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1 SEGURANÇA EM ELETRICIDADE FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS Sérgio Saraiva 2 Considerações sobre o Sistema Internacional de Unidades - SI Grandeza fundamental Unidade Símbolo Grandeza Unidade Símbolo Equivalência Comprimento Metro m Força newton N Kg.m/s2 Massa Quilograma kg Trabalho ou energia joule (watt segundo) J N.m Tempo Segundo s Potência watt W J/s Intensidade de corrente Ampère A Carga coulomb C A.s Temperatura Grau Kelvin º K Diferença de potencial volt V J/C Intensidade luminosa Candela cd Capacitância elétrica farad F A.s / V Indutância henry H V.s / A Freqüência hertz Hz s-1 Múltiplos e submúltiplos das unidades SI Nome do Prefixo Símbolo do Prefixo Fator pelo qual a unidade é multiplicada yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000 zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000 exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000 tera T 1012 = 1 000 000 000 000 giga G 109 = 1 000 000 000 mega M 106 = 1 000 000 quilo k 103 = 1 000 hecto h 102 = 100 deca da 10 GRANDEZA FUNDAMENTAL deci d 10-1 = 0,1 centi c 10-2 = 0,01 mili m 10-3 = 0,001 micro µ 10-6 = 0,000 001 nano n 10-9 = 0,000 000 001 pico p 10-12 = 0,000 000 000 001 femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001 atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 zepto z 10-21 = 0,000 000 000 000 000 000 001 yocto y 10-24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001 3 FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO ESTADO DE SAÚDE DO ACIDENTADO POR CHOQUE ELÉTRICO: PERCENTAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA QUE PASSA PELO CORAÇÃO EM FUNÇÃO DO PERCURSO NO CORPO: INTENSIDADE DA CORRENTE TEMPO DE DURAÇÃO DO CHOQUE PERCURSO DA CORRENTE NO CORPO NATUREZA DA CORRENTE RESISTÊNCIA EM FUNÇÃO DO ISOLAMENTO DO CORPO CONDIÇÕES FÍSICAS DA PESSOA TIPO DE CONTATO 10% 8% 3% 2% 0% 4 O Choque Elétrico é a passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, sendo mais intenso quanto maior for a corrente. A intensidade da corrente é em função da tensão (voltagem) e da resistência do corpo, quanto maior a resistência e menor a tensão, menor será a corrente. A partir dos 30mA a corrente pode começar a provocar efeitos danosos em nosso corpo, indo desde um leve formigamento, passando pela paralisia momentânea e pela tetanização (rigidez total dos músculos), podendo chegar a fibrilação (movimentos descoordenados do coração), parada cardio-respiratória. A tabela simplificada a seguir mostra como a corrente afeta o corpo humano de acordo com a sua intensidade: CORRENTE REAÇÕES FISIOLÓGICAS 0,1 a 0,5mA LEVE PERCEPÇÃO SUPERFICIAL 0,5 a 10mA LIGEIRA PARALISIA NOS MÚSCULOS, INÍCIO DE TETANIZAÇÃO 10 a 30mA NENHUM EFEITO PERIGOSO SE HOUVER INTERRUPÇÃO DO CONTATO EM NO MÁXIMO 5 SEGUNDOS 30 a 500mA TETANIZAÇÃO, SENSAÇÃO DE FALTA DE AR, POSSIBILIDADE DE FIBRILAÇÃO acima de 500mA TRAUMAS CARDÍACOS PERSISTENTES A tabela a seguir mostra o tempo de início de atendimento à vítima de choque elétrico com massagem cardíaca e respiração artificial relacionando com as chances de reanimação em percentual: TEMPO ATÉ O INÍCIO DE ATENDIMENTO – PRIMEIROS SOCORROS PERCENTUAL DE CHANCE DE REANIMAÇÃO 1 MINUTO 95% 2 MINUTOS 90% 3 MINUTOS 75% 4 MINUTOS 50% 5 MINUTOS 25% 6 MINUTOS 1% 7 MINUTOS 0,5% 5 Quadro mais detalhado das conseqüências do choque elétrico no ser humano em função da intensidade da corrente elétrica. INTENSIDADE DA CORRENTE PERCEPÇÃO DO CHOQUE ESTADO APÓS O CHOQUE PRIMEIROS SOCORROS RESULTADO FINAL PROVÁVEL ATÉ 1 mA NENHUMA NORMAL - NORMAL 1 a 9 mA SENSAÇÃO DESAGRADÁVEL COM O AUMENTO DA INTENSIDADE. CONTRAÇÃO MUSCULAR NORMAL DESNECESSÁRIO NORMAL 9 a 20 mA SENSAÇÃO DOLOROSA. CONTRAÇÃO MUSCULAR VIOLENTA. ASFIXIA PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIAS MORTE APARENTE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL RESTABELECIMENTO 20 a 100 mA SENSAÇÃO INSUPORTÁVEL CONTRAÇÕES MUSCULARES VIOLENTAS. ASFIXIA. PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIAS GRAVES. ÀS VEZES FIBRILAÇÃO. MORTE APARENTE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL COM MASSAGEM CARDÍACA RESTABELECIMENTO SOMENTE SE HOUVER RAPIDEZ NO SOCORRO. ACIMA DE 100 mA ASFIXIA IMEDIATA. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. ALTERAÇÕES MUSCULARES. QUEIMADURAS DE 3º GRAU. MORTE APARENTE MUITO DIFÍCIL MORTE MUITO ACIMA DE 100 mA ASFIXIA IMEDIATA. QUEIMADURAS GRAVES. MORTE APARENTE OU MORTE IMEDIATA PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL MORTE 6 Variação da resistência elétrica no corpo humano: � PELE SECA: 100.000 Ω � PELE ÚMIDA: 1.000 Ω � RUPTURA DA PELE: 500 Ω Um dos fatores que influenciam na passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é a sua resistência. Esta resistência varia de acordo com umidade e suor do corpo, pois sais conduzem a eletricidade com mais facilidade. O uso de equipamentos de proteção individual tem a finalidade de aumentar a resistência. A escolha dos EPI’s deve ser feita em função da tensão da rede elétrica, pois altas tensões exigem melhores materiais isolantes. PREVINA-SE DE ACIDENTES – ELETRICIDADE Fonte: Secretaria de Energia - Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A NA REDE PÚBLICA A maioria dos acidentes com eletricidade (e com maior número de casos fatais), ocorre com fios da rede pública . Esses fios, apesar de possuírem uma "capa de proteção", não estão livres de choques elétricos. Portanto nunca aproxime qualquer tipo de objetos perto deles. As situações de riscos mais comuns ocorrem nos seguintes casos: CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PRÉDIOS A construção e manutenção predial , principalmente na altura da 1ª e 2ª laje, oferecem riscos de contato com os fios da rede pública. Ao manobrar barras de metal, canos, arames, trilhos de cortina, suportes de luminosos e outros matérias tome muito cuidado não se aproxime dos fios. MÁQUINAS AGRÍCOLAS Cuidado ao movimentar arados e pulverizadores junto a postes, fios, cabos de sustentação ou equipamentos elétricos. Nunca passe por baixo dos fios com as barras do pulverizador levantadas. Para carga e descarga , só estacione o veículo longe dos fios. Durante a irrigação da lavoura, tome cuidado para não deixar a água atingir os fios de eletricidade. ANTENAS DE TV Procure fixar sua antena longe dos fios da rede elétrica. Calcule a distância segura para que, em caso de queda, ela não toque nos fios de eletricidade. Evite instalar, desligar ou remover antenas quando estiver ventando ou chovendo. Sempre que possível, deixe esta tarefa para profissionais especializados. PIPAS Evite soltar pipas perto dos fios da rede elétrica. Isso pode provocar descargas perigosas, graves acidentes ou falta de energia em toda a região. Escolha os lugares abertos e espaços livres: campos de futebol, praias, parques, etc. Se sua pipa enroscar em algum fio, não tente recupera- la. É melhor você fazer outra do que arriscar a vida. Não use linhas metalizadas (aquelas de embrulhar presentes). Elas conduzem energia elétrica e podem provocar choques fatais. OUTRAS RECOMENDAÇÕES Tome muito cuidado ao podar galhos de árvores próximo aos fios da rede elétrica. Fortes temporais, muitas vezes, causam rupturas nos fios e condutores de energia elétrica. Quando isso ocorrer, mantenha-se afastado do local do acidente. 7 NAS INSTALAÇÕES DOMÉSTICAS Fonte: Secretaria de Energia - Eletropaulo- Eletricidade de São Paulo S.A TELEVISÃO Nunca mexa na parte interna do aparelho, mesmo que ele esteja desligado. A carga elétrica pode estar acumulada e provocar choques perigosos. LÂMPADA Ao trocar uma lâmpada, cuidado para não encostar os dedos na parte interna do bocal (soquete). Segure-a somente pelo corpo. FERRO ELÉTRICO Desligue-o sempre que precisar interromper o serviço para atender ao telefone, a campainha ou outros afazeres. CHUVEIRO Nunca mude a chave "verão / inverno" com aparelho ligado, nem tente ligar algum aparelho elétrico (barbeador, por exemplo) quando estiver de baixo do chuveiro. GELADEIRA Nunca use a parte traseira do aparelho, para secar panos ou roupas. Você pode levar um choque. FUSÍVEIS Se fusíveis de aparelhagem adequada ao circuito elétrico. Em caso de curto-circuito, os fusíveis interrompem a energia. Se um fusível derreter, desligue a chave imediatamente e procure saber o que houve. Só depois de reparar o defeito, troque o fusível danificado por outro de igual origem. Nunca improvise fusíveis com pedaços de fios, moedas, arames, ou qualquer objeto estranho. BENJAMINS Não faça muitas ligações na mesma tomada. Isso provoca sobrecarga de energia, aquecimento dos fios e danos as instalações, inclusive com risco de curtos-circuitos e até incêndios. ATERRAMENTOS Os chuveiros e as tomadas elétricas sempre possuem um fio-terra, para proteção da sua instalação elétrica. Se esta ligação não for feita, a descarga poderá ocorrer pelo cano ou pela água, provocando choques. CUIDADOS COM AS CRIANÇAS Não deixe que elas mexam em aparelhos elétricos ligados. Vede as tomadas com um dispositivo próprio. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES Desligue a chave geral sempre que for consertar aparelhos elétricos. Nunca mexa em aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou com os pés em lugares úmidos. Não coloque facas, garfos ou outros objetos metálicos dentro de aparelhos ligados. Se precisar limpar aparelhos elétricos, não o faça com eles ligados. 8 REPAROS E MANUTENÇÕES Não execute tarefas em instalações elétricas sem conhecimento do assunto. Mantenha as instalações elétricas em perfeito estado. Troque imediatamente os fios desencapados, velhos ou danificados. Não use fios defeituosos, nem interruptores e tomadas danificados ou sem o espelho (tampa). Desligue a chave geral ou o disjuntor, antes de fazer algum reparo na instalação. Evite passar fios por baixo de tapetes. Prefira materiais de boa qualidade, evitando reaproveitamentos ou compras em ferro velho. Antes de tocar em qualquer fio, certifique-se de que ele não está energizado. Use uma lâmpada como teste, com ela você pode verificar os fios em todos os pontos da instalação, sem levar choques. Emendas de fios devem ser bem feitas, para evitar que elas se aqueçam ou se soltem provocando acidentes. Após fazer emendas, isole- as com fita isolante. Não use fitas adesivas, esparadrapos ou coisa parecida. Use sempre ferramentas de cabo isolado. PROTEÇÃO PARA INSTALAÇÃO É muito importante você saber que são os fusíveis que protegem a instalação elétrica de sua casa. Ao queimar um fusível, procure identificar a causa. Após solucionar o problema, substitua-o por outro de igual capacidade. Nunca use arames, fios ou moedas no lugar dos fusíveis. Os disjuntores "quick-lag", que podem substituir os fusíveis, também protegem sua instalação, com a vantagem de não se queimarem em caso de sobrecarga de energia ou curto- circuito, pois desligam o circuito automaticamente. Depois de solucionado o problema, é só religá-los. 9 PREVENÇÃO E PROTEÇÃO DE ACIDENTES E SINISTROS COM ELETRICIDADE (Pelo Corpo de Bombeiros de Porto Alegre) PROTEÇÃO PARA GARANTIR SEGURANÇA Proteção contra Choques Elétricos e Proteção contra incêndio 1. Os Perigos da Eletricidade Qualquer atividade biológica, é originada de impulsos de corrente elétrica. Se essa corrente fisiológica interna somar-se a uma outra corrente de origem externa, devido a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma alteração das funções vitais normais que, dependendo da duração da corrente, pode levar a pessoa à morte. Os efeitos principais que uma corrente elétrica (externa) produz no corpo humano são fundamentalmente quatro: Tetanização, Parada respiratória, Queimadura e Fibrilação ventricular. Tetanização A tetanização é um fenômeno decorrente da contração muscular produzida por um impulso elétrico. Verifica-se que, sob ação de um estímulo devido à aplicação de uma diferença de potencial elétrico a uma fibra nervosa, o músculo se contrai, para em seguida retomar ao estado de repouso. Se ao primeiro estímulo seguir-se um segundo, antes que o repouso seja atingido, os dois efeitos podem somar-se. Diversos estímulos aplicados seguidamente, em contrações repetidas do músculo, de modo progressivo; é a chamada contração tetânica. Quando a freqüência dos estímulos ultrapassa certo limite o músculo é levado à contração completa. Permanecendo nessa condição até que cessem os estímulos, após o que lentamente retorna ao estado de repouso. Uma pessoa em contato com uma massa sob tensão pode ficar 'agarrada' a ela durante o tempo em que perdurar a diferença de potencial, o que, dependendo da duração, pode causar a inconsciência e até a morte. Parada respiratória A máxima corrente que uma pessoa pode tolerar ao segurar um eletrodo, podendo ainda largá- lo usando os músculos diretamente estimulados pela corrente, segundo determinações experimentais em corrente alternada de 50/60 Hz, são valores de 6 a 14 mA, em mulheres (10 mA de média) e 9 a 23 mA em homens (16 mA de média); portanto uma corrente elétrica inferior a necessária ao funcionamento de uma lâmpada incandescente normalmente usada em nossas residência. 10 Correntes superiores a estas podem causar uma parada respiratória, contração de músculos ligados à respiração e/ou à Paralisia dos centros nervosos que comandam a função respiratória. Se a corrente permanece, O indivíduo perde a consciência e morre sufocado. A rapidez da aplicação da respiração artificial (boca a boca), e do tempo pelo qual ela é realizada, principalmente intervir imediatamente após o acidente (em 3 ou 4 minutos no máximo) para evitar asfixia da vítima ou mesmo lesões irreversíveis nos tecidos cerebrais, é muito importante nestas situações. Queimadura A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano desenvolve calor por efeito Joule, podendo produzir queimaduras, principalmente nos pontos de entrada e saída da corrente, tendo em vista que a resistência elétrica da pele é maior do que os tecidos internos e se forem pequenas as áreas de contato. A densidade será maior, produzindo desta forma queimaduras tanto mais graves quanto maior esta densidade de corrente e quanto mais longo o tempo pelo qual a corrente estiver presente no corpo. Fibrilação ventricular O fenômeno fisiológico mais grave que pode ocorrer quando da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é a fibrilação ventricular. Se à atividade elétrica fisiológica normal sobrepõe-se uma corrente elétrica de origem externa e muitas vezes maior do que a corrente biológica, é fácil imaginar o que sucede com o equilíbrio elétrico do corpo. As fibras do coração passam a receber sinais elétricos excessivos e irregulares, as fibras ventriculares ficam superestimuladas de maneira caótica e passam a contrair-se de maneira desordenada uma independente da outra, de modo que o Coração não pode mais exercer sua função. Observa-se que, cessada a atividade cardíaca, em cerca de três minutos ocorrem lesões irreparáveis no músculo cardíaco e no tecido cerebral. Efeitos da correnteelétrica no organismo humano 100 microamperes a 1 miliampér– limiar da sensação 1 mA a 5 mA – formigamento 5mA a 10 mA – sensação desagradável 10 mA a 20 mA – pânico, sensação muito desagradável 20 mA a 30 mA – paralisia muscular 30 mA a 50 mA – a respiração é afetada 50 mA a 100 mA – dificuldade extrema em respirar, ocorre a fibrilação ventricular 100 mA a 200 mA – morte 200 mA – queimaduras severas 11 2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS a. Proteção Contra Contatos Diretos b. Proteção Contra Contatos Indiretos Certos equipamentos, locais ou utilizações podem requerer medidas de proteção especiais previstas em Normas especificas que regulam o assunto, tais como as da ABNT e do Ministério do Trabalho. 3. SELEÇÃO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM FUNÇÃO DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS c. Seleção das medidas de Proteção contra choques elétricos em função das influências externas As medidas de Proteção contra contatos diretos e indiretos devem ser aplicadas em função das condições de influências externas determinantes, principalmente as seguintes: BA - Competência das pessoas BB - Resistência do Corpo Humano BC - Contato das pessoas com o potencial local As outras condições de influencias externas praticamente não tem influencia sobre a seleção e implementação das medidas de proteção contra choque elétricos, mas são particularmente consideradas no que diz respeito a seleção dos componentes. 4. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS DIRETOS Dentre as medidas citadas nas Normas específicas destacamos duas: As medidas de proteção por isolamento das partes vivas e por meio de barreiras ou invólucros são aplicáveis em todas as condições de influência externas. As medidas de proteção parcial por meio de obstáculos, ou por colocação fora de alcance, admitidas em locais acessíveis somente a pessoas advertidas ou qualificadas, Outro fator que reduz os riscos é o uso de EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual destinado a preservar e proteger a integridade física do trabalhador 5. PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS TÉRMICOS As pessoas, os componentes fixos de uma instalação elétrica, bem como os materiais fixos adjacentes, devem ser protegidos contra os efeitos prejudiciais dos calor ou radiações térmicas produzidas pelos equipamentos elétricos particularmente quanto à: Riscos de queimadura Prejuízos no funcionamentos seguro de componentes da instalação Combustão ou deterioração de materiais 6. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 7. 12 Os componentes elétricos não devem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos, devendo ser observadas instruções do fabricante. Os componentes fixos cujas superfícies externas possam atingir temperatura que venham causar perigo de incêndio a materiais adjacentes devem: Ser montados sobre materiais ou contidos no interior de materiais que suportem tais temperatura. Ser separados dos elementos da construção do prédios por materiais que suportem tais temperaturas. Ser montados de modo a permitir a dissipação segura do calor, a uma distância segura de qualquer material em que tais temperaturas possam ter efeitos térmicos prejudiciais. Os componentes instalados de modo permanente que em serviço normal possa emitir arcos ou fagulhas deve: Ser totalmente envolvido por material resistente a arcos. Ser separado, por materiais resistentes a arcos, de elementos da construção do prédios nos quais os arcos possam ter efeitos. Ser montados de modo a permitir a segura extinção do arco a uma distância suficiente dos elementos do prédio no quais os arcos possam ter efeitos térmicos prejudiciais. 7. DICAS DE SEGURANÇA PARA RESIDÊNCIAS manter as instalações em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contato e/ou curto-circuito. não usar tomadas e fios em mau estado de conservação ou de bitola e/ou classe de tensão inferior à recomendada. Nunca retirar a proteção da instalação, substituindo fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames, fios ou moedas. Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários equipamentos ligados simultaneamente, pois os fios aquecem, podendo iniciar o fogo. Nunca deixe ferro elétrico ligado quando tiver que fazer alguma outra coisa, mesmo que seja por alguns minutos, pois isto tem sido causa de grandes incêndios. Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como televisor, computador, vídeo) não se encontram vedados por panos decorativos, plásticos, capas, cobertas, etc. Os aparelhos de rotação devem ser observados em sua parte mecânica, nas engrenagens, rolamentos, etc. (como ventiladores, motores, sendo que quando impedido esta rotação, existirá produção de calor e tendência de iniciar o fogo) Não deixar lâmpadas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros materiais combustíveis. Se a residência ficar desocupada por um período longo, desligue a Proteção Geral (disjuntor), ficando desabitada sem perspectiva de nova ocupação, solicite desligamento do fornecimento a Concessionária. (Uma das hipóteses de incêndio em Casas abandonadas é pelo uso da energia elétrica). 13 Para cada tipo de ligação elétrica, os fios devem ter dimensão apropriada, sendo especificado esta nas informações técnicas do equipamento. Revise periodicamente as instalações elétricas. Faça isso com um profissional especializado. Ligue sempre o fio terra dos aparelhos. Isso evita o choque elétrico no caso de haver uma possível fuga de eletricidade. Sempre que a atividade envolver eletricidade, desligue o disjuntor ou a chave geral, mesmo que seja para trocar uma lâmpada. Não use e nem toque em fios nus ou desencapados. Fios soltos na rua podem causar acidentes fatais. Ao vê-los, não deixe ninguém se aproximar e avise a Concessionária de energia elétrica imediatamente. Não ligue muitos aparelhos na mesma tomada, através de "benjamins", ou "tês", pois isto provoca aquecimento nos fios, desperdiçando energia e podendo causar sobrecarga e curto- circuito. Muito cuidado com o uso de aparelhos elétricos perto de chuveiros, banheiras e piscinas. O acidente com choque elétrico na água pode ser fatal. Numa instalação correta, os fios não devem aquecer-se. Se isto acontecer, procure um engenheiro eletricista. Ao trocar seu chuveiro por um de maior potência, peça a um engenheiro eletricista para verificar a fiação antes de instalá-lo, evitando acidentes. 14 OS RISCOS ELÉTRICOS DEPENDEM DAS ATITUDES DE CADA PESSOA: MAS PODEM TAMBÉM DEPENDER DA NATUREZA. Prof. Sérgio Luiz Costa Saraiva 15 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 16 17 18 19 20 21 Mapa de queda de raios ATOS INSEGUROS 23 24 ACIDENTES COM ALTA TENSÃO 25 Estudo de Casos de Acidentes ACIDENTE - OCORRIDO EM UMA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃOA concessionária possui um programa de Manutenção Preventiva, para proteção do funcionário e do Sistema Elétrico de Potência. Esta manutenção é dividida de três formas: 1. Inspeção C1 - Através de termovisão (análise do ponto quente das conexões); 2. Inspeção C2 - Manutenção preventiva do equipamento (correção dos pontos quentes, análise de óleo isolante – Ascárel,...). 3. Inspeção C3 - Manutenção corretiva dos equipamentos (substituição de isoladores, substituição dos reparos de vedação, troca de óleo isolante, troca de disjuntores, transformadores, chaves seccionadoras,...). Este acidente aconteceu em uma subestação de energia, que possui dois transformadores abaixadores de tensão (380KV/69KV) e (69KV/13,8KV) na região metropolitana de Belo Horizonte. Em uma manutenção preventiva (C 2) em um disjuntor 5F4 - PVO, que alimenta um barramento de 13.8 KV, a equipe de transformação e manobra dirigiu – se até o local, para execução do serviço descrito pela O.S (Ordem de Serviço). Após realizarem todo o procedimento de transferência de carga, para não deixar nenhum consumidor sem energia no período de manutenção, estipulado para 2 horas, o operador de subestação, juntamente com o supervisor da equipe de manutenção tomaram todas as medidas de segurança necessárias, para execução do serviço: • Desligamento da alimentação do disjuntor, que por sua vez alimenta um barramento de 13,8KV, através da chave seccionadora no campo; • Identificação com placa de sinalização (nesta chave) de que este equipamento só poderá ser religado pelo supervisor da equipe de manutenção; • Desligamento do disjuntor através da chave seletora no painel de controle da SE (subestação); • Identificação com placa de sinalização no painel situado na casa de controle, de que este equipamento só poderá ser religado pelo operador da SE; • Conferência de leitura nos medidores, (voltímetro, amperímetro, watímetro) na sala de controle para certificação de que o equipamento esteja desligado; • Isolamento da área de manutenção com faixas de segurança e cones de advertência; • Aterramento provisório do equipamento; • Conferência dos EPI´S (Equipamentos de Proteção Individual de Segurança) EQUIPE DE MANUTENÇÃO SUBESTAÇÃO 138KV/69KV 26 DESCRIÇÃO DO ACIDENTE Por volta das 9:00 h do dia 22/05/01, uma quarta-feira (tempo úmido), a equipe de transformação e manobra iniciou a manutenção preventiva em um disjuntor de média tensão (5F4). O João, um funcionário que trabalha a mais de 15 anos na empresa, ficou responsável pela troca das buchas de entrada do disjuntor de média tensão; este funcionário subiu na estrutura de sustentação do equipamento e se posicionou para iniciar o serviço. Por um pequeno descuido (desequilíbrio), para evitar uma queda ele segurou na estrutura do disjuntor ao lado (6F4) que estava energizado, sofrendo um choque com uma tensão de 13,8 KV. Como o disjuntor (5F4) estava aterrado, o Sr. João foi o elo de ligação entre a parte viva (energizada) do disjuntor 6F4 e a terra, percorrendo por todo seu organismo a corrente que circulava pelo disjuntor (6F4), mais a carga que foi transferida, formando um curto fase – terra em cima do seu Sr. João. Os disjuntores são programados para terem três religamentos automáticos, porque se houver alguma interferência na linha de transmissão (galho de árvore, linha de papagaio, etc.) o disjuntor não desligue em definitivo, deixando vários consumidores sem energia por um longo período. O disjuntor (6F4) deu o primeiro religamento automático (RA) após 5 segundos da formação do curto fase – terra; passado 20 segundos após o 1º RA, o disjuntor deu 2º RA; passado mais 10 segundos após o 2° RA o disjuntor desligou – se definitivamente. O Sr. João ficou por volta de 35 segundos com uma tensão de 13.8KV em seu corpo. Foram tomadas todas as medidas iniciais até a chegada do resgate para socorrer a vítima. Conseqüência do Acidente: o Queda de uma altura de aproximadamente 3 metros; o Queimadura de 3° grau; o Queimadura dos órgãos internos prejudicando o seu funcionamento (rins, fígado, pulmão, etc.); o Perdas dos membros superiores; o O Sr. João foi encaminhado, para o hospital especialista em queimaduras, ficando internado por 3 dias, lúcido, mas com todos os seus órgãos internos funcionando precariamente, devido à queimadura ocorrida com o choque na média tensão; como conseqüência, o seu João veio a falecer. 27 EQUIPE DE SEGURANÇA E SEGURADORA FAZENDO ANÁLISE DO ACIDENTE Após análise do acidente feito pela equipe de segurança da concessionária, pelos advogados da concessionária, advogados da seguradora, advogados da família e pelos psicólogos da empresa, foram levantadas as seguintes questões: o O acidente aconteceu por descuido do funcionário; o O funcionário estava passando por dificuldades; o O funcionário estava com problemas familiares; o O funcionário apresentava algum problema psicológico; o O funcionário teve uma noite tranqüila (descansou bem, não bebeu); o O funcionário não queria suicidar; CONCLUSÃO: Analisando todas as possíveis causas que poderiam ter levado a este acidente, chegou-se a conclusão que realmente foi um acidente de trabalho, uma fatalidade. Uma pessoa que trabalhava a mais de 15 anos exercendo esta função, que não apresentava quadro clínico problemático, não tinha problemas familiares e nem financeiro, não poderia ter cometido um suicídio. ACIDENTE - OCORRIDO NA TROCA DE UM MEDIDOR DE ENERGIA Este acidente ocorreu com um eletricista em uma concessionária de energia. O eletricista estava instalando um medidor de tensão 220/440 V, apesar de aparentemente não ter cometido nenhum erro, houve um curto circuito nos conectores. Felizmente o eletricista estava usando EPI's, ou melhor, usava jaleco, luvas para proteção elétrica, óculos, mas não usava capacete com proteção facial. As fotos abaixo irão ilustrar muito bem as conseqüências da falta de apenas um EPI para fazer um serviço (provavelmente) "rapidinho". Isto reforça a importância do uso de todos os EPI's. 28 CONCLUSÃO: Você pode fazer a diferença. Ao realizar qualquer trabalho, avalie a necessidade de uso de cada EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL adequado. NÃO NEGLIGENCIE, NÃO TENHA PRESSA; LEMBRE - SE SEMPRE SUA INTEGRIDADE ESTÁ ACIMA DE TUDO. Felizmente, neste caso não ocorreu um acidente fatal. ACIDENTE - OCORRIDO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BH - APOSTA DE DOIS AMIGOS Este acidente ocorreu por motivo de ignorância da vítima. Duas pessoas sem nenhum conhecimento de eletricidade, após consumo de bebidas alcoólicas, fizeram uma aposta no valor de R$ 10,00, de que o indivíduo não subiria até o topo do poste. Para agravar a situação, estava chovendo no momento em que o cidadão estava subindo no poste. O indivíduo após escalar o poste, com o corpo molhado, esbarrou nos cabos de baixa tensão, fechando um curto trifásico em seu organismo, fazendo o elo de ligação entre a fase e a terra (neutro) da concessionária. As fotos abaixo irão ilustrar melhor esta situação; CONCLUSÃO: Por ignorância da população, falta de instrução, falta de trabalho de orientação por parte dos órgãos competentes, este indivíduo veio a falecer, ficando sem os míseros R$10,00 da infeliz aposta e sem a sua própria vida. 29 NR10 ANTIGA 10.1. Esta Norma Regulamentadora - NR fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de usuários e terceiros. 10.1.1. As prescrições aqui estabelecidas abrangem todosos que trabalham em eletricidade, em qualquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. 10.1.2. Nas instalações e serviços em eletricidade, devem ser observadas no projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes. (110.001-7 / I2) 10.2. Instalações. 10.2.1. Proteção contra o risco de contato. 10.2.1.1. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes. (110.002-5 / I2) 10.2.1.2. As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro. (110.003-3/ I2) 10.2.1.3. As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais. (110.004-1 / I2) 10.2.1.4. Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. (110.005-0 / I2) 10.2.1.5. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado, obedecido o disposto no subitem 10.1.2. (110.006-8 / I2) 10.2.1.6. As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível, devem ser providas de proteção complementar, através de controle à distância, manual e/ou automático. (110.007-6 / I2) 10.2.1.7. As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2, em especial quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento. (110.008-4 / I2) 10.2.2. Proteção contra riscos de incêndio e explosão. 10.2.2.1. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas, executadas e conservadas de acordo com as prescrições do subitem 10.1.2, para prevenir os riscos de incêndio e explosão. (110.009-2 / I2) 30 10.2.2.2. As instalações elétricas sujeitas a maior risco de incêndio e explosão devem ser projetadas e executadas com dispositivos automáticos de proteção contra sobre corrente e sobre tensão, além de outras complementares, de acordo com as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.010-6 / I3) 10.2.2.3. Os ambientes das instalações elétricas, que contenham risco de incêndio, devem ter proteção contra fogo, de acordo com as normas técnicas vigentes no País. (110.011-4 / I2) 10.2.2.4. As partes das instalações elétricas sujeitas à acumulação de eletricidade estática devem ser aterradas, seguindo-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.012-2 / I2) 10.2.3. Componentes das instalações. 10.2.3.1. Os transformadores e capacitores devem ser instalados, consideradas as recomendações do fabricante e normas específicas, no que se refere à localização, distância de isolamento e condições de operação, respeitando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2, em especial, e as prescrições dos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4. (110.013-0 / I2) 10.2.3.2. Os transformadores e capacitores, localizados no interior de edificações destinadas a trabalho, deverão ser instalados em locais bem ventilados, construídos de materiais incombustíveis e providos de portas corta-fogo, de fechamento automático. (110.014-9 / I4) 10.2.3.3. Os postos de proteção, transformação e medição de energia elétrica devem obedecer às prescrições contidas no subitem 10.1.2 e, em especial, àquelas referentes a espaço de trabalho, iluminação e isolamento de ferramentas. (110.015-7 / I2) 10.2.3.4. Os dispositivos de desligamento e manobra de circuitos elétricos devem ser projetados e instalados, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições referentes à localização, sinalização, comando e identificação. (110.016-5 / I2) 10.2.3.5. Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas, segundo as prescrições do subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições referentes à localização, condições de ligação à terra e zona de atuação dos pára-raios. (110.017-3 / I2) 10.2.3.6. Os condutores e suas conexões, condutos e suportes devem ser projetados e instalados, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições referentes a isolamento, dimensionamento, identificação e aterramento. (110.018-1 / I2) 10.2.3.7. Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como telefonia, sinalização, controle e tração elétrica, devem ser instalados, observando-se os cuidados especiais quanto à sua separação física e identificação. (110.019-0 / I1) 10.2.3.8. Os Quadros de Distribuição e Painéis de Controle devem ser projetados, instalados, mantidos e operados, considerando-se as prescrições previstas nos subitens 10.1.2 e 10.3.2.4 e, em especial, as prescrições referentes à localização, iluminação, visibilidade, identificação dos circuitos e aterramento. (110.020-3 / I2) 10.2.3.9. As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais ou compartimentos providos de piso de material resistente a ácidos e dotados de meios que permitam a exaustão dos gases. (110.021- 1 / I2) 10.2.3.9.1. Os locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9 devem estar situados à parte do restante das instalações. (110.022-0 / I2) 31 10.2.3.9.2. A instalação elétrica dos locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9.1 deve obedecer às prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.023-8 / I2) 10.2.4. Equipamentos de utilização da energia elétrica. 10.2.4.1. As instalações elétricas, destinadas à utilização de eletrodomésticos, em locais de trabalho e de ferramentas elétricas portáteis, devem atender às prescrições dos subitens 10.2.1.4 e 10.2.1.7 e, ainda, quanto à tomada de corrente, extensões de circuito, interruptores de correntes, especificação e qualidade dos condutores devem obedecer às prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.024-6 / I2) 10.2.4.1.1. É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o número de saídas, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade. (110.025-4 / I2) 10.2.4.2. As máquinas elétricas girantes devem ser instaladas, obedecidas as recomendações do fabricante, as normas específicas no que se refere à localização e condições de operação e, em especial, as prescrições previstas nos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4. (110.026-2 / I2) 10.2.4.3. Todo motor elétrico deve possuir dispositivo que o desligue automaticamente toda vez que, por funcionamento irregular, represente risco iminente de acidente. (110.027-0 /I2) 10.2.4.4. Os equipamentos de iluminação devem ser especificados e mantidos durante sua vida útil, de forma a garantir os níveis de iluminamento contidos na Norma Regulamentadora - NR 15 e posicionados de forma a garantir condições seguras de manutenção. (110.028-9 / I1) 10.2.4.5. Os equipamentos de iluminação devem ser de tipo adequado ao ambiente em que serão instalados e possuir proteção externa adequada. (110.029-7 / I1) 10.2.4.6. As lâmpadas elétricas portáteis serão utilizadas unicamente onde não possa ser conseguida uma iluminação direta dentro dos níveis de iluminamento previstos na NR 15.(110.030-0 / I1) 10.2.4.7. Os aparelhos portáteis de iluminação devem ser construídos e utilizados de acordo com o subitem 10.1.2. (110.031-9 / I1) 10.2.4.8. As tomadas de correntes parainstalação no piso devem possuir caixa protetora que impossibilite a entrada de água ou de objetos estranhos, estando ou não o pino inserido na tomada. (110.032-7 / I1) 10.3. Serviços. 10.3.1. Proteção do trabalhador. 10.3.1.1. No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas devem ser previstos Sistemas de Proteção Coletiva - SPC através de isolamento físico de áreas, sinalização, aterramento provisório e outros similares, nos trechos onde os serviços estão sendo desenvolvidos. (110.033-5 / I2) 10.3.1.1.1. Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva forem insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais como varas de manobra, escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas, observadas as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.034-3 / I3) 32 10.3.1.2. As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos destinados a serviços em instalações elétricas sob tensão. (110.035-1 / I2) 10.3.1.3. Todo equipamento elétrico, tais como motores, transformadores, capacitores, devem conter, nas suas especificações, o seu espectro sonoro em faixas de oitava freqüência, para controle do seu nível de pressão sonora. (110.036-0 / I1) 10.3.2. Procedimentos. 10.3.2.1. Durante a construção ou reparo de instalações elétricas ou obras de construção civil, próximas de instalações sob tensão, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e de indução elétrica. (110.037-8 /I2) 10.3.2.2. Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, estes deverão ser planejados e programados, determinando-se todas as operações que envolvam riscos de acidente, para que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessárias. (110.038-6 / I2) 10.3.2.3. Toda ocorrência, não programada, em instalações elétricas sob tensão deve ser comunicada ao responsável por essas instalações, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. (110.039-4 / I3) 10.3.2.4. É proibido o acesso e a permanência de pessoas não autorizadas em ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de danos às pessoas e às próprias instalações. (110.040-8 / I2) 10.3.2.5. Os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não estejam sob tensão só podem ser realizados quando as mesmas estiverem liberadas. (110.041-6/ I2) 10.3.2.5.1. Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela cuja ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para esta finalidade. 10.3.2.5.2. Para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o tempo necessário para o desenvolvimento destes serviços, os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados, bem como o circuito elétrico aterrado, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.3.1.1. (110.042-4 / I3) 10.3.2.6. Os serviços de manutenção e/ou reparos em partes de instalações elétricas, sob tensão, só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos especiais, atendidos os requisitos tecnológicos e as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.043-2 / I2) 10.3.2.7. As instalações elétricas devem ser inspecionadas por profissionais qualificados, designados pelo responsável pelas instalações elétricas nas fases de execução, operação, manutenção, reforma e ampliação. (110.044-0 / I2) 10.3.2.7.1. Deve ser fornecido um laudo técnico ao final de trabalhos de execução, reforma ou ampliação de instalações elétricas, elaborado por profissional devidamente qualificado e que deverá ser apresentado, pela empresa, sempre que solicitado pelas autoridades competentes. (110.045-9 / I1) 10.3.2.8. Nas partes das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco. (110.046-7 / I2) 33 10.3.2.8.1. Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem ser manobrados, por questão de segurança, principalmente em casos de manutenção, devem ser cobertos por uma placa indicando a proibição, com letreiro visível a olho nu, a uma distância mínima de 5 (cinco) metros e uma etiqueta indicando o nome da pessoa encarregada de recolocação, em uso normal, do referido dispositivo. (110.047-5 / I2) 10.3.2.9. Os espaços dos locais de trabalho situados nas vizinhanças de partes elétricas expostas não devem ser utilizados como passagem. (110.048-3 / I3) 10.3.2.10. É proibido guardar objetos estranhos à instalação próximo das partes condutoras da mesma. (110.049-1 / I1) 10.3.2.11. Medidas especiais de segurança devem ser tomadas nos serviços em circuitos próximos a outros circuitos com tensões diferentes. (110.050-5 / I2) 10.3.2.12. Quando da realização de serviços em locais úmidos ou encharcados, bem como quando o piso oferecer condições propícias para condução de corrente elétrica, devem ser utilizados cordões elétricos alimentados por transformador de segurança ou por tensão elétrica não superior a 24 volts. (110.051-3 / I3) 10.3.3. Situações de emergência. 10.3.3.1. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar apto a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente através das técnicas de reanimação cárdio-respiratória. (110.052-1 / I1) 10.3.3.2. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar apto a manusear e operar equipamentos de combate a incêndios utilizados nessas instalações. (110.053- 0 / I1) 10.4. Pessoal. 10.4.1. Autorização para trabalhos em instalações elétricas. 10.4.1.1. Estão autorizados a instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, somente os profissionais qualificados que estiverem instruídos quanto às precauções relativas ao seu trabalho e apresentarem estado de saúde compatível com as atividades desenvolvidas no mesmo. (110.054-8 / I1) 10.4.1.1.1. Cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, o estabelecimento e avaliação dos procedimentos a serem adotados pela empresa visando à autorização dos empregados para trabalhos em instalações elétricas, conforme o previsto no subitem 10.4.1.1. 10.4.1.2. São considerados profissionais qualificados aqueles que comprovem, perante o empregador, uma das seguintes condições: a) capacitação, através de curso específico do sistema oficial de ensino; b) capacitação através de curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino; c) capacitação através de treinamento na empresa, conduzido por profissional autorizado. 34 10.4.1.3. Das instruções relativas às precauções do trabalho, prescritas no subitem 10.4.1.1., devem constar orientação quanto à identificação e controle dos riscos e quanto aos primeiros socorros a serem prestados em casos de acidentes do trabalho. 10.4.1.4. Todo profissional qualificado, autorizado a trabalhar em instalações elétricas, deve ter essa condição anotada no seu registro do empregado. (110.055-6 / I2) 10.4.2. Responsabilidade. 10.4.2.1. Todo responsável pelas instalações elétricas e os profissionais qualificados e autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem zelar pelo cumprimento desta Norma Regulamentadora. 35NR-10 EM VIGOR NORMA REGULAMENTADORA N.º10 - SEGURANÇA E INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 10.1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes básicas que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde, de forma a garantir a segurança dos trabalhadores que direta ou indiretamente interagem em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 10.1.2 Esta NR se aplica a todas as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas, e quaisquer serviços realizados nas suas proximidades. 10.2 MEDIDAS DE CONTROLE 10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, de forma a garantir a segurança dos trabalhadores. 10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores. 10.2.3 Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações elétricas com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. 10.2.4 Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 KVA devem constituir Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o Memorial contendo, no mínimo: a) os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações dos equipamentos e dos dispositivos de proteção das instalações elétricas. b) elaborar relatório de auditoria de conformidade com esta NR com recomendações e cronogramas de adequação, visando o controle de riscos elétricos; c) descrever o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; d) manter documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas; e) especificar os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental aplicáveis, conforme determina esta NR; f) manter documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos profissionais e dos treinamentos realizados; g) manter certificações de materiais e equipamentos utilizados em áreas classificadas. 36 10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência ou nas suas proximidades devem acrescentar ao prontuário os documentos relacionados no item 10.2.4 e os a seguir listados: a) descrição dos procedimentos de ordem geral para contingências não previstas; b) certificados dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e deve permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. 10.2.7 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que ocorrerem alterações nos sistemas elétricos. 10.2.8 Os documentos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 10.2.9 Medidas de Proteção Coletiva 10.2.9.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas, devem ser previstos e adotados sistemas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades que são desenvolvidas, de forma a assegurar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 10.2.9.2 Os sistemas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a desenergização elétrica, e na sua impossibilidade o emprego de tensão de segurança, a isolação das partes vivas, a utilização de obstáculos, barreiras, sinalização, seccionamento automático da alimentação, aterramento, ligações equipotenciais, sistema de proteção contra descargas atmosféricas, dentre outros. 10.2.9.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência dessas, deve atender às Normas Internacionais vigentes. 10.2.9.4 Deve ser adotado aterramento temporário adequado sempre que houver a possibilidade de energização dos circuitos, ou se os serviços estiverem sendo executados próximo a instalações elétricas sob tensão. 10.2.10 Medidas de Proteção Individual 10.2.10.1 Quando, no desenvolvimento dos serviços em instalações elétricas, os sistemas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. 10.2.10.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades considerando- se a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. 10.2.10.3 É vedado o uso de adornos pessoais nas atividades em circuitos energizados. 10.3 SEGURANÇA EM PROJETOS 37 10.3.1 Todo projeto elétrico deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea a montante dos pontos de intervenção, que permita a aplicação de seu travamento. 10.3.2 O projeto em instalações elétricas deve considerar o distanciamento e o espaço seguros, quanto ao dimensionamento e de localização de seus componentes, e as influências ambientais quando da operação e da realização de serviços de manutenção. 10.3.3 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e da conexão à terra de todas as partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. 10.3.4 É obrigatório que os projetos de quadros, instalações e redes elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para travamento na posição desligado, de forma a poderem ser travados e sinalizados. 10.3.5 Sempre que tecnicamente viável devem ser projetados dispositivos de seccionamento com recursos de aterramento automático do circuito seccionado. 10.3.6 Todo projeto deve conter recomendações para adoção de aterramento temporário, incluindo rotinas de sua instalação e sua supressão, quando da desenergização dos circuitos elétricos para intervenções. 10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos profissionais habilitados e autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa, e deve ser mantido permanentemente atualizado. 10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõe os demais itens desta NR, em especial a proteção contra incêndio e sinalização de segurança. 10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter , no mínimo, os itens de segurança: a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros efeitos indesejáveis; b) exigência de indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos. (Verde - “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado); c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, controle, proteção, condutores e os próprios equipamentos e estruturas, esclarecendo como tais indicações deverão ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; e) precauções aplicáveis face às influencias ambientais; f) o princípio funcional dos elementos de proteção constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas; g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção. 10.4 SEGURANÇANA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 38 10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir segurança dos trabalhadores, dos usuários e de terceiros e ser acompanhadas e supervisionadas por profissional autorizado conforme dispõe esta NR. 10.4.2 Nos serviços e nas atividades referidos, devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto à altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira , fauna e outros agravantes, adotando-se sempre a sinalização de segurança adequada. 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências ambientais. 10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas devem possuir isolamento adequado às tensões envolvidas e ser regularmente inspecionados e ensaiados. 10.4.4 As instalações e equipamentos elétricos devem ser mantidos em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e recomendações dos fabricantes. 10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas. 10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida no item 10.7, e somente podem ser realizados por profissionais que atendam às condições de qualificação, autorização e treinamento estabelecidos nesta NR. 10.5 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para serviço mediante os procedimentos apropriados obedecida a seqüência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); f) instalação da sinalização de impedimento de energização. 10.5.2 O estado de instalação desenergizado deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência dos procedimentos abaixo: a) retirada de todas as ferramentas, equipamentos e utensílios; 39 b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de energização; c) remoção da sinalização de impedimento de energização; d) remoção do aterramento temporário da equipotencialização e das proteções adicionais; e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, mediante justificativa técnica formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado. 10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desenergizadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. 10.6 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 volts em corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta norma. 10.6.1.1 Os profissionais mencionados devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. 10.6.1.2 Nas operações elementares, tais como conexão e desconexão, realizadas em baixa tensão com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação por pessoas não advertidas, podem ser realizados por qualquer pessoa mediante procedimentos previstos. 10.6.2 Os trabalhos que exijam o ingresso na zona controlada, Anexo I, devem ser realizados mediante procedimentos específicos, mantendo-se o profissional tão distante quanto possível da zona de risco. 10.6.3 Os serviços programados em instalações energizadas, realizados em áreas sujeitas às intempéries, somente podem ser realizados sob boas condições de tempo, devendo ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possam colocar em perigo os trabalhadores. 10.6.3.1 Na iminência de tempestade devem ser suspensos os trabalhos em instalações energizadas abrigadas, conectadas diretamente a rede aérea. 10.6.4 Devem ser previamente elaborados procedimentos seguros, desenvolvidos com circuitos desenergizados, sempre que inovações tecnológicas forem implantadas ou quando a complexidade do serviço requerer. 40 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificarem situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. 10.7 TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) 10.7.1 Todos os profissionais que intervenham em instalações elétricas energizadas em alta tensão e outros trabalhadores que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo I devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR. 10.7.2 Os profissionais mencionados no item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico para trabalhos com instalações elétricas em alta tensão, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. 10.7.3 Todo profissional autorizado deve portar identificação, conforme determina o item 10.8 desta NR, com indicação diferenciada para o exercício de atividades em circuitos energizados com AT. 10.7.4 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles que interajam com o Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente. 10.7.5 Toda intervenção em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP, somente podem ser realizadas mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. 10.7.6 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço. 10.7.7 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado. 10.7.8 A intervenção em instalações elétricas AT dentro de limites estabelecidos como zonas de risco, conforme Anexo I desta NR., somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecido como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. 10.7.9 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com cartão ou etiqueta de identificação da condição de desativação, conforme procedimento operacional adequado.10.7.10 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao uso em alta tensão, devem ser submetidos a testes 41 elétricos ou ensaios de laboratório, periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante ou na ausência daquelas, anualmente. 10.7.11 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe. 10.8 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS 10.8.1 É considerado profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado aquele previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. 10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições simultaneamente: a) seja treinado por profissional habilitado e autorizado; b) trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado. 10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados com anuência formal da empresa. 10.8.5 Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente contendo as limitações e a abrangência de sua autorização. 10.8.6 Os profissionais autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa. 10.8.7 Os profissionais e pessoas autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem apresentar estado de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas. 10.8.8 Os profissionais e pessoas autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. 10.8.8.1 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: a) troca de função ou mudança de empresa; b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 3 meses; c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos e/ou processos de trabalho. 10.8.8.2 O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento específico de acordo com o risco envolvido. 42 10.8.9 Os trabalhadores com atividades em proximidades de instalações elétricas devem ser informados e possuir conhecimentos que permitam identificá-las, avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. 10.9 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção adequada contra incêndio e explosão, conforme dispõe a Norma Regulamentadora nº. 23 – Proteção Contra Incêndios. 10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. 10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. 10.9.4 Nas instalações elétricas das áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de proteção complementar, tais como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, fugas, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente podem ser realizados mediante a liberação, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. 10.10 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: a) identificação de circuitos elétricos; b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restrições e impedimentos de acesso; d) delimitações de áreas; e) sinalização de áreas de circulação , de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; f) sinalização de impedimento de energização. 10.11 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 10.11.1 Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados. 10.11.2 Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço com especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem adotados. 43 10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do trabalho , de forma a atender esta NR. 10.11.3.1 As instruções de segurança do trabalho necessárias à realização dos serviços em eletricidade devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. 10.11.4 A autorização para serviços em instalações elétricas deve ser emitida por profissional habilitado, com anuência formal da administração, devendo ser coordenada pela área de segurança do trabalho, quando houver, de acordo com a Norma Regulamentadora nº. 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 10.11.5 A autorização referida no item 10.11.4 deve estar coerente com o treinamento ministrado, conforme está previsto no Anexo II desta NR. 10.12 RESPONSABILIDADES 10.12.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias a todos os empregadores e contratantes envolvidos. 10.12.2 É de responsabilidade do empregador e contratante informar permanentemente aos trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle dos riscos elétricos a serem adotados. 10.12.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. 10.12.4 Cumpre aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados por suas ações ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa para o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive das normas internas de segurança e saúde; e b) comunicar, imediatamente, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros. 10.13 DISPOSIÇÕES FINAIS 10.13.1 Os trabalhadores podem interromper suas tarefas sempre que comprovar condições de trabalho que não atendam as disposições contidas nesta NR, comunicando o fato ao responsável pela execução do serviço. 10.13.2 Toda documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos profissionais que atuam em serviços e instalações elétricas e das autoridades competentes. 10.13.3 Esta Norma Regulamentadora não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão. 44 10.13.4 A observação desta NR não exclui a obrigatoriedade dos empregadores ou contratantes de observar disposições pertinentes estabelecidas em legislações ou regulamentos nacionais ou internacionais cabíveis. GLOSSÁRIO Alta Tensão (AT) - Tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua,entre fases ou entre fase e terra. Área Classificada - Local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. Aterramento Elétrico Temporário - É uma ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional a terra , destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. Atmosfera Explosiva - Mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa , poeira ou fibras, na qual, após a ignição a combustão se propaga. Baixa Tensão (BT) - Tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Barreira - Dispositivo que impede todo e qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) - É todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros. Equipamento Segregado - Equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barreira. Extra-Baixa Tensão (EBT) - Tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Instalação Elétrica - Conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT) - É aquela que garanta as condições de segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o final dos trabalhos e liberação para uso. Invólucro - Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo e qualquer contato com partes internas. 45 Isolamento Elétrico - Processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de materiais isolantes. Obstáculo - Elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada. Perigo - Situação ou condição de risco acentuado com possibilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. Pessoa advertida – É aquela pessoa suficientemente informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade. Risco - Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas. Sistema Elétrico - É o circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado objetivo. Sistema Elétrico de Potência (SEP) - É o conjunto de todas a instalações e equipamentos destinados à operação, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição inclusive. Sinalização - Procedimento padronizado, destinado a orientar, alertar, avisar e advertir. Travamento - É uma ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada. Zona de Risco - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho. Zona Controlada - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados. Procedimento - Seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização. Trabalho em proximidade - Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. 46 ANEXO I DISTANCIAMENTO DE SEGURANÇA ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre. Faixa de tensão Nominal da instalação elétrica em kV Rr - Raio de delimitação entre zona de risco e controlada em metros Rc - Raio de delimitação entre zona controlada e livre em metros <1 0,20 0,70 ≥1 e <3 0,22 1,22 ≥3 e <6 0,25 1,25 ≥6 e <10 0,35 1,35 ≥10 e <15 0,38 1,38 ≥15 e <20 0,40 1,40 ≥20 e <30 0,56 1,56 ≥30 e <36 0,58 1,58 ≥36 e <45 0,63 1,63 ≥45 e <60 0,83 1,83 ≥60 e <70 0,90 1,90 ≥70 e <110 1,00 2,00 ≥110 e <132 1,10 3,10 ≥132 e <150 1,20 3,20 ≥150 e <220 1,60 3,60 ≥220 e <275 1,80 3,80 ≥275 e <380 2,50 4,50 ≥380 e <480 3,20 5,20 ≥480 e <700 5,20 7,20 Rr ZCRc ZR PE ZL 47 Legenda: Rr = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona de risco. Rc = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona controlada ZL = Zona livre ZR = Zona de risco, restrita a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho. ZC = Zona controlada, restrita a profissionais autorizados. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície construída com material resistente e dotada de dispositivos e requisitos de segurança. Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco (controlada e livre), com interposição de superfície de separação física adequada. Rr Rc ZR PE ZL SI ZL ZC 48 ANEXO II TREINAMENTO A empresa concederá autorização na forma desta NR, aos trabalhadores capacitados e profissionais habilitados que tenham participado com aproveitamento, dos cursos constantes deste ANEXO. 1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE Carga horária mínima – 40 horas Programação Mínima: 1. Introdução à segurança com eletricidade. 2. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. a. O choque elétrico, mecanismos e efeitos;b. Arcos elétricos; queimaduras e quedas; c. Campos eletromagnéticos. 3. Medidas de Controle do Risco Elétrico. a. Desenergização. b. Aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário; c. Equipotencialização. d. Seccionamento automático da alimentação; e. Dispositivos a corrente de fuga; f. Extra baixa tensão; g. Barreiras e invólucros; h. Bloqueios e impedimentos; i. Obstáculos e anteparos; j. Isolamento das partes vivas; k. Isolação dupla ou reforçada; l. Colocação fora de alcance; m. Separação elétrica. 4. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT. a. NBR-5410; 5. Normas Regulamentadoras do MTE. a. Norma Reguamentadora NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade); b. Qualificação; habilitação; capacitação e autorização. 6. Equipamentos de proteção coletiva. 7. Equipamentos de proteção individual. 8. Rotinas de trabalho – Procedimentos. a. Instalações desenergizadas; b. Liberação para serviços; 49 c. Sinalização; d. Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento; 9. Documentação de instalações elétricas. 10. Riscos adicionais. a. Altura; b. Ambientes confinados; c. Áreas classificadas; d. Umidade; e. Condições atmosféricas; 11. Proteção e combate a incêndios. a. Noções básicas; b. Medidas preventivas;
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