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Ideias Conservadoras Coutinho Resumo

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Ideias Conservadoras - parei em 93 
Prefácio: o autor cita que existe conservadorismos, não conservadorismo. 
Durante toda historia houve muitos. Dentre os vários autores da área 
Burke se destaca, mas textos muito anteriores a ele já existiam, e até 
hoje surgem autores conservadores como Scruton. Por vezes o 
conservadorismo de uns não é apoiado por outros. Tatcher foi acusada de 
não seguir o conservadorismo Burkeano por exemplo. Há muitos reacionários 
que não percebem o "zeitgeist" e ficam como viúvas pedindo para que os 
tempos anteriores voltem. 
 
Cap 1 – A Ideologia Conservadora 
O capitulo tratá de dizer o que não é conservadorismo. Cita que os 
revolucionários são aqueles que buscam a felicidade utópica no futuro. 
Existem os reacionários, que normalmente são associados a conservadores 
mas na verdade são como os revolucionários, porem buscam a "felicidade 
utópica" no passado. Reação é o que os conservadores querem, em embate a 
ideias utópicas. O autor Hundington diz que o conservadorismo é uma 
ideologia sem objetivos, que surge nos momentos de crise e não tem o 
ápice de alguma ideia, como a liberdade para os liberais ou a igualdade 
para os socialistas. Conservadorismo é uma ideologia posicional e reativa 
perante a uma ameaça real. 
 
Cap 2 - Imperfeição Humana 
O conservadorismo lidará não com a razão, mas com o racionalismo. Burke 
assume que o pensamento abstrato não é condição sine qua non para a 
política, e faz a comparação dessa relação com geometria-mecânica. O ser 
humano sabe menos do que pensa e mais do que deveria, ter consciência 
disso é ser maduro e, politicamente falando, espera-se que o conhecimento 
abstrato não é suficiente para lidar com problemas reais pela mesma 
ineficiência humana. Conclui-se que a melhor experiência politica para um 
conservador é aquela que funciona a partir de instintos, que não nega a 
possibilidade de mudança numa situação crítica, mas que entende as 
limitações do ser humano, e que não nega a capacidade de fazer o mal por 
um "bem-maior". 
 
Cap 3 - O Sentido da Realidade 
Aqui o autor esboça a importância da situação no contexto do político 
conservador. Não apenas o foco nas suas ações, mas na ação do todo e no 
"zeitgeist". Cita que o estadista prudente é aquele que reconhece a 
verdade no pluralismo. O conservador tem que usar esse conhecimento 
histórico para moldar a mudança que determinada ação numa era causa. Uma 
vez que todo pensamento surge por consequências de momentos históricos 
anteriores, o conservador tem que entender essa maleabilidade e não se 
dobrar a ela. Existem "valores primeiros" que são necessários para a 
existência de qualquer sociedade civilizada e suas instituições. O autor 
cita que a luta principal de um conservador é não permitir que esses 
valores primeiros sejam ultrapassados, mas, para que não seja apenas uma 
ação negativa, a busca por "valores secundários" devem ser reformados e 
perseguidos. 
 
Cap 4 - Os testes do tempo 
Burke cita que tradições são boas porque "venceram o teste do tempo". 
Sucessivas gerações manteram determinado comportamento pois esse se 
mostrou útil, consciente ou inconscientemente. Uma analogia pode ser 
feita com a Seleção Natural de Darwin, comportamentos úteis para o 
funcionamento da sociedade naturalmente se perpetuam. Ele cita que além 
desse componente moral da tradição, que nos coloca na "conversa da 
humanidade", existe comportamentos inerentes de cada ser, como se fosse 
uma segunda moral. E cita que é bom para os indivíduos o tê-lo, 
comportamentos que surgem de interações com a sociedade mas que são 
únicos (nota: talvez esses sejam "erros darwinianos" importantes para a 
evolução de comportamentos melhores na sociedade). Burke em sua famosa 
frase: "a sociedade é composta dos que morreram, dos vivos, e dos que vão 
nascer" não tenta, de uma forma cadavérica, deixar as ações do presente 
serem ditados por mortos, mas sim mostrar aos estadistas a efemeridade da 
vida, que estamos aqui de empréstimo e que é importante a sabedoria dos 
antigos para escolhas políticas conscientes. Conclui com a ideia da 
importância do preconceito, não na forma rasa do termo utilizado hoje em 
dia, mas sim de que ideias que já foram testadas e mostradas erradas 
devem ser ignoradas. Usar as ideias funcionais, justamente porque foram 
testadas e foram funcionais. 
 
Cap 5 - A Reforma Prudente 
"Para que mudar se as coisas já estão ruins". O capitulo começa com essa 
piada e com as três vertentes de Hirschmann para tal, baseadas numa 
caricatura dos conservadores: "Para que mudar se as mudanças serão 
perversamente contrários as melhores intenções do agente", propondo que 
qualquer mudança, na visão conservadora, surge porque nos meandros da 
ideia tem motivos perversos para as coisas mudarem para pior. "Para que 
mudar se as coisas sempre ficarão do jeito que são ou estão" dizendo que 
as mudanças são sempre de fachada e que a ordem que as coisas estão nunca 
mudará. "Para que mudar se as coisas não estão tão ruins" dizendo que o 
conservador tem medo de mudar uma situação que talvez lhe seja 
confortável. Essa é uma caricatura, pois é própria da ideologia 
conservadora tem consciência de que os valores superiores da sociedade 
atual só surgiram da mudança paulatina, ser conservador é diferente de 
querer as coisas estagnadas ou voltar ao "tempo das cavernas". Cita que 
tradições são boas porque elas tem um plano de fundo estabelecido, o que 
permite criticarmos e mudá-las, evoluindo assim endógena e exogenamente. 
Diferentemente de ideias concebidas por intelectuais que tentam promover 
um mundo melhor, as ideias tradicionais permitem testes e alegadamente, 
em algum nível, já foram testadas e aceitas pela sociedade que as 
perpetua. O autor compara as diferenças entre a revolução americana e 
francesa, que em essência são conservadoras e liberais, respectivamente. 
Diferentemente do que os intelectuais da época pensavam, porque conclui 
que a francesa estava fadada a se tornar uma ideia que atrairia 
ressentimento, devido a sua proposta de obter ideias excludentes ao mesmo 
tempo. Para concluir, ele explica que as mudanças propostas por um 
político conservador tem que ser circunstancias, agindo cirurgicamente 
onde o problema ocorre, e não em toda a estrutura, como no exemplo de um 
prédio com problemas, que antes de ser posto a baixo, tem-se uma análise 
feita e, mantendo-se a estrutura, tem suas reformas feitas de forma 
paulatina e com menos complicações. 
 
Cap 6 - A Sociedade Comercial 
Certos conservadores, principalmente na Inglaterra, defendiam a tese de 
que o mercado era algo ruim para sua filosofia. Margarete Tatcher foi uma 
politica que sofreu com esse problema, seus pares do Partido Conservador 
não a apoiavam devido a relevância que dava ao mercado. Mas durante suas 
ações, ela se apoiava nos ensinamentos conservadores de Burke, que era um 
dos grandes defensores dessa importância. Ela dizia: "Os resultados 
econômicos são melhores porque a filosofia moral é superior. É superior 
porque começa pelo individuo pela sua singularidade e pela sua capacidade 
de escolha." Um dos reflexos dessa superioridade se mostrava na "falta de 
transcendência" do capitalismo, que diferente de outros sistemas 
econômicos, não imaginava uma utopia como sua conclusão final, limitando 
assim a ambição megalomaníaca de seus defensores. A importância do 
mercado é uma tradição, uma forma de ação que venceu o teste do tempo, se 
mostrou útil entre outras várias formas de interação social. Como num 
processo darwiniano, o mercado tem ordem espontânea, e funciona melhor 
quando livre, funcionando nas microações de vários indivíduos, não na 
mente de intelectuais que pensam que sabem o que é melhor para o todo. 
Enriquece a experiência de vida do ser humano, pois com o mercado é 
necessário a interação com outros, desenvolve a liberdade e a coragem de 
tomardecisões. O mercado necessita de uma dose de realidade, pois, como 
Burke dizia, a qualidade e um valor não pode ser medida no âmbito 
metafísico, precisa de situações concretas para a verdadeira analise. 
Para o funcionamento do mercado não é necessário apenas a "ganância", mas 
também bons valores como esforço, confiança, etc, sem atributos como 
esses, os personagens da famosa frase de Adam Smith (açougueiro, 
cervejeiro e padeiro) não teriam suas lojinhas de sucesso. Conclui 
dizendo que uma sociedade de mercado acaba necessitado, como dizia Adam 
Smith, de um estado que tenha leis negativas, defendendo a liberdade para 
as pessoas poderem comercializar. 
 
Cap 7 - Conservadores ou monomaníacos: uma conclusão 
 
Este um último capitulo sintetiza tudo que foi dito no decorrer do livro. 
Conservadorismo se diferente do fascismo, por mais que alguns analistas 
políticos os coloquem na mesma panela, e isso se deve porque ideologias 
como fascismos e socialismo acreditam em utopias. As mesmas utopias podem 
ser observadas em alguns reacionários, o conservador é contra isso porque 
não acredita que utopias são boas, sejam no futuro ou no passado. Resume 
as ações de um politico conservador com a defesa da imperfeição 
intelectual humana perante as contingencias, reconhecimento de diferentes 
concepções de bem, respeito as tradições, afinal elas passaram no teste 
darwiniano do tempo, focam em reformar e não em destruir: "pintar sempre 
o poste para que mesmo velho, esteja novo", e defesa de uma sociedade 
comercial pois isto é reflexo dos interesses do individuo. O que 
realmente importa para um estado conservador é aquilo que o individuo não 
pode fazer, e para finalizar, discute se um politico conservador pode ser 
radical em outras instancias, e o pode, afinal de contas, a grande 
conclusão desse ensaio é a certeza de que "devemos evitar que o poder 
seja exercido por monomaníacos".

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