Buscar

1 - Técnicas de Redação para Elaboração de Relatórios de Auditoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Módulo II 
Técnicas de Redação para Elaboração 
de Relatórios de Auditoria 
1 
Sumário 
• O texto técnico e a redação oficial 
• Clareza, Concisão, Coesão e Coerência Textuais 
• Relatórios de auditoria 
• Parecer e outros produtos 
 
2 
Técnicas de Redação para 
Elaboração de Relatórios de 
Auditoria 
Redação Oficial 
3 
Conteúdo Programático 
• Aspectos Gerais 
• Impessoalidade 
• A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais 
• Formalidade e Padronização 
• Concordância com os Pronomes de Tratamento 
• Emprego dos Pronomes de Tratamento 
• Fecho para comunicações 
 
4 
Aspectos Gerais 
• A redação oficial é a maneira pela qual o Poder 
Público redige atos normativos e comunicações. 
 
• Ela deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do 
padrão culto de linguagem, clareza, concisão, 
formalidade e uniformidade. 
5 
Aspectos Gerais 
• Não se concebe que um ato normativo de qualquer 
natureza seja redigido de forma obscura, que 
dificulte ou impossibilite sua compreensão. A 
transparência do sentido dos atos normativos, bem 
como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio 
Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal 
não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade 
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. 
6 
Aspectos Gerais (cont.) 
• Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, 
uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) 
aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem 
sempre permitir uma única interpretação e ser 
estritamente impessoais e uniformes, o que exige o 
uso de certo nível de linguagem. 
7 
Aspectos Gerais (cont.) 
• Nesse quadro, fica claro também que as 
comunicações oficiais são necessariamente 
uniformes, pois há sempre um único comunicador (o 
Serviço Público) e o receptor dessas comunicações 
ou é o próprio Serviço Público (no caso de 
expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o 
conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de 
forma homogênea (o público). 
 
8 
Aspectos Gerais (cont.) 
• A redação oficial não é, portanto, necessariamente 
árida e infensa à evolução da língua. É que sua 
finalidade básica – comunicar com impessoalidade e 
máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso 
que se faz da língua, de maneira diversa daquele da 
literatura, do texto jornalístico, da correspondência 
particular, etc. 
 
9 
Impessoalidade 
• A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela 
escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) 
alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) 
alguém que receba essa comunicação. No caso da redação 
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou 
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, 
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às 
atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa 
comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou 
outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da 
União. 
10 
Impessoalidade (cont.) 
• Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser 
dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais 
decorre: 
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: 
embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado 
por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do 
Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, 
uma desejável padronização, que permite que comunicações 
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem 
entre si certa uniformidade; 
11 
Impessoalidade (cont.) 
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com 
duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, 
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. 
Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma 
homogênea e impessoal; 
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o 
universo temático das comunicações oficiais se restringe a 
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural 
que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. 
 
12 
Impessoalidade (cont.) 
Desta forma, não há lugar na redação oficial para 
impressões pessoais, como as que, por exemplo, 
constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo 
assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. 
A redação oficial deve ser isenta da interferência da 
individualidade que a elabora. 
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade 
de que nos valemos para elaborar os expedientes 
oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a 
necessária impessoalidade. 
13 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais 
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos 
atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio 
caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua 
finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter 
normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, 
ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é 
alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem 
adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja 
finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. 
14 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
As comunicações que partem dos órgãos públicos 
federais devem ser compreendidas por todo e qualquer 
cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que 
evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados 
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por 
expressões de circulação restrita, como a gíria, os 
regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua 
compreensão dificultada. 
15 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes 
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por 
exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos 
valer de determinado padrão de linguagem que 
incorpore expressões extremamente pessoais ou 
coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de 
estranhar a presença do vocabulário técnico 
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de 
linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a 
finalidade com que a empregamos. 
16 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter 
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de 
clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da 
língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se 
observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um 
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É 
importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão 
culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima 
das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos 
modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, 
permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida 
compreensão por todos os cidadãos. 
17 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a 
simplicidade de expressão, desde que não seja 
confundida com pobreza de expressão. De nenhuma 
forma o uso do padrão culto implica emprego de 
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos 
sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua 
literária. 
18 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um 
"padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto 
nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência 
pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa 
tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, 
necessariamente, que se consagre a utilizaçãode uma forma de 
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, 
deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. 
19 
A Linguagem dos Atos e Comunicações 
Oficiais (cont.) 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em 
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso 
indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e 
mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são 
de difícil entendimento por quem não esteja com eles 
familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de 
explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros 
órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos 
cidadãos. 
20 
Formalidade e Padronização 
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, 
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já 
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do 
padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa 
formalidade de tratamento. Não se trata somente da 
eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou 
daquele pronome de tratamento para uma autoridade 
de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz 
respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado 
ao assunto do qual cuida a comunicação. 
21 
Formalidade e Padronização (cont.) 
22 
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS 
Vejamos outros aspectos comuns a quase todas 
as modalidades de comunicação oficial: 
– o emprego dos pronomes de tratamento, 
– a forma dos fechos e 
– a identificação do signatário. 
23 
Concordância com os Pronomes de 
Tratamento 
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) 
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, 
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa 
gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a 
comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É 
que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução 
como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o 
substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto". 
24 
Concordância com os Pronomes de 
Tratamento (cont.) 
• Da mesma forma, os pronomes possessivos 
referidos a pronomes de tratamento são 
sempre os da terceira pessoa: 
"Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e 
não "Vossa ... vosso..."). 
25 
Concordância com os Pronomes de 
Tratamento (cont.) 
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o 
gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa 
a que se refere, e não com o substantivo que compõe a 
locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o 
correto é "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa 
Senhoria deve estar satisfeito"; se for mulher, "Vossa 
Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar 
satisfeita". 
26 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
a) do Poder Executivo; 
– Presidente da República; 
– Vice-Presidente da República; 
– Ministros de Estado; 
– Governadores e Vice-Governadores de Estado e 
do Distrito Federal; 
27 
Vossa Excelência (cont.) 
– Oficiais-Generais das Forças Armadas; 
– Embaixadores; 
– Secretários-Executivos de Ministérios e demais 
ocupantes de cargos de natureza especial; 
– Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
– Prefeitos Municipais. 
28 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
(cont.) 
b) do Poder Legislativo: 
– Deputados Federais e Senadores; 
– Ministro do Tribunal de Contas da União; 
– Deputados Estaduais e Distritais; 
– Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
– Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
29 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
(cont.) 
c) do Poder Judiciário: 
– Ministros dos Tribunais Superiores; 
– Membros de Tribunais; 
– Juízes; 
– Auditores da Justiça Militar. 
30 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
(cont.) 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas 
aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido 
do cargo respectivo: 
– Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
– Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso 
Nacional, 
– Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. 
31 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
(cont.) 
 As demais autoridades serão tratadas com o vocativo 
Senhor, seguido do cargo respectivo: 
– Senhor Senador, 
– Senhor Juiz, 
– Senhor Ministro, 
– Senhor Governador. 
32 
Fechos para Comunicações 
 a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente 
da República: 
 Respeitosamente, 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de 
hierarquia inferior: 
 Atenciosamente, 
Obs.: Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações 
dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito 
e tradição próprios. 
 
33 
Técnicas de Redação para 
Elaboração de Relatório de 
Auditoria 
Clareza, Concisão, Coesão e 
Coerência Textuais 
Instrutor: Juliano Ferro 
34 
Reler o seu texto é fundamental 
 
RELEIA seu texto. Faça isso de forma crítica (como se 
fosse outra pessoa). Há coerência? Está bem 
argumentado? Há exemplos? Você repetiu palavras? Há 
coesão entre as partes? As propostas são viáveis? 
Qualquer pessoa que ler seu texto vai entendê-lo? 
35 
Clareza 
Consiste na transmissão mais compreensível das ideias. 
 
Dicas: 
1. Pense bem sobre o que vai escrever; 
2. Use frases curtas e necessárias; 
3. Use palavras simples, de cujo significado e ortografia 
você tem domínio. 
36 
Afetam a Clareza 
Ambiguidade – Ocorre quando a frase apresenta mais de um 
sentido. 
Ex.: Muitos políticos fazem na vida pública o que fazem na privada 
(intencional). 
 
Acumulação de pormenores – Ocorre quando o texto está 
repleto de palavras e expressões dispensáveis à sua 
compreensão, atentando contra a clareza e a concisão. 
 
Contradições e associações ilógicas ou absurdas – 
Desafiam a lógica e o bom senso, comprometendo a clareza. 
Ex.: Eu sou totalmente contra o aborto. Na minha opinião, ele só deveria 
ser aceito em caso de estupro, risco de vida e má-formação do feto. 
 
 
 
37 
Afetam a Clareza 
Erro no emprego dos conectivos – Os conectivos são 
extremamente importantes, pois dão sentido ao período, 
mostrando a conexão entre as orações. 
 
Erro de pontuação – O emprego equivocado de sinais de 
pontuação pode comprometer a clareza do texto, podendo 
até levar o leitor a equívocos. 
 
Retomada sem o referido expresso – Normalmente 
ocorre quando, num período longo, faz-se menção a um 
termo antes referenciado sem nenhuma palavra que 
promova essa retomada. 
 
 
 
 
38 
Afetam a Clareza 
• Exemplo: Aproxima-se uma nova etapa de luta para 
cada jovem estudante que pretende ser alguém na 
vida. O vestibular 2011, independentemente de qual 
seja a sua condição social, financeira ou 
educacional, será o grande desafio na vida de cada 
um. 
 
• Sugestão: Aproxima-se uma nova etapa de luta para 
cada jovem estudante que pretende ser alguém na vida. 
O vestibular 2011, independentemente de qual seja a 
condição social, financeira ou educacional do aluno, 
será o grande desafio na vida de cada um. 
39 
Afetam a Clareza 
6. Excesso de estrangeirismos – O uso excessivo deve 
ser evitado. Se, no nosso idioma, existem termos 
suficientes para designar determinada coisa, por que, 
então, utilizar termos estrangeiros? 
7. Excesso da palavra “que” ou “queísmo” – Prejudica 
a clareza e revela pobreza de estilo. 
Ex.: Disseram-me que o professor que foi contratado pela equipe 
que venceu o concurso que ocorreu no ano passado morou muito 
tempo no exterior. 
8. Falta de paralelismo – Paralelismo é a 
correspondência de termos similares para ideias 
similares.40 
Afetam a Clareza 
Paralelismo sintático: É o nome que se dá à estruturação 
similar de orações ou termos dispostos em sequencia. Sua 
falta compromete a clareza. 
 
Exemplo: 
 
Um bom aluno deve: 
• Ser assíduo; 
• Estudar a matéria; 
• Fazer as tarefas; e 
• Respeito ao professor e aos colegas. 
 
41 
Afetam a Clareza 
Paralelismo semântico – É a correlação de sentido que 
garante a preservação do sistema lógico de associações. 
Sem paralelismo semântico, a clareza também fica 
comprometida. 
 
Exemplo: 
 
Eu fiz duas provas: uma de Direito Constitucional e outra 
em Minas Gerais. 
 
42 
Afetam a Clareza 
Fragmentação – Ocorre quando o redator interrompe seu 
pensamento, fragmentando orações que guardam íntima 
relação de dependência sintática. 
 
Exemplo: 
 
Flávia tem certeza de que Edson mentiu. Porque ele não 
olhou nos olhos dela. 
 
Solução: Flávia tem certeza de que Edson mentiu, porque 
ele não olhou nos olhos dela. 
 
 
 
 
 
43 
Afetam a Clareza 
Tautologia – É o tipo de construção em que se diz a 
mesma coisa de maneira diferente. 
 
Exemplo: Não é permitida a entrada de estranhos, sendo 
terminantemente proibida a entrada de pessoas que não 
sejam sócias no recinto. 
 
Outros exemplos: Elo de ligação; em duas metades iguais; 
juntamente com; há anos atrás; vereador da cidade; 
encarar de frente; multidão de pessoas; superávit positivo; 
comparecer em pessoa. 
44 
Concisão 
A concisão ajuda na clareza. Ser conciso não significa 
necessariamente escrever pouco, mas evitar 
redundâncias e cortar o excesso sem comprometer a 
eficácia da comunicação. 
 
A concisão concorre muito para a clareza. 
45 
Concisão 
Deve-se evitar: 
 
1. Redundância; 
2. Palavras ou frases desnecessárias; 
3. Excesso de concisão; 
4. Textos arcaicos ou pedantes. 
 
46 
Coesão 
Um texto não se faz de um amontoado de palavras ou de 
orações. É necessário que os termos que formam uma 
oração e as orações que formam um período apresentem 
uma relação, uma dependência de significados, enfim, que 
haja uma articulação de pensamentos. 
47 
Coesão 
 
Praticando a coesão: 
 
1. Correção: Consiste na obediência às regras 
gramaticais. Ao escrever um texto, o autor deve estar 
atento para não cometer erros de concordância, 
regência, ortografia, pontuação, etc., pois de pouco 
vale o melhor estilo sem correção de linguagem. 
48 
Coesão 
2. Originalidade: Na redação, você também deve buscar 
um estilo próprio, seu estilo pessoal. 
 
“Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma 
pessoa é tão mais original e peculiar quanto mais conhecer 
o que disseram os outros.” 
 
49 
Coesão 
A condição principal da originalidade é possuir estilo rico. 
Para buscar essa riqueza, é necessário evitar os seguintes 
problemas de estilo: 
a) Frases feitas e clichês; 
b) Modismos; 
c) Gerundismos; 
d) Pleonasmos viciosos; 
50 
Coesão 
Diz-se que um texto é coeso quando estão empregados 
corretamente os conectivos que podem ter o sentido de: 
 
1. Alternância: “Há um computador nesta sala que ora 
funciona, ora não”; 
2. Conclusão: “Osvaldo acorda sempre tão tarde, que 
vive atrasado”; 
3. Concessão: “Por mais que me contem, não consigo 
acreditar”; 
 
51 
Coesão 
4. Explicação: “Fique quieto, que preciso terminar a 
leitura”. 
5. Causa: “Minha sobrinha não pode viajar, visto que não 
conseguiu o visto”. 
6. Consequência: “Sofreu tanto, que resolveu mudar”. 
 
7. Temporalidade: “Houve vários protestos depois que o 
diretor saiu da reunião”. 
8. Finalidade: “Tentei de tudo para que ele fosse 
aprovado no vestibular de medicina”. 
 
 
 
52 
Coesão 
9. Comparação: “Ela fala como a tia”. 
 
10.Conformidade: “Preenchi os papéis como você 
determinou”. 
 
11.Condição: “Farei o que você me pedir, com uma 
condição: dê-me duas horas”. 
53 
Coerência 
Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica 
interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se 
manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, 
o entendimento da mensagem. 
 
 
 
54 
Técnicas de Redação para 
Elaboração de Relatórios de 
Auditoria 
Relatório de Auditoria 
Instrutor: Wellington Moura 
55 
Atributos de um relatório 
• Objetividade 
• Concisão 
• Suficiência 
• Clareza 
• Tempestividade 
• Atratividade 
• Aplicabilidade 
• Confiabilidade 
• Versatilidade 
 
56 
Objetividade 
Não fugir ao tema (respeitar a delimitação do 
escopo de trabalho). O Analista deve evitar a 
prolixidade, excluindo fatos que não contribuam 
com a elaboração do relatório. Os fatos devem 
ser registrados de acordo com a sua relevância 
para o escopo da auditoria. Fatos relevantes não 
devem ser excluídos, nem pequenas falhas 
devem ser exageradas. 
 
57 
Concisão 
Produzir um texto enxuto e lógico, que não seja 
mais extenso do que o necessário para 
transmitir a mensagem e fundamentar as 
conclusões. Relatório sobre temas complexos 
tendem a ser mais longos. A concisão deixa o 
texto mais agradável ao leitor. Por mais que 
pareçam importantes, detalhes em excesso 
podem deixar o texto confuso e dificultar o 
entendimento da mensagem principal. 
 
58 
Suficiência 
O relatório deve conter os elementos básicos 
para que se atenda ao objetivo. 
59 
Clareza 
Produzir um texto de fácil entendimento. Deve o 
analista utilizar uma linguagem que diminua as 
chances dos usuários do relatório terem dúvidas 
quanto ao conteúdo apresentado. Facilitar o 
entendimento não significa empobrecer o 
relatório de auditoria. 
 
60 
Clareza (cont.) 
• Não se deve deixar de utilizar termos técnicos 
necessários ao correto entendimento do 
trabalho. O que deve ser coibida é a utilização 
de termos que nada acrescentam ao texto 
produzido. 
• Evitar usar sinônimos para tratar sobre as 
mesmas coisas, assim como evitar termos 
eruditos ou em outras línguas, podem ajudar 
nesse sentido 
61 
Tempestividade 
O relatório deve apresentar informações 
atualizadas. Deve retratar a situação encontrada 
no momento da auditoria e estar disponível para 
conhecimento dos interessados em tempo hábil 
para a tomada de decisão. 
 
62 
Atratividade 
Evitar a elaboração de textos cansativos que 
acabam desestimulando sua leitura. Este 
atributo está intimamente ligado aos atributos 
Objetividade, Concisão e Clareza. Um relatório 
que não respeite a estes três atributos, 
dificilmente será atrativo aos gestores dos 
órgãos auditados; fato que poderá reduzir a 
efetividade de todo o trabalho realizado. 
 
63 
Aplicabilidade 
As recomendações devem ser factíveis, ou seja, 
o relatório deve conter informações capazes de 
serem implementadas e que sirvam como base 
para que os órgãos auditados possam melhorar 
suas práticas. 
 
64 
Confiabilidade 
As evidências obtidas devem transmitir ao 
usuário do relatório informações bem 
fundamentadas. Qualquer informação que 
esteja incorreta poderá comprometer por 
completo o relatório de auditoria. É necessário 
que se assegure que o que está sendo 
apresentado ao usuário do relatório seja 
fidedigno e exato. 
 
65 
Versatilidade 
• Permitir diferentes abordagens de leitura. 
• Atributo diretamente ligado à forma de 
estruturação do relatório de auditoria. 
• Um relatório será versátil quando possibilitar 
que os diversos interessados possam ir direto 
à informação desejada sem realizar uma 
leitura extensa de todoo trabalho 
desenvolvido. 
66 
Elementos textuais 
São elementos textuais do relatório padrão de 
auditoria: 
1. INTRODUÇÃO 
– 1.1 Origem e Justificativa 
– 1.2 Caracterização do Objeto 
– 1.3 Período e Metodologia Utilizada 
– 1.4 Limitações 
2. OBJETIVO 
– 2.1 Objetivo Geral 
– 2.2 Objetivos Específicos 
67 
Elementos textuais 
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
– Informações necessárias à contextualização do leitor em 
relação à Análise 
4. CONCLUSÕES 
– Os subtítulos devem conter as conclusões na mesma 
ordem estabelecida na Análise. 
 
68 
Elementos textuais 
5. ANÁLISE 
– Condição 
– Critério de Auditoria 
– Conclusão 
– Efeito 
– Recomendações 
6. RECOMENDAÇÕES 
– Os subtítulos devem conter as recomendações na mesma 
ordem estabelecida na Análise. 
 
69 
Introdução 
• De fundamental importância, a introdução é 
responsável por apresentar ao leitor do relatório os 
aspectos gerais relativos ao trabalho de auditoria. Ela 
situa o tema de auditoria e prepara o usuário para os 
aspectos específicos que serão abordados no 
desenvolvimento do tema. 
• Em decorrência de sua função de apresentação geral 
do tema, a introdução não se propõe a antecipar 
conclusões, devendo o analista evitar a inclusão de 
pontos que serão oportunamente desenvolvidos ao 
longo do relatório. 
70 
Introdução 
Origem e Justificativa 
• Aqui devem constar de onde surgiu a demanda e as razões 
que motivaram a auditoria. 
• De forma geral, a origem dos trabalhos se dá por três meios: 
solicitações dos demais componentes da administração 
pública, denúncias ou levantamentos internos da SCGE. 
• Ao produzir o relatório de auditoria o Analista deve-se utilizar 
de duas chaves que o ajudarão na elaboração do relatório. A 
origem e justificativa estarão atendidas caso seja possível para 
quem lê o relatório conseguir responder às perguntas “De 
onde?” e “Por que?”. 
71 
Introdução 
Caracterização do Objeto 
• Neste ponto deve ficar claro onde, especificamente, 
atuou a auditoria. 
• Informar a área onde a auditoria trabalhou, qual o 
ponto, o “alvo” analisado pelo analista durante o 
trabalho desenvolvido. 
• Uma chave que ajudará o Analista no 
desenvolvimento do relatório é tentar responder a 
pergunta “O que é isso?” 
72 
Introdução 
Período e Metodologia Utilizada 
• Componente importante do relatório de 
auditoria, o período de realização dos exames de 
auditoria situa o trabalho desenvolvido em um 
espaço temporal. Determina em qual período se 
teve acesso às informações disponibilizadas. 
• A determinação do período resguarda a opinião 
do Analista sobre fatos e acontecimentos 
supervenientes. 
73 
Introdução 
Período e Metodologia Utilizada (cont.) 
• A respeito da metodologia utilizada, deve-se, na 
introdução, descrever, em aspectos gerais os 
procedimentos utilizados na auditoria. Identificar a 
dimensão do trabalho, as técnicas utilizadas, a 
extensão do trabalho são pontos que devem constar 
na introdução de forma concisa, sem antecipar 
conclusões ou recomendações. 
74 
Introdução 
Limitações 
• Aqui devem constar informações sobre limitações 
que foram encontradas durante o trabalho. 
• Quando da identificação de limitações ao trabalho de 
auditoria o analista pode, na introdução de seu 
relatório, incluir ressalva ou indicação dessa 
limitação de maneira a preservar sua opinião da 
ocorrência de atos ou fatos que à época da aplicação 
de seus exames não foram possíveis serem de seu 
conhecimento. 
75 
Introdução 
Objetivo Geral 
• O objetivo tem como função evidenciar a finalidade 
do trabalho, apontar a direção para onde se quer 
chegar. É ele quem irá nortear os trabalhos de 
auditoria. 
• Ao planejar a auditoria, deve-se ter bem definido o 
Objetivo da mesma. Caso no momento do 
planejamento, o Analista não possua um objetivo 
claro e bem definido, seu trabalho corre o risco de 
não surtir o efeito desejado. 
76 
Introdução 
Objetivo Geral (cont.) 
• Saber definir, delimitar o Objetivo de Auditoria é 
aspecto imprescindível dentro do desenvolvimento 
de uma auditoria. 
• No momento da elaboração do relatório de auditoria 
o analista deve identificar os Objetivos Geral e 
Específico. 
77 
Introdução 
Objetivo Específico 
• O objetivo específico corresponde a cada etapa que deve 
ser atingida para que possa se chegar ao objetivo geral. 
Aqui o Analista deve descrever os objetivos que, quando 
alcançados, levarão ao objetivo maior, geral. 
• A diferenciação entre Objetivo Geral e Objetivo 
Específico pode ser comparada com uma simples 
analogia: Após sabermos onde queremos chegar 
(Objetivo Geral), devemos definir o caminho que 
percorremos até chegar ao nosso destino (Objetivo 
Específico). 
78 
Introdução 
Considerações Iniciais 
• Em determinados relatórios existe a necessidade de 
se apresentar explicações anteriores à análise dos 
achados de auditoria. Estas informações deverão ser 
apresentadas dentro das Considerações Iniciais. 
79 
Introdução 
Considerações Iniciais (cont.) 
• A presença deste ponto só se faz necessária quando 
o analista necessita contextualizar o leitor para que o 
mesmo possa compreender a análise desenvolvida 
em tópico posterior. 
• As Considerações Iniciais não são destinadas a 
repetição de informações já apresentadas em tópicos 
anteriores. Aquelas que constem na introdução, 
assim como no objetivo, não devem ser aqui 
inseridas. 
80 
Introdução 
Conclusão 
• Conclusões são afirmações sintéticas e, como tal, 
inevitavelmente omitem ou simplificam algumas das 
informações registradas no corpo do relatório. 
• A conclusão hora tratada deve ser exibida em 
formato de tópico. Neste momento não se deve 
desenvolver a conclusão, deve-se apenas listar todas 
as conclusões a que chegou a equipe de auditoria. 
81 
Introdução 
Conclusão (cont.) 
• Importante frisar que o desenvolvimento destes 
tópicos será realizado no campo de análises. Para 
tanto, é necessário que a sequência dos tópicos 
abordados, tanto nas conclusões como nas análises 
seja idêntica. 
• As conclusões devem ser apresentadas na ordem de 
relevância dos achados identificados na auditoria. 
82 
Análise 
• É neste ponto do relatório onde serão apresentados 
os fatos encontrados durante a auditoria, os critérios 
utilizados para avaliação das situações, a conclusão 
do Analista, os efeitos das situações e as 
recomendações diante da situação identificada. 
• Aqui vale o mesmo alerta. as análises serão feitas 
seguindo a ordem das conclusões apresentadas no 
item “Conclusão”. Logo, os itens condição, critério de 
auditoria, conclusão, efeitos da situação encontrada 
estarão presentes em todos as análises efetuadas. 
83 
Análise 
Condição 
• A condição está relacionada com a situação 
encontrada pela equipe de auditoria. É a situação 
existente, identificada e documentada. 
• Ao descrever este ponto, o Analista deve evitar 
emitir sua opinião sobre a situação encontrada. 
• A descrição deste ponto deverá ser capaz de 
responder a pergunta: “Como está?” 
84 
Análise 
Critério 
• Representam o estado ideal ou desejável daquilo que 
se examina e oferecem o contexto para se avaliar as 
evidências e compreender os achados, conclusões e 
recomendações da auditoria. 
• A chave utilizada neste ponto que poderá ajudar a 
elaboração do Critério ode Auditoria é “Como de 
veria ser?” 
85 
Análise 
Conclusão 
• Local onde o Analista poderá emitir sua opinião 
sobre os dados encontrados. 
• Diferentemente do item “Conclusão”, aqui o analista 
poderá se aprofundar na suaconclusão. 
• As conclusões são afirmativas relacionadas com o 
objetivo da investigação, deduzidas da análise das 
evidências, em contraste com os critérios 
(discrepância entre a situação existente e o critério). 
• Neste ponto teremos o confronto entre as chaves 
“Como está?” e “Como deveria ser?” 
86 
Análise 
Efeitos da Situação Encontrada 
• Aqui ficará expressa a consequência da diferença 
constatada pela auditoria entre condição e critério, 
ou seja, o analista deve expor quais as conseqüências 
advindas das situações que foram identificadas in 
loco. 
• Neste ponto, a palavra chave que deve ser 
respondida pelo Analista, durante a elaboração do 
relatório de auditoria é “Qual a consequência?” 
87 
Análise 
Recomendações 
• São propostas de ação julgadas necessárias pela 
equipe de auditoria, que contribuirão para sanar 
alguma deficiência identificada. 
• Aqui o Analista deve ter o entendimento de que uma 
recomendação só poderá ser emitida, caso possa ser 
cumprida. Uma recomendação que não tenha esta 
característica não será considerada nem mesmo uma 
recomendação, não podendo assim estar presente 
no Relatório de Auditoria. 
88 
Recomendações 
• As recomendações aqui apresentadas, serão as 
mesmas expostas nos tópicos do item “Análise”. Sua 
réplica neste ponto do Relatório se justifica por 
possibilitar outra forma de visualização do relatório, 
proporcionado maior versatilidade. 
• Novamente, os subtítulos devem conter as 
recomendações na mesma ordem estabelecida na 
Análise. 
89 
Anexos e Apêndices 
• Embora exista uma confusão entre o que deve ser 
considerado Anexo e o que deve ser considerado 
Apêndice, há uma característica que deixa clara a 
diferença entre estes dois elementos pós-textuais. 
• Serão considerados Anexos todos os documentos 
obtidos durante os trabalhos de auditoria que não 
tenham sido elaborados pela equipe de auditoria. 
Exemplo: Documento recebido do órgão auditado. 
90 
Anexos e Apêndices (cont.) 
• Serão considerados Apêndices todos os documentos 
elaborados pela equipe de auditoria durante os 
trabalhos realizados. Assim, se foi necessária a 
elaboração, pela equipe de auditoria, de uma 
entrevista/questionário, um relatório ou qualquer 
documento com o escopo de complementar sua 
argumentação, deve-se utilizar o termo Apêndice e 
não Anexo. 
91 
Referências 
• Manual de Redação da Presidência da 
República, 2ª Edição, 2002 
• Manual Padrão de Relatório de Auditoria, 
SCGE, 2012 
92 
Técnicas de Redação para 
Elaboração de Relatórios de 
Auditoria 
Parecer e Outros Produtos 
Instrutor: Juliano Ferro 
93 
Conteúdo do Módulo 
• Parecer; 
• Notificação; 
• Folha de Solicitação de Documentos e Informações; 
• Termo de Recomendação; 
• Plano de Ação; 
• Matriz de Achados; e 
• Relatório de Levantamento 
 
94 
Parecer 
No âmbito da Administração Pública, a opinião do auditor 
com atribuição de auditoria, deverá ser bem expressa por 
meio do Parecer. 
 
Segundo o Código de Administração Financeira, Lei N.º 
7.741/78, art. 275, Parecer de auditoria é a opinião do 
órgão central do subsistema de auditoria a respeito da 
matéria que lhe seja submetida para exame. 
 
95 
Parecer 
Utilizado na SCGE, o Parecer traduz a opinião do 
parecerista sobre questões suscitadas na Administração 
Pública, que demandam entendimento do Órgão de 
Controle. Objetiva-se, com a sua emissão, fomentar a 
prática regular e eficiente da gestão pública. 
 
96 
Elementos Textuais do Parecer 
Formam o corpo do Parecer utilizado na auditoria da 
SCGE: 
 
1. INTRODUÇÃO 
2. ANÁLISE 
3. CONCLUSÃO 
97 
Introdução 
Na Introdução deverá ser explicitado o contexto da 
demanda, contemplando as partes e os fatos envolvidos, 
bem como o objetivo do parecer. 
 
Objetiva-se, com a introdução, facilitar a compreensão do 
leitor sobre o que será discorrido. 
 
Deverá estar contido apenas o que for necessário ao 
entendimento do contexto e do objetivo, tendo-se a 
preocupação de torná-los claros ao máximo até mesmo 
para pessoas alheias ao assunto, que porventura leiam o 
parecer. 
 
 
 
 
 
 
98 
Análise 
A análise deverá ser clara e objetiva e a opinião do 
parecerista deverá estar bem fundamentada, amparada 
por todas as matérias necessárias à elucidação do assunto 
e sustentação da conclusão. 
 
 
 
99 
Conclusão 
Será o remate da análise, de modo mais preciso e objetivo, 
com caráter evidentemente conclusivo. 
 
Na conclusão não deverá haver fatos novos ou outros 
esclarecimentos não discorridos na análise. 
100 
Orientações sobre o que não se deve 
fazer ao escrever um parecer 
• Exagero em citações; 
• Elogios a juristas e doutrinadores eventualmente citados; 
• Digressões infundadas. Há que se primar pela objetividade; 
• Menosprezo a supostas divergências; 
• Expressões de cunho subjetivo, do tipo: “eu acho”; 
• Repetição de palavras ou expressões; 
• Incorreções ortográficas, em face da opção por vocábulos 
pouco usados. Exemplo: “cláusulas pátrias, em vez de 
cláusulas pétreas”. 
• Descuido do foco objeto da consulta. 
101 
Notificação 
O instrumento de notificação, conforme Portaria SCGE 
036/2013, objetiva “dar ciência, aos órgãos e entidades 
da Administração Pública Estadual, da iminência ou da 
efetiva ocorrência de impropriedades e irregularidades 
verificadas no decorrer dos trabalhos de Auditoria, 
Inspeção ou Monitoramento, e recomendar as ações de 
correção quando cabíveis.” 
 
O prazo para a resposta à Notificação é de 5 dias úteis, 
que poderá ser prorrogado, mediante justificativa 
apresentada pelo órgão ou entidade notificados, sendo 
obrigatória a anuência expressa do Secretário Executivo 
da Controladoria Geral do Estado. 
 
102 
Notificação 
A resposta à Notificação deverá ser formalizada por meio 
de ofício dirigido ao emitente da Notificação e deverá 
conter as providências adotadas em relação às 
recomendações propostas ou, em caso de divergência, as 
justificativas e esclarecimentos necessários, com 
apresentação da documentação pertinente, devidamente 
carimbada e rubricada. 
103 
104 
Notificação 
Elementos Textuais 
a. Constatação – Deve-se trazer objetivamente, nesse 
espaço, a situação encontrada que demanda a 
intervenção do Órgão de Controle. 
b. Fundamentação Legal – Em tal campo deverá estar 
contida a orientação normativa sobre as possíveis 
irregularidades ou impropriedades. 
c. Recomendação – Através da recomendação, a 
Controladoria pode agir de maneira preventiva e/ou 
corretiva. 
 
105 
Folha de Solicitação de Documentos e 
Informações - FSDI 
Segundo o Código de Administração Financeira de 
Pernambuco, Lei 7.741/78: 
 
Art.271. Nos exames de auditoria cumprir-se-ão os 
seguintes procedimentos: 
(...) 
III - o Agente de Controle Interno terá acesso a todas as 
dependências do órgão auditado e poderá requisitar 
documentos, de acordo com as necessidades do trabalho; 
 
106 
Folha de Solicitação de Documentos e 
Informações - FSDI 
Segundo a Portaria SCGE 036/2013, a FSDI objetiva 
solicitar documentos e informações no decorrer dos 
trabalhos de Auditoria, Inspeção ou Monitoramento. 
 
Segundo a portaria, o prazo máximo é de 15 (quinze) dias 
úteis para a resposta à FSDI, que poderá ser prorrogado, 
mediante requerimento justificado apresentado pelo órgão 
ou entidade demandados. 
 
107 
108 
109 
Termo de Recomendação 
O Termo de Recomendação, conforme Portaria SCGE 
036/2013, objetiva recomendar a aplicaçãopor parte dos 
gestores de boas práticas, alterando ou substituindo atos e 
procedimentos de gestão que embora não configurem 
irregularidades ou não infrinjam as normas legais ou 
regulamentares de natureza contábil, financeiro, 
orçamentário, operacional ou patrimonial, devam ser 
modificados para obtenção de melhores resultados. 
110 
Termo de Recomendação 
 
O prazo máximo é de 15 dias úteis para a resposta ao 
Termo de Recomendação, que poderá ser prorrogado, 
mediante requerimento justificado apresentado pelo órgão 
ou entidade destinatários da recomendação. 
111 
112 
Plano de Ação 
É um pacto realizado entre a Controladoria e o órgão auditado 
para fazer cumprir as recomendações contidas nos Relatórios 
de Auditoria. Recomenda-se a sua celebração, se necessária, 
após o prazo de 60 dias estabelecidos para conhecimento e 
manifestação do órgão auditado acerca do relatório de auditoria. 
 
Passos: 
• Reunião com o órgão auditado; 
• Estabelecimento de prazos para cumprimento das ações; 
• Assinatura do Plano pelos participantes da reunião; e 
• Acompanhamento. 
 
 
 
 
 
 
113 
Plano de Ação 
Tipos de ações pactuadas: 
• Estudos de viabilidade para adoção de procedimentos; 
• Instauração de procedimento administrativo 
(Sindicância, PAD e Tomada de Contas Especial); 
• Levantamento de informações e respostas para elucidar 
questões levantadas na auditoria; 
• Correção de irregularidades ou impropriedades; 
• Encaminhamentos para outros órgãos competentes; 
 
 
 
 
 
 
114 
Matriz de Achados 
 
Segundo o Glossário de Termos do TCU, achado é 
qualquer fato significativo, digno de relato pelo auditor, 
constituído por quatro atributos essenciais: situação 
encontrada (ou condição, o que é), Critério (o que deveria 
ser), causa (razão do desvio em relação ao critério) e 
efeito (consequência da situação encontrada). Decorre da 
comparação da situação encontrada com o critério e deve 
ser devidamente comprovado por evidências. 
115 
Matriz de Achados 
 
O achado pode ser negativo, quando revela 
impropriedade ou irregularidade, ou positivo, quando 
aponta boas práticas de gestão. 
 
Irregularidade é prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, 
antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar 
de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional 
ou patrimonial, dano ao erário decorrente de ato de gestão 
ilegítimo ou antieconômico, desfalque ou desvio de 
dinheiros, bens ou valores públicos 
 
116 
Matriz de Achados 
Impropriedade é falha de natureza formal de que não 
resulte dano ao erário e outras que têm o potencial para 
conduzir à inobservância aos princípios de administração 
pública ou à infração de normas legais e regulamentares, 
tais como deficiências no controle interno, violações de 
cláusulas, abuso, imprudência, imperícia. 
 
117 
Matriz de Achados 
OBJETIVO:
Nº ACHADO SITUAÇÃO
ENCONTRADA
CRITÉRIO EVIDÊNCIA ENCAMINHAMENTO
[A1] [Título do Achado] [Situação existente, identificada, e 
documentada durante a fase de 
execução da auditoria]
[Legislação, norma, 
jurisprudência, 
entendimento 
doutrinário ou padrão 
adotado]
[Informações obtidas 
durante a auditoria no 
intuito de documentar os 
achados e de respaldar as 
opiniões e conclusões da 
equipe]
[Propostas da equipe de auditoria]
A1
A2
A3
MATRIZ DE ACHADOS
AUDITORIA nº XX/201X - Órgão Auditado
118 
Relatório de Levantamento 
 
O Relatório de Levantamento foi implementado, na SCGE, 
a partir da criação do Manual de Ação Sistemática da 
secretaria. 
 
O objetivo institucional da ação sistemática, além de 
instrumento de integração entre as diversas áreas de 
atuação da SCGE, é: 
1. Conhecer as unidades de atuação segundo 
perspectivas pré-definidas; 
 
119 
Relatório de Levantamento 
2. Identificar indícios de inadequação do controle interno; 
3. Produzir informações gerenciais para tomada de 
decisão pelo gestor público; 
4. Constituir o levantamento de informações para o 
planejamento anual das atividades da Controladoria; 
5. Facilitar o acesso a informações e conhecimentos 
pelos agentes de controle interno; 
6. Cultivar um intercâmbio de ideias entre agentes que 
possuem o conhecimento; 
7. Estabelecer a parceria entre unidade de atuação e o 
Sistema de Controle Interno. 
 
120 
Relatório de Levantamento 
 
No decorrer das Ações Sistemáticas, caso a equipe de 
execução se depare com algum indício de inadequação 
de controle interno, deve ser esse destacado no 
relatório unido aos seus respectivos comentários e 
critérios. 
 
121 
Relatório de Levantamento 
 
A Ação Sistemática não tem por finalidade 
constatar irregularidades. No entanto, se durante a 
realização do trabalho tais constatações ocorrerem, o 
fato deve ser comunicado ao supervisor do trabalho, 
que avaliará a conveniência e a oportunidade de 
propor a realização de uma Notificação e/ou 
posteriormente outra ação de controle com vistas a 
concluir a análise dos fatos identificados. 
 
122 
Relatório de Levantamento 
Perspectivas de atuação: 
• Metas prioritárias; 
• Veiculação de Informações; 
• Análise da despesa; 
• Aspectos organizacionais; 
• Trabalhos anteriores; 
• Boas práticas; 
• Ouvidoria; 
• Gestor no controle; 
• Recomendações do Tribunal de Contas de Pernambuco 
• Licitações / Contratos / Convênios 
 
 
 
 
123 
Relatório de Levantamento 
 
As Ações Sistemáticas na Perspectiva Veiculação de 
Informações são avaliações das denúncias produzidas 
pela mídia que contribuem para gerar o debate público, 
sinalizar potenciais desvios de condutas que devem ser 
apuradas e que sejam relacionadas às macrofunções 
(Ouvidoria, Auditoria e Controladoria). Além disso, são 
também objeto de trabalho dessas Ações Sistemáticas as 
notícias e relatos que extrapolam a abrangência do 
Estado, visto que as boas práticas podem ser replicadas 
de forma sistêmica na Administração Pública. 
 
124 
Relatório de Levantamento 
A motivação em se atuar na Perspectiva de Atuação 
“Veiculação de Informações” é a seguinte: 
 
1. A SCGE tem como missão institucional promover a 
prevenção e o combate à corrupção e a defesa do 
patrimônio público, planejando, desenvolvendo e 
executando ações de controle interno, atinentes à 
melhoria da qualidade na aplicação dos recursos 
públicos, à auditoria pública e ao incremento do 
controle social e da transparência da gestão no âmbito 
da administração pública estadual; 
 
 
125 
Relatório de Levantamento 
2. Buscar o monitoramento da exposição e desempenho 
das instituições estaduais para com a sociedade, visto 
que a vigilância da sociedade e a postura por vezes 
enfática dos meios de comunicação vão requerer do 
Estado uma atuação cada vez mais proativa e 
preventiva. 
 
126 
Relatório de Levantamento 
 
O objetivo geral da Ação Sistemática na Perspectiva - 
Veiculação de Informações, com enfoque no 
levantamento de informações acerca dos processos de 
divulgação e coerência das informações consideradas 
relevantes pelos gestores da SCGE, será: 
 
1. Identificar indícios veiculados em mídia, denúncias e 
teses de interesse às unidades a serem trabalhadas; 
2. Avaliar a veracidade dos fatos, iniciando a apuração da 
denúncia/boa prática; 
 
127 
Relatório de Levantamento 
3. Avaliar riscos, causas e efeitos sobre temas 
veiculados; 
4. Determinar as áreas específicas e os aspectos a seremabordados na execução das Ações Específicas, que 
permitam participar na ação preventiva com vista a 
combater a corrupção e os desvios de conduta e a 
replicar boas práticas administrativas. 
 
128 
Relatório de Levantamento 
O produto da Ação Sistemática na Perspectiva - 
Veiculação de Informações será um relatório de 
levantamento de informações, identificando com a 
descrição sumária do ponto a ser analisado e as 
identificações das respostas pelo gestor e percepções da 
equipe técnica quanto ao ocorrido, com a seguinte 
estrutura e conteúdo desejáveis: 
 
129 
Relatório de Levantamento 
 
Considerações Iniciais. 
• Do fato (descrição sumária do objeto de trabalho de levantamento); 
• Relevância (avaliação da representatividade do fato com relação à unidade) 
• Abrangência (estadual, nacional ou internacional - utilizar a de maior 
repercussão); 
• Tipo de mídia e suas replicações (jornal - físico ou online; blogs; TV; revistas; 
sites.); 
• Elementos de destaque (utilização de depoimentos, fotos, ilustrações e 
infográficos); 
• Tipo da matéria (opinativa ou investigativa); 
• Principais temas (licitação, pagamento de fornecedor, execução de despesa, 
arrecadação, convênios, contratos,...); 
• Referência à instituição (se a instituição é citada diretamente ou indiretamente 
– indicando outras similares de mesma atuação/atividade); 
• A(s) fonte(s) da matéria (citação da fonte oficial (ou principal) e/ou link de 
internet); 
 
• Identificação dos Pontos Críticos da Informação. 
 
 
130 
Relatório de Levantamento 
 
Da Análise 
• Prováveis causas (apenas suposições que indicam as 
causas que serão averiguadas no decorrer das ações); 
• Público afetado (comunidades, associações, 
munícipes,...); 
• Ações adotadas ou que serão adotadas pela 
organização (caso na própria matéria haja alguma 
iniciativa já tomada pela organização); 
• Possíveis consequências; 
Indícios (Condição, Critério, Comentários e Possíveis 
Consequências). 
 
 
131 
Relatório de Levantamento 
A identificação pela equipe técnica do conteúdo das 
notícias para a entidade deverá ser feita com base tanto 
quanto ao aspecto qualitativo (positiva - boas práticas ou 
negativa - denúncias), quanto ao quantitativo, referente 
ao volume financeiro e físico relacionado ao fato. 
 
132 
Relatório de Levantamento 
 
As possíveis fontes que poderão ser utilizados nesse 
levantamento, dentre outras, são: 
1. Discussão com os dirigentes/gestor/gerente 
responsável; 
2. Notícias vinculadas ao tema em outros meios de 
informação; 
3. Pesquisa científica a cerca do tema; 
4. Nota explicativa realizada pela unidade; 
5. Entrevista com o pessoal técnico/executor e outros; 
 
133 
Relatório de Levantamento 
6. Legislação constitutiva básica das unidades de 
trabalho; 
7. Normativos internos das unidades encarregadas; 
8. Contratos, convênios, termos de parceria, editais/atos 
convocatórios; 
9. Dados dos sistemas corporativos do Poder Executivo 
Estadual: E-fisco, SIAFEM, SIGEPE, SAD-RH e dentre 
outros que estejam em uso na respectiva área de 
atuação. 
 
134 
Relatório de Levantamento 
Perspectiva Aspecto Organizacional é a visão geral com 
o conhecimento e a compreensão do objeto a ser 
fiscalizado, bem como do ambiente organizacional em que 
este está inserido, com base em levantamentos de 
informações quanto aos seguintes aspectos: 
financeiro/orçamentário, patrimonial, pessoal, operacional; 
e informações sobre o ambiente interno e as atividades de 
controle. 
 
135 
Relatório de Levantamento 
A motivação em se atuar na Perspectiva de Atuação 
“Aspectos Organizacionais” é a seguinte: 
1. Os agentes de controle interno devem possuir o 
conhecimento, as habilidades e outras competências 
necessárias ao desempenho de suas 
responsabilidades e atividade individuais, que incluem 
obter a visão geral das unidades de atuação; 
2. A Controladoria deve possuir conhecimento suficiente 
para avaliar o risco de fraude e a maneira da qual é 
gerenciada cada unidade de atuação. 
3. Estabelecer um planejamento baseado em riscos para 
determinar as prioridades de ações de controle, de 
forma consistente com as metas da SCGE. 
 
136 
Relatório de Levantamento 
O objetivo geral da Ação Sistemática “Aspectos 
Organizacionais”, com enfoque no levantamento de 
informações para instituir a visão geral da unidade/órgão, 
será: 
 
• Propiciar que os agentes de controle interno obtenham e 
mantenham conhecimento acerca das unidades de 
atuação que compõem a sua clientela. Dessa forma, seus 
resultados devem servir de subsídio para a criação e a 
manutenção de pastas permanentes, com informações 
atualizadas e catalogadas sobre as unidades de atuação 
ou outros objetos de ações de controle; 
• Identificar carências de atuação da Controladoria em 
relação a algum tema ou potenciais áreas com ações de 
controle específicas. 
 
 137 
Relatório de Levantamento 
O produto da Ação Sistemática “Aspectos 
Organizacionais” será um relatório de descrição e 
montagem da visão geral da unidade que consiste numa 
descrição do funcionamento e da organização do nível 
estratégico, atendendo a seguinte estrutura e conteúdo, 
no que couber: 
 
138 
Relatório de Levantamento 
 
Na definição do escopo, deve ser considerado o tempo 
padrão de 20 dias úteis para a execução dos trabalhos 
das Ações Sistemáticas. Entretanto, em casos especiais, 
deve-se antecipadamente ajustar o prazo, dado o 
tamanho da equipe e o grau de complexidade dos 
trabalhos. 
 
 
A Matriz de Indícios será parte integrante do Relatório 
das Ações Sistemáticas que consolidará todos os 
indícios de inadequação de controle interno. 
 
 
139 
Relatório de Levantamento 
Considerações Iniciais 
Aspecto Financeiro/Orçamentário: 
Composição das despesas (corrente/capital, fonte, 
elementos de despesa, evolução anual); 
Composição orçamentária (indicação do nome e do 
código das unidades gestoras executoras, dos 
programas previstos e executados, e detalhamento dos 
programas finalísticos em ações (projetos, atividades, 
operações especiais)); 
Programação financeira (evolução anual, captação 
externa, transferências voluntárias). 
 
140 
Relatório de Levantamento 
Aspecto Patrimonial: 
Inventários; 
Infraestrutura. 
Aspecto Pessoal: 
Estrutura de mão de obra (quadro com quantidade 
total, número de estatutário, terceirizados, temporários); 
Rotatividade/evolução. 
 
 
141 
Relatório de Levantamento 
Aspecto Operacional: 
Macroprocessos (descrição e fluxos, de forma a 
explicitar o negócio da unidade); 
Organograma geral da unidade; 
Direcionadores estratégicos (missão, visão, negócio, 
valores, objetivos institucionais, principais resultados a 
serem alcançados, indicadores institucionais, 
porventura existentes, que indiquem os benefícios das 
ações do órgão/entidade); 
Normativos básicos aplicáveis (previsão 
constitucional, lei de criação, regimento interno, 
estatuto, planejamento estratégico). 
 
 142 
Relatório de Levantamento 
Da Análise 
Ambiente interno e externo – a equipe técnica deve 
levantar informações acerca das perspectivas sobre 
mudanças no ambiente em que o órgão/entidade opera, 
sobre as principais incertezas, forças e fraquezas, 
oportunidades e ameaças, aplicando para isso a técnica 
Análise SWOT; 
Consolidação e análise da aplicação do check list de 
Ambiente Interno e Atividades de Controle. 
 
Indícios (Condição, Critério, Comentários e Possíveis 
Consequências). 
 
 143Relatório de Levantamento 
A equipe técnica deve ter em mente que a descrição do 
funcionamento e da organização da unidade se destina a 
retratar os fatos como realmente são e não como deveriam 
ser. Portanto, informações obtidas, principalmente, de 
fontes da própria unidade, devem ser validadas. 
 
Em regra, as informações relativas aos macroprocessos 
podem ser primeiramente obtidas junto aos seus 
responsáveis, visto que estes possuem uma visão 
sistêmica. Podem, ainda, ser realizadas entrevistas com os 
servidores ou funcionários que executam rotineiramente os 
processos de trabalho, e conhecem as atividades 
realizadas em detalhe. 
 
 
144 
Relatório de Levantamento 
As possíveis fontes que poderão ser utilizados são, dentre 
outras, as seguintes: 
1. Discussão com os dirigentes/gestor/gerente 
responsável; 
2. Aplicação do Formulário de Informações de Controles 
Internos – Ambiente Interno e Atividades de Controle; 
3. Entrevista com o pessoal técnico/executor e outros; 
4. Histórico de programação financeira; 
5. Legislação constitutiva básica das unidades de 
trabalho; 
 
 
145 
Relatório de Levantamento 
6. Normativos internos das unidades encarregadas; 
7. Relatório de Gestão do Tribunal de Contas do Estado; 
8. Planejamento Estratégico da unidade; 
9. Dados dos sistemas corporativos do Poder Executivo 
Estadual: E-fisco, SIGEPE, SAD-RH, dentre outros que 
estejam em uso na respectiva área de atuação; e 
10. Análise de contas e saldos dos balancetes e 
demonstrativos contábeis 
146 
Relatório de Levantamento 
Um bom relatório de Ações Sistemáticas requer que 
determinados atributos e características estejam 
presentes. Esses, quando bem trabalhados, são capazes 
de elevar a qualidade do relatório emitido, proporcionando 
maior efetividade do produto. 
147 
Relatório de Levantamento 
Versatilidade
Objetividade
Concisão
Suficiência
Clareza
Tempestividade
Atratividade
ATRIBUTOS DO RELATÓRIO
148 
Relatório de Levantamento 
Objetividade 
Não fugir ao tema (respeitar a delimitação do escopo de 
trabalho). O executor deve evitar a prolixidade, excluindo 
fatos que não contribuam com a elaboração do relatório. 
Os fatos devem ser registrados de acordo com a sua 
relevância para o escopo da ação sistemática. Fatos 
relevantes não devem ser excluídos, nem pequenas falhas 
devem ser exageradas. 
 
149 
Relatório de Levantamento 
Concisão 
Produzir um texto enxuto e lógico, que não seja mais 
extenso do que o necessário para transmitir a mensagem e 
fundamentar as conclusões. Relatório sobre temas 
complexos tendem a ser mais longos. A concisão deixa o 
texto mais agradável ao leitor. Por mais que pareçam 
importantes, detalhes em excesso podem deixar o texto 
confuso e dificultar o entendimento da mensagem 
principal. 
 
150 
Relatório de Levantamento 
Suficiência 
O relatório deve conter os elementos básicos para que se 
atenda ao objetivo. 
 
151 
Relatório de Levantamento 
Clareza 
Produzir um texto de fácil entendimento. Deve-se utilizar 
uma linguagem que diminua as chances dos usuários do 
relatório de terem dúvidas quanto ao conteúdo 
apresentado. Facilitar o entendimento não significa 
empobrecer o relatório. Não se deve deixar de utilizar 
termos técnicos necessários ao correto entendimento do 
trabalho. O que deve ser coibida é a utilização de termos 
que nada acrescentam ao texto produzido. Evitar usar 
sinônimos para tratar sobre as mesmas coisas, assim 
como evitar termos eruditos ou em outras línguas, podem 
ajudar nesse sentido. 
 
152 
Relatório de Levantamento 
Tempestividade 
O relatório deve apresentar informações atualizadas. Deve 
retratar a situação encontrada no momento da Ação 
Sistemática e estar disponível para conhecimento dos 
interessados em tempo hábil para a tomada de decisão. 
 
153 
Relatório de Levantamento 
Atratividade 
Evitar a elaboração de textos cansativos que acabam 
desestimulando sua leitura. Este atributo está intimamente 
ligado aos atributos Objetividade, Concisão e Clareza. Um 
relatório que não respeite a esses três atributos, 
dificilmente será atrativo aos gestores das unidades; fato 
que poderá reduzir a efetividade de todo o trabalho 
realizado. 
 
154 
Relatório de Levantamento 
Versatilidade 
Permitir diferentes abordagens de leitura. Atributo 
diretamente ligado à forma de estruturação do relatório de 
levantamento. Um relatório será versátil quando possibilitar 
que os diversos interessados possam ir direto à 
informação desejada sem realizar uma leitura extensa de 
todo o trabalho desenvolvido. Aqui, a forma e estrutura do 
relatório o qualificará como versátil, permitindo que cada 
usuário faça a leitura da forma que melhor entender. 
 
155