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Terminologia da Contabilidade de Custos

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Curso: Ciências Contábeis – Disc.: Cont. e Apuração de Custos – Profª: Jany Monteiro.
Terminologia da contabilidade de Custo.
Introdução:
No dia-a-dia utilizamos expressões como: Quanto custou sua blusa nova? Vamos investir em novas máquinas ou nos funcionários? Os gastos com treinamento de funcionários foram um bom investimento? As despesas aumentaram muito este mês! É muito comum citarmos termos como: custo, despesa, gasto, investimento quando nos referirmos a sacrifícios que fazemos para obtermos certos bens ou serviços.
Tais expressões estão presentes no cotidiano da vida das pessoas, afinal consumimos coisas desde que nascemos. Contudo, é importante ressaltar o que do significado destas expressões levam aspectos particulares para na Contabilidade de Custos, ao serem utilizadas na análise e gestão de custos das empresas. Aspectos que aprenderemos a diferenciar nesta aula.
 	Esta aula tem como objetivo levar o aluno ao conhecimento dos principais conceitos relacionados a custos que são necessários para a compreensão da disciplina como um todo. Tem-se ainda a preocupação de demonstrar o papel da Contabilidade Custos no fornecimento de informações para planejamento de novos produtos e também de avaliá-los. Assim, a Contabilidade de Custos fornece aos administradores as informações necessárias para tomarem decisões permitindo melhor entendimento das atividades dos administradores e contadores dentro da organização. 
Terminologia Contábil aplicada à Contabilidade de Custos
 	Segundo alguns autores os custos estão associados a todos os tipos de organizações, comerciais, não-comerciais, indústria, varejo e de serviços. As categorias dos custos em que se incorre e o modo como eles são classificados dependem do tipo de organização em análise, encontramos em todas as áreas, principalmente nas sociais (e econômicas, em particular), uma abundância de nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única palavra. De acordo com o autor adotaremos a nomenclatura e a conceituação a seguir.
Gasto: compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Exemplos de Gastos: compra de matéria-prima; aquisição de máquinas; energia elétrica consumida entre outros. Vale ressaltar que esse é um conceito extremamente amplo que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos, assim temos: gasto com a compra de matéria-prima, gasto com mão-de-obra, gasto com honorários da diretoria, gasto na compra de imobilizado etc. Portanto, se efetiva esse gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, isto é, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa.
Desembolso: pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Exemplos de Desembolso: Pagamento de materiais a um fornecedor; Pagamento de salário aos funcionários; Pagamento de impostos, entre outros. O desembolso pode ocorrer antes (pagamento antecipado), durante (pagamento à vista) ou após (pagamento à prazo) a entrada da utilidade comprada.
Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). Exemplos de Investimento: Aquisição de matéria-prima; aquisição de máquinas; aquisição de ações de outras empresas etc. Todos os sacrifícios tidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são estocados nos ativos da empresa são especificadamente chamados de investimentos. Corresponde a aquisição de bens ou serviços que se incorporam ao patrimônio como ativo para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo. Como exemplo tem-se a matéria-prima que é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante e, a máquina é um gasto que se transforma em investimento permanente.
Custo: gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços (gasto relativo a consumo na produção). Exemplo de Custos: Matéria-prima consumida; Mão-de-obra direta e indireta aplicada à área produtiva; aluguel e depreciação aplicados na área produtiva. Custo é um gasto, reconhecido como custo quando é relacionado ao consumo na produção de bens e serviços, para a elaboração de produtos ou realização de um serviço. Assim, a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que se tornou investimento, e durante um tempo ficou em estoque; no momento de sua utilização da elaboração de um bem, surge o custo da matéria-prima como parte do bem elaborado, que será um novo investimento, ficando ativado (estoque) até sua venda. Obs. O custo só ocorre com o consumo dos bens e serviços pelo setor de produção, fabricação ou industrialização.
Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas (gastos que se destinam às fases de administração, esforço de vendas e financiamento). Exemplo de Despesas: Comissões de vendedores; Impostos sobre vendas; Salários administrativos etc. É a parcela do gasto que ocorre separada das atividades de produção dos bens e serviços, isto é, são os gastos incorridos durantes as operações de comercialização sendo representada pelo consumo de bens e serviços na obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido (lucro) e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Uma despesa será recuperada por uma receita. Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesa, isto é, toda parcela ou totalidade do custo que integra a produção vendida é despesa, sendo chamados de Custo do Produto Vendido (CPV) em Empresas Industriais ou Custo do Serviço Prestado (CSP) em Prestadoras de Serviços. A mercadoria adquirida por uma loja comercial gera de maneira geral um gasto e, especificadamente um investimento, que se transforma em uma despesa no momento do reconhecimento da receita ocasionada pela venda, sem passar pela fase de custo. Sendo assim, denominado Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Perda Normal ou Produtiva: decorrente da atividade produtiva normal da empresa. Representa um gasto intencional, conhecido e esperado, devendo ser classificado como custo de produção do período. Podem ocorrer por problemas de corte, tratamento térmico, reações químicas, evaporação, etc. Podemos citar como exemplos, perdas normais de matéria-prima na produção industrial.
Obs. Perdas de valores irrelevantes são consideradas como custo ou despesa Assim como as despesas, as perdas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido (lucro).
Diferença Contábil entre Custo e Despesa
Segundo alguns autores a despesa não será recuperada enquanto o custo será recuperado por ocasião da venda do produto. Custos estão diretamente relacionados ao processo de produção de bens ou serviços. Diz-se que os custos vão para as prateleiras, enquanto os produtos ficam estocados, os custos são ativados, destacados na conta Estoques do Balanço Patrimonial. Somente farão parte do cálculo do lucro ou prejuízo quando de sua venda, sendo incorporada, então, a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE e confrontados com as receitas de vendas.
Despesas estão associadas a gastos administrativos, com vendas e/ou com financiamentos. Possuem natureza não fabril, integrando a Demonstração do Resultado do Exercício em que incorrem. Estão associados ao momento do seu consumo ou ocorrência.
            Teoricamente, a separação é fácil: gastos incorridos até o momento em que o produto esteja pronto para a venda são custos; a partir daí, devem ser considerados como despesas.
            Em situações específicas, pode ocorrer alguma confusão ou dúvida na separação clara entre custos e despesas. Nessas ocasiões, algumas regras podem ser seguidas:
Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (conservadorismo e materialidade).
Valores relevantes que tem sua maior parte considerada
como despesa, com a característica de se repetirem a cada período, devem ser considerados na sua íntegra (conservadorismo).
Valores com rateio (divisão) extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período.
Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois tratamentos: Como despesas do período em que incorrem ou investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem elaborados futuramente
Importante: só devem ser rateados e ter uma parte atribuída aos custos de produção e outra às despesas do período os valores relevantes que visivelmente contêm ambos os elementos e podem, por critérios não excessivamente arbitrários, ser divididos nos dois grupos.
Atividade:
1.Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil: 
( ) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa.
( ) Gasto é o sacrifício financeiro com que uma entidade arca para a obtenção de bens e serviços. 
( ) Custo é incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros períodos aos bens e aos serviços produzidos. 
( ) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos fatores de produção. 
( ) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
2.Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): 
( ) Compra de matéria-prima 
( ) Consumo de energia elétrica do administrativo
( ) Utilização de mão-de-obra 
( ) Consumo de combustível 
( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário) 
( ) Aquisição de máquinas 
( ) Depreciação das máquinas 
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) 
( ) Pagamento de honorários da administração 
( ) Depreciação do prédio da empresa 
( ) Utilização de matéria-prima (transformação) 
( ) Aquisição de embalagem 
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente 
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve 
( ) Geração de sucata no processo produtivo 
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material ( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos 
Macapá-AP, 29 de agosto de 2018.	Página 3

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