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03_-_materia_do_paulinho_-_anlise_cinesiolgica_e_biomecnica_-_2013

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ANÁLISE CINESIOLÓGICA E BIOMECÂNICA DE UMA LEVE DORSIFLEXÃO 
PARA MAXIMA FLEXÃO PLANTAR 
 
Ludmila de Oliveira Batista 
Murillo Vencenslau B. Pimentel 
Paulo Roberto Santana 
 
 
RESUMO 
Este estudo tem como objetivo auxiliar acadêmicos e professores do curso de 
educação física, e outros interessados a compreender a importância da cinesiologia e 
biomecânica nas atividades de cotidiano ou mesmo de musculação, para obtenção de 
melhores resultados em treinamento físico ou mesmo prevenção de lesões. Os pontos 
a serem observados na cinesiologia e biomecânica enfatizam a descrição do 
movimento em âmbito qualitativo, articulações envolvidas no movimento, planos e 
eixos de execução do movimento, os músculos que participam da execução, o tipo de 
alavanca presente na execução do exercício. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Como afirma Saba (2001), “É natural ao homem movimentar-se. A ação 
corporal faz parte de seu cotidiano, na realização de atividades corriqueiras da vida.“ A 
atividade física é tão natural que provavelmente tenha surgido com a vida, tais 
conclusões são tiradas por conta dos movimentos básicos executados pelos homens 
primitivos, como andar, correr, saltar, trepar e nadar. 
Este estudo foi realizado dentro da área de saúde, ligada a Educação Física e 
se dedica a analisar e criticar um dos movimentos básicos para desenvolvimento, 
Trabalho de 
Conclusão do Curso 
de Educação Física 
 
Bacharelado 
 
 
obtenção de uma melhor execução e a manutenção do bom estado de suas estruturas 
físicas. A atividade analisada é de baixa a moderada intensidade. 
Para justificar a opção de analise do exercício, fez-se uso de literatura 
especializada consultando argumentos validos que possam endossar os escritos 
presentes nesta analise. 
 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Esta pesquisa possui uma linha de abordagem qualitativa, pretendendo 
descrever, analisar e interpretar as informações recolhidas. Quanto à coleta de dados, 
fez-se uma pesquisa bibliográfica, voluntária e seletiva, onde uma acareação foi 
desenvolvida a partir de materiais escritos, constituindo-se principalmente de livros. As 
fontes bibliográficas básicas foram às relacionadas á área de educação física, 
centrados principalmente na Cinesiologia, Biomecânica e Anatomia. 
O trabalho segue a seguinte ordem: Elaboração do projeto de pesquisa; 
Identificação das fontes, uma leitura exploratória, leitura seletiva, e leitura analítica. 
Após as leituras foram realizados trabalhos interpretativos, buscando relacionar todo o 
material com o tema de estudo. Concluídos tais passos teve inicio a redação do texto 
e seguido de um comentário final. 
 
A análise segue a seguinte organização: Introdução da articulação e 
musculatura que será estudada, seguida da caracterização articular (seus 
componentes). Descrição do movimento (posição inicial, execução e posição final), é 
apresentado o plano de apoio e o seu eixo, o envolvimento dos músculos (principal e 
secundário), seguidos da analise do sistema de alavancas (considerando a 
musculatura principal como o ponto de referencia da força) e para finalizar foi 
organizado uma lista de curiosidades do exercício discutido. 
ANÁLISE DE UMA LEVE DORSIFLEXÃO PARA MAXIMA FLEXÃO PLANTAR 
Segundo Campos (2000), articulação do tornozelo e os seus músculos 
correspondentes são fundamentais para o equilíbrio e manutenção da postura do 
corpo, sendo inclusive importantes bombeadores no retorno venoso dos membros 
inferiores, que tem determinada dificuldade por condições da gravidade. Devido a 
essas características essa região assume importante função nas questões referentes 
à manutenção da saúde dos membros inferiores, além de forte relação com a estética 
corporal, desenvolvida pelos padrões de saúde e beleza divulgados pela mídia. 
Por esses motivos com bastante frequência são indicados exercícios para essa 
articulação e consequentemente os músculos diretamente ligados a ela como de 
fundamental importância para o ser humano. 
-Aspectos da articulação do tornozelo 
Thompson e Floyd (1997) afirmam que a articulação do tornozelo seja 
constituída pelos seguintes ossos: Tálus, Tíbia Distal e Fíbula Distal. Esta é também 
conhecida como articulação Tibiotársica ou Talocrural. Quanto a sua classificação, 
Miranda (2000) aponta como sendo uma Diartrose Sinovial do tipo Trocleartrose ou 
Gínglimo (em forma de dobradiça). Sendo na verdade constituída pelas seguintes 
superfícies articulares: superior do Tálus ou Tróclea, que se articula com a face inferior 
da Tíbia; a face lateral do Tálus, que se articula com o Maléolo Fibular; e a face medial 
do Tálus que se articula com o Maléolo Tibial. O mesmo texto afirma ainda que esta 
articulação seja Biaxial (apresentando dois graus de movimento), sendo capaz de 
realizar os movimentos de Dorsiflexão (elevação da região dos dedos), Flexão Plantar 
(elevação da região do calcanhar), Eversão (girar a planta do pé par fora) e Inversão 
(girar a planta do pé para dentro). E finalmente são apresentados como elementos de 
reforço e estabilização articular: a Cápsula Articular e os Ligamentos Medial (com 
quatro feixes: Tibionavicular, Tibiotalar Anterior, Tibiotalar Posterior e Tibiocalcâneo) e 
Lateral (com três feixes: Talofibular Anterior, Talofibular Posterior e Calcâneo-fibular). 
 
-Descrição do movimento 
Posição inicial: indivíduo em posição ereta mantendo costas e joelhos 
estendidos, com a parte anterior do pé (região dos dedos) apoiada em solo ou sobre 
um degrau, step ou calço, deixando os pés em posição neutra (voltados para frente) e 
o tornozelo fazendo uma leve Dorsiflexão (calcanhar pouco abaixo da linha do apoio 
dos dedos). 
Execução: eleva-se o calcanhar até a extensão máxima do tornozelo, 
realizando uma vigorosa Flexão Plantar. Onde a pessoa ficará na ponta dos pés. 
Posição final: posteriormente deixa-se o calcanhar descer até que atinja a 
posição inicial. O movimento se caracteriza como caminhar, quando feito em solo e 
como exercício de treinamento quando em apoios que sustentem apenas uma das 
estruturas, ou proximal ou distal. 
-Plano de execução do exercício 
O movimento apóia-se sobre o plano Sagital, estando sobre um eixo frontal. 
Segundo Campos (2000) 
-Músculos que participam da execução do exercício 
Tesch (2000) afirma que os músculos principais deste exercício são os Tríceps 
Sural (Cabeça Medial do Gastrocnêmio, Cabeça Lateral do Gastrocnêmio, Sóleo) e o 
Fibular Longo. Miranda (2000) ainda acrescenta o Fibular Curto e o Tibial Posterior 
como principais, além do Flexor Longo do Hálux e Flexor Longo dos Dedos como 
auxiliares. 
-Tipo de alavanca presente na execução do exercício 
 Segundo HALL 2005 o tipo de alavanca presente na execução deste exercício 
é de Terceira Classe ou Interpotente, onde a resistência esta representada pelo peso 
corporal, a força principalmente pela musculatura do gastrocnêmio e o apoio pela 
parte do pé que se encontra em contato com o degrau ou quais quer elevações. 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
 O movimento de dorsiflexão para flexão plantar faz sua colaboração para o 
equilíbrio das condições do corpo, tal colaboração ocorre mesmo se o movimento for 
efetuado apenas como um gesto do cotidiano, caminhar, correr, subir degraus. 
(THOMPSON e FLOYD, 1997). 
 
Porém um maior desempenho destas condições físicas, se da a partir do 
movimento realizado como exercício de condicionamento especifico, onde o trabalho 
realizado pode fazer uso de cargas ou elevações externas, aprimorando a participação 
dos grupos musculares envolvidos na execução do exercício, aumentando a 
capacidade de absorção de nutrientes e sem duvidas facilitando o retorno venoso. 
 
 Um ponto a ser observado é o exercício utilizado como musculação, neste 
aspecto deve-se atentar para a formade execução, especificamente o retorno a 
posição inicial, que na maioria das vezes se da de forma irregular, onde o individuo 
permite a ação da gravidade e não sustenta o peso de seu corpo durante o retorno, o 
que força uma hiper-extensão dos tendões, dos ligamentos, da musculatura em sua 
porção posterior da perna e tornozelo, facilitando assim o desenvolvimento de lesões 
somadas ou isoladas. 
 
REFERÊNCIAS 
BANKOFF, A. D. P. Morfologia e cinesiologia aplicada ao movimento humano. Rio de 
Janeiro: Guanabara koogan, 2007. 
CAMPOS, Maurício de A. Biomecânica da musculação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 
2000. 
COSSENZA, Carlos Eduardo. Musculação: Métodos e sistemas. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Sprint, 1995. 
DELAVIER, Frédéric. Guia dos Movimentos de Musculação: abordagem anatômica. 1º 
ed. São Paulo: Manole, 2000. 
HALL, S. Biomecânica Básica. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 
MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e Cinesiologia. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. 
RASCH, Philip J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1991. 
SABA, Fábio. Aderência: À prática do exercício físico em academias. 1ª Ed. São 
Paulo: Manole 2001 
TESCH, Per A. Musculação: estética, preventiva, corretiva e terapêutica. Rio de 
Janeiro: Revinter, 2000. 
THOMPSON, Clem W. & FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia Estrutural. 12ª ed. São 
Paulo: Manole, 1997.

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