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Resenha critica
Política.
A origem da palavra política é Grega e foi utilizada por vários filósofos e escritores da Grécia antiga. Entretanto o de melhor compreensão foi escrita por Aristóteles, que relatou que...
O homem é um animal político, pois necessita da companhia de outras pessoas, ou seja: refere-se à vida comum, as regras de organização dessa vida, os objetivos da comunidade e as decisões sobre todos esses pontos. Portanto, é possível afirmar que é real a necessidade do homem de participar politicamente para ser realmente um ser humano, no sentido de que este é um ser que se relaciona com os outros, e só tem sentido seu existir se assim o for. (ARISTÓTELES, s/ ano, s/p.). 
Percebe-se ainda que o homem confronta desafios, que de suas resoluções surgem consequências positivas ou negativas conforme forem tomadas as decisões destes desafios. A partir daí, a necessidade de se tomar decisões irá sempre exigir uma lucidez do indivíduo, que será adquirida através da sua conscientização crítica. Porém essa critica se constrói participando de todos os atos que influenciam o todo social.
O termo política permite diferentes interpretações desde uma realidade que desdobre da intimidade pessoal até uma esfera bem definida na sociedade. 
Podemos dizer que há duas direções para entender o significado de política. Uma segue o raciocínio de entender o termo como tudo que diz respeito às relações sociais, à realidade social global, enfim à sociedade em geral. A outra tendência relaciona política com o poder. Assim uma ação política é aquela que visa à obtenção do poder, a sua conquista ou sua manutenção.
A democracia é algo no mínimo muito difícil de se alcançar em uma sociedade. Para que haja democracia, todos os cidadãos, independentes de cor, raça, credo, devem participar no debate e discussão “cara a cara”. Nossa atual “democracia” tenta implantar este tipo de decisão através do chamado “voto obrigatório” que vai totalmente contra os princípios da democracia. 
Ao tentar instituir o voto obrigatório, o Estado, ao invés de levar sua população a participação na política acaba fazendo com que seus cidadãos na verdade se tornem escravos das famigeradas campanhas políticas, ou seja, acabam votando nos candidatos que possuem propostas mais interessantes em um primeiro momento, sem pensar no coletivo, como é o caso do “Bolsa Família”.
Partindo da premissa de que os partidos políticos são compostos por grupos de pessoas unidas por ideais comuns, seria coerente que os eleitores ou os próprios políticos optassem pela agremiação que defenda os seus conceitos, planos e ações.
Dessa forma, todos os correligionários poderiam caminhar no mesmo rumo, com entusiasmo, responsabilidade e compromisso com a “bandeira” defendida pelo grupo.
Nessa concepção – que hoje mais parece surrealista –, os partidos políticos também lutariam pelo ingresso de eleitores que pudessem participar ativamente na elaboração e implementação dos assuntos políticos e públicos defendidos pela legenda, que viessem verdadeiramente fortalecer o partido.
Contudo, o que se vê atualmente é a busca incessante dos partidos políticos para atingir o maior número possível de filiados, apenas para promover a agremiação pelo coeficiente alcançado – mil, dois mil, cinco mil, dez mil novas filiações – e vender um falso e desajustado crescimento da legenda para os eleitores, dizendo, no final, aos quatro ventos: “Sou o partido com o maior número de filiados no meu Estado!”.
Essa trágica comédia ganha maiores proporções nos anos que antecedem as eleições. É principalmente nesse período que predominam as novas filiações daqueles políticos, já detentores de mandatos eletivos, que trocam de sigla como trocam de carro, buscando o modelo mais apropriado para o momento, com o único objetivo de defender seus interesses pessoais.
Ao final da eleição, depois de eleito pela legenda, se surgir um outro modelo mais interessante, o mandatário troca novamente, sem qualquer constrangimento, e sempre com uma justificativa furada na ponta da língua.
Não se pode esquecer, também, que as mudanças partidárias ocorrem, em grande parte, logo após o resultado das eleições, e que estão relacionadas ao desejo dos parlamentares cujos partidos saíram derrotados da eleição majoritária de ingressar nas fileiras das legendas alinhadas à situação, a fim de participar da divisão de cargos do governo e ter atendidas as suas exigências, utilizando como moeda de troca o voto de apoio aos projetos encaminhados pelo Executivo às Casas Legislativas.
Dentro desse quadro, nada mais pertinente do que a opinião de José Adércio Sampaio (2003), citada pelo Procurador-Geral da República Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, no Mandado de Segurança n. 26.603-1, que diz, 
O homem é livre para decidir sobre seu próprio destino, que acontecerá conforme sua deliberação, mesmo que esta deliberação não seja explícita. Portanto, a liberdade está na potencialidade do indivíduo tomar decisões que tragam consequências para a sua vida e especialmente para a vida social. A liberdade deve ser entendida nesse sentido político.
Mesmo diante da inegável justificativa que ninguém pode viver sem tomar decisões, muitas pessoas insistem em não tomar decisões, seja por comodismos ou por medo da responsabilidade, medo esse dissimulado atrás de um desprendimento de acatar de boa vontade o que os outros decidirem. 
Não percebem que não decidindo, estão decididos a permitir que outros decidam em seu lugar. Permissão que poderá acarretar grandes prejuízos e um arrependimento sem cura e tornam-se espontaneamente pessoas inferiores e deixam de utilizar de sua liberdade. A omissão impede o sistema de ser democrático tendo em vista que a democracia é onde as decisões são tomadas com liberdade e se respeita a vontade da maioria. 
A omissão de tomar decisões pela maioria deixa a minoria decidir. Isso não é democracia. Portanto, participação política é o mecanismo onde se realizam as decisões. Estas se articulam com as utopias humanas. Para se tomar decisões precisa-se vivenciar uma utopia, que é incorporada através da convicção.
Na visão do Direito, a participação é um direito reconhecido e incontestável. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país e a vontade do povo será à base da autoridade do governo. Esse direito foi consagrado pelo artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Segundo o autor, “não é difícil compreender a razão e o alcance do reconhecimento desse direito. Se todos são essencialmente iguais, ou seja, se todos valem a mesma coisa e se, além disso, todos são dotados de inteligência e de vontade não se justifica que só alguns possam tomar decisões políticas e todos os demais sejam obrigados a obedecer. Para que exista justiça é necessária a participação de todos nas decisões”.
Esse direito sempre existiu pelas razões expostas, porém apenas foi explicitado pela Declaração no século XVII/ XVIII e pelas constituições que posteriormente surgiram influenciadas pela declaração e pelo pensamento da burguesia. Nessa época ainda, foi implementado o sistema de dar a um representante o direito de falar e decidir em nome de muitos representados.
De acordo com o texto, não há lei alguma que possa se obrigatória para a comunidade, nem mesmo o contrato social, ao contrário, sua obrigatoriedade nasce do consenso e de sua sujeição à soberania da vontade geral. Com as ideias que valorizavam a pessoa humana, as constituições foram sendo modificadas, afirmando a igualdade de direitos e consagrando o sistema chamado de "sufrágio universal" (soberania da vontade popular).
Portanto, a participação política não pode reduzir-se ao exercício do voto, mas, sobretudo participar de todas as decisões inclusive a de como participar. Podemos dizer que as formas de participação são resultantes da própria participação política.
A participação política é um dever de todos, é importante que exista, porque através dela todos podem exercer a sua vontade e tomar consciência do queestá sendo feito. Em outras palavras, deve agir como um poder fiscalizador das políticas públicas, que não podem ficar restritas a um pequeno número de indivíduos que ditam as normas, sem conhecerem o que os outros pensam a respeito.
Com relação a participação eleitoral, cada indivíduo pode participar de modo diferente no processo militante partidário. A participação através do voto é o mínimo que se deve exigir para cada cidadão numa democracia representativa.
Existem indivíduos que não procuram exercer plenamente seu direito de participação política, limitam-se a cuidar de dois assuntos de seu interesse particular imediato, dizendo que não gostam ou que não entendem de política. O processo de conscientização que conduz a uma participação ativa passa pela construção e recriação de uma cultura política que permita uma avaliação não apenas a partir do bom senso. E preciso entender que participação política não é apenas participação eleitoral, e muitas vezes é mais eficiente por outros meios.
Tipos de participação política: Individual e Coletiva, Eventual e Organizada, Conscientização e Organização, Participação eleitoral:
Individual - Neste caso o indivíduo em certas situações toma suas próprias conclusões e escolhe seu caminho.
Coletiva - Ocorre por meio da integração em qualquer grupo social e a força do grupo compensa a fraqueza do indivíduo.
Eventual - Está ligada a circunstâncias momentâneas, assegurando que dos dois modos há equivalente eficácia, desde que exercidos com consciência e responsabilidade.
Organizada -Assegura a continuidade dos trabalhos e assim maior eficiência.
Participação eleitoral – Cada indivíduo pode participar de modo diferente no processo militante partidário. A participação através do voto é o mínimo que se deve exigir para cada cidadão numa democracia representativa.
Dentro desse quadro, nada mais pertinente do que a opinião de José Adércio Sampaio (2003), citada pelo Procurador-Geral da República Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, no Mandado de Segurança n. 26.603-1:
A política, especialmente de cunho partidário, tornou-se um lugar vazio, um lócus sem a expressão no imaginário e na prática dos agentes políticos, deixando de ser a instância do bem-comum para transformar-se no palco de atores à procura de seus próprios interesses e roteiros.
É com esse sistema partidário falido que nos deparamos atualmente no Brasil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema eleitoral e partidário brasileiro necessita, sem dúvida alguma, de uma reforma ampla.
O fortalecimento dos partidos políticos é fundamental para a democracia de nosso país. Contudo, eles próprios devem organizar-se e exercer suas funções, por intermédio de seus dirigentes, de maneira exemplar, para que, aí sim, possam regrar e exigir o comportamento adequado de seus filiados.
Ainda, deve-se ter consciência de que a fidelidade partidária, por si só, não vai trazer a solução que todos esperam. É, na verdade, apenas um dos vários componentes da política partidária que devem ser regulamentados com maior precisão.
O partido político deve ser coeso, coerente e objetivo, demonstrando ao eleitor que o grupo está verdadeiramente unido no mesmo ideal e merece um voto de confiança.
A individualidade não se amolda ao sistema eleitoral brasileiro e deve ser, de fato, repelida e condenada. Porém, para aplicar qualquer tipo de penalidade ao parlamentar infiel, somente por norma expressa, prevista no ordenamento jurídico. 
Hoje se faz uma verdadeira “farra” dos princípios constitucionais no Judiciário em geral. Em várias situações esses princípios, mormente o da moralidade, estão servindo como base para a condenação de políticos eleitos, já em exercício do mandato, ou de apenas candidatos, causando, como consequência, uma insegurança jurídica que atormenta a todos os operadores do direito.
O que não se pode é pôr em cheque todo um ordenamento jurídico pátrio para solucionar questões pontuais, pois as consequências serão sempre maiores.
Por fim, independentemente do rumo legal que a regulamentação da matéria tratada tome na esfera jurídica, deve-se consolidar o entendimento de que a verdadeira manifestação democrática emana do povo, é dele e pela sua conscientização que deve partir a primeira resposta aos mandatários infiéis, o que pode ocorrer já nas próximas eleições. 
Para buscar uma nova sociedade onde haja justiça, como principal fonte para realizar a igualdade e liberdade, o ato de participar politicamente é uma necessidade. Entretanto aqueles que não desejam mudanças desejam difundir sempre o que é contrário da participação: o comodismo, a difusão de que existe ideologia presente nos próprios atos participativos.
Não basta dizer que todos são livres e iguais como fazem a maioria das constituições existentes, se os livres e os iguais não dispuserem a assegurar condições políticas e possibilidades econômicas para que as pessoas possam efetivamente gozar de liberdade. Não se trata de mera concessão de direitos. É necessário sempre lutar por eles, seja para efetivá-los de fato, mantê-los, ou aperfeiçoá-los.
As questões sociais e políticas não podem ser tratadas como se fossem problemas técnicos e resolvidas por burocratas. Isto é coisa de regimes ditatoriais. Todas as questões sociais e políticas pertencem à sociedade e a ela compete decidir e resolver, e resolvê-las a partir de uma consciência crítica, e consequentemente participativa.
Conclui-se, portanto, que ainda existe a falta de participação política dos cidadãos devido à falta de uma cultura política.
É necessário que “surja uma nova sociedade, mais participativa, mais consciente, politicamente falando, e que o ser humano construa uma sociedade onde as decisões políticas sejam de todos e para todos”.
  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição Federal. 40 ed. São Paulo: Saraiva 2007.
BRASIL. Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965. Institui o Código Eleitoral. Disponível em: <http://www.tre-sc.gov.br/legjurisp/cod_eleitoral>. POLÍTICA QUEM MANDA, POR QUE MANDA COMO MANDA João Ubaldo Ribeiro.
LINTON, Ralph. O homem: Uma introdução à antropologia. 3ed, São Paulo, Livraria Martins Editora, 1959. Citado em LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 16ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003, p.106-108.

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