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CONTEÚDO 9 - Complexo do Cotovelo O complexo do cotovelo abrange três ossos, três ligamentos, duas articulações e uma cápsula articular. A articulação do úmero com a ulna e com o rádio é conhecida como articulação do cotovelo. No úmero, a tróclea articula-se com a incisura troclear da ulna, e o capítulo articula-se com a cabeça do rádio. O cotovelo é uma articulação do tipo sinovial gínglimo, uniaxial, que possibilita somente os movimentos de flexão e extensão. A partir da posição de extensão a 0°, a articulação executa aproximadamente 145° de flexão. Ao contrário da articulação do ombro, o cotovelo naão possibilita hiperextensão ativa. Esse movimento é bloqueado pelo encaixe do olécrano da ulna na fossa do olécrano do úmero. Algumas pessoas podem executar alguns graus de hiperextensão, mas isso se deve à frouxidão dos ligamentos, não à estrutura óssea. A articulação entre o rádio e a ulna é a articulação radiulnar. Esses ossos articulam-se nas duas extremidades. Na extremidade proximal, a cabeça do rádio roda na incisura radial da ulna, formando a articulação radiulnar proximal. Em razão do formato do rádio, sua extremidade distal roda em torno da extremidade distal da ulna, formando a articulação radiulnar distal. Do ponto de vista funcional, são consideradas uma articulação. A articulação radiulnar é uma articulação sinovial trocoidea, que possibilita apenas a pronação e a supinação do antebraço. A partir da posição neutra ou média, ocorrem aproximadamente 90° de supinação e 80° de pronação. Quando há pronação e a supinação, o raádio move-se em torno da ulna. A ulna não roda, uma vez que o formato de sua extremidade proximal mantém sua posição fixa. Você pode confirmar isso: com o cotovelo fletido, coloque os dedos de sua mão contralateral sobre os dois lados do olécrano, e então realize a pronação e a supinação do antebraço. Observe que o olécrano não se move. Se voê colocar os dedos sobre o corpo da ulna, mais uma vez notará que a ulna não se move. Lembre-se disso quando determinar a ação do músculo. O rádio se move, e a ulna não. Portanto, um músculo deve estar inserido no rádio para realizar a pronação ou supinação do antebraço. Na posição anatômica, os eixos longitudinais do braço e do antebraço formam um ângulo denominado "ângulo de carregamento”. Esse ângulo tende a ser maior nas mulheres que nos homens. O “ângulo de carregamento” normal mede cerca de 5° em homens e de 10° a 15° em mulheres. Esse ângulo existe porque a extremidade distal do úmero não é totalmente horizontal. A parte medial (tróclea) está localizada em nível inferior à parte lateral (capiítulo). Dessa maneira, como a ulna e o rádio rodam em torno da tróclea e do capíulo do úmero, eles não rodam em uma linha reta como uma articulação sinovial gínglimo típica, na qual o maior eixo do segmento inferior está alinhado com o maior eixo do segmento superior. O efeito desse “ângulo de carregamento” pode ser observado se uma linha for traçada ao longo do maior eixo do úmero e prolongando-a pelo antebraço. Nota-se que, durante a extensão do cotovelo, a mão está situada lateralmente a essa linha imaginária. Quando o cotovelo está fletido, a mão se move medialmente à linha imaginária. Esse ângulo é bastante funcional quando se deseja alcançar a boca com a mão. Há duas sensações finais distintas na articulação do cotovelo. Na flexaão, a sensação final é suave porque os volumes musculares anteriores do braço e do antebraço são comprimidos um contra o outro, o que limita o movimento adicional. Isso é denominado aproximação dos tecidos moles. A sensação final na extensão é exatamente oposta. É descrita como rígida em razão do contato entre os ossos quando o olécrano da ulna entra na fossa do olécrano do úmero, limitando, desta maneira, o movimento adicional. Isso é denominado sensação final óssea. As sensações finais no antebraço não são tão distintas. Na supinação, a sensação final é vigorosa em razão da tensão muscular e ligamentar, sendo denominada estiramento dos tecidos moles. A sensação final na pronação é rígida (óssea) devido ao contato entre o rádio e a ulna. Essa sensação final óssea é mais sutil que a percebida durante a extensão do cotovelo. A extremidade distal do úmero tem dois acidentes de formato convexo: a tróclea, que se articula com a ulna, e o capítulo, que se articula com o rádio. A incisura troclear côncava está na extremidade proximal da ulna e a cabeça do rádio côncava está na extremidade proximal do rádio. Nas atividades em cadeia aberta, as faces articulares radial e ulnar côncavas deslizam sobre o úmero na mesma direção do movimento do antebraço. Exercício 1: O complexo articular do cotovelo é composto pelo encontro de três ossos: o úmero, a ulna e o rádio. Neste local podemos encontrar três articulações distintas que harmoniosamente possibilitam os movimentos da região. Leia as afirmativas abaixo e responda: I - O movimento de flexão de cotovelo normalmente atinge 145 graus e, é limitado pelo contato ósseo do olécrano na fossa olecraniana; II - A fóvea da cabeça do rádio se articula com a tróclea do úmero e, este contato ósseo permite os movimentos de abdução do cotovelo; III - O movimento de extensão de cotovelo só não possui maior amplitude devido ao tensionamento elástico do músculo tríceps braquial. A) Todas as afirmativas são verdadeiras B) Todas as afirmativas são falsas C) Somente I está correta D) I e III estão corretas E) Somente II está correta O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Exercício 2: Em relação aos músculos que movem o cotovelo assinale a alternativa INCORRETA: A) o músculo braquial é o motor primário da flexão de cotovelo, sendo ele igualmente efetivo em qualquer posição do cotovelo: pronação ou supinação, uma vez que sua inserção é no processo coronóide da ulna B) o músculo braquiorradial é o músculo mais efetivo para extensão de cotovelo quando o antebraço está em posição neutra C) o músculo tríceps braquial é o principal extensor de cotovelo, embora a sua inserção distal situe-se próxima do eixo de rotação do cotovelo D) o músculo bíceps braquial contribui tanto para a flexão de cotovelo quanto para flexão de ombro E) os músculos anteriores são flexores e os posteriores extensores O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Exercício 3: O principal fator limitante da extensão máxima de cotovelo é: A) tensinamento capsular posterior B) resistência elástica dos músculos anteriores C) encaixe do olécrano na fossa olecraniana D) atrito da cabeça do rádio contra o capítulo E) ação do músculo pronador quadrado O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Exercício 4: Os músculos responsáveis pela FLEXÃO do cotovelo são: A) bíceps braquial, braquiorradial e braquial B) bíceps braquial, deltoide, supra-espinal C) bíceps braquial, coracobraquial D) latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular, peitoral maior, deltoide E) infra-espinal, redondo menor, deltoide. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Exercício 5: Ligamento que compõem os elementos sinoviais da articulação glenoumeral e encontra-se na região anterior desta articulação e, encontra-se tenso durante a abdução de ombro. De qual ligamento estamos falando? A) Coraco-umeral B) Trapezóide C) Conóide D) Córaco-acromial E) Glenoumeral inferior O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Exercício 6: O principal fator limitante da flexão de cotovelo é: A) encontro de massas musculares anteriores B) tensionamento capsular C) encontro ósseo posterior D) tensionamento dos ligamentos colaterais E) resistência muscular posterior O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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