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Ergonomia na engenharia civil

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A ERGONOMIA APLICADA NA ENGENHARIA CIVIL 
Júlia Giordani Berton
1 
RESUMO: Este artigo descreve como a ergonomia que é prevista pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), na subdivisão da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho é subdividida e aplicada na 
engenharia. A ergonomia vem desenvolvendo papel fundamental na conscientização, preparação e correção de 
trabalhadores expostos a riscos de trabalho, como postos de trabalho em condições precárias assim como 
edificações novas se nenhuma acessibilidade. Assim a ergonomia se divide em quatro áreas principais as 
ergonomias de concepção, correção, conscientização e participação, que juntas auxiliam na execução de projetos 
e também na sua correção. 
PALAVRAS – CHAVE: ergonomia, engenharia civil, canteiro de obra, macroergonomia 
 
1 INTRODUÇÃO 
A motivação em abordar a ergonomia como tema de estudo, vem da necessidade de 
projetos, assim como de edificações que atendam melhor as necessidades dos seus usuários. 
Atualmente a ergonomia pode ser considerada como um estudo científico interdisciplinar do 
ser humano e da sua relação com o ambiente de trabalho. Por definição da Sociedade de 
Ergonomia da Inglaterra, a ergonomia por der definida pelo estudo do relacionamento entre o 
homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos 
conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem 
desse relacionamento. 
 Na engenharia civil a ergonomia já nós vem apresentada em norma regulamentadora, a 
NR 17 (norma especifica da Ergonomia) e a NR 18 (norma da segurança e construção civil). 
Estas normas preveem postos de trabalho, edificações, produtos e maquinas, dentre outros que 
atendam satisfatoriamente cerca de 95% da população que usará o determinado projeto. Como 
é o caso de largura de degraus e altura de portas, que serão especificados nas próximas seções. 
 Por ser uma das áreas da engenharia que tem usa utilização voltada especificamente 
para o uso diário de diversas pessoas, ela necessita atender satisfatoriamente a sua população 
alvo, com algumas ressalvas, porém tendo que atender 95% da população que fará o seu uso 
com plena eficácia como é previsto na norma. Tanto no projeto, execução, canteiro de obra, e 
posterior utilização a ergonomia tem papel significativo em todas as etapas do processo, e se 
bem aplicadas na faze de projeto trarão inúmeros benefícios à edificação. 
A construção civil apresenta diversas atividades consideradas laborais, que conforme o 
Ministério do Emprego e Trabalho (MTE) são as atividades da indústria da construção as 
tarefas relacionadas a todas as etapas da construção, demolição, reparo, pintura, limpeza e 
manutenção de edifícios e obras de infraestrutura (rodovias, ferrovias, pontes, etc.), assim 
como obras de paisagismo. Apesar de sua constante evolução a construção civil, ainda 
compreende atividades que necessitam de elevado esforço físico do operário, devido 
principalmente a uma rotina de trabalho pesado e muitas vezes em situações inadequadas. 
Problemas relacionados à ventilação, luminosidade, altura, umidade e vibrações são comuns 
nos canteiros de obras. 
 
2 ERGONOMIA E SUAS DIVISÕES 
Para IIDA (1997), a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem, não 
abrangendo apenas aqueles executados com máquinas e equipamentos, mas também toda a 
situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e uma atividade produtiva. Segundo 
ele a ergonomia teria uma visão ampla dos processos, atividades ligadas ao trabalho, às 
atividades que vem antes do trabalho ser executado, como o planejamento e o projeto, e 
também após o trabalho ser realizado, trabalhando no controle e na avaliação deste trabalho. 
Como já citado a cima a ergonomia nasceu em 1949, na Inglaterra, após a II Guerra Mundial 
em uma reunião de cientistas e pesquisadores ingleses que buscavam discutir sobre esse novo 
ramo de aplicação da ciência. Seu nome vem dos termos gregos ergon + nomos, que 
significam respectivamente trabalho e leis ou regras naturais. 
A área de estudo ergonômica é subdividida em macroergonomia e microergonomia. 
Onde a macroergonomia considera o sistema homem-empresa de um modo de vista geral, 
sendo a mais eficaz. Já a microergonomia engloba o sistema homem-maquina de um ponto 
de vista do posto de trabalho. Dentre estas duas subdivisões a que mais se adapta a construção 
civil é a macroergonomia por abranger mais eficazmente todas as fazes de projeto até o 
canteiro de obras. 
 Além da macro e microergonomia, a ergonomia possui para IIDA (1997) quatro 
subáreas de atuação, denominadas como ergonomia de concepção, correção, conscientização 
e ergonomia de participação. A ergonomia de concepção uma das mais voltadas à engenharia 
civil, por ser a subdivisão que contribui durante o projeto da edificação, sendo assim a mais 
eficaz e de menor custo. A subdivisão de correção e a que corrige eventuais falhas que 
passaram despercebidas no projeto, ela tem o intuito de resolver problemas existentes. Já a 
ergonomia de conscientização que também possui sua definição que pode ser considerada de 
modo bem abrangente a que mais volta-se para a engenharia civil, é a que conscientiza o 
trabalhador dos riscos existentes e os métodos que ele poderá executar para assim eliminar 
riscos. E por último a ergonomia de participação é a que aproveita todo o conhecimento 
pratico do próprio usuário daquele sistema para solucionar problemas ergonômicos, assim 
envolvendo o trabalhador de forma ativa. A ergonomia de participação tem papel importante 
nas demais ergonomias, pois através dela é possível conhecer os riscos sofridos pelos 
operários. 
 
3 CONSTRUÇÃO CIVIL E A ERGONOMIA 
 Nem sempre é possível atender 100% da população estimada que utilizara, ou 
frequentará determinada edificação. Assim como está previsto em norma, uma edificação, 
produto, maquinário, etc. precisam atender 95% dos seus usuários. Este valor vem da 
distribuição de uma curva normal adotada, com um desvio padrão também definido. Assim 
em edificações residenciais, por exemplo, as portas externas devem ter no mínimo 90 cm de 
largura e 1,90cm de altura, atendendo assim possíveis cadeirantes, ou portadores de outras 
deficiências assim como pessoas de alturas elevadas. Estes dados como os citados de largura, 
altura mínima e máxima de degraus e portas, níveis de iluminação e temperatura são previstas 
por normas, que muitas vezes podem sofres alterações de cidade para cidade assim como 
entre as regiões do país. 
 Dentre as partes da ergonomia, como já citado, a mais importante de melhor 
eficiência na engenharia civil é a ergonomia de projeto. Está subdivisão traz as especificações 
para cada ambiente e posto de trabalho, prevendo níveis de iluminação, cores, intensidade e 
qualidade de luz, níveis de ruído, umidade do ar e temperatura. Além destas a ergonomia de 
projeto prevê normas aos postos de trabalho, que devem ser adequadas a cada trabalhador, 
como a altura da tela do computador, que deve ficar confortável e na altura dos olhos, a 
inclinação da cadeira, se existente, a adequação de mesas e cadeiras para os colaboradores 
fora da faixa de 95% de satisfação (pessoas muito altas ou muito baixas), etc. Estes problemas 
ditos de projeto podem alterar também o dia a dia de um pedreiro, devido à ergonomia que 
também se faz necessária em uma obra. 
Atualmente a construção civil é um das áreas que mais gera emprego no pais, mesmo 
com a atual baixa da classe. Porém seus trabalhadores, na maioria dos casos já em 
vulnerabilidade econômica, sofrem com os riscos cotidiano que a mesma os expõe. Apesar de 
sua constante evolução das técnicas e novos equipamentos que facilitam a execuçãode 
tarefas, que antes eram executadas manualmente, a construção civil ainda possui diversas 
atividades que necessitam de elevado esforço físico do empregado, devido principalmente a 
uma rotina de trabalho ampla, manualmente pesada e muitas vezes em situações inadequadas. 
Com a substituição do trabalho manual por equipamentos e maquinas os riscos que tendiam a 
diminuir, acabam em muitos casos aumentando, devido ao despreparo de seus operadores, 
podendo causar acidentes ou problemas relacionados a LER/DORT, (Lesões por Esforços 
Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) que são os que mais 
comumente e rapidamente apresentam seus sintomas. O carregamento e o levantamento de 
cargas acima da capacidade de força do trabalhador são as principais causas de lombalgia 
ocupacional (dor aguda e persistente localizada na região lombar). Quanto mais leve for a 
carga, menor é a possibilidade de o empregado ter a sua saúde comprometida, diminuindo os 
índices falta ao trabalho e assim afastamento do emprego. Além de problemas, os riscos 
vindos da falta, ou má utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que em 
obras da construção civil são obrigatórios (luvas, capacete, botas, sinto de segurança em caso 
se altura, protetor auricular, óculos de proteção, etc.), podem provocar sequelas irreversíveis a 
vida do trabalhador. 
A ergonomia tem como objetivo diminuir a ocorrência de lesões ocupacionais e 
acidentes, redução dos riscos laborais, promovendo melhoria nas condições de trabalho e 
aumentando a sua segurança, para assim acabar promovendo um aumento na qualidade de 
vida do trabalhador. Porém para que a ergonomia tenha uma intervenção adequada no 
canteiro de obras é necessária à realização previa da Análise Ergonômica do Trabalho – AET, 
que tem como objetivo melhorar efetivamente as condições de trabalho e aumento da 
qualidade final do produto, através da analise de profissional da ergonomia e ou um técnico 
em segurança do trabalho somados aos relatos de relatos dos trabalhadores das melhorias que 
podem ajudar no processo produtivo e assim agilizar o trabalho. Entretanto para que a 
intervenção ergonômica de fato seja efetivada, e para a completa prevenção das lesões 
ocupacionais entre os trabalhadores da construção civil é necessário o treinamento e a 
educação apropriada dos trabalhadores quanto aos riscos existentes em cada situação de 
trabalho e sobre as formas corretas de prevenir os acidentes e doenças ocupacionais. 
Conforme a Norma Regulamentadora N° 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construção civil devem receber treinamentos 
admissionais e periódicos, buscando garantir a realização de suas atividades com segurança, 
como basicamente obter as informações sobre as condições do seu ambiente de trabalho, os 
riscos relativos às suas tarefas, como deve ser feito o uso dos equipamentos de proteção tanto 
individual quanto coletivos. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Assim é possível concluir que de fato a ergonomia possui grande importância em 
todas as etapas da construção civil, desde o seu planejamento até a execução de seu projeto. 
Porém acredita-se que com a industrialização de tarefas que antes traziam grandes riscos aos 
operários aliados ao e aumento do nível de escolaridade dos trabalhadores, os riscos acabem 
diminuindo e o entendimento e cumprimento das Normas Regulamentadoras (NR’s) e das leis 
trabalhistas aumentando. Com isso, os próprios usuários podem passar a exigir e fazer valer 
os princípios prevencionistas e até mesmo denunciar as irregularidades presentes nas 
empresas, na tentativa de proporcionar um ambiente seguro, produtivo e adequados na 
construção civil. 
Os processos produtivos da engenharia civil aliados à ergonomia podem e devem 
promover melhorias ao trabalhador da obra, assim como para o próprio engenheiro e ou 
projetista, assim melhorando cada dia mais o desempenho das atividades e a qualidade de 
relacionamento entre o líder e seu funcionário. Assim, com a engenharia aliada a ergonomia, 
o trabalho, a produtividade e a preservação da vida do operário tendem a melhorar. Porém se 
má executada, até mesmo a ergonomia pode trazer mais risco e danos a estes operários. O 
cumprimento das normas regulamentadoras da construção civil e ergonomia devem sempre 
ser atendidos com 100% de aproveitamento. 
Assim com a profissionalização e a conscientização dos colaboradores, de fato a 
ergonomia contribui tanto para o operário reduzindo os riscos de acidentes e problemas 
relacionados LER/DORT, quanto contribui para o proprietário da obra e para o engenheiro, 
diminuindo assim os afastamentos por doenças otimizando espações e tempos assim como 
facilitando o trabalho, a comunicação, a satisfação e qualidade de vida tanto da família e do 
próprio operário. 
 
ERGONOMICS APPLIED IN CIVIL ENGINEERING 
 
ABSTRACT: This article describes how ergonomics that provided by the Brazilian Association of Technical 
Standards (ABNT), the subdivision of the CLT - Consolidation of Labor Laws is subdivided and applied in the 
engineering .. The ergonomics has been developing key role in raising awareness, preparation and correction of 
workers exposed to risks of work, as jobs in precarious conditions as well as new buildings without accessibility. 
So ergonomics is divided into four main areas of ergonomics design, correction, awareness and participation, 
which together assist in the project execution and in its correction. 
KEY - WORDS: ergonomics, engineering, the construction site, macroergonimia 
 
 
REFERÊNCIAS 
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blucher, 
2012. 
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção, 1990. 4. reimpressão São Paulo: Edgard Blucher, 
1997 
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao 
homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roteiro do artigo: 
“ERGONOMIA APLICADA A ENGENHARIA CIVIL” 
Título Autores, instituição de vinculação e contato (em revisão cega devem ser omitidos). 
Abstract 
Resumo 
1. Introdução 
 Motivação do trabalho, apresentação da ergonomia. 
 A ergonomia voltada para a engenharia, exemplos de utilização. 
 Apresentação das seções a seguir 
2. Ergonomia e suas subdivisões 
 Ergonomia segundo IIDA 
 Divisões da ergonomia 
3. Construção Civil e a Ergonomia 
 Atendimento satisfatório da ergonomia 
 Ergonomia e os projetos 
 Ergonomia e a execução de projetos 
 LER/DORT 
 Melhorias na construção civil (canteiro de obras) 
4. Considerações finais 
 Breve resumo do que foi apresentado 
 Perspectiva de melhorias 
5. Referências

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