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ESCOLA TÉCNICA POTIGUAR CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ASPECTOS HISTÓRICOS NATAL/RN 2017 PROF.ª. VIVIAN OLINTO VIVIAN.OLINTO@UNP.BR A CRIANÇA NA HISTÓRIA • O interesse da sociedade pelas crianças nem sempre esteve presente. Século XVII • A criança era vista pela família como estorvo, um fardo insuportável. Os cuidados dispensados ao bebê não eram uma tarefas agradável aos pais. Século XVIII • Só no final do século XVIII, como consequência da precariedade das condições de higiene e da ausência de especialidade médica direcionada à criança, o índice de mortalidade infantil era elevado, fato que começa a modificar-se a partir do século XIX. (FIGUEIREDO, 2003) DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS • Alguns séculos se passaram, comportamentos e pensamentos se modificaram e um novo olhar foi lançado para as crianças. Essas declarações se expressaram na Declaração dos Direitos da Criança em 1924, pela Organização das Nações Unidas (ONU). DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS • O reconhecimento da declaração Universal dos Direitos Humanos ocorreu em 1959 e tinha como princípios: • Assegurar a criança o direito a um nome, à nacionalidade desde o nascimento; • Proteção especial e oportunidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral e espiritual e social de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade; (ESTEVES;VIANA; CASTRO, 2012) DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS • Assegurar os benefícios da previdência social, direitos de alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequada; • Proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração; • Direito de receber educação gratuita e obrigatória , pelo menos no grau primário; (ESTEVES;VIANA; CASTRO, 2012) • Tratamento, educação e cuidados especiais à criança com incapacidade física e mental; •Assegurar que, em qualquer circunstância, estará entre os primeiros a receber proteção e socorro; • Amor e compreensão (...) para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade. ENFERMAGEM PEDIÁTRICA • A prática da enfermagem pediátrica tem início com Florence Nightingale (1820-1910) que recomendava os cuidados à criança no aspecto de higiene, da alimentação e da recreação para o desenvolvimento, proteção de acidentes, de doenças e de trabalhos excessivos; • A recomendação de enfermagem para a assistência à criança tinha o mesmo recorte intelectual da medicina, isto é, conhecimentos para possibilitar seu desenvolvimento e crescimento saudável. (ROCHA, 1990) (PEREZ; PASSONE, 2010) http://linux.an.gov.br/mapa/?p=5538 (1871)- Considerava livre todos os filhos de mulheres escravas nascidos a partir da data da lei no Império do Brasil.[ (PEREZ; PASSONE, 2010) (PEREZ; PASSONE, 2010) (PEREZ; PASSONE, 2010) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • No Brasil, a partir da Constituição de 1988 é que efetivamente avançou-se no conceito da humanização da assistência à criança, com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, dentre outras coisas, garante o direito à saúde e à internação hospitalar com o acompanhamento dos familiares. • Em 13 de julho de 1990, foi promulgado a lei 8.069,que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente; • Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. • Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei; • Assegurando-se-lhes, meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • A garantia de prioridade compreende: Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; Precedência do atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; destinação privilegiada de recursos públicos. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) • Art. 6º. Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais e a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 7º. A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 9º O Poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. • Art. 8º. É assegurado a gestante através do Sistema Único de Saúde o atendimento pré e perinatal nos diferentes níveis de atendimento, seguindo os critérios médicos específicos. Direito a alimentação saudável; Assistência psicológica durante a gestação. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 10º Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados: Identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; Fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE • Art. 11º. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde; • Art. 12º. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) ESTATUTO DA CRIANÇA E DOADOLESCENTE • Art. 13º. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. • Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. (DIGIÁCOMO; DIGIÁCOMO, 2013) REFERÊNCIAS • DIGIÁCOMO, M. J.; DIGIÁCOMO, I. A.Estatuto da criança e do adolescente: anotado e interpretado. 6. ed. Curitiba: Ministério Público do Estado do Paraná, 2013. • ESTEVES, D.; VIANA, D. L.; CASTRO, A. D. R. V. Saúde da criança e do adolescente. In: PORTO, A.; VIANA, D. L. (org). Técnico em enfermagem. São Caetano do Sul:Yendis, 2012. p. 282-335. • Figueiredo, N. M. A. Ensinando a cuidar da criança. São Caetano do Sul: Difusão Paulista de Enfermagem; 2003. p.1-7. • PEREZ, J. R. R.; PASSONE, E. F. Políticas sociais de atendimento às crianças e aos adolescentes no Brasil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 140, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v40n140/a1740140.pdf. Acesso em: 23 fev 2015. • ROCHA, S.M.M. O processo de trabalho em saúde e a enfermagem pediátrica: socialidade e historicidade do conhecimento. Ribeirão Preto, 1990. 174.p Tese (Livre-docência) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
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