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APOSTILA+ELETRICIDADE

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SEGURANÇA EM 
ELETRICIDADE 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
DE MINAS GERAIS 
 
Sérgio Saraiva 
 2 
Considerações sobre o Sistema Internacional de Unidades - SI 
Grandeza fundamental Unidade Símbolo Grandeza Unidade Símbolo Equivalência 
 Comprimento Metro m Força newton N Kg.m/s2 
Massa Quilograma kg Trabalho ou energia joule (watt segundo) J N.m 
Tempo Segundo s Potência watt W J/s 
Intensidade de corrente Ampère A Carga coulomb C A.s 
Temperatura Grau Kelvin º K Diferença de potencial volt V J/C 
Intensidade luminosa Candela cd Capacitância elétrica farad F A.s / V 
 Indutância henry H V.s / A 
 Freqüência hertz Hz s-1 
 
Múltiplos e submúltiplos das unidades SI 
 
Nome do Prefixo Símbolo do Prefixo Fator pelo qual a unidade é multiplicada 
yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000 
zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000 
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000 
tera T 1012 = 1 000 000 000 000 
giga G 109 = 1 000 000 000 
mega M 106 = 1 000 000 
quilo k 103 = 1 000 
hecto h 102 = 100 
deca da 10 
GRANDEZA FUNDAMENTAL 
deci d 10-1 = 0,1 
centi c 10-2 = 0,01 
mili m 10-3 = 0,001 
micro µ 10-6 = 0,000 001 
nano n 10-9 = 0,000 000 001 
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001 
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001 
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 
zepto z 10-21 = 0,000 000 000 000 000 000 001 
yocto y 10-24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001 
 3 
FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO 
ESTADO DE SAÚDE DO ACIDENTADO POR CHOQUE 
ELÉTRICO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERCENTAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA QUE PASSA PELO 
CORAÇÃO EM FUNÇÃO DO PERCURSO NO CORPO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTENSIDADE DA 
CORRENTE 
TEMPO DE 
DURAÇÃO DO 
CHOQUE 
PERCURSO DA 
CORRENTE NO 
CORPO 
NATUREZA DA 
CORRENTE 
RESISTÊNCIA EM 
FUNÇÃO DO 
ISOLAMENTO DO 
CORPO 
CONDIÇÕES FÍSICAS 
DA PESSOA 
TIPO DE CONTATO 
10% 8% 3% 2% 0% 
 4 
O Choque Elétrico é a passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, sendo 
mais intenso quanto maior for a corrente. A intensidade da corrente é em função da 
tensão (voltagem) e da resistência do corpo, quanto maior a resistência e menor a 
tensão, menor será a corrente. 
A partir dos 30mA a corrente pode começar a provocar efeitos danosos em nosso 
corpo, indo desde um leve formigamento, passando pela paralisia momentânea e pela 
tetanização (rigidez total dos músculos), podendo chegar a fibrilação (movimentos 
descoordenados do coração), parada cardio-respiratória. 
 
A tabela simplificada a seguir mostra como a corrente afeta o corpo humano de 
acordo com a sua intensidade: 
CORRENTE REAÇÕES FISIOLÓGICAS 
0,1 a 0,5mA LEVE PERCEPÇÃO SUPERFICIAL 
0,5 a 10mA 
LIGEIRA PARALISIA NOS MÚSCULOS, INÍCIO 
DE TETANIZAÇÃO 
10 a 30mA 
NENHUM EFEITO PERIGOSO SE HOUVER 
INTERRUPÇÃO DO CONTATO EM NO 
MÁXIMO 5 SEGUNDOS 
30 a 500mA 
TETANIZAÇÃO, SENSAÇÃO DE FALTA DE AR, 
POSSIBILIDADE DE FIBRILAÇÃO 
acima de 500mA TRAUMAS CARDÍACOS PERSISTENTES 
A tabela a seguir mostra o tempo de início de atendimento à vítima de choque 
elétrico com massagem cardíaca e respiração artificial relacionando com as chances de 
reanimação em percentual: 
TEMPO ATÉ O INÍCIO DE 
ATENDIMENTO – PRIMEIROS 
SOCORROS 
PERCENTUAL DE CHANCE DE 
REANIMAÇÃO 
1 MINUTO 95% 
2 MINUTOS 90% 
3 MINUTOS 75% 
4 MINUTOS 50% 
5 MINUTOS 25% 
6 MINUTOS 1% 
7 MINUTOS 0,5% 
 
 5
Quadro mais detalhado das conseqüências do choque elétrico no ser humano em função da intensidade da corrente elétrica. 
INTENSIDADE 
DA CORRENTE 
PERCEPÇÃO DO CHOQUE 
ESTADO APÓS O 
CHOQUE 
PRIMEIROS 
SOCORROS 
RESULTADO FINAL 
PROVÁVEL 
ATÉ 1 mA NENHUMA NORMAL - NORMAL 
1 a 9 mA 
SENSAÇÃO DESAGRADÁVEL COM O 
AUMENTO DA INTENSIDADE. 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
NORMAL DESNECESSÁRIO NORMAL 
9 a 20 mA 
SENSAÇÃO DOLOROSA. 
CONTRAÇÃO MUSCULAR VIOLENTA. 
ASFIXIA 
PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIAS 
MORTE APARENTE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL RESTABELECIMENTO 
20 a 100 mA 
SENSAÇÃO INSUPORTÁVEL 
CONTRAÇÕES MUSCULARES VIOLENTAS. 
ASFIXIA. 
PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIAS GRAVES. 
ÀS VEZES FIBRILAÇÃO. 
MORTE APARENTE 
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL 
COM MASSAGEM 
CARDÍACA 
RESTABELECIMENTO 
SOMENTE SE HOUVER 
RAPIDEZ NO SOCORRO. 
ACIMA DE 100 mA 
ASFIXIA IMEDIATA. 
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. 
ALTERAÇÕES MUSCULARES. 
QUEIMADURAS DE 3º GRAU. 
MORTE APARENTE MUITO DIFÍCIL MORTE 
MUITO ACIMA DE 
100 mA 
ASFIXIA IMEDIATA. 
QUEIMADURAS GRAVES. 
MORTE APARENTE OU 
MORTE IMEDIATA 
PRATICAMENTE 
IMPOSSÍVEL 
MORTE 
 6 
Variação da resistência elétrica no corpo humano: 
� PELE SECA: 100.000 Ω 
� PELE ÚMIDA: 1.000 Ω 
� RUPTURA DA PELE: 500 Ω 
Um dos fatores que influenciam na passagem da corrente elétrica pelo corpo 
humano é a sua resistência. Esta resistência varia de acordo com umidade e suor do 
corpo, pois sais conduzem a eletricidade com mais facilidade. O uso de equipamentos 
de proteção individual tem a finalidade de aumentar a resistência. A escolha dos EPI’s 
deve ser feita em função da tensão da rede elétrica, pois altas tensões exigem melhores 
materiais isolantes. 
 
PREVINA-SE DE ACIDENTES – ELETRICIDADE 
Fonte: Secretaria de Energia - Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A 
 
 
NA REDE PÚBLICA 
A maioria dos acidentes com eletricidade (e com maior número de casos fatais), ocorre com fios 
da rede pública . Esses fios, apesar de possuírem uma "capa de proteção", não estão livres de 
choques elétricos. Portanto nunca aproxime qualquer tipo de objetos perto deles. As situações 
de riscos mais comuns ocorrem nos seguintes casos: 
 
CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PRÉDIOS 
A construção e manutenção predial , principalmente na altura da 1ª e 2ª laje, oferecem riscos de 
contato com os fios da rede pública. Ao manobrar barras de metal, canos, arames, trilhos de 
cortina, suportes de luminosos e outros matérias tome muito cuidado não se aproxime dos fios. 
 
MÁQUINAS AGRÍCOLAS 
Cuidado ao movimentar arados e pulverizadores junto a postes, fios, cabos de sustentação ou 
equipamentos elétricos. Nunca passe por baixo dos fios com as barras do pulverizador 
levantadas. Para carga e descarga , só estacione o veículo longe dos fios. Durante a irrigação da 
lavoura, tome cuidado para não deixar a água atingir os fios de eletricidade. 
 
ANTENAS DE TV 
Procure fixar sua antena longe dos fios da rede elétrica. Calcule a distância segura para que, em 
caso de queda, ela não toque nos fios de eletricidade. Evite instalar, desligar ou remover antenas 
quando estiver ventando ou chovendo. Sempre que possível, deixe esta tarefa para profissionais 
especializados. 
 
PIPAS 
Evite soltar pipas perto dos fios da rede elétrica. Isso pode provocar descargas perigosas, graves 
acidentes ou falta de energia em toda a região. Escolha os lugares abertos e espaços livres: 
campos de futebol, praias, parques, etc. Se sua pipa enroscar em algum fio, não tente recupera-
la. É melhor você fazer outra do que arriscar a vida. Não use linhas metalizadas (aquelas de 
embrulhar presentes). Elas conduzem energia elétrica e podem provocar choques fatais. 
 
OUTRAS RECOMENDAÇÕES 
Tome muito cuidado ao podar galhos de árvores próximo aos fios da rede elétrica. Fortes 
temporais, muitas vezes, causam rupturas nos fios e condutores de energia elétrica. Quando isso 
ocorrer, mantenha-se afastado do local do acidente. 
 
 7 
 
 
NAS INSTALAÇÕES DOMÉSTICAS 
Fonte: Secretaria de Energia - Eletropaulo- Eletricidade de São Paulo S.A 
 
 
TELEVISÃO 
Nunca mexa na parte interna do aparelho, mesmo que ele esteja desligado. A carga elétrica pode 
estar acumulada e provocar choques perigosos. 
 
LÂMPADA 
Ao trocar uma lâmpada, cuidado para não encostar os dedos na parte interna do bocal (soquete). 
Segure-a somente pelo corpo. 
 
FERRO ELÉTRICO 
Desligue-o sempre que precisar interromper o serviço para atender ao telefone, a 
campainha ou outros afazeres. 
 
 
CHUVEIRO 
Nunca mude a chave "verão / inverno" com aparelho ligado, nem tente ligar algum 
aparelho elétrico (barbeador, por exemplo) quando estiver de baixo do chuveiro. 
 
 
GELADEIRA 
Nunca use a parte traseira do aparelho, para secar panos ou roupas. Você pode levar um choque. 
 
FUSÍVEIS 
Se fusíveis de aparelhagem adequada ao circuito elétrico. Em caso de curto-circuito, os 
fusíveis interrompem a energia. Se um fusível derreter, desligue a chave imediatamente e 
procure saber o que houve. Só depois de reparar o defeito, troque o fusível danificado por outro 
de igual origem. Nunca improvise fusíveis com pedaços de fios, moedas, arames, ou qualquer 
objeto estranho. 
 
BENJAMINS 
Não faça muitas ligações na mesma tomada. Isso provoca sobrecarga de energia, 
aquecimento dos fios e danos as instalações, inclusive com risco de curtos-circuitos e até 
incêndios. 
 
ATERRAMENTOS 
Os chuveiros e as tomadas elétricas sempre possuem um fio-terra, para proteção da sua 
instalação elétrica. Se esta ligação não for feita, a descarga poderá ocorrer pelo cano ou pela 
água, provocando choques. 
 
CUIDADOS COM AS CRIANÇAS 
Não deixe que elas mexam em aparelhos elétricos ligados. Vede as tomadas com um 
dispositivo próprio. 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
Desligue a chave geral sempre que for consertar aparelhos elétricos. Nunca mexa em 
aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou com os pés em lugares úmidos. Não coloque 
facas, garfos ou outros objetos metálicos dentro de aparelhos ligados. Se precisar limpar 
aparelhos elétricos, não o faça com eles ligados. 
 
 
 8 
REPAROS E MANUTENÇÕES 
Não execute tarefas em instalações elétricas sem conhecimento do assunto. Mantenha as 
instalações elétricas em perfeito estado. Troque imediatamente os fios desencapados, velhos ou 
danificados. Não use fios defeituosos, nem interruptores e tomadas danificados ou sem o 
espelho (tampa). Desligue a chave geral ou o disjuntor, antes de fazer algum reparo na 
instalação. Evite passar fios por baixo de tapetes. Prefira materiais de boa qualidade, evitando 
reaproveitamentos ou compras em ferro velho. Antes de tocar em qualquer fio, certifique-se de 
que ele não está energizado. Use uma lâmpada como teste, com ela você pode verificar os fios 
em todos os pontos da instalação, sem levar choques. Emendas de fios devem ser bem feitas, 
para evitar que elas se aqueçam ou se soltem provocando acidentes. Após fazer emendas, isole-
as com fita isolante. Não use fitas adesivas, esparadrapos ou coisa parecida. Use sempre 
ferramentas de cabo isolado. 
 
 
PROTEÇÃO PARA INSTALAÇÃO 
É muito importante você saber que são os fusíveis que protegem a instalação elétrica de 
sua casa. Ao queimar um fusível, procure identificar a causa. Após solucionar o problema, 
substitua-o por outro de igual capacidade. Nunca use arames, fios ou moedas no lugar dos 
fusíveis. Os disjuntores "quick-lag", que podem substituir os fusíveis, também protegem sua 
instalação, com a vantagem de não se queimarem em caso de sobrecarga de energia ou curto-
circuito, pois desligam o circuito automaticamente. Depois de solucionado o problema, é só 
religá-los. 
 
 9 
PREVENÇÃO E PROTEÇÃO DE ACIDENTES E SINISTROS COM ELETRICIDADE (Pelo 
Corpo de Bombeiros de Porto Alegre) 
 
PROTEÇÃO PARA GARANTIR SEGURANÇA 
Proteção contra Choques Elétricos e Proteção contra incêndio 
1. Os Perigos da Eletricidade 
Qualquer atividade biológica, é originada de impulsos de corrente elétrica. Se essa corrente 
fisiológica interna somar-se a uma outra corrente de origem externa, devido a um contato elétrico, 
ocorrerá no organismo humano uma alteração das funções vitais normais que, dependendo da 
duração da corrente, pode levar a pessoa à morte. 
Os efeitos principais que uma corrente elétrica (externa) produz no corpo humano são 
fundamentalmente quatro: 
Tetanização, 
Parada respiratória, 
Queimadura e Fibrilação ventricular. 
 
Tetanização 
A tetanização é um fenômeno decorrente da contração muscular produzida por um impulso 
elétrico. 
Verifica-se que, sob ação de um estímulo devido à aplicação de uma diferença de potencial 
elétrico a uma fibra nervosa, o músculo se contrai, para em seguida retomar ao estado de repouso. 
Se ao primeiro estímulo seguir-se um segundo, antes que o repouso seja atingido, os dois 
efeitos podem somar-se. 
Diversos estímulos aplicados seguidamente, em contrações repetidas do músculo, de modo 
progressivo; é a chamada contração tetânica. 
Quando a freqüência dos estímulos ultrapassa certo limite o músculo é levado à contração 
completa. Permanecendo nessa condição até que cessem os estímulos, após o que lentamente retorna 
ao estado de repouso. 
Uma pessoa em contato com uma massa sob tensão pode ficar 'agarrada' a ela durante o 
tempo em que perdurar a diferença de potencial, o que, dependendo da duração, pode causar a 
inconsciência e até a morte. 
Parada respiratória 
A máxima corrente que uma pessoa pode tolerar ao segurar um eletrodo, podendo ainda largá-
lo usando os músculos diretamente estimulados pela corrente, segundo determinações experimentais 
em corrente alternada de 50/60 Hz, são valores de 6 a 14 mA, em mulheres (10 mA de média) e 9 a 
23 mA em homens (16 mA de média); portanto uma corrente elétrica inferior a necessária ao 
funcionamento de uma lâmpada incandescente normalmente usada em nossas residência. 
 10 
Correntes superiores a estas podem causar uma parada respiratória, contração de músculos 
ligados à respiração e/ou à Paralisia dos centros nervosos que comandam a função respiratória. 
Se a corrente permanece, O indivíduo perde a consciência e morre sufocado. 
A rapidez da aplicação da respiração artificial (boca a boca), e do tempo pelo qual ela é 
realizada, principalmente intervir imediatamente após o acidente (em 3 ou 4 minutos no máximo) 
para evitar asfixia da vítima ou mesmo lesões irreversíveis nos tecidos cerebrais, é muito importante 
nestas situações. 
Queimadura 
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano desenvolve calor por efeito Joule, 
podendo produzir queimaduras, principalmente nos pontos de entrada e saída da corrente, tendo em 
vista que a resistência elétrica da pele é maior do que os tecidos internos e se forem pequenas as 
áreas de contato. A densidade será maior, produzindo desta forma queimaduras tanto mais graves 
quanto maior esta densidade de corrente e quanto mais longo o tempo pelo qual a corrente estiver 
presente no corpo. 
Fibrilação ventricular 
O fenômeno fisiológico mais grave que pode ocorrer quando da passagem da corrente elétrica 
pelo corpo humano é a fibrilação ventricular. 
Se à atividade elétrica fisiológica normal sobrepõe-se uma corrente elétrica de origem externa 
e muitas vezes maior do que a corrente biológica, é fácil imaginar o que sucede com o equilíbrio 
elétrico do corpo. 
As fibras do coração passam a receber sinais elétricos excessivos e irregulares, as fibras 
ventriculares ficam superestimuladas de maneira caótica e passam a contrair-se de maneira 
desordenada uma independente da outra, de modo que o Coração não pode mais exercer sua função. 
 
Observa-se que, cessada a atividade cardíaca, em cerca de três minutos ocorrem lesões 
irreparáveis no músculo cardíaco e no tecido cerebral. 
Efeitos da correnteelétrica no organismo humano 
100 microamperes a 1 miliampér– limiar da sensação 
1 mA a 5 mA – formigamento 
5mA a 10 mA – sensação desagradável 
10 mA a 20 mA – pânico, sensação muito desagradável 
20 mA a 30 mA – paralisia muscular 
30 mA a 50 mA – a respiração é afetada 
50 mA a 100 mA – dificuldade extrema em respirar, ocorre a fibrilação ventricular 
100 mA a 200 mA – morte 
200 mA – queimaduras severas 
 11 
2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS 
a. Proteção Contra Contatos Diretos 
b. Proteção Contra Contatos Indiretos 
Certos equipamentos, locais ou utilizações podem requerer medidas de proteção especiais 
previstas em Normas especificas que regulam o assunto, tais como as da ABNT e do Ministério do 
Trabalho. 
3. SELEÇÃO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM FUNÇÃO DAS INFLUÊNCIAS 
EXTERNAS 
c. Seleção das medidas de Proteção contra choques elétricos em função das influências 
externas 
As medidas de Proteção contra contatos diretos e indiretos devem ser aplicadas em função das 
condições de influências externas determinantes, principalmente as seguintes: 
 BA - Competência das pessoas 
 BB - Resistência do Corpo Humano 
 BC - Contato das pessoas com o potencial local 
 As outras condições de influencias externas praticamente não tem influencia sobre a 
seleção e implementação das medidas de proteção contra choque elétricos, mas são particularmente 
consideradas no que diz respeito a seleção dos componentes. 
4. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS DIRETOS 
Dentre as medidas citadas nas Normas específicas destacamos duas: 
 As medidas de proteção por isolamento das partes vivas e por meio de barreiras ou invólucros 
são aplicáveis em todas as condições de influência externas. 
 
 As medidas de proteção parcial por meio de obstáculos, ou por colocação fora de alcance, 
admitidas em locais acessíveis somente a pessoas advertidas ou qualificadas, 
Outro fator que reduz os riscos é o uso de EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
- EPI 
 Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual destinado a preservar e proteger a 
integridade física do trabalhador 
 
5. PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS TÉRMICOS 
As pessoas, os componentes fixos de uma instalação elétrica, bem como os materiais fixos 
adjacentes, devem ser protegidos contra os efeitos prejudiciais dos calor ou radiações térmicas 
produzidas pelos equipamentos elétricos particularmente quanto à: 
 Riscos de queimadura 
 
 Prejuízos no funcionamentos seguro de componentes da instalação 
 
 Combustão ou deterioração de materiais 
 
6. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 
7. 
 12 
Os componentes elétricos não devem apresentar perigo de incêndio para os materiais 
vizinhos, devendo ser observadas instruções do fabricante. 
 
 Os componentes fixos cujas superfícies externas possam atingir temperatura que venham 
causar perigo de incêndio a materiais adjacentes devem: 
 
 Ser montados sobre materiais ou contidos no interior de materiais que suportem tais 
temperatura. 
 
 Ser separados dos elementos da construção do prédios por materiais que suportem tais 
temperaturas. 
 
 Ser montados de modo a permitir a dissipação segura do calor, a uma distância segura de 
qualquer material em que tais temperaturas possam ter efeitos térmicos prejudiciais. 
 
 Os componentes instalados de modo permanente que em serviço normal possa emitir arcos 
ou fagulhas deve: 
 
 Ser totalmente envolvido por material resistente a arcos. 
 
 Ser separado, por materiais resistentes a arcos, de elementos da construção do prédios nos quais 
os arcos possam ter efeitos. 
 
 Ser montados de modo a permitir a segura extinção do arco a uma distância suficiente dos 
elementos do prédio no quais os arcos possam ter efeitos térmicos prejudiciais. 
 
7. DICAS DE SEGURANÇA PARA RESIDÊNCIAS 
 
 manter as instalações em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contato e/ou curto-circuito. 
 
 não usar tomadas e fios em mau estado de conservação ou de bitola e/ou classe de tensão 
inferior à recomendada. 
 
 Nunca retirar a proteção da instalação, substituindo fusíveis ou disjuntores por ligações diretas 
com arames, fios ou moedas. 
 
 Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários equipamentos ligados simultaneamente, 
pois os fios aquecem, podendo iniciar o fogo. 
 
 Nunca deixe ferro elétrico ligado quando tiver que fazer alguma outra coisa, mesmo que seja 
por alguns minutos, pois isto tem sido causa de grandes incêndios. 
 
 Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como televisor, 
computador, vídeo) não se encontram vedados por panos decorativos, plásticos, capas, cobertas, 
etc. 
 
 Os aparelhos de rotação devem ser observados em sua parte mecânica, nas engrenagens, 
rolamentos, etc. (como ventiladores, motores, sendo que quando impedido esta rotação, existirá 
produção de calor e tendência de iniciar o fogo) 
 
 Não deixar lâmpadas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros materiais combustíveis. 
 
 Se a residência ficar desocupada por um período longo, desligue a Proteção Geral (disjuntor), 
ficando desabitada sem perspectiva de nova ocupação, solicite desligamento do fornecimento a 
Concessionária. (Uma das hipóteses de incêndio em Casas abandonadas é pelo uso da energia 
elétrica). 
 13 
 
 Para cada tipo de ligação elétrica, os fios devem ter dimensão apropriada, sendo especificado 
esta nas informações técnicas do equipamento. 
 
 Revise periodicamente as instalações elétricas. Faça isso com um profissional especializado. 
Ligue sempre o fio terra dos aparelhos. Isso evita o choque elétrico no caso de haver uma 
possível fuga de eletricidade. 
 
 Sempre que a atividade envolver eletricidade, desligue o disjuntor ou a chave geral, mesmo que 
seja para trocar uma lâmpada. 
 
 Não use e nem toque em fios nus ou desencapados. 
 
 Fios soltos na rua podem causar acidentes fatais. Ao vê-los, não deixe ninguém se aproximar e 
avise a Concessionária de energia elétrica imediatamente. 
 
 Não ligue muitos aparelhos na mesma tomada, através de "benjamins", ou "tês", pois isto 
provoca aquecimento nos fios, desperdiçando energia e podendo causar sobrecarga e curto-
circuito. 
 
 Muito cuidado com o uso de aparelhos elétricos perto de chuveiros, banheiras e piscinas. O 
acidente com choque elétrico na água pode ser fatal. 
 
 Numa instalação correta, os fios não devem aquecer-se. Se isto acontecer, procure um 
engenheiro eletricista. 
 
 Ao trocar seu chuveiro por um de maior potência, peça a um engenheiro eletricista para 
verificar a fiação antes de instalá-lo, evitando acidentes. 
 
 14 
 
OS RISCOS ELÉTRICOS DEPENDEM DAS ATITUDES DE 
CADA PESSOA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MAS PODEM TAMBÉM 
 
DEPENDER DA NATUREZA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Sérgio Luiz Costa Saraiva 
 15 
 
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
 21
Mapa de queda de raios 
 
 
 
ATOS INSEGUROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
 
 
 
 24
ACIDENTES COM ALTA TENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
Estudo de Casos de Acidentes 
 
ACIDENTE - OCORRIDO EM UMA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE 
DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃOA concessionária possui um programa de Manutenção Preventiva, para proteção do 
funcionário e do Sistema Elétrico de Potência. Esta manutenção é dividida de três formas: 
 
1. Inspeção C1 - Através de termovisão (análise do ponto quente das conexões); 
2. Inspeção C2 - Manutenção preventiva do equipamento (correção dos pontos 
quentes, análise de óleo isolante – Ascárel,...). 
3. Inspeção C3 - Manutenção corretiva dos equipamentos (substituição de 
isoladores, substituição dos reparos de vedação, troca de óleo isolante, troca de 
disjuntores, transformadores, chaves seccionadoras,...). 
 
Este acidente aconteceu em uma subestação de energia, que possui dois transformadores 
abaixadores de tensão (380KV/69KV) e (69KV/13,8KV) na região metropolitana de Belo 
Horizonte. Em uma manutenção preventiva (C 2) em um disjuntor 5F4 - PVO, que alimenta um 
barramento de 13.8 KV, a equipe de transformação e manobra dirigiu – se até o local, para 
execução do serviço descrito pela O.S (Ordem de Serviço). 
Após realizarem todo o procedimento de transferência de carga, para não deixar 
nenhum consumidor sem energia no período de manutenção, estipulado para 2 horas, o 
operador de subestação, juntamente com o supervisor da equipe de manutenção tomaram todas 
as medidas de segurança necessárias, para execução do serviço: 
 
• Desligamento da alimentação do disjuntor, que por sua vez alimenta um 
barramento de 13,8KV, através da chave seccionadora no campo; 
• Identificação com placa de sinalização (nesta chave) de que este equipamento só 
poderá ser religado pelo supervisor da equipe de manutenção; 
• Desligamento do disjuntor através da chave seletora no painel de controle da SE 
(subestação); 
• Identificação com placa de sinalização no painel situado na casa de controle, de 
que este equipamento só poderá ser religado pelo operador da SE; 
• Conferência de leitura nos medidores, (voltímetro, amperímetro, watímetro) na 
sala de controle para certificação de que o equipamento esteja desligado; 
• Isolamento da área de manutenção com faixas de segurança e cones de 
advertência; 
• Aterramento provisório do equipamento; 
• Conferência dos EPI´S (Equipamentos de Proteção Individual de Segurança) 
 
EQUIPE DE MANUTENÇÃO SUBESTAÇÃO 138KV/69KV 
 
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DESCRIÇÃO DO ACIDENTE 
 
 Por volta das 9:00 h do dia 22/05/01, uma quarta-feira (tempo úmido), a equipe de 
transformação e manobra iniciou a manutenção preventiva em um disjuntor de média tensão 
(5F4). O João, um funcionário que trabalha a mais de 15 anos na empresa, ficou responsável 
pela troca das buchas de entrada do disjuntor de média tensão; este funcionário subiu na 
estrutura de sustentação do equipamento e se posicionou para iniciar o serviço. Por um pequeno 
descuido (desequilíbrio), para evitar uma queda ele segurou na estrutura do disjuntor ao lado 
(6F4) que estava energizado, sofrendo um choque com uma tensão de 13,8 KV. Como o 
disjuntor (5F4) estava aterrado, o Sr. João foi o elo de ligação entre a parte viva (energizada) do 
disjuntor 6F4 e a terra, percorrendo por todo seu organismo a corrente que circulava pelo 
disjuntor (6F4), mais a carga que foi transferida, formando um curto fase – terra em cima do 
seu Sr. João. 
 Os disjuntores são programados para terem três religamentos automáticos, porque se 
houver alguma interferência na linha de transmissão (galho de árvore, linha de papagaio, etc.) o 
disjuntor não desligue em definitivo, deixando vários consumidores sem energia por um longo 
período. 
O disjuntor (6F4) deu o primeiro religamento automático (RA) após 5 segundos da 
formação do curto fase – terra; passado 20 segundos após o 1º RA, o disjuntor deu 2º RA; 
passado mais 10 segundos após o 2° RA o disjuntor desligou – se definitivamente. 
O Sr. João ficou por volta de 35 segundos com uma tensão de 13.8KV em seu corpo. 
 
Foram tomadas todas as medidas iniciais até a chegada do resgate para socorrer a vítima. 
 
Conseqüência do Acidente: 
 
o Queda de uma altura de aproximadamente 3 metros; 
o Queimadura de 3° grau; 
o Queimadura dos órgãos internos prejudicando o seu funcionamento (rins, 
fígado, pulmão, etc.); 
o Perdas dos membros superiores; 
 
 
 
o O Sr. João foi encaminhado, para o hospital especialista em queimaduras, 
ficando internado por 3 dias, lúcido, mas com todos os seus órgãos internos 
funcionando precariamente, devido à queimadura ocorrida com o choque na 
média tensão; como conseqüência, o seu João veio a falecer. 
 
 
 
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EQUIPE DE SEGURANÇA E SEGURADORA FAZENDO ANÁLISE DO ACIDENTE 
 
 
 
Após análise do acidente feito pela equipe de segurança da concessionária, pelos 
advogados da concessionária, advogados da seguradora, advogados da família e pelos 
psicólogos da empresa, foram levantadas as seguintes questões: 
 
o O acidente aconteceu por descuido do funcionário; 
o O funcionário estava passando por dificuldades; 
o O funcionário estava com problemas familiares; 
o O funcionário apresentava algum problema psicológico; 
o O funcionário teve uma noite tranqüila (descansou bem, não bebeu); 
o O funcionário não queria suicidar; 
 
CONCLUSÃO: Analisando todas as possíveis causas que poderiam ter levado a este 
acidente, chegou-se a conclusão que realmente foi um acidente de trabalho, uma fatalidade. 
Uma pessoa que trabalhava a mais de 15 anos exercendo esta função, que não apresentava 
quadro clínico problemático, não tinha problemas familiares e nem financeiro, não poderia ter 
cometido um suicídio. 
 
 
 
ACIDENTE - OCORRIDO NA TROCA DE UM MEDIDOR DE ENERGIA 
 
Este acidente ocorreu com um eletricista em uma concessionária de energia. 
O eletricista estava instalando um medidor de tensão 220/440 V, apesar de aparentemente não 
ter cometido nenhum erro, houve um curto circuito nos conectores. Felizmente o eletricista 
estava usando EPI's, ou melhor, usava jaleco, luvas para proteção elétrica, óculos, mas não 
usava capacete com proteção facial. As fotos abaixo irão ilustrar muito bem as conseqüências 
da falta de apenas um EPI para fazer um serviço (provavelmente) "rapidinho". Isto reforça a 
importância do uso de todos os EPI's. 
 
 
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CONCLUSÃO: Você pode fazer a diferença. Ao realizar qualquer trabalho, avalie a 
necessidade de uso de cada EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL adequado. 
NÃO NEGLIGENCIE, NÃO TENHA PRESSA; LEMBRE - SE SEMPRE SUA 
INTEGRIDADE ESTÁ ACIMA DE TUDO. 
Felizmente, neste caso não ocorreu um acidente fatal. 
 
 
 
ACIDENTE - OCORRIDO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BH - 
APOSTA DE DOIS AMIGOS 
 
 
Este acidente ocorreu por motivo de ignorância da vítima. 
Duas pessoas sem nenhum conhecimento de eletricidade, após consumo de bebidas 
alcoólicas, fizeram uma aposta no valor de R$ 10,00, de que o indivíduo não subiria até o topo 
do poste. Para agravar a situação, estava chovendo no momento em que o cidadão estava 
subindo no poste. O indivíduo após escalar o poste, com o corpo molhado, esbarrou nos cabos 
de baixa tensão, fechando um curto trifásico em seu organismo, fazendo o elo de ligação entre a 
fase e a terra (neutro) da concessionária. As fotos abaixo irão ilustrar melhor esta situação; 
 
 
 
CONCLUSÃO: Por ignorância da população, falta de instrução, falta de trabalho de 
orientação por parte dos órgãos competentes, este indivíduo veio a falecer, ficando sem os 
míseros R$10,00 da infeliz aposta e sem a sua própria vida. 
 
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NR10 ANTIGA 
10.1. Esta Norma Regulamentadora - NR fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança 
dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, 
execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de usuários e terceiros. 
10.1.1. As prescrições aqui estabelecidas abrangem todosos que trabalham em eletricidade, em 
qualquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. 
10.1.2. Nas instalações e serviços em eletricidade, devem ser observadas no projeto, execução, 
operação, manutenção, reforma e ampliação, as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos 
competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes. (110.001-7 / I2) 
10.2. Instalações. 
10.2.1. Proteção contra o risco de contato. 
10.2.1.1. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja 
possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes. 
(110.002-5 / I2) 
10.2.1.2. As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser 
dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro. (110.003-3/ I2) 
10.2.1.3. As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se 
conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, 
de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais. (110.004-1 / I2) 
10.2.1.4. Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, 
eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. 
(110.005-0 / I2) 
10.2.1.5. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado, obedecido o disposto no subitem 
10.1.2. 
(110.006-8 / I2) 
10.2.1.6. As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível, 
devem ser providas de proteção complementar, através de controle à distância, manual e/ou automático. 
(110.007-6 / I2) 
10.2.1.7. As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam 
permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, considerando-se as prescrições previstas no 
subitem 10.1.2, em especial quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento. (110.008-4 / 
I2) 
10.2.2. Proteção contra riscos de incêndio e explosão. 
10.2.2.1. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas, executadas e conservadas de 
acordo com as prescrições do subitem 10.1.2, para prevenir os riscos de incêndio e explosão. (110.009-2 
/ I2) 
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10.2.2.2. As instalações elétricas sujeitas a maior risco de incêndio e explosão devem ser projetadas e 
executadas com dispositivos automáticos de proteção contra sobre corrente e sobre tensão, além de 
outras complementares, de acordo com as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.010-6 / I3) 
10.2.2.3. Os ambientes das instalações elétricas, que contenham risco de incêndio, devem ter proteção 
contra fogo, de acordo com as normas técnicas vigentes no País. (110.011-4 / I2) 
10.2.2.4. As partes das instalações elétricas sujeitas à acumulação de eletricidade estática devem ser 
aterradas, seguindo-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.012-2 / I2) 
10.2.3. Componentes das instalações. 
10.2.3.1. Os transformadores e capacitores devem ser instalados, consideradas as recomendações do 
fabricante e normas específicas, no que se refere à localização, distância de isolamento e condições de 
operação, respeitando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2, em especial, e as prescrições dos 
subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4. (110.013-0 / I2) 
10.2.3.2. Os transformadores e capacitores, localizados no interior de edificações destinadas a trabalho, 
deverão ser instalados em locais bem ventilados, construídos de materiais incombustíveis e providos de 
portas corta-fogo, de fechamento automático. (110.014-9 / I4) 
10.2.3.3. Os postos de proteção, transformação e medição de energia elétrica devem obedecer às 
prescrições contidas no subitem 10.1.2 e, em especial, àquelas referentes a espaço de trabalho, 
iluminação e isolamento de ferramentas. (110.015-7 / I2) 
10.2.3.4. Os dispositivos de desligamento e manobra de circuitos elétricos devem ser projetados e 
instalados, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições 
referentes à localização, sinalização, comando e identificação. (110.016-5 / I2) 
10.2.3.5. Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas, segundo as 
prescrições do subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições referentes à localização, condições de 
ligação à terra e zona de atuação dos pára-raios. (110.017-3 / I2) 
10.2.3.6. Os condutores e suas conexões, condutos e suportes devem ser projetados e instalados, 
considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescrições referentes a 
isolamento, dimensionamento, identificação e aterramento. (110.018-1 / I2) 
10.2.3.7. Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como telefonia, sinalização, controle e 
tração elétrica, devem ser instalados, observando-se os cuidados especiais quanto à sua separação física 
e identificação. (110.019-0 / I1) 
10.2.3.8. Os Quadros de Distribuição e Painéis de Controle devem ser projetados, instalados, mantidos e 
operados, considerando-se as prescrições previstas nos subitens 10.1.2 e 10.3.2.4 e, em especial, as 
prescrições referentes à localização, iluminação, visibilidade, identificação dos circuitos e aterramento. 
(110.020-3 / I2) 
10.2.3.9. As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais ou compartimentos providos 
de piso de material resistente a ácidos e dotados de meios que permitam a exaustão dos gases. (110.021-
1 / I2) 
10.2.3.9.1. Os locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9 devem estar situados à parte do 
restante das instalações. (110.022-0 / I2) 
 31
10.2.3.9.2. A instalação elétrica dos locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9.1 deve 
obedecer às prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.023-8 / I2) 
10.2.4. Equipamentos de utilização da energia elétrica. 
10.2.4.1. As instalações elétricas, destinadas à utilização de eletrodomésticos, em locais de trabalho e de 
ferramentas elétricas portáteis, devem atender às prescrições dos subitens 10.2.1.4 e 10.2.1.7 e, ainda, 
quanto à tomada de corrente, extensões de circuito, interruptores de correntes, especificação e qualidade 
dos condutores devem obedecer às prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.024-6 / I2) 
10.2.4.1.1. É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada de corrente, com o 
emprego de acessórios que aumentem o número de saídas, salvo se a instalação for projetada com essa 
finalidade. (110.025-4 / I2) 
10.2.4.2. As máquinas elétricas girantes devem ser instaladas, obedecidas as recomendações do 
fabricante, as normas específicas no que se refere à localização e condições de operação e, em especial, 
as prescrições previstas nos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4. (110.026-2 / I2) 
10.2.4.3. Todo motor elétrico deve possuir dispositivo que o desligue automaticamente toda vez que, 
por funcionamento irregular, represente risco iminente de acidente. (110.027-0 /I2) 
10.2.4.4. Os equipamentos de iluminação devem ser especificados e mantidos durante sua vida útil, de 
forma a garantir os níveis de iluminamento contidos na Norma Regulamentadora - NR 15 e 
posicionados de forma a garantir condições seguras de manutenção. (110.028-9 / I1) 
10.2.4.5. Os equipamentos de iluminação devem ser de tipo adequado ao ambiente em que serão 
instalados e possuir proteção externa adequada. (110.029-7 / I1) 
10.2.4.6. As lâmpadas elétricas portáteis serão utilizadas unicamente onde não possa ser conseguida 
uma iluminação direta dentro dos níveis de iluminamento previstos na NR 15.(110.030-0 / I1) 
10.2.4.7. Os aparelhos portáteis de iluminação devem ser construídos e utilizados de acordo com o 
subitem 10.1.2. (110.031-9 / I1) 
10.2.4.8. As tomadas de correntes parainstalação no piso devem possuir caixa protetora que 
impossibilite a entrada de água ou de objetos estranhos, estando ou não o pino inserido na tomada. 
(110.032-7 / I1) 
10.3. Serviços. 
10.3.1. Proteção do trabalhador. 
10.3.1.1. No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas devem ser previstos Sistemas de 
Proteção Coletiva - SPC através de isolamento físico de áreas, sinalização, aterramento provisório e 
outros similares, nos trechos onde os serviços estão sendo desenvolvidos. (110.033-5 / I2) 
10.3.1.1.1. Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva forem 
insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados 
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais como 
varas de manobra, escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas, observadas as 
prescrições previstas no subitem 
10.1.2. (110.034-3 / I3) 
 32
10.3.1.2. As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser 
eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos destinados a 
serviços em instalações elétricas sob tensão. (110.035-1 / I2) 
10.3.1.3. Todo equipamento elétrico, tais como motores, transformadores, capacitores, devem conter, 
nas suas especificações, o seu espectro sonoro em faixas de oitava freqüência, para controle do seu nível 
de pressão sonora. (110.036-0 / I1) 
10.3.2. Procedimentos. 
10.3.2.1. Durante a construção ou reparo de instalações elétricas ou obras de construção civil, próximas 
de instalações sob tensão, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e 
de indução elétrica. (110.037-8 /I2) 
10.3.2.2. Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, estes 
deverão ser planejados e programados, determinando-se todas as operações que envolvam riscos de 
acidente, para que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessárias. (110.038-6 / I2) 
10.3.2.3. Toda ocorrência, não programada, em instalações elétricas sob tensão deve ser comunicada ao 
responsável por essas instalações, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. (110.039-4 / I3) 
10.3.2.4. É proibido o acesso e a permanência de pessoas não autorizadas em ambientes próximos a 
partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de danos às pessoas e às próprias instalações. 
(110.040-8 / I2) 
10.3.2.5. Os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não estejam sob 
tensão só podem ser realizados quando as mesmas estiverem liberadas. (110.041-6/ I2) 
10.3.2.5.1. Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela cuja ausência de tensão 
pode ser constatada com dispositivos específicos para esta finalidade. 
10.3.2.5.2. Para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o tempo necessário para 
o desenvolvimento destes serviços, os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados, 
bem como o circuito elétrico aterrado, considerando-se as prescrições previstas no subitem 10.3.1.1. 
(110.042-4 / I3) 
10.3.2.6. Os serviços de manutenção e/ou reparos em partes de instalações elétricas, sob tensão, só 
podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados, 
com emprego de ferramentas e equipamentos especiais, atendidos os requisitos tecnológicos e as 
prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.043-2 / I2) 
10.3.2.7. As instalações elétricas devem ser inspecionadas por profissionais qualificados, designados 
pelo responsável pelas instalações elétricas nas fases de execução, operação, manutenção, reforma e 
ampliação. (110.044-0 / I2) 
10.3.2.7.1. Deve ser fornecido um laudo técnico ao final de trabalhos de execução, reforma ou 
ampliação de instalações elétricas, elaborado por profissional devidamente qualificado e que deverá ser 
apresentado, pela empresa, sempre que solicitado pelas autoridades competentes. (110.045-9 / I1) 
10.3.2.8. Nas partes das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos 
de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, 
inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao 
risco. (110.046-7 / I2) 
 33
10.3.2.8.1. Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem ser manobrados, por 
questão de segurança, principalmente em casos de manutenção, devem ser cobertos por uma placa 
indicando a proibição, com letreiro visível a olho nu, a uma distância mínima de 5 (cinco) metros e uma 
etiqueta indicando o nome da pessoa encarregada de recolocação, em uso normal, do referido 
dispositivo. (110.047-5 / I2) 
10.3.2.9. Os espaços dos locais de trabalho situados nas vizinhanças de partes elétricas expostas não 
devem ser utilizados como passagem. (110.048-3 / I3) 
10.3.2.10. É proibido guardar objetos estranhos à instalação próximo das partes condutoras da mesma. 
(110.049-1 / I1) 
10.3.2.11. Medidas especiais de segurança devem ser tomadas nos serviços em circuitos próximos a 
outros circuitos com tensões diferentes. (110.050-5 / I2) 
10.3.2.12. Quando da realização de serviços em locais úmidos ou encharcados, bem como quando o piso 
oferecer condições propícias para condução de corrente elétrica, devem ser utilizados cordões elétricos 
alimentados por transformador de segurança ou por tensão elétrica não superior a 24 volts. (110.051-3 / 
I3) 
10.3.3. Situações de emergência. 
10.3.3.1. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar 
apto a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente através das técnicas de reanimação 
cárdio-respiratória. (110.052-1 / I1) 
10.3.3.2. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar 
apto a manusear e operar equipamentos de combate a incêndios utilizados nessas instalações. (110.053-
0 / I1) 
10.4. Pessoal. 
10.4.1. Autorização para trabalhos em instalações elétricas. 
10.4.1.1. Estão autorizados a instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, somente os 
profissionais qualificados que estiverem instruídos quanto às precauções relativas ao seu trabalho e 
apresentarem estado de saúde compatível com as atividades desenvolvidas no mesmo. (110.054-8 / I1) 
10.4.1.1.1. Cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – 
SESMT, o estabelecimento e avaliação dos procedimentos a serem adotados pela empresa visando à 
autorização dos empregados para trabalhos em instalações elétricas, conforme o previsto no subitem 
10.4.1.1. 
10.4.1.2. São considerados profissionais qualificados aqueles que comprovem, perante o empregador, 
uma das seguintes condições: 
a) capacitação, através de curso específico do sistema oficial de ensino; 
b) capacitação através de curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo 
sistema oficial de ensino; 
c) capacitação através de treinamento na empresa, conduzido por profissional autorizado. 
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10.4.1.3. Das instruções relativas às precauções do trabalho, prescritas no subitem 
10.4.1.1., devem constar orientação quanto à identificação e controle dos riscos e quanto aos primeiros 
socorros a serem prestados em casos de acidentes do trabalho. 
10.4.1.4. Todo profissional qualificado, autorizado a trabalhar em instalações elétricas, deve ter essa 
condição anotada no seu registro do empregado. (110.055-6 / I2) 
10.4.2. Responsabilidade. 
10.4.2.1. Todo responsável pelas instalações elétricas e os profissionais qualificados e autorizados a 
trabalhar em instalações elétricas devem zelar pelo cumprimento desta Norma Regulamentadora. 
 
 35NR-10 EM VIGOR 
 
NORMA REGULAMENTADORA N.º10 - SEGURANÇA E INSTALAÇÕES E 
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
 
10.1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 
 
10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes básicas que objetivam a 
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde, de 
forma a garantir a segurança dos trabalhadores que direta ou indiretamente interagem 
em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 
 
10.1.2 Esta NR se aplica a todas as fases de geração, transmissão, distribuição e 
consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção 
das instalações elétricas, e quaisquer serviços realizados nas suas proximidades. 
 
10.2 MEDIDAS DE CONTROLE 
 
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas 
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, de forma a 
garantir a segurança dos trabalhadores. 
 
10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da 
empresa, no âmbito da preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores. 
 
10.2.3 Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações 
elétricas com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e 
dispositivos de proteção. 
 
10.2.4 Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 KVA devem 
constituir Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o Memorial 
contendo, no mínimo: 
a) os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações dos 
equipamentos e dos dispositivos de proteção das instalações elétricas. 
b) elaborar relatório de auditoria de conformidade com esta NR com recomendações e 
cronogramas de adequação, visando o controle de riscos elétricos; 
c) descrever o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de 
controle existentes; 
d) manter documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra 
descargas atmosféricas; 
e) especificar os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental 
aplicáveis, conforme determina esta NR; 
f) manter documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, 
autorização dos profissionais e dos treinamentos realizados; 
g) manter certificações de materiais e equipamentos utilizados em áreas classificadas. 
 
 36 
10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema 
elétrico de potência ou nas suas proximidades devem acrescentar ao prontuário os 
documentos relacionados no item 10.2.4 e os a seguir listados: 
a) descrição dos procedimentos de ordem geral para contingências não previstas; 
b) certificados dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 
 
10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo 
empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e deve permanecer à 
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. 
 
10.2.7 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que 
ocorrerem alterações nos sistemas elétricos. 
 
10.2.8 Os documentos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser 
elaborados por profissional legalmente habilitado. 
 
10.2.9 Medidas de Proteção Coletiva 
 
10.2.9.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas, devem ser previstos 
e adotados sistemas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às 
atividades que são desenvolvidas, de forma a assegurar a saúde e a integridade física 
dos trabalhadores. 
 
10.2.9.2 Os sistemas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a 
desenergização elétrica, e na sua impossibilidade o emprego de tensão de segurança, a 
isolação das partes vivas, a utilização de obstáculos, barreiras, sinalização, 
seccionamento automático da alimentação, aterramento, ligações equipotenciais, 
sistema de proteção contra descargas atmosféricas, dentre outros. 
 
10.2.9.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme 
regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência dessas, deve 
atender às Normas Internacionais vigentes. 
 
10.2.9.4 Deve ser adotado aterramento temporário adequado sempre que houver a 
possibilidade de energização dos circuitos, ou se os serviços estiverem sendo 
executados próximo a instalações elétricas sob tensão. 
 
10.2.10 Medidas de Proteção Individual 
 
10.2.10.1 Quando, no desenvolvimento dos serviços em instalações elétricas, os 
sistemas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para 
controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos 
e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. 
 
10.2.10.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades considerando-
se a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. 
 
10.2.10.3 É vedado o uso de adornos pessoais nas atividades em circuitos energizados. 
 
10.3 SEGURANÇA EM PROJETOS 
 37 
 
10.3.1 Todo projeto elétrico deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento 
de ação simultânea a montante dos pontos de intervenção, que permita a aplicação de 
seu travamento. 
 
10.3.2 O projeto em instalações elétricas deve considerar o distanciamento e o espaço 
seguros, quanto ao dimensionamento e de localização de seus componentes, e as 
influências ambientais quando da operação e da realização de serviços de manutenção. 
 
10.3.3 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a 
obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e da 
conexão à terra de todas as partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. 
 
10.3.4 É obrigatório que os projetos de quadros, instalações e redes elétricas 
especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para 
travamento na posição desligado, de forma a poderem ser travados e sinalizados. 
 
10.3.5 Sempre que tecnicamente viável devem ser projetados dispositivos de 
seccionamento com recursos de aterramento automático do circuito seccionado. 
 
10.3.6 Todo projeto deve conter recomendações para adoção de aterramento temporário, 
incluindo rotinas de sua instalação e sua supressão, quando da desenergização dos 
circuitos elétricos para intervenções. 
 
10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos profissionais 
habilitados e autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas 
pela empresa, e deve ser mantido permanentemente atualizado. 
 
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõe os demais itens desta NR, em 
especial a proteção contra incêndio e sinalização de segurança. 
 
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter , no mínimo, os itens de segurança: 
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, 
queimaduras e outros efeitos indesejáveis; 
b) exigência de indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos 
elétricos. (Verde - “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado); 
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo 
dispositivos de manobra, controle, proteção, condutores e os próprios equipamentos e 
estruturas, esclarecendo como tais indicações deverão ser aplicadas fisicamente nos 
componentes das instalações; 
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos 
componentes das instalações; 
e) precauções aplicáveis face às influencias ambientais; 
f) o princípio funcional dos elementos de proteção constantes do projeto, destinados à 
segurança das pessoas; 
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção. 
 
10.4 SEGURANÇANA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E 
MANUTENÇÃO 
 
 38 
10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, 
ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir segurança dos trabalhadores, 
dos usuários e de terceiros e ser acompanhadas e supervisionadas por profissional 
autorizado conforme dispõe esta NR. 
 
10.4.2 Nos serviços e nas atividades referidos, devem ser adotadas medidas preventivas 
destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto à altura, 
confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira , fauna e 
outros agravantes, adotando-se sempre a sinalização de segurança adequada. 
 
10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e 
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação existente, preservando-se as 
características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências 
ambientais. 
 
10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas devem possuir 
isolamento adequado às tensões envolvidas e ser regularmente inspecionados e 
ensaiados. 
 
10.4.4 As instalações e equipamentos elétricos devem ser mantidos em condições 
seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e 
controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e 
recomendações dos fabricantes. 
 
10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador 
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a Norma 
Regulamentadora 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros 
superiores livres para a realização das tarefas. 
 
10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de 
instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida no item 10.7, e 
somente podem ser realizados por profissionais que atendam às condições de 
qualificação, autorização e treinamento estabelecidos nesta NR. 
 
10.5 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 
 
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas 
para serviço mediante os procedimentos apropriados obedecida a seqüência abaixo: 
a) seccionamento; 
b) impedimento de reenergização; 
c) constatação da ausência de tensão; 
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos 
circuitos; 
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); 
f) instalação da sinalização de impedimento de energização. 
 
10.5.2 O estado de instalação desenergizado deve ser mantido até a autorização para 
reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência dos procedimentos 
abaixo: 
a) retirada de todas as ferramentas, equipamentos e utensílios; 
 39 
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de 
energização; 
c) remoção da sinalização de impedimento de energização; 
d) remoção do aterramento temporário da equipotencialização e das proteções 
adicionais; 
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. 
 
10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem 
ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de 
cada situação, por profissional legalmente habilitado, mediante justificativa técnica 
formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente 
preconizado. 
 
10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desenergizadas, mas 
com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que 
estabelece o disposto no item 10.6. 
 
10.6 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 
 
10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 volts 
em corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contínua somente podem ser 
realizadas por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta norma. 
 
10.6.1.1 Os profissionais mencionados devem receber treinamento de segurança para 
trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e 
demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. 
 
10.6.1.2 Nas operações elementares, tais como conexão e desconexão, realizadas em 
baixa tensão com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, 
adequados para operação por pessoas não advertidas, podem ser realizados por qualquer 
pessoa mediante procedimentos previstos. 
 
10.6.2 Os trabalhos que exijam o ingresso na zona controlada, Anexo I, devem ser 
realizados mediante procedimentos específicos, mantendo-se o profissional tão distante 
quanto possível da zona de risco. 
 
10.6.3 Os serviços programados em instalações energizadas, realizados em áreas 
sujeitas às intempéries, somente podem ser realizados sob boas condições de tempo, 
devendo ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possam colocar em 
perigo os trabalhadores. 
 
10.6.3.1 Na iminência de tempestade devem ser suspensos os trabalhos em instalações 
energizadas abrigadas, conectadas diretamente a rede aérea. 
 
10.6.4 Devem ser previamente elaborados procedimentos seguros, desenvolvidos com 
circuitos desenergizados, sempre que inovações tecnológicas forem implantadas ou 
quando a complexidade do serviço requerer. 
 
 40 
10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando 
verificarem situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização 
imediata não seja possível. 
 
10.7 TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) 
 
10.7.1 Todos os profissionais que intervenham em instalações elétricas energizadas em 
alta tensão e outros trabalhadores que exerçam suas atividades dentro dos limites 
estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo I devem atender ao 
disposto no item 10.8 desta NR. 
 
10.7.2 Os profissionais mencionados no item 10.7.1 devem receber treinamento de 
segurança, específico para trabalhos com instalações elétricas em alta tensão, com 
currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta 
NR. 
 
10.7.3 Todo profissional autorizado deve portar identificação, conforme determina o 
item 10.8 desta NR, com indicação diferenciada para o exercício de atividades em 
circuitos energizados com AT. 
 
10.7.4 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles que 
interajam com o Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados 
individualmente. 
 
10.7.5 Toda intervenção em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas 
que interajam com o SEP, somente podem ser realizadas mediante ordem de serviço 
específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. 
 
10.7.6 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e 
a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, 
estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os 
princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade 
aplicáveis ao serviço. 
 
10.7.7 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser 
realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por 
profissional autorizado. 
 
10.7.8 A intervenção em instalações elétricas AT dentro de limites estabelecidos como 
zonas de risco, conforme Anexo I desta NR., somente pode ser realizada mediante a 
desativação, também conhecido como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de 
religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. 
 
10.7.9 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com cartão ou 
etiqueta de identificação da condição de desativação, conforme procedimento 
operacional adequado.10.7.10 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com 
materiais isolantes, destinados ao uso em alta tensão, devem ser submetidos a testes 
 41 
elétricos ou ensaios de laboratório, periódicos, obedecendo-se as especificações do 
fabricante ou na ausência daquelas, anualmente. 
 
10.7.11 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como 
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a 
comunicação permanente com os demais membros da equipe. 
 
10.8 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS 
PROFISSIONAIS 
 
10.8.1 É considerado profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de curso 
específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 
 
10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado aquele previamente qualificado 
e com registro no competente conselho de classe. 
 
10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições 
simultaneamente: 
a) seja treinado por profissional habilitado e autorizado; 
b) trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado. 
 
10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados com 
anuência formal da empresa. 
 
10.8.5 Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente 
contendo as limitações e a abrangência de sua autorização. 
 
10.8.6 Os profissionais autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa 
condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa. 
 
10.8.7 Os profissionais e pessoas autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem 
apresentar estado de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas. 
 
10.8.8 Os profissionais e pessoas autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem 
possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia 
elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de 
acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. 
 
10.8.8.1 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer 
alguma das situações a seguir: 
a) troca de função ou mudança de empresa; 
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 3 meses; 
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos e/ou 
processos de trabalho. 
 
10.8.8.2 O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento específico 
de acordo com o risco envolvido. 
 
 42 
10.8.9 Os trabalhadores com atividades em proximidades de instalações elétricas devem 
ser informados e possuir conhecimentos que permitam identificá-las, avaliar seus 
possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. 
 
10.9 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO 
 
10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas 
de proteção adequada contra incêndio e explosão, conforme dispõe a Norma 
Regulamentadora nº. 23 – Proteção Contra Incêndios. 
 
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação 
em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem 
ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de 
Certificação. 
 
10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade 
estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. 
 
10.9.4 Nas instalações elétricas das áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de 
incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de proteção complementar, tais 
como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, 
fugas, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 
 
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente podem ser 
realizados mediante a liberação, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do 
agente de risco que determina a classificação da área. 
 
10.10 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização 
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao 
disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as 
situações a seguir: 
a) identificação de circuitos elétricos; 
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; 
c) restrições e impedimentos de acesso; 
d) delimitações de áreas; 
e) sinalização de áreas de circulação , de vias públicas, de veículos e de movimentação 
de cargas; 
f) sinalização de impedimento de energização. 
 
10.11 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 
 
10.11.1 Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e 
realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados. 
 
10.11.2 Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço 
com especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem 
adotados. 
 
 43 
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do trabalho 
, de forma a atender esta NR. 
 
10.11.3.1 As instruções de segurança do trabalho necessárias à realização dos serviços 
em eletricidade devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, 
competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações 
finais. 
 
10.11.4 A autorização para serviços em instalações elétricas deve ser emitida por 
profissional habilitado, com anuência formal da administração, devendo ser coordenada 
pela área de segurança do trabalho, quando houver, de acordo com a Norma 
Regulamentadora nº. 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho. 
 
10.11.5 A autorização referida no item 10.11.4 deve estar coerente com o treinamento 
ministrado, conforme está previsto no Anexo II desta NR. 
 
10.12 RESPONSABILIDADES 
 
10.12.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias a todos os 
empregadores e contratantes envolvidos. 
 
10.12.2 É de responsabilidade do empregador e contratante informar permanentemente 
aos trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos 
procedimentos e medidas de controle dos riscos elétricos a serem adotados. 
 
10.12.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações 
e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. 
 
10.12.4 Cumpre aos trabalhadores: 
a) zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados por suas 
ações ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa para o cumprimento das 
disposições legais e regulamentares, inclusive das normas internas de segurança e 
saúde; e 
b) comunicar, imediatamente, ao responsável pela execução do serviço as situações que 
considerar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros. 
 
10.13 DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
10.13.1 Os trabalhadores podem interromper suas tarefas sempre que comprovar 
condições de trabalho que não atendam as disposições contidas nesta NR, comunicando 
o fato ao responsável pela execução do serviço. 
 
10.13.2 Toda documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à 
disposição dos profissionais que atuam em serviços e instalações elétricas e das 
autoridades competentes. 
 
10.13.3 Esta Norma Regulamentadora não é aplicável a instalações elétricas 
alimentadas por extra-baixa tensão. 
 
 44 
10.13.4 A observação desta NR não exclui a obrigatoriedade dos empregadores ou 
contratantes de observar disposições pertinentes estabelecidas em legislações ou 
regulamentos nacionais ou internacionais cabíveis. 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
Alta Tensão (AT) - Tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts 
em corrente contínua,entre fases ou entre fase e terra. 
 
Área Classificada - Local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. 
 
Aterramento Elétrico Temporário - É uma ligação elétrica efetiva confiável e adequada 
intencional a terra , destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente 
durante a intervenção na instalação elétrica. 
 
Atmosfera Explosiva - Mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias 
inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa , poeira ou fibras, na qual, após a ignição a 
combustão se propaga. 
 
Baixa Tensão (BT) - Tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em 
corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts 
em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
 
Barreira - Dispositivo que impede todo e qualquer contato com partes energizadas das 
instalações elétricas. 
 
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) - É todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou 
móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos 
trabalhadores, usuários e terceiros. 
 
Equipamento Segregado - Equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou 
barreira. 
 
Extra-Baixa Tensão (EBT) - Tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 
120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
Instalação Elétrica - Conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com 
características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte 
determinada de um sistema elétrico. 
 
Instalação Liberada para Serviços (BT/AT) - É aquela que garanta as condições de 
segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o 
início até o final dos trabalhos e liberação para uso. 
 
Invólucro - Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo e qualquer 
contato com partes internas. 
 
 45 
Isolamento Elétrico - Processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por 
interposição de materiais isolantes. 
 
Obstáculo - Elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto 
por ação deliberada. 
 
Perigo - Situação ou condição de risco acentuado com possibilidade de causar lesão 
física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. 
 
Pessoa advertida – É aquela pessoa suficientemente informada ou com conhecimento 
suficiente para evitar os perigos da eletricidade. 
 
Risco - Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde 
das pessoas. 
 
Sistema Elétrico - É o circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a 
atingir um determinado objetivo. 
 
Sistema Elétrico de Potência (SEP) - É o conjunto de todas a instalações e equipamentos 
destinados à operação, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição 
inclusive. 
 
Sinalização - Procedimento padronizado, destinado a orientar, alertar, avisar e advertir. 
Travamento - É uma ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de 
manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não 
autorizada. 
 
Zona de Risco - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível 
inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, 
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas 
e instrumentos apropriados de trabalho. 
 
Zona Controlada - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de 
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é 
permitida a profissionais autorizados. 
 
Procedimento - Seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um 
determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de 
segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização. 
 
Trabalho em proximidade - Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona 
controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, 
representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. 
 
 46 
 
ANEXO I 
 
DISTANCIAMENTO DE SEGURANÇA 
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA 
 
 
 
 
Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. 
 
 
Figura 1 - Distâncias no ar que 
delimitam radialmente as zonas de 
risco, controlada e livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faixa de tensão 
Nominal da 
instalação 
elétrica em kV 
Rr - Raio de 
delimitação entre 
zona de risco e 
controlada em 
metros 
Rc - Raio de 
delimitação 
entre zona 
controlada e 
livre em 
metros 
<1 0,20 0,70 
≥1 e <3 0,22 1,22 
≥3 e <6 0,25 1,25 
≥6 e <10 0,35 1,35 
≥10 e <15 0,38 1,38 
≥15 e <20 0,40 1,40 
≥20 e <30 0,56 1,56 
≥30 e <36 0,58 1,58 
≥36 e <45 0,63 1,63 
≥45 e <60 0,83 1,83 
≥60 e <70 0,90 1,90 
≥70 e <110 1,00 2,00 
≥110 e <132 1,10 3,10 
≥132 e <150 1,20 3,20 
≥150 e <220 1,60 3,60 
≥220 e <275 1,80 3,80 
≥275 e <380 2,50 4,50 
≥380 e <480 3,20 5,20 
≥480 e <700 5,20 7,20 
 Rr 
ZCRc 
ZR 
PE 
ZL 
 47 
 
 
Legenda: 
 
Rr = Raio circunscrito radialmente de 
delimitação da zona de risco. 
Rc = Raio circunscrito radialmente de 
delimitação da zona controlada 
ZL = Zona livre 
ZR = Zona de risco, restrita a 
profissionais autorizados e com a 
adoção de técnicas e instrumentos 
apropriados de trabalho. 
ZC = Zona controlada, restrita a 
profissionais autorizados. 
PE = Ponto da instalação energizado. 
SI = Superfície construída com material 
resistente e dotada de dispositivos 
e requisitos de segurança. 
 
Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam 
radialmente as zonas de risco (controlada e 
livre), com interposição de superfície de 
separação física 
adequada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rr 
Rc 
ZR 
PE 
ZL 
SI 
ZL ZC 
 48 
ANEXO II 
 
TREINAMENTO 
 
A empresa concederá autorização na forma desta NR, aos trabalhadores capacitados e 
profissionais habilitados que tenham participado com aproveitamento, dos cursos 
constantes deste ANEXO. 
 
1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM 
ELETRICIDADE 
 
Carga horária mínima – 40 horas 
 
Programação Mínima: 
1. Introdução à segurança com eletricidade. 
 
2. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
a. O choque elétrico, mecanismos e efeitos;b. Arcos elétricos; queimaduras e quedas; 
c. Campos eletromagnéticos. 
 
3. Medidas de Controle do Risco Elétrico. 
a. Desenergização. 
b. Aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário; 
c. Equipotencialização. 
d. Seccionamento automático da alimentação; 
e. Dispositivos a corrente de fuga; 
f. Extra baixa tensão; 
g. Barreiras e invólucros; 
h. Bloqueios e impedimentos; 
i. Obstáculos e anteparos; 
j. Isolamento das partes vivas; 
k. Isolação dupla ou reforçada; 
l. Colocação fora de alcance; 
m. Separação elétrica. 
 
4. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT. 
a. NBR-5410; 
 
5. Normas Regulamentadoras do MTE. 
a. Norma Reguamentadora NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com 
Eletricidade); 
b. Qualificação; habilitação; capacitação e autorização. 
 
6. Equipamentos de proteção coletiva. 
 
7. Equipamentos de proteção individual. 
 
8. Rotinas de trabalho – Procedimentos. 
a. Instalações desenergizadas; 
b. Liberação para serviços; 
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c. Sinalização; 
d. Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento; 
 
9. Documentação de instalações elétricas. 
 
10. Riscos adicionais. 
a. Altura; 
b. Ambientes confinados; 
c. Áreas classificadas; 
d. Umidade; 
e. Condições atmosféricas; 
 
11. Proteção e combate a incêndios. 
a. Noções básicas; 
b. Medidas preventivas;

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