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Pratica V caso 8

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TRABALHO DA MATÉRIA DE PRÁTICA SIMULADA V 
Elaboração e Postagem no Sia da Peça do Caso Concreto 8 
PROFESSOR: Thiago Novaes Sahib 
ACADÊMICO: Marcos Josué Duarte dos Santos 
RA: 201403471592 PERÍODO: 10º Semestre Noturno 
 
CASO CONCRETO: ADC nº 29 (caso adaptado) 
Você, na qualidade de advogado, do Partido Político PXY, com representação no Congresso 
Nacional, foi procurado pelo Presidente do Partido, informando que a Lei complementar 135, 
de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do 
disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver 
diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause 
qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. Informa, 
ainda, a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, 
apresentando-se divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos 
pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel 
diploma de inelegibilidades. 
Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de 
maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos 
de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses 
de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício 
do mandato. 
Esclarece-se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa 
aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme 
julgados), já o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a 
Lei Complementar se aplica às condenações anteriores. Como há controvérsia sobre a 
possibilidade de aplicação das hipóteses de inelegibilidade instituídas pela Lei Complementar 
135/2010, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido 
PPXY, temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados 
nas eleições de 20xx, sobre a constitucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefinição 
da questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor ação 
para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação 
dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo 
nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB. 
Na qualidade de advogado, redija a peça cabível visando ver declarada a constitucionalidade da 
Lei Complementar 135/2010, no que tange a aplicação das inelegibilidades à atos ocorridos 
anteriormente a existência da citada lei, atentando, necessariamente, para os seguintes 
aspectos: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade; c) argumentos a favor da 
constitucionalidade da referida lei; d) tutela de urgência. 
 
PEÇA CABÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL 
 
PARTIDO POLITICO PXZ, pessoa jurídica de direito privado, ora 
representado por seu Presidente (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, 
inscrito no RG nº (...) e CPF nº (...), endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço 
completo), por seu advogado, devidamente constituído (NOME COMPLETO E OAB), com 
endereço profissional (endereço completo) para fins do artigo 106, inciso I do CPC, vem perante 
Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 102, I, a; 103, VIII; da CRFB/88, propor: 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM MEDIDA LIMINAR 
 
em defesa da LEI COMPLEMENTAR 135/2010, conforme especificará ao longo desta petição, nos 
termos e motivos que passa a expor, esperando que seja recebida e seguindo as formalidades 
de estilo do Regimento Interno do STF, seja distribuída, e ao final declarada a 
constitucionalidade da referida lei. 
 
DA LEGITIMIDADE 
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente 
encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, segundo 
o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática 
 “... os partidos políticos têm legitimidade para ajuizamento de ação direta de 
inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma 
atacada” 
 “O reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidárias para a 
instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do 
vínculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos 
fins institucionais, que justificam a existência em nosso sistema normativo, 
dos partidos políticos.” (STF – AD I 1396). 
 
Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal 
encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática. 
 
DA COMPETÊNCIA 
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária do 
STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal. 
 
 
DO CABIMENTO 
Cabe demonstrar a controvérsia judicial sobre a aplicação da 
norma, uma vez que a ação declaratória de constitucionalidade visa resguardar a 
ordem jurídica constitucional, de modo a afastar o estado de incerteza ou 
insegurança jurídica sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, 
nos termos do artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994 e artigo 102, I, “a”, da CRFB/88. 
Assim, cumpre salientar que alguns tribunais têm afastado a 
aplicação da Lei Complementar 135/2010 à atos ocorridos anteriormente a existência 
da citada lei, por reputá-la inconstitucional, supostamente em virtude de afronta ao 
princípio da segurança jurídica e da irretroatividade da lei mais gravosa. 
 
DOS FATOS 
O autor informa que a Lei Complementar nº 135, de 04 de junho 
de 2010 que altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, 
de acordo com o § 9º do artigo 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, 
prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de 
inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no 
exercício do mandato. 
Sendo que há controvérsia já que o TRE de Sergipe, adotou 
entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da 
lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados), enquanto o TRE de Minas 
Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se 
aplica às condenações anteriores. 
A Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão 
de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da 
CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos 
ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer 
prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. 
Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante 
sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribunais Eleitorais 
sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que 
tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades. 
Assim, como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação 
das hipóteses de inelegibilidade instituídas pela Lei Complementar 135/2010, a atos 
jurídicos que tenhamocorrido antes do advento do diploma legal, o partido PPXY, 
temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados 
nas eleições de 20xx, sobre a constitucionalidade da aplicação da referida lei, já que a 
indefinição da questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, 
pretende propor ação para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto 
pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes 
da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da 
CRFB. 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 Essa lei deve ser declarada constitucional, porque ela não viola o 
princípio da irretroatividade da lei prevista no art. 5º XL da CRFB/88. A lei não atinge eleições 
anteriores, ou seja, mandatos legítimos anteriores e sim ela vai se aplicar a futuras eleições. 
No entanto com relação a fatos pretéritos dos futuros candidatos, 
portanto não vai violar o princípio da segurança jurídica porque as eleições anteriores ficaram 
lá conservadas por seus legítimos eleitos. 
Essa lei vai privilegiar a moralidade administrativa pois vai resguardar 
a população quanto aos futuros mandatos eletivos, vamos saber de antemão quem tem 
condições tem a ficha limpa para assumir mandatos eletivos. 
Permita-nos trazer à baila informações sobre a citada lei 
complementar: 
 Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar 
nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do 
artigo 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação 
e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que 
visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do 
mandato. 
De início, no mérito, cabe ponderar a razoabilidade da expectativa de 
um indivíduo de concorrer a cargo público eletivo, à luz da exigência constitucional de 
moralidade para o exercício do mandato (artigo 14, §9º, CRFB/88), resta afastada em face da 
condenação prolatada em segunda instância ou por um colegiado no exercício da competência 
de foro por prerrogativa de função, da rejeição de contas públicas, da perda de cargo público 
ou do impedimento do exercício de profissão por violação de dever ético -profissional. 
Assim, não é plausível a tese de ofensa ao princípio da segurança 
jurídica, posto que nenhum cidadão tem o direito inato e inalienável a se candidatar. Todo e 
qualquer pedido de registro de candidatura deve passar pelo crivo da Justiça, sendo que aquele 
momento em que é formalizado o pedido de registro é o marco temporal para a aferição da 
capacidade eleitoral passiva. 
Ademais, quanto a presunção de inocência consagrada no art. 5º, LVII, 
da Constituição Federal, esta deve ser reconhecida como uma regra e interpretada com o 
recurso da metodologia análoga a uma redução teleológica, que reaproxime o enunciado 
normativo da sua própria literalidade, de modo a reconduzi-la aos efeitos próprios da 
condenação criminal, sob pena de frustrar o propósito moralizante do art. 14, §9º, da 
Constituição Federal. 
Acrescente-se aos argumentos que o direito político passivo (ius 
honorum) é possível de ser restringido pela lei, nas hipóteses que, in casu, não podem ser 
consideradas arbitrárias, porquanto se adequam à exigência constitucional da razoabilidade. 
No caso em tela, o princípio da proporcionalidade resta prestigiado 
pela Lei Complementar nº 135/10, na medida em que: (i) atende aos fins moralizadores 
a que se destina; (ii) estabelece requisitos qualificados de inelegibilidade e (iii) impõe 
sacrifício à liberdade individual de candidatar-se a cargo público eletivo que não supera 
os benefícios socialmente desejados em termos de moralidade e probidade para o exercício 
de referido munus público. 
Assim, o exercício do ius honorum (direito de concorrer a cargos 
eletivos), em um juízo de ponderação no caso das inelegibilidades previstas na Lei 
Complementar nº 135/10, opõe-se à própria democracia, que pressupõe a fidelidade política da 
atuação dos representantes populares. 
Portanto, a Lei Complementar nº 135/10 também não fere o núcleo 
essencial dos direitos políticos na medida em que estabelece restrições temporárias aos direitos 
políticos passivos. 
 
DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR 
Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar 
inaudita altera pars (com fulcro no artigo 21, da Lei Federal nº 9.868/99), para que seja 
declarada a aplicabilidade das hipóteses de inelegibilidade previstas na lei objeto da presente 
ação. 
 O fumus boni iuris reside nas razões expendidas, que demonstram a 
discussão acerca da Lei Complementar. O periculum in mora surge em perfunctória análise. 
Trata -se de aplicação de norma que diz respeito a cidadania, sendo 
que sua aplicação exige segurança e certeza, deforma a evitar divergências e descredito a Lei 
Complementar 135/2010. 
 
DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
1) a CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR para, liminarmente, suspender os efeitos de 
quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei complementar 
135/2010 por considerá-la inconstitucional, até o julgamento em definitivo da presente 
ação; 
2) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
3) que sejam solicitadas informações as autoridades competentes; 
4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei 
Complementar 135/2010, no que tange a sua aplicação à fatos ocorridos anteriores a 
sua existência, com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante. 
 
 
DAS PROVAS 
 Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma 
do artigo14º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia 
das decisões judiciais). 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ (...), para fins procedimentais. 
 
 
Nestes termos 
P. deferimento 
 
Local e data 
Advogado 
OAB

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