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NEXO CAUSAL E CASO PRÁTICO (PENAL)

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NEXO CAUSAL
O artigo 13 do Código Penal Brasileiro reza que:
O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Relevância da omissão.
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (ARTIGO 13 DO CÓDIGO PENAL BRASIELRO).
O nexo causal, também conhecida como relação de causalidade, onde tem-se uma conduta e um resultado, ou seja, o nexo é o que liga a conduta ao resultado e essa relação entre eles é o nexo causal, é o que se utiliza para saber se essa conduta em específico causada objetivou a um crime, se no caso concreto for considerado um crime, o sujeito ocasionador deste deverá então pagar pelo feito. 
Existem três teorias sobre o obejeto de estudo aqui a ser tratado que explica como funciona o nexo causal, sendo elas a teoria da causalidade adequada, a teoria da relevância jurídica e a teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
A teoria da causalidade adequada entende como causa a condição necessária mais a condição adequada para produzir um resultado.
A teoria da relevância jurídica entende como causa a condição relevante para o resultado. 
A teoria da equivalência dos antecedentes causais, teoria adotada pelo Código Penal vigente, ou “conditio sine qua non”, ou seja, a condição sem a qual não. E ela está disposta no final do artigo 13. Essa teoria é muito criticada pelo fato de que ela faz uma regressão ao infinito, entretanto, o próprio Código Penal ameniza os efeitos da crítica quando dispõe que o elemento com que se deu causa deve ter sido praticado com dolo ou culpa. 
Assim, todos são considerados causa do mesmo modo, não há diferença entre causa mais relevante e menos relevante, tudo o que contribuiu de qualquer maneira é considerado causa. Aplica-se então o critério da eliminação hipotética.
O que se entende como a modificação no mundo exterior e o resultado, pois e provocada e tem como consequência a conduta e se entende em duas teorias, a naturalística e a jurídica ou normativa. 
A teoria naturalística é naturalmente visível, que é como a conduta, causada no mundo exterior, que tem como característica a perda patrimonial no furto, a morte ou no homicídio. Crimes materiais, a consumação só ocorre se houverem resultados naturalísticos, como o homicídio, que só se consuma com a morte da vítima. Crimes formais. O resultado naturalístico é até possível, mas é “irrelevante”, pois o “resultado final” não precisa necessariamente acontecer. Já a teoria jurídica é o crime e toda lesão a um bem jurídico relevante, pois se não houver resultado jurídico não existe crime. 
Nexo-causal é o elo entre a conduta do agente e o resultado: se a conduta deu ou não causa ao resultado a natureza é a relação entre a conduta e o resultado, da apreciação entre dolo e culpa. O nexo normativo por mais que haja fato típico, não basta a mera constatação do nexo de causalidade de acordo com o art. 19 do Código Penal, é necessário que o agente tenha concorrido com dolo ou culpa: ou não há fato típico. A incidência do nexo-causal Só incide nos crimes materiais, onde há resultado naturalístico. 
Espécies da causa Em seu art. 13, o CP adotou a teoria “conditio sine qua non” (sem a qual não pode ser), que considera que todas as causas envolvidas são equivalentes: tudo o que concorrer para o resultado é considerado causa. 
 Causa dependente da conduta 
Considera o desdobramento causal como decorrência lógica, óbvia, previsível e normal da conduta. Se há mais de uma causa, e uma causa depende da outra, todas ligam a conduta ao resultado. 
Causa independente da conduta 
O desdobramento da conduta é imprevisível, inusitado, inesperado. Pode ser absolutamente independente e parcialmente independente.
O nexo causal trata-se de crime material, para haver uma perfeição do crime culposo depende da produção do resultado naturalístico, assim como acontece em outros crimes materiais, se trata a relação de causa e efeito no meio da conduta voluntária perigosa e involuntário. É um membro do fato típico, é uma matéria que está localizada na ciência da teoria do crime, de acordo com os princípios magistrais, crime é fato típico, ilícito e culpável. Esse nexo cabe expor quais condutas e se foram negativas ou positivas que enunciaram a causa ao resultado que estivesse previsto em lei, para se falar que houve um dano e que alguém causou determinado fato. O fato típico é formado por conduta, e formado por tais elementos: resultado, nexo causal e tipicidade. O nexo é onde você identifica o porquê que causa o crime, como diz o art.13, caput, do CP, deve ser provado que a morte da vítima tenha sido gerada pela conduta do agente. 
A doutrina jurídica busca por um significado ao fato típico, matéria causada é o corpo de divergência. Investigar o nexo causal é mencionar a causa, visto que, em matéria bem mais simples, haverá algo sobre o mesmo que somente quando a conduta for à causa do resultado criminoso. Vale salientar que, de início, a causa não é um conceito jurídico, mas sim, um conceito físico. 
Já no campo penal, as doutrinas apontam três grandes teorias com relação à causalidade: da equivalência condições, equivalência dos antecedentes ou conditio sine que non, fala que: acredita que o resultado não se teria produzido, da causalidade conveniente: fala que, só será considerada causa do evento somente a ação ou omissão do agente capaz e correta para gerar esse seguimento. E da imputação objetiva: diz que, para ser considerado causa da decorrência é necessário que, o agente possua com o mesmo, criando um risco que não tenha tolerância permitida ao bem jurídico, que esse resultado não venha acontecer de qualquer modo e ou que a vítima não tenha consentido com atitudes imprudentes ou tenha concordado para o fato do resultado. 
É bem notório que, essas questões não são cumulativas e sim alternativas, pois, as 3 teses citadas e de toda forma mostra que, com tal característica a atitude do agente fique de fora da relação de causalidade, com isso, faz com que a renomada causa, não seja dada como resultado.
CASO PRÁTICO
João, pedreiro de uma empresa, foi assaltado em uma viagem de ônibus. De repente, percebeu um forte tranco pela alça da bolsa de mão a qual estava o dinheiro, onde e desiquilibrou e caiu, com a queda a bolsa caiu. Porém, como foi abordado pelas costas dentro do ônibus cheio de pessoas, não restou tempo e nem chances de avistar o ladrão. No entanto, ao se levantar, percebeu que alguém pulava do ônibus e corria pela rua como se estivesse fugindo, e na cabeça dele seria aquela pessoa o assaltante. João, pegou uma arma que levava com sigo, mirou e disparou 2 tiros quase simultâneo em direção á pessoa que estava correndo, cujo nome, Pedro, sua intenção era fazer com que ele parasse, para assim recuperar sua mala e dinheiro. O primeiro tiro pegou na perna do corredor, por erro na pontaria, o segundo tiro pegou em um terceito individuo, Manoel, onde causou sua morte. Por ventura, e a terceira sujeito era o individuo que tinha roubado, momentos antes descerá já do ônibus muito tranquilo, com a bolsa de dinheiro enrrolada em uma blusa. Repare a retidão criminal de João. João tem uma ação (teve dois disparos), penalmente significativo, pois, é uma conduta humana gerido pela vontade. João não agiu coagido (no campo de uma coacçãooacção física ou “vis absoluta”); do mesmo modo, não agiu na esfera com tipo nenhum de movimento reflexo, sonambulismo ou qualquer outro pontode atrocidade. A atitude de João foi uma conduta humana, comandado pela vontade onde gera alteração objetiva em um mundo exterior. Verifica se essa ação é ou não típica, ou melhor, se tal conduta de João anexa o tipo. E qual seria esse tipo? O que se repara primeiramente é que nesta situação João quer atingir Pedro, fez 2 disparos na direção de Pedro e atinge Pedro, mas atinge também Manoel. Seria bem menos complicado se tivesse sido apenas um disparo, mas na verdade, houve dois, no entanto, vale dizer que houve dois atos; um tiro em direção á Pedro, que atinge Pedro e o outro em direção a Pedro que pega em Manoel. No entanto, precisa dividir essa responsabilidade, no momento em que João pratica atos penalmente pertinentes em dois objetos. De outro modo, percebe-se que essa situação é um “aberratio ictus”, pois o agente percebe um objeto e atinge um outro, e não é porque confundio os objetos, mas sim por uma ineficiente na execução. Em relação a Pedro, e onde ocorreu o primeiro tiro: A intenção do gente era fazêlo parar para conseguir chegar até ele e reaver a bolsa. Podemos falar que o agente dolo de ofensas corporais (art. 143º CP). Desta forma, podemos averiguar se a primeira ação o tipo do art. 143º CP encontra-se preenchido. Fundamentos obejtivos: Tem um agente, João, teve uma conduta, pegar uma arma e atirar, corresponde á conduta caracterizada no tipo, que é ofender corporalmente outra pessoa. O resultado típico foi o ferimento, onde Pedro teve a pedra ferida, é previsível que um disparo ocorra ferimento na perna objectivamente o tipo do art. 143º CP está preenchido

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