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RESUMO LIÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO CAP 3 e 4

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Capítulo III 
NATUREZA E CULTURA
 
 Fala-se em “natureza das coisas” quando se explica os fatos do mundo, cujo nascimento não requer nenhuma participação da nossa inteligência ou da nossa vontade. Tem-se por cultura o conjunto de tudo aquilo que o homem constrói na natureza com o objetivo de modificá-la ou a si mesmo. A cultura e a natureza estão intimamente ligadas, já que a primeira nasce com apoio da última. 
 
 Bom, a cultura dá ideia de fim, isso porque cultura é resultado das construções do homem e toda construção humana provém de um objetivo ou fim, já que todo homem tem um objetivo a atingir. Para alcançar esse objetivo, transforma o natural em cultural, o que lhe foi dado em algo que deseja. 
 Ocorre que, natureza e cultura trazem dois conceitos distintos, as leis físico-matemáticas e as leis culturais. As leis físicas, são expressões neutras do fato, não devem jamais conter opiniões e construções do homem, é aqui onde elas se comparam à natureza das coisas, isto é, o bruto. As leis culturais, por outro lado, são aquelas que desejam o conflito com o fato, como as leis jurídicas, por exemplo, se caracterizam principalmente por envolver juízos de valor. Quando uma lei cultura emprega o reconhecimento de um comportamento obrigatório, tem-se o que nós chamamos de regra ou norma. 
 O estudo dos fenômenos puramente naturais implica na criação das chamadas ciências físico-matemáticas, que não podem ser chamadas de ciências culturais mas são consideradas bens culturais. Explico. Elas fazem parte do mundo das ciências naturais, porém, são resultado de atividade humana, dessa maneira integram também o mundo da cultura, mas não como ciência e sim com um bem, como patrimônio. 
 O estudo dos fenômenos culturais, isto é, quando o homem volta para estudar sua própria história, sua atividade consciente, abre perspectiva para outro campo do saber, as ciências culturais que têm como objeto o próprio homem ou a busca do homem para realizar fins especificamente humanos. Além de serem elementos da cultura, as ciências culturais têm por objetivo um bem cultural. 
 
Capítulo IV 
O MUNDO ÉTICO 
 
 As normas éticas não envolvem apenas juízos de valor sobre os comportamentos humanos, mas também, implicam no reconhecimento da obrigatoriedade de um comportamento, é o que caracterizamos como imperatividade do Direito, sendo assim, toda norma enuncia um comportamento que deve ser obrigatório, é um juízo de valor imperativo. 
Juízo de valor é todo caráter que nós atribuímos a determinada coisa. Bom, no caso do Direito, o juizo de valor ocorre quando o legislador decide como um homem deve agir ou não agir, prevendo uma ou mais consequências caso não exista obediência à norma. 
 Entende-se assim que, as normas éticas não são necessariamente normas de ordem, é um dever suscetível da decisão do homem de seguir ou não, isto é, as normas éticas se caracterizam pela possibilidade de sua violação, elas não excluem a liberdade do indivíduo, pressupõe-se que este terá discernimento suficiente para não infrigir a norma, porém, prevê-se ainda o que acarreta o descumprimento dela. 
 A norma é configurada como uma delimitação do agir, uma regra proveniente da necessidade de uma boa convivência entre os homens, por meio daquilo que devemos ou não fazer. 
 A Ética pode ser vista de diferentes prismas, sob diferentes valores, quando ocorre um desmedido apego à um determinado valor sobre o outro, cria-se o que chamamos de aberrações éticas. Esses valores podem ser: 
 
• BELO – são os valores estéticos, são feitos por homens que dão demasiada importância 
à realização do que é bonito, é o caso dos artistas, dos poetas. 
• ÚTIL – são os valores econômicos sobre o que cada homem necessita para viver bem, é 
o chamado “útil-vital”, torna-se materialismo quando excede-se a importância dada a este 
valor. 
• SANTO – são os valores religiosos, que podem ser demasiadamente utilizados para 
nortear a vida de homens que só vivem do valor sacro. 
• AMOR – são os valores que estabelecem uma relação emocional entre dois seres. 
• PODER – são os valores que organizam uma sociedade, os valores do Estado, quando 
prevalecem sobre os demais valores criam-se os chamados Estados Totalitários. 
• BEM INDIVIDUAL – conduta realizada em função da intencionalidade do indivíduo, a 
Ética vista desse ângulo é chamada de Moral. 
• BEM COMUM - são os valores dentro das relações intersubjetivas, valores da 
coletividade, expressados na Moral Social e no Direito.

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