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Prof. Luiz Cláudio Cândido candido@em.ufop.br TECNOLOGIA e METALURGIA da SOLDAGEM (MET 140) TECNOLOGIA da SOLDAGEM MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br PROCESSOS CONVENCIONAIS de SOLDAGEM BRASAGEM • Coalescência dos metais pelo aquecimento a uma temperatura adequada e pelo uso de metal de adição que tem ponto de fusão < Tsolidus do MB; • O metal de adição preenche a junta por ação capilar; • Se o ponto de fusão do metal de adição é > 450oC “brasagem forte”; < 450oC “brasagem fraca”; Diagrama de equilíbrio de ligas Cu-Ag. 2 • Solda – brasagem: assemelha-se à brasagem. Difere pelo desenho da junta e pela forma de deposição do metal de adição, que são semelhantes ao que ocorre na soldagem. Tfusão do metal de adição é > 450 oC; • O metal base nunca é levado à fusão; • Realização de uma junta brasada: perfeito molhamento das faces a serem unidas pelo metal de adição fundido; É IMPRESCINDÍVEL QUE O MB ESTEJA LIMPO Para isto: decapagem química ou limpeza mecânica Ainda: os metais precisam ser protegidos durante o aquecimento por um fluxo ou uma atmosfera adequada. • Fluxos usados se fundem a T inferiores à Tfusão do metal de adição e atuam sobre as superfícies a serem unidas e áreas próximas, dissolvendo as camadas de óxidos eventualmente formadas após a decapagem, permitindo assim que o metal de adição possa fluir livremente sobre as superfícies a serem unidas e aderir MB; • A brasagem por ser feita: - atmosfera ativa - atmosfera inerte - sob vácuo O uso de atmosferas protetoras elimina a necessidade de limpeza após a operação, para eliminar da junta os materiais corrosivos dos fluxos; 3 • As juntas brasadas são preenchidas por capilaridade e, para que o fenômeno ocorra de forma adequada, é necessário um controle rígido da distância de separação entre as peças; Junta brasada: (a) horizontal; (b) vertical. x = (T . D . t/3 . )1/2 x = distância brasada num tempo t; D é o espaçamento entre as peças; T é a tensão superficial do líquido; é a viscosidade ymáx = 2 . T / R . g . D R = é densidade do metal líquido; g é a aceleração da gravidade Variação da resistência ao cisalhamento com a distância e separação entre as peças (esquemática). 4 Variação do limite de resistência de uma junta brasada com a distância de separação entre as peças (esquemática).. Espaçamentos recomendados à temperatura de brasagem. 5 • A ligação entre o metal de adição e metal de base se dá por difusão, com a formação de ligas intermetálicas na interface entre estes materiais, e é sólida e “resistente”; • Classificação dos processos: por chama; em forno; por indução; por resistência; por imersão; por infravermelho”. Brasagem em forno. Brasagem por imersão. 6 Metais de adição para brasagem. 7 Metais de adição recomendados para brasagem de diferentes materiais. 8 Metais de adição para solda - brasagem. Metais de adição para brasagem fraca. 9 Metais de adição para brasagem fraca. 10 Fluxos para brasagem. 11 Atmosferas para brasagem. 12 Juntas usadas em brasagem. 13 SOLDAGEM E CORTE A GÁS SOLDAGEM É um processo no qual a coalescência ou união dos metais é obtida pelo aquecimento destes com uma chama de um gás combustível e o oxigênio. O processo envolve a fusão do MB e do metal de adição, se usado. Características: • Excelente controle que se pode exercer sobre a entrada de calor e a temperatura das peças; • Equipamento de baixo custo e pode ser usado em outras operações como: desempeno, dobramento, pré e pós-aquecimento, brasagem, solda-brasagem e corte a gás. • Gases usados como combustível devem ter: - alta temperatura de chama - alta taxa de propagação de chama - alto potencial energético - mínima reação química - destaca-se o ACETILENO • O oxigênio, individualmente, não é combustível ou explosivo. Entretanto, ele suporta a combustão e, sob pressão, pode reagir violentamente com óleo ou graxa. 14 Gerador de acetileno, baseado na mistura de carboneto com água. 15 Soldagem oxi-gás (OFW). Equipamento básico para soldagem oxigás (esquemático). 16 Representação esquemática de um regulador de pressão de um estágio. 17 Equipamento básico para OFW. Elementos básicos de um maçarico. 18 Acessórios utilizados para operações OFW. 19 • O acetileno, para ser armazenado e utilizado com segurança a pressões acima de 1kgf/cm2, deve ser acondicionado em cilindros preenchidos com uma massa porosa, à base de carvão, cimento especial e asbestos, e embebida em acetona, na qual o acetileno pode ser dissolvido na proporção de até 25 litros de acetileno para cada litro de acetona; pressão máxima = 17atm (17kgf/cm2). • A massa porosa forma pequenas cavidades dentro do cilindro, onde pequenos volumes de acetona se alojam, evitando o choque excessivo entre as moléculas e a conseqüente detonação e explosão. • Retirada máxima de acetileno: 1/7 da capacidade do cilindro por hora. Isto porque, se a retirada for maior ocorrerá resfriamento do cilindro queda de pressão falsa impressão de que o cilindro está vazio. E ainda, o acetileno poderá arrastar consigo partículas de acetona, que afetarão a chama e a qualidade do trabalho. • Segurança nos cilindros de acetileno: selos nas extremidades, com liga Sn-Cd (Tfusão 80 oC). Caso os cilindros sejam submetidos a calor excessivo, ocorrerá a fusão da liga liberará o acetileno, evitando possíveis explosões. E ainda: armazenagem em locais frescos, ventilados, limpos e secos. Não devem ficar deitados, para evitar choques mecânicos. O acetileno em contato com o Cu, Hg ou Ag pode, sob certas condições, formar compostos explosivos. Por isto, as canalizações devem ser de ferro fundido ou aço. Entretanto, os bicos de Cu dos maçaricos não oferecem perigo, pois o acetileno, neste caso, não apresenta pressão e tempo de contatosuficientes para a reação. 20 • Os maçaricos são dispositivos que recebem o O2 e o acetileno puros e fazem a sua mistura na proporção, volume e velocidade adequados à produção da chama desejada. O volume dos gases determinará o tamanho da chama e a sua capacidade de aquecimento. • Tipos de maçarico: - os de baixa pressão do tipo injetor - os de média pressão do tipo misturador No caso do tipo misturador são usadas as mesmas pressões de trabalho para o oxigênio e o acetileno. O maçarico do tipo injetor, pode ser utilizado com o acetileno a baixa pressão, uma vez que utiliza um sistema em que a pressão do oxigênio é usada para aspirar o acetileno. Este apresenta a característica de não sofrer variação na proporção de mistura provocada por flutuações na pressão de O2, pois a quantidade de acetileno arrastada é proporcional a esta pressão. Cuidado: Uso de pressões excessivamente baixas (dobras na mangueira, superaquecimento do bico, toque do maçarico na peça ou obstrução do bico por partículas de metal) “engolimento de chama”. Utilizam-se válvulas contra retrocesso de chama, que permitem fluxo apenas num sentido. Reguladores de pressão: de um e duplo estágio. 21 Tipos de maçaricos Desenho esquemático de um maçarico misturador. Desenho esquemático de um maçarico injetor. 22 Tipos de maçaricos e seus detalhes. 23 Características de combustão de alguns gases. Gás combustível ACETILENO Gás de Rua Propano Metano Composição C2H2 H2 = 53% CH4 = 25% CO = 8% Dif. = 14% C3H6 CH4 Poder calorífico superior (kcal/m3) 14.000 4.300 24.300 9.410 Poder calorífico inferior (kcal/m3) 11.000 3.800 22.300 9.470 Oxigênio teoricamente necessário (m3/m3) 2,5 0,8 a 0,9 5,0 2,0 Temperatura máxima (oC) 3.100 2.750 2.800 2.730 Intensidade média na ponta do maçarico (kcal/cm2.s) 10,9 3,0 2,7 2,0 24 Características de gases combustíveis comuns. 25 Chamas macias: são ineficientes e sensíveis ao “engolimento” Chamas ásperas: são de difícil manuseio Classificação das chamas - oxidante (ruído característico) - neutra - redutora Representações esquemáticas mostrando a aparência dos diversos tipos de chama: (a) acetilênica; (b) redutora; (c) neutra e (d) oxidante. 26 A chama oxiacetilênica. 27 Ajuste da chama oxiacetilênica. 28 Gradientes de velocidade de gás no bico do maçarico. 29 Tipos de cones de chama. 30 • O ACETILENO é o gás combustível mais usado em soldagem. É incolor e possui cheiro característico. Normalmente, este gás não existe na natureza, mas é produzido a partir da reação do carbureto de cálcio (CaC2) com água (H2O): • O OXIGÊNIO é o comburente e é incolor e insípido, sendo encontrado em abundância na atmosfera. Pode ser obtido industrialmente por: - reação química - eletrólise da água - liquefação do ar (mais usado) - Pureza 99% Técnica operatória: Chama oxiacetilênica: 1a reação - cone interno: C2H2 + O2 2CO + H2 + CALOR (maçarico) 2a reação – envoltório externo difuso: 4CO + 2H2 + 3O2 4CO2 + 2H2O + CALOR (atmosfera) O carbureto usado neste processo é produzido por cal fundida e coque num forno elétrico. Quando removido do forno e resfriado, o carbureto é triturado, peneirado e embalado. 31 32 Intensidade total de combustão. Temperaturas de chama e os valores de aquecimento de combustíveis têm sido usados quase exclusivamente como critérios para avaliação de gases. Estes dois fatores sozinhos, entretanto, não fornecem informação suficiente para uma completa avaliação dos gases para fins de aquecimento. Um conceito conhecido como intensidade de combustão é usado para avaliar diferentes combinações oxigênio/gás combustível. A intensidade de combustão considera a velocidade de queima da chama, o valor de aquecimento da mistura de oxigênio, o gás combustível, e a área do cone da chama fluindo pelo bico. A intensidade de combustão pode ser expressa como: Ci = Cv . Ch Ci = intensidade de combustão (J/m 2s) Cv = velocidade normal de combustão da chama (m/s) Ch = valor de aquecimento do gás de mistura em consideração (J/m3) A intensidade de combustão (Ci), portanto, é máxima quando o produto da velocidade normal de combustão da chama (Cv ) e o valor de aquecimento do gás de mistura (Ch) é máximo. 33 Velocidade normal de combustão da mistura de vários gases com oxigênio. Uma característica de um gás combustível é sua velocidade de combustão (taxa de propagação da chama). É um fator importante no calor produzido pela chama oxigás. Esta é a velocidade na qual a chama “viaja” através do gás adjacente não queimado. Ela influencia o tamanho e a temperatura da chama primária. Também afeta a velocidade na qual os gases podem escoar do bico do maçarico sem causar o afastamento da chama ou seu “engolimento”. O afastamento da chama ocorre quando a combustão acontece em alguma distância longe da extremidade do maçarico ao invés de acontecer na extremidade. O “engolimento” é o recuo momentâneo da chama para dentro do maçarico, seguido pela reaparição ou completa extinção da chama. 34 Comparação entre as características da soldagem oxiacetilênica e a soldagem com eletrodos revestidos. 35 Aplicação da soldagem oxiacetilênica para vários materiais. 36 Condições gerais de vários metais ferrosos para soldagem OFW. 37 Especificações AWS para varetas de metal de adição para soldagem a gás. Algumas ligas soldáveis a oxiacetilenico 38 Técnicas de soldagem oxiacetilênica. Técnicas de soldagem oxiacetilênica. (a) soldagem para trás; (b) soldagem para a frente. Processo de corte a oxigênio. 39 Representação esquemática do processo de aspersão por chama (metalização). 40 PROCESSOS DE SOLDAGEM AO ARCO ELÉTRICO Origens e evolução: O arco voltaico aplicado à soldagem foi introduzido por N.R.Bernardos em 1887. O princípio era um arco voltaico entre um eletrodo de carvão e a peça. Fundia-se o material da zona a unir sem consumir o eletrodo. O material de adição era introduzido separadamente. Em 1889, Zerener introduziu no processo um segundo eletrodo, fazendo o arco entre os dois eletrodos, sendo que a corrente não mais percorria a peça, permitindo, portanto a soldagem de materiais não condutores. 1 – Soldagem com ELETRODOS REVESTIDOS (Shielded Metal Arc Welding – SMAW) 41 O processo de Slavianoff, de 1892 introduziu a conexão elétrica na própria vareta do material de adição, tornando o eletrodo consumível. Em 1905, Oscar Kjellberg (Suécia) criou o eletrodo revestido (imersão de uma vareta de aço em uma soluçãocontendo celulose); permitiu incorporar substâncias, para produzir efeitos especiais na solda. A evolução posterior levou ao uso do arco protegido, inicialmente com hidrogênio e, posteriormente, com gases neutros. Em 1912 foi estabelecida a primeira patente com a soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido, com propriedades mecânicas adequadas. Desde então, tornou-se o processo de soldagem mais utilizado no mundo. 42 Pouco tempo depois surgiu a soldagem com arco protegido a hidrogênio. Este processo, conhecido como soldagem com "hidrogênio atômico" ou soldagem "arcatômica", utilizava um arco voltaico em atmosfera de hidrogênio, entre dois eletrodos permanentes de tungstênio. O hidrogênio se dissocia no arco elétrico, passando para o estado atômico com absorção de energia. Em contato com o metal de solda ou com as peças a unir, mais frios, o hidrogênio volta ao estado molecular, liberando calor e aumentando o rendimento térmico do processo. A chama produzida pela queima do hidrogênio também contribuia para o rendimento térmico. A fonte de energia era um transformador especial para produzir a alta tensão para acender o arco (acima de 70 volts), mas sem perigo para o soldador. Processo de soldagem com hidrogênio atômico. O processo caiu em desuso quando gases neutros passaram a ser usados com atmosfera de soldagem. 43 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Origens • Um inglês chamado Wilde obteve a primeira patente de soldagem por arco elétrico em 1865 – Arco elétrico entre duas peças de aço; • Aproximadamente vinte anos depois, na Inglaterra, Nikolas Bernardos e Stanislav Olszewsky registraram a primeira patente de um processo de soldagem, baseado em um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de carvão e a peça a ser soldada, fundindo os metais à medida que o arco era manualmente passado sobre a junta a ser soldada; 44 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Origens • Em 1890, N.G. Slavianoff (Rússia) e Charles Coffin (EUA) desenvolveram, independentemente, a soldagem com eletrodo metálico nu. Dessa forma, durante os anos seguintes, a soldagem por arco foi realizada com eletrodos nus, que eram consumidos na poça de fusão e tornavam-se parte do metal de solda. Soldagem com eletrodos nus Contato com oxigênio e nitrogênio Baixa qualidade do metal de solda Formação de óxidos e nitretos prejudiciais ao metal 45 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Origens • No início do século XX, a importância da proteção ao arco contra os agentes atmosféricos foi percebida. Revestir o eletrodo com um material que se decompunha sob o calor do arco para formar uma proteção gasosa pareceu ser o melhor método para atingir esse objetivo. Como resultado, vários métodos de revestir os eletrodos, tais como acondicionamento e imersão, foram tentados. Em 1904, Oscar Kjellberg, um engenheiro sueco, tinha um problema: ele precisava melhorar a qualidade dos trabalhos de reparo em navios e caldeiras em Gothenburg, o que resultou na invenção do primeiro eletrodo revestido, onde o revestimento era constituído, originalmente, de uma camada de material argiloso (cal), cuja função era facilitar a abertura do arco e aumentar sua estabilidade. 46 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Origens • Logo após, Oscar Kjellberg fundou a ESAB. Em 1907, Oscar Kjellberg patenteou o processo de soldagem a arco com eletrodo revestido. • Esses esforços culminaram no eletrodo revestido extrudado em meados dos anos 1920, melhorando muito a qualidade do metal de solda e proporcionando aquilo que muitos consideram o mais significativo avanço na soldagem por arco elétrico. • A busca contínua do aumento da produtividade propiciou o desenvolvimento de novos processos de soldagem. 47 A coalescência dos metais é obtida pelo aquecimento destes com um arco estabelecido entre o eletrodo revestido e o MB. • O revestimento é consumido junto com o eletrodo pelo calor do arco desempenhando uma série de funções fundamentais ao processo de soldagem como, por exemplo, a estabilização do arco, a proteção do metal fundido pela formação de escória e de gases e a adição de elementos de liga e de desoxidantes à poça de fusão. Região do arco na soldagem SMAW. 48 49 50 Funções dos fluxos: 51 Funções dos fluxos (continuação): 52 53 54 55 Processo SMAW: É o processo mais usado, devido a sua versatilidade. Indicação: É indicado para soldagem de aços. Eletrodo revestido: Os ingredientes que formam o revestimento são triturados, dosados e misturados até a obtenção de uma massa homogênea. A massa é conformada sobre as varetas metálicas, com comprimentos padrão a partir de 300mm. Em seguida o revestimento de uma das extremidades é removido para permitir o contato elétrico com o porta-eletrodo. A tomada de corrente portanto é feita numa extremidade, e o arco é gerado na outra. A escolha dos ingredientes do revestimento determina o resultado desejado, como eletrodos básicos, ácidos, rutílicos, etc. Equipamento: Fonte de corrente constante, contínua ou alternada, porta eletrodos e cabos. Representação esquemática de um circuito para o processo SMAW. 56 Os equipamentos e materiais de um sistema de soldagem com eletrodos revestidos compreendem, em geral: mesa de soldagem, fonte de energia (CA ou CC) com controle do nível de corrente de soldagem, cabos, porta-eletrodo, eletrodos, ferramentas e material de segurança. Representação esquemática de um equipamento para soldagem SMAW. 57 Processo SMAW. 58 A fonte de energia pode apresentar diversas variações, em termos de projeto e características operacionais, de acordo com o seu fabricante e capacidade. Contudo, esta deve ser do tipo corrente constante com capacidade e tipo de corrente adequados para os eletrodos utilizados. Os cabos, o porta-eletrodo e a lente de proteção também devem ser adequados para o nível de corrente utilizado. Curvas de saída tensão (V) x corrente (I) típica de uma fonte para soldagem com eletrodos revestidos. 59 O eletrodo Limite mínimo de corrente: valor abaixo do qual o arco elétrico torna- se instável. Limite máximo de corrente: valor acima do qual o aquecimento do eletrodo devido ao efeito Joule (resistência) começa a degradar o revestimento. 60 61 62 Esquema de classificação de eletrodos de aços ao carbono de acordo com a AWS. 63 Esquema de classificação de eletrodos de aços ao carbono de acordo com a AWS. 64 65 66 Esquema de classificação de eletrodos de aços ao carbono de acordo com a AWS. 67 NOMENCLATURA (AWS) Dígito Significado 1, 2 ou 3 Mínima resistência à tração 3 / 4 + último Posição de soldagem (*) último Corrente (tipo) (*) 1 – todas as posições, 2 – horizontal / plana, 3 – plana Ex.: E 7018 - Limite de resistência à tração, u = 70.000 psi ( 482 MPa) Obs.: 1 psi = 1 libra/pol2 = 6,89 x 10-3 MPa - Posição: todas - Corrente: CA, CC+ 10 – celulósico CC+ 11 – “ CC+ CA - Tipo de Revestimento 12 – rutílico CC13 – “ CC- CA 15 – básico CC+ CA 18 – básico com pó de ferro CC CA 68 69 70 g 71 72 73 74 2) Fatores de operação: - estabilidade do arco - facilidade de manipulação e controle de escória - sem fumos tóxicos - boa integridade mecânica (robustez) 3) Fatores econômicos e outros: - altas taxas de deposição - posições de soldagem Componente BÁSICO RUTÍLICO ÁCIDO CaO 27 5 4 CaF2 34 --- --- SiO2 15 20 36 TiO2 9 45 --- MnO 5 8 26 FeO 4 5 21 Al2O3 --- 5 2 Composição química típica (% massa). 75 Especificações AWS para eletrodo revestido A AWS - American Welding Society (Sociedade Americana de Soldagem - o equivalente à nossa Associação Brasileira de Soldagem) criou um padrão para a identificação dos eletrodos revestidos que é aceito, ou pelo menos conhecido, em quase todo o mundo. Devido a simplicidade, e talvez o pioneirismo, esta é a especificação mais utilizada no mundo atualmente para identificar eletrodos revestidos. Estas especificações são numeradas de acordo com o material que se pretende classificar, conforme a TABELA ESPECIFICAÇÕES AWS PARA ELETRODOS REVESTIDOS. 76 Especificações AWS para eletrodo revestido 77 Especificações AWS para eletrodo revestido A (AWS A 5.1), tem uma forma simples de ser interpretada: LR em tração! 78 Especificações AWS para eletrodo revestido 79 Especificações AWS para eletrodo revestido 80 Especificações AWS para eletrodo revestido Requisitos químicos para eletrodos revestidos aplicáveis aos aços carbono. Exemplo! Existem eletrodos com maior nível de resistência mecânica. Ex.: E8010-b2, 9010, 9018, etc. 81 Especificações AWS para eletrodo revestido Os ensaios mecânicos (ou físicos) de metal depositado são realizados em todos os corpos de prova na condição como soldado. Isso significa que a solda ou o metal de solda não fica sujeito a qualquer tipo de tratamento térmico. Corpos de prova de tração para todas as classificações de eletrodos exceto os de baixo hidrogênio (E7015, E7016, E7018, E7028 e E7048) são envelhecidos na faixa de 95°C a 105°C por 48 horas antes do ensaio de tração. Isso não é considerado um tratamento térmico, pois simplesmente acelera a difusão do hidrogênio do metal de solda nos eletrodos do tipo celulósico ou rutílico. 82 Especificações AWS para eletrodo revestido 83 O sufixo “-G” das classificações da Norma ASME SFA 5.5 ou AWS A5.5 significa que o eletrodo revestido deve gerar um metal de solda (ZF) com uma composição química que tenha no mínimo o teor especificado abaixo para pelo menos um dos elementos químicos citados na tabela: 84 85 Especificações AWS para eletrodo revestido A especificação para aços de baixa liga (AWS A 5.5) é muito semelhante a anterior, utiliza exatamente a mesma base e adiciona no fim um hífen e alguns dígitos (entre um e três podendo ser letras e números ou somente letras) que indicarão a presença e quantidade do elemento de liga adicionado no revestimento do eletrodo. 86 Especificações AWS para eletrodo revestido 87 Características dos principais eletrodos para aços ao carbono 88 Características dos principais eletrodos para aços ao carbono 89 Características dos principais eletrodos para aços ao carbono 90 Características dos principais eletrodos para aços ao carbono 91 Características dos principais eletrodos para aços ao carbono 92 Seleção de eletrodos para aços carbono 93 Seleção de eletrodos para aços carbono 94 Seleção de eletrodos para aços carbono 95 Taxa de deposição de eletrodos • A taxa de deposição de um determinado eletrodo revestido influencia substancialmente o custo total do metal de solda depositado. • A taxa de deposição é a massa de metal de solda depositado por unidade de tempo (de arco aberto). • Aumenta com a corrente de soldagem dentro dos limites de um determinado eletrodo. • É fácil de ver que pode ser alcançada uma economia sensível de mão de obra e custos indiretos se puder ser empregado um dos eletrodos de maior taxa de deposição. 96 Taxa de deposição de eletrodos 97 Taxa de deposição de eletrodos 98 Eficiência de deposição de eletrodos A eficiência de deposição de um determinado eletrodo revestido também tem seu efeito nos custos da soldagem. Ela representa a massa de metal de solda depositado comparada com a massa total de eletrodo consumido e é expressa por um percentual: Na soldagem com eletrodos revestidos parte da massa do eletrodo é perdida como escória, respingos, fumos, gases e pontas. A perda com pontas — a parte do eletrodo que é descartada — não é considerada na eficiência de deposição, visto que o comprimento da ponta varia com o soldador ou com a aplicação. 99 Eficiência de deposição de eletrodos 100 Eficiência de deposição de eletrodos A tabela abaixo ilustra como a perda das pontas afeta a eficiência de deposição. Um eletrodo E6010 possui uma eficiência de deposição média real de 71,6% sem considerar a perda da ponta. 101 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Inspeção Visual e Dimensional 102 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Uma das muitas verificações de qualidade feitas durante o processo de fabricação — e também uma das mais importantes — é o procedimento que garante que a espessura do revestimento e a concentricidade da alma do eletrodo sejam uniformes. Na soldagem manual com eletrodos revestidos, a cratera do revestimento, ou a formação de uma taça na ponta do revestimento, que se estende além da alma metálica, realiza a função de concentrar e dirigir o arco. 103 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Inspeção Visual e Dimensional • Exame Visual de eletrodos – Oxidação da ponta de pega – Oxidação da alma – Redução localizada – Danos na ponta de arco – Falta de aderência – Destacamento com exposição da alma – Trincas transversais – Trincas longitudinais – Envelhecimento (cristalização de silicato) – Ausência de conicidade na ponta de arco 104 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Inspeção Visual e Dimensional 105 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Redução localizada 106 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Danos na ponta de arco 107 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Destacamento com exposição da alma 108 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Trincas transversais 109 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Trincas longitudinais 110 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Exame Visual de eletrodos – Ausência de conicidade na ponta de arco 111 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Identificação de eletrodos – Classificação AWS legível – Identificação individual – À tinta no revestimento – Próxima a ponta de pega (máximo 65 mm de distância) 112 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos• Transporte e armazenamento – Nas embalagens originais – Sobre estrados de madeira • Evitar danos e choques (impactos) às embalagens – Cartuchos plásticos • Armazenar na posição horizontal – Latas • Armazenar na posição vertical • Ponta de pega – voltada para baixo (preservar a ponta de arco) • Até sete camadas – Sistema de armazenagem • Garantir rotatividade (eletrodos mais antigos utilizados primeiro) • Controlar temperatura e umidade • Temperatura 5ºC acima da ambiente – não inferior a 20ºC • Umidade atmosférica relativa máxima de 50% 113 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Manuseio, Armazenagem Secagem e Manutenção da secagem – Embalagens não são estanques – Eletrodos, arames, varetas, fluxos – armazenar em estufas – Ordem de retirada: evitar utilização de consumíveis recém chegados – Eletrodos armazenados em prateleiras: • Estufa secagem: altura máxima da camada = 50 mm • Estufa manutenção da secagem: altura máxima da camada = 150 mm – Eletrodos afastados 50 mm das paredes da estufa – Fluxos • Estufa com bandeja: altura máxima da camada = 50 mm • Estufa sem bandeja: dispor de dispositivo misturador – Temperaturas • Conforme recomendações do fabricante 114 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • Manuseio, Armazenagem Secagem e Manutenção da secagem • TEMPERATURAS – Secagem de eletrodos baixo hidrogênio (E7018) • 350°C ± 50°C por 1 hora – Manutenção da secagem • Não inferior a 150°C – Estufa portátil • 80 a 150°C 115 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • ESTUFA DE SECAGEM – Secagem de eletrodos revestidos e fluxos de baixo hidrogênio – Deve dispor de: • Aquecimento controlado por meio de resistência elétrica • Sistema de renovação de ar – (respiro) • Controles de temperatura – termostato e termômetro • Prateleiras furadas ou em forma de grade • Temperatura de até 400ºC 116 Manuseio e cuidados com eletrodos revestidos • ESTUFA PORTÁTIL – Deve dispor de: • Sistema de aquecimento por resistência elétrica • Manter temperatura de 80 a 150°C 117 Variáveis Operatórias • Tipo, polaridade e valor da corrente de soldagem; • Tipo e diâmetro do eletrodo; • Tensão e comprimento do arco; • Velocidade de soldagem; • Técnicas de manipulação de eletrodos; • Sequência de deposição e soldagem. 118 Corrente Elétrica Faixa de Corrente Diâmetro do eletrodo; Posição de soldagem; Material da alma; Tipo e espessura do revestimento. Aquecimento e fusão insuficiente Degradação do revestimento (Efeito Joule) 119 Corrente • Volume da poça de fusão; • Penetração; • Largura do cordão de solda; • Degradação do revestimento: respingos excessivos, perda de resistência mecânica e tenacidade da solda. O TIPO DE CORRENTE e a sua POLARIDADE afetam a forma e as dimensões da poça de fusão, a estabilidade do arco e o modo de transferência de metal de adição. 120 Corrente Soldagem fora de posição plana: faixa inferior de corrente. 121 Diâmetro do Eletrodo Espessura do metal Posição de soldagem Tipo de junta 122 Maior tensão; Arco sem direção e concentração; Mais respingos e proteção deficiente. Cordão estreito; Concavidade pronunciada. Comprimento do Arco Elétrico 123 Comprimento do Arco Elétrico • A tensão do arco varia entre 18 e 36V, maiores valores de diâmetro, corrente e do comprimento do arco implicam em um aumento da tensão. • A manutenção de comprimento do arco adequado evita: - Agarramento do eletrodo na peça (arco muito curto); - Instabilidade do arco, proteção ineficiente, respingos (arco muito longo). • Como regra geral, pode-se considerar o comprimento ideal do arco varie entre 0,5 e 1,1 vezes o diâmetro do eletrodo. (0,5 ~ 1,1) x d d 124 Comprimento do Arco Elétrico 125 Velocidade de Soldagem • Deve ser escolhida de modo que o arco fique ligeiramente à frente da poça de fusão; Cordões estreitos, baixa penetração, aspecto ruim. Cordão mais largo, com penetração e reforço excessivo. 126 Procedimento de Soldagem 127 • Movimentos principais para execução da solda: – Movimento de mergulho; – Movimento de translação; – Movimento de tecimento ou lateral (< 3 vezes d). A correta manipulação do eletrodo é importante em todas as etapas de soldagem. Procedimento de Soldagem Abertura do arco. Movimento do eletrodo. 128 Procedimento de Soldagem Ângulo do eletrodo Ângulo muito pequeno Ângulo ideal Ângulo exagerado Direção de soldagem 129 O posicionamento correto deve: Evitar que a escória flua à frente da poça de fusão, o que facilitaria o seu aprisionamento na solda; Controlar a repartição de calor nas peças que compõem a junta (importante na soldagem de juntas formadas por peças de espessuras diferentes); Facilitar a observação da poça de fusão; Minimizar os efeitos do sopro magnético (quando presente). Posicionamento do Eletrodo em Relação à Junta 130 131 132 A B C D E F G Principais problemas e soluções A – Cordão com voltagem, comprimento de arco e velocidade adequados; B – Corrente muito baixa; C – Mordedura e respingos (corrente muito alta); D – Arco muito curto; E – Arco muito longo; F – Velocidade muito baixa; G – Velocidade muito alta. Principais problemas e soluções Porosidade Porosidade – pequenas cavidades resultantes de gás no metal de solda. Possíveis causas Ações corretivas Arco muito longo Reduza o comprimento do arco Peça suja Remova o óleo, graxa, umidade, ferrugem, tinta, etc. Eletrodo úmido Use eletrodo ressecado. 133 Principais problemas e soluções Respingos excessivos Possíveis causas Ações corretivas Corrente muito alta para o eletrodo Reduza a corrente ou selecione eletrodo mais espesso Comprimento do arco ou voltagem muito alta Reduza o comprimento do arco ou a voltagem. Respingos – pequenas gotas de metal que espirram da poça de fusão/eletrodo e solidificam- se nas proximidades do cordão. 134 Principais problemas e soluções Falta de fusão Falta de fusão – metal de solda incapaz de fundir metal base ou cordão anterior. Provoca uma descontinuidade na junta. Possíveis causas Ações corretivas Baixo aporte térmico Aumentar a corrente. Seleção de eletrodo mais espesso com maior corrente. Técnica de soldagem incorreta Ajuste a técnica de soldagem: ângulo de trabalho, comprimento de arco, etc. Peça suja Limpe a peça e remova graxa, óleo, tinta, ferrugem, etc. 135 Principais problemas e soluções Falta de penetração Falta de penetração – fusão insuficiente entre metal de solda e metal base, principalmente na raiz. Possíveis causas Ações corretivas Baixo aporte térmico Aumentar a corrente. Seleção de eletrodo mais espesso com maior corrente. Técnica de soldagem incorreta Ajuste a técnica de soldagem: ângulo de trabalho, reduza a velocidade de soldagem. Junta inadequada Material muito espesso. O chanfro deve permitir acesso à raiz da junta. 136 Principais problemas e soluções 137 Principais problemas e soluções 138 Principais problemas e soluções 139 Principais problemas e soluções 140 Principais problemas e soluções 141 Principais problemas e soluções 142Eletrodo Ideal ?? NÃO EXISTE! Padrão Ideal: • Cumprir todas as funções • Custo de Produção Satisfatório • Não possuir problemas de conservação/manuseio Os eletrodos comerciais procuram atender mais completamente a um conjunto de exigências, de modo a torná-los adequados a determinadas aplicações, a um custo razoável. 143 144 145 Tipos de Revestimento quanto às dimensões O diâmetro indicado de um eletrodo corresponde sempre ao diâmetro da alma. Os diâmetros de mercado variam na faixa de 2 a 6 mm, embora existam eletrodos especiais com dimensões diferentes destas. Conforme a espessura do revestimento, pode-se classificar os eletrodos nos seguintes tipos: • Peculiar ou fino: revestimento é o menos comum de todos. Tem a espessura menor do que 10% do diâmetro da alma, e por isto, é o que requer a menor intensidade de corrente para ser fundido. Este eletrodo não apresenta a formação de cratera. • Semi-espesso: eletrodos em que a faixa de espessura do revestimento encontra-se entre 10 a 20% do diâmetro da alma. Sua fusão requer um valor de corrente ligeiramente superior ao tipo anterior. A cratera formada por este eletrodo é a menor de todos os tipos. 146 Tipos de Revestimento quanto às dimensões • Espesso: eletrodos em que a faixa de espessura do revestimento encontra-se entre 20 a 40% do diâmetro da alma. Sua fusão requer um valor de corrente ainda maior, e a cratera formada pode ser considerada como média. • Muito Espesso: esta classificação engloba os revestimentos em que a faixa de espessura do revestimento seja maior que 40% do diâmetro da alma. Requer as maiores intensidades de corrente para ser fundido e apresenta uma cratera que pode ser considerada como profunda. 147 Exemplo de determinação de corrente de soldagem A intensidade de corrente necessária para a fusão dos eletrodos variará conforme uma série de fatores que veremos adiante, porém tomando por base apenas esta classificação dos tipos de revestimento, é possível estabelecer regras práticas que indicarão a corrente adequada para o trabalho, uma vez que para todos eletrodos, existem os limites máximos e mínimos de corrente. - Limite máximo de corrente: crepitação do eletrodo antes da sua utilização, queima do revestimento por Efeito Joule; - Limite inferior: valor mínimo a partir do qual o arco é difícil de se estabelecer. 148 Exemplo de determinação de corrente de soldagem Para os eletrodos de revestimento muito espesso pode-se considerar a fórmula apresentada a seguir: I = (40 a 60) * (d-1) onde: I = Intensidade de corrente necessária para a soldagem do eletrodo. d = Diâmetro da alma do eletrodo. Agora tomando como base um eletrodo com o diâmetro de 4mm, as intensidades de corrente recomendadas de acordo com o tipo de revestimento, seriam as seguintes: 149 Tipos de Revestimento quanto à composição Nesta classificação, o elemento que se encontra em maior teor no revestimento é aquele que será utilizado como base. Assim também será possível separar os eletrodos em função de sua composição química. Esta classificação é a mais importante, pois é a que servirá de base para as normas internacionais. Em função da composição, os eletrodos são classificados em: • Celulósico; • Rutílico; • Básico; • Elevado rendimento. 150 Tipos de Revestimento quanto à composição 151 Tipos de Revestimento quanto à composição Basicamente é utilizado quando o objetivo é a penetração, exemplo em passe de raiz. 152 Tipos de Revestimento quanto à composição Rutílico 153 Tipos de Revestimento quanto à composição Escória básica permite a redução de compostos óxidos do banho, a eliminação de sulfetos e enxofre (dessulfuração), o que reduz o problema de trincas de solidificação. Desta forma, produz soldas com os mais baixos teores de inclusões que qualquer outro tipo de revestimento, resultando em maior tenacidade do cordão. 154 Tipos de Revestimento quanto à composição 155 Tipos de Revestimento quanto à composição 156 Tipos de Revestimento quanto à composição Processo mecanizado. 157 Tipo de escória: ácida e básica O tipo de escória produzida pelos eletrodos revestidos tem um efeito determinante na qualidade do metal de solda. Os eletrodos E6010, E6011, E6012, E6013, E7014, E7024 e outros eletrodos celulósicos e rutílicos produzem escórias predominantemente formadas por dióxido de silício (areia, sílica, SiO2) e apresentam um comportamento ácido. Sistemas ácidos de escória não refinam o metal de solda. Por outro lado, a escória dos eletrodos E7016, E7018 e de outros de baixo hidrogênio é constituída principalmente de cal e fluorita, dois compostos que apresentam comportamento básico. Escórias básicas realizam algum refino do metal de solda, resultando num teor mais baixo de inclusões não metálicas. 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 Desvantagens: · Baixas taxas de deposição; · Exige limpeza após cada passe de soldagem. Aplicações: - Soldagens em produção, manutenção e montagens no campo. - Soldagens de aços C, aços de baixa liga e aços inox.; - Soldagens de ferro fundido; - Soldagens de Al, Cu, Ni e suas ligas; - Ponteamento. Vantagens: · Equipamento simples, portátil e barato; · Não é sensível a correntes de vento:; · Permite soldas em qualquer posição; · Versátil, permite a soldagem de muitos materiais; · Pode ser usado em áreas de acesso restrito. 176 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Vantagens • Trata-se de um processo versátil, pois adapta-se a materiais de diversas espessuras e em qualquer posição de trabalho. • O equipamento necessário tem com custo relativamente baixo. • Seu emprego e indicado tanto dentro da fábrica como em campo. • Atualmente e usado nas industrias naval, ferroviária, automobilística, metal mecânica e de construção civil. 177 Soldagem Por Eletrodos Revestidos Limitações • Trata-se de um processo MANUAL, estreitamente dependente da habilidade do soldador, o que implica em menor controle dos parâmetros de soldagem, como corrente de soldagem. • Comparado a outros processos, apresenta baixa produtividade, pela sua baixa taxa de deposição e baixa taxa de ocupação do soldador (tempo com o arco aberto pelo tempo total de soldagem), que fica em torno de 40%. • Gera grande volume de gases e fumos durante o processo, o que o torna um processo condenável do ponto de vista da saúde do soldador. 178 Soldagem Por Eletrodos Revestidos 179 Aplicações Industriais 180 Aplicações Industriais 181 2 – Soldagem com ARAME TUBULAR Coalescência dos metais - eletrodo consumível - peça A proteção do eletrodo e da poça de fusão contra a oxidação pelo ar é feita pelo fluxo interno no arame e com ou sem proteção de um gás inerte, geralmente argônio, hélio ou uma mistura destes. 182 183 FCAW = Flux Cored Arc Welding • Por definição, soldagem com arame tubular e o processo de soldagem por fusão que utiliza o calor de um arco elétrico formado entre um eletrodo metálico tubular, contínuo e consumível, e a poça. O que é FCAW 184 O que é FCAW • Trata-se de uma variantedo processo GMAW (MIG/MAG); • Utiliza eletrodo tubular preenchido com fluxo para proteção; • Pode usar gás de proteção ou não. 185 O que é FCAW 186 Soldagem com Arame Tubular Há duas variações básicas do processo: 187 Há duas variações básicas do processo: Soldagem com Arame Tubular 188 Há duas variações básicas do processo: Com gás: FCAW - G Auto protegido: FCAW - S Soldagem com Arame Tubular 189 Histórico 190 Histórico • Apesar de ser introduzido ainda no início nos anos 50, em 1965, esse processo representou menos de 5% do total de soldas realizadas nos EUA. • Estima-se que 50% da soldagem industrial nos EUA foi realizada por eletrodos tubulares, em 2005. • O crescimento continua e pode ser justificado pela alta produtividade, por melhorias nos fluxos, bocais mais eficientes, etc. 191 Soldagem com Arame Tubular Além da função de proteger o arco elétrico da contaminação pela atmosfera, o fluxo interno do arame pode também atuar como desoxidante através da escória formada, acrescentar elementos de liga ao metal de solda e estabilizar o arco. A escória formada, além de atuar metalurgicamente, protege a solda durante a solidificação. A soldagem com arame tubular possui várias semelhanças com relação ao processo GMAW no que diz respeito aos equipamentos e princípios de funcionamento. Este fato lhe permite compartilhar o alto fator de trabalho e taxa de deposição característicos da soldagem GMAW. Por outro lado, empregando-se a soldagem FCAW é possível obter a alta versatilidade da soldagem com eletrodos revestidos no ajuste de composição química e facilidade de trabalho em campo. 192 Soldagem com Arame Tubular • Alta taxa de deposição • Maiores penetrações que o processo SMAW • Alta qualidade • Exige menos pré limpeza que GMAW • A proteção da escória ajuda se a soldagem for a de posição e controla o resfriamento Vantagens 193 Limitações • Exige remoção de escória • Mais fumos e fumaça que GMAW e SAW • Respingos • O eletrodo FCAW é mais caro • Equipamento mais caro e complexo que o processo SMAW Soldagem com Arame Tubular 194 Aplicações FCAW 195 FCAW é utilizada para soldar aços carbono, baixa liga, inoxidáveis na construção de vasos de pressão e tubulações para a indústria química, petrolífera e de geração de energia. Na indústria automotiva e de equipamentos pesados, vem sendo usado na fabricação de partes de chassi, eixo diferencial, componentes de suspensão e outras partes. Arames tubulares com diâmetros menores vêm sendo utilizados no reparo de chassis de automóveis. Este processo é utilizado também na soldagem de algumas ligas de níquel. Aplicações FCAW 196 O desenvolvimento da soldagem FCAW vem aumento consideravelmente seu campo de aplicações. O uso de arames tubulares autoprotegidos no revestimento e recuperação de peças onde se desejam ligas com propriedades especiais como resistência ao desgaste abrasivo é um exemplo de aplicação recente. Este tipo de aplicação é economicamente interessante, pois aumenta significativamente a vida útil de peças além de permitir sua recuperação quando desgastadas. Placa revestida pelo processo FCAW com eletrodo autoprotegido. Aplicações FCAW 197 Equipamentos FCAW • Fonte de energia; • Sistema de alimentação do arame; • Tocha; • Soldagem com gás de proteção usa outros equipamentos auxiliares 198 Equipamentos FCAW 199 Equipamentos FCAW 200 Para se obter elevada deposição de material na soldagem com eletrodo auto protegido, pode-se usar tochas em série. Para superfícies em grande escala, além do uso de tochas em série (múltiplos eletrodos), pode- se usar um sistema de oscilação das mesmas. Equipamentos FCAW 201 Neste tipo de soldagem normalmente são utilizadas fontes de tensão constante e corrente contínua. A maior parte das fontes de energia para soldagem FCAW semi-automática usa correntes abaixo de 600A. Equipamentos com ciclo de trabalho de, no mínimo, 60% atendem perfeitamente a maioria das aplicações industriais semi-automáticas. Equipamentos FCAW 202 Equipamentos FCAW 203 Acessório: Extrator de fumos O extrator de fumo normalmente consiste de um bocal extrator que circula o bocal da pistola. Ele pode ser adaptado para pistola com proteção a gás ou autoprotegida. Este bocal é ligado a um recipiente filtrante e bombeado para fora. O bocal de extração de fumo é colocado a uma distância suficiente do bocal da pistola de modo que não cause distúrbio no gás de proteção do arco. Sem extrator. Com extrator. Equipamentos FCAW 204 Consumíveis FCAW Eletrodos 205 Eletrodos Os arames tubulares podem ter diferentes tipos de seção. As mais usuais são com fechamento de topo e sobreposto (overlap). Consumíveis FCAW 206 Eletrodos Seção transversal de um arame tubular Consumíveis FCAW 207 Eletrodos A maior parte dos eletrodos de aço carbono e baixa liga para o FCAW são classificados de acordo com os requisitos (exigências) da AWS A5.20 - Specification for Carbon Steel Electrodes for Flux Cored Arc Welding. Consumíveis FCAW 208 Eletrodos Consumíveis FCAW 209 Eletrodos O percentual de fluxo no interior do arame pode variar de 15 a 50% do seu peso. Este percentual vai depender, entre outros fatores, das funções a serem desempenhadas pelo fluxo. Arames tubulares auto protegidos possuem percentuais de fluxo consideravelmente superiores aos que utilizam proteção gasosa. Composição do fluxo: • Básicos; • Rutílicos; • Metal Cored. “Excelentes” propriedades mecânicas e baixo hidrogênio Soldagem com arco suave e bom acabamento. Altas taxas de deposição, pó de ferro no fluxo. Consumíveis FCAW 210 Consumíveis FCAW 211 Gases de proteção Consumíveis FCAW Efeito do gás de proteção no perfil do cordão de solda. 212 Parâmetros da Soldagem FCAW 213 Arame sólido versus arame tubular (perfis de cordões de solda) 214 3 – TIG (Tungsten Inert Gas) (Gas Tungsten Arc Welding - GTAW) Coalescência dos metais - eletrodo não consumível (W) - peça Cilindro de argônio 1 – Ignitor do arco 2 – Pré-fluxo 3 – Pós-fluxo 4 – Seletor de corrente 5 – Ajuste de corrente 6 – Rampa de corrente A proteção do eletrodo e da poça de fusão contra a oxidação pelo ar é feita por um gás inerte, geralmente argônio, hélio ou uma mistura destes. 215 Representações esquemáticas da soldagem GTAW: (a) detalhe da região do arco; (b) montagem usual. Soldagem GTAW. 216 Processo GTAW • GTAW = Gas Tungsten Arc Welding • “TIG” = Tungsten Inert Gas • Requer uma fonte de corrente constante • Usa eletrodo não consumível de Tungstênio • Usa gás inerte Equipamento: fonte de corrente cte (CC ou CA), tocha de soldagem, eletrodo de W ou liga W-Th, fonte de gás protetor (Ar ou He) e sistema de abertura do arco (ignitor de alta frequência). 217 Processo GTAW • GTAW = Gas Tungsten Arc Welding • Pode ou não usar metal de adição • Usa-se corrente alternada para alumínio e magnésio • A corrente contínua CC- é usada para os outros metais • Não é comum o uso de CC+ 218 Gas Tungsten Arc Welding - GTAW É um processo de soldagem que usa um eletrodo de tungstênio (não consumível) para formar um arcoelétrico entre o eletrodo e o metal base. O processo é usado com um gás de proteção. • A soldagem GTAW pode ser usada na forma manual ou mecanizada e é considerada como um dos processos de soldagem a arco que permite um melhor controle das condições operacionais. • Permite a execução de soldas de alta qualidade e excelente acabamento, particularmente em juntas de pequena espessura (inferior a 10mm e mais comumente entre 0,2 e 3mm). • Seções de maior espessura podem ser soldadas, mas, neste caso, considerações econômicas tendem a favorecer processos com eletrodo consumível. Gas Tungsten Arc Welding - GTAW 220 Aplicações do processo TIG 221 222 Processo GTAW 223 Aplicação: Soldagem TIG Material: Aço IF (Tanque de combustível – espessura 1mm) Local: Centro de Pesquisas – Cia. APERAM 224 225 SOLDAGEM TIG – APLICAÇÕES: GTAW welding of steel blast covers GTAW welding of nickel heater elements SOLDAGEM TIG – APLICAÇÕES: GTAW welding of aluminum ventilation components GTAW welding of aluminum components Histórico - GTAW • Os princípios da soldagem com arco protegido por gás, começou a ser entendido nos idos de 1800, depois que Humphry Davy's descobriu o arco elétrico e inicialmente usava um eletrodo de carbono. • Em 1890 C. L. Coffin teve a ideia de usar o arco elétrico, dentro de um gás inerte, mas as dificuldades de soldar materiais não ferrosos como alumínio e magnésio continuaram, porque estes materiais reagiam rapidamente com o ar, gerando porosidade e, consequentemente, soldas de baixíssima qualidade. 228 Histórico - GTAW • Os processos existentes utilizando eletrodos revestidos, também não protegiam satisfatoriamente a área de soldagem nos materiais não ferrosos e as soldas continuavam de baixa qualidade. Para resolver o problema, nos idos de 1930, começaram a utilizar gás inerte engarrafado, para proteger a área de soldagem. • Logo em seguida, utilizando uma fonte de energia CC, protegida com gás inerte, surgiu nas indústrias aeronáuticas da época, o processo que permitia soldar magnésio. 229 Histórico - GTAW • Em 1941 o processo estava completo e ficou conhecido como processo Heliarc ou Tungsten Inert Gas, abreviado para processo TIG, isto porque o processo utilizava um eletrodo de tungstênio e hélio como gás de proteção. O processo foi "considerado perfeito", quando se começou a utilizar corrente alternada com adição de alta frequência (HF), a partir de onde se conseguia um arco estável que permitia soldar ligas de alumínio e magnésio com perfeição e boa qualidade de solda. • Já nos anos de 1950 o processo se tornou popular, passando a ser utilizado o argônio como gás de proteção no lugar do hélio, por ser economicamente mais barato. 230 Histórico - GTAW • Uma das inovações durante a criação do processo como é conhecido atualmente, foi a utilização da "corrente pulsada". O equipamento varia entre altas e baixas correntes (amperagens), sendo que na mais alta faz a solda e na mais baixa solidifica e esfria o material que está sendo soldado. Com isto é possível soldar materiais com o mínimo de "empenamento" por temperatura. Nicolai Benardos (1842 - 1905), Ucraniano responsável por mais de 200 invenções na área de soldagem. 231 Vantagens do Processo GTAW • Alta qualidade de soldagem • Solda em qualquer posição • Quase todos os metais podem ser soldados • Processo excelente para pequena espessuras (chapas finas) • Em alguns casos não necessita metal de adição • Não há escória • Não há salpicos (respingos) • Alta eficiência térmica • Menor aquecimento da peça • Pode ser mecanizado (ainda raro) 232 Limitações do Processo GTAW • Pouco portátil (cilindros de gases) • Não é recomendado para áreas abertas devido aos ventos • O metal base deve estar muito bem limpo • Baixas taxas de deposição • Depende da habilidade do soldador • Processo muito lento • Inadequado para soldagem de chapas acima de 6-8mm, para as quais tem- se outros processos mais eficazes • Grande emissão de radiação ultravioleta 233 Segurança em GTAW • Requer proteção visual e auditiva • Ambiente com renovação do ar • É muito importante usar filtro de luz ultravioleta 234 EPI - blusão de soldador - luvas de vaqueta de cano longo - óculos de proteção - touca de soldador - máscara de soldagem eletrônica auto-escurecimento - sapato de segurança - protetor auricular se a soldagem for em ambientes com barulho 235 Princípios do Processo GTAW Boquilha Cerâmica Eletrodo de Tungstênio Fluxo do gás de proteção Cordão de solda Metal base Material de Adição Arco 236 Princípios do processo GTAW Por que o Tungstênio? Alto ponto de fusão e alta emissão termiônica (o ponto de fusão do tungstênio é acima de 3.500°C). São fabricados por sinterização a partir da metalurgia do pó. 237 Princípios do Processo GTAW Por que o Tungstênio? Um eletrodo de tungstênio para soldagem TIG, usualmente contém pequenas quantidade de óxidos metálicos, que podem aumentar os seguintes benefícios: o facilidade de abertura do arco; o aumento da estabilidade do arco; o aumento da capacidade da corrente passar pelo eletrodo; o reduzir riscos de contaminação na solda; o aumentar a vida útil do eletrodo. Os óxidos metálicos normalmente utilizados são de: zircônio, tório, lantânio, irídio e cério. Normalmente de 150mm ou 175mm. 238 Polaridade do Eletrodo Polaridade CC- • 70% do calor sobre a peça • 30% do calor no eletrodo • Penetração profunda • Excelente capacidade do eletrodo (um eletrodo de 1/8’’ (3,2mm) suporta 400A) • Mais comum, arco estável e suave Polaridade do Eletrodo Polaridade CC+ • 30% do calor sobre a peça • 70% do calor no eletrodo • Baixa penetração • Limpeza de óxidos • Baixa capacidade do eletrodo (um eletrodo de 1/8” suportará no máximo 120A) • Muito pouco usado, requer eletrodos muito espessos 240 Polaridade do Eletrodo Corrente AC • 50% do calor sobre a peça • 50% do calor sobre o eletrodo • Penetração média • Limpeza de óxidos a cada metade de ciclo • Boa capacidade do eletrodo(um eletrodo de 1/8” trabalha a 225A) • Indicado para metais que possuem óxidos refratários (Al e Mg) • Arco acende e apaga constantemente: menor estabilidade Polaridade do Eletrodo Características da soldagem GTAW relacionadas com o tipo e polaridade da corrente. 242 Limpeza de óxidos Tecnologia da onda de CA: senoidal • 60 Hz • A metade positiva do ciclo tem ação limpadora • A metade negativa tem grande penetração • Quando a onda passa por zero o arco se apaga e reacende + _ Penetração Limpeza Ponto zero: reversão de polaridade • A onda senoidal de CA altera a polaridade 120 vezes/segundo. Isso produz um reacendimento a cada metade da onda e pode causar defeitos na soldagem. • A tecnologia de onda quadrada reduz esses problemas. • A onda retangular inverte a polaridade instantaneamente e o tempo de reversão é zero. • Com essa tecnologia pode-se controlar o tempo de cada metade do ciclo para aproveitar as vantagens que cada um oferece. • A onda quadrada também reduz o superaquecimento do eletrodo de tungstênio, aumentando sua vida útil. Tecnologia da onda de CA: quadrada 245 • Uma grande variedade de ondas assimétricas podemser obtidas • As opções são: – Onda balanceada – Maior limpeza – Maior penetração Balanceada Maior Limpeza Maior Penetração Tecnologia da onda de CA: quadrada 246 Tecnologia Corrente Contínua Pulsada A CC pulsada envolve a variação repetitiva da corrente do arco entre um valor mínimo ( “background” ) e um valor máximo, controlando-se o tempo do pulso, o tempo no valor mínimo, nível de corrente máximo e nível de corrente mínimo. 247 Tecnologia Corrente Contínua Pulsada A principal vantagem da corrente pulsada é permitir uma combinação da força, boa penetração e fusão do pulso, enquanto mantém a aérea de soldagem relativamente fria. • Menor aporte térmico, menor distorção, soldagem de chapas mais finas... 248 Alta Frequência • Definição: Uma elevada frequência imposta sobre a corrente de soldagem • Permite abrir o arco sem tocar o metal base com o eletrodo de tungstênio e também a soldagem com corrente alternada • Somente para abertura do arco (High Frequency Start Only): usado em soldagem com CC • Alta Frequência Contínua (High Frequency On Continuously): quando se usa corrente alternada CA • Desligada (High Frequency Off): para soldar com eletrodo revestido SMAW ou TIG por toque 249 Proteção contra a Alta Frequência • A alta frequência é uma frequência de rádio que segue a rota de menor resistência para a terra. Isso pode causar interferências ou problemas com equipamentos eletrônicos próximos. • A interferência pode agir: – Na fonte de soldagem – Nos cabos de soldagem – Pode ser retroalimentada na rede elétrica Atenção: essa foto foi feita com baixa voltagem. Choque elétrico mata! 250 Interferência da Alta Frequência Modos de diminuir a interferência da alta frequência: • Aterrar os equipamentos TIG • Desconectar os cabos para soldagem por eletrodo revestido • Manter os cabos de soldagem o mais curto possível • Manter os cabos e a tocha em boas condições • Apertar todas as conexões 251 Equipamento GTAW • Fonte de corrente CC • Tocha e cabos • Eletrodo não consumível • Material de adição opcional • Cilindro, mangueiras e controlador de fluxo de gás 252 Fontes GTAW 253 Fontes GTAW 254 Saída da fonte – Corrente Constante • A voltagem é proporcional ao comprimento do arco • A corrente irá permanecer praticamente constante, mesmo com mudanças de tensão devido a alterações na altura do arco Fonte de energia corrente constante Ponto de operação Corrente, A Tochas GTAW 125, 175 e 200A: Air-Cooled Torches (Tochas resfriadas ao ar) 250 e 350A: Water-Cooled Torches (Tochas resfriadas a água) Bocal para saída de gás. • Tochas resfriadas a ar Tochas GTAW 257 • Tochas resfriadas a água Tochas GTAW 258 Classificação AWS para Eletrodos de Tungstênio E W X Eletrodo Tungstênio (Wolframio) Adição no eletrodo de Tungstênio Eletrodo de Tungstênio De 2 a 2,5X o diâmetro do eletrodo Identificação por cor Marcas da afiação 260 Preparação do eletrodo • Para soldagem CC-, esmerilhar a ponta do eletrodo como um lápis • Não afiar a ponta • Esmerilhar longitudinalmente ao sentido do eletrodo Ângulo da ponta do eletrodo Diâmetro da ponta Diâmetro do eletrodo 261 Preparação do eletrodo Comprimento da afiação = 2 a 2,5 vezes o diâmetro do eletrodo. 262 Preparação do eletrodo A afiação deve ser no sentido longitudinal! 263 Eletrodos de W 264 SOLDAGEM TIG EQUIPAMENTO PARA AFIAR O ELETRODO 265 Eletrodos de W 266 Diâmetro do eletrodo (mm) Corrente de soldagem (A) CA CC W WTh W/Th (CC+) W/Th (CC- ) 0,5 --- --- 5 - 35 --- 1,0 10 - 40 15 - 60 30 - 100 --- 1,6 30 - 70 60 - 100 70 - 150 10 - 20 2,4 70 - 100 100 - 160 150 - 225 15 – 30 3,2 100 - 150 140 - 220 200 - 275 25 - 40 4,0 150 - 225 200 - 275 250 - 350 40 - 55 4,8 200 - 300 250 - 400 300 - 500 55 - 90 6,4 275 - 400 300 - 500 400 - 650 80 - 125 Nesta tabela, o limite inferior de corrente está associado com a perda de estabilidade do processo e o limite superior com o desgaste excessivo ou a fusão do eletrodo. Os eletrodos com adição de óxido, particularmente os “torinados”, apresentam maior capacidade de conduzir corrente. Estes eletrodos tendem, também, a apresentar um arco mais estável, com tensão ligeiramente menor, para um mesmo comprimento de arco, do que o eletrodo de tungstênio puro. A tocha sustenta e energiza o eletrodo de tungstênio e direciona o gás de proteção para a região de soldagem. Ela pode ser refrigerada a ar (para até 150A) ou a água, sendo que, neste caso, pode ser usado um sistema de refrigeração de circuito fechado. A tocha usualmente possui um gatilho para iniciar e terminar a soldagem. Identificação: W – eletrodo de tungstênio; WTh – eletrodo de tungstênio “torinado”. Faixas de utilização de eletrodos no processo GTAW. 267 Ângulo da ponta do eletrodo: Pressão no arco Corrente (A) 268 • A forma do eletrodo para soldagem com corrente alternada retangular e corrente contínua CC+ deve formar uma “bolinha” • Essa “bolinha” não deve ter mais que 1 a 1,5 o diâmetro do eletrodo Preparação do eletrodo 269 Partes da tocha para GTAW Tampão Eletrodos De W Porta eletrod o Difusores de gás Boquilhas cerâmicas ou de vidro 270 Equipamentos para o gás • Reguladores, controladores de fluxo e mangueiras Fluxímetro Regulador Mangueira de Gás 271 Medidor de fluxo Válvula de controle do fluxo Mangueira de gás Válvula Válvula do cilindro Cilindro de gás Medidor do cilindro Equipamentos para o gás 272 Equipamento típico para TIG • Square Wave TIG 275 Medidor de fluxo Cilindro de gás Esfriador de água (Cooler) Tocha GTAW Cabo da tocha Pinça de retorno Cabo de retorno Controle de pedal (liga/desliga) 273 Acessórios para TIG Fluxímetro na ponta da tocha Afiador de tungstênio com discos de diamante Esmeril para afiar o eletrodo de tungstênio (evitar) Suporte magnético para tocha TIG fornece conforto para o soldador e evita batidas que podem quebrar os bocais cerâmicos, etc. 274 SOLDAGEM TIG – EXEMPLOS DE EQUIPAMENTOS Alimentação automática 276 Classificação AWS para material de aporte • Eletrodos nus e varetas – Especificação A5.18 (soldagem com gás de proteção) 1 – As letras ER indicam eletrodo, vareta ou arame aplicável aos processos MIG, MAG, TIG e Plasma 2 – Estes dígitos indicam o limite de resistência do metal depositado em ksi (1ksi = 1000psi) 3 – A letra S indica vareta ou arame sólido 4 – Este sufixo indica a composição química do metal depositado Diâmetros : 0,8; 1,0; 1.2; 1,6; 2,0; 2.4 e 3 mm Classificação AWS para Eletrodos de Tungstênio Vareta ER70S-6 (para aço comum) Vareta 4043 (para alumínio) Gases usados em GTAW • Argônio • Hélio • Misturas de Argônio/Hélio • Misturas de Argônio/Hidrogênio • Misturas de Argônio/Nitrogênio 279 Gases usados em GTAW Os gases inertes Argônio e Hélio são os mais populares. Vantagens do Argônio: – Produz um arco suave e estável – Tem uma ação limpadora em CA – Gás mais abundante e com menor custo – Permiteuso de baixas vazões – Maior resistência a fluxos de ar (mais denso) 280 Gases usados em GTAW • Vantagens do He: – Menor zona termicamente afetada – Maior energia do arco que Argônio(1,7 vezes) – Recomenda-se misturas de Ar/He para: • Grandes espessuras • Materiais com alto ponto de fusão e/ou alta condutividade térmica • Altas velocidades de soldagem 281 Argônio+O2 Argônio Hélio+ Argônio Hélio Eletrodo negativo Eletrodo positivo Gases usados em GTAW 282 Comprimento de arco TIG 283 Ângulo da tocha GTAW 284 Início da soldagem com GTAW 285 Formação do cordão por GTAW 286 Finalização do cordão por GTAW 287 Técnica operatória GTAW 288 Técnica operatória GTAW Técnica operatória sem metal de adição. 289 Resumo - GTAW 290 4 – MIG (Metal Inert Gas)/MAG (Metal Active Gas) (Gas Metal Arc Welding - GMAW) Coalescência de metais arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico contínuo (consumível) e a peça. • Normalmente, equipamento semi-automático – permite alta produção. • Equipamento básico: fonte de corrente do tipo tensão constante, fonte de gás e alimentador de arame. Representação esquemática da soldagem GMAW. 291 Representação esquemática de equipamento para a soldagem GMAW. Representação esquemática de equipamento para a soldagem GMAW. 292 Processo GMAW. 293 Curva de saída tensão (V) x corrente (I) típica de uma fonte para soldagem GMAW. A tocha para soldagem MIG/MAG possui um contato elétrico deslizante (bico de contato) para transmitir a corrente ao arame, orifícios para a passagem de gás de proteção e bocal para dirigir o fluxo de gás à região do arco e da poça de fusão. Para a soldagem semi-automática, ela ainda possui um interruptor para o acionamento da corrente de soldagem, da alimentação de arame e do fluxo de gás de proteção. 294 Tocha para a soldagem GMAW semi-automática. 295 Comprimento do eletrodo e distância da tocha à peça. A seleção incorreta destes parâmetros resulta em soldas insatisfatórias devido a problemas metalúrgicos e/ou operacionais como, por exemplo, instabilidade do arco, respingos, falta de fusão ou de penetração, porosidade, etc. Em particular, neste processo, o modo de transferência de metal é muito importante, pois determina várias de suas características operacionais. Modos de transferência na soldagem GMAW. 296 A corrente de soldagem também afeta o modo de transferência do metal de adição, particularmente na soldagem com argônio ou com misturas Ar-CO2 (CO2 < 25%) e Ar-O2. De fato, neste caso, existe um valor de corrente acima do qual a transferência muda de globular para aerossol (spray) (corrente de transição). Este valor depende de fatores como: • Composição química do arame: Por ex., a corrente de transição de arames de aço é maior do que a de alumínio; • Diâmetro do eletrodo: A corrente de transição aumenta com o diâmetro do eletrodo; Relação entre a corrente e a velocidade de fusão do arame (diâmetro: 1,2 mm). 297 Influência de alguns parâmetros de soldagem no formato do cordão: w – largura do cordão; p – penetração; r – reforço; d – diâmetro do eletrodo; I – corrente de soldagem; V – tensão do arco; vs – velocidade de soldagem. 298 Vantagens e Desvantagens: • Permite soldagem em qualquer posição; • Alta velocidade de soldagem e alta deposição; • Alta penetração • Versátil, solda a maioria dos metais; • Exige pouca limpeza após soldagem • Equipamento mais complexo e mais caro que eletrodos revestidos; • Necessidade de maior espaço para a tocha • Necessidade de proteção contra correntes de vento; • Existência de respingos; • Altas velocidades de resfriamento da poça de fusão e do metal solidificado - mudanças na estrutura. Aplicações: • Aços-C de baixa liga e aços inox; • Soldagem de metais não ferrosos • Soldagem de carrocerias de automóveis • Soldagem de tubulações, etc. 299 5 – Soldagem ao ARCO SUBMERSO (Submerged Arc Welding: SAW) Coalescência de metais – arco(s) estabelecido entre um eletrodo (s) metálico e a peça. A proteção da poça de fusão e do arco é feita por um material granulado (fluxo) que é colocado sobre a junta, cobrindo a região do arco. Soldagem ao arco submerso. Soldagem ao arco submerso. 300 Equipamento: Fonte de energia com corrente do tipo tensão constante, contínua, ou alternada, cabos, cabeçote de soldagem (composto, em geral, de tocha, alimentador de arame ou fita, sistema de controle e sistema de alimentação de fluxo) e sistemas para o deslocamento e posicionamento das peças e/ou do cabeçote. Soldagem ao arco submerso. 301 Equipamento para a soldagem ao arco submerso. 302 Processo SAW. 303 Processo SAW. 304 Processo SAW. 305 Processo SAW. 306 Processo SAW. 307 Processo SAW. 308 Processo SAW. 309 O ângulo de inclinação do eletrodo em relação à solda determina a direção de aplicação da força do arco, influenciando o formato do cordão e a tendência à formação de mordeduras. O cordão de solda tende a ser mais estreito e profundo, e a tendência à formação de mordeduras é maior, quando o cabeçote de soldagem é inclinado de forma que o arco fique direcionado no sentido oposto ao de soldagem. A corrente de soldagem é a variável que controla de forma mais direta a taxa de fusão do arame, a penetração e a altura do reforço da solda, todas estas aumentando com a corrente. O uso de uma corrente muito elevada pode, dependendo da espessura da junta, causar uma penetração excessiva e a formação de furos ou levar a formação de um cordão com uma razão penetração/largura muito alta (o que favorece o aparecimento de trincas no centro do cordão) e de mordeduras. Efeito da inclinação do eletrodo no formato do cordão. 310 Parâmetros para a soldagem SAW de juntas de topo sem chanfro. 311 Tipos de transferência: Þ globular Þ guiada pela parede de escória Componentes mais importantes: Þ fluxo Þ arame Fluxos: - fundidos - aglomerados sinterizados Índice de Basicidade do Fluxo (IB): IB = CaO + CaF2 + MgO + K2O + Na2O + Na2O + ½ (MnO + FeO) / SiO2 + ½(Al2O3 + TiO2 + ZrO2) 1,0 IB 3,0 312 Vantagens e desvantagens: • alta qualidade do metal de solda; • alta velocidade de soldagem e taxas de deposição • bom acabamento; • ausência de respingos e • arco invisível dispensa proteção; • facilmente automatizado; • não há necessidade de manipulação; • soldagem apenas na posição plana ou filete horizontal; • taxas de resfriamento lentas para soldagem de aços temperados e revenidos; • necessidade de limpeza entre passes. Aplicações: • soldagem de aços C, aços baixa liga e inox. • soldagem de aços Cr-Mo, Ni e suas ligas • soldagem de membros estruturais e tubos de grande diâmetro. • recobrimento, manutenção e reparo. 313
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