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Produção Textual Interdisciplinar Grupo 3º SEMESTRE

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13
Sistema de Ensino Presencial Conectado
administração
Beatrís Machado Prestes
Deise Loureiro Tavares
joana cristina pereira de aguiar
Vanderlaine Teixeira Corrêa
SITUAção geradora de aprendizagem:
Hidrelétrica do Riacho Doce
Rio Grande
2017
Beatrís Machado Prestes
Deise Loureiro Tavares
joana cristina pereira de aguiar
Vanderlaine Teixeira Corrêa
SITUAção geradora de aprendizagem:
Hidrelétrica do Riacho Doce
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral no Curso de Administração. 
Orientador: Profª. 
Letícia Martins Scott Hood dos Santos
Rio Grande
2017
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	– histórico empresarial	4
2.2	– responsabilidade social e ambiental	5
2.3	– valores e clima organizacional da empresa	6
2.3.1	– VALORES	6
2.3.2	– CLIMA ORGANIZACIONAL	7
2.4	– direito empresarial e do trabalho	8
3	CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
APÊNDICES	12
APÊNDICE A – Pesquisa de Clima Organizacional	13
ANEXOS	16
ANEXO A – Rompimento da Barragem em Mariana (MG)	17
INTRODUÇÃO
Esta produção textual tem por objetivo apresentar uma Situação Geradora de Aprendizagem (SGA). A Hidrelétrica do Riacho Doce foi escolhida como fonte para a apresentação prática dos conhecimentos obtidos ao longo do semestre. No desenvolvimento desta SGA vamos dissertar a respeito da sua história, a implementação da empresa e seus impactos, os compromissos e responsabilidades para reduzir danos ambientais e sociais, e conhecer sua política organizacional e capacidade de gestão. 
DESENVOLVIMENTO
A Hidrelétrica do Riacho Doce está instalada no Rio Doce, entre os municípios de Águas de Purificação e Lotus. A empresa possui quatro unidades geradoras, a Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce tem capacidade de potência de 855 megawatts, o suficiente para abastecer mais de cinco milhões de lares.
– histórico empresarial
Embora a empresa só esteja operando com suas 4 geradoras desde de 2011, a instauração do empreendimento começou a ser planejada ainda na década de 60. Através de estudos ambientais e socioeconômicos. 
1984 – Conclusão do estudo de Aproveitamento Hidrelétrico
2001 – Leilão para concessão de aproveitamento Usina Hidráulica (Foz do Riacho Doce Energia ganha o direito de exploração).
2002 – Depois de aprovado o Estudo de Impacto Ambiental, o IBAMA emite licença temporária para dar início à construção da Usina. 
2004 – Aprovado o Plano Básico Ambiental: documento que descreve programas socioambientais a serem seguidos para a implantação da hidrelétrica.
2010 – As três primeiras unidades da Usina começam a operar.
2011 – A quarta geradora é concluída. 
.
– responsabilidade social e ambiental
Como a construção das quatro geradoras abrange em torno de 13 municípios da região, algumas medidas para proteção dos habitantes tiveram que ser tomadas:
A) Existe um movimento que contesta o número de famílias atingidas pelo empreendimento Foz do Rio Doce. É o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Conceitue o que são Movimentos Sociais, apresente quais são os canais para atingir os seus fins no caso aqui analisado. 
Conceito de movimento social pode ser entendido como aqueles que consistem em uma ação coletiva que é realizada por um grupo organizado que tem como pretensão obter mudanças sociais através de abordagens políticas de acordo com os valores e pontos de vista que possuem certo contexto e sociedade.
O MAB consiste em um movimento, com a pretensão de organizar as pessoas atingidas pela construção de barragens e respeitar seus direitos. Dentre as suas reivindicações estão a criação de uma política nacional dos direitos destas pessoas atingidas bem como a formação de um fundo de auxílio para recuperar os prejuízos causados por estas construções determinadas. Suas formas de manifestações incluem abordagens na internet, reuniões com movimentações políticas para o alcance de suas pretensões além de atividades na rua como o Dia internacional de Luta contra as barragens.
B) Como as tecnologias podem ser utilizadas para favorecer o meio ambiente? O que é tecnologia verde? Como esse tema se relaciona com a questão da Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce? 
Inovar para preservar, nós sempre buscamos soluções para melhorar o nosso cotidiano. E tudo indica que essa mesma inquietude poderá solucionar os problemas que têm sido tema de muitas discussões engajadas num futuro sustentável. A cada dia, soluções para antigos e novos problemas são encontradas. Os avanços atuais na área de  óptica, de  nanotecnologia  e de monitoramento a distância vem  sendo, ainda em pequena escala, usados no  combate ao desmatamento ilegal, além de fazer parte da necessidade de  investimento  nas tecnologias que reduzem a emissão de gases do efeito  estufa, o que pode  preservar a saúde do nosso  planeta  e também  criar novos empregos.
 A tecnologia verde atua como uma  tendência mundial  voltada para o impacto dos recursos tecnológicos  no meio ambiente, visando a  sustentabilidade.  
Por fim, tendo o  objetivo  de  reduzir o consumo de eletricidade,  matéria-prima  e a  emissão do  Dióxido de Carbono, bem como, o  tratamento e encaminhamento do  lixo  visando reduzir ao máximo os  impactos gerados no meio ambiente. Mas, caso não se pense em uma nova lógica de consumo, dificilmente a tecnologia sozinha irá dar conta de reverter os danos ambientais que continuam sendo aplicados pelo homem ao planeta.
– valores e clima organizacional da empresa
– VALORES
A Usina Hidrelétrica do Riacho Doce busca valorizar os seguintes princípios:
Ser ética, responsável e transparente no planejamento comunicação organizacional; 
Ser ágil, clara e precisa na divulgação de informações tanto interna quanto externamente, sem que haja prejuízo da confidencialidade, quando necessário; 
Ser confiável, zelosa e prestativa no atendimento dos diversos grupos de relacionamento (funcionários e comunidade em geral); 
Ser focada, eficiente e organizada para atingir seus objetivos e defender os interesses da instituição, resolver problemas, uso responsável dos recursos e redução dos custos das ações de comunicação; 
Ser competitiva, técnica e pró-ativa na exploração de mídias sociais, meios de comunicação e fontes internas da entidade; 
Ser dinâmica e inovadora (estar sempre sintonizada com novas tecnologias e contribuir com as estratégias de gestão e de mudanças na cultura organizacional);
 Ser envolvente, motivadora e solidária, ter capacidade de sensibilizar e mobilizar seus funcionários e a comunidade em ações de responsabilidade social e ambiental patrocinadas pela empresa; 
Ser democrática, interativa e participativa, estimular a incorporação dos atores internos na implantação do Plano de Comunicação Interna (PCI), garantindo-lhes representação e participação decisória no seu desenvolvimento, avaliação e atualização.
– CLIMA ORGANIZACIONAL 
Um dos principais objetivos da empresa é manter-se engajada com seus colabores. Comprometimento, desenvolvimento profissional, comunicação interpessoal, planejamento estratégico, além de pesquisas periódicas de satisfação e clima organizacional são fundamentais para manter o foco e ter sucesso nos seus objetivos. Em apêndice a este texto, apresentaremos um dos modelos de pesquisa usado pela empresa, para medir o grau de satisfação dos seus colaboradores. 
– direito empresarial e do trabalho
Como se sabe, a construção de uma usina acarreta muitos conflitos entre a defesa do desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. O Art. 170 da Constituição Federal visa fundamentalmente “assegurar a todos a existência digna”. Com base neste fundamento é necessário algumas medidas e reflexões para assegurar a garantia dos direitos básicos, sem prejudicar o desenvolvimentoeconômico. 
Análise do conflito sob o viés do Direito empresarial, refletindo sobre a ordem econômica no Brasil e sua finalidade, qual seja: “assegurar a todos a existência digna”: o Direito empresarial é uma forma de o Estado intervir nas grandes indústrias para que estas respeitem as ordens dos direitos sociais, dentre eles, assegurarem o bem-estar de seus empregados e preservação do bem social. O Art. 170 estabelece que toda empresa deverá propor a redução das desigualdades regionais e sociais e busca do pleno emprego. Desse modo, vemos a importância da existência da função social da empresa e a necessidade de intervenção sobre a atividade empresarial, caso o indispensável dirigismo da atividade econômica para a promoção de algo além do lucro da própria empresa, para o alcance de benefícios coletivos, bem como a preocupação que os efeitos que a atividade empresarial traz a sociedade.
Relação entre os princípios da ordem econômica e a defesa do meio ambiente: A Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, em seu art. 170, diz que “a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social”, observando-se alguns princípios, entre eles a defesa do meio ambiente. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Nota-se, portanto, que para haver produção de riquezas, a atividade econômica deve estar orientada pela proteção do meio ambiente. Trata-se da idéia do desenvolvimento sustentável. Tendo como pano de fundo o paradigma do desenvolvimento econômico de um lado e da sustentabilidade do planeta de outro, objetiva-se compreender a proteção do meio ambiente como um dos princípios da ordem econômica, suas implicações e limitações na sociedade.
Assim, a presente reflexão pretende arrolar idéias como educação ambiental, desenvolvimento sustentável, sociedades sustentáveis, modernidade e as relações que os envolvem. Para tanto, inicialmente, busca-se uma breve retrospectiva histórica Constitucional relativa às questões envolvendo o desenvolvimento econômico e meio ambiente. Posteriormente, passa-se a análise da ordem econômica, seus fundamentos e objetivos constitucionalmente expressos, além da relação entre si dos princípios que a compõem. Por fim, examina-se o ponto específico do estudo: o meio ambiente como princípio da ordem econômica.
CONCLUSÃO
Para concluir, vimos o quanto é necessário a preocupação como bem-estar social e ambiental estar em sintonia com o desenvolvimento econômico e que o planejamento estratégico empresarial deve sempre ser criterioso para zelar pela cidadania e evitar tragédias como o rompimento da Barragem de Mariana (MG) (vide anexo), que causou danos irreparáveis para o meio ambiente, mortes e destruição de cidades inteiras e como é importante a fiscalização do governo, como, por exemplo, o trabalho do IBAMA que impõe uma série de exigências para liberar licenças ambientais para as empresas. 
REFERÊNCIAS
Constituição Federal. Art. 170. 05 Out. 1988. Disponível em: < https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_170_.asp> Acesso em: 22 out. 2017.
AVONA, M. E.. Gestão de pessoas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 224 p.
CABRAL, A. R. N.. LEONETTI, C. A.. Uma ordem econômica sustentável junto ao princípio constitucional da defesa do ambiente. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=99880ac6c3bbe603. Data de acesso: 25 out.2017.
Por Ciriaco, Douglas. Tecnologia Verde. 17 FEV 2009. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/internet/1588-tecnologia-verde.htm> Acesso em: 28 out. 2017.
Wikipédia. Rompimento de Barragem em mariana. 2017 - Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Rompimento_de_barragem_em_Mariana> Acesso em: 28 out. 2017.
RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Stiliano, 1998.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Pesquisa de Clima Organizacional
PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL 
Prezado colaborador, buscando sempre garantir o sucesso desta equipe, gostaríamos que respondesse a pesquisa abaixo para medirmos seu grau de satisfação, buscar melhorias e, assim, proporcionar os ajustes necessários para satisfazer as necessidades dos membros desta equipe. 
1ª PARTE: Identificação e Classificação dos membros
1. Qual setor da empresa você trabalha? ______________________________
2. Qual a função ou cargo que exerce? ______________________________
3. Há quanto tempo você trabalha nessa empresa? _____________________
4. Recebeu alguma promoção nesse período? _________________________
2ª PARTE: Relação – Funcionário x Empresa
	MUITO POUCO
	POUCO
	SUFICIENTE
	BASTANTE
	1. Sinto orgulho de trabalhar nesta empresa?
	
	
	
	
	2. Estou satisfeito com o cargo que ocupo nesta empresa?
	
	
	
	
	3. Acho que a empresa me oferece um bom plano de carreira?
	
	
	
	
	4. A empresa está me ajudando a obter sucesso na carreira e na minha vida profissional?
	
	
	
	
3ª PARTE: Sobre nossas instalações
	MUITO POUCO
	POUCO
	RAZOAVEL 
	BASTANTE
	1. Você considera que a empresa se preocupa com a ergonomia e segurança dos colaboradores?
	
	
	
	
	2. A empresa lhe oferece boas condições para a execução de suas tarefas?
	
	
	
	
	3. Está satisfeito com as refeições oferecidas nas dependências da empresa?
	
	
	
	
	4. A higienização das dependências da empresa está sendo realizada de forma satisfatória?
	
	
	
	
4ª PARTE: Salário e benefícios 
	RUIM
	REGULAR
	BOM 
	EXCELENTE
	Sua remuneração satisfaz suas expectativas e necessidades? 
	
	
	
	
	O que acha do regime de horas-extras?
	
	
	
	
	3. Qual sua opinião a respeito da empresa escolhida para administrar o plano de saúde empresarial?
	
	
	
	
	4. O que acha do valor estabelecido para o auxílio alimentação?
	
	
	
	
 5ª PARTE: Expectativas para o futuro 
	SIM
	NÃO
	TALVEZ 
	Consegue se ver trabalhando nesta empresa daqui a 10 anos? 
	
	
	
	Indicaria esta empresa para amigos ou familiares?
	
	
	
	3. Acredita que a empresa está reconhecendo seus esforços para crescer profissionalmente?
	
	
	
	4. Recebeu alguma proposta ou pretende sair desta empresa?
	
	
	
	5. Acredita que esta empresa oferece estabilidade para seus funcionários?
	
	
	
Espaço para sugestões: _____________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Agradecemos sua colaboração. 
Fonte: Departamento de Recursos Humanos - Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce. Agosto/2017
ANEXOS
ANEXO A – Rompimento da Barragem em Mariana (MG)
Rompimento de barragem em Mariana
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 20°12'23.4"S 43°28'01.6"W
	Rompimento da barragem de Fundão
	
Vista da região do desastre
	Danos
	Destruição de Bento Rodrigues;
aumento da turbidez das águas do rio Doce,[1] com impactos no abastecimento de água em cidades de Minas Gerais e Espírito Santo, danos culturais a monumentos históricos do período colonial,bem como à fauna e à flora na área da bacia hidrográfica, incluindo possível extinção de espécies endêmicas, e prejuízos à atividade pesqueira e turismo nas localidades atingidas
	Vítimas
	18 mortos [2]
1 desaparecido
	Áreas afetadas
	Subdistrito de Bento Rodrigues, diversos municípios às margens do Rio Doce e Oceano Atlântico
O rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015.[3] Rompeu-se uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Samarco Mineração S.A., um empreendimento conjunto das maiores empresas de mineração do mundo, a brasileira Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton.
Inicialmente a mineradora Samarco informara que duas barragens haviam se rompido - a de Fundão e a de Santarém. Porém, no dia 16 de novembro, a Samarco retificou a informação, afirmando que apenas a barragem de Fundão havia se rompido. O rompimento de Fundão provocou o vazamento dos rejeitos que passaram por cima de Santarém, que, entretanto, não se rompeu.[4] As barragens foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região.
O rompimento da barragem de Fundão é considerado o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos, com um volume total despejado de 62 milhões de metros cúbicos.[5][6][7] A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais abastecem sua população com a água do rio.[8]
Ambientalistas consideraram que o efeito dos rejeitos no mar continuará por pelo menos mais cem anos, mas não houve uma avaliação detalhada de todos os danos causados pelo desastre. Segundo a prefeitura do município de Mariana, a reparação dos danos causados à infraestrutura local deverá custar cerca de cem milhões de reais.[9]
Índice
  [esconder] 
1Panorama do desastre
1.1Danos aos ecossistemas do Rio Doce
1.2Danos aos ecossistemas marinhos
1.3Toxicidade dos rejeitos
1.4Danos à infraestrutura de Mariana
2Apuração das causas
2.1Comissões parlamentares
3Multas
4Reações
4.1Nacionais
4.2Internacional
5Fundação Renova
6Ver também
7Referências
8Bibliografia
9Ligações externas
Panorama do desastre[editar | editar código-fonte]
Esquema do rompimento de barragem em Bento Rodrigues
Controladas pela Samarco Mineração S.A. (um empreendimento conjunto entre a Vale S.A. e a BHP Billiton),[10] as barragens de Fundão e Santarém fazem parte da Mina Germano, situada no distrito de Santa Rita Durão, município de Mariana, localizado na Microrregião de Ouro Preto da Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. Foram construídas para acomodar os rejeitos provenientes da extração do minério de ferro retirado de extensas minas na região.[11]
A barragem de Fundão passava por um processo de alteamento, quando ocorre a elevação do aterro de contenção, pois o reservatório já chegava a seu ponto limite, não suportando mais o despejo dos dejetos da mineração.[12][13]
Aproximadamente às 15h30min da tarde do dia 5 de novembro de 2015, a contenção apresentou um vazamento. Neste momento, uma equipe de funcionários terceirizados foi enviada ao local e tentava amenizar o vazamento esvaziando parte do reservatório.[14] Por volta das 16h20min ocorreu o rompimento, que lançou um grande volume de lama sobre o vale do córrego Santarém.[15] O subdistrito de Bento Rodrigues, que se localiza cerca de 2,5 quilômetros vale abaixo, foi quase completamente inundado e destruído pela enxurrada de lama que se seguiu após o desastre na barragem. Outros vilarejos e distritos situados no vale do rio Gualaxo também foram atingidos pela enxurrada.[16]
Imagens de satélite antes e após o rompimento da barragem
Carro destruído em meio as ruínas do subdistrito
Imagem de satélite da foz do rio Doce invadida pela lama
Fotografia aérea da lama no mar
Reservatório da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga) atingido pelos rejeitos da mineradora Samarco, em Santa Cruz do Escalvado, Minas Gerais.
Por conta de sua localização e dos acessos precários, contando apenas com estradas vicinais não pavimentadas para fazer contato com os demais distritos e a sede do município, Bento Rodrigues ficou completamente inacessível por via terrestre, sendo possível o acesso apenas por helicóptero, o que dificultou em muito o acesso dos bombeiros para os trabalhos de resgate.[17] Havia uma escola na área onde ocorreu a inundação e os professores conseguiram remover os alunos antes da escola ser atingida.[18]
Um agravante da situação foi que o empreendimento e as comunidades vizinhas à barragem não possuíam um plano de contingência, nem rotas de fuga que permitissem aos moradores se deslocarem a tempo para regiões seguras.[19]
Danos aos ecossistemas do Rio Doce[editar | editar código-fonte]
Por volta de 18h30 do dia 5 de novembro, os rejeitos de minério de ferro chegaram ao Rio Doce.[20] A bacia do rio tem uma área de drenagem de cerca de 86.715 quilômetros quadrados, sendo 86% em Minas Gerais e o restante no Espírito Santo. No total, o rio abrange 230 municípios que utilizam o seu leito como subsistência.[8]
Ambientalistas acreditavam ser incerta a possibilidade de se recuperar o rio. Segundo o biólogo e ecólogo André Ruschi, que atua na Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, no distrito de Santa Cruz, município de Aracruz, no Espírito Santo, os rejeitos só começarão a ser eliminados do mar em cem anos, no mínimo.[8]
Os rejeitos atingiram também a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, que fica em Santa Cruz do Escalvado, a cerca de cem quilômetros de Mariana. Segundo a concessionária que administra a usina, o seu funcionamento não foi prejudicado.[21]
No dia 9 de novembro, a prefeitura de Governador Valadares interrompeu a captação de água por conta da lama que invadiu o rio Doce.[22] No dia seguinte, foi decretado Estado de Calamidade Pública, em função do desabastecimento de água na cidade.[23] No dia 13 de novembro, o Exército Brasileiro montou um ponto de distribuição gratuita de água fornecida pela Samarco, na praça dos Esportes, no centro da cidade.[24]
No dia 16 de novembro, a onda de lama e rejeitos de minério chegou ao município de Baixo Guandu, no noroeste do Espírito Santo. A prefeitura suspendeu o abastecimento pelo Rio Doce.[25]
O IBAMA informou que, das 80 espécies de peixes que ocorrem no rio Doce, 11 estão ameaçadas de extinção e 12 são endêmicas, só existem nesta bacia hidrográfica e podem ter sido extintas.[26] Estima-se que ocorriam mais de cem espécies de peixes na bacia do rio Doce, das quais seis estão oficialmente ameaçadas de extinção. A mortandade verificada logo após o desastre e o grande número de espécies crípticas da bacia reforçam as preocupações sobre a extinção de peixes endêmicos ainda desconhecidos e de espécies importantes para a sobrevivência das comunidades locais que exploram a atividade pesqueira. Os efeitos sobre as espécies que utilizam o estuário em alguma fase de seus ciclos de vida são desconhecidos, assim como os danos em longo prazo aos peixes marinhos.[27]
Danos aos ecossistemas marinhos[editar | editar código-fonte]
Espécies afetadas pelo desastre
Tartaruga-de-couro
Água-viva Kishinouyea corbini
No dia 22 de novembro, a lama chegou ao mar, no Norte do Espírito Santo. A prefeitura de Linhares interditou as praias de Regência e Povoação e emitiu um alerta para que as pessoas não entrem na água. Foram espalhadas placas ao longo das praias informando que a água está imprópria para o banho.[28][29]
Em dois dias a mancha de lama se alastrou por mais de 15 quilômetros ao norte da foz do Rio Doce e mais sete quilômetros rumo ao sul.[30] Uma das regiões afetadas foi a Reserva Biológica de Comboios, unidade de conservação costeira que protege o único ponto regular de desova de tartaruga-de-couro na costa brasileira.[31]Após atingir o oceano, a lama provavelmente afetará milhares de espécies da fauna e flora marinhas. O pouco estudado cnidário Kishinouyea corbini é uma espécie emblemática desta situação, pois é extremamente rara e tem uma distribuição geográfica restrita e que se sobrepõe com a área afetada pelo desastre.[32]
Toxicidade dos rejeitos[editar | editar código-fonte]
Análises realizadas em Governador Valadares encontraram na massa de lama quantidades superiores aos valores aceitáveis de metais pesados como arsênio, chumbo e mercúrio. Esses metais, possivelmente utilizados em garimpos ilegais ao longo do rio Gualaxo do Norte, foram carregados pela torrente de lama.[33]
Embora a mineradora Samarco tenha afirmado repetidamente que a lama não é tóxica, especialistas divergem. Segundo eles, os sedimentos que estavam depositados na barragem provavelmente contêm compostos químicos, usados pela mineradora para a remoção seletiva de sílica durante a flotação de minérios - ou seja, para remover as impurezas do minério. Compostos conhecidos como aminas de éter são geralmente utilizados para separar sílica do minério de ferro. Pelo menos alguns desses compostos, segundo o fabricante, Air Products and Chemicals,Inc., não são prontamente biodegradáveis e têm elevada toxicidade para os organismos aquáticos.[34] São também capazes de elevar os níveis de pH da água e do solo, causando desequilíbrios nos ecossistemas.[35]
Além disso, a lama reduz os níveis de oxigênio na água, e, à medida que os sedimentos endurecem, podem alterar o curso das correntes e diminuir a fertilidade do solo. Segundo Klemens Laschesfki, professor de geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, com o endurecimento da lama, a agricultura será dificultada, e a grande quantidade de lodo que irá se assentar no fundo do Rio Doce e afluentes poderá alterar curso da bacia hidrográfica.[36]
De acordo com os relatórios divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em 15 de dezembro de 2015, a grande mortandade de peixes teria sido causada não pela toxicidade dos rejeitos, mas pela concentração extremamente elevada de sedimentos (turbidez) na água, durante a passagem da lama, o que reduziu a concentração de oxigênio dissolvido na água e obstruiu as guelras dos peixes, fazendo com que morressem por asfixia,. [37] De acordo com as análises realizadas, a água do rio Doce não está contaminada por metais tóxicos. "As amostras de água coletadas ao longo do rio Doce não evidenciaram a presença de metais dissolvidos em quantidades que possam ser consideradas como contaminadas", conforme comunicado distribuído pelas duas entidades. Foram analisadas amostras de água e sedimentos de 25 pontos, desde o epicentro do desastre, em Mariana, até a foz do rio Doce, em Linhares (Espírito Santo). Os resultados dessas análises asseguram que, depois de adequadamente tratada, a água pode ser consumida sem riscos. Quanto à presença de metais pesados dissolvidos na água (arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo, cobre, zinco e outros), os quantitativos são similares aos constatados em 2010 pela CPRM. Curiosamente, as concentrações mais altas de arsênio, manganês e ferro foram registradas no rio do Carmo, em áreas não afetadas pelos rejeitos da barragem.[38]
Águas lamacentas do Rio Doce em Galileia, Minas Gerais, no dia 28 de novembro de 2015.
Um grupo de cientistas independentes também coletou amostras de lama ao longo dos rios Doce, Gualaxo do Norte e Carmo. O grupo constatou a presença de metais pesados em diversos trechos desses cursos d'água, inclusive em pontos a montante do trecho atingido pela lama da barragem, indicando que tais elementos já estavam presentes no rio antes mesmo do rompimento das barragens. Segundo a toxicologista Vivian Santos, integrante do grupo, foi possível observar uma quantidade muito grande de material de mineração (provavelmente metal inerte) nos sedimentos. De todo modo, ela acredita que "o monitoramento da concentração de metais dissolvidos nesta bacia hidrográfica deve ser muito mais rigoroso de agora em diante". [39][40]
A Vale e a BHP (donas da Samarco) já haviam negado que a lama da barragem fosse tóxica. Em 26 de novembro, a BHP havia declarado em seu site que "os rejeitos que entraram no Rio Doce são compostos de materiais de argila e lodo, provindos da lavagem e processamento de terra contendo minério de ferro, que é naturalmente abundante na região. Com base em dados disponíveis, os rejeitos são considerados quimicamente estáveis. Eles não irão alterar a composição química na água e permanecerão no ambiente como solos normais na bacia hidrográfica."[41] [38]
De todo modo, mesmo antes da enxurrada de lama, o rio Doce se encontrava bastante degradado, em consequência de séculos de desmatamento, poluição, assoreamento, construção de barragens, pesca predatória e introdução de espécie exóticas, como o dourado e a tilápia, que geram renda para os pescadores, mas substituem a fauna nativa. Além disso, a estiagem extrema reduziu drasticamente o volume de água no rio e, consequentemente, sua capacidade de diluir a lama que escorreu da barragem. Pesquisadores e autoridades apontam para a necessidade de restauração em grande escala de toda a bacia hidrográfica do rio Doce - e não apenas de remoção da lama. "Temos de aproveitar isso como uma oportunidade para testar um grande processo de recuperação ambiental", diz João Pessoa Moreira Júnior, da Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFLO) do Ibama, enquanto acompanhava os esforços de resgate de fauna na região. Segundo o titular da DBFLO, Paulo Fontes, a recuperação do rio deve levar, no mínimo, dez anos mas é possível.[42]
Danos à infraestrutura de Mariana[editar | editar código-fonte]
Rua de Bento Rodrigues após o desastre
Segundo a administração de Mariana, seriam necessários cem milhões de reais para reparar os danos causados à infraestrutura do município.[9] Esse valor corresponde a quatro vezes o valor que o município recebeu, em 2015, a título de royalties (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais ou CFEM), pelo minério explorado: entre janeiro a outubro daquele ano, Mariana recebeu da Samarco 24,3 milhões de reais a título de compensação financeira pela exploração mineral.[9]
O total pago em 2015 pela Samarco, a título de CFEM (calculada à base de 2% sobre o valor líquido da venda do minério), foi de cerca de 37,4 milhões de reais. Desse valor, 65% (24,3 milhões de reais) foram para o município; o restante foi dividido entre o governo de Minas Gerais (23%) e a União (12%).[9] A Samarco lucrou 13,3 bilhões de reais entre 2010 e 2014. O lucro de 2014 foi de 2,8 bilhões de reais, segundo dados do site da empresa.[9]
A suspensão da licença ambiental da Samarco em dezembro de 2015 e subsequente embargo das atividades causou impacto negativo na economia de Mariana, com quedas de 60% no comércio e perdas de R$ 5 milhões em arrecadação. Moradores fizeram em março de 2016 protestos pedindo a volta das atividades da Samarco, que esperava ainda naquele ano reativar a mineração na região.[43][44]
Apuração das causas[editar | editar código-fonte]
	“
	Não foi acidente. Não foi fatalidade. O que houve foi um erro na operação e negligência no monitoramento.[45]
	”
O Ministério Público de Minas Gerais havia sido contrário à renovação da licença de funcionamento da barragem, tendo solicitado a realização de análise de ruptura e um plano de contingência para o caso de riscos ou acidentes. Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, a tragédia "não foi um acidente, tampouco fatalidade" mas erro na operação e negligência no monitoramento da barragem.[45]
Uma equipe de Bombeiros Civis locais durante a avaliação dos danos
Após o desastre, soube-se também que a barragem de Fundão, além de receber os rejeitos da Samarco, recebia rejeitos de minérios provenientes da mina de Alegria, também pertencente à Vale. O volume desses rejeitos, lançados na barragem por meiode dutos, seria correspondente a menos de 5% do volume total represado. Todavia, posteriormente, foi noticiado que esse volume seria, na verdade, bem superior ao que fora declarado pois, segundo documentos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), os rejeitos da mina de Alegria corresponderiam a 28% do total então contido no reservatório, ultrapassando dezoito milhões de metros cúbicos em 2014. A Vale, entretanto, reiterou sua afirmação anterior, explicando que "o cálculo de percentual indicado no documento do DNPM apresentado pela procuradoria de Minas Gerais leva em consideração o volume total de rejeitos produzidos na mina de Alegria. No entanto, aproximadamente 85% desses rejeitos eram destinados à barragem de Campo Grande, que é da própria Vale. O restante (cerca de 15%) era destinado à Samarco. Essa quantidade corresponde a aproximadamente a 5% do volume total depositado na barragem de Fundão nos últimos anos."[46]
Em fevereiro de 2016, o Ministério Público encaminhou o inquérito contra a Samarco, que pedia a prisão do presidente licenciado Ricardo Vescovi e mais seis pessoas, para a Justiça Federal, considerando que a extensão dos danos configurava "lesão a bem de interesse federal".[47]
Comissões parlamentares[editar | editar código-fonte]
Na primeira quinzena de novembro de 2015, foram criadas, na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas do Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, três Comissões Especiais para acompanhar o caso e as providências adotadas. Segundo divulgação pela imprensa, muitos dos parlamentares integrantes dessas três comissões receberam doações de empresas do grupo Vale para financiar suas campanhas eleitorais. Tais doações somaram R$ 2,6 milhões e são legais, informadas pelos candidatos à Justiça Eleitoral.[48][49]
Na comissão criada na Câmara[49]
Lelo Coimbra (no centro), com o presidente da Samarco e o vice-presidente Michel Temer em 2014. Lelo é deputado federal (ES), recebeu doações da Vale/Samarco para sua campanha[48] e integra a comissão da Câmara que apura o desastre.
Brunny (PTC-MG)
Eros Biondini (PTB-MG)
Fábio Ramalho (PV-MG)
Gabriel Guimarães (PT-MG)
Givaldo Vieira (PT-ES)
Laudívio Carvalho (PMDB-MG)
Lelo Coimbra (PMDB-ES)
Leonardo Monteiro (PT-MG)
Mário Heringer (PDT-MG)
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
Paulo Foletto (PSB-ES)
Rodrigo de Castro (PSDB-MG)
Subtenente Gonzaga (PDT-MG)
Na assembleia mineira[49]
Agostinho Patrus Filho (PV)
Gil Pereira (PP)
Gustavo Corrêa (DEM)
Gustavo Valadares (PSDB)
Thiago Cota (PPS)
No Legislativo do Espírito Santo[49]
Bruno Lamas (PSB)
Gildevan Fernandes (PV)
Guerino Zanon (PMDB)
Janete de Sá (PMN)
José Carlos Nunes (PT)
Luzia Toledo (PMDB)
Rodrigo Coelho (PT)
Multas[editar | editar código-fonte]
Senador Randolfe Rodrigues mostra comparativo fotográfico das áreas atingidas no plenário do Senado Federal
Em relação às multas, a legislação brasileira prevê um teto de R$ 50 milhões e uma eventual alteração desse valor depende de aprovação do Congresso Nacional.[50] O Ibama aplicou 5 multas neste valor máximo, totalizando 250 milhões de reais. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, disse que "o valor de R$ 50 milhões está estabelecido há muitos anos, sem reajuste. Esse é um mal de se estabelecer valores em lei quando esses valores ao longo do tempo vão se perdendo".[50]
Em acordo como o Ministério Público Federal, a Samarco se comprometeu a realizar um pagamento de uma caução socioambiental de R$ 1 bilhão, num documento assinado em Belo Horizonte na sede do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público (Nucam).[51] Para efeitos comparativos, a explosão da plataforma Deepwater Horizon no ano de 2010 no Golfo do México, que matou doze pessoas e poluiu parte das águas do golfo, prejudicando o habitat de centenas de espécies de aves, mas que não afetou o abastecimento de água de localidade alguma, resultou na criação de um fundo que, juntamente a outros gastos correlatos, custou à empresa responsável, a britânica BP, um montante de U$42.2 bilhões de dólares para reparação de danos,[52] e a empresa foi condenada no ano de 2015 a pagar uma multa $18.7 bilhões de dólares.[53] Novo acordo em 2016 aumentou a quantia a ser desembolsada pela Samarco para R$4,4 bilhões até 2018,[54] com a presidente Dilma Rousseff acrescentando que após 2018 haveria um aporte anual de R$1,8 bilhão.[55]
Reações[editar | editar código-fonte]
 Samarco: Kleber Luiz de Mendonça Terra, diretor de operações e infraestrutura da Samarco, pronunciou-se durante uma entrevista coletiva dizendo que "a Samarco também está envolvida e estamos muito solidários e muito sofridos com tudo que aconteceu. Não acho que seja o caso de desculpa, acho que é o caso de verificar claramente o que aconteceu".[56] Alguns dias depois o diretor presidente da empresa, Ricardo Vescovi de Aragão, disse em entrevista exclusiva ao programa Fantástico que "Nós perdemos vidas, e isso é inadmissível. Nós não sabemos as causas, mas sabemos das consequências e temos que nos desculpar com as famílias, com as pessoas que perderam os lares, com os ribeirinhos, que tem o rio Doce como sustento... Nos desculpar com a população de Minas Gerais, com o povo do Espírito Santo e com os nossos funcionários."[57]
Nacionais[editar | editar código-fonte]
 Município de Mariana: A prefeitura iniciou imediatamente uma campanha de arrecadação de donativos para os desabrigados, frisando a necessidade urgente de doações de escovas de dente, toalhas de banho, copos, talheres, pratos descartáveis e especialmente água potável. Também foi aberta uma conta bancária para receber doações em dinheiro.[58] Também foram cancelados todos os eventos municipais desde o dia do acidente até o dia 16 de novembro. A nota da prefeitura afirmava que "neste momento, a Prefeitura de Mariana está focada no trabalhos de resgate e suporte aos atingidos".[59]
 Governo Federal: Por meio do Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, colocou as forças federais à disposição do Estado de Minas Gerais. O ministro entrou em contato com o governador de Minas, Fernando Pimentel, para colocar as forças federais à disposição. Jaques Wagner comunicou a presidente Dilma Rousseff sobre o acidente antes do embarque dela de volta de uma viagem a Alagoas para Brasília.[60][61]
 Igreja Católica: A Arquidiocese de Mariana se manifestou: "Manifestamos nossa mais sentida solidariedade às famílias que tiveram suas casas e seus bens destruídos e às que choram a morte de seus entes queridos, vítimas dessa catástrofe de proporções incalculáveis. O momento é de unir esforços para minimizar a aflição e o sofrimento de todos os que foram atingidos por essa tragédia. Exortamos nossas comunidades a prestarem sua solidariedade às vítimas. [...]. Rogamos a Deus fortalecer e consolar, com seu amor generoso, todos os que foram atingidos por esse acidente."[62] Além da Arquidiocese de Mariana, as Dioceses de Itabira e de Três Lagoas e o Regional Leste II da CNBB, que compreende os territórios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, também divulgaram notas de solidariedade aos afetados pela tragédia[63]
 Cruzeiro Esporte Clube: Na partida de futebol entre Cruzeiro e São Paulo de 8 de novembro, no Mineirão, houve arrecadação de feijão, óleo, macarrão e água mineral.[64]
 Município de Baixo Guandu: O prefeito, Neto Barros, referiu-se ao acontecido como "um crime ambiental sem precedentes" e ordenou o bloqueio da Estrada de Ferro Vitória a Minas como forma de protesto.[65][66]
Dois shows beneficentes intitulados Sou Minas Gerais foram realizados em Dezembro de 2015, contando com a participação de Criolo, Caetano Veloso, Jota Quest e outros artistas. R$493 mil foram arrecadados e doados ao Greenpeace, que usará as verbas para pesquisar os impactos causados pela tragédia.[67]
A comediante mineira Gorete Milagres passou janeiro de 2016 visitando cidades afetadas ao longo do rio Doce, e registrou sua jornada em um documentário, Rio Doce – 60 dias depois.[68]
As paulistas Helena Wolfenson, filhado fotógrafo Bob Wolfenson, e Aline Lata, acompanharam a devastação em Minas ao longo de dez dias em novembro, e registraram no documentário Rastro de Lama, financiado coletivamente.[69][70]
Internacional[editar | editar código-fonte]
 França: O país apresentou suas condolências. "Nós nos inteiramos com emoção do rompimento das barragens mineradoras no estado de Minas Gerais", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Romain Nadal.[71]
 Estados Unidos: A banda norte-americana Pearl Jam se apresentou em Belo Horizonte na semana seguinte ao rompimento da barragem. Durante o show no Mineirão, o vocalista Eddie Vedder pediu punição para os responsáveis, e prometeu doar o cachê da banda, de US$100 mil, para as comunidades impactadas. Em março de 2016, o Instituto Bioatlântica recebeu a quantia de US$33 mil.[67]
Fundação Renova[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Fundação Renova
Após a assinatura de um Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) entre a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, com os governos federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, foi criada a Fundação Renova, instituição responsável por conduzir os programas de reparação, restauração e recuperação socioeconômica e socioambiental nas áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Modena, Celina Maria; Léo (1 de setembro de 2016). «Desastre da Samarco: aproximações iniciais». Ciência e Cultura. 68 (3): 22–24. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300009
Freitas, Carlos Machado de; Mariano Andrade da (1 de setembro de 2016). «O desastre na barragem de mineração da Samarco: fratura exposta dos limites do Brasil na redução de risco de desastres». Ciência e Cultura. 68 (3): 25–30. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300010
Wanderley, Luiz Jardim; Maíra Sertã (1 de setembro de 2016). «Desastre da Samarco/Vale/BHP no Vale do Rio Doce: aspectos econômicos , políticos e socio ambientais». Ciência e Cultura. 68 (3): 30–35. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300011
Zhouri, Andréa; Norma (1 de setembro de 2016). «O desastre da Samarco e a política das afetações: classificações e ações que produzem o sofrimento social». Ciência e Cultura. 68 (3): 36–40. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300012
Valencio, Norma (1 de setembro de 2016). «Elementos constitutivos de um desastre catastrófico: os problemas científicos por detrás dos contextos críticos». Ciência e Cultura. 68 (3): 41–45. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300013
Porto, Marcelo Firpo (1 de setembro de 2016). «A tragédia da mineração e a experiência da caravana territorial da bacia do rio Doce: encontro de saberes e práticas para a transformação». Ciência e Cultura. 68 (3): 46–50. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300014
Freitas, Mário; Elisa (1 de setembro de 2016). «O desastre da Samarco/VALE/BHP: Análise crítica de alguns discursos, racionalidades e percepções». Ciência e Cultura. 68 (3): 51–56. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602016000300015

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