Criminologia+I

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CRIMINOLOGIA
Profº Rodrigo Fuziger
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CONCEITO DE CRIMINOLOGIA
É uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo...(Garcia-Pablos de Molina).
O TERMO DERIVA DO LATIM CRIMINO (CRIME) 
E DO GREGO LOGOS (TRATADO OU ESTUDO), 
SERIA PORTANTO O "ESTUDO DO CRIME”
ATUALMENTE A CRIMINOLOGIA POSSUI UMA PROPOSTA MAIS ABRANGENTE DE ESTUDOS, VAI ALÉM DE ESTUDAR DE MODO RESTRITO O CRIME
CRIMINOLOGIA
REVISÃO AULAS 1 A 5
CRIMINOLOGIA
Aula 1: Criminologia como ciência e evolução dos sistemas punitivos
É UMA CIÊNCIA HUMANA
EMPÍRICA
INTERDISCIPLINAR 
AUTÔNOMA. 
POSSUI MÉTODO EMPÍRICO, INDUTIVO.
OBSERVAÇÃO DIRETA DA REALIDADE.
A criminologia não chega as suas conclusões simplesmente pela leitura de livros, de uma opinião de um achismo, de uma especulação, ela vai à realidade concreta e observa diretamente a realidade.
EMPÍRICA
 Baseia-se na experiência da observação, nos fatos e na prática, mais que em opiniões e argumentos.
INTERDISCIPLINAR 
Para estudar o crime, criminoso, a vitima e o controle social, ela conversa com diversas outras ciências que também pensam sobre estes objetos de uma forma diferente. 
É UMA CIÊNCIA HUMANA
AUTÔNOMA. 
POSSUI OBJETO E MÉTODO
INTERDISICPLINAR
PSICOLOGIA 
DIREITO
SOCIOLOGIA
BIOLOGIA
ANTROPOLOGIA
PSICANÁLISE
PSICOPATOLOGIA
FILOSOFIA
Preocupações da Criminologia 
Crime (delito)
 criminoso (delinquente)
Vítima
Controle social
NÍVEIS DE VITIMIZAÇÃO
VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA – atingida diretamente pela conduta.
VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA – atingida pela inércia (burocratização) do Estado na busca de Justiça.
VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA – atingida pela estigmatização da sociedade (cifra negra).
PARA QUE SERVE A CRIMINOLOGIA?
Etiológica (causas)
Preventiva
Crítica (critica sistema penal que é injusto, desigual, só recai pobres, negros)
 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA PENAL
VINGANÇA PRIVADA
		X	
VINGANÇA PÚBLICA
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INQUISIÇÃO (1232 – 1834)
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ILUMINISMO (SEC. XVIII e XIX)
É um movimento filosófico que critica o modelo de governo absolutista e o sistema penal vigente através das teorias contratualistas por Rousseau, Beccaria e Carrara, dentre outros
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ORIGEM DA CRIMINOLOGIA
Muitos doutrinadores afirmam que o fundador da criminologia moderna foi Cesare Lombroso, com a publicação, em 1876, de seu livro O homem delinquente.
Para outros, foi o antropólogo francês Paul Topinard quem, em 1879, teria empregado pela primeira vez a palavra “criminologia”.
Há os que defendem a tese de que foi Rafael Garófalo quem, em 1885, usou o termo como nome de um livro científico
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ESCOLA CLÁSSICA
A Escola Clássica Não existiu propriamente uma Escola Clássica, que foi assim denominada pelos positivistas em tom pejorativo (Ferri). 
Cesare Beccaria, intitulado Dos delitos e das penas (1764), com a proposta de humanização das ciências penais. 
Além de Beccaria, despontam como grandes intelectos dessa corrente Francesco Carrara (dogmática penal) e Giovanni Carmignani. 
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ESCOLA CLÁSSICA
“Quando alguém encara a possibilidade de cometer um delito, efetua um cálculo racional dos benefícios esperados (prazer) e os confronta com os prejuízos (dor) que acredita vão derivar da prática do delito; se os benefícios são superiores aos prejuízos, tenderá a cometer a conduta delitiva”; custo-benefício.
A punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio;
A pena deve ter nítido caráter de retribuição pela culpa moral do delinquente (maldade), e também deve prevenir o delito com certeza, rapidez e severidade e a restaurar a ordem externa social;
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 Pode-se afirmar que a Escola Positiva teve três fases: antropológica (Lombroso), sociológica (Ferri) e jurídica (Garófalo). 
POSITIVISMO
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Cesare Lombroso (1835-1909)
Criador da teoria do criminoso nato em seu livro “O homem delinquente” (L’uomo delinquente), o berço da criminologia.
POSITIVISMO
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Cesare Lombroso (1835-1909)
Lombroso retirou algumas ideias dos fisionomistas para traçar um perfil dos criminosos. Assim, acabou por examinar com intensa profundidade as características fisionômicas e as comparou com os dados estatísticos de criminalidade. Nesse sentido, dados como estrutura torácica, estatura, peso, tipo de cabelo, comprimento de mãos e pernas foram analisados com detalhes.
POSITIVISMO
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Cesare Lombroso (1835-1909)
Lombroso propôs a utilização de método empírico-indutivo ou indutivo-experimental, que se ajustava ao causalismo explicativo defendido pelo positivismo. Efetuou ainda estudos intensos sobre as tatuagens, constatando uma tendência à tatuagem nos dementes. Para ele, o crime não é uma entidade jurídica, mas sim um fenômeno biológico.
POSITIVISMO
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Cesare Lombroso (1835-1909)
Delinquente nato , o criminoso nasce criminoso (determinismo biológico), cujas características seriam: fronte fugidia, crânio assimétrico, cara larga e chata, maxilares proeminentes (prognatismo), grandes maçãs no rosto, lábios finos, canhotismo (na maioria dos casos), barba rala, olhar duro, etc.
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
genro e discípulo de Lombroso, foi o criador da chamada “sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos antropológicos, físicos e culturais.
Criou pejorativamente a expressão “Escola Clássica”
Criou as teorias dos substitutivos penais
POSITIVISMO
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Defendeu outras influências deterministas. Seu doutorado versou sobre a Teoria da Imputabilidade e a Negação do Livre-arbítrio (La Teorica dell'Imputabilità e la Negazione del Libero Arbitrio) publicada em 1878.
Escreveu sua obra de maior renome, “Sociologia criminal” em 1884.
POSITIVISMO
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Defendia que outros elementos poderiam determinar a prática do crime, não só o biológico, mas também fatores individuais (raça, sexo), sociais (família, religião) e físicos (clima, temperatura).
POSITIVISMO
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Compartilhou com Lombroso a crença nas características fisiológicas de criminosos. contudo, concentrou-se no estudo das suas características psicológicas, tais como gírias, grafia, símbolos secretos, expressões artísticas, assim como a insensibilidade moral e "uma certa falta de repugnância à ideia de execução da ofensa, antes de cometê-la, e a falta de remorso após realizá-la.”
Na psique dos criminosos há uma "resistência defeituosa às tendências e pecados criminais, devido a essa impulsividade mal controlada que caracteriza crianças e animais.”
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Para ele, o Direito era uma ciência social que deveria ser estudada pela observação da sociedade. Concluiu com suas pesquisas que o objetivo do sistema penal deveria ser a neutralização dos criminosos através da prevenção dos delitos.
Ferri critica as instituições penais como incapazes de ressocializar os criminosos depois destes 
cumprirem as penas. Para ele, a ressocialização de alguém acostumado ao ar da prisão é impossível ou difícil, pois os indivíduos saem das prisões ainda mais ressentidos e cometem crimes maiores como vingança contra a sociedade. 
POSITIVISMO
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
O crime deve ser combatido antes que aconteça, pois a prevenção geral é mais eficaz do que repressão. 
Com este objetivoo Estado deve aplicar Substitutivos Penais, que são medidas de carácter econômico, político, administrativo, educativo, familiar que atuem nas causas originadoras dos delitos diminuindo a sua incidência.
Porém, os Substitutivos Penais não serão suficientes para conter todos os tipos de criminosos. Para estes tipos de criminosos são necessárias Medidas de Segurança, formas de contê-los enquanto manifestem seu caráter perigoso para a sociedade.
POSITIVISMO
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
A Teoria dos Motivos proposta por Ferri considera que existem fatores que serão determinantes do delito. Tal ideia do jurista italiano está intimamente ligada à contemporânea noção de “Fatores criminógenos”. Os motivos enumerados por Ferri são:
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Fatores Antropológicos
Constituição Orgânica do Crime: Refere-se a características somáticas dos indivíduos: crânio, vísceras, cérebro.
Constituição Psíquica: Inteligência, sentimento, senso moral.
Características Pessoais: Raça, idade, sexo, estado civil.
Fatores Sociais: 
 Densidade de população, opinião pública, Moral, religião.
Fatores Físicos : 
 Clima, solo, estações, temperatura.
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
A partir da Teoria dos Motivos, Ferri elabora a sua Lei da Saturação: em um meio socialmente determinado com condições individuais e psíquicas dadas, comete-se um determinado número de delitos,
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ENRICO FERRI - (1856-1929)
Tipos de criminosos:
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RAFAEL GARÓFALO
Magistrado italiano
Criou o conceito de “delito natural”
O crime uma ofensa feita à parte mais comum do senso moral formada pelos sentimentos de piedade e probidade (justiça).
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RAFAEL GARÓFALO
Garófalo é autor do livro “Criminologia” publicado no ano de 1885. Além deste Garófalo escreveu outro de importância semelhante, tais como: “Ripparazione e vittime Del delitto” (1887). 
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RAFAEL GARÓFALO
Garófalo acreditava ainda, que o criminoso tinha um déficit na esfera moral da personalidade e uma mutação psíquica, transmissível hereditariamente e com conotações atávicas. 
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RAFAEL GARÓFALO
Com relação à tipologia, definiu quatro categorias de delinquentes: o assassino, o criminoso violento, o ladrão e o lascivo.
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EXERCÍCIOS – TIPOS DE CRIMINOSOS DE FERRI
1) Uma estudante de Direito chega em casa e depara-se com seu cônjuge em conjunção carnal com uma outra mulher, sobre sua nova cama com um colchão com molas ensacadas. Absolutamente transtornada com a cena, ela acaba assassinando seu cônjuge e sua amante.
2) José, administrador, com emprego, paga por um gato na ligação de eletricidade, oferecido pelo técnico da empresa de energia. Dias depois, ao ser pego com o licenciamento vencido, oferece 50 reais para o agente policial, para que não fosse autuado. Nesse mesmo trajeto, quase chegando em sua casa, nota que um caminhão de cervejas tombou. Tal qual outros populares, José pega engradados de cerveja e leva em seu carro.
3) Um indivíduo cleptomaníaco, notadamente amoral, furta gravatas com certa regularidade, muito embora seja totalmente capaz de pagá-las, já que é milionário.
4) Um sujeito com severo distúrbio mental incendeia carros pela cidade.
5) Zé pequeno, desempregado, passa a se dedicar ao tráfico de drogas, fazendo disso sua atividade econômica.
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ESCOLA DE CHICAGO E A TEORIA ECOLÓGICA 
Foi o berço da sociologia americana e tem como objeto de estudo a cidade, como ente vivo capaz de refletir e influenciar nas condutas criminosas:
Mobilidade social e áreas de delinquência
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Aula 1: Criminologia como ciência e evolução dos sistemas punitivos
TEORIA DA ANOMIA
Em síntese, anomia pode ser descrita como a falta de reconhecimento na legitimidade da norma, a qual perde o seu poder coercitivo, fazendo com que haja um incremento da prática da conduta que se pretendia proibir.
Teve dois principais articuladores: Durkheim e, posteriormente, Merton.
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TEORIA DA ANOMIA DE MERTON
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"Conformidade" - Pelo comportamento classificado como "conformidade", o indivíduo busca atingir as "metas" socialmente previstas empregando os "meios" estabelecidos e admitidos por essa mesma sociedade. É o indivíduo plenamente adaptado ao figurino socialmente admitido;
"Inovação" - Neste caso, o indivíduo admite plenamente as "metas" socialmente difundidas. "riqueza/fama/poder" são, de fato, os objetivos a serem alcançados). Todavia, o "inovacionista" não concorda com os "meios" institucionalizados para a obtenção das "metas" cobiçadas. É que, para ele, "os fins justificam os meios", ou seja, atingindo as "metas", os "meios" utilizados não interessam... 
"Ritualistas" - é aquele indivíduo que confere mais valor aos "meios" que às "metas" sociais. o mesmo indivíduo "ritualista" demonstra extremo apego ao cumprimento de todas as formas de regras sociais (pode-se sintetizar, afirmando que o pacato cidadão, que trabalha duro e respeita as leis, sem nunca acalentar qualquer objetivo conforme os valores socialmente estabelecidos, constitui um exemplo de "ritualista"). “Só cumpro ordens”.
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"Evasão" - Este comportamento é caracterizado pelo indivíduo totalmente alienado, pois não observa os "meios" e, tampouco, almeja as "metas" sociais. Para o "evasivo", não importam os "meios", que são por ele ignorados, nem tampouco as "metas", que são por ele desprezadas. 
"Rebelião" - Finalmente, o "rebelde", como o conceito revela, é o indivíduo discordante dos "meios" e "metas" socialmente consolidados. Antes que se confunda com o conceito de "evasão", é importante que se registre que, conquanto discorde dos "meios" e "metas" preceituados, o "rebelde" defende seus próprios "meios" e "metas". É dizer, inconformado e revoltado com o "status quo" social, o "rebelde" preconiza a radical transformação.
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TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
O crime é um hábito adquirido, uma resposta a situações reais que o sujeito aprende com o contato com valores, atitudes e pautas de condutas criminais no curso de processos de interação com seus semelhantes
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Aula 1: Criminologia como ciência e evolução dos sistemas punitivos
TEORIA DO ETIQUETAMENTO (LABELING APPROACH)
As normas são seletivas e rotulam condutas e indivíduos. Quando eles adentram no sistema penal o estereótipo é confirmado e o sujeito rotulado.
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TEORIA DO ETIQUETAMENTO (LABELING APPROACH)
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(excertos de “As faces de Jano: o simbolismo no Direito penal”)
O “labeling approach”, traduzido como “teoria do etiquetamento”, desvela a dimensão comunicativa específica ao Direito penal, analisando como ela condiciona o comportamento dos indivíduos.
São atribuídos significados às coisas. Tais significados são controlados e modificados por um processo interpretativo usado pelas pessoas interagindo em sociedade.
O sujeito estabelece sentido em um processo que, no limite, é solitário, mas que está totalmente calcado no que é construído coletivamente na sociedade, por meio da interação social
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A criminalidade é o resultado do estabelecimento da condição de criminoso e a posterior atribuição de tal status aos indivíduos, em um processo que é empreendido pelas estruturas que compõem o universodo Direito penal. 
O Labeling Approach destaca a manipulação de significados e a simbolização que permeia as categorias intrínsecas ao Direito penal, como “crime”, “criminoso”. A construção social do conceito de delito é ressaltada, superando totalmente qualquer perspectiva naturalística do crime e, por conseguinte, ideias criminológicas anteriores que postulavam a existência de categorias como a do “criminoso nato”. 
Não há, portanto, condutas aprioristicamente criminosas, mas sim a construção de crimes e, portanto, da criminalidade, bem como a atribuição do papel de criminoso. Nesse sentido, pareceria mais adequada a utilização da nomenclatura “criminalização e criminalizado” em detrimento de “criminalidade e criminoso”. 
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Para aprofundamento sobre o Labeling approach, sugestão de artigo disponível em:
http://www.ibccrim.org.br/revista_liberdades_artigo/225-Artigo
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