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' •• 1 il ' 1 , i i • . ,, • ·; li j 'I • 1 ' ' • CONCEITOS E METODOS Alisson M. Laurindo Alex V. Teixeira EDITORA intersaberes ... ·, , I • ' , . / . r .• I . , j ' ' ' ,.,,.,,.,. . ......_ ' ' .. , . ~ • . ' .. . , .,_,,... ' ~ ,~, ~VP. EDI T ORA ~ó~ intersaberes ~~ .. . ( /. 1/Í' ' ,1 .. ,1, ' ., .,,~ , - O selo DIALÔGICA da Editora InterSaberes faz referên- cia às publicações que privilegiarn urna linguagern na qual o autor dialoga co1n o leitor por meio de recursos textuais e visuais, o que torna o conteúdo muito mais dinâ,nico. São livros que cria,n urn a,nbiente de interação co1n o leitor - seu universo cultural, social e de elaboração de conhecin1en- tos - , possibilitando um real processo de interlocução para que a cornunicação se efetive. / ,, I' / / ~ i, I \ I > ~/1 ~ • r , I . I I , . • • 1 A 1 f l -- ..... ... 1 • \ n ' ;, . • I .),,1 ~ '- • ;' a logística na administração pública: conceitos e métodos Alisson Marcelo Laurinda • Alex Teixeira EDITORA intersaberes consel/10 editorial • editora-chefe • Rua Clara Vcndramin, 58 • Mossungué CEP 81200,170 · Curitiba · PR · Brasil E'onc, (4l) 2l06-'ll70 ww,,: i.ntersabcres.com cdfrora@cdirorainrcr:saber<"s,com.br Dr. [vo José Borh (presidente) Dr~ Elena Godo)' Dr. Nelson Luís Dias Dr. Neri dos Sanros Dr. Ulf Gregor Baranow Lindsay Azambuja supervisora editorial • Ariadne N unes \,Venger analista editorial • Ariel Martin s capa • Mayra Yoshizawa fotogrnjias e projeto gráfico • Raphael Bernadelli diagramaçáo • Conduta Produções Editoriais Dado incernacionais de Cacalogaçiio na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do livro. SP, Brasil) + + + Laurindo, Alisson M. A logística na administração pública: conceitos e métodos (livro elctrõnic-0 ]/ A lisson M. L:iuri ndo, Alcx V. Teixeira. Curitiba: lnrerSaberes. 2014. (Série Gescão Pública). 2Mb: PDF Bibliogra6a . ISBN 978-85-443-0025-l 1. Administração pública 2. Arm:izenagem 3. Logíscic.a empresarial 4 . Transpones I. Teixeira, A lex V. II. Ticulo. Ili. Série. 14-04892 CDD-351.0075 + + + fndice para catálogo slsrcmático .1 . Logísticá: Administração p1íblica: Contro le. 351 .0075 1• edi.;io, 2014. Foi feito o depôsiro legal. lnform2mn$ que é de-i1He-ir2 rcspons:lbilid:tdc dos :iucorcs a cm is.são d(-concciro:s. Nenhuma parte dcsra p-ublic:•çio podaá :s.cr reproduzida por qualqu<r mc.io ou for-ma :stm a prévia aucori:r.aç.ão da Editora I nu:r$;ilicre$. A violação dos direitos autorais é crime esube.lec-ido na Lei 1\ . 9.610/199$ e punido pelo ~rr. 18+ do Código Pen:il. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s • • • Jl • t " t • i I • l } • ã l 5 l ! ' i i ~ í , • _umarto Prefácio, x Apresentação, xiv Co1no aproveitar ao máximo este livro, xviii capítulo um Logística: fundamentos e conceitos, 24 1.1 Contextualização e fundamentos, 26 1.2 A visão sistên1ica, 28 1.3 Sistemas administrativos, 30 1.4 Sistemas de suprimentos, 33 capítulo dois Logística de entrada, 42 2.1 Adn1inistração do patrimônio: conceito de bens patrimoniais, 44 2.2 Evolução da adn1inistração de recursos materiais e patrimoniais, 45 2.3 O patrin1ônio na Adn1inistração Pública, 54 2.4 Bens patrimoniais, 55 2.5 A gestão do patrimônio na Adn1inistração Pública, 58 capítulo três Cadeia de suprimentos, 66 3.1 As dimensões da cadeia de suprimentos, 68 3.2 Configuração da cadeia de suprimentos, 69 3.3 A gestão da distribuição logística, 72 capítulo quatro Logística pública de apoio, 80 4.1 Sistemas de suprimentos na estrutura das organizações - administração de compras, 82 4.2 As funções de compra e operação do sistema de compras, 83 4.3 As novas formas de con1prar, 86 4.4 As novas formas de comprar na Administração Pública, 88 4.5 A licitação como método de compra na Administração Pública: a Lei n. 8.666/1993, 88 capítulo cinco Função logística na organização pública, 96 5.1 Administração de estoques e do aln1oxarifado, 98 5.2 Sisten,as de controle de estoques, 117 5.3 Custos dos estoques, 121 capítulo seis Logística, tecnologias e ferramentas, 134 6.1 Gerenciamento de fluxos de infor1nação, 136 6.2 Métodos e ferramentas na logística, 139 Para concluir ... , 162 Referências, 166 Respostas, 171 Sobre os aurores, 173 l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s • • • Jl • t " t • i I • l } • ã l 5 l ! ' i i ~ í , • re acto No século XXI, írnpõe,se corno desafio da Administração Pública st1perar a críse do Estado gerencial e do paradign1a do neoliberalísrno, que apresentou os príncípaís sinais de esgotamento no crash de 2008*. • • • * O crash de 2008 foi uma crise finan- ceira que reve como pivô a pirâmide dos cítu los de hipoteca arnericana, o que levou o crédito ao colapso com um volume das perdas para as insriruiçôes fi nanceiras de cifras astronôrnicas. XII Enquanto os governos federal e estaduais gerencian1 os problen1as decorrentes da gestão pública, os governos municipais, a partir de 2013, inauguraram uma forma de administração em que o controle sob a ação local é exercido pela sociedade por n1eio das redes sociais, para além das instituições que já o realizam ordinariamente. Se, por um lado, o esvaziamento da política se percebe nas participações tradicionais, por outro, os movimentos espontâneos surgen1 como resposta ao descola- mento dos referidos governos das demandas genuinamente sociais e populares. Medidas como a prestação de serviços con1 base en1 un1a visão matriciada e intersetorial, a análise de demandas regionalizada e vol- tada para o desenvolvimento metropolitano, ben1 como o resgate da autoestin1a dos servidores públicos são estruturantes para os novos desafios do Poder Público, em especial o municipal, em meio aos sinais de esgotamento do paradigma democrático decorrente das manifesta- ções de julho de 2013, induzidas pelas redes sociais e expressadas no novo modelo de participação política em que o campo virtual ganl1a . protagonismo. A obra A logística na Administração Pública: conceitos e métodos dimen- siona conteúdos que servem à reflexão do novo papel do Estado, ente público que surge com a modernidade e ainda se apresenta necessário à indução da economia, para que proteja direitos sociais fundamentais. O convite à leitura de uma obra que reflete os processos e meca- nismos de gestão na Administração Pública pode contribuir para a construção de novas formas de organização, gestão e procedimentos que sirvam à efetividade da prestação de serviço público que visa ao atendimento do cidadão. Boa leitura! DR. PAULO RICARDO ÜPUSZKA Mestre e doutor pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), superintendente do Instituto Municipal de Administração Pública do Município de Curitiba, professor do Programa de Mestrado em Direito Empresarial e Cidadania do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba). l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s • • • Jl • t " t • i I • l } • ã l 5 l ! ' i i ~ í resenta ão Em tempos de grandes mudanças na especialização do mercado de trabalho, no qual os desafios são constantes e a velocidade dos temas atinge proporções imensas, o estudo direcionado à logística pública passa a ser um diferencialcompetitivo para o servidor público. XVI Nesta prin1eira edição da obra, é possível con1preender os funda- mentos e os conceitos da logística com uma visão ampliada, caracteri- zada por exemplos aplicáveis ao dia a dia do servidor público. O obje- tivo fundan1ental deste livro é atender o público interessado no tema, a fim de que possa administrar áreas, setores, secretarias e prefeituras, entre outras casas públicas, por meio de processos internos de gestão integrada que envolvan1 toda a cadeia de suprimentos. No início de cada capítulo será possível conhecer o conteúdo a ser estudado e, no final, visando fixar os conceitos abordados, são propostos exercícios que contribuen1 para a reflexão sobre o tema. Todo o livro foi pensado reconhecendo a importância de uma boa gestão da logística pública, ótica que norteia esse tema mediante con- ceitos e n1écodos. No prin1eiro capítulo, apresentamos un1a visão his- tórica da função logística, por meio da qual é possível entender o papel estratégico da logística como tema de escudo, passando pelos diferences sisten1as de gestão e entendendo con10 se forn1a a cadeia de suprin1entos. No segundo capítulo, focamos a logística de entrada, trabalhando o tema patrimônio e seus sistemas de controle. No terceiro capítulo, versan1os n1ais forten1ente sobre o ten1a cadeia de suprimentos, traçando suas dimensões. Já no quarto capítulo tratamos da logística pública de apoio, enfatizando a operação de compras e suas regras em relação à Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 (Brasil, 1993). Na sequência, no quinto capítulo, abordamos a função logística na organização pública, enfatizando a finalidade do almoxarifado e a in1portância de un1 60111 estoque. Por fim, no sexto e último capítulo, procuramos focar nos temas mais pertinentes da logística quanto a ferramentas e tecnologias, o que implica um apanhado sobre just in time (JIT), MRP II e Kanban. Devido à estruturação de cernas que norteiam esta obra, pensada com o objetivo de transformar conhecimento em estratégia de negócio, recon1endamos a leitura a todos aqueles que desejem se aprofundar no tema logística pública - sejam servidores, gestores ou colaboradores da iniciativa privada -, e busquem o conhecimento necessário para uma forn1ação acadêmica superior. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s • • • Jl • t " t • i I • l } • ã l 5 l ! ' i i ~ í Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer o seu aprendizado, facilitar a con1preensão dos conteúdos e tornar a leitura n1ais c.tinân1ica. São ferran1entas projetadas de acordo con1 a natureza dos ten1as que vamos examinar. Veja a seguir con10 esses recursos se encontram dis- tribuídos no decorrer desta obra. Logo na abertura do capítulo, você fica conhecendo os contcú- = dos que serâo nele abordados. Você ta1nbé111 é irifor,nado a respeito das conzpetências que irá desenvolver e dos conheci- 1nentos que irá adquirir co1n o estudo do capítulo. Conte,,dos do capítulo Conceitos e fu.nd:amcmos. A \'lsio siscCm1ca, Sistemas admi.nlsrr.uivos. Si.srem:, de suprim<:nt()$. Após o estudo deste capít1<l0, você será capaz de: 1. rt1,,.'Qrlhecer :l funç:fo hi$tóric1 d.'.l logi11 ic:a; 2. cmcndcr o p:ipd estrarCgi.:o da logi1>dc2; 3. reconhecer os diferentes sisrem.1s de gesrfo logisdc:i: 'I, Cnt<'ndcr como se formam as cadeias de suprimentos; s. <:l)mpri::ender l)S rn.tc:misnW$ (; a$ té<nic:is de gtsráo de suprilnenros. necc$sidade se dá .11 6.m de evitar .a~:6« de improbidade admin.istr.itiva em decorrênci:i de pr.¼ticas lt$i\l:a$ :io bein inoorpor:ido. T,ldo :aqude que, por :ação ou omiss¼o. pro\'.:>c2 lesio :ao p:ttrirnó• nio públko. ou 3jnda, de form.::i ilidr:.1. :ipropri:Mc ddc. csd sujeito 3 responder pelo crime de improbíd:ide adminism1tiv.1, previsto na Lei n. 8.429, de 2 de ju11ho die 1992, que acarreta pena de rcssarcimenro integral do da.no (Br.uil, 1992). Cabe ao S,CMOr logiMioo pUblico a obri~ g.1(:fo de sinali%-ilr aproprfa,;.io ilície:1 de p:a.trimõnio público, p.11~ que ::i:ssim p l"l$S1 OL-Otrer :a puniÇ2o por meio de: susf'ENSÃo dos dirciros poliric.» de e,in,o :1 oiro :anos; PERDA do bem aproprfado de form:1 iliár.1; PA<.iAMl;.N"l'ô de mulra; PROJ6JÇA• de conrr,u.Lr eom o Poder Públioo pdo prawde cinro :mos. Síntese A logíscica de entrada compr«nde ações pcrcinemc.s aos processos de entrada de produt<>S e materiais.. Na Adminisrr:tçáo Pública, temos o sistema de cone role patrimonial com $Uasa-;ôes de bens incorpor:a.<los, tennos de respo,u.:ibilidade c i1wencirt0$ de bens. que derermin::i: o .agJomcr;ido de bt:.ns-p.urimoniais .:i se,· admininr:ado com e.breu. por meio de mcdid.1s de prcscrv.1çio, esrcndendo ou nio 3 rc.spons:tbiHd:tde .1os demais agentes públicos, É neccss.ârio zdar pd<.) bem públi<o para que nO\'OS inw:Mimentos n::corn<:m à $0Cied.ade. Uiili.::ar b<:m o p.urimônio (:, porc:tnro, d<:vtr dt todo.$. pois ele pe:rreoce !I popullç:l(). Os ir1\<e11dri<>s pc-ri6di<:o.~ mantlm :atu.1liz:ados os responsivcis pd.:i conserv-.aç.lo dos bens, e\·it::indo. assim. 2 :1propri:1çio índevid.:i e os des\'ios ilkícos. Rl'.ssalcamos que o conrrole p-:urimonfal permite os acompanha~ me mos físico e financeiro de todos o.s lx-ns patrimoniais incorporados à Admjui.s.tr.tt;.áo Pública, lnde.pendentemente do port<:. Você dispõe, ao final do capítulo, de i11na síntese os principais conceitos ana- lisados. Ao final do livro, os autores disponibiliza1n as respostas às questões, a fin1 de que você possa verificar con10 está sua aprendizage,n. Nesta seção, a proposta é levá-lo a refletir criticil- ,--- , 1nente sobre alguns assuntos ~ e a trocar ideias e experiên - L I ti unu ronfwllo u1nc.«l".1lll c,utc r.1dt1,1 ,it ~•fllllt'IIX,)I e t,v,ú, :i, ... Ap&i o tm1do dtmc r.ipímlo, idcnriliqut e pl'l:cnch11 cotn V (wt\iad,;tro) ,.-.11, F (t',.tbo) a~ fl6nnll«.é$ fl kgl.lu- ,a,;,er(':'l du~, difcn-n.;:u. ) A l,;,gln1.:s h'J~ c,cr.lus;mimcncc J1> l'.$M.I !l\fflf (l <fo produr,'IJ. ) C:idt:la <li'. ,upn~n.C:0-$ «11t.1IStc cm \lt1W. lh1.a d( l~1n«i:• &ires .:orn .:., mdhort.S pt<>;O$. ) l.,og:f$rit:i p(),.lc ,cr d.u~illi:ad:i <011'fe> 1111'1 ,ubconjul\1<1 JJ ffiffly ,.Li.nu. ql)C> ~"·u1,ep e ror.nob o cfniro 011»."1 dt c:llo• ~"em de l'(n),, ,o:""'°' e 1nfumu<OX11 ootttW"Jll dndc o P""'" de<,r~""'" .ui o p<1m.:1 ikroni,un'ltl, )A <-,.1.dc!11 dt~ln1.-1M.•S englobo codru ru p nxcdlt11í:l110t nc.:c.u:ir io,,i; p;iu o dtM:nvtmmcnro d.e l1m.1 :iÇ.11(1 !,1~riu.. 2. Ap& u ,.:i lticur-.1 s.ibtt 011 f.uou~dc impacro, n.1 vi.do W.1tmk4, d;i ic.nio piibhc:i. ,1nl1( e pn:cnd,.- c,:,m V (vt'.rd.rddro) ou F (falM.1) :Ufl6nn.1{óe'fl ~ 111, ) F..1toitt$ t.-c,1NÕg_,ro.,- o <.WM'n\!Olv1.m-cntO 1«~ r:/ou a di~ot1MidMf.t de :k".C'SM>:'i, ion,•J{OO. ) F..1t0rt3 $<1.;-io,:ulnir.U, - o nf"'ff 1;d11,:adoo:il e cu.lu.11:al d..i ~,ricd:iik. tdletfodo n.1 eiig,!n.:i.1 de i1 m nuior g:rnu J c qu;1]1dade e ,ofuuc:a~ ~ bau e Kr-·iÇU!I wloc~J oe> ll'ltn:·.ado. ) Fa.t,:,1C'$ .:oolêgioo, - a p,w,:upo\·.ào coo,. a p,r.,.-r,~ dó meia .unbiemc por p.Htt ®"' ,'.rg.fos 06.:Ui~ e a nc-.:cs,i, dW d.t 00(:llvol.vn Pf\"<OSN de scrvi,;o.s. c.:olog1.:amemc n~Spól.'I..S•'«t, ) Falorc$ d iu,áa:-.,.>5 - o dmw. nii1>nal pode alt.:r.ar il 1.1-01:,0 00Ht.tvi.;'>$ J)\Íl;,lioX)I<. Qm:slãCl pnra rqlcxáCl T0<fo ropi> ,1e ~1:pt,,1pri:i(J,c) di: 1tt1a l ai:...,11\p.rnhada (W AGU! F'u1Wn)Cll«: Mi.l tt&do :11•.di.u1do $itu:icõ~ q~ cn•\ll• vamos ~\UJ'1m611jo$ ~dtral, .:.adlW,: mun.it•~~• Sis1cm11s Je , ontrofr do p,:itrimô-nfo A ;idminiM~.iod.: bc1u ~nitn011i:m1 pitbli,:~ K car;mniu. por $Cr ,ww <>p('l'~;\O «or1tpk1Ct. A ~ 1b'id:i de rn(ímero, i1ct1$. u.is oomo.a -r;iri.açlo de 1·.1lorcs, a ni.wimcnr.i,;lo 00$ bi:n..s de um lou.l p,1n Olltro e ;rr( o t'ntf«Mimo d( b.:o, a111"1: <i, ~'" publicl». pod( $(TU r.irii"l'IJ <Jt•e di00,11.1..,, ~ conrMle. Ci.:l;i õ!po pt!blioo ( livn- pua opur por um .simm;i de e<1n1rok do p;11nlrl00\l.'I, poo aumlmmt< nOO hJ. um:i n«ma1~;i1> ~ tt , 11.11Ji• 'l'le e~ ,uivid:11!.e. Tti~ ~ f tctl 'W dt\'<:l'I\, obns,uarU Mfflf t., pttmidr (11. ronrniks fuiw e 6n111~dro de cados os bw, p,urirnaniai.sd"'-' 6rgloi J":\l:JI~ 11,-kptud.:mwJ«U,.:Jo pôci(, IWi.:11menu, as .silôlcmu &ronn\'llt pairimnni:il p-«Wn, tad.a.s, u-;ir o.s 11u1n1au, o, funie«dorn e w n:q11i,1t:1ntcs, ge:rtt o ugi= de b\·1)t i1)CO.p,.l1 a.los, a k><a~.10,; J liXaliU(:\l> ~ brM. 06 va1~4 dck'- ~ rCó$p.,iuh'C'~ por tlcs e o hi.suin((I do PJ« imõn.in. :ilim de 1.1mbem gerc'.rm.it termos de ua,ufettnda e de corn:,por1J.1bilidid,:, gu.iu de ,t,1w:ua e hwtt1r:\M0,.1f11,ui3. 8ms i11rorl'"'ªJc,s A 11i<Otpora1;i0 d.: bt1,s ,w p!ltnmõtu,.-o púbh,ro i r11«ndl.U romo o ri:gu11\l de bciu n~wis au in'IO\'Cis li'> p.iuimlonK') 00 6rg.fo. füm R•mtnu sM'lconcn:11::.id..» }l')ntno1cnc,~tC' ao rr«blmc-11to füiooddo r:/ou l <il\St1v:<1(J.(l e ,·,1.Hd1t,:;io da:J.oc1un,mu1(J.o OOr«6P(ln,-Je11,.:, Pagm,ta & resposta A> \'l<kW de suvt1mmtOO; 11«0:.!-'41CJ.m 4: 11oom1-"l:ln.h,Un,cn1() pcmuntl\fC' p.iu qlk' $tU.S pt1,,ca.so,; u.uuo:1n·1n1 .:0,110 pl.int jado. COC1tO no sC'm,..-,;, publico oJo C' ,-h~ro:r11t. qual d,~ Kr o (oco do- k1'v1doc- p11ro qu( o,s ttf~rklo" pto,cí:$SIO'- trJ ,!&0)1t1tn pt1Ít.iummct nr:ut rontC'u,,? A fottJ{iJ,1JC" fli,snpal Jt 91111l9wr ifs:t11t,T Wgúr.lf.i I" io11rJfi1t,lP de tP11Wn11Jw, C'.., c1p•uto1(C'(', rilh¾:,o J,nwn mif1t<1r ,11.,, ,1tfr/J.:Je .i.tlff1,oit1~1111;1 Jr flll•1111 mrl)lr.Ja JeiJ,• il fwntrtdM ,lf( 6 ,c11 11,-u» fottJI, N1,16du 11i.Íll M"hl "t11grmo1l"" ,.,~., rrrfa11,t "''" li J.lltll.,,. rnm, J\111•1 <»<ofrN 1nifil""" essa seçâo, o autor res- ponde a dúvidas frequentes relacionadas aos conteúdos do capítulo. , . un amentos e • conceitos Conteúdos do capítulo • Conceitos e fundamentos. • A visão sistên1ica. • Sisten1as ad1ninistrativos. • Sistema de suprimentos. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. reconhecer a função histórica da logística; 2. entender o papel estratégico da logística; 3. reconhecer os diferentes sistemas de gestão logística; 4. entender con10 se forn1am as cadeias de suprimentos; 5. compreender os mecanismos e as técnicas de gestão de suprimentos. 26 1.1 Contextualização e fundamentos Procedimentos estruturados com finalidade logística não consti- tuen1 un1a ideia nova. Historicamente, a hun1anidade sempre desen1- penhou ações e procedimentos estruturados, seja por meio do fluxo eficiente de materiais, seja por meio da informação. Ao longo do tempo, muitas guerras foram vencidas recorrendo- -se à utilização adequada do processo logístico, que, quando não se configurou adequadamente, provocou derrotas. O termo logística, do francês logistique, foi amplamente utilizado pelas forças arn1adas. O ambiente militar na arte da guerra sempre tratou como prioritárias as questões que envolviam: a. MATERIAIS: insun1os adn1inistrativos e operativos; b. MÃO DE OBRA: do recrutamento ao desligamento; ,., . . ,., ,., - ,., c. INSTALAÇOES: aqu1s1çao, construçao, manutençao e operaçao das instalações; d. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: contratos de terceiros. No an1biente público não é difere11te. A complexidade da teia de relação demanda dos participantes procedimentos ordenados, na medida em que se evidencia uma abordagem diferenciada nas orga- nizações, com o intuito de direcionar seus esforços para negócios que terceirizem eventuais atividades não características da organização ( en1 outras palavras, que não façam parte de seu DNA) para outras empresas. Como exemplo, podemos citar a indústria automotiva que, por meio de uma cadeia produtiva complexa, relaciona-se com diferen- tes en1presas prestadoras de serviços. A eficiência no setor público deve ser traduzida em n1elhorias no atendimento à população. Os modelos gerenciais, portanto, necessitam ser repensados para que se insira a temática da agregação de valor aos serviços ofertados aos cidadãos (Silva, 2008). O ente público, a exemplo da iniciativa privada, também se relaciona com outros setores e até mesmo terceiriza serviços, tais con10 segurança, n1anutenção e lin1peza, realizados por empresas pri- vadas devidamente contratadas, mas que, até pouco tempo atrás, eram executados por servidores. Todavia, os processos administrativos de terceirização de serviços são regulan1entados pela SECRETARIA DE LOGÍSTICA E T ECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (SLTI) DO MINISTÉRIO oo PLANEJAMENTO, ÜRÇAMENTO E GESTÃO (MPOG), e sua prática administrativa na organização pública deve obedecer à orientação jurí- dica, segundo a Instrução Normativa n. 2, de 30 de abril de 2008, que regulamenta os procedimentos para a contratação de serviços de toda natureza, continuados ou não (Brasil, 2008), a saber: Art. 6º Os serviços continuados que podem ser contratados por terceiros pela Administração são aqueles que apoiam a realização das atividades essenciais ao cumprimento da missão institucional do órgão ou entidade. No contexto da gestão pública, o processo logístico se mantém firme, assim como seus conceitos, dentre os quais podemos citar o proposto por Christopher (2009, p. 3): Logística é o processo de gerenciamento estratégico da com- pra, do transporte e da arn1azenagem de n1atérias-prin1as, partes de produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal n1odo que a lucratividade atual e futura seja maxitnizada mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado. Segundo Ballou (2003) e Monteiro (2011c), conceitualmente a logística apresenta aspectos bastante amplos e complexos e seus pro- cessos de planejamento e de controle dos fluxos mostram-se eficazes desde o ponto de origem/início até o seu destino/fim, sempre com o intuito de melhor atender. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 27 28 Ainda segundo Monteiro (2011c), para o ente público, a missão consiste em estabelecer o nível de atividades logísticas necessário para ATENDER AO PÚBLICO-ALVO ORGANIZACIONAL NO TEMPO CERTO, NO LOCAL CORRETO E NAS CONDIÇÕES DESEJADAS, DE FORMA EFICIENTE E COM O CORRETO USO DOS RECURSOS PÚBLICOS. Diante da globalização dos mercados, fortemente ligados à engenha- ria da inforn1ação e às suas novas tecnologias, os serviços públicos tan1- bém respondem e se moldam para acon1panhar o novo ambiente infor- macional, que, por sua vez, propicia uma organização mais sistêmica. r.2 A visão sistêmica A teoria geral dos sistemas preconiza "que uma organização deve ser tratada como um sistema onde as partes( ... ] devem interagir como um todo organizado" (Monteiro, 2010). Assin1 sendo, a logística aplicada nas atividades administrativas da gestão pública implica a compreensão das inter-relações, como nos orienta Monteiro (2010): • Sistema é conjunto de partes coordenadas para realizar u1n conjunto de finalidades; • [ ... ] Sistema Coon.{enado é um conjunto de muitas partes que atuan1 de forma coordenada e integrada para atender a várias finalidades; • [ ... ] Sistema Total estabelece que os problemas logísticos devan1 ser tratados em ter1nos ben1 abrangentes, levando em consideração todo o an1biente no qual a organização está inserida. Ainda segundo Monteiro (2010), a organização pública está inse- rida no ambiente em que se originan1 os recursos utilizados para o desenvolvin1entoda sua atividade de prestação de serviços, o n1esmo para o qual se destinam os resultados do trabalho desenvolvido. Nesse contexto, os aspectos e fatores a seren1 analisados devem tambén1 con- siderar outros elementos de Ílnpacto, entre eles: • LEGAIS: A atuação do Estado, sancionando e estabelecendo leis, decretos e normas que definem prioridades e regulam o fun- cionan1ento dos agentes econômicos que atuam no ambiente empresarial. • EcoNÔMicos: A situação da economia e do sistema financeiro da área e a influência dos órgãos governamentais, além da parti- cipação do Estado na gestão de en1presas que operan1 em setores considerados estratégicos. • TECNOLÓGICOS: O desenvolvimento tecnológico e/ou a dispo- nibilidade de acesso às inovações. • Soc1ocuLTURAIS: Os níveis educacional e cultural da sociedade, que influenciam tanto a obtenção da mão de obra qualificada, técnica e de nível superior quanto o comportamento do co11- sumidor, o que gera reflexos na exigência de um maior grau de qualidade e sofisticação de bens e serviços colocados no mercado. • ECOLÓGICOS: A preocupação com a preservação do meio ambiente por parte dos órgãos oficiais e a necessidade de desen- volver processos de serviços ecologicamente responsáveis, em aliança com as políticas públicas. A visão sistêmica na Administração Pública brasileira está inse- rida em norn1ativas, faciltnente encontradas na Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, em seu art. 1°: "Serão organizadas sob a forma de sistemas as atividades de planejamento e de orçame11to federal, de adn1inistração financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal" (Brasil, 2001a). Em um contexto de oferta de serviços e seus respectivos proces- sos, a gestão pública, por n1eio de sua rede e ramificação em diferen- tes áreas, estrutura-se de maneira diferenciada, pois se enco11tra inti- mamente ligada às normativas regimentais que atendem a diferentes especificidades, tornando o processo complexo. Isso colabora para o 29 l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 30 desenvolvimento de un1a logística de grande robustez, que, por sua vez, demanda sistemas administrativos de mesma ordem de complexidade. 1.3 Sistemas administrativos Adn1inistrar grandes organizações exige do gestor responsabilidade e atenção extren1as em relação a todos os fatores que regem o desen- volvimento estratégico do negócio. A gestão pública também requer o n1esn10 de seus servidores en1 relação aos seus sisten1as administrativos. Nesse contexto, o governo federal oferece uma estrutura, ou "arqui- teturá', que propõe um conjunto de regras, políticas e especificações técnicas regulan1entadoras da utilização da Tecnologia de Inforn1ação e Comunicação (TIC). Estabelece, assim, condições de interação com os demais poderes do Estado e também com a sociedade civil, o que permite um fluxo contínuo de inforn1ação. Os padrões de interoperabilidade de governo eletrônico (e-PING*) convergem para sistemas estruturadores de governo (Sieg). Tais sis- temas estão dispostos transversaln1ente na estrutura orgânica de governo e atendem às necessidades finalísticas de mais de um órgão, con1pondo uma ARQUITETURA REFERENCIAL DE INTEGRAÇÃO, con- forn1e a Figura 1.1. Os usuários dos órgãos públicos acessam, via interface web, o sis- tema pertinente para gerar/inserir informações, orquestradas com diferentes bancos de dados que preenchem os registros nessas apli- cações. Gera-se, assim, uma integração única. Por fim, como saída, é realizado o processo de inteligência das informações, analisando-se o que for pertinente para a ton1ada de decisão. • • • * A e-PING escabelece um conjunto de políticas, pre,nis- sa.s e especificações técnicas que servem para orientação e padronização em TIC nos sistemas informatizados de Governo (Brasil, 20146). Figura 1.1 - Arquitetura referencial de integração fmcligênrnr Sii1cm11 A Gt,,;nriJI - ----------------! Si1,1c,ri11A t Ôtg:ioM1>47000 00S ).L..,• lnf,>un-.t<;J-0 «n .. prulJ Ôrg.loMl'20llJ Eur.u Gr-.av-,1 Dupuirubili:.,. Dw:.di6u G «H.lf SJGPLAN SlAPE SIASG • SJAFI ,__ _____ 'SIAJ>E i}C.,ov 1 c.,.,.,b,J-,, ~ ------.. ln1ciuc.io Enuro F1mt<: AJal'tado dt Dcp.:irtomt1110 dt l11ttgrariio dt Suu,mu, dti;1do por BrMil, 2013". :,icn1çQ Tilul..t, de ÓTg_ào Cug-:,1< J'f\'\'lmc1uO Dopc:1.1 com ;;umpru Tr.amferfoci.u Ck$f'($ll t<1rn pe:sso.d Gctt11cul $iglln Úrg.to, pro.gun,.u, :l(QH, endk.1..1<,,t$ Dentre os sistemas administrativos federais, destacam-se: • Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg); • Sistema Integrado de Adn1inistração Financeira (Siafi); • Sisten1a Integrado de Administração Patrin1onial (Siapa); • Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape); • Sistema Integrado de Dados Orçamentários (Sidor); • Sisten1a de Informações das Estatais (Siest); • Sistema de Informações Gerenciais de Planejamento ( Sigplan); • Sistema de Informações Organizacionais (Siorg); • Sisten1a de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 31 32 Cada sisten1a integrado incorpora especificidades e estrutura dife- renciada para melhor atender às necessidades administrativas do serviço público, entre eles o Siasg. O are. 1 ° do Decreto n. 1.094, de 23 de março de 1994, organiza as atividades de administração de edifícios públicos e imóveis residenciais, material, transporte, comunicações administra- tivas e documentação, sob a forma de sistema, com a designação de sisten1a de serviços gerais (Sisg); e em seu are. 7°, institui o Siasg, des- tinado à informatização e à operacionalização do Sisg (Brasil, 1994). O Siasg é regulado pela Instrução Normativa n. 2/11 (SLTI/MPOG), sendo constituído pelos seguintes n1ódulos e subsistemas: • Catálogo de materiais; • Catálogo de compras; • Subsistema de Divulgação de Compras (Sidec); • Subsistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf); • Subsisten1a de Preços Praticados (Sispp ); • Subsistema de Minuta de Empenho (Sisme), entre outros. A estruturação e a arquitetura dos sisten1as apresentados nos reme- tem ao entendimento de que, quanto maiores as organizações, mais complexa será a natureza dos problemas advindos do volume de dados e inforn1ações utilizados por seus atores no desenvolvin1ento de suas atividades (Greef; Freitas; Barreto, 2012). Para saber mais Cada sistema integrado possui características próprias. Para conhecer melhor cada um deles e ter acesso às últimas inovações, consulte: BRASIL. Contro ladoria-Geral da União. Transparência pública : origem dos dados. Disponível em: <http://www3. tra nspa renc ia. gov. br / Tr a nspa renc ia Pu bl ica/origem/i ndex. htm l>. Acesso em: 20 dez. 2013. 1.4 Sistemas de suprimentos Segundo Buller (2012, p. 54), Existe uma confusão conceituai entre cadeia de suprimentos e logística que, por vezes, dificulta o correto entendin1ento das dimensões e atividades de uma cadeia de suprimentos, como também as responsabilidades dos departamentos e das organizações nos processos relacionados ao tema. O n1elhor entendimento acerca do quão importante é uma cadeia de suprin1entos ( ou abastecimento) se dá por n1eio da geração de van- tagens competitivas para as organizações que desenvolvem um papel estratégico. A administração da cadeia de abastecimento exige a com- preensão dos i1npactos causados nas organizações, em seus processos e na sociedade (Bertaglia, 2009). O termo suprimento( ou abastecimento) pode ser definido con10 o provimento de insun1os necessários à transformação, à distribuição e ao transporte do produto organizacional, sejam bens ou serviços. Trata da relação existente entre o fornecedor e a organização (comprador) nas atividades necessárias ao processo de transformação (conversão/produ- ção) da corporação, de forma a resultar no menor custo para a empresa, por meio de um alinhamento da cadeia, conforme mostra a Figura 1.2. Figura 1.2 - Alinhamento da cadeia de suprimentos Mercado-alvo Fonu: Bulltr, 2012, p. 53. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 33 34 Na Figura 1.2 é possível compreender o trabalho integrado de n1ão dupla (fluxo de matérias em sentido horário e logística reversa em sen- tido anti-horário) para a satisfação do cliente - ou seja, o seu mercado- -alvo. Na n1edida en1 que os processos necessários para se obterem materiais vão se concretizando ( o fornecedor repassa para a fábrica que fornece para o distribuidor etc.), novos potenciais de integração aparecen1 para agregar valor à cadeia produtiva de forn1a a objetivar o melhor atendimento ao mercado-alvo - pela redução dos custos ou até pela agregação de maior valor aos bens produzidos. O conceito de logística, por sua vez, tan1bém tem sido confundido com o de supply chain management, ou gerenciamento da cadeia de supri- mentos, levando o Council of Logistics Management a se manifestar e esclarecer que os termos não são sinônin1os, con10 nos orienta Pires (2004, p. 61): Cabe modificar o conceito de Logística para indicar que se trata de um subconjunto da Supply Chain. Logística é a parte dos processos da Supply Chain que planeja e controla o efetivo fluxo de esrocagem de bens, serviços e informações correlatas desde o ponto de origen1 até o ponto de consumo, con1 o objetivo de atender as necessidades dos clientes. Como já observan1os, o alinhamento da cadeia de suprin1entos, ou melhor dizendo, o supply chain management compreende uma sequência de três ou mais macroprocessos articulados sistemicamente para acen- der o consumidor final. Esse atendimento pode ser caracterizado pela presença do produto ou da prestação de serviço, abrangendo o conceito de interconexão e a dependência desde a concepção ( origem) do bem ou serviço até o consun10/utilização pelo n1ercado. Nas palavras de Monteiro (2011c), as atividades logísticas agregam valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação ao consumidor final, procurando eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente. Tudo que acarrete custos e perda de tempo. No caso do setor público, as atividades de suprin1enro são reguladas por normas específicas e realizadas pelo sistema de compras e contrata- ção, sendo supervisionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Este orienta os gestores por n1eio da elaboração regular de uma cartilha em que constam as diretrizes para os gestores públicos. A publicação do TCU diz que a Lei n. 8.666 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos), de 21 de junho de 1993 (Brasil, 1993), com alterações posteriores, e a Lei n. 10.520 (Lei do Pregão), de 17 de julho de 2002 (Brasil, 20026), constituem a legislação básica sobre licitações e contratos para a Adn1inistração Pública. Ou seja, regulam todo o processo de obtenção de suprimento no setor público. Para saber mais Para conhecer mais sobre as prem issas exigidas pelo TCU com aderência aos sistemas de suprimentos, consu lte: BRASIL. Tribunal de Contas da Un ião. Licitações & Contratos: orientações e jurisprudência do TCU. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília: TCU, 2010. Dispon ível em : < http:// por tal2 .teu .gov. br/porta 1/pls/porta l/docs/2057620. PD F>. Acesso em: 5 maio 2014 . Síntese Neste capítulo, você pôde aprofundar seu entendin1ento sobre os conceitos logísticos e os sistemas que compõem esse complexo geren- ciamento. Nesse contexto, identificamos os diferentes mecanismos disponibilizados pela Administração Pública, con1 o intuito de tornar a gestão dos procedimentos mais ágil e transparente, em especial o sistema de suprin1entos, com a diferenciação conceituai entre logística e supply chain management. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 35 Questões para revisão 1. Há uma confusão conceituai entre cadeia de suprimentos e logís- tica. Após o estudo deste capítulo, identifique e preencha com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir acerca dessas diferenças. ( ) A logística trata exclusivan1ente do escoamento de produtos. ( ) Cadeia de suprimentos consiste em uma lista de fornece- dores com os melhores preços. ( ) Logística pode ser classificada como um subconjunto da supply chain, que planeja e controla o efetivo fluxo de esto- cagem de bens, serviços e informações correlatas desde o ponto de origem até o ponto de consumo. ( ) A cadeia de suprimentos engloba todos os procedimentos necessários para o desenvolvin1ento de uma ação logística. 2. Após sua leitura sobre os fatores de impacto, na visão sistêmica, da gestão pública, avalie e preencha com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir: ( ) Fatores tecnológicos - o desenvolvimento tecnológico e/ ou a disponibilidade de acesso às inovações. ( ) Fatores socioculturais - o nível educacional e cultural da sociedade, refletindo na exigência de um maior grau de qualidade e sofisticação de bens e serviços colocados no n1ercado. ( ) Fatores ecológicos - a preocupação com a preservação do meio ambiente por parte dos órgãos oficiais e a necessi- dade de desenvolver processos de serviços, ecologicamente ' . responsave1s. ( ) Fatores climáticos - o clin1a regional pode alterar a gestão dos serviços públicos. 3. Sobre o ten1a arquitetura referencial de integração no sisten1a públi- co, avalie e preencl1a com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirma- - . çoes a seguir: ( )Trata-se de medidas que propõem um conjunto de regras e especificações técnicas da Tecnologia de Informação e Con1unicação (TIC) para o gerenciamento, exclusivan1ente, dos municípios brasileiros. ( )Trata-se de uma estrutura ou "arquitetura" que propõe um conjunto de regras, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). Estabelece condições de interação co1n os den1ais poderes do Estado e tambén1 con1 a socie- dade civil, permitindo um fluxo contínuo de informação. Tais sistemas estão dispostos transversalmente na estrutura orgânica de governo, que atenden1 às necessidades finalís- ticas de mais de um órgão, compondo uma arquitetura referencial de integração. ( )Trata-se de uma "arquitetura" que propõe t1m conjunto de regras e políticas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Infor1nação e Comunicação (TIC). Estabelece condições de interação com os den1ais poderes do Estado e tan1bém com a sociedade civil. ( )Trata-se de uma estrutura ou "arquiteturá' que propõe um conjunto de regras, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da logística. Estabelece con- dições de interação com os den1ais poderes do Estado e também com a sociedade civil. 4. Cada siste1na integrado possui especificidades e estrutura di- ferenciada para melhor atender às necessidades administrati- vas do serviço público. Identifique e assinale a seguir a opção correta sobre os sistemas federais escudados: l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 37 a. Sisten1a Integradode Adn1inistração de Serviços Gerais (Siasg). b. Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) . c. Apenas a opção (a) está correta. d. Apenas a opção (b) está correta. e. As opções (a) e (b) estão corretas. 5. Com relação as sistemas integrados, faça a relação entre os sis- temas e as siglas: a. Siorg ( ) Sistema Integrado de Administração de Pessoal b. Siasg ( ) Sistema Integrado de Dados Orçamentários c. Siape d. Sidor ( ( ) Sisten1a de Informações Organizacionais ) Sistema Integrado de Adn1inistração de Serviços Gerais Pergunta & resposta O eixo principal da arquitetura dos sistemas eletrônicos é a in- formação. Nesse contexto, qual é a relevância da qttalificação dos dados utilizados para o melhor desempenho dos sistemas integrados de gestão? A qualificação de um dado e/ ou sua contextualização gera uma infor- mação. A arquitetura dos sistemas integrados também utiliza bases de dados; todavia, estes são dotados de relevância e propósito, tornando-se informação estratégica. Todo o sistema logístico apresentado está pauta- do na informação e exige consenso em relação ao significado, bem como, necessariamente, a mediação humana, gerando, dessa forma, vantagem , . ao usuar10. Para saber mais As contribuições apresentadas são importantes para os futu- ros gestores de logística pública que buscam uma visão sis- têmica do assunto. Conheça todos os sistemas do governo federal acessando o link: BRASIL. Ministério da Fazenda. SERPRO - Serviço Federa l de Processamento de Dados. Administração Federal. Disponível em: <https://www.serpro.gov.br/conteudo solucoes/produtos/administracao-federal>. Acesso em: 28 abr. 2014. Vale a pena conhecer também o porta l de compras do governo federal. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Comprasnet. Disponível em: <http://www.comprasnet. gov>. Acesso em : 28 abr. 2014. O livro a segui r permitirá ao leitor aprofundar-se nos assun- tos neste capítulo abordados: CHOPRA, S.; MEINDL, P. Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation. 5. ed. Michigan: Prentice Hall, 2012. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 39 Conteúdos do capítulo • Adn1inistração do patrimônio. • Sistema de controle patrin1onial. • Bens. • O patrimônio na Administração Pública. • A gestão do patrin1ônio na Adn1inistração Pública. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: l. entender o que é patrimônio e apreender seus conceitos básicos; 2. identificar meios de controle patrin1onial; 3. criar um termo de responsabilidade patrimonial; 4. conhecer como se comporta o patrimônio na gestão pública. 44 2 .1 Administração do patrimônio: conceito de bens patrimoniais Para un1a organização, cada bem de capital ( ou seja, un1 ativo) per- tence ao patrimônio. A atividade da gestão patrimonial se dá pelo pla- nejamento, pela execução e pelo controle, de forma eficiente e eficaz, de todo o fluxo de material (bens) que faz parte desse ciclo. Os recursos patrimoniais controlam desde be11s simples, como matéria-prima e material de consumo, até mão de obra e instalações. Assim, é necessário, com o passar do tempo, realizar o acompanha- me11to desses recursos, visando, desse n1odo, realizar a manutenção do capital empregado no patrimônio. Em relação a essas realizações da gestão patrimonial, podemos perceber, então, que os recursos patri- moniais envolvem complexo entendimento, pois podem ser adquiridos, vendidos e trocados. Reforçando o conceito de patrimônio em relação à questão contábil, ele se apresenta como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade com poder jurídico que movimenta recursos financeiros. Esse conceito patrimonial contábil pode ser mais bem compreen- dido quando consideramos sete assertivas, expostas a seguir: 1. O PATRIMÔNIO não é voltado à venda direta, ou seja, ele não objetiva o comércio, e sim a ii1corporação. 2. É utilizado na gestão dos processos essenciais da organização, . , . ou se3a, em seu negocio. 3. É L1m ben1 adquirido, na n1aioria das vezes, de forma esporádica. 4. É depreciável, ou seja, passa por um processo de obsolescência e desgaste físico e contábil. 5. Pode necessitar de n1anutenção preventiva. 6. É permanente quanto à sua natureza. 7. É utilizado e necessita de gestão para um controle eficiente. Passemos, agora, a uma visão mais abrangente da administração desses recursos. 2.2 Evolução da administração de recursos materiais e patrimoniais Franceschini e Gurgel (2002) apresentan1 u1n ciclo histórico evolu- tivo na relação entre a gestão dos bens patrimoniais e a administração de materiais. Esse ciclo se inicia com a atividade de aquisição realizada pelo proprietário da empresa/ organização - a compra era, portanto, o cerne do negócio. Logo após, houve a fase da atividade de compras ligada diretamente, como apoio, às atividades produtivas. Isso se deu pelo fato de a evolução industrial ter criado grandes organizações, havendo assim a necessidade de integração entre as áreas do negócio e da produção. O patrimônio, em um momento histórico mais recente, passou a participar das atividades ligadas à logística, servindo de suporte às áreas financeiras, contábeis, de marketing, de produção, entre outras. Nessa fase atual, a gestão dos recursos patrimoniais é vista como estratégica, sendo inserida nas ações voltadas à gestão financeira, à gestão de ativos e às estratégias para n1elhorar o fluxo de bens entre consumidores e produtores, rentabilizando as ações das organizações. Vale ressaltar que, em se tratando de patrimônio público da União, atualmente a Coordenação de Patrimônio Público da Advocacia Geral da União (AGU) é responsável por todo o acompanhamento de ações voltadas ao patrimônio imobiliário da União. Tendo em vista o que vitnos anteriormente, observando a relação entre conceito e prática, percebemos a evolução da gestão patrin1onial como um ativo estratégico. Um exemplo relevante são as desapropriações de terra que ocor- rem pelo Brasil. É de responsabilidade também da AGU as situações de usucapião, uso de ben1 público, ações dominiais e de locação. Os advogados da União oficiantes da Coordenação de Patrimônio Público devem fazer parte não só do grupo de execuções fiscais e execuções pron1ovidas pela União, con10 tambén1 das ações envolvendo títulos da dívida pública e aquelas relacionadas à responsabilidade civil do Estado. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 45 • • • Questão para reflexão Todo tipo de desapropriação de terra é acon1panhada pela AGU? Fundamente sua reflexão avaliando situações que envol- van1 os patrimônios federal, estadual e municipal. • • • Sistemas de controle do patrimônio A administração de bens patrimoniais públicos se caracteriza por ser uma operação complexa. A existência de inúmeros itens, tais como a variação de valores, a n1ovimentação dos bens de um local para outro e até o empréstimo de bens entre os órgãos públicos, pode gerar variáveis que dificultam o controle. Cada órgão público é livre para optar por un1 sistema de controle do patrimônio, pois atualmente não há uma normatização que unifi- que essa atividade. Tais sistemas devem, obrigatoriamente, permitir os controles físico e financeiro de todos os bens patrimoniais dos órgãos públicos, indepe11dentemente do porte. Basicamente, os sistemas de controle patrimonial precisam cadas- trar os n1ateriais, os fornecedores e os requisitantes, gerir o registro de bens incorporados, a lotação e a localização dessesbens, os valores deles, os responsáveis por eles e o histórico do patrimônio, além de também gerenciar tern1os de transferência e de corresponsabilidade, guias de . , . . remessa e 1nventar1os anuais. Bens incorporados A incorporação de bens no patrimônio público é entendida como o registro de bens móveis ou in1óveis ao patrimônio do órgão. Estes somente são concretizados posteriormente ao recebimento físico deles e/ ot1 à observação e validação da docun1entação correspondente. Para o controle de bens incorporados, utiliza-se uma ficha de cadas- tro do ben1 patrimonial, na qual são registradas informações relativas a cada bem. Nessas informações são detalhados basicamente a natureza, o número do registro patrimonial, o valor da aquisição, com quem ficará o bem, qual a sua localização, entre outras. Na Figura 2.1, você pode observar um template (modelo de docu- mento) de cadastro de bem patrimonial realizado de forma manual. Figura 2.1 - Ficha cadastral de bem patrirnonial FICHA CADASTRAL DE BEM PATRIMONIAL Regisiro nº Descrição Valor unitário Fornecedor Nota fiscal (documento) n• Data Novo Estado de conservação do bem Bom Recuperávd Natureza ,-la aquisiç:io Compra Doação Cessão Transferência Classe contábil Código T1Po DE AQUISIÇÃO s DocuMENTos DE REGISTRO DO BEM MOVIM ENTAÇÃO INTl)RNA Data Documento Localização Observações Baixa Responsável Nome/Cargo TermonQ 1\llorivo Assinatura No entanto, o cadastro patrin1onial n1anual está em desuso devido às tecnologias (novos sistemas de controle) existentes. Porém, nele podemos observar os campos necessários para o controle patrimonial. O template tan1bém pode ser utilizado con10 saída de um cadastro infor- matizado, sendo, nesse caso, uma sugestão de impressão do documento para coleta de assinatura. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 47 As Figuras 2.2 e 2.3, por sua vez, evidencian1 docu1nenros em que o cadastro é informatizado, conforme consta a seguir. Figura 2.2 - Sistema de cadastro de bem patrimonial Aplicação 1\ltarca Código Estoque Local Descrição Barras Sracus Referências Tipo Classe Und. Cu.sco Preços 1vlarca Descrição Subi tem Esroque físico Tab. Descrição Preço+ 1 PI Torai Múvimcnuç!iú Localização Figura 2.3 - Sistema de bens patrimoniais e especificações Bens Pa.trimoniJ.is Classificação S ubclass,f. Código Descnçâ() Dara aquisição Tipo aquisição Fornecedor Apólice scgu ro Darn registro Número de séne Lotação Nora fiscal Valor i11icial Data baixa Taxa deprcc. anual Ülrima deprecisçao Garantia Código de barras Dara contabilizado Pre~xo 1 nício ,iepreciaçáo Quantidade Valor baixa T x. deprec. mensal Valor atualizado \Iene. Con6rrnar Fechar Fl -Ajuda É in1porranre ressaltar que rodo bem adquirido por órgão público deve ser rotulado por plaqueta de identificação ou similar, para facili- tar o controle. Normalmente, as plaquetas são metálicas, com número sequencial e código de barras, posicionadas em local detern1inado para o reconhecimento do bem. A plaqueta, depois de fixada, não pode ser retirada ou alterada e deverá permanecer no bem até o final de sua depreciação. Por fim, devido à tecnologia, muitos sistemas não utilizam plaque- tas, e sim identificação por radiofrequência ( em inglês, Radio-Frequency Identifzcation - RFID), ou outras n1arcações que não danificam a estru- tura do bem. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 49 50 Termo de responsabilidade O termo de responsabilidade é o aceite da guarda e conservação do material pern1anente pelo funcionário/servidor. Este, então, passa a responder pelo bem en1 sua totalidade, sendo conferida a ele a assi- natura do documento. No caso de haver a transposição ou movin1entação do ben1 para outro funcionário/servidor, deve-se assinar um termo de transferência de responsabilidade mediante levantamento patrimonial e elaboração de outro termo para a assinatura do novo responsável pelo bem. Podemos perceber, na Figura 2.4, t1n1 n1odelo de tern10 de respon- sabilidade patrimonial. Figura 2.4 - Termo de responsabilidade patrimonial Termo de Rewonsab,hdade n UGP; Unidade responsável; Tipo documento: Termo de referência Guia de movimentaçao: Fornecedor: Endereço: Nota fiscal; Data: Confira o material no ato do recebimento, pois nao aceiülmos reclamações posteriores. Bens Itens N. registro Grupo mat. Denominaçao l 2oososo2s4 I Especrficação: Obse<Vação; Otd. 1.0 Garantia Valor unitário Toüll Total de bens tombados: 1.0 Valor total; Obse<Vações das notas fiscais associadas ao termo Número Observ~ao Obse<Vações Usuário responsável pelo cadastro: Nome do usuário Data de cadastro: Obse<Vação: Declaraç.ão de responsabilidade Declaro te-, récebido o(s} bem(ns) patnmonial(ais) reladonado(s} no presente Termo, no valor de RS __ , assumindo total ,espoosab,Udade pela guarda e zelo do(s) mesmo(s), cornprometendo-me a informar o Setor de Património sobre todas as ocorrências relativas ao(aos) referido(s} bem(ns) e ainda ressardr o ô19ão poi perdas e danos caso comprovada a ornissáo da respor\SrJblhd~e de minha parte. Deven1os sempre lembrar que todo funcionário/servidor público poderá ser chamado à responsabilidade pelo material que lhe foi confiado para guarda, uso ou conservação n1ediante a lavratura de termo de responsabilidade, atribuindo-lhe certo valor. A avaliação dos con1ponentes patrin1oniais das entidades públicas é disciplinada pelo art.106 da Lei Federal n. 4.320, de 17 de março de 1964 (Brasil, 1964). Inventário De acordo com Corrêa, Gianesi e Caon (2001, p. 50), "Inventário é definido como o estoque de itens e recursos utilizados numa deter- minada empresa ou cadeia de suprimento, tais como: matérias-primas, partes e con1ponentes, suprin1entos, produtos em processo e produtos acabados". Por meio dele se realiza o levantamento e a identificação de instalações e bens, com descrições sistemáticas, bem como seus valores, para compor o patrin1ônio en1 un1 momento estabelecido. O resultado deve ser registrado no balanço patrimonial da contabilidade da organização pública. O inventário visa levantar o real valor dos bens do patrimônio. Diante da Administração Pública, a apuração do inventário é fisca- lizar seus bens patrimoniais e delegar a responsabilidade dos bens e n1ateriais aos funcionários. A Lei n. 4.320/1964, em seu are. 96, nos diz que o levantamento geral dos bens móveis (materiais de consumo e materiais permanen- tes) e in1óveis (conceito a ser explorado n1ais à frente) terá por base o inventário analítico de cada unidade admü1istrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade, enquanto o art. 97 reforça essa ideia dizendo que, para fins orçamentários e detern1inação dos devedores, será feito o registro contábil das receitas patrimoniais, como fiscalização de sua efetivação. Assin1, podemos concluir que o inventário deve abranger os bens móveis e imóveis, sendo fator determinante para um bom processo logístico de materiais na Administração Pública. Inventário dos bens Quanto à Administração Pública, o gestor logístico que trabalha com patrimônio deverá estar sempre atento ao inventário anual, que abrange bens n1óveis e in1óveis (are. 96 da Lei n. 4.320/1964) . l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l }• ã 51 52 O adn1inistrador logístico público ten1 o dever de realizar a gestão dos inventários de forma distinta. Desse modo, materiais permanen- tes deven1 ser inventariados separadamente de materiais de consu1no. A diferença entre esses materiais liga-se ao que cita a Portaria n. 448/2002, da Secretaria do Tesouro Nacional, segundo a qual material de consumo é aquele que, em razão de seu uso corrente e da definição da Lei n. 4.320/1964, perde normaln1ente sua identidade física e/ ou tem sua utilização limitada a dois anos (Brasil, 2002d). Os bens tidos como materiais de consumo são de pouca durabilidade e/ ou rápida utilização, conforn1e os exemplos a seguir: • MATERIAIS DE EXPEDIENTE: Agendas, carimbos, canetas, lápis, apontadores, gran1pos, réguas, tesouras etc. • MATERIAIS DE PROCESSAMENTO DE DADOS: Cartucl1os de cinta, CDs, mousepads etc. • MATERIAIS DE COPA E COZINHA: Garfos, facas, colheres, garrafas térmicas, copos de café etc. • MATERIAIS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO: C estos de lixo, papel higiênico, desinfetantes etc. • MATERIAIS PARA HOSPITAIS, POSTOS DE SAÚDE E LABORATÓ- RIOS: Algodão, bastões, esparadrapos, luvas, pinças, vidrarias etc. • FERRAMENTAS DIVERSAS: Martelos, enxadas, pás, picaretas etc. Material permanente é aquele que, mesmo em decorrência de uso rotineiro, não apresenta n1odificação na sua identidade física e/ ou man- tém un1a duração superior a dois anos, conforme os exemplos qt1e seguem: • EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO: Telefones, centrais telefô- nicas, PABX, fax etc. • ÜTENSÍLIOS DOMÉSTICOS: Escadas, cafeteiras, micro-ondas, geladeiras, umidificadores de ar, ventiladores etc. • MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS: Livros, jornais, mapas, repertórios legislativos etc. • MOBILIÁRIO: Armários, cadeiras, estantes de aço, banquetas, escrivaninhas, relógios de parede, sofás etc. • EQUIPAMENTOS TECNOLÓGICOS: Computadores, impressoras, máquinas fotográficas, canecas ópticas, filmadoras etc. A criação do inventário de bens móveis pode ser organizada pelo gestor público obedecendo a algumas etapas que garantirão a legitimi- dade do processo. Sendo assin1, busca-se: • NOMEAR A COMISSÃO QUE REALIZARÁ o INVENTÁRIO: Este deverá ocorrer em un1 prazo determinado, não podendo ocorrer nenhuma movin1entação patrimonial ou de n1aterial nesse período. • REALIZAR O LEVANTAMENTO E A AVALIAÇÃO DE TODO O REGIS- TRO PATRIMONIAL EXISTENTE: Deve-se, neste n1omento, loca- lizar todos os bens, identificá-los e ordená-los de acordo com suas características, para com isso proceder toda a mensuração , patrin1onial e sua real contagen1. E in1portante len1brar não só que se faz necessário realizar uma descrição detalhada dos bens para garantir a individualização, mas tan1bém que é preciso reva- lidar a identificação con1 plaquetas metálicas, adesivos, sistemas de RFID, entre outras formas de atuação. • GERAR O RELATÓRIO DO INVENTÁRIO APÓS O NOVO LEVAN- TAMENTO NOS TERMOS DO DISPOSTO DA LEI N. 4.320/1964: o conteúdo do relatório deve compreender os itens a seguir apresentados: • Nún1ero do tombamento. • Descrição do bem. • Documento da aquisição (nota fiscal), com o respectivo valor da aquisição. • Localização do bem e seu estado de conservação. • Conciliação dos dados do inventário com o balanço patrimo- nial seguindo as diretrizes apresentadas na Lei n. 4.320/1964 (isso ocorre para justificar à sociedade os bens pertencentes l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 53 54 ao órgão público, sendo eles bens passivos de controle e fiscalização). O inventário se tornou um instrumento de fiscalização e de con- trole do adn1inistrador logístico público, pois contribui para a verda- deira apropriação do bem, evitando má conservação ou desvio dele. Utilizando o processo de contagem física, o administrador público aco1npanha todo o aumento do patrin1ônio do órgão governamental. Isso lhe permite informar, de forma rápida e precisa, a localização do bem, quem é o responsável por ele, o seu estado de conservação e a sua utilização. 2.3 O patrimônio na Administração Pública A Lei n. 4.717, de 5 de julho de 1965, em seu art. 1°, parágrafo 1°, define patrimônio na gestão pública con10 um "cor~junto de bens e direitos, mensurável em dinheiro, que pertence à União, a um Estado, a um Município, a uma autarquia ou empresa pública" (Brasil, 1965). Já o Manual de contabilidade aplicada ao setor público (MCASP), em sua segunda parte - que se refere aos procedimentos contábeis patri- mon1a1s - , expressa que: Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzi- dos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obri- gações. (Brasil, 2012a) Porta11to, o patrimônio público compõe uma carteira de ativos e passivos que resultam no saldo patrimonial. Sendo balizado pelo MCASP, nova1nente poden1os perceber que o ativo na Administração Pública é composto dos "recursos controlados pela entidade con10 resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou poten- cial de serviços"; já o passivo é compreendido pelas "obrigações presentes da entidade, derivadas de eve11tos passados, cujos pagan1entos se espe- ram que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços." (Brasil, 2012a, p. 13) Por fin1, temos o patrin1ônio líquido, saldo patrin1onial ou situação líquida patrimonial, que nada mais é do que o valor final do ativo da organização pública após a dedução de todos os passivos. Não podemos esquecer que a classificação do ativo e do passivo sen1- pre leva em consideração a segregação em "circulante" e "não circulante", o que é feito com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade, conforme apresentado na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e suas atualizações (Brasil, 1976). 2.4 Bens patrimoniais Conhecendo o conceito de patrimônio público, agora passaremos a conl1ecer o que os bens patrimoniais representam. Esses bens podem ser diferenciados em MÓVEIS e IMÓVEIS, para fins de classificação e registro contábil. Todo BEM MÓVEL se refere ao n1obiliário em geral, e móvel também é visto como algo que se adquire ou se incorpora à Administração Pública, de característica palpável e com a possibilidade de ser transportado ou movimentado. Em resumo, podemos afirmar que o bem patrimonial móvel, depois de removido do seu local de origem, continua sem sofrer alteração na sua existência. São exemplos de bens patrin1oniais n1óveis: ' . • maquinas; • aparelhos; . • equipamentos; • ferramentas; • veículos; l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 55 • • • • • • mobiliário e utensílios; aeronaves; derivados de tecnologia (computadores, impressoras etc.); materiais culturais; materiais educacionais; . - mater1a1s para comun1caçao, entre outros . • • • Questão para reflexão Pesquise como deve ser a depreciação dos bens patrin1oniais , . moveis . • • • Já os BENS IMÓVEIS são aqueles que não podem ser deslocados sem sofrer destruição ou danos, como ocorre con1 terrenos e construções. São exemplos de bens patrin1oniais imóveis, entre outros: • residências; • pontos de atendimento; • edifícios; • sede do poder executivo;• aeroportos; • pontes e viadutos; • obras en1 andamento; • escolas; • hospitais, entre outros . Todo bem imóvel é classificado em cinco formas distintas, apresen- tadas e explicadas a seguir: • bens de uso especial; • bens dominiais; • bens de uso comum do povo; • bens imóveis em andamento; • demais bens imóveis. Os BENS DE uso ESPECIAL são terrenos ou edifícios utilizados a serviço da Administração Pública federal, estadual ou municipal. Nesse tipo de bem patrimonial, inserem-se as autarquias e as fundações públi- cas, como terrenos, glebas, aquartelamentos, fazendas, museus, aero- portos, escolas etc. Bens dessa espécie podem ser também referenciados con10 patrimônio administrativo indisponível. Já os BENS PATRIMONIAIS DOMINIAIS, de acordo com o art. 99, inciso III, do Código Civil ( CC) - Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - , são aqueles que "constituem o patrin1ônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades" (Brasil, 20026). Esses bens, portanto, fazem parte do patrimônio público, n1as são desprovidos de qualquer destinação no momento a fim de se obter utilidade ou vantagem com eles. São exemplos: prédios públicos desativados, terras devolutas, arn1azéns desocupados e bens imóveis a alienar. Tais bens poden1 ser tan1bém denominados patrimônio disponível. Os BENS DE uso COMUM DO POVO são considerados de domínio público, construídos ou não por pessoa jurídica de direito público e voltados à coletividade e à utilização geral de todos. Como exemplos, podem ser citadas as ruas e as estradas de todo o território nacional. • • • Questão para reflexão Que otttro bem de uso comum do povo pode ser citado como exemplo:' • • • Os BENS IMÓVEIS EM ANDAMENTO envolvem todos os patrimônios públicos que estão sendo construídos e ainda não foram concluídos - ou seja, todo tipo de obra iniciada e não finalizada. São exemplos os ser- viços de topografia e benfeitoria em propriedade de terceiros. Há também os DEMAIS BENS IMÓVEIS, os não classificados anterior- mente - ou seja, aqueles que não se enquadram nos itens já mencionados, tais como os bens imóveis locados para terceiros. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 57 2.5 A gestão do patrimônio na Administração Pública A contabilidade no setor público permeia a área patrimonial, repre- sentada por doutrinas e teorias relativas a essa ciência. Para contex- tualizar a gestão patrimonial na Administração Pública, é necessário que se entenda o princípio da entidade. Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no uni- verso dos patrimônios existentes, independentemente de perten- cer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou a agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (CFC, 1993) O patrimônio público é administrado pelo órgão público (União, estado, município) e, portanto, deve-se adotar medidas de preservação, estendendo ou não a responsabilidade aos demais agentes públicos - secretários, diretores ou encarregados logísticos do setor de patrimônio notneados para a função. Vale lembrar, no entanto, que a responsa- bilidade indireta pertence à sociedade e qt1e cabe a todos zelar pelo patrimônio, preservando-o e defendendo-o, inclusive judicialmente, por n1eio de ação popular (are. 1°, Lei n. 4.717 /1965) . Em relação ao patrin1ônio público, a fiscalização e o controle são necessários, não só para evitar práticas de desvio ou o desperdício dos recursos públicos, acarretando prejuízo à sociedade, mas tam- bém para garantir novos investin1entos de forn1a assertiva. Além disso, a necessidade se dá a fin1 de evitar ações de in1probidade adn1inistrativa em decorrência de práticas lesivas ao bem incorporado. Todo aquele que, por ação ou omissão, provoca lesão ao patrimô~ nio público, ou ainda, de forn1a ilícita, apropria~se dele, está sttjeito a responder pelo crime de improbidade administrativa, previsto na Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992, que acarreta pena de ressarcimento integral do dano (Brasil, 1992). Cabe ao gestor logístico público a obri~ gação de sinalizar apropriação ilícita de patrimônio público, para que assim possa ocorrer a punição por meio de: • SUSPENSÃO dos direitos políticos de cinco a oito anos; • PERDA do bem apropriado de forma ilícita; • PAGAMENTO de n1ulta; • PROIBIÇÃO de contratar com o Poder Público pelo prazo de cinco anos. Síntese A logística de entrada compreende ações pertinentes aos processos de entrada de produtos e materiais. Na Adn1inistração Pública, temos o sistema de controle patrimonial com suas ações de bens incorporados, termos de responsabilidade e inventários de bens, que determina o aglomerado de bens patrin1oniais a ser adn1inistrado com clareza, por n1eio de medidas de preservação, estendendo ou não a responsabilidade aos demais agentes públicos. É necessário zelar pelo ben1 público para que novos investimentos retornem à sociedade. Utilizar bem o patrimônio é, portanto, dever de todos, pois ele pertence à população. Os inventários periódicos mantêm atualizados os responsáveis pela conservação dos bens, evitando, assin1, a apropriação indevida e os desvios ilícitos. Ressaltamos que o controle patrimonial permite os acompanha~ n1entos físico e financeiro de todos os bens patrimoniais incorporados à Administração Pública, independentemente do porte. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 59 60 Os bens incorporados podem ser controlados de forn1a básica, por meio de plaquetas de metal ou alumínio que identificam o número sequencial do patrimônio e o seu código de barras, ou até por meio de processos con1 n1aior impacto tecnológico, os quais trabalhan1 com sis~ temas de radiofrequência. O inventário serve ao administrador público como ferramenta para manter o controle dos bens, classificados em materiais permanentes e materiais de consumo. Por fim, vimos que é possível conhecer requisitos mínimos para uma perfeita gestão do patrimônio público recorrendo a sistemas de controle que integram as necessidades física, contábil, fiscal e de custos. Questões para revisão 1. Sobre o tema inventário, assinale a afir1nativa correta: a. É a classificação de bens e patrin1ônios que visa à cornprovação da existência física destes e suas quantidades. 6. É utilizado para o levantamento das quantidades de un1 estoque. c. É a classificação de bens e serviços que visa à comprovação da existência física destes. d. É a identificação de bens e patrimônios que visa à contagem destes. 2. Avalie e preencha com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirn1ações a seguir acerca do tema termo de responsabilidade: ( ) Serve para a organização conhecer o respectivo responsável pelo bem patrin1onial. ( ) Formaliza o aceite da guarda e conservação do material pern1anente pelo funcionário, no qual este responde pelo bem en1 sua totalidade. ( ) Independe, muitas vezes, da assinatura, e vale ressaltar que é obrigação de todos os funcionários públicos zelar pelo patrin1ônioe conservá-lo. ( ) Serve somente para identificar o responsável pelo tra11s- porte e manuseio de bens patrimoniais. 3. Assinale a resposta correta sobre como se pode entender o con- ceito de bens patrimoniais imóveis: a. Todo bem adquirido que se incorpora à Administração Pública, sendo este palpável e podendo ser transposto e movimentado sen1 sofrer alteração na sua existência. b. Todo bem que se incorpora à Administração Pública, sendo este palpável e podendo ser transposto e movimentado sem sofrer alteração na sua existência. c. Todo bem adquirido que se incorpora à Administração Pública, sendo este palpável e podendo ser transposto e n1ovin1entado, ainda que sofra alteração na sua existência. d. Todo bem adquirido que se incorpora à Administração Pública, devidamente registrado e capaz de sofrer alteração • A • na sua ex1scenc1a. 4. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as opções a seguir, considerando as classificações dos bens patrimoniais imóveis: ( ) Bens de uso especial. ( ( ( ) Bens dominiais. ) Bens de uso comum do povo. ) Bens imóveis em andamento. 5. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as opções a seguir acerca dos passos da incorporação de um bem à gestão pública: ( ) Realizar o recebimento físico do bem, sua observação e validação quanto à docun1entação de solicitação. l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã 6r 62 ( ) Cadastrar o bem detalhando sua natureza, seu valor e sua localização. ( ) Atribuir un1 número de patrimônio e inserir identificação (tombamento). ( ) Disponibilizar para uso. Perguntas & respostas 1. Entende-se que a Administração Pública trabalha fortemente en1 três eixos - pessoal, material e financeiro - e também que o gestor logístico público deve utilizar en1 seus processos diários o eixo material. A partir disso, apresente uma contextualização sobre o que são recursos patrimoniais. Primeiramente, devemos entender que os recursos patrimoniais são to- dos e quaisquer elementos que fazem com que uma organização pos- sa operar, produzir bens ou serviços que atendam ao mercado. Os re- cursos patri1noniais, no contexto deste livro, controlam desde simples bens, como matéria-prima e material de consumo, até mão de obra e instalações. Percebe-se, então, que os recursos patrimoniais são de com- plexo entendimento, pois, em determinados momentos, são adquiridos, em outros, são vendidos e, por fim, também pode ocorrer a sua troca. 2. De quem é a responsabilidade no que se refere ao patrin1ônio individual na organização? A responsabilidade será sempre de quem tiver dado o aceite no termo de responsabilidade. Esse termo identifica o bem e responsabiliza o servidor quanto a danos ou avarias, caso eles ocorram, pois o servidor passa ares- ponder pelo bem em sua totalidade a partir da assinatura do documento. Para saber mais Assista à videoaula do professor Ovídio Bat ista Jún ior. BATISTA JÚNIOR, O. Patrimônio público, materiais e logística. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v= pZT9TMmRxl0>. Acesso em: 5 maio 2014. O livro a seguir permitirá que você possa se aprofundar nos assuntos abordados neste capítulo: KUMMER, M. J. Patrimônio público, materiais e logís- tica. Cuiabá: Ed. da UFMT; Curitiba: Ed. da UFPR, 2009. 77 p. capítulo três ' Conteúdos do capítulo • Conceitos de cadeia de suprime11tos e diferenciações. • Gestão da cadeia de suprimentos. • Logísticas de distribuição. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. identificar, mapear e relacionar os diferentes aspectos da cadeia de suprimentos na esfera pública e seus impactos estratégicos. 68 3.1 As dimensões da cadeia de suprimentos O cidadão, em seu pleno direito de exercício da cidadania, busca uma sociedade organizada, visando controlar e exigir transparência nas ações governamentais, além de criar uma crescente demanda por servi- ços públicos de qualidade. Isso evidencia a necessidade de um aumento da eficácia e da eficiência daqueles que prestam o serviço público sem que isso pese 11a utilização dos recursos p1.'.iblicos. Os modelos tradicionais de gestão, normalmente centralizados e hierarquizados, que privilegiam o meio ao fim, dão lugar ao sistema organizacional com foco no cliente - no caso da instituição pública, o cidadão-cliente, como nos orienta Monteiro (2011a). O serviço público passa, então, por modificações, sendo fortemente direcionado aos resultados horizontal e flexível, estruturados em rede. Estabelece como base de seus processos de mudança: a valorização das pessoas; a prioridade para a liderança focada na condução da estratégia, em detrin1ento da gerência tradicional orientada para a eficiência ope- racional; a substituição do controle burocrático por um comprometi- mento baseado nos princípios do empowerment e de grupos autogeridos. As organizações estatais tambén1 estão sttjeitas a essa mesma dinâ- mica, na medida em que, com o advento da sociedade do conhecimento, a oferta e a demanda de produtos públicos tornam-se mais competitivas e diferenciadas. A concepção logística e a de modelo de gestão de cadeia de supri- mento, agrupando conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para adn1inistrá-las de forma coletiva, representam uma evolução natural do pensamento administrativo. No cenário econômico atual, com a globalização e a integração de n1ercados, avulta a importância da logística, pois cada região detém uma vantagem sobre as demais no que diz respeito a alguma espe- cialidade produtiva. Um sistema logístico eficiente permite às regiões explorarem suas vantagens inerentes, por n1eio da especialização de esforços produtivos naqt1eles produtos e1n que são fortes ben1 como pela exportação destes a outras regiões. A finalidade principal de qualquer sistema logístico é a satisfação do consun1idor. Portanto, é fundamental que as organizações públicas realizem suas atividades administrativas de forma integrada desde o fornecedor do produto (bem ou serviço) até o seu recebimento ( ou prestação) pelo usuário final, estabelecendo uma "engrenagen1 logística". A legislação vigente para a Administração Pública contém dispositivos que permitem e determinam que sejam realizadas ações administrativas integradas, de n1odo que o público-alvo organizacional tenha o ben1 e/ ou serviço 110 momento certo, na quantidade cerca, com a qualidade cerca e com o menor custo para os cofres públicos. Empowerment, por fin1, refere-se ao conceito de uma adn1inistração de empresas desce11cralizad.a, ou seja, sugere uma participação signi- ficativa dos trabalhadores nas atividades da organização, com maior autonomia de decisão e responsabilidades (Cardoso Junior, 2003). 3.2 Configuração da cadeia de suprimentos A estrutura da cadeia de suprimentos consiste de organizações com processos de negócios interligados, ou seja, aqueles que produzen1 valor para o cidadão-cliente. Os componentes gerenciais da cadeia são admi- nistrados de maneira integrada entre as organizações que participam da estrutura da cadeia. Nos escudos de Buller (2012), os principais processos de negócios- -chave para a gestão da cadeia de suprimentos que devem ser tratados en1 conjunto pelos metnbros da cadeia são, entre outros: • gestão do relacionamento com clientes; • gestão do serviço ao cliente; • gestão da demanda; • gestão do processamento de pedidos; l ~ j 8 ! ~ ~ i • ! ,\ • ~ ' • " • 1 ! • i 1 • ~ ! < i a s Jl • t " t • i I • l } • ã § 69 t 5 l 1 i l J 70 • gestão do fluxo de produção e de operações; • gestão dos
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