assim, estas decisões são sempre semelhantes” (MORITZ; PEREIRA, 2006, p. 81). O processo de pagamento de uma fatura a um fornecedor é possivelmente um bom exemplo de decisão programada. Trata-se de uma ação rotineira, na qual as variáveis são usualmente bem conhecidas, havendo muitos precedentes na organização.
Decisões não-programadas (não-estruturadas) → “destinam-se àqueles problemas que não são bem compreendidos, carecem de estruturação, tendem a ser singulares e não se prestam aos procedimentos sistêmicos ou rotineiros” (MORITZ; PEREIRA, 2006, p. 81). Em geral, há um caráter de ineditismo que reveste as decisões não-estruturadas ou, ainda, de rara ocorrência, havendo, assim, uma lacuna de precedentes que possam servir de base para estas decisões.
Em geral, as decisões não-programadas demandam uma maior capacidade de análise e de posicionamento do gestor. Como exemplos, podemos citar as decisões afetas à fusão de empresas, à definição de objetivos estratégicos, à busca por alternativas de financiamento etc.
Categorias de tipos de decisão:
 Em função do nível hierárquico:
Decisões estratégicas: são as decisões tomadas essencialmente pela cúpula organizacional, afetando toda a organização. Geralmente trazem visam à consecução de objetivos definidos em longo prazo. São marcadas, usualmente, pela incerteza, aproximando-se de definições não-programadas;
Decisões táticas (ou administrativas): normalmente tomadas no nível de gestores intermediários na organização, referem-se aos meios que dão o suporte necessário às decisões estratégicas, provendo a ligação necessária entre o estratégico e o operacional;
Decisões operacionais: tomadas, comumente, no nível dos grupos operacionais de trabalho, destinam-se a lidar com problemas de rotina, visando à execução de atividades.
Em função do grau de participação das pessoas no processo:
Decisões individuais: são tomadas pelo gerente, sem a participação efetiva do grupo por ele gerenciado. Podem ser unilaterais, quando a decisão é tomada sem nenhuma consulta (geralmente em face de situações de emergência), ou consultiva, quando há falta de informações ou significativo grau de incerteza (mas a decisão em si é tomada apenas pelo gerente);
Decisões coletivas: são tomadas pelo grupo. Podem ser de duas formas: com e sem a participação do gerente. Neste último caso, a decisão participativa é inerente a grupos ou equipes autogeridas, com relação às quais houve delegação da tomada de decisão.
Em função do resultado almejado:
Decisões satisfatórias: são decisões tomadas sem que todo o contexto seja considerado, aceitando-se “a primeira solução que aparece”. Pode ser motivada por falta de tempo ou de informação, por exemplo. Seria o caso da compra de um produto com base unicamente no preço, sem a ponderação sobre critérios de qualidade (MAXIMIANO, 2000);
Decisões otimizadas: procura-se uma solução média, que atenda um determinado número de critérios. Seria o caso, por exemplo, da decisão pela compra de um produto que demonstre certo equilíbrio entre qualidade e preço (MAXIMIANO, 2000);
Decisões maximizadas: busca-se o melhor resultado possível, com o melhor custo-benefício. É o caso da compra do melhor produto, pelo menor preço (MAXIMIANO, 2000).
Resoluções de problemas:
Etapas do processo decisório:
Vejamos como as principais características dessas etapas:
Análise e identificação da situação → trata-se de uma fase inicial de diagnóstico, aplicado tanto no que concerne às variáveis inseridas nos ambientes interno e externo da organização e que guardam relação com a situação-problema em estudo. Nesta etapa, oportunidades, ameaças, fraquezas e pontos fortes são identificados;
Desenvolvimento de alternativas → a partir do diagnóstico da etapa anterior, parte-se para o esboço de hipóteses acerca das linhas de ação passíveis de serem tomadas. Nem sempre um problema terá alternativas para sua solução. Neste caso, considera-se que está, por si só, resolvido, pelo menos momentaneamente, já que há uma limitação do processo de decisão;
Comparação entre as alternativas → as vantagens e as desvantagens de cada linha de ação são levantadas e, posteriormente, procede-se à comparação entre elas, visando à obtenção de uma visão mais acuradas das consequências quer poderão advir;
Classificação dos riscos de cada alternativa → trata-se de avaliar o grau de risco inerente a cada uma das linhas de ação já levantadas. Há de se ponderar acerca dos riscos sempre tendo como pano de fundo os objetivos a serem atingidos: por vezes grandes objetivos envolvem caminhos de grande risco;
Escolha da melhor alternativa → trata-se da decisão em si, em sentido estrito. De posse de todo o diagnóstico, das vantagens e das desvantagens das alternativas, bem como dos riscos envolvidos, é possível a escolha da linha de ação derradeira a ser tomada;
Execução e avaliação → uma vez feita a opção por determinada alternativa, procede-se à sua execução, mantendo-se, contudo, um monitoramento constante, a fim de se efetuarem eventuais correções de rumo.
Modelos racionais e intuitivos do processo decisório:
Para Maximiano (2000), a depender da quantidade de informação e de opinião envolvida na tomada de decisão, o processo decisório pode tender a ser racional ou intuitivo.
	Modelos do processo decisório
	racional
	Intuitivo
	Foco na informação (tida como a priori, perfeita).
	Foco na opinião.
 
	Baseia-se totalmente em informações, e não em sentimentos.
	Baseia-se na opinião, na percepção e na sensibilidade do tomador de decisão.
	Pressupõe-se a ordenação lógica do processo decisório, seguindo-se todas suas etapas (identificação do problema – diagnóstico – análise de alternativas – decisão)
	Pode haver a formulação de conclusões apressadas, havendo a supressão de etapas no processo decisório (por exemplo, ir diretamente da identificação do problema à
decisão, sem passar pelo diagnóstico)
	Impossível o tomador de decisão adotar um comportamento totalmente racional, haja vista ser impraticável obtenção (e a compreensão) de todas as informações em jogo.
	Quanto maior a disponibilidade de informações de conteúdo técnico, menos apropriado é o comportamento intuitivo.

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