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Aula 2 Ecologia e Evolução.

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Ecologia – Medicina Veterinária
Olá alunos, na aula de hoje vamos ver um pouco sobre ecologia e evolução.
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=kTjewD4LRiU - Teoria da Evolução e Darwinismo
Ecologia e evolução.
COMO SURGEM AS ESPÉCIES?
Por que existem tantas espécies de macacos? Por que algumas são mais parecidas do que outras? Por que algumas ocorrem apenas em um lugar, enquanto outras são encontradas em diferentes lugares? Responder estas perguntas significa entender um pouco da história evolutiva, ou seja, quais foram os caminhos, os processos, as modificações e as adaptações que permitiram que uma espécie ocorresse em um local e não no outro. Perguntas como estas percorreram muitos séculos, agitando o pensamento de muitos pesquisadores. Algumas teorias que explicam esses processos evolutivos foram propostas ao longo desse período. Por mais que hoje elas pareçam sem sentido, foram iniciativas de explicar questões tão amplas e com tamanho impacto para o conhecimento científico. Vamos ver duas importantes teorias que tentam explicar como a evolução acontece:
Criacionismo – teoria ampla que atribui a Deus a criação da Terra, da vida e das espécies. Muito apoiada por religiosos, era muito forte até o século XIX e defende que as espécies teriam sido criadas como são. Existem diversas ramificações do criacionismo, até mesmo os que acreditam na existência de uma árvore filogenética entre as espécies, mas o início e os meios para tal evolução seriam guiados por Deus. É uma teoria muito discutida até os dias atuais em oposição à teoria da evolução por seleção natural, que é a mais aceita.
Lamarckismo – Lamarck foi o primeiro pesquisador a tentar explicar cientificamente o processo da evolução em contraposição à teoria do criacionismo. Sua ideia defendia que as alterações promovidas pelo desenvolvimento ou pela atrofia de algum membro do corpo, seriam passadas para a geração seguinte. Seu exemplo clássico foi baseado no pescoço da girafa, que teria crescido em reposta à necessidade de se alimentar em árvores mais altas, passando essa nova característica às gerações seguintes. Logo, o uso e o desuso dos membros seriam responsáveis pelas suas modificações, e estas seriam transmitidas geneticamente. O biólogo Augusto Wiessman refutou essa teoria, ao realizar um experimento cortando os rabos de ratos e, mesmo assim, seus filhotes continuavam nascendo com rabos.
A teoria mais aceita atualmente foi desenvolvida, em paralelo, por dois importantes pesquisadores: Charles Darwin (Fig. 2) e Alfred Wallace (Fig. 3). Ao perceberem que trabalhavam na mesma ideia eles acabaram fazendo um anúncio conjunto num evento muito importante da época, o encontro da Linnean Society of London, em 1858. No ano seguinte, Darwin publicou seu tão famoso livro: “A Origem das Espécies”, com toda teoria em detalhes. É interessante porque os dois trabalhavam com princípios da Ecologia, mesmo antes do termo ser proposto.
Darwin acreditava que os seres vivos possuem grande capacidade de reprodução e o que os eventos de morte controlam a densidade de suas populações. Vale lembrar que, no mesmo período, Malthus, importante economista da época, fazia alardes ao respeito do crescimento populacional descontrolado e seu impacto na disponibilidade de comida. Mas, qual a influência dessa taxa de reprodução com a evolução? Darwin percebeu que os organismos não são idênticos dentro de uma população e sua capacidade de reprodução também não é a mesma para todos os indivíduos. Desse modo, características herdáveis seriam transmitidas através das gerações, sempre de maneira desigual, garantindo a existência de uma variabilidade na população. Além disso, os indivíduos capazes de deixar descendentes são aqueles que superam todas as dificuldades do meio. A seleção natural garante a sobrevivência dos mais fortes e essa característica é passada para as próximas gerações, de modo que os indivíduos mais fortes sempre são mantidos na população. Esse processo ao longo de muitas gerações ajuda a fixar as características vantajosas para a população e a excluir as prejudiciais, uma vez que os mais fracos vão deixando cada vez menos descendentes, tendendo a exclusão.
Uma separação geográfica é um fator potencial para a diferenciação de espécies. No caso da divisão de uma população por qualquer razão, a seleção das características pode ocorrer de maneira diferenciada em cada uma das novas populações, dando origem às novas espécies.
Considere a população de uma espécie de roedor, que acabou sendo dividida por um grande rio ou uma cadeia de montanhas. Com o passar do tempo, as condições das áreas que as populações divididas ocupam podem ser diferentes, exigindo diferentes adaptações para cada lado. Deste modo, as características que serão fixadas em uma população serão diferentes das características que serão fixadas na outra, resultando em organismos diferentes, com características genéticas diferentes.
É difícil imaginar, hoje, uma nova cadeia de montanhas surgindo de repente. Mas, lembre-se que a superfície da Terra está em movimento, lento, porém constante. Esse processo de alteração da superfície leva de centenas a milhares de anos, assim como os processos de especiação. Essa é a história da geografia do nosso planeta: o movimento das placas tectônicas modificou muito a superfície, isolando algumas áreas e possibilitando a comunicação de outras (fig. 1). Reparar que os continentes eram originalmente unidos.
Desse modo, alguns organismos puderam ocupar uma maior área, enquanto outros tiveram suas áreas de vida reduzidas, caracterizando a biota dos diferentes continentes. Uma prova do efeito desse movimento são as espécies filogeneticamente próximas, mas que ocorrem em áreas geograficamente muito distantes, como dois continentes diferentes. Um exemplo é a distribuição das grandes aves não voadoras, como a ema e o avestruz, que apesar de filogeneticamente aparentadas, não ocorrem na mesma região. Certamente elas tiveram um ancestral comum que ocupava todas as regiões continentais antes da deriva dos continentes.
Com a separação das placas tectônicas, elas acabaram se isolando reprodutivamente e adquirindo características adaptativas referentes aos locais onde ocorrem atualmente.
MAS O QUE É UMA ESPÉCIE?
Essa é uma questão muito discutida, com diferentes definições. O conceito mais comum diz que uma espécie é formada por indivíduos semelhantes entre si, que podem reproduzir e gerar descentes férteis. Mas e quando indivíduos de espécies diferentes cruzam e geram descendentes, os chamados híbridos? Seria uma falha da evolução? Na verdade, esse é um campo de intensa discussão, onde trabalhos são continuamente publicados. A hibridização pode indicar que o processo de diferenciação entre as espécies não está completo (ainda há fluxo gênico entre elas), mas que a seleção já promoveu algumas diferenças importantes. Pode parecer um processo estranho e raro de acontecer, mas na verdade acontece com bastante frequência, como na reprodução de plantas que compartilham polinizadores. É o que acontece quando duas espécies de bromélias estão com flores ao mesmo tempo e ambas recebem a visita de um mesmo beija-flor.
O polinizador pode carregar o pólen de uma para a outra e vice-versa, havendo a formação de um híbrido. Esse híbrido pode apresentar características intermediárias entre as duas espécies.
Questão.
Entre na plataforma e responda a uma questão discursiva (valor 4,0).
Questão
Diferencie a teoria de Criacionismo e Lamarquismo.

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