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O que é volume pulmonar? A ventilação pulmonar pode ser estudada com o registro dos movimentos do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões, através da espirometria. Basicamente o espirômetro é formado por um cilindro invertido sobre uma câmara de água, com o cilindro contrabalanceado por peso. O interior do cilindro está cheio de gás respiratório, geralmente ar ou oxigênio. Esse tubo conecta a boca com a câmara de gás. Dessa forma, quando se respira para dentro e para fora da câmara, o cilindro sobre e desce, e o registro apropriado é realizado. Na sequência serão apresentados os quatros volumes pulmonares que, quando somados, serão iguais as volume máximo pulmonar. – Volume corrente: é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. Ou seja, representa o volume de ar movimentado tanto durante a fase de inspiração quanto expiração na ventilação pulmonar. Em repouso o volume corrente varia em torno de 0,4 a 1,0 litro de ar por incursão respiratória. – Volume de reserva inspiratório: é o volume extra de ar que pode ser inspirado além do volume corrente normal. Ou seja, quando o indivíduo inspira profundamente é possível ocorrer uma aumento entre 2,5 a 3,1 L de ar corrente inspirado. Essa valor médio representa a capacidade de reserva de inalação, o que representa o volume reserva inspiratório. – Volume de reserva expiratório: é o máximo de volume extra de ar que pode ser expirado em uma expiração forçada após a realização de uma expiração corrente normal. Ou seja, após uma expiração normal o indivíduo continua expirando e forçando o máximo de ar para fora dos pulmões. Esse volume adicional representa o volume de reserva expiratório. Esse valor oscilará em torno de 1,0 a 1,5 litros para um homem de tamanho médio e sadio. – Volume residual: é representada pelo volume de ar que permanece ou fica nos pulmões após a realização de uma expiração mais forçada. Como classificam-se as capacidades pulmonares? – Capacidade pulmonar inspiratória, é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório. Ou seja, representa a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e na sequência distendendo os pulmões até seu máximo. – Capacidade pulmonar residual funcional, é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. Ou seja, é a quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração normal (cerca de 2.300 mililitros). – Capacidade pulmonar vital, representa o volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. Ou seja, é a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após o primeiro enche-los a sua extensão máxima e então expirar também a sua extensão máxima (cerca de 4.600 mililitros). – Capacidade pulmonar total, é igual ao volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 mililitros) é igual a capacidade vital mais o volume residual. Um ponto importante a esclarecer que todos os volumes e capacidades pulmonares são cerca de 20% a 25% menores nas mulheres em relação aos homens. Esses volumes e capacidades tendem a ser maiores em indivíduos atletas e, com massas corporais maiores do que em pessoas menores e sedentárias. O que é Espirometria? A espirometria, ou exame de sopro, mede o volume e a velocidade do ar com o objetivo de diagnosticar doenças pulmonares e respiratórias. O procedimento é simples, indolor e dura cerca de meia hora. Outros nomes conhecidos para esse exame são Prova Ventilatória ou Prova da Função Pulmonar. Para que serve? O exame serve para avaliar o funcionamento pulmonar, o que auxilia no diagnóstico de problemas respiratórios no paciente. Além disso, costuma ser usado para acompanhar a evolução de doenças degenerativas e como procedimento pré-operatório, para verificar a saúde pulmonar do paciente. Em alguns casos, pode ser feito também em pessoas sadias que precisam medir sua capacidade respiratória por algum motivo, como é o caso dos atletas. Algumas doenças que são acompanhadas por meio da espirometria são: - DPOC - Bronquite - Asma - Enfisema Pulmonar - Fibrose Pulmonar Como é feita? Antes de iniciar a espirometria, o paciente tem sua altura e peso medidos, devendo repousar em torno de 5 a 10 minutos. Enquanto isso, o médico aproveita para perguntar sobre possíveis sintomas. Durante o exame, o paciente fica sentado e uma presilha de borracha é colocada em seu nariz, para que respire apenas pela boca. O médico lhe dá um tubo, que fica conectado a um aparelho chamado espirômetro. Tudo o que o paciente deve fazer é soprar pelo espirômetro, jogando o ar para dentro do tubo, com a maior força possível. O paciente irá respirar tranquilamente até que o médico peça para alterar a respiração. Depois, é necessário respirar mais rápido e com mais força. É recomendado que o paciente evite tossir ou falar durante o teste, pois tais ações alteram o resultado. As oscilações são registradas em forma de gráficos e tabelas por um computador. Esses gráficos devem ser analisados pelo médico pneumologista, que irá interpretar as curvas e compreender a saúde pulmonar do paciente. O teste costuma ser repetido cerca de três vezes para garantir a precisão dos resultados. No entanto, antes da repetição, o paciente recebe uma medicação broncodilatadora, e deve esperar cerca de 20 minutos para iniciar o segundo teste. Os medicamentos broncodilatadores são substâncias que dilatam os brônquios, facilitando a respiração em indivíduos com crises asmáticas e bronquite, por exemplo. São utilizados no exame a fim de comparar a respiração normal do indivíduo com a respiração sob efeito do medicamento. Atenção! Tire todas as suas dúvidas antes de realizar o teste, pois a realização correta de todas as etapas do exame é importante.
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