A GINÁSTICA LABORAL NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

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A GINÁSTICA LABORAL NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
CLENIO MARTINS DE OLIVEIRA
REGINA CÉLIA SILVA SCHULZ
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INTRODUÇÃO
Hoje em dia, com a globalização, as pessoas estão sendo pressionadas a atingir cada vez mais níveis de produtividade, pois a concorrência se torna cada vez mais acirrada.
Os objetivos deste trabalho é analisar como a ginástica laboral pode contribuir para melhores condições de trabalho, gerando melhor produtividade, bem estar e maiores lucros para a empresa.
A metodologia aplicada levou em conta a prática de Pesquisa Documental, com o principal objetivo de análise e a interpretação de dados, referendados por seus respectivos autores. 
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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Segundo Rodrigues (1994), a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência, com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para a satisfação e o bem-estar do trabalhador na execução de suas tarefas. 
Nahas (2013), a qualidade de vida do trabalhador depende tanto de comportamentos individuais (estilo de vida), quanto de aspectos relacionados ao trabalho, como: ambiente físico e social, desenvolvimento e realização profissional, remuneração e benefícios, e relevância social do trabalho. 
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Conforme os autores, podemos dizer que a tendência mundial de busca de uma melhor qualidade de vida do trabalhador no ambiente de trabalho, fez surgir nas empresas a necessidade de implantar vários programas de qualidade de vida e promoção do lazer, como forma de amenizar os efeitos do abuso e uso da tecnologia, do sedentarismo e o estresse ocupacional causados pelo trabalho contínuo, e assim mantendo os trabalhadores aptos ao trabalho.
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DOENÇAS OCUPACIONAIS
Segundo Costa (1998), no início da Revolução Industrial, o esforço humano contribuía com cerca de 30% de energia para o trabalho, e hoje em dia, nos países desenvolvidos, essa contribuição chega a ser de 1%. 
Com a implementação do trabalho sistematizado à partir da era industrial, caracterizada pela mecanização da produção através da tecnologia e redução de custos, gerou-se a necessidade de especialização por parte do trabalhador para operar estas máquinas. Estes trabalhos acabam sendo realizados com movimentos repetitivos, ocasionando em muitas dores por este esforço excessivo.
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A partir destes fatos, iniciou-se debates quanto ao diagnóstico e o tratamento destas patologias, sendo criada a nomenclatura Lesões por Esforços Repetitivos (LER). O termo Lesões por Esforços Repetitivos (LER) está sendo aos poucos, substituído por Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho são doenças ocupacionais relacionadas a lesões por traumas em decorrência do esforço excessivo. São o resultado de uma compensação entre a capacidade de movimento da musculatura e a execução de movimento rápido e constante (MARTINS e DUARTE, 2001; OLIVEIRA, 2006). 
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O QUE É GINÁSTICA LABORAL
Segundo Martins e Duarte (2001), são exercícios efetuados no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais objetivos a prevenção das LER/DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de relaxamento.
Sua função principal é fortalecer músculos muito exigidos durante a rotina do trabalhador, auxiliando na prevenção de problemas de postura e lesões, além de oferecerem riscos às pessoas e aumentando os custos operacionais para a empresa (OLIVEIRA, 2006). 
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CLASSIFICACÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL
A ginástica laboral é classificada de acordo com o objetivo e o horário de execução: 
Ginástica Laboral Preparatória (GLP);
Ginástica Laboral Compensatória (GLC) ou de Pausa;
Ginástica Laboral Relaxante (GLR);
Ginástica Corretiva (GC). 
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Segundo Lima (2008) Ginástica laboral preparatória (GLP) é a ginástica com duração aproximada de cinco a dez minutos realizada antes da jornada de trabalho ou nas primeiras horas no próprio setor ou em locais mais descontraídos como praças de lazer. Tem como objetivo principal preparar os funcionários, aquecendo, sobretudo, os grupos musculares que serão solicitados em suas atividades profissionais, proporcionando maior disposição.
A Ginástica laboral compensatória (GLC) ou de pausa, objetiva a prevenção de fadiga. Ginástica com duração de aproximadamente dez minutos e realizada durante a jornada de trabalho no horário de pico de fadiga. Interrompe a monotonia operacional, com a realização de exercícios específicos de compensação para esforços repetitivos ou estruturas sobrecarregadas, e as posturas solicitadas no posto de trabalho (LIMA, 2008). 
A Ginástica Laboral Relaxante (GLR), é baseada em exercícios de alongamento e relaxamento muscular, realizado normalmente após o expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas nas tarefas diárias, evitando o acumulo de ácido lático e prevenindo as possíveis instalações de lesões (LIMA, 2008).
A Ginástica Corretiva (GC), está relacionada com o equilíbrio dos músculos agonistas/antagonistas, isto é, alongamento dos músculos mais sobrecarregados e fortalecimento dos músculos em desuso ou em pouco uso. Sua execução pode durar entre dez e doze minutos, todos os dias ou três vezes por semana (MACIEL, 2005).
BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL
Para Lima (2007), a GL pode proporcionar os seguintes benefícios:
Melhorias: Flexibilidade e mobilidade articular; postura corporal; disposição e ânimo para o trabalho; autoconhecimento do corpo e coordenação motora; socialização entre as equipes e seus superiores; produtividade individual e coletiva.
Redução: Inatividade física; tensão e fadiga muscular; acidentes de trabalho; afastamento por lesões ocupacionais; ausência no trabalho (absenteísmo) e procura ambulatorial; custos com assistência médica.
FASES DA INPLANTAÇÃO DA GL
Segundo Mendes e Leite (2012) tratam sobre as principais fases necessárias para a implantação de um programa de GL, são elas: a estruturação, o planejamento, a execução e a avaliação.
A fase do planejamento engloba a seleção dos exercícios e a organização dos horários de pausas dentro da jornada de trabalho, além da transmissão de informações sobre a relevância da GL (MENDES; LEITE, 2012).
 A fase de execução é onde tudo acontece, as aulas, as reuniões, palestras sobre o tema e as avaliações constantes do programa, sendo feitos pequenos ajustes caso seja necessário. Normalmente, com duração de três a seis meses, essa etapa busca despertar o interesse, motivação e participação de todos os funcionários, e por isso deve ser implantada como um projeto piloto (MENDES; LEITE, 2012).
Já na fase de avaliação, são utilizados indicadores para verificar a eficácia do programa e adequar as aulas conforme os objetivos e necessidades dos trabalhadores e empresas. Podemos citar alguns métodos de avaliação em GL, tais como: através de questionários (Pentáculo do bem-estar: contempla cinco aspectos do estilo de vida como alimentação, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse); cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC); medida do Perímetro do abdômen; testes físicos de Flexibilidade, Força Muscular, Aptidão Cardiovascular, Percepção de Dor; além de análise de Participação ou presença nas atividades.
DISCUSSÕES SOBRE O TEMA
Os benefícios da Ginástica Laboral são muitos, onde podemos citar como principal a prevenção de problemas osteomusculares e o fortalecimento muscular, permitindo que o trabalhador tenha uma postura adequada na execução de suas tarefas. A ginástica laboral auxilia e melhora o estresse e o condicionamento da equipe. 
Conforme observado por Mendes e Leite (2012), o profissional mais indicado para ministrar as aulas de GL é o de Educação Física, pois é este profissional que possui os conhecimentos sobre a prescrição de exercícios físicos, mas, muitas vezes, esta atividade é ministrada por fisioterapeutas, facilitadores ou funcionários voluntários.CONCLUSÕES
A atividade laboral feita durante a jornada de trabalho, ajuda a quebrar a monotonia, usa as pausas para que os funcionários executem exercícios especialmente preparados para compensar seu corpo pelos esforços repetitivos, além de corrigir posturas inadequadas. 
Sua prática demonstra a valorização do colaborador, o olhar do empregador sobre a saúde de seus funcionários, na prevenção de doenças, na realização de trabalho com qualidade e criação de um ambiente agradável para realização das atividades diárias.