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FAPAC - FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO LTDA. GUSTAVO DELANO FRASÃO MENDES NATÁLIA MAGALHÃES DE ANDRADE A IMPORTÂNCIA DA PROMOÇÃO DE SAÚDE JUNTO AO CIRURGIÃO- DENTISTA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. PORTO NACIONAL - TO 2015 GUSTAVO DELANO FRASÃO MENDES NATÁLIA MAGALHÃES DE ANDRADE A IMPORTÂNCIA DA PROMOÇÃO DE SAÚDE JUNTO AO CIRURGIÃO- DENTISTA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. Monografia submetida ao curso de Odontologia do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Porto – ITPAC PORTO NACIONAL, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Odontologia Orientadora: Profª. Ana Paula Alves Gonçalves Lacerda. PORTO NACIONAL - TO 2015 Dedico este trabalho à minha família que sempre esteve ao meu lado, em especial, minha mãe Lindacy que sempre me apoiou e minha filha Marina Frasão que me deu inspiração e motivação para vencer os obstáculos que encontrei na minha árdua caminhada. A professora orientadora Ana Paula Lacerda pelos ensinamentos, conselhos que contribuíram para realização deste trabalho. Gustavo Delano Frasão Mendes Dedico este trabalho à minha família que sempre me deu força e motivação para persistir, à minha avó Iracy Machado que mesmo a distância me deu muito apoio nesta jornada acadêmica. A professora orientadora Ana Paula Lacerda que sem ela esse trabalho não poderia ser realizado e aos diversos professores e amigos que de alguma forma colaboraram com essa etapa. Natália Magalhães de Andrade AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me iluminar constantemente o meu caminhar. Agradeço à minha dupla Natália Magalhães pela paciência, pelos ensinamentos, pela amizade sincera e todos os meus amigos e familiares que ajudaram de forma significativa para o meu sucesso. Não posso me esquecer de agradecer a todos os meus professores e mestres que enfatizaram um aprendizado diferenciado e significativo para compor meu lado profissional e também pessoal. Gustavo Delano Frasão Mendes Agradeço a Deus por estar finalizando mais uma etapa de vitória em minha vida, à minha mãe Mary Machado meu pai Antonio Costa e minha irmã Jordana Magalhães por fazerem de tudo para me ajudar e me apoiar no fim dessa jornada, aos meus amigos mais próximos da vida acadêmica que sempre ajudaram e motivaram com boas palavras. Á minha dupla Gustavo Delano que juntos estamos chegando ao fim, obrigado pela paciência e companheirismo, dedicação e responsabilidade com a execução do trabalho. Natália Magalhães de Andrade MENDES, Gustavo Delano Frasão; ANDRADE, Natália Magalhães. A Importância da Promoção de Saúde Junto ao Cirurgião Dentista na Estratégia Saúde da Família, 2015, 52of. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos, Porto Nacional, 2015. RESUMO A Promoção da Saúde é definida como capacitação das pessoas e comunidades para mudarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida. A Promoção da Saúde é uns dos pilares da Política Nacional de Saúde Bucal que estrutura-se em uma série de medidas que visa proporcionar ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal a população, mudando maus hábitos e melhorando a vida da comunidade. O objetivo desta pesquisa é conhecer a rotina das Unidades Básicas de Saúde na prática de ações de promoção de saúde, assim como suas limitações e dificuldades. Foram realizadas visitas nas 15 unidades básicas de saúde de Porto Nacional e aplicado um questionário para os cirurgiões dentistas da Estratégia Saúde da Família, com perguntas pertinentes a execução de ações de promoção de saúde bucal, suas freqüências, quais os métodos utilizados e as dificuldades encontradas durante a execução de educação em saúde. Conclui-se que todos os cirurgiões de Porto Nacional realizam a promoção de saúde nas Unidades Básicas de Saúde diariamente por meio de palestras e material áudio visual, grande parte dos profissionais enfatiza o atendimento clinico preventivo educativo, tratando o foco principal como a orientação geral sobre cáries e orientações sobre escovação, fio dental e creme dental nas Unidades Básicas de Saúde. Palavras chave: Promoção de Saúde, Estratégia de Saúde da Família, Cirurgião- Dentista. MENDES, Gustavo Delano Frasão; ANDRADE, Natália Magalhães. A Importância da Promoção de Saúde Junto ao Cirurgião Dentista na Estratégia Saúde da Família, 2015, 52of. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos, Porto Nacional, 2015. ABSTRACT Health Promotion is defined as empowering people and communities to change the determinants of health for the benefit of one's quality of life. Health promotion is one of the pillars of the National Oral Health Policy that is divided into a series of measures aimed at providing promotion, prevention and the population's recovery of oral health, changing bad habits and improving community life. The objective of this research is to know the routine of the basic health units in the practice of health promotion, as well as its limitations and difficulties. There were visited 15 basic health units of Porto Nacional and applied a questionnaire to the dentists of the Family Health Strategy, with relevant questions according with the execution of acts of oral health promotion, their frequencies, which methods were used and the difficulties found during the execution of the health education. It is concluded that all surgeons of Porto Nacional realize the health promotion in basic health units daily through lectures and audio visual material, most professionals emphasize the educational preventive clinical care, treating the main focus as general guidance on caries and guidance on brushing, flossing and toothpaste in Basic Health Units. Keywords: Health Promotion, Family Health Strategy, Surgeon Dentist. . LISTAS DE SIGLAS UBS - Unidade Básica de Saúde SUS - Sistema Único de Saúde ESF - Estratégia Saúde da Família ESB - Equipe Saúde Bucal AB - Atenção Básica EAB - Equipe de Atenção Básica PAB - Política de Atenção Básica PNAB - Política Nacional de Atenção Básica CEBES - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde PNSB - Política Nacional de Saúde Bucal CEO - Centro de Especialidades Odontológicas OPAS - Organização Pan Americanas de Saúde ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva PS - Promoção de Saúde CPO-D - Índice de dentes Cariados Perdidos e Obturados NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família CNS - Conferência Nacional de Saúde INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Tipo de vínculo empregatício 30 Figura 2 - Jornada de trabalho 30 Figura 3 - Locais de trabalho além da ESF 31 Figura 4 - Tipo de trabalho realizado na UBS 32 Figura 5 - Realizam ações de Promoção de Saúde rotineiramente 32 Figura 6 - Frequência que realiza ações de promoção de saúde na ESF 33 Figura 7 - Principais meios utilizados na realização de Promoção de Saúde na ESF 33 Figura 8 - Locais para ações de Promoção de Saúde 34 Figura 9 - Principais assuntos abordados durante palestras 34 Figura 1 - A Formação Acadêmica ofereceu base necessária para trabalhar na ESF e para Realizar ações de Saúde Bucal.36 Figura 2 - Qual o tipo de formação específica para execução de promoção de saúde foi recebido na formação acadêmica 37 Figura 3 - Você recebe ou recebeu alguma capacitação para trabalhar na ESF 37 Figura 4 - A equipe está trabalhando com indicadores para a cobertura populacional das ações coletivas em saúde bucal 38 Figura 5- Recebeu quais capacitações para o trabalho na ESF 38 Figura 6 - Quem executa as ações de promoção de saúde bucal na sua ESF 39 Figura 7 - Os demais membros da sua equipe receberam algum tipo de capacitação sobre saúde bucal 39 Figura 8 - Se a Equipe recebeu algum tipo de Capacitação de Saúde Bucal qual Profissional realizou a mesma 40 Figura 9 - Na sua área já foi realizado algum tipo de levantamento epidemiológico (CPOD/CPOS/IHOS) para avaliar prioridades e grupos de riscos 40 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 2 REVISÃO DE LITERATURA 10 2.1 O QUE É SAÚDE? 10 2.2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 10 2.3 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 13 2.4 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL (PNSB) 15 2.5 POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (PNPS) 17 2.6 PROMOÇÃO DE SAÚDE 20 2.7 COMO É REALIZADO A PROMOÇÃO SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DE FAMÍLIA (ESF) 21 2.8 TIPOS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE 22 2.9 PERFIL DO CIRURGIÃO DENTISTA 23 3 OBJETIVOS 25 3.1 OBJETIVO GERAL 25 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 25 4 MATERIAIS E MÉTODOS 26 4.1 TIPOS DE PESQUISA 26 4.2 LOCAIS DE PESQUISA 26 4.3 AMOSTRA 27 4.4 PROCEDIMENTOS 27 4.4.1 Instrumentos a serem utilizados na coleta de dados 27 4.4.2 Análise dos Dados 28 5 ASPECTOS ÉTICOS 29 6 RESULTADOS 30 7 DISCUSSÃO 40 8 CONCLUSÃO 43 REFERÊNCIAS 44 APÊNDICES / ANEXOS 46 9 1 INTRODUÇÃO O Sistema Único de Saúde foi criado em 1988 durante a elaboração da constituição federal de 1988, com finalidade de instituir direito a saúde para todos e dever do estado. A promoção de saúde é um ato de grande importância que deve ser realizado pelos profissionais da saúde na estratégia saúde da família (ESF), que por meio desses projetos é possível uma estratégia não só curativa, mas também preventiva. A educação em saúde é uma forma dentro da promoção de saúde (PS) de ensinar e transmitir conhecimento a comunidade que na maioria das vezes não é informada e nem orientada sobre a prevenção de doenças, higiene em geral, assim ajudando a diminuir o índice de CPO-D (Índice de dentes cariados, perdidos e obturados) (TEIXEIRA, 2011). O documento Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) norteia para a construção de um sistema de saúde com os seguintes eixos transversais; universalidade, integralidade e equidade (BRASIL, 2006). O princípio da universalidade caracteriza que todos têm o direito instituído pela Constituição Federal a saúde, independente de qualquer situação externa. O Estado tem o dever de prestar esse atendimento a toda a população brasileira independente de raça, cor e posição social. A integralidade é um conceito que permite identificar um sujeito como um todo, ainda que não sejam alcançáveis em sua plenitude, considerando não só a área específica de sua necessidade mais o olhando como um ser indivisível. A equidade é um dos princípios em que as ações e serviços devem ser oferecidos aos cidadãos, independente do nível de complexidade que cada caso requeira, até o nível máximo que o sistema possa oferecer. A todos os brasileiros deverá ser ofertado um atendimento igualitário sem privilégios ou barreiras, o sistema deve olhar para o seu usuário com igualdade devendo ser oferecido um atendimento conforme suas necessidades até o limite máximo da necessidade individual de cada um, englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde (PONTES et al., 2009). O objetivo desse trabalho é saber se os cirurgiões dentistas das Unidades Básicas de Saúde de Porto Nacional e sua equipe realizam atividades de promoção de saúde bucal, se é uma atividade rotineira, se receberam alguma capacitação para o profissional e sua equipe, contribuindo de forma positiva para a realização de ações de promoção e proteção de saúde. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 O QUE É SAÚDE? Saúde é definida como completo bem estar pessoal, ou o principal para se viver. O conceito que nomeia a saúde é determinado por vários indicadores: Como condições físicas, condições psicológicas, não ter nada que possa afligir o bem-estar, fatores que cause risco de vida, condições econômicas e sociais para viver bem. O referencial de saúde como algo essencial à família, não exclusivamente como seres biológicos, mas como ser global reflete a importância deste conceito para o viver da família, desde o viver consigo mesmo, numa perspectiva individual e de núcleo familiar, até a ligação com o contexto externo (MARTIN & ANGELO,1988). Uma das mais famosas definições de saúde conhecidas internacionalmente é a da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1948) que a nomeou como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Essa definição na época foi positiva e inovadora, pois substituiu conceitos presentes que consideravam a saúde apenas como um estado de ausência de doenças diagnosticáveis por meio dos sinais e sintomas patognomônicos, direcionado em seus aspectos fisiopatológicos. Uma concepção da saúde para além de um enfoque centrado na doença (PEREIRA et al., 2009). 2.2 POLÍTICAS NACIONAIS DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB). A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2012). A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, 11 usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, acontecendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. As Unidades Básicas de Saúde instaladas perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel importante na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar estas unidades da infra estrutura necessária a este atendimento é um desafio que o Brasil, único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde público, universal, integral e gratuita está enfrentando com os investimentos do Ministério da Saúde. Essa missão faz parte da estratégia Saúde Mais Perto de Você, que enfrenta a expansão e o desenvolvimento da Atenção Básica no País (BRASIL, 2012). Uma Atenção Básica Fortalecida e Ordenadora das Redes de Atenção: a nova PNAB atualizou conceitos na política e acrescentou elementos ligados ao papel desejado da AB na ordenação das Redes de Atenção. Avançou na afirmação de uma ABacolhedora, resolutiva e que avança na gestão e coordenação do cuidado do usuário nas demais Redes de Atenção. Avançou no reconhecimento de um leque maior de modelagens de equipes para as diferentes populações e realidades do Brasil (BRASIL, 2012). PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) (BRASIL, 2012). O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição e considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências; Considerando a Portaria nº 687, de 30 de março de 2006, que aprova a Política de Promoção da Saúde; Considerando a Portaria nº 3.252/GM/MS, de 22 de 12 dezembro de 2009, que trata do processo de integração das ações de vigilância em saúde e atenção básica (BRASIL, 2012). A Portaria nº 2.372/GM/MS, de 7 de outubro de 2009, que cria o plano de fornecimento de equipamentos odontológicos para as equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família; Considerando a Portaria nº 2.371/GM/MS, de 7 de outubro de 2009, que institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, o Componente Móvel da Atenção à Saúde Bucal – Unidade Odontológica Móvel (BRASIL, 2012). Considerando a pactuação na Reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 29 de setembro de 2011, resolve: Art. 1º - Aprovar a Política Nacional de Atenção Básica, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, nos termos constantes dos anexos a esta portaria. A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes: I. Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território, sempre em consonância com o princípio da equidade; II. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. III. Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado. IV. Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando as ações programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de promoção à saúde, prevenção de agravo, tratamento e reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma 13 multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. V. Estimular a participação dos usuários como forma de aumentar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social (BRASIL, 2012). 2.3 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS). O Sistema Único de Saúde- SUS pode ser entendido como uma “Política de Estado”, materialização de uma decisão escolhida pelo Congresso Nacional, em 1988, na Constituição cidadã, de considerar a Saúde como um “Direito de Cidadania e um dever do Estado” (TEIXEIRA, 2003). O Sistema é o resultado de uma luta que teve início nos anos 70 e foi chamado de Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira. Surgindo do princípio de que a defesa da saúde é a defesa da própria vida, o movimento insistia que era preciso mudar o sistema de saúde para torná-lo eficiente e disponível para toda a comunidade. O sistema de saúde vigente ate a promulgação da Constituição de 1988 garantia o atendimento aos trabalhadores que tinham carteira de trabalho assinada, naquela época a assistência pública á saúde era de responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, o INAMPS. As pessoas que não faziam parte da classe de assalariados eram atendidas pelas Santas Casas de misericórdia ou por postos de saúde municipais, estaduais e hospitais universitários (BRASIL, 2001). É preciso, portanto, entender o significado disso, em uma sociedade capitalista e periférica, como a brasileira, na qual vicejam distintas concepções acerca do Estado, da Política, em suma, da natureza das relações entre público e privado, e mais contemporaneamente, das relações entre estatal- público – privado (MACHADO, 2007). Nesse sentido, o SUS é um projeto que assume e consagra os princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira, o que implica conceber como “imagem-objetivo” de um processo de 14 reforma do sistema de saúde “herdado” do período anterior, um “sistema de saúde”, capaz de garantir o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-estar, de forma equitativa e integral. Ademais, se acrescenta aos chamados “princípios finalísticos”, que dizem respeito à natureza do sistema que se pretende conformar, os chamados “princípios estratégicos”, que dizem respeito às diretrizes políticas, organizativas e operacionais, que apontam “como” devem vir a ser construído o “sistema” que se quer conformar, institucionalizar, tais princípios são a Descentralização, a Regionalização, a Hierarquização e a Participação social (MACHADO, 2007). Isso exige que se esclareça o sentido e o significado que se pretende e tem sido dada, aos termos “SAÚDE”, “SISTEMA DE SAÚDE”, por Descentralização, Regionalização, Hierarquização e a Participação social. É impossível nesse curto espaço de tempo, dar conta desse desafio. O que me proponho a fazer, portanto, é apenas caracterizar, em grandes, linhas, o debate que vem se dando em torno de cada um dos princípios “finalísticos”, tentando identificar sua fundamentação teórica e política, como ponto de partida para que vocês introduzam a reflexão sobre a dimensão ética embutida na discussão de cada um deles (TEIXEIRA, 2005). Princípios Básicos do SUS: É universal porque deve atender a todos, sem diferenciações, de acordo com suas necessidades; e sem nenhum custo, sem levar em conta o poder aquisitivo ou se a pessoa contribui ou não com a Previdência Social; É integral, pois a saúde da pessoa não pode ser dividida e, sim, deve ser tratada como um todo. Isso quer dizer que as ações de saúde devem estar direcionadas, ao mesmo tempo, para a pessoa e para a comunidade, para a prevenção e para o tratamento, sempre respeitando a dignidade humana; Garante eqüidade, pois deve proporcionar os recursos de saúde de acordo com as necessidades de cada um; dar mais para quem mais precisa; É descentralizado, pois quem está perto dos cidadãos tem mais chances de acertar na solução dos problemasde saúde. Assim, todas as ações e serviços que atendem a população de um município devem ser municipais; as que servem e alcançam vários municípios devem ser estaduais e aquelas que são dirigidas a todo o território nacional devem ser federais. O SUS tem um gestor único em cada esfera de governo; 15 É regionalizado e hierarquizado: as questões menores devem ser realizadas nas unidades básicas de saúde, passando pelas unidades especializadas, pelo hospital geral até chegar ao hospital capacitado (TEIXEIRA, 2011). 2.4 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL (PNSB). Durante anos, a Odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde. O acesso dos brasileiros à saúde bucal era extremamente difícil e limitado. Esta demora na procura ao atendimento, aliada aos poucos serviços odontológicos oferecidos faziam com que o principal tratamento oferecido pela rede pública fosse à extração dentária, colocando a visão da odontologia como mutiladora e do cirurgião- dentista com atuação apenas clínica (COSTA, 2004). O Ministério da Saúde lançou no início de 2004 a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), marco inicial do extenso processo de debates e construção de estratégias que culminariam com a realização da III Conferência Nacional de Saúde Bucal no mesmo ano. Este documento fundamental nesta política apresenta o “conceito de cuidado como eixo de reorientação do modelo, relacionado a uma concepção de saúde não mais centrada na assistência aos doentes mais na promoção de boa qualidade de vida e na intervenção nos fatores que a colocam em risco, na incorporação das ações programáticas de uma forma mais abrangente e no desenvolvimento das ações intersetoriais” (BRASIL, 2004). O programa Brasil Sorridente (SB) foi apresentado oficialmente como expressão de uma política subsetorial consubstanciada no documento ‘Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB)’ definida pelo governo Lula (2003-2006), no primeiro ano de governo e integrada ao “Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil”. Nesse documento, foi enfatizada a reorientação do modelo de atenção em saúde bucal, sublinhada a busca de articulação com os setores da educação e da ciência e tecnologia, e identificados os princípios norteadores e as linhas de ação previstas (BARTOLE, 2008). Deve-se ampliar e qualificar o acesso ao atendimento básico garantindo serviços odontológicos em todas as unidades básicas de saúde, incluindo áreas rurais, de difícil acesso e de fronteiras nacionais, com atendimentos em horários que possibilitem o acesso de adultos e trabalhadores a esse tipo de assistência, inclusive com a implantação, pelo setor público, de laboratórios de próteses dentárias de 16 âmbito regional ou municipal. Foi enfatizada, ainda, a importância de programar ações de saúde bucal junto às populações indígenas e remanescentes de quilombos, após ampla discussão com as suas organizações, a fim de se garantir o estabelecimento de um programa de atendimento de caráter não mutilador, universal, integral e com equidade, e que considere as experiências e os valores culturais relacionados às práticas higiênicas e dietéticas de cada povo indígena ou quilombola (FREITAS et al.,2011). Uma nova perspectiva para Política Nacional de Saúde (PNSB) foi aberta pelo Ministério da Saúde (MS) com a portaria 1.444 de 28/12/2000, estabelecendo incentivo financeiro para reorganização da atenção à saúde bucal prestada nos municípios por meio da Promoção Saúde da Família (PSF) (BRASIL, 2002). Monitorando a implantação do Programa Saúde da Família (PSF), no período de 2001 a 2002, observou-se que 7,2% das equipes de saúde bucal habilitadas atendiam exclusivamente estudantes, em alguns estados, a cifra ultrapassava 15% das equipes. A partir de 2004 começaram a serem instalados, em todos os estados brasileiros, com base na portaria no 1.570/GM, os Centros de Especialidades Odontológicos (CEO), com o objetivo de ampliar e qualificar a oferta de serviços odontológicos especializadas. Os CEO são unidades de referência para as unidades de saúde encarregadas da atenção odontológica básica, e estão integradas ao processo de planejamento locorregional, sendo os custos para seu funcionamento compartilhados por estados municípios e governo federal. O atendimento paciente com necessidades especiais e as ações especializadas de periodontia, endodontia, diagnosticam bucais e cirurgias orais menor integram o elenco ofertado minimamente em todos os CEO (BRASIL, 2002). No período de 2002 a 2008, embora o número de equipes de saúde bucal (ESB) tenha aumentado de 4.261 para 17.349, representando um potencial de cobertura de mais de 91 milhões de habitantes, esse valor correspondia apenas um pouco mais de metade das Equipes de Saúde da Família. Além disso, uma pequena proporção das ESB contava com técnico em higiene dental. Ademais, dados sobre potencial de cobertura são importantes, mas, por se referirem à demanda potencial e não à demanda efetiva, não esclarecem sobre o número de brasileiros que estão tendo acesso às ações de saúde bucal e se beneficiando da PNSB. É de grande significado, contudo, que equipes de saúde bucal esteja presente em 4.857 dos 17 5.564 municípios brasileiros, e que nesse período, o potencial de cobertura tenha aumentado de cerca 15% para 44% (ALCÂNTARA, 2008). No âmbito das ações preventivas, foram implantados por meio da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), 205 novos sistemas de fluoretação da água de abastecimento público, medida reconhecidamente efetiva na prevenção da carie dentária, sendo uma campanha da Política Nacional de Saúde Bucal e Brasil Sorridente. Para que a PNSB, que se expressa operacionalmente no Programa Brasil Sorridente, possa aproximar o conteúdo expresso em suas diretrizes das necessidades dos brasileiros, traduzindo-se em ações concretas, não poderá ficar restrita nem à saúde da família, no plano da atenção básica, nem aos CEO, na atenção secundária. Não há dúvidas que o os CEO seja a face de maior visibilidade do Programa Brasil Sorridente, mas a PNSB é muito mais do que o CEO, é concretizar isto é o principal desafio estratégico posto a essa política pública, cujos maiores riscos são de um lado essa redução e de outra descontinuidade do financiamento (FRAZÃO & NARVAI, 2007). 2.5 POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (PNPS). A publicação da PNPS representa um marco no processo cotidiano de construção do SUS, reiterando a compreensão dos determinantes sociais da saúde no processo saúde doença. O objetivo da PNPS é “promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais”. Suas diretrizes preconizam atitudes baseada na cooperação e no respeito às singularidades, como: estímulo à intersetorialidade, compromisso com a integralidade do cuidado, fortalecimento da participação social e estabelecimento de mecanismos de congestão no processo de trabalho e no trabalho em equipe (BRASIL, 2006). Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. Incorporar e programar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica; Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde e minimizar e/ou 18 extinguir as desigualdadesde toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, entre outras). Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, garantindo qualidade, eficácia e segurança das ações de promoção da saúde, estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/ contributivas no âmbito das ações de promoção da saúde, valorizar e aperfeiçoar o uso dos espaços públicos de convivência e de produção de saúde para o desenvolvimento das ações de promoção da saúde, favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis (BRASIL, 2006). No Brasil, pensar outros caminhos para garantir a saúde da população significou pensar a redemocratização do País e a constituição de um sistema de saúde inclusivo. Em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) tinha como tema “Democracia é Saúde” e constituiu-se um fórum de luta pela descentralização do sistema de saúde e pela implantação de políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida (Conferência Nacional de Saúde, 1986). Era um momento chave do décimo movimento da Reforma Sanitária brasileira e da afirmação da indissociabilidade entre a garantia da saúde como direito social irrevogável e a garantia dos demais direitos humanos e de cidadania. O relatório final da 8ª CNS lançou os fundamentos da proposta do SUS (BRASIL, 1990). Na base do processo de criação do SUS encontram-se: o conceito ampliado de saúde, a necessidade de criar políticas públicas para promovê-la, o imperativo da participação social na construção do sistema e das políticas de saúde e a impossibilidade do setor sanitário responder sozinho à transformação dos determinantes e condicionantes para garantir opções saudáveis para a população. Nesse sentido, o SUS, como política do estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vida e pela afirmação do direito à vida e à saúde, dialoga com as reflexões e os movimentos no âmbito da promoção da saúde. A promoção da saúde, como uma das estratégias de produção de saúde, ou seja, como um modo de pensar e de operar articulado às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, contribuem na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde. No SUS, a estratégia de promoção da saúde é retomada como uma possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúde-adoecimento em nosso País – como, por exemplo: violência, desemprego, subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou 19 ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água ameaçada e deteriorada; e potencializam formas mais amplas de intervir em saúde (BRASIL, 1990). A partir das definições constitucionais, da legislação que regulamenta o SUS, das deliberações das conferências nacionais de saúde e do Plano Nacional de Saúde o Ministério da Saúde propõe a Política Nacional de Promoção da Saúde num esforço para o enfrentamento dos desafios de produção da saúde num cenário sócio-histórico cada vez mais complexo e que exige a reflexão e qualificação contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde. Entende-se que a promoção da saúde apresenta-se como um mecanismo de fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, que faça dialogar as diversas áreas do setor sanitário, os outros setores do Governo, o setor privado e não governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso e co- responsabilidade quanto à qualidade de vida da população em que todos sejam partícipes na proteção e no cuidado com a vida (BRASIL, 2004). Vê-se, portanto, que a promoção da saúde realiza-se na articulação sujeito/coletivo, público/privado, estado/sociedade, clínica/ política, setor sanitário/outros setores, visando romper com a excessiva fragmentação na abordagem do processo saúde adoecimento e reduzir a vulnerabilidade, os riscos e os danos que nele se produzem. No esforço por garantir os princípios do SUS e a constante melhoria dos serviços por ele prestados, e por melhorar a qualidade de vida de sujeitos e coletividades, entende-se que é urgente superar a cultura administrativa fragmentada e desfocada dos interesses e das necessidades da sociedade, evitando o desperdício de recursos públicos, reduzindo a superposição de ações e, consequentemente, aumentando a eficiência e a efetividade das políticas públicas existentes. Nesse sentido, a elaboração da Política Nacional de Promoção da Saúde é oportuna, posto que seu processo de construção e de implantação/implementação nas várias esferas de gestão do SUS e na interação entre o setor sanitário e os demais setores das políticas públicas e da sociedade provoca a mudança no modo de organizar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em saúde (BRASIL, 2004). 20 2.6 PROMOÇÃO DE SAÚDE “É uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso País, visando à criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam radicalmente a eqüidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas” (BRASIL, 2006). A Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para mudarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida, segundo a Carta de Ottawa (1986), documento que se tornou referência para as demais Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, promovidas pela OMS (BUSS, 2002). A Promoção da saúde vem sendo discutida desde o processo de redemocratização do Brasil, do qual a 8ª Conferência Nacional de Saúde se formou como o grande marco na luta pela universalização do sistema de saúde e pela implantação de políticas públicas em defesa da vida, fazendo da saúde um direito social irrevogável, como os demais direitos humanos e de cidadania. Neste contexto, a Constituição Federal de 1988 veio assegurar o acesso universal e igualitário dos cidadãos as ações e aos serviços de saúde, bem como instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), integral, com ampla participação social e capaz de responder pela promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, conforme as necessidades das pessoas (BUSS, 2002). Para desenvolver ações visando à melhoria da saúde bucal da população devem se organizar ações de assistência odontológicas e atenção a saúde bucal. Segundo o autor Narvai (1992) “a assistência odontológica refere-se ao conjunto de procedimentos clinico – cirúrgicos dirigidos a doentes ou não”. “a atenção a saúde bucal é constituída, pelo conjunto de ações que, incluindo a assistência odontológica individual, não se esgota nela, buscando atingir grupos populacionais através de ações de alcance coletivo, com o objetivo de manter a saúde bucal. A atenção à saúde bucal implica, por outro lado, atuar concomitantemente sobre todos os determinantes do processo saúde-doença bucal. Isso exige da atenção uma abrangência que transcende não apenas o âmbito da odontologia, mais do próprio setor saúde, uma vez que requer a articulação e a coordenação de ações 21 multissetoriais, isto é, ações desenvolvidas no conjunto da sociedade (saneamento, educação, emprego e etc.)” (NARVAI, 1992). O Sistema Único de Saúde incorporou o conceito ampliado de saúde devido aos modos de vida, de organização e de produção num determinado contexto histórico, social e cultural, buscando superar a concepção de saúde como ausência de doença, focada em aspectosbiológicos. A saúde exige a participação ativa de todos os sujeitos na análise e na formulação de ações que visem à sua promoção. Assim, a abordagem de promoção da saúde direciona para o desenvolvimento de políticas públicas e para a produção e disseminação de conhecimentos e práticas de saúde de forma compartilhada e participativa. Nesse sentido, a Política Nacional de Promoção da Saúde – em seu processo de implementações nas várias esferas de gestão do SUS e na interação entre o setor sanitário e os demais setores das políticas públicas e da sociedade - vem para colocar mudanças nos modos de organizar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em saúde (TEIXEIRA, 2011). 2.7 COMO É REALIZADA A PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF). A Estratégia Saúde da Família (ESF) é o modelo assistencial da Atenção Básica, que se fundamenta no trabalho de equipes multiprofissionais em um território adstrito, realiza ações de saúde a partir do conhecimento da realidade local e das necessidades de sua população. O modelo da ESF busca beneficiar a aproximação da unidade de saúde das famílias; promover o acesso aos serviços, possibilitar a implantação de vínculos entre a equipe e os usuários, a continuidade do cuidado e ampliar, por meio da corresponsabilização da atenção, a capacidade de resolutividade dos problemas de saúde mais comuns, produzindo maior impacto na situação de saúde local. Tem como diretrizes a integralidade e a equidade da atenção, a coordenação e longitudinalidade do cuidado das famílias e das pessoas sob sua responsabilidade (MANFREDINI, 1997). Umas das principais dificuldades enfrentadas na construção das políticas de saúde bucal no âmbito da saúde da família têm sido a de ampliar o espectro de profissionais que se ocupam de saúde bucal e de se repensar o alcance desta 22 pratica. A equipe de saúde bucal não pode ser um apêndice ao PSF, ou no linguajar comum de recepção e das outras clinicas das unidades e serviços de saúde “se este problema é de dente ou de boca, mande para o dentista”. Por outro lado a definição do objetivo do trabalho desta pratica tem sido conflituoso (MANFREDINI, 1997). As promoções de saúde na Estratégia da Saúde da Família (ESF) são feitas de acordo com as normas estabelecidas pelo (PNAB) e (PNAP) os cirurgiões devem fazer palestras, aulas educativas de prevenções, mutirões, visitas domiciliares trazendo papel preventivo a população. Com os objetivos preventivos, a redução da incidência das doenças bucais mais prevalentes (cárie dentária, doença periodontal e suas seqüelas) entre os familiares com redução da quantidade de freqüência do consumo de alimentos cariogênicos, remoção freqüente da placa dental, melhoria das condições de higiene bucal e aplicação tópica de flúor (ZANETTI, 2000). As ações de prevenção e promoção à saúde definem as como “atenção voltada a todos os moradores da área adstrita, através da demanda organizada por busca ativa da Estratégia Saúde Básica, com programação de agenda. São ações que podem ser executadas na própria Clínica Odontológica da Unidade Básica de Saúde da família, nos Domicílios ou nas Sedes Comunitárias (escolas, creches, associações de moradores, clubes, fábricas, empresas e outros). As seguintes ações são utilizadas: educação em saúde, escovação orientada e/ou supervisionada, controle da placa bacteriana com evidenciador, aplicação terapêutica intensiva com flúor, aplicado de cariostático, aplicação de selante, orientação dietética, detecção precoce de lesões de mucosa e tecida moles e minimização de riscos de trauma bucal nos domicílios e demais espaços comunitários (SILVERIA FILHO, 2002). Ações de saúde bucal: Cadastramento de usuários, planejamento e programação integrada às demais áreas de atenção do ESF; Alimentação e análise dos sistemas de informação específicos; Participação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas no território de abrangência; Desenvolvimento de ações intersetoriais (WERNECK e FERREIRA, 2003). 2.8 TIPOS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE. 23 A promoção de saúde realiza-se por meios de banners, palestras, visitas domiciliares, apresentação com fantoches, fluoretação da água, instruções de higiene oral e outros métodos. Há vários tipos de promoção de saúde, de maneira educativa, ensinando as crianças a escovação correta ,diminuindo o índice de CPO- D. De maneira conservadora,realizando a instrução de higiene oral no consultório após o procedimento realizado (FRAZÃO & NARVAI, 2007). Quando se pretende elaborar qualquer tipo de material educativo para crianças tem-se que ter sempre em mente que o mundo delas é uma mistura de fantasia e realidade e que elas também não estão salvo das contradições ambivalências do cotidiano vivido por todos nós. Incluir a fantasia nas ações educativas através de dramatizações, desenhos, colagens, possibilita que a criança possa se identificar com personagens e situações, como uma brincadeira. Assim ela irá se descobrindo, desvendando o mundo, criando, interpretando e se apropriando do real (FRAZÃO & NARVAI, 2007). Há um grande número de recursos que se pode utilizar para realização de promoção de saúde, dentre os quais se destaca: Dramatização; Cartaz; Flanelógrafo; Álbum Seriado; Retroprojeção; Diapositivos; Vídeos; Atividades de Papel e Lápis (FRAZÃO & NARVAI, 2007). 2.9 PERFIL DO CIRURGIÃO DENTISTA Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) abriram-se espaços de discussões e debates onde se pode estabelecer um perfil da profissão, analisar sua proposta curricular e criar espaços públicos de efeito-demonstração, tanto no plano de ensino quanto no das programações dos serviços de saúde (VILLALBA, 2008). O Brasil vem sendo implementado algumas políticas de inclusão social especialmente nos setores de saúde e educação. Na saúde há uma grande mobilização no sentido de reorganizar e aumentar as ações básicas como estratégia 24 de substituição do modelo hegemônico de organização do cuidado á saúde (VILLALBA, 2008). Em 2002 o Conselho Nacional de Educação aprovou a Resolução CNE/CES 3, de 19 de Fevereiro relata que o Curso de Graduação em Odontologia tem como perfil do formando egresso/profissional o Cirurgião Dentista, com formação generalista, humanista, crítica, e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico e científico. Capacitando ao exercício de atividades referentes à saúde bucal da população, pautando em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade social, cultural e econômico do seu meio, dirigindo sua atuação para transformação da realidade em benefício da sociedade (VILLALBA, 2008). . 25 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho foi verificar se os cirurgiões dentistas das ESB da ESF de Porto Nacional estão realizando ações de promoção de saúde na sua rotina de trabalho. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer as ações mais realizadas e a frequência da promoção de saúde repassadas à população na rotina de trabalho da ESF; Encontrar as principais limitações na execução da ação; Saber se esses profissionais receberam alguma orientação ou capacitação para executar essas ações na ESF. 26 4 MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 TIPOS DE PESQUISA Trata-se de uma pesquisa de campo, quanti-qualitativa que aborda a importância da promoção de saúde junto ao cirurgião dentista na estratégia saúde da família, através da aplicação de questionários com questões objetivasaos cirurgiões dentistas das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Porto Nacional. 4.2 LOCAIS DE PESQUISA A pesquisa foi realizada nas quinze Unidades Básicas de Saúde de Porto Nacional Tocantins no ano de 2015. 1. Unidade Básica de Saúde Mãe Eugenia localizada no endereço Rua Alice Aires S/N Jardim Brasília. 2. Unidade Básica de Saúde Alto da Colina localiza no endereço Rua L04 S/N Alto da Colina. 3. Unidade Básica de Saúde Maria Lopes localizada no endereço Rua 05 QD 241 S/N Porto Imperial. 4. Unidade Básica de Saúde Brigadeiro Eduardo Gomes localizada na Avenida e QD 1 LT 1S/N Brigadeiro Eduardo Gomes. 5. Unidade Básica de Saúde Vila Operária localizada na Avenida Guanabara S/N Novo Planalto. 6. Unidade Básica de Saúde Blandina de Rido Oliveira Negre (Jardim Querido) localizada na Avenida Guanabara S/N Novo Planalto. 7. Unidade Básica de Saúde Naná Prado (Municipal) localizada na Avenida Ponte Alta S/N Jardim Municipal. 8. Unidade Básica de Saúde Carlos Alberto Ferreira Reis (Vila Nova I) localizada na Rua Japurá S/N Esquina Vileta 2 Umuarama. 9. Unidade Básica de Saúde Vila Nova II localizada na Avenida Nações Unida S/N Vila Nova. 10. Unidade Básica de Saúde de Pinheirópolis localizada em Nova Pinheirópolis, distrito de Porto Nacional. 27 11. Unidade Básica de Saúde Escola Brasil localizada na Rua 15 de Novembro S/N Escola Brasil distrito de Porto Nacional. 12. Unidade Básica de Saúde de Luzimangues localizada na Avenida 10 LT 14 Village Moreira Luzimangues distrito de Porto Nacional. 13. Unidade Básica de Saúde Maria da Conceição F. M. Aires (Nova Capital) localizada na Rua Maria Angélica S. Prado S/N QD 25 LT 03 Nova Capital. 14. Unidade Básica de Saúde Maria da Conceição Pereira da Silva (Ceiça) localizada na Rua Mestre Adelino Gonçalves. 15. Unidade Básica de Saúde Isadora Chaves de Moura localizada na Avenida Perimetral Norte S/N Vila Operária. 4.3 AMOSTRA Serão pesquisados os quinze cirurgiões dentistas das equipes de ESF bucal das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Porto Nacional. 4.4 PROCEDIMENTOS Trata-se de um estudo descritivo, onde será realizado um questionário com 23 perguntas objetivas. A coleta de informações foi feita em âmbito fechado na própria Unidade Básica de Saúde, na qual o Cirurgião-Dentista assinou o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), ficando a identidade dos profissionais em completo sigilo. Foram sorteados dias facultativos para serem realizadas as visitas nas unidades básicas de saúde, onde não atrapalhassem o atendimento dos Cirurgiões Dentistas. Houve a adesão de todos os cirurgiões dentistas, respondendo o questionário. O meio de comunicação utilizado para entrar em contato com os profissionais foram os telefones pessoais dos cirurgiões dentistas, fornecidos pelo coordenador geral das unidades básicas de saúde de Porto Nacional. 4.4.1 Materiais a serem utilizados na coleta de dados Caneta Preta ou Azul. Pranchetas. 28 Resma de 100 folhas A4 (CHAMEX). Envelope 4.4.2 Análise de dados A consolidação se teve por meio das somatórias das respostas dos questionários das quinze unidades básicas de saúde de Porto Nacional, chegando as porcentagens finais, calculadas através do programa Word Excel, que serão expostos em forma de gráficos de pizza ao leitor. 29 5 ASPECTOS ÉTICOS O projeto de pesquisa deverá respeitar as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde através Resolução n° 466 de 12 de Dezembro de 2012, que trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa como informa a portaria 267° envolvendo seres humanos, respeitando os princípios que norteiam esse tipo de pesquisa. Devendo ser livre e esclarecido para todo individuo além de ser submetida a um Comitê de Ética em Pesquisa. Todos os cirurgiões dentistas participantes assinaram o Termo de consentimento livre esclarecido (TCLE), e será mantido o sigilo das informações coletadas, de acordo com os padrões éticos. A pesquisa segue um termo e em seguida uma folha apresentando testemunhas nas quais estão conscientizados nas informações coletadas pelos acadêmicos e assim mantendo sigilo total das informações. 30 6 RESULTADOS Conclui-se que 100% dos cirurgiões dentistas possuem vínculo empregatício com o município, com jornada de trabalho de 40 horas semanais, sendo que a grande maioria (32%) não trabalha em outros locais, e os que trabalham o fazem em UPAS/Hospitais (23%), clínicas particulares (23%) e clínicas de outros proprietários (17%). 100% 0% Municipal Estadual Figura 1- Tipo de vínculo empregatício. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 0% 100% 20h Semanais 40h Semanais Figura 2 - Jornada de trabalho Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 31 32% 23% 17% 17% 11% Não trabalha em outro local Clinica Particular Clínicas de outros proprietários Outros UPA/Hospitais Figura 3 - Locais de trabalho além da ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) Os procedimentos clínico, preventivo e educativo são realizados em 100% das Unidades Básicas de Saúde e realizam ações de promoção de saúde rotineiramente, sendo que maior número dos profissionais executam diariamente (47%), alguns semanalmente (40%) e mensalmente (13%). De acordo com os profissionais os meios de promover essa ação são por palestras (59%), material áudio visual (17%), cartazes (8%), fantoches (8%) e banners (4%), e são executadas com mais frequência em escolas (32%) depois em creches (20%), grupos domiciliares (20%) e na própria Unidade Básica de Saúde (20%) que o profissional atua. Nas palestras eles usam diversos assuntos, o mais abordado é a orientação sobre escovação, fio dental e creme dental (25%), segundo assunto abordado é as orientações gerais sobre cárie e demais agravos (21%), prevenção e cuidados específicos com a cárie (19%), cuidados específicos com câncer bucal (17%), cuidados específicos sobre doença periodontal (7%). 32 100% 0% 0% 0% Clínico/Preventi vo/Educativo Preventivo/Educ ativo Clinico Capacitação pessoal de auxiliar. Figura 4 - Tipo de trabalho realizado na UBS. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 100% 0% Sim Não Figura 5 - Realizam ações de Promoção de Saúde rotineiramente. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015). 33 47% 40% 13% Diariamente Semanalmente Mensalmente Figura 6 - Frequência que realiza ações de promoção de saúde na ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 4% 8% 8% 17% 59% 4% Banners Cartazes Fantoches Material áudio visual Palestras Outros Figura 7 - Principais meios utilizados na realização de Promoção de Saúde na ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 34 32% 20% 20% 4% 20% 4% Escolas Creches UBS Igrejas Grupos domiciliares Outros Figura 8 - Locais para ações de Promoção de Saúde. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 21% 17% 25% 19% 3% 5% 3% 7% Orientações gerais sobre cárie e demais agravos. Orientações sobre dieta Orientações sobre escovação/fio dental/creme dental Prevenção e cuidados específicos com a cárie Cuidados específicos com Cancêr Bucal. Cuidados específicos sobre edentualismo Cuidados específicos sobre traumatismo dentário Cuidados específicos sobre doença periodontal. Figura 9 - Principaisassuntos abordados durante palestras. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 35 Cerca de (73%) dos cirurgiões dentistas não receberam capacitação para trabalhar na ESF e apenas (27%) receberam como (44%) realizaram curso introdutório para atuar na ESF (23%) receberam capacitação por algum membro da equipe sendo estado ou município e (22%) receberam calibração sobre o assunto. De acordo com a pesquisa cerca de (73%) dos cirurgiões dentistas recebeu base necessária na sua formação acadêmica para atuar na ESF e para realização de promoção de saúde na UBS, a capacitação recebida foram (33%) dos profissionais realizaram ações dentro da instituição, em seguida (27%) realizou estágios supervisionados e em ultima instância cerca de (26%) realizaram visitas a outras instituições para execuções de ações de promoção. Cerca de (67%) das equipes de saúde bucal das UBS de Porto Nacional estão trabalhando com indicadores de cobertura populacional para ações de saúde coletiva para a comunidade, na UBS as ações de promoção de saúde são executadas pelos cirurgiões dentistas e pelos assistentes de saúde bucal que receberam capacitação necessária para essas ações cerca de (53%). Os que capacitam o membro da equipe de saúde é o próprio cirurgião cerca de (40%) em seguida (33%) os membros da secretaria de saúde e por fim (13%) são capacitados por gestores municipais. Em cada região há uma carência em relação a programas de levantamento epidemiológicos como (CPO-D, CPOS, IHOS) somente (40%) dos profissionais já fizeram levantamento e (60%) nunca realizaram este índice. 73% 27% Sim Não Figura 10 - A Formação Acadêmica ofereceu base necessária para trabalhar na ESF e para Realizar ações de Saúde Bucal. 36 Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 14% 26% 27% 33% Visitas a outras instituições para visualização Visitas a outras instituições para execução de ações de promoção Estágios supervisionado com ações de promoção e inclusão Realização de ações dentro da própria IES (seminários, palestras) Figura 11 - Qual o tipo de formação específica para execução de promoção de saúde foi recebido na formação acadêmica. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 27% 73% Sim Não Figura 12 - Você recebe ou recebeu alguma capacitação para trabalhar na ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 37 67% 33% Sim Não Figura 13 - A equipe está trabalhando com indicadores para a cobertura populacional das ações coletivas em saúde bucal. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 11% 23% 11% 11% 44% Curso introdutório para ESF Capacitação por algum membro da equipe (prefeitura/estado) Calibração sobre algum assunto Outros Não recebeu capacitação Figura 14- Recebeu quais capacitações para o trabalho na ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 38 100% 0%0%0% CD+ASB CD+TSB CD+TSB+ASB CD+TSB+ASB+ACS Figura 15 - Quem executa as ações de promoção de saúde bucal na sua ESF. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 53% 47% Sim Não Figura 16 - Os demais membros da sua equipe receberam algum tipo de capacitação sobre saúde bucal. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 39 7% 13% 33% 7% 40% CD (O mesmo ou Outro) Gestores Municipais Membros da Secretaria de Saúde Não houve Capacitação Outros Figura 17 - Se a Equipe recebeu algum tipo de Capacitação de Saúde Bucal qual Profissional realizou a mesma. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 40% 60% Sim Não Figura 18 - Na sua área já foi realizado algum tipo de levantamento epidemiológico (CPOD/CPOS/IHOS) para avaliar prioridades e grupos de riscos. Fonte: (ANDRADE; FRASÃO, 2015) 40 7 DISCUSSÃO A promoção de saúde é uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso País, visando à criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam radicalmente a eqüidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas (BRASIL, 2006). O consolidado das informações nos levam a concluir que todos os cirurgiões dentistas que trabalham hoje na ESF do município do Porto Nacional realizam a promoção de saúde nas unidades básicas de saúde, com o objetivo de implantação do modelo de saúde da família como estratégia para reorientação do modelo assistencial é: prestar assistência integral, contínua, resolubilidade e boa qualidade as necessidades de saúde da população adscrita; intervir sobre os fatores de risco aos qual a população está exposta; humanizar as práticas de saúde através do estabelecimento de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população; contribuir para democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde, conformidade com a Lei 8080/90 que discorrer sobre os princípios doutrinários e organizacionais dos SUS. De acordo com a portaria 2488 de 21 de outubro de 2011, a equipe de saúde bucal pesquisadas está na sua totalidade realizando ações de promoções de saúde na Estratégia da Saúde da Família (ESF), obedecendo com as normas estabelecidas pelo PNAB, onde os cirurgiões devem fazer palestras, aulas educativas de prevenções, mutirões, visitas domiciliares trazendo papel preventivo a população, com os objetivos preventivos, a redução da incidência das doenças bucais mais prevalentes (cárie dentária, doença periodontal). Os cirurgiões dentistas responderam que realizam o trabalho clinico, preventivo e educativo dentro de sua Unidade Básica de Saúde (UBS). Todos realizam a promoção de saúde rotineiramente, maior porcentagem respondeu diariamente logo após o atendimento dentro do consultório odontológico, fazendo Instruções de higiene oral, ensinando a escovação correta, prevenção de cárie e orientações sobre dieta. A promoção de saúde realiza-se por meios de banners, palestras, visitas domiciliares, apresentação com fantoches, fluoretação da água, instruções de 41 higiene oral e outros métodos. Segundo FRAZÃO & NARVAI, 2006, existe vários tipos de promoção de saúde, de maneira educativa, ensinando as crianças à escovação correta, diminuindo o índice de CPO-D, utilizando-se de maneira conservadora, realizando a instrução de higiene oral no consultório após o procedimento realizado como foi relatado por 20% dos dentistas, que declararam realizar atividades educativas na própria UBS e os demais em outras localidades. Para Fontinele (2003), de acordo com Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006, as atribuições comuns a todos os profissionais que atuam no PSF é realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), quando necessário; realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas, estando totalmente em concordância com os dados coletados, onde os profissionais fazem esse trabalho educativo e preventivo não só dentro das unidades mais em escolas (32%), grupos domiciliares (20%), creches (20%), e igrejas (4 %),, por meio de banners, palestras e material audiovisual, ou seja são diversas formasque ajudam a realização dessa promoção de saúde, aproveitando o aglomerado de um maior número de pessoas reunidas em um só local. Porém, Fontinele (2003) também relata que de acordo com Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006, todos os profissionais que atuam no PSF devem participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, o que infelizmente foi realizado apenas por 40% dos CD que relataram ter realizado algum tipo de levantamento epidemiológico como CPOD na sua área para identificar grupos de risco e prioridades dos agravos bucais (BRASIL 2012). De acordo com os dados obtidos, a maior porcentagem dos entrevistados relatou que tiveram a base necessária para trabalhar na Estratégia de Saúde da Família (ESF) para realizar ações voltadas à promoção de saúde bucal, o que está concordando com as diretrizes curriculares do curso de Odontologia de 2002 que descreve como o novo perfil do aluno egresso das instituições de ensino superior um aluno generalista, crítico e reflexivo, humanitário, com formação técnica e também educativa, apto para realizar procedimentos educativos e curativos (VILLABA, 2008). 42 Percebe-se que está acontecendo a alguns anos uma mudança por parte das universidades, se preocupando em introduzir a capacitação humanista para os acadêmicos, ensinando a realização de ações de promoção de saúde com a comunidade, palestras em escolas e creches, mostrando ao aluno seus direitos e deveres como cidadão e como profissional dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF), a realidade da saúde pública e suas dificuldades, ensinando o futuro profissional a se colocar no lugar do paciente e vê-lo como um ser indivisível e integral. Porém (73%) dos profissionais relataram que não receberam nenhuma capacitação por parte dos gestores para trabalhar dentro da ESF, o que está em antagonismo com a Resolução CNE/CES 3, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002 . Uma vez que a atuação dos profissionais dentro da ESF se dá de maneira diferente dos demais profissionais atuantes na saúde, trabalhando com grupos prioritários, grupos de riscos, levando em consideração a realidade local e as principais peculiaridades da sua área de atuação, o que intensifica a necessidade de uma capacitação prévia a esse trabalho. 43 8 CONCLUSÃO Conclui-se que em totalidade todos os cirurgiões dentistas atuantes nas ESF de Porto Nacional executam ações de promoção de saúde rotineiramente, na própria unidade, em escolas, creches e grupos domiciliares, usando palestras, materiais áudio visuais, banners, cartazes e fantoches. As palestras abordam os principais temas, como orientação sobre escovação, fio dental e creme dental, orientações gerais sobre cárie e demais agravos, prevenção e cuidados específicos com a cárie executam diariamente. Verificou se que (73%) dos cirurgiões dentistas receberam base necessária na sua formação acadêmica para trabalhar e executar ações de promoção de saúde nas unidades básicas de saúde de Porto Nacional, essas capacitações recebidas na jornada acadêmica foram (33%) realizações de ações de promoção dentro da própria instituição logo em seguida (27%) realizaram estágios supervisionados com ações de promoção de saúde e por ultimo (26%) fizeram visitas a outras instituições como colégios, creches e outros para execução de ações de promoção de saúde. Outro dado importante a se enfatizar é que (73%) dos profissionais que atuam na ESF não receberam capacitação por algum membro da equipe de gestores do estado ou município de acordo com a resolução CNE/CES 3, 19 de Fevereiro de 2002 que habilita o profissional a ser generalista, humanista, critica e reflexiva para atuar em todos os níveis de atenção à saúde. 44 REFERÊNCIAS ALCÂNTARA, Christian Mendez. A experiência do Paraná. In: MOYSÉS; ST, KRIGER; L, MOYSÉS; SJ. Saúde bucal das famílias: trabalhando com evidências. São Paulo. Artes Médicas; 2008. BARTOLE, MCS. Concepção e formulação de políticas e programas com enfoque da integralidade: O exemplo da política nacional de saúde bucal. In: LOPES, MGM, organizador. Saúde bucal coletiva: implementando idéias... Concebendo integralidade. Rio de Janeiro: Rubbio; 2008. p.161-73. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de vigilância em saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde – DANTPS. Minuta da Portaria de revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília-DF, 2006. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília- DF, 2012. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação de Projetos de Promoção de Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília- DF, 2001. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília- DF, 2004. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília- DF, 2006. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação de Projetos de Promoção de Saúde, Brasília-DF, 2001. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Portaria n° 687 MS/GM, de 30 de março de 2006. Brasília- DF, 2006. 60 p. (Série B. Textos Básicos em Saúde) BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Portaria n° 687 MS/GM, de 30 de março de 1990. Brasília- DF, 1990. BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da Saúde, da Família. Dezembro de 2002. COSTA, Humberto; SOLLA, Jorge; SUASSUNA, Afra; JUNIOR, Gilberto; ALFREDO, Pucca Jr. DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL. Brasília, DF, janeiro de 2004. FRAZÃO, Paulo; NARVAI, Paulo Capel.Promoção da Saúde Bucal em Escolas.In: ARAÚJO, Maria Ercilia; FRIAS, Antônio Carlos; JUNQUEIRA, Simone Rennó. Odontologia em Saúde Bucal. São Paulo, 2007. p.21. 45 FONTINELE, K. J. Programa Saúde da Família (PSF) comentado. Goiânia: AB, 2003. FREITAS et al. SAÚDE E COMUNIDADE QUILOMBOLAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Rev.CEFAC. 2011 Set/Out; 13(5):937-943. MACHADO et al., Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS - uma revisão conceitual. Fortaleza-CE, 12(2):335-342, 2007. MANFREDINI M. Abrindo a boca: reflexões sobre bocas, corações e mentes. In: Campos; FCB, HENRIQUES; CMP, organizadores. Contra a maré á beira-mar: a experiência do SUS em Santos. São Paulo: Hucitec;1997.p.78-87. MARTIN, Viviane Barrere; ANGELO, Margareth. SIGNIFICADO DO CONCEITO SAÚDE NA PERSPECTIVA DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO PESSOAL E SOCIAL. {S.l}, Rev.latino-am.enfermagem - v. 6 - n. 5 - p. 45-51 – dec.1988. NARVAI, Paulo Capel. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária á bucalidade. Rev. Saúde Pública 2006, {S.l},40( N Esp):147-7. NARVAI, Paulo Capel. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária á bucalidade. Rev. Saúde Pública,{S.l}, 1992. PEREIRA, Antonio Carlos et al.,Tratado de Saúde Coletiva em Odontologia.São Paulo:Editora Napoleão, 2009. PONTES et al., O PRINCÍPIO DE UNIVERSALIDADE DO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: O QUE PENSAM OS USUÁRIOS? Esc Anna Nery Rev Enferm.{S.l}, 2009 jul/set; 13 (3): 500-07. Silveira Filho AD. A saúde Bucal no PSF: O desafio de mudar a prática. Revista do Programa de Saúde da Família; 2002: 36-43 {acesso 2008 dez 20}. Disponível em: URL: http://www.saude.gov.br/bucal. TEIXEIRA, Carmem. OS PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Texto de apoio elaborado para subsidiaro debate nas Conferências Municipal e Estadual de Saúde. Salvador, Bahia. Junho de 2011. TEIXEIRA, Carmem. O SUS e a Vigilância da Saúde. PROFORMAR. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2003. TEIXEIRA, Carmem. Equidade, Cidadania, Justiça e Saúde. Paper elaborado para o Curso Internacional sobre Desarrollo de Sistemas de Salud, OPS-OMS/ASDI. Nicarágua, 17 de abril a 6 de maio de 2005. VILLALBA, Juliana Pasti. Odontologia e saúde geral.Livraria Santos editora,{ S.l}, 2008. WERNECK, MAF; FERREIRA, RC. A Saúde Bucal no Brasil.In: PINTO, VG, organizador. Saúde bucal coletiva. São Paulo: Santos; 2003. ZANETTI, Carlo Henrique Goretti. Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família (PSF)- proposição e programação. Brasília, fevereiro de 2000. 46 APÊNDICES / ANEXOS APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PORTO. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu,________________________________________________________ Declaro que recebi as instruções abaixo sobre a pesquisa A Importância da promoção de saúde na Estratégia Saúde da Família (ESF), assim como entendi e decido participar voluntariamente da pesquisa. Esta pesquisa tem como objetivo conhecer a existência, a rotina, a freqüência, limitações e dificuldades das ações relacionadas á promoção de saúde bucal nas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) na cidade de Porto Nacional.A metodologia prevê visitas e execução de um questionário com perguntas pertinentes ao assunto citado acima, e você foi selecionado para ser um dos nossos entrevistados.Sua participação é muito importante para a pesquisa, para isso convido-o a participar preenchendo o questionário específico. Esclareço que seu nome não será divulgado,que o questionário não se refere a aspectos de sua intimidade, nem trata de temas que possa prejudicar sua vida funcional/saúde. A participação é voluntária, e as informações e opiniões expressas por você, não causarão nenhum dano, risco, ou ônus a sua pessoa e serão tratados anonimamente nas demais entrevistas apenas para fins acadêmicos. Não será previsto pagamento de qualquer despesa para o entrevistado. Você poderá obter esclarecimentos ou tirar dúvidas sobre a pesquisa com a orientadora responsável pela pesquisa, professora Ana Paula Alves Gonçalves Lacerda, no telefone (63)8404-1675, ou no ITPAC-Porto Nacional, telefone (63)3363-9600. Assinatura do profissional:_________________________________________ CPF:_____________________ Testemunha 1:________________________________________________ CPF:____________________ Testemunha 2:________________________________________________ CPF:_____________________ 47 APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PORTO. QUESTIONÁRIO 1. IDADE ______________ 2. SEXO _______________ 3. Tempo de formado e Instituição ____________________ 4. Período de Atuação de ESF_________________________ 5. Qual unidade você atua?___________________________ 6. Tipo de vinculo empregatício: ( ) Municipal ( ) Estadual 7. Jornada de Trabalho: ( ) 20 Horas ( ) 40 Horas ( ) outro ______________________________________________________________ 8. Você trabalha em outro local além da ESF? Onde? ( ) Clinica particular ( ) Upa, Hospitais ( ) Clinica de outras pessoas ( ) Outro______________________________________________________________ 9. Que tipo de trabalha você realiza na Unidade Básica de Saúde? ( ) Clinico ( ) Preventivo/educativo ( ) Clinico/preventivo e educativo ( ) Capacitação pessoal de auxiliar 48 10. No seu dia a dia você realiza ações de Promoção de Saúde rotineiramente? ( ) Sim ( ) Não 11. Se sim, com que freqüência? ( ) Diariamente ( ) Mensalmente ( ) Semanalmente 12. Qual meio você utiliza para realizar a Promoção de Saúde na ESF? ( ) Banners ( ) Cartazes ( ) Fantoches ( ) Material áudio visual ( ) Palestras ( ) Outros_____________________________________________________________ 13. Onde realiza essas ações? ( ) Escolas ( ) Creche ( ) UBS ( ) Igreja ( ) Grupos domiciliares ( ) Outros _____________________________________________________________ 14. Quais assuntos que são mais abordados por você durante as palestras? ( ) Orientações gerais sobre cárie e demais agravos (câncer, edentulismo, doença periodontal) ( ) Orientações sobre dieta ( ) Orientações sobre escovação/fio dental/creme dental ( ) Prevenção e cuidados específicos sobre a cárie ( ) Cuidados específicos com o câncer bucal ( ) Cuidados específicos sobre edentulismo ( ) Cuidados específicos sobre traumatismo dentário ( ) Cuidados específicos sobre doença periodontal 15. N a sua formação acadêmica lhe forneceu base necessária para trabalhar na ESF e para realizar ações voltadas a promoção de saúde bucal? 49 ( ) Sim ( ) Não 16. Que tipo de formação específica para execução de promoção de saúde você recebeu na sua formação acadêmica? ( ) Visitas a outras instituições para visualização ( ) Visitas a outras instituições para execução de ações de promoção ( ) Estágios supervisionado com ações de promoção e inclusão ( ) Realização de ações dentro da própria IES (seminários, palestras) ( ) Outros_____________________________________________________________ 17. Você recebe ou recebeu alguma capacitação para trabalhar na ESF? ( ) Sim ( ) Não Qual tipo de capacitação? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ________ 18. A equipe está trabalhando com indicadores para a cobertura populacional das ações coletivas em saúde bucal? ( ) Sim ( ) Não 19. Se você recebeu algum tipo de capacitação para a realização do trabalho na ESF, quais foram? ( ) Curso introdutório para ESF ( ) Capacitação por algum membro da equipe (prefeitura/estado) ( ) Calibração sobre algum assunto ( ) Outros_____________________________________________________________ 20. Quem executa as ações de promoção de saúde bucal na sua unidade? ( ) CD+ASB ( ) CD+TSB ( ) CD+TSB+ASB ( ) CD+TSB+ASB+ACS ( ) Outros_____________________________________________________________ 21. Os demais membros da sua equipe receberam algum tipo de capacitação sobre saúde bucal? (ASB e ACS) 50 ( ) Sim ________________________ ( ) Não _______________________ 22. Se sim quem realizou a capacitação? ( ) CD (Você ou outro) ____________________ ( ) Gestores municipais ( ) Membros da secretaria de saúde ( ) Outros ____________________________________________________________ 23. Na sua área já foi realizado algum tipo de levantamento epidemiológico (CPOD/CPOS/IHOS) para avaliar prioridades e grupos de riscos? ( ) Sim ________________________ ( ) Não _________________________
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