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MÓDULO E EMENTA DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

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SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
FACILITADOR: Josué Cassiano dos Santos
PR.JOSUE12@HOTMAIL.COM
	Curso: Pedagogia
Facilitador. Josué Cassiano dos Santos 
Ano: 2018
	 Disciplina: Sociologia da Educação	 
	EMENTA
Enfoques teóricos da Sociologia da Educação. A importância da Sociologia da Educação na formação do/a educador/a. O desenvolvimento da sociedade brasileira na perspectiva da sociologia da educação. Educação e estratificação social. Educação e cultura. Educação e tecnologia. Educação e as demais instituições sociais (família, religião, Estado e economia). Educação formal, informal e popular. A função social da escola e o papel do/a educador/a.
	OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Proporcionar ampla revisão conceitual e discussão sobre temas pertinentes à Sociologia da Educação.
	OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Possibilitar o desenvolvimento de uma visão geral da história da Filosofia;
Estimular o desenvolvimento de um pensamento crítico em perspectiva filosófica;
Possibilitar a compreensão de diferentes discursos sobre a realidade humana, estejam eles amparados em paradigmas teóricos ou no senso comum;
Valorizar a diversidade cultural através da compreensão e construção de uma visão crítica da indústria cultural.
	RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES
Esta disciplina relaciona-se, em diferentes sentidos, com todas as disciplinas ao longo do curso.
 
	HABILIDADES REQUERIDAS E COMPORTAMENTO ESPERADO
 A capacidade de refletir e avaliar criticamente a realidade à luz do pensamento filosófico. Para isso, é fundamental a participação do discente através do preparo prévio mediante a realização das leituras previstas e em sala através da interação com a turma.
	CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 1 Conceito; Educação e cidadania. Leitura: CANIVEZ, 1998, p. 15-31.
2 A Sociedade como realidade objetiva e subjetiva. Internalização da sociedade Educação e a disciplina. Leitura: CANIVEZ, 1998, p. 33-52.
 3: Educação e Habitos. Leitura: CANIVEZ, 1998, p. 53-75.
4: Educação e decisão: direito e direitos humanos. Leitura: CANIVEZ, 1998, p. 77-101.
5: Educação e decisão: política e cultura. Leitura: CANIVEZ, 1998, p. 103-133.
	6.ESTRATÉGIAS DE ENSINO
A exposição do conteúdo ocorrerá por meio de atividades que facilitem e estimulem a aprendizagem. Buscar-se-á interação constante com os alunos. Atividades propostas:
Análise e interpretação de textos e artigos; Aulas expositivas; Experiências vivenciais; Estudos de Casos; Estudos dirigidos; Vídeos.
	SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Provas sobre o conteúdo de aprendizagem; Seminários. Debates- discursos argumentativos e Trabalhos individuais e grupais.
	BIBLIOGRAFIA
Bibliografia básica
CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? 2. ed. Campinas: Papirus, 1998.
FRIGOTTO, Gaudêncio (org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes, 1998. 
CUNHA, Luiz Antônio. Educação, Estado e democracia no Brasil. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2001.
Bibliografia complementar
ASSOUN, Paul-Laurent. A escola de Frankfurt. São Paulo: Ática, 1991. 
BRUM, Argemiro J. O desenvolvimento econômico brasileiro. 21 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 1999. 
CASTELLS, Manoel. Fim de milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
COELHO NETO, José Teixeira. Moderno pós moderno. Modos & versões. 4 ed. São Paulo: Iluminuras, 1995. 
HARVEY, David. Condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 5 ed. São Paulo: Loyola, 1992. 
HOBSBAWN, Eric. O novo século. São Paulo: Cia das Letras, 2000. 
---------. O breve século XX. São Paulo: Cia das Letras, 1997. 
---------. Pessoas extraordinárias. Resistência, rebelião e jazz. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
KONDER, Leandro. A questão da ideologia. São Paulo: Cia das Letras, 2002. 
MARCONDES FILHO, Ciro. Quem manipula quem? Poder e massas na indústria da cultura e da comunicação no Brasil. 5 ed. Petrópolis, RJ; Vozes, 1992. 
RAMONET, Ignácio. Geopolítica do caos. Petrópolis, RJ: Vozes.
DISCIPLINA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO - CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas. 
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.
Augusto Comte
 A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.
CONCEITOS BÁSICOS 
FATO SOCIAL - São fatos exteriores e anteriores a existência do indivíduo e continuariam existindo mesmo que este não existisse ou deixasse de existir. São fatos que exercem coação ao indivíduo, ou seja, ao deixar de praticá-los o indivíduo sofreria pressão por parte da sociedade até que se enquadrasse nos padrões vigentes.
INTERAÇÃO SOCIAL - Uma ação coletiva entre dois ou mais indivíduos com objetivos em comum, que os faça conviver ou trabalhar juntos.
GRUPO SOCIAL - Conjuntos de indivíduos que interagem uns com osoutros durante certo período de tempo. Se dividem em :
Grupos primários - família, amigos, amigos de infância, de escola, ou seja, pessoas com quem o indivíduo interaja mais pessoalmente.
Grupos Secundários - Colegas em geral, vizinhos, professores, patrões, motoristas, secretárias, ou seja, pessoas que o indivíduo trata de maneira impessoal por não ter pouco ou nenhum contato íntimo, restrito.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL 
Processo que coloca as pessoas de uma sociedade em camadas (estratos) sociais diferentes, segundo suas condições econômicas, sob a forma de uma pirâmide: no alto, os mais ricos (minoria) ; na base, os mais pobres (maioria).  
CLASSE SOCIAL 
Cada um dos estratos (camadas) da pirâmide, que constituem a sociedade. Cada classe tem seus valores, crenças, ideais que as distinguem de outras 
classes.
COMUNIDADE E SOCIEDADE
COMUNIDADE –  Grupo local, bastante integrado, com predominância de grupos primários: pessoais, informais, sentimentais, tradicionais, que envolvem o indivíduo como um todo. A cultura de uma comunidade é geralmente tradicional e homogênea, passada de pai para filho e resistente a influências externas.
SOCIEDADE –  Conjunto de grupos de indivíduos e instituições cujos relacionamentos são impessoais, formais, utilitários, especializados e geralmente baseados em contratos escritos.
STATUS SOCIAL E PAPEL SOCIAL
STATUS SOCIAL - Posição que o individuo ocupa num grupo social ou na sociedade (filha, aluna, funcionária)
PAPEL SOCIAL – Conjunto de funções que cada indivíduo desempenha em consequência do status que ocupa – o PAPEL SOCIAL é o papel dinâmico do status. Se não desempenhado satisfatoriamente acarretará pressões, coerções. 
A construção social da realidade: A sociedade como realidade subjetiva A interiorização da realidade
A socialização primária: O ser humano vive em comunidade e o conhecimento/convivência desenvolve seu caráter e personalidade. Isso começa na infância e tem envolvimento biológico.
- A criança, que é inocente, para se ajustar a realidade, deve absorver as informações pela linguagem adequada.
- Cada sociedade tem parâmetros e as classes sociais também. Essa é a socialização, onde conceitos são interiorizados e estabelecidos na consciência/biografia ulterior.
A socialização secundária: é a interiorização de “submundos” institucionais ou baseados nas instituições, na divisão do trabalho e na distribuição social do conhecimento. Seus portadores são facilmente reconhecidos pela aquisição do conhecimento de funções específicas, direta ou indiretamente na divisão do trabalho.
Ela exige a aquisição de vocabulários específicos e interiorização dos campos semânticos específicos. Depende de aparelhos legitimadores acompanhados de instrumentos materiais, ritos, símbolos e linguagens. Os símbolos são interiorizados fazendo-o ser tornar-se parte disso ao compreender e assimilar a linguagem. Com isso, o ser humano se comunica com seus comuns em alusões ricas na comunidade, mas obtusas a quem não é do círculo. Sua sustentação e legitimação se dá por ritos, construções mitológicas, cerimônias e objetos físicos.
- Declínio da instituição família: CONSERVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE SUBJETIVA
Há diversos movimentos e procedimentos para conservar a realidade subjetiva apreendida na consciência individual contra metamorfoses e situações marginais. A rotina é algo que conserva a realidade.
EXEMPLO: TREM
É pela conservação da identidade que define-se a realidade objetiva e a manutenção da realidade subjetiva. Existem os “coros”. São as pessoas ao redor que definem sua identidade e relações que mantém sua realidade. Seja degradante ou não. Conforme o grau de proximidade, maior a influência na realidade.
O diálogo/conversa, são veículos pertinentes na conservação da realidade ao modificar e reconstruir a realidade subjetiva, além de conservar a coerência dum mundo julgado como verdadeiro. A perca da casualidade assinala a quebra de rotinas e ameaça a realidade conservada verdadeira.
A conversa modifica a realidade ao abandonar, acrescentar ou explicar, pela discussão, experiências vividas ou que estão no consciente. É a atualização necessária do ser-humano, que de frente com o emprego da língua, mantém a realidade.
A descontinuidade é uma ameaça às relações. Quem supri a falta dela são as correspondências ou conversas intensas e frequentes. Mas é a conversa face-a-face que intensifica as relações e a conservação da realidade subjetiva.
A dúvida pode ser uma desintegradora da realidade. Para isso há procedimentos contra colapsos. Rituais coletivos se institucionalizam nas catástrofes ou procedimentos conservadores da realidade são estabelecidos para enfrentar estrangeiros que possuem outra realidade. Se faz uma “higiene mental” ao se ter contato com outra realidade.
Devemos pensar que: Viver em sociedade acarreta processos contínuos de modificação da realidade subjetiva. Isso é ALTERNAÇÃO. Ela se dá pela re-socialização e assemelha-se a socialização primária. No entanto é diferente porque o ser deve desmantelar e desintegrar a estrutura subjetiva. Para isso é necessária a interação.
O maior protótipo da alternação é a conversão religiosa. Sendo importante, também, conservá-la, levar a sério e ser plausível. É a comunidade/meio que dá plausividade a nova realidade (A doutrinação política e a psicoterapia imitam a religião).
Concluí-se que as transformações são comuns na sociedade contemporânea devido a mobilidade social ou treinamento profissional. Ela é aceitável porque se insere na realidade, mas também cria problemas para conservar coerência entre os primeiros e os tardios elementos da realidade subjetiva. Cabe a re-socialização e a interpretação do passado para harmonizar a realidade presente.
A INTERIORIZAÇÃO E A ESTRUTURA SOCIAL: A socialização realiza-se sempre no contexto duma estrutura social específica. Para que haja sucesso, deve haver estabelecimento de um elevado grau de simetria entre a realidade objetiva e subjetiva. A socialização totalmente bem sucedida, antropologicamente é impossível. A mal sucedida é rara e limitada a casos de indivíduos em graves condições patológicas orgânicas.
O sucesso se dá pela simples divisão do trabalho e mínima distribuição de conhecimento. Com isso, as identidades são socialmente pré-definidas e delineadas.
Ao assumir o papel social, suas identidades são definidas (soldado/fidalgo), sendo que tais, são desconhecidas por todos, mas que se tonam definidas pela superfície na sociedade e na escala.
Há casos de socialização imperfeita, como o leproso. Ele não vive na sociedade em geral, mas sim no mundo dos leprosos. Isso imperfeição gera a perfeição mais adiante.
Outro caso da socialização imperfeita é quando o ser, na socialização primária, se separa com biografias distintas. É cito a criança, filha de aristocratas, educada por uma ama camponesa. Pode haver assimetria social escondida em biografia pública e privada. A discrepância é comum, mas a socialização imperfeita cria complexos e crises de identidade externada e materializada.
Discordâncias entre a socialização primária e secundária conduzem a socialização imperfeita. Ela é visível em realidades e identidades subjetivas opostas. O exemplo está no sujeito que não realizou sua identidade subjetiva escolhida, tornando-a fantasia. O fato gera tensões e inquietudes.
A manipulação é comum quando se veste, deliberadamente e de propósito, uma interiorização não afetiva duma nova realidade. Seu uso se dá por diversas finalidades. A consternação é comum em mundos discrepantes e com base no mercado. O papel, no qual pode desliga-se em sua consciência, desempenha, muitas vezes, fins de manobra.
O SER REPRESENTA O QUE NÃO É. SUPÕE SER AQUILO QUE É. ISSO NÃO É DE SE RECRIMINAR, MAS SE TORNA TÍPICO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL PLURALISTA CADA VEZ MAIS DINÂMICA.
Reflita: Por que as pessoas pensam e agem de forma tão diferente umas das outras?
TEORIAS SOBRE A IDENTIDADE: A identidade, formada por processos sociais, é elemento chave da realidadesubjetiva. Uma vez cristalizada, é mantida, modificada ou remodelada pelas relações e estruturas sociais.
A identidade se cria pela dialética entre teoria e realidade. São comuns problemas quando há conflito entre identidade subjetiva e atribuições sociais de identidade. Para reverter quadros patológicos negativos, existem os psicólogos e os psiquiatras. (Cito horário/data. Não sabe porque é louco ou veio do oriente ou casos de possessão demoníaca/neurose, explicadas empiricamente/experiência na vida social cotidiana).
ORGANISMO E SOCIEDADE: 
O organismo afeta cada fase da construção da realidade, sendo ele também afetado pelas atividades. “A animalidade do homem transforma-se em socialização, mas não é abolida”. A animalidade e socialidade coexistem. Assim a dialética entre natureza e sociedade renova-se em cada indivíduo. É a dialética entre o substrato biológico do indivíduo e sua identidade socialmente produzida.
Fatores biológicos limitam a gama de possibilidades sociais abertas a qualquer indivíduo. Por outro lado a sociedade impõe limites ao ser biológico. Exemplos como longevidade, sexo e nutrição são comuns e determinados pela sociedade.
A socialização causa frustração biológica, quando o esfomeado ou o sonolento não podem atender suas necessidades. Porém a existência social depende da resistência biológica do indivíduo como legitimação ou institucionalização.
Tendo conhecimento de que é um organismo, existe a constante e dialética luta entre o “eu-superior” e um “eu-inferior”. A equiparação é feita entre a identidade social e sua animalidade social. Isso faz o “eu-social” vencer o substrato biológico.
Influências da sociedade de controle na formação da subjetividade 
Vivemos em uma sociedade controlada de tal modo que sequer percebemos todas as formas de controle que estão impostas sobre nós. Há vários mecanismos que regulam, modulam e vigiam nossos atos e modos de pensar constantemente. Em função disso, pode-se afirmar que a sociedade em que vivemos é uma sociedade de controle, que tem como objetivo principal o lucro.
De acordo com Rosane Neves Silva, “nas sociedades de controle, por sua vez, tornam-se mais explícitos os objetivos de um poder individualizante através do desenvolvimento de técnicas de poder orientadas para os indivíduos e destinadas à governá-los de maneira contínua e permanente” (SILVA, 2005, p. 39). A partir desse conceito, entende-se que não é preciso estar em espaços fechados, como a escola, a fábrica, a prisão para que ocorra a disciplinarização do sujeito. Isso é o que ocorre na sociedade disciplinar, em que havia ainda uma distinção entre o dentro e o fora. Ou seja, apenas em espaços fechados o sujeito é vigiado e normatizado através de vetores espaciais e temporais que fazem dos sujeitos corpos dóceis. Na sociedade de controle essas instituições disciplinares continuam a existir, porém, agora não há mais a divisão entre o dentro e o fora, o poder nos é aplicado de forma contínua e incisiva.
Essas características da sociedade de controle são também retratadas pelo Big Brother através de telas. Assim também são vigiados os atos, pensamentos e palavras, até mesmo onde esses indivíduos imaginavam ter privacidade. 
Paralelamente, é o que ocorre em nossa sociedade atual, onde, como mencionado antes, somos regidos por leis e normas que operam no sentido alienação, produção e lucro. Percebemos, então, que “as formas de controle atingem o próprio modo de existência dos indivíduos, modelando seus desejos mais íntimos, tornando-os inofensivos e submissos às novas regras do capital” (SILVA, 2005, p.45,46).
Dessa forma, é impossível que essa organização da sociedade não influencie na subjetividade dos sujeitos, uma vez que, a “subjetividade define-se por um terreno interno que se opõe ao mundo externo, mas que só pode surgir deste” (CROCHIK, 1998). Assim, a subjetividade se forma a partir da internalização da cultura, que permite aos sujeitos criticar essa cultura formadora da subjetividade.
Entretanto, quando a cultura não pode ser criticada, surgem dualidades, ou contradições em virtude das ideologias. Por sua vez, a ideologia é um elemento discursivo que transforma a não verdade em realidade. Ao passo que o sujeito está imerso em uma sociedade que opera através de muitas ideologias, a realidade é distorcida de modo que gera o sofrimento na vida dos sujeitos, que são oprimidos por esse discurso ideológico da sociedade capitalista.
A maior ideologia da sociedade capitalista gira em torno do lucro, uma vez que, os sujeitos apenas serão reconhecidos pelo capital e pela produção de lucro. Entretanto, essa ideologia promove também a alienação do sujeito, que não percebe a fonte geradora de sofrimento no social. Desse modo, o sujeito acaba reproduzindo essa ideologia, exercendo o controle sobre os outros sujeitos.
Enfim, as formas de controle da sociedade capitalista intervém na formação da subjetividade dos sujeitos, uma vez que essa subjetividade é formada pela introjeção dos elementos sociais, que podem levar ao adoecimento psíquico em virtude das ideologias reproduzidas na sociedade capitalista. Surge, então, a importância do papel do psicólogo, no sentido de promover a conscientização crítica frente aos conflitos sociais. 
Bibliografia
MARTIN-BARO, Ignácio. O papel do Psicólogo. Estud. psicol. Natal, v. 2, n. 1, Junho 1997 .
CROCHIK, Leon. Os desafios atuais do estudo da subjetividade na psicologia. Revista Psicologia USP. 1998. Vol 9, n. 2.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Historia da Violência nas Prisões. Petrópolis: Vozes.
ROSE, Nikolas. Psicologia como uma ciência social. Psicologia e Sociedade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, Agosto. 2008.
SILVA, Rosane Neves. A invenção da Psicologia Social. Petrópolis: Vozes, 2005.

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