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Projetos de sistemas construtivos

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Brasília-DF. 
Projetos de sistemas Construtivos
Elaboração
Eng. Civil Sérgio Couto
Msc Eng. Gisele Dornelles
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 4
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 5
introdução.................................................................................................................................... 7
unidAdE i
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS ................................................................................................ 9
CAPítulo 1
HISTÓRICO DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ................................................................................ 9
unidAdE ii
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................................... 24
CAPítulo 1
INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS TRADICIONAIS DE CONSTRUÇÃO E SUA EVOLUÇÃO 
AO LONgO DO TEMpO ......................................................................................................... 24
unidAdE iii
pROCESSOS CONSTRUTIVOS ................................................................................................................ 36
CAPítulo 1
INTRODUÇÃO A pROCESSOS CONSTRUTIVOS ........................................................................ 36
unidAdE iV
NORMAS TÉCNICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL NBR ................................................................................ 57
CAPítulo 1
NORMATIZAÇÃO ABNT NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................................... 57
PArA (não) FinAlizAr ..................................................................................................................... 73
rEFErênCiAS .................................................................................................................................. 74
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
introdução
Gostaria de introduzir o nosso tema fazendo uma pergunta a você. Qual a importância da 
normatização na construção civil no desenvolvimento humano e das cidades? Esta pergunta é de 
fundamental importância para iniciarmos os nossos estudos! Você já parou para pensar o quanto 
a falta de conhecimento técnico pode gerar prejuízos e acidentes? Estamos sempre buscando 
melhorar, evoluir e construir cidades cada vez mais cidades sustentáveis. Consciente do nosso 
papel e responsabilidade? Você já parou para pensar sobre isto? Você, de fato, já estudou sobre a 
importância do conhecimento como responsável pela melhoria de vida nas cidades e na sociedade? 
Em cada país, a sociedade está sendo construída em meio a diferentes condições segundo estratégias 
moldadas de acordo com os recursos disponíveis. As tecnologias envolvidas vêm transformando 
as estruturas e as práticas de produção na construção civil alterando, enfim, a própria cadeia 
produtiva. Do mesmo modo, regiões, setores econômicos, organizações e indivíduos são afetados 
diferentemente pelo novo paradigma na construção, em função das condições de acesso às novas 
tecnologias, da base de conhecimentos e, sobretudo, da capacidade de aprender e inovar.
Com esta intenção, este módulo sobre “Projetos de Sistemas Construtivos” foi elaborado. 
Você estudará na Unidade I histórico dos sistemas construtivos e suas relações com o projeto 
arquitetônico. Estudará, também, sobre Elaborações de projetos segundo a NBr 13532.
Já na Unidade II, você terá contato com Industrialização na Construção Civil, estudará a 
Industrialização da Construção no mundo. Na Unidade III, você receberá informações sobre 
Processos construtivos. A última unidade apresenta temas importante tais como as Normas Técnica 
na Construção Civil NBr.
Esperamos que você aproveite bem seus estudos e que eles possam contribuir, de fato, para o seu 
sucesso enquanto profissional de engenharia!
objetivos
 » Apresentar as principais etapas e elementos dos sistemas construtivos utilizados 
em projetos de construção civil no amplo ambiente em que as ações serão 
implementadas.
 » Reconhecer e aprofundaro conhecimento em sistemas construtivos sob o ponto de 
vista tecnológico de execução e Manuais voltados a Construção Civil e as exigências 
necessárias ao ato de construir definido na sociedade.
8
 » Apresentar as tendências da industrialização da construção civil, e suas contribuições 
para as cidades e sociedade percebendo que é preciso inventar, reinventar e 
aprimorar as tecnologias e materiais para garantir um desenvolvimento sustentável 
nas cidades.
 » Apresentar as principais Normas Técnicas na construção civil da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ABNT.
9
unidAdE i
HiStÓriCo 
dE SiStEMAS 
ConStrutiVoS
CAPítulo 1
Histórico dos sistemas construtivos
O mercado da construção civil está mais competitivo e exigente, e a busca por 
qualidade e rapidez no desenvolvimento, implantação dos projetos e das construções 
constitui um desafio constante. As empresas buscam melhor otimização de recursos 
na obra, visando viabilizar os seus empreendimentos. A construção civil, no Brasil 
atualmente apresenta mudanças significativas, devidos às evoluções tecnológicas 
e maior investimento governamental por esse motivo as falhas de projeto não 
devem potencializar erros de compatibilização, gerar retrabalhos e desperdícios, 
interferindo em fim na qualidade do produto final e causando prejuízo e danos a 
sociedade e atraso no desenvolvimento do país. 
A indústria construção civil apresenta grande importância socioeconômica e 
estratégica para o desenvolvimento do país. Sendo um dos mais dinâmicos setores 
da economia brasileira. No Brasil, a indústria da construção civil, pela mão de obra 
desqualificada, por baixos índices de produtividade, e baixa qualidade do produto 
final, entre outras limitações. Podemos afirmar que isso justifica a preocupação atual 
das empresas de construção civil com seus mecanismo de gestão gerencial? Há 
necessidade na construção civil de exigir o emprego de sistemas construtivos mais 
apropriados para ambientes específicos e voltados a sustentabilidade?
indústrias da construção
A história da industrialização inicia-se, com a história da revolução industrial, isto é, com o 
desenvolvimento de tecnologias para a produção de bens de consumo em massa. Ao longo do 
tempo, as atividades exercidas pelo homem com auxílio da tecnologia e das máquinas foram sendo 
substituídas por mecanismos, como aparelhos eletrônicos ou mecânicos ou automação de processos. 
O desenvolvimento da automação na indústria de construção civil está ligado não só aos processos 
de fabricações de sistemas pré-fabricados, mas também aos processos de logística, de gestão, de 
10
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
montagem, aos métodos de inspeção e controle, e principalmente à criação de novos materiais e a 
implantação de processos de redução de danos ao meio ambiente.
O termo indústria é utilizado para denominar o setor secundário, que inclui todas as indústrias 
de construção e outras. Pode-se assim definir o termo indústria como sendo qualquer atividade 
humana, que utilizando mão de obra, técnicas de produção e métodos de produção e controle, 
transforma matéria prima em produtos que serão consumidos de acordo com as necessidades básicas 
de subsistência como alimentação, moradia, trabalho e desenvolvimento do homem, utilizando ou 
adaptando-se aos recursos naturais e tecnologia.
Pode ser classificada como:
Obras de Edificação: Residencial (habitacional), Comercial, industrial, Especiais (cultural e 
esportiva, estações e terminais, assistência medica e social, Viárias; Hidráulicas; Urbanização); 
Diversas (minas, contenções etc.).
Sistema construtivo e tipos de construção 
segundo sua natureza
Pode se classificar as construções por sua natureza do sistema construtivo sendo eles: Artesanal, 
Tradicional, Tradicional Evoluída, Industrializada. 
 » Artesanal: Utiliza métodos e processos empíricos e intuitivos. Comum nas 
construções rurais, com técnicas e arquitetura nativas sendo transmitidas por meio 
de conhecimentos apropriados por transmissão oral.
 » Tradicional: utilizando métodos e processos da construção civil normalizada. 
Mais praticado nas áreas urbanas, 
 » Tradicional evoluída: utiliza métodos tradicionais buscando inovação e 
criatividade.
 » Industrializada: Utiliza métodos de materiais pré-fabricados visando a construção 
de produtos com otimização de tempo e custo.
Sistemas Construtivos - noções gerais
Sabbatini (1989) citado em Villar (2005) define por Sistema construtivo,
“como um processo com altos níveis de industrialização e organização, com as 
características dos componentes e subsistemas e sua consequente montagem 
e desempenho. Processo construtivo é caracterizado pelo uso particular de um 
conjunto de métodos”. 
11
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
Segundo Zake Tacla Sistema Construtivo é definido como “o conjunto das regras práticas, ou o 
resultado de sua aplicação, de uso adequado e coordenado de materiais e mão-de-obra se associam 
e se coordenam para a concretização de espaços previamente programados”. As origens da palavra 
sistema, e as aplicações clássicas de seu significado permitem ampliar esta definição. 
Do grego systema significa “reunião, grupo, associação”. O que implica um conjunto de elementos, 
ou partes, ou ideias. Logo o sistema é visto como um conjunto do todo formado várias partes 
interligadas entre si, uma dependendo da outra para cumprir sua função.
Considerando que alguns destes elementos constituem em si um sistema, entendemos por partes 
do sistema construtivo os vários subsistemas que o compõem. Estes vários subsistemas são 
interdependentes, formados por componentes tecnologias e materiais da construção. 
Sistema Construtivo: um conjunto de subsistemas onde muitas são as possibilidades de classificação 
dos vários subsistemas. Os subsistemas principais que podem ser identificados:
1. serviços preliminares;
2. fundações;
3. estrutura;
4. cobertura;
5. instalações;
6. vedações;
7. esquadrias;
8. revestimentos;
9. piso e pavimentações;
10. trabalhos complementares.
Destacam-se quatro subsistemas (estrutura, cobertura, vedações e instalações) como 
definidores do sistema construtivo.
a. O subsistema estrutural pode ser considerado um subsistema fixo, pois, uma vez 
implantado não pode deslocado, pois, interferia nos outros subsistemas, tem grande 
importância na construção civil. 
b. O subsistema cobertura, é um subsistema rígido, deve ter compatibilização com o 
tipo de sistema construtivo e estrutura escolhida.
c. O subsistema vedações interage com os subsistemas, apresenta flexibilidade 
espacial. Tem a função de delimitar o espaço para funções pré-definidas em projeto, 
d. O subsistema de instalações responsável pela característica da construção e seu 
funcionamento.
12
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
Sistemas, Método, Processo e técnica 
Construtiva
Sistema construtivo
 » Elabora-se o Planejamento.
 » Promove-se a organização para a execução de obra.
 » Especifica-se o materiais detalhando suas características.
 » Define-se equipamentos e componentes construtivos. 
Método construtivo
 » Conjunto de técnicas.
 » Métodos normas que regula a execução a ser realizada.
Processo construtivo
Sequencia de métodos, traduzida em ações no canteiro de obras para a execução de um sistema. 
técnica construtiva
Operações e tecnologias utilizadas visando melhor aproveitamento desenvolvimento do projeto.
Projeto
Estudos de Viabilidade
 » Técnica
 » Ambiental
 » Legal
 » Econômica 
Pré-requisito à obtenção de operações de financiamento junto a Instituições financeiras nacionais 
e internacionais
Estudo de alternativas
 » Concepções iniciais (projeto conceitual);» Definição de alternativas possíveis;
13
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
 » Reconhecimento da área-objeto
 » Lay-out geral do projeto;
Projeto Básico
É o projeto que procura reunir todos os elementos necessários à contratação da execução da 
construção. É o projeto completo, incluindo os projetos de arquitetônicos, estrutural, com todos os 
dados previstos nas Normas ABNT. 
 » Apresenta à reunião de todos os elementos necessários a realização da construção. 
 » Define detalhadamente todas as estruturas componentes do projeto, de forma a 
viabilizar a correta previsão das obras civis.
 » São produzidos todos os documentos que permitem o lançamento dos procedimentos 
para contratação das obras (dimensionamento do que será construído).
São elaborados todos os desenhos detalhados de:
 » estruturas;
 » arquitetura e paisagismo;
 » dispositivos hidráulicos; 
 » instalações elétricas;
 » dispositivos para telecomunicações;
 » dispositivos mecânicos, resultam detalhadamente especificadas as obras a executar.
Projeto definitivo ou Projeto de Arquitetura e Engenharia 
Após a realização e análise dos estudos preliminares e definição da alternativa a ser implantada é 
apresentado o projeto finalizado para análise do órgão financiador e para parecer e aprovação da 
Administração Municipal. Ex.: Plantas (cortes, fachadas etc.).
Projeto de Execução ou Projeto para Construção
Projeto estrutural, projetos de instalações (elétrico, hidráulico, gás etc.).
Projeto executivo
Normalmente é executado na implementação e implantação da construção; Tem como característica 
especificar mais detalhadamente os equipamentos e dispositivos a serem instalados. Nesta etapa 
14
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
ajusta-se os detalhes do Projeto Básico que se desejar alterar ou adéqua-se às particularidades 
encontradas durante as intervenções da obra no terreno.
Produção
É subdividida em Programação de Execução e Realização da Execução
Programação de Execução tem como principais elementos:
 » definição de datas das atividades no projeto; 
 » cronograma segundo a NB- 12721 é um documento em que é registrado pela 
ordem de sucessão em que serão executados os serviços necessários à realização da 
construção e os respectivos prazos previstos, em função dos recursos e facilidades 
que se supõe serão disponíveis as previsão das necessidades - cronograma físico; 
 » as informações que se pretende nos cronogramas são:
 › prazo da obra e sua data de início e data de término;
 › especificação da atividade;
 › data de início e término de cada atividade;
 › quantidade em % de atividade que será executada mês a mês.
O cronograma Financeiro Distribuição de recursos (financeiros, materiais, mão-de-obra, 
equipamentos) cronograma financeiro; Plano financeiro (desembolso), plano de compras, plano de 
abastecimento apresenta:
 » Especificação da atividade e seu respectivo desembolsam mês a mês.
 » Prazo da obra que será o mesmo do cronograma físico.
 » Resumo do desembolso mês a mês em cruzeiros e/ou outra moeda indexada.
 » Valor de cada atividade.
 » Valor Total da obra.
 » Layout do canteiro de obras - arranjo físico de postos de trabalho, maquinas e 
equipamentos, depósitos, alojamentos, escritório da obra.
 » Detalhamento dos processos construtivos, com projeto de construções auxiliares 
(técnica construtiva).
 » Elaboração de sistemas de CONTROLE. Execução: Construção propriamente dita; 
andamento dos processos com auxilio da técnica construtiva e apoio de um sistema 
de SUPRIMENTO.
15
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
Funcionamento
Baseado no tipo e finalidade da construção realiza-se a descrição de previsão do uso e os benefícios 
a serem oferecidos pelo uso da construção concluídas. 
Manutenção
Deve ser prevista no projeto classificada como Preventiva definida no Manual do Usuário 
fornecido pela empresa construtora, e uma vez realizado o projeto classificada como Corretiva, 
quando ocorrem patologias não esperadas devendo ser identificadas e efetuadas, quando possível, a 
mitigação ou correção do dano.
Edificações no Brasil Subsetor 
No Brasil, as esferas federal, estadual e municipal instituem norma a fim de normalizar os 
procedimentos e ampliar a qualidade dos resultados. As esferas municipais seguindo as orientações 
do Ministério das Cidades promulgam legislações como Plano Diretor, e Códigos de Obras e 
Edificações que devem definiras regras mínimas de impacto ambiental dos edifícios a serem 
projetados em suas cidades. 
Projetos arquitetônicos e Projeto integrado
Segundo Delatorre 2010 o projeto Arquitetônico faz parte das etapas iniciais no processo de 
construção. E apresenta uma citação de Melhado (1994)que” aponta o projeto arquitetônico como 
elemento responsável pelo desenvolvimento, organização, registro e transmissão das características 
físicas e tecnológicas específicas a serem consideradas na execução de uma obra e abrange um 
processo maior Gus (1996 apud RAUBER, 2005, p. 19) acrescenta que o processo do projeto é também 
uma forma de expressão pessoal e arte, que incluiu a criatividade, originalidade para demonstrar e 
documentar expectativas e necessidades de seus clientes e usuários”. Delatorre 2010 Complementa 
que o projeto arquitetônico deve ser entendido não apenas como um produto que é capaz de definir 
a edificação, gerando desenhos, especificações técnicas, detalhamentos e memoriais. Para Fabrício 
(2002), o processo de projeto envolve todas as decisões e formulações que visam subsidiar a criação 
e a produção de um empreendimento, desde a montagem da operação imobiliária, passando 
pela formulação do programa de necessidades e do projeto do produto até o desenvolvimento da 
produção, o projeto as built” (atualização das informações contidas no projeto executivo que tenham 
sido modificados ao longo do período de execução da obra e Entrega do manual do proprietário com 
todas as informações necessárias ao usuário do produto) e a avaliação da satisfação dos usuários 
com o produto..
16
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
As etapas do projeto de arquitetura
Apesar de cada profissional seguir o seu fluxo de trabalho todos procura seguir algumas etapas 
comuns, procurando desenvolver o projeto da melhor forma possível. As principais etapas 
desenvolvidas são. 
Estudo Preliminar
Inicia-se com uma entrevista com o cliente , procurando mapear as suas necessidades e identificar 
suas preferências: Realiza-se visitas in loco, para identificação verificação de medidas principais, 
características geográficas, sociais e técnicas iniciais, etc. visita-se à Prefeitura local para pesquisa e 
acesso legislação local vigente. Possibilitando assim identificar a viabilidade do projeto e escolha do 
sistema construtivo a ser adotado, por meio de estudos técnico. 
Anteprojeto
Segundo o Conselho de Engenharia e Arquitetura – CREA, a documentação técnica para Edificações 
e Obras Civis necessitam, além dos estudos preliminares, de levantamento topográfico, licença da 
obra, estudo de viabilidade etc., e devem estar disponível para verificação do Agente do Crea, sendo 
observado caso a caso:
a. projeto de arquitetura aprovado pela prefeitura do município;
b. licença da obra passada pela prefeitura do município;
c. projeto de execução da obra;
d. projeto de execução da estrutura;
e. projeto de instalação hidráulica aprovado pelo órgão regulador local;
f. projeto de instalação de esgoto sanitário aprovado órgão regulador local;
g. projeto de instalações elétricas;
h. projeto de instalação de gás aprovado pelo órgão regulador ou concessionária local;
i. projeto do sistema de refrigeração/aclimatação caso necessário e previsto;
j. projeto das instalaçõesmecânicas;
k. projeto de urbanismo e/ou tratamento paisagístico.
Infraestrutura
a. projeto de terraplenagem / drenagem e/ou movimentação de terra;
b. projeto do sistema viário e sua pavimentação;
c. projeto da rede de alimentação hidráulica;
d. projeto da rede de alimentação elétrica (luz e força) aprovado pela concessionária;
17
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
e. projeto da rede de esgotos sanitários e/ou tratamento de efluentes aprovado pela 
concessionária;
f. projeto da rede de comunicações de dados/telefonia. A participação efetiva dos 
profissionais nos serviços de planejamento, elaboração de projetos, execução 
e fiscalização promove trabalhos focados em qualidade, conforto, eficiência, 
racionalidade, coerência com aspectos ambientais e legais, que necessitam de 
conhecimentos técnicos específicos, tendo em vista que o crea possui a finalidade 
de defesa da sociedade procurando assegurar o uso adequado do conhecimento e da 
tecnologia, consoante as recomendações constantes das normas/procedimentos/
especificações da ABNT.
Projeto executivo
O Projeto Executivo, segundo a Lei no 8.666/1993, “é o conjunto dos elementos necessários 
e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”. Apresenta definitivamente os projetos de Fundação, 
Estrutura, Elétrica, Hidráulica e Paisagismo.
É o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento, 
contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a 
perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato. (Manual de Obras 
Públicas – Edificações, editado em 1997, pela Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio)
A Prefeitura de Belo Horizonte disponibiliza alguns modelos residenciais populares, previamente 
aprovados para a população constando de todos os documentos técnicos necessários para sua 
execução conforme Figura 1 a seguir.
Figura 1 - Tabela com modelos prontos de residências fornecidas pela pBH.
Fonte: prefeitura de Belo Horizonte.
18
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
Elaborações de projetos de edificações – 
Arquitetura nBr 13532
A NBR 13532– para a elaboração de projetos de edificação fixa as condições exigíveis para a 
elaboração de projetos de arquitetura para a construção de Edificações– é aplicável a todas as classes 
(ou categorias) tipológicas funcionais das edificações (ou de quaisquer ambientes construídos ou 
artificiais) como por Exemplos: habitacional, educacional, cultural, religiosa, comercial, industrial, 
administrativa, esportiva, de saúde, de lazer, de comunicação, de transporte, de abastecimento e de 
segurança. É também aplicável a todas as classes (ou categorias) tipológicas formais das edificações 
(ou de quaisquer ambientes construídos ou artificiais). Exemplos: isoladas, geminadas, superpostas, 
torres, pavilhões, cobertas e descobertas; é aplicável aos serviços técnicos de obras, conforme as 
classes (ou categorias) de intervenções correntes para:
a. Edificações novas podendo ser: construção; pré-fabricação e pré-moldagem; 
montagem;
b. Edificações existentes: ampliação; redução; modificação: remanejamento; 
revitalização; reciclagem; reconversão; recuperação: reforma; preservação; 
conservação;
A NBR13532 apresenta, no item Edificação (ambientes exteriores e interiores), a classificação em 
ambientes exteriores (terreno descoberto) considerando os seguintes elementos: acessos, vias, 
pavimentos, passarelas, estacionamentos, rampas, escadas, taludes, patamares, bermas, arrimos, 
canaletas, lagos, piscinas, jardins, áreas livres, fechamentos (muros, grades) e proteções. E no item 
ambientes interiores são apresentados normas para acessos, circulações horizontais (corredores) e 
verticais (escadas, rampas e elevadores), vestíbulos, salas, salões, dormitórios, abrigos, sanitários e 
cozinhas.
A NBR13532, no item elementos da edificação e seus componentes construtivos, classifica os 
seguintes elementos:
 » Fundações (aspectos arquitetônicos) por baldrames, blocos, cortinas, 
arrimos, estacas e sapatas.
 » Estruturas (aspectos arquitetônicos) por colunas, pilares, vigas, paredes, 
lajes e muros de arrimo.
 » Coberturas podendo - telhas, canaletas, calhas, rufos, contra-rufos, terraços e 
lajes impermeabilizadas.
 » Forros- suportes, placas, painéis e grelhas.
 » Vedos verticais (paredes, esquadrias, proteções). São os seguintes:
 › fachadas: paredes, platibandas, portas, esquadrias, vidraças e ferragens;
19
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
 › proteção das fachadas: quebra-sóis, cobogós e elementos vazados;
 › divisórias: paredes, portas, guichês, muros, gradis, portões, corrimãos, guarda-
corpos e ferragens.
 » Revestimentos e acabamentos (ambientes exteriores e interiores). São os seguintes:
 › paredes e tetos;
 › pisos, pavimentos, rodapés, soleiras, degraus, impermeabilizações e proteções;
 › metais;
 › madeiras;
 › outros.
 » Equipamentos para comunicação visual (ambientes exteriores e 
interiores)- Mensagens e pictogramas direcionais de localização e de advertência 
e suportes.
 » Equipamentos- São os seguintes:
 › mobiliário;
 › incorporados:
 · em ambientes exteriores: bancos, jardineiras, vasos, corrimãos, marcos, 
mastros para bandeiras e suportes diversos;
 · em ambientes interiores: corrimãos, bancos, bancadas, papeleiras, 
saboneteiras, cabides, porta toalhas, prateleiras e guarda-corpos.
 › outros.
 » Jardins e parques - Vegetação (para ambientes exteriores e interiores): 
 › arbórea (ornamentais, frutíferas e palmeiras); 
 › arbustiva (arbustos, trepadeiras e folhagens arbustivas); 
 › e herbácea (formações, gramados, canteiros e hortas); 
 › terra de plantio; tutores e protetores.
A NBR13532, no item Instalações prediais e seus componentes construtivos, prevê norma para 
Instalações elétricas (aspectos arquitetônicos relacionados com a especificação dos controles e dos 
pontos de utilização):
a. energia (suprimentos, alimentação e medição, distribuição): 
 › cabina de medição e de transformação;
20
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
 › poste e quadro de entrada, quadro geral, quadros de distribuição, eletrocalhas, 
eletrodutos, conduletes e tomadas.
b. iluminação: pontos de iluminação e interruptores;
c. telefonia: postes e quadro distribuidor geral (DG), quadros de distribuição (QD), 
tomadas de parede e de piso;
d. sinalização: campainhas, cigarras, sirenes, avisos para veículos e para falta de 
água, suportes luminosos para comunicação visual e luz de obstáculo para aviação;
e. sonorização: amplificadores e alto-falantes;
f. alarmes (contra roubo ou incêndio): botoeiras, sensores e cigarras;
g. proteção contra descargas atmosféricas: para-raios, hastes, cordoalhas e 
proteções;
h. automação predial: central de processamento, cabos, equipamentos e sensores;
i. outras.
Para as instalações mecânicas (aspectos arquitetônicos relacionados com a especificação de 
equipamentos, dos seus controles e pontos de utilização) são considerados:
a. elevadores e monta-cargas;
b. escadas e tapetes rolantes;
c. ventilação ou condicionamento do ar: abrigos, equipamentos, dutos e grelhas;
d. bombas para sucção e recalque de água fria: equipamento, abrigo e quadros de 
controle;
e. equipamentos de coleta e tratamento do lixo;
f. ar comprimido, vácuo, oxigênio: equipamentos, tubulações, controles e proteções;
g. refrigeração: geladeiras e congeladores;
h. outras.
As NBrs 13532 prevêem para Instalações hidráulicas e sanitárias (aspectos arquitetônicos 
relacionados com a especificação dos controles e dos pontos de consumo e de águasservidas):
a. água fria: cavalete e seu abrigo, reservatórios inferiores e superiores, canalização, 
pontos para registros, torneiras, filtros de pressão, válvulas flexíveis e caixas de 
descarga;
b. água quente: reservatórios, aquecimento, canalização, pontos para registros e 
torneiras;
21
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
c. captação e escoamento de águas pluviais: calhas, extravasores, canaletas, 
condutores, caixas de areia, grades e dissipadores de energia;
d. gás combustível: reservatórios, abrigos, canalizações, proteções, pontos de 
utilização;
e. prevenção e combate a incêndio: extintores e hidrantes e seus abrigos;
f. outras.
São considerados na NBr 13532 como equipamentos para iluminação (aspectos arquitetônicos para 
ambientes exteriores e interiores relacionados com a especificação dos controles e dos aparelhos 
de utilização): lâmpadas, luminárias, refletores, projetores, luminárias de emergência e suportes 
(postes, hastes e pendentes).
Para equipamentos sanitários (aspectos arquitetônicos relacionados com a especificação dos 
controles e dos aparelhos de utilização) são considerados na NBr 13532 os seguintes elementos: 
a. louças (ou similares): bacias sanitárias, lavatórios, pias, cubas, mictórios e tanques;
b. metais: registros, torneiras, chuveiros, misturadores, válvulas, sifões, ralos secos e 
sifonados;
c. filtros de pressão e bebedouros;
d. outros.
Na NBr 13532, no item elaboração do projeto de arquitetura de edificação determinação e 
representação prévia (desenhos e textos) da configuração arquitetônica de edificação, concebida 
mediante a coordenação e a orientação geral dos projetos dos elementos da edificação, das instalações 
prediais, dos componentes construtivos e dos materiais de construção.
Na NBr 13532, no item são apresentadas as etapas do projeto de arquitetura de execução da atividade 
técnica do projeto de arquitetura são as seguintes, na sequência indicada (incluídas as siglas):
a. levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ);
b. programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ);
c. estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ);
d. estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ);
e. anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ);
f. projeto legal de arquitetura (PL-ARQ);
g. projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional);
h. projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ). 
22
UNIDADE I │ HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
A NBr 13532– em suas Condições gerais no item sobre informações técnicas do projeto de 
arquitetura– normatiza que as informações do projeto devem registrar, quando couber, para a 
caracterização de cada produto ou objeto (edificação, elemento da edificação, instalação predial, 
componente construtivo e material para construção), os atributos funcionais, formais e técnicos 
considerados, contendo as seguintes exigências prescritivas e de desempenho:
a. identificação;
b. descrição;
c. condições climáticas, de localização e de utilização;
d. exigências e características relativas ao desempenho no uso;
e. aplicações;
f. canteiro de obra;
g. uso: operação e manutenção;
h. condições de venda ou de aquisição;
i. suprimento;
j. serviços técnicos;
k. referências.
As determinações e representações (desenhos e textos) do projeto de arquitetura, em todas as suas 
etapas, devem ser estabelecidas objetivando a coordenação e a conformidade das demais atividades 
técnicas que compõem o projeto da edificação. São definidas no item 4.2 da NBr 13532 “Coordenação 
da atividade técnica do projeto de arquitetura.”
A NBr 13532, no item Condições específicas, prevê que a aplicabilidade integral ou parcial das 
condições exigíveis expressas nesta Norma deve ser previamente estabelecida em contrato para 
cada projeto específico, com base nas características e complexidade da edificação, dos elementos 
da edificação, das instalações prediais, dos componentes construtivos e/ou dos materiais para 
construção, assim como na disponibilidade dos recursos humanos, técnicos e materiais necessários 
à sua produção.
Acesse os links abaixo para melhor contextualizar o tema apresentado acima ou faça 
o download na biblioteca do disciplina
Código de Boas Práticas 
http://www.ipt.br/centros_tecnologicos/CETAC/projetos/2-codigos_de_praticas_
na_construcao_civil.htm
23
HISTÓRICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE I
Norma ABNT NBr 13532 Elaboração de Projetos de Edificações Arquitetura
http://pt.scribd.com/doc/30913713/NBR-13532-Elaboracao-de-Projetos-de-
edificacoes-Arquitetura
Apostila de Construção de Edifício
http://www.ufjf.br/pares/files/2009/09/Apostila-C.-Edif%C3%ADcios-UFJF-1-20111.pdf
24
unidAdE ii
induStriAlizAção 
nA ConStrução 
CiVil
CAPítulo 1
industrialização de sistemas tradicionais 
de construção e sua evolução ao longo 
do tempo 
Desde a Antiguidade, o homem tem buscado diferentes formas de aperfeiçoar os 
tipos de atividades produtivas que executa principalmente as que precisam ser 
realizadas em larga escala. Sabemos que a construção civil agrega um conjunto 
de atividades com grande importância para o desenvolvimento econômico e 
social brasileiro, influindo diretamente na qualidade de vida da população e na 
infraestrutura econômica do País. Além disso, o setor apresenta forte relacionamento 
com outros setores industriais, na medida em que demanda vários insumos em seu 
processo produtivo, e é intenso em trabalho, absorvendo parcela significativa da 
mão de obra com menor qualificação. Essas características da cadeia da construção 
civil trazem grande complexidade, uma vez que ela movimenta amplo conjunto de 
atividades, que têm impactos diretos no meio ambiente e na sociedade.
A industrialização da construção civil, com da utilização de novas tecnologias como 
a utilização de peças de concreto pré-fabricadas, cria a oportunidade de promover 
um salto de qualidade nos canteiros de obras, por meio do uso de componentes 
industrializados, software de controle gerencial que proporciona um alto controle 
ao longo de sua produção. O Desafio da construção civil brasileira é garantir cada 
vez mais materiais de boa qualidade? Garantir fornecedores selecionados e mão de 
obra treinada e qualificada, nas obras para que possa se tornar mais organizadas e 
seguras e eficientes?
25
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Construções industrializadas 
MORAES (2009) apresenta que Batista(2009) defende que 
“A Construção Industrializada se caracteriza pela velocidade de execução aliada 
à qualidade do produto final. O nome “Construção Industrializada” vem da 
pré-fabricação, em indústrias especializadas de alta tecnologia ou no próprio 
canteiro, de componentes da obra dividida em módulos. As etapas, que são 
executadas em outro local, são transferidas para o canteiro de obras, podendo 
ser executadas com maior rigor e com mão de obra especializada e treinada. 
Desse modo, o produto final, em geral, adquire uma qualidade superior ao 
método tradicional”. 
Moraes (2009) complementa que 
“A industrialização pode ocorrer em outra fábrica, longe do canteiro; ou 
então no próprio canteiro da obra, com peças repetidas que são utilizadas 
em diversas etapas da obra, por exemplo. Com isso tem-se um canteiro mais 
limpo, menor produção de resíduos, o que remete aos conceitos primeiros de 
sustentabilidade. Além disso, quando se trata de Construção Industrializada 
associa-se a ela a Coordenação Modular. Nesse sentido, todos os itens da 
obra devem ‘conversar entre si’ permitindo que se possa montar a obra com 
menores perdas ou necessidade de quebras de materiais ou componentes. 
Todas as medidas da obra, no caso da Industrialização, são múltiplas desse 
Módulo,segundo Baptista (2009).”
Segundo Moraes (2009), os pré-moldados de concreto são exemplos mais conhecidos de Construção 
Industrializada e também as estruturas metálicas. No entanto, outros materiaiscomo tubulações, 
peças de vedação (gesso acartonado e steel framing, por exemplo) e outros demonstram a diversidade 
e inovação que a tecnologia de materiais pode trazer.
No Brasil, a partir da década de 80 podemos observar que houve uma evolução e ampliação nos 
diversos sistemas de Construção tradicional e industrializada, que já detém uma boa participação 
no mercado brasileiro.
Atualmente, os grandes clientes de empresas que utilizam esses sistemas são as habitações uni 
familiares padronizadas, como em conjuntos residenciais de habitação de interesse social, e as 
indústrias, com seus galpões e depósitos que podem ser modulados.
industrializações da Construção
Na Construção Civil, a industrialização surgiu com a necessidade de construir edifícios mais 
rapidamente e sem grandes investimentos de capital inicial, como no caso dos países destruídos 
na Primeira Guerra Mundial. Os processos utilizados na Construção Civil a fim de sanar essas 
necessidades são chamados de Processos Construtivos Industrializados.
26
UNIDADE II │ INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
O surgimento destes processos vem do final da Primeira Guerra Mundial, devido à necessidade urgente 
de reconstrução dos países destruídos e devolução de condições ideais para vida e sobrevivência das 
populações. O principal objetivo da industrialização é obter maior eficácia, eficiência e menor custo 
no desenvolvimento dos projetos sejam eles unidades residências, comerciais e especiais. Na figura 
2 apresenta-se exemplo do detalhe de obra com a utilização de vigas, pilares e lajes alveolares pré-
moldadas e na Figura 3 Detalhe de construção pré-fabricada em ambiente industrial.
Figura 2: Detalhe de obra com utilização de vigas, pilares e lajes alveolares pré-moldadas
Fonte: (ABCIC, 2005) em Serra; Ferreira; pigozzo 2005
Figura 3: Detalhe de construção pré-fabricada em ambiente industrial
Fonte: (ABCIC, 2005) em Serra; Ferreira; pigozzo 2005
t1. Sistemas construtivos industrializados
Sabemos que a construção civil agrega um conjunto de atividades com grande importância para o 
desenvolvimento econômico e social brasileiro, influindo diretamente na qualidade de vida da 
população e na infraestrutura e na economia do País. Além disso, o setor apresenta forte relacionamento 
com outros setores industriais, na medida em que há demanda de vários insumos em seu processo 
produtivo, e é intenso em trabalho, absorvendo uma parcela significativa da mão de obra. 
O Brasil é um país geograficamente grande, porém o desenvolvimento de infraestrutura ainda baixo 
nas cidades. A maior parte desta infraestrutura depende de obras como redes de esgoto e água, 
estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode deixar de fora a construção de moradias, 
que é o maior deficit da área. Portanto, configura-se um mercado expansível e de grande potencial. 
27
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Podemos avaliar então que os sistemas construtivos industrializados são uma das melhores 
opções para as cidades, pois, possibilita a redução de tempo de execução e redução do custo de 
desenvolvimento, melhor aproveitamento de resíduos reduzindo assim o impacto ambiental de 
acordo com o processo escolhido durante a execução das edificações. A Figura 4 a seguir apresenta 
algumas forma de modulações e suas características.
Figura 4 - Modulações e suas características.
Fonte: Dicionário Visual da Arquitetura - Francis D. K. Ching. 66.
28
UNIDADE II │ INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
diferenças entre pré-moldados e pré-fabricados 
Serra (2005) apresenta que “A NBR 9062 da ABNT (1985) define elemento pré-fabricado e pré-
moldado como aqueles produzidos fora do local de utilização definitiva, sendo que o primeiro é 
executado industrialmente sob condições rigorosas de controle de qualidade, e o segundo possui um 
controle de qualidade menos rigoroso”.
Diferenças básicas entre os termos pré-moldados e pré-fabricados a seguir: 
Pré-fabricado Pré-moldado
Elemento Pré-moldado produzido em escala industrial Executado fora do local de utilização 
definitiva na estrutura mesmo em instalações 
temporárias em canteiros de obra
Qualidade Obedecendo a manuais e especificações técnicas 
regras rígidas de produção
Produzido em condições menos rigorosas de 
controle de qualidade
Mão de obra Pessoal treinado e qualificado, sob condições 
rigorosas de controle de qualidade, inclusive em 
laboratório, identificados individualmente ou por lote.
Sujeito à inspeção do próprio construtor
Características dos pré-fabricados (opção 
pelo concreto) 
O concreto é o material de construção mais utilizado e adequado a inúmeras situações, inclusive ao 
sistema pré-fabricado, pois propicia ao produtor maior liberdade tecnológica de aplicação, gerando 
significativa vantagem referente ao custo-benefício. Principalmente referente à rapidez de execução, 
Segundo Mayor (2012)e Mehta et al. (1994, p.104-113), o concreto “é um material moldável, durável 
e um mau condutor de calor. Possui peso específico em torno de 2400 Kg/m3 sem armadura e 
2500 Kg/m3 com armadura. As estruturas usuais de concreto não sofrem danos pelas variações de 
temperatura ambiente. As características minerais do agregado, o conteúdo de umidade, a massa 
específica e a temperatura do concreto provocam variações na condutividade térmica do concreto”. 
As Figuras 5,6 e 7 apresentam exemplos de processos pré-fabricados com finalidade residencial 
apresentados em Mayol (2012)
Figura 5 – a) Visada externa casa pronta. – b) Visada externa casa pronta.
a) b) 
Fonte Mayol 2012 Foto: Capremol.
29
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Fabricação
Figura 6 – a) Fabricação dos painéis. b) Fabricação formas das galgas de parede. 
a) b) 
Fonte Mayol 2012 Foto: Capremol. 
Estocagem 
Figura 7 – a) Estoque dos painéis. b) - Estoque das treliças base. C) - Estoque dos painéis. 
a) b) c) 
Fonte: Mayol 2012 Foto: Capremol. 
Segundo o manual de sistemas pré-fabricados de concreto, “o concreto auto-adensado (auto-
adensável) é uma solução nova e bastante promissora para o processo de pré-fabricação. Enquanto 
que a alta resistência está enfocada na otimização do desempenho do produto (resistência e 
durabilidade), o concreto auto-adensado apresenta um impacto benéfico ao processo de produção, 
pois ele não necessita de vibração e, por isso, apresenta muitas vantagens, tais como: 
 » menos barulho durante o processo de moldagem dos elementos pré-moldados;
 » menor pressão nas formas; maior rapidez e facilidade no processo de moldagem, 
principalmente para seções delgadas e complicadas, gerando menos bolhas de ar na 
superfície da peça, sendo fácil de bombear. 
O ministério das Cidades instituiu diretrizes para Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos de 
Sistemas construtivos integrados por painéis pré-moldados para emprego como paredes de edifícios 
habitacionais (DIRETRIZ- SINAT-No 002 – REV. 01-2010).
30
UNIDADE II │ INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Cada vez mais gestores de cidades órgão públicos e empresas de construção civil estão utilizando as 
tecnologias de construção pré- fabricadas procurando ampliar as oportunidades e reduzindo custo 
e tempo de desenvolvimento nos projetos; beneficiando assim a sociedade. 
Sustentabilidades na Construção Civil
Nos últimos anos, a sustentabilidade vem ganhando força significativa no setor da construção 
brasileira. São inúmeros os empreendimentos de diferentes tipologias que vêm sendo objeto 
de práticas sustentáveis e certificaçãoambiental, em diferentes regiões do País. Cresce também 
a preocupação das empresas da cadeia produtiva da construção com a adoção de políticas de 
sustentabilidade e ações de responsabilidade social empresarial.
Sendo a sustentabilidade e a construção sustentável temas e conceitos ainda novos, que implicam 
novos paradigmas, é natural que existam várias abordagens, linhas de atuação, pesquisas ou projetos 
em desenvolvimento. No caso da construção sustentável, é importante que seja dada atenção 
às questões econômicas, socioambientais e a todas as abordagens que envolvem os impactos, o 
desempenho e as tecnologias sustentáveis de um empreendimento ou de uma empresa, e não 
apenas a uma abordagem parcial de um ou outro aspecto ambiental da sustentabilidade, pois isto 
não garante que um empreendimento ou empresa seja realmente sustentável, mas só responde a 
um aspecto da grande gama de soluções a serem implantadas.
Todos os indicadores apontam para um cenário de crescimento acelerado da construção civil no 
País. Os indicadores de desenvolvimento econômico são animadores, o mercado imobiliário está 
em franca expansão, o programa Minha Casa Minha Vida permitiu a entrada de novos segmentos 
sociais no mercado e teremos ainda a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 com muitos investimentos 
em infraestrutura e mobilidade urbana.
A incorporação dos conceitos de sustentabilidade nas organizações consiste em um dos grandes 
desafios para a diferenciação entre as empresas do setor da construção visando seu desenvolvimento 
sustentável. A ampliação da visão puramente econômica com a inclusão das dimensões ambientais 
e sociais na estratégia empresarial, aliada a ferramentas para a gestão e controle das operações 
de forma transparente e ética, são, certamente, objetivos a serem alcançados pelas organizações 
preocupadas com sua atuação no médio e longo prazo.
Construções Sustentáveis
O setor da construção civil tem papel importante no desenvolvimento sustentável. O Conselho 
Internacional da Construção – CIB aponta a indústria da construção como o setor de atividades 
humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando 
consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e 
energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais 
de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes 
31
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído 
proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.
O Ministério do Meio Ambiente afirma em Construção sustentável que “na busca de minimizar os 
impactos ambientais provocados pela construção, surge o paradigma da construção sustentável. No 
âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção 
sustentável é definida como: “um processo holístico que aspira à restauração e à manutenção da 
harmonia entre os ambientes naturais e construídos, e a criação de assentamentos que afirmem a 
dignidade humana e encorajem a equidade econômica”. No contexto do desenvolvimento sustentável, 
o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e 
social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades”.
E afirma que “os desafios para o setor da construção são diversos, porém consistem na redução e 
aperfeiçoamento dos materiais para melhor aproveitamento e economia de energia, na redução 
dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente 
construído. Para tanto, recomenda-se:
 » mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis 
com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de 
novas necessidades, reduzindo as demolições;
 » busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias 
renováveis;
 » gestão ecológica da água;
 » redução do uso de materiais com alto impacto ambiental;
 » redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir 
perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.
Além disso, a construção e o gerenciamento do ambiente construído devem ser encarados dentro da 
perspectiva de ciclo de vida.
E debate que “as tendências atuais em relação ao tema da construção sustentável caminham em 
duas direções. De um lado, centros de pesquisa em tecnologias alternativas pregam o resgate de 
materiais e tecnologias vernáculas com o uso da terra crua, da palha, da pedra, do bambu, entre 
outros materiais naturais e pouco processados a serem organizados em eco vilas e comunidades 
alternativas. De outro lado, empresários apostam em “empreendimentos verdes”, com as certificações, 
tanto no âmbito da edificação quanto no âmbito do urbano. No entanto, muitos edifícios rotulados 
como verdes refletem apenas esforços para reduzir a energia incorporada e são, em muitos outros 
aspectos, convencionais, tanto na aparência quanto no processo construtivo. Além disso, devem-se 
questionar os benefícios que um selo desenvolvido para outra realidade pode trazer, especialmente 
para países como o Brasil que ainda não resolveram seus problemas mais básicos como pobreza e 
desigualdade social”.
32
UNIDADE II │ INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Os governos municipais possuem grande potencial de atuação na temática das construções 
sustentáveis. As prefeituras podem induzir e fomentar boas práticas por meio da legislação 
urbanística e código de edificações, incentivos tributários e convênios com as concessionárias dos 
serviços públicos de água, esgotos e energia. Para contribuir com tais iniciativas, segue um conjunto 
de prescrições adequadas à realidade brasileira abrangendo aspectos urbanísticos e edilícios.
Para a implantação urbana, recomenda-se: adaptação à topografia local, com redução da 
movimentação de terra; preservação de espécies nativas; previsão de ruas e caminhos que privilegiem 
o pedestre e o ciclista e contemplem a acessibilidade universal; previsão de espaços de uso comum 
para integração da comunidade; e, preferencialmente, de usos do solo diversificados, minimizando 
os deslocamentos.
No âmbito da edificação, entendem-se como essenciais: adequação do projeto ao clima do local, 
minimizando o consumo de energia e otimizando as condições de ventilação, iluminação e 
aquecimento naturais; previsão de requisitos de acessibilidade para pessoas com mobilidade 
reduzida ou, no mínimo, possibilidade de adaptação posterior; atenção para a orientação solar 
adequada, evitando-se a repetição do mesmo projeto em orientações diferentes; utilização de 
coberturas verdes; e a suspensão da construção do solo (a depender do clima).
Na escolha dos materiais de construção: a utilização de materiais disponíveis no local, pouco 
processados, não tóxicos, potencialmente recicláveis, culturalmente aceitos, propícios para a 
autoconstrução e para a construção em regime de mutirões, com conteúdo reciclado. Além disso, 
deve-se evitar sempre o uso de materiais químicos prejudiciais à saúde humana ou ao meio ambiente, 
como amianto, CFC, HCFC, formaldeído, policloreto de vinila (PVC), tratamento de madeira com 
CCA, entre outros. Quanto aos resíduos da construção civil, deve-se atentar para a sua redução e 
disposição adequada, promovendo-se a reciclagem e reuso dos materiais.
O Ministério de Meio Ambiente do Brasil recomenda com relação à energia, o uso do coletor solar 
térmico para aquecimento de água, de energia eólica para bombeamento de água e de energia solar 
fotovoltaica, com possibilidade dese injetar o excedente na rede pública. Sobre águas e esgoto, é 
interessante prever: a coleta e utilização de águas pluviais, utilização de dispositivos economizadores 
de água, reuso de águas, tratamento adequado de esgoto no local e, quando possível, o uso de 
banheiro seco (MMA, 2013).
O Ministério do Meio Ambiente Brasileiro, a respeito do tratamento das áreas externas, recomenda 
a valorização dos elementos naturais no tratamento paisagístico e o uso de espécies nativas, a 
destinação de espaços para produção de alimentos e compostagem de resíduos orgânicos, o uso 
de reciclados da construção na pavimentação e de pavimentação permeável, a previsão de passeios 
sombreados no verão e ensolarados no inverno. (MMA, 2013)
33
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
industrialização versus Sustentabilidade
Moraes(2009) apresenta que segundo Cardoso (2007): 
“A industrialização de um produto é a aplicação de um conjunto de práticas 
durante a produção que visam obter a maximização da produtividade com 
menor custo e em menor tempo. Essas práticas incluem a produção em escala 
do produto juntamente com a inclusão de máquinas para a execução de várias 
etapas. Portanto, essa maior eficácia da produção é necessária em uma sociedade 
com desenvolvimento acelerado. A sustentabilidade é a garantia de continuidade 
de um projeto ou ação de modo que ele possa ser repetido e refeito respeitando os 
lados sociais, políticos, éticos e ambientais. Portanto, para que uma prática seja 
sustentável ela deve ser administrada por uma gestão baseada nesses princípios. 
Então, o surgimento da industrialização levantou diversas questões a respeito da 
sustentabilidade dos processos industrializados, já que o forte crescimento das 
indústrias impactou severamente no meio ambiente em geral”.
Um dos grandes desafios é desenvolver mecanismos que a industrialização e a sustentabilidade 
possam caminhar juntas, procurando práticas que possibilitem reduzir os impactos ao meio 
ambiente e garantir a produtividade eficiente.
Segundo Souza (1990) citado em Villar (2005) 
“A modernização tecnológica no setor das edificações deve ser orientada pelas 
seguintes diretrizes básicas:
 » integração e racionalização de projetos;
 » racionalização de processos de fabricação de materiais e componentes;
 » racionalização de processos construtivos tradicionais;
 » modernização organizacional e gerencial.
A racionalização consiste na otimização do processo construtivo. Por meio 
de planejamento, define-se o melhor método a ser usado e são aproveitados 
de maneira mais eficiente os recursos materiais, humanos e organizacionais, 
diminuindo os desperdícios e improvisos. “Logo, à racionalização aplica-se o 
raciocínio sistemático e lógico, visando eliminar a casualidade nas decisões.”
Segundo Giroldo (2007), elaborar o projeto estrutural significa: 
“[...] definir o arcabouço resistente que sustentará a obra proposta pelo projeto 
arquitetônico [...]”.
Ele destaca o desenvolvimento do projeto em 3 fases:
 » Concepção da estrutura: deve ser escolhido um sistema estrutural que considere 
a funcionalidade e a estética do projeto arquitetônico, o processo construtivo, os 
34
UNIDADE II │ INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
custos dos materiais utilizados e a interação com os demais projetos. Nesta etapa 
escolhem-se elementos que resistirão aos carregamentos (ações), definindo a 
“superestrutura” que é composta de vigas e pilares que formarão os pórticos.
 » Análise da Estrutura: após concepção da estrutura o projetista faz uma análise 
das dimensões inicialmente estabelecidas para os elementos resistentes (vigas, lajes 
e pilares) verificando os esforços solicitantes, os deslocamentos da estrutura e as 
deformações, em função das ações dos carregamentos.
 » Dimensionamento e detalhamento: concluída a análise e a verificação dos 
esforços obtidos, faz-se o dimensionamento e o detalhamento dos elementos, 
para que a obra possa ser executada, devendo ser obedecidas às prescrições das 
normas legais.
A qualidade mede o nível de satisfação do cliente, considerando também a ausência de falhas 
no produto que gerem custos de manutenção não previstos. O investimento no planejamento 
do processo produtivo traz resultados positivos não só quanto aos custos, mas também quanto à 
qualidade do produto. Ao evitar improvisos, é mantida a concretização do produto de acordo com 
os padrões de qualidade previstos no projeto. 
Um bom planejamento deve prever a correta estocagem de materiais e componentes para controle 
de perdas, alinhando os elementos que afetam diretamente a produtividade. A fabricação deve levar 
em conta o conceito humano além da técnica, respeitando às normas de segurança e ambientais.
Acesse os links abaixo para melhor contextualizar o tema apresentado acima ou fça 
o download na biblioteca do disciplina
Evolução dos Pré-fabricados de Concreto
http://www.set.eesc.usp.br/1enpppcpm/cd/conteudo/trab_pdf/164.pdf
Guia de desenvolvimento sustentável
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_
ambiental/GuiaCAIXA_web.pdf
Guia de vantagens construção sustentável
http://www.fdc.org.br/pt/Documents/2012/guia_construcao_sustentavel.pdf
Construção Sustentável selo Azul Caixa
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_
ambiental/SELO_CASA_AZUL_CAIXA_versaoweb.pdf
Cidades sustentáveis
35
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel/
constru%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel 
Guia de Edificação Santander
http://sustentabilidade.santander.com.br/oquefazemos/produtoseservicos/
Documents/os_guiaboaspraticas.pdf.pdf
Cartilha Construção Civil BNDES
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/
Arquivos/conhecimento/cartilha/CartilhaConstrucaoCivil.pdf
36
unidAdE iiiProCESSoS 
ConStrutiVoS
CAPítulo 1
introdução a processos construtivos 
No Planejamento dos Empreendimentos, os Processos construtivos são fundamentais, 
pois determinam as mais diversas variáveis a serem definidas, tais como técnicas, 
prazo, equipamentos a serem empregados, materiais, mão de obras, programas de 
desembolsos, produtividade e controle de qualidade etc. Elementos fundamentais 
que irão nortear e definir o produto a ser gerado em sua execução. A escolha do 
método, recursos e técnica determinam o sucesso ou o fracasso do projeto. 
A construção de abrigos está entre as mais antigas atividades humanas, o design 
e a técnica construtiva constituem um marco cultural das diversas civilizações. As 
inovações tecnológicas neste século vêm transformando os processos industriais 
e outras atividades, e certamente no futuro continuarão na mesma direção. No 
entanto, a construção civil tem-se deparado com um grande desafio de desenvolver 
técnicas, métodos e materiais. Será que o desenvolvimento de pesquisas e métodos 
inovadores contribuirá para o desenvolvimento de construções mais sustentáveis?
introdução de processos construtivos 
Processo por definição é uma sequência de acontecimentos (fases do Processo) interligados que 
estão relacionados entre si, que em cada etapa consomem recursos vários para converter uma ou 
mais matérias primas em um elemento final, exigindo diversas tarefas para atingir o objetivo final.
Como exemplo pode fazer referência ao Processo Construtivo da Alvenaria Estrutural, na qual foi 
dado nome ao processo pela sua parte mais importante. A alvenaria que por si só já é a estrutura, 
também conhecida como “auto portante”. Contendo no Processo Construtivo as Fases, Etapas 
e Tarefas necessárias em sua construção. Sendo definidas na fase do planejamento com inicio, 
duração efim; as fases, etapas e tarefas são representadas no cronograma físico financeiro do 
empreendimento e bem visíveis durante a construção. 
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PROCESSOS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE III
Em um empreendimento podemos ter algumas construções, passando por fases sequenciais, cada 
construção “passa” em várias etapas, gerando um fluxo continuo de fases e etapas a serem atingidas 
sequencialmente em cada construção.
Quando estabelecemos esse processo construtivo, tornando o canteiro de obras dinâmico como se 
fosse uma linha de produção, temos um processo construtivo produtivo, em escala, no qual cada 
integrante do processo já sabe a sua tarefa a ser desenvolvida em cada etapa atingida, diante da fase 
atual da obra.
 As unidades passam a ter números e descrição de nomes e as equipes também. As tarefas vão 
acontecendo e as construções vão ficando cada vez mais velozes, pois a cada unidade trabalhada as 
equipes vão ficando mais especializadas e mais objetivas, melhorando a qualidade e a produtividade. 
Gerando uma competitividade saudável.
Como podemos ver na ilustração abaixo, trata-se de um empreendimento de blocos de apartamentos, 
construídos em Alvenaria Estrutural. Tendo um canteiro de obras bem dinâmico, com várias 
construções, cada uma em um estágio (etapa). Na fase em que estava a obra, quando foi obtida a foto, 
cada construção já estava atingindo uma determinada etapa, algumas construções mais adiantadas, 
serviam como referencia, visto que, na construção industrializada, as unidades são semelhantes.
Figura 8 Canteiro de obras de construções habitacionais populares
Fonte Foto Sérgio Couto 
Vendo a construção de longe percebemos a fase em que está a obra e entrando no ambiente 
construído observamos as etapas já alcançadas e as tarefas desenvolvidas. Assim na fase inicial 
da obra, podemos ver as etapas já desenvolvidas e as tarefas, que podem estar acontecendo ao 
mesmo tempo seja de implantação do canteiro, ou os serviços preliminares, a limpeza do terreno, 
nivelamento, locação etc. 
Na fase da infraestrutura, temos as escavações e fundações, logo a seguir, quando a construção 
começa a sair do solo, vem a Supraestrutura, com pilares, vigas e lajes. Podendo ter peças em 
concreto armado, tipo escadas, reservatórios etc.
Paralelamente, desde o inicio das obras, vai acontecendo as instalações, pois alguns elementos devem 
ser definidos e posicionados nas fases iniciais, deixando assim previsões e demarcações a serem 
seguidas. Nessas previsões ou pontos, daremos continuidade às tarefas seguintes das instalações.
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UNIDADE III │ PROCESSOS CONSTRUTIVOS
As alvenarias e os painéis que recebem as instalações e os revestimentos são fases mais adiantadas 
e fazem o famoso “gargalho” no cronograma de qualquer processo construtivo, ou seja, os pontos 
críticos, nos quais temos várias fases em andamentos, com muitas tarefas sendo executado ao 
mesmo tempo, o que torna complexo o desenvolvimento das atividades e a sequencia dos trabalhos.
Alguns profissionais dependem de outros para continuar com suas rotinas, gerando uma 
movimentação bem grande no canteiro. Tudo isso tem que ser visto com bastante antecedência, 
para a obra não ficar parada em função de desacertos.
Os processos podem ser expressos graficamente em Fluxogramas ou em Diagramas. Os Processos 
Construtivos já têm– como tradição na construção civil– a sua representação no Diagrama de 
Grant, conhecido na Engenharia Civil como Cronograma Físico Financeiro, pois determinam o 
tempo e o dinheiro necessários em cada etapa. Na sequencia lógica da construção, as coberturas e 
áreas descobertas definem os espaços protegidos ou não das intempéries. A cobertura se torna um 
ponto fundamental no Processo Construtivo, pois algumas outras etapas dependem dela. Assim 
como a colocação das esquadrias: portas e janelas, pois definem o fechamento da construção. 
A fase do acabamento é muito importante, pois exige profissionais com características bem especificas 
e materiais cada vez mais sofisticados que vêm caindo no gosto popular, como por exemplo, o piso 
em “Porcelanato”, que está sendo cada vez mais usado, em função da sua alta resistência e beleza. 
Apesar de caros, os pisos em porcelanatos conquistaram o mercado. Mesmopcom colocação onerosa, 
devido a seu corte ser duro, exigindo mais do equipamento e do profissional. Até a argamassa é 
especifica e mais cara, porém o material é de alta qualidade, durabilidade e brilho, além de cores e 
formatos que estão na “moda”.
Conforme o porte da obra e a técnica mais adequada são selecionados materiais, equipamentos, 
equipes de trabalhos, ou seja, os elementos das tarefas e das etapas dos processos construtivos. As 
diversas variáveis vão se ajustando, já que uma interfere na outra. 
Fases de processos construtivos
na fase inicial da obra
Planejamentos, projetos e cronogramas
Nesta etapa são definidos atividades, técnica prazos, mão de obra e os custos previstos para execução 
do projeto. Estima-se que o percentual de valores em investimento nas etapas na obra é:
 » projetos e aprovação - 5 a 12%;
 » serviços preliminares (limpeza do terreno, canteiro de obras, ligações 
concessionárias) - 2 a 4%;
 » fundação - 3 a 7%;
 » estrutura - 14 a 22%;
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PROCESSOS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE III
 » alvenaria - 2 a 5%;
 » cobertura - 4 a 8%;
 » instalação elétrica - 5 a 7%;
 » instalação hidráulica - 7 a 11%;
 » impermeabilização e isolamento térmico - 2 a 4%;
 » esquadrias - 4 a 10%;
 » revestimentos e acabamentos - 15 a 32%;
 » vidros - 1 a 2,5%;
 » pintura - 4 a 6%;
 » serviços complementares (limpeza da obra etc.) - 0,5 a 1%.;
legalizações, documentos e vistorias
A licença de obra é um documento que atesta essa aprovação e autorização para inicio das atividades 
do projeto.
 » Licença de construção - permite construir, legalizar ou realizar obras de 
acréscimo em edificações existentes.
 » Licença de instalação comercial - autoriza a instalação e/ou adaptação da 
edificação existente à atividade comercial ou industrial que se deseja exercer. 
 » Licença para a transformação de uso - permite dar outro tipo de uso a um 
imóvel existente se residencial para uso comercial.
 » Licença parcelamento da terra - autoriza a criação de lotes com ou sem 
abertura de ruas
 » Prorrogação de Licença - se a sua obra não estiver concluída no prazo autorizado 
é preciso pedir sua prorrogação, por meio do preenchimento de requerimento 
acompanhado de uma declaração do estado da obra assinada pelo profissional 
responsável.
Para aprofundamento de estudo consultar o arquivo a seguir a cartilha de edificações 
disponibilizadas para o cidadão pelo CREA RJ ou faça o download na biblioteca da 
disciplina.
 www.crea-rj.org.br/wp-content/uploads/2010/11/cartilhaedificacoes.pdf
Serviços técnicos e administrativos preliminares
Escolha do local
Utilizando o Código de Obras e Lei de Uso e Ocupação do Solo do município, levantam-se 
informações sobre as possibilidades de construir determinado tipo de estabelecimento (habitacional, 
comercial, industrial etc.) no local escolhido.
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UNIDADE III │ PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Aquisição do terreno
O terreno de fundação recebe as cargas da restante estrutura por meio das fundações. A natureza 
dos terrenos de fundação afeta não só o projeto de fundações, como pode também promover a 
alteração da concepção global da estrutura.
Qualidades que um terreno deve possuir:
 » dimensões de acordo com o que se pretende construir;
 » pouca ou nenhuma exigência de movimento de terra;
 » seco;
 » facilidade de acesso;
 » solo resistente que não exija solução cara para as fundações; 
 » titulo de propriedade (Escritura, verificada em cartório de Registro Geral de 
Imóveis) cuidados especiais devem ser tomadosprincipalmente com as questões de 
as dimensões reais do terreno e de posicionamento de construções vizinhas.
limpeza de terreno
Contrate uma empresa ou equipe para limpar o terreno.
Mobilizações do canteiro de obras
Deve-se implantar um canteiro de obras organizado evitando o desperdício de materiais 
proporcionando melhor controle. Para a construção do depósito deve-se escolher um local que 
permita com facilidade a descarga de materiais e onde ele possa ser armazenado até o fim da obra 
sem atrapalhar os trabalhos. 
A implantação deve ser feita analisando o tipo e o porte da obra constando de todos os elementos 
básico de infraestrutura.
ligações provisórias , barracão e depósitos
Para a ligação de água, são necessárias a construção de um abrigo apropriado e a instalação de um 
cavalete com registro, dentro das normas da concessionária local.
Para a ligação de energia, você deverá saber qual o padrão técnico de entrada para sua instalação. 
Ao adquirir qualquer tipo de material, certifique-se de que seja de qualidade.
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PROCESSOS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE III
Compra e armazenamento de materiais
Procure programar a entrega para não desperdiçar o material no canteiro e informe a mão de obra 
quanto ao uso e ao transporte dos materiais na obra, a fim de evitar desperdício e acedentes de 
trabalho.
Marcação da obra, topografia e gabaritos. (nivelamentos, 
altimetria e planimetria)
A topografia é a ciência que estuda instrumentos e métodos para coleta de dados, cálculo e 
representação gráfica de parte da superfície terrestre, sem levar em consideração a curvatura da 
terra causada pela sua esfericidade. 
Esta representação esta realiza sobre um plano, ortogonalmente a este, denominado plano 
topográfico. Como todas as obras de engenharia, agronomia e arquitetura são executadas sobre 
parte da superfície terrestre, a partir de estudos e projetos previamente elaborados, cabe à topografia 
dar a base para que estes projetos sejam executados com maior precisão e locados corretamente na 
área onde serão executados. A topografia auxilia a fim de fazer a locação da delimitação do emento 
a ser executado.
na fase da infra Estrutura
Movimento de terras, escavações e aterros
Movimento de terra é o conjunto de operações executados a fim de passar-se de um terreno em seu 
estado natural aum novo ideal para a execução do projeto de preparação do terreno. 
 » Desmatamento: retirada da vegetação de grande porte. Pode ser feita com 
motosserra ou outros processos.
 » Destocamento: retirada dos troncos das árvores que foram cortadas. Pode ser 
feita manualmente ou por meio do fogo.
 » Limpeza: retirada da vegetação rasteira.
 » Remoção da camada vegetal: a camada do solo que pode ser considerada um 
banco genético, deve ser retirada particularmente, pois não pode ser utilizada em 
aterros.
trabalhos com solos, compactação e drenagens
No solo, o adensamento é a retirada da água, e a compactação é a expulsão do ar, com o uso de 
compactador, quando portátil, é conhecido popular mente como “sapo”. Quando se trata de 
compactação de valas estreitas de tubulação, usamos o compactador pneumático conhecido como 
SACI. Quando motorizado, trata-se de Rolo Compactador usado em ruas , estradas, portanto o uso 
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UNIDADE III │ PROCESSOS CONSTRUTIVOS
e a escolha do equipamento depende do porte da obra, da futura carga do piso, da capacidade de 
suporte do solo etc.
diagrama de massa, taludes e contenções
Quando a escavação não puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve então ser 
previsto o escoramento das paredes do corte. Os escoramentos são estruturas provisórias executadas 
para possibilitar a construção permitindo a execução de obras enterradas ou o assentamento de 
tubulações embutidas no terreno. Os escoramentos normalmente são compostos pelos seguintes 
elementos: parede, longarinas, entronca e tirantes.
Quando a escavação não puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve então ser previsto 
o escoramento das paredes do corte. Os escoramentos são estruturas provisórias executadas para 
possibilitar a construção de outras obras, sendo mais comumente utilizadas para permitir a execução 
de obras enterradas ou o assentamento de tubulações embutidas no terreno. De um modo geral, os 
escoramentos são compostos pelos seguintes elementos: parede, longarinas, entronca e tirantes.
Fundações, escoramentos, formas, ferragens, concretos
As estruturas se caracterizam por serem as partes principais de uma construção, pois são elas que 
absorvem e transmitem os esforços, sendo essenciais para a manutenção da segurança e da solidez 
de uma edificação. 
Uma estrutura é formada por elementos estruturais, que combinados dão origem aos sistemas 
estruturais. A finalidade de uma estrutura é absorver e transmitir os efeitos das ações sofridas para 
o solo. Dessa forma, as estruturas devem ser construídas com materiais que não são perfeitamente 
rígidas, chamadas materiais estruturais.
A Norma NBr 6122 /1996 fixa as condições básicas a serem observadas no projeto e execução de 
fundações de edifícios, pontes e demais estruturas.
infraestrutura (fundações)
Parte inferior da estrutura de uma construção que recebe e transmite cargas ao terreno.
A infraestrutura ou FUNDAÇÃO pode ser:
 » DIRETA: se o solo firme estiver à pequena profundidade. Ex.: sapatas continuas, 
sapatas isoladas, blocos.
 » INDIRETA: se o solo firme estiver à profundidade que elimine a execução de 
fundação direta. Ex.: estacas pré-moldados, tubulões.
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PROCESSOS CONSTRUTIVOS │ UNIDADE III
na fase da supraestrutura
Esta fase representa a parte superior da estrutura de uma construção que suporta as cargas dos 
diversos pavimentos e as transmite à infraestrutura.
Podemos citar a seguir as Normas da ABNT instituídas para projeto e execução de estruturas de 
concreto armado:
 » NBR 6118:2007 - “Projeto e execução de obras de concreto armado - Procedimento”.
 » NBR 14931:2004 - “Execução de estruturas de concreto - Procedimento”.
 » NBR 12654:92 - “Concreto - Controle tecnológico de materiais e componentes - 
Procedimento”.
 » NBR 12655:2006 - “Concreto – Preparo, controle e recebimento - Procedimentos”.
Principais Serviços:
a. formas e escoramento - confecção e montagem;
b. redes embutidas (água, esgoto, elétrica, telefone etc.) - instalação;
c. armadura - corte, dobra montagem e colocação;
d. concreto - preparo aplicação, cura, controle tecnológico;
e. retirada e limpeza das formas;
f. conserto de falhas e chapisco da estrutura. 
Pilares, colunas, vigas, lajes e impermeabilizações
laje
A montagem e concretagem da laje é uma etapa rápida e vistosa, porém significante, pois é nela 
haverá, normalmente, um emprego financeiro significante. Existem, basicamente, dois tipos de 
lajes pré-moldadas e dois tipos de material de preenchimento; são as lajes em vigotes comuns e 
as lajes em vigotes treliçados, e os preenchimentos podem ser de cerâmica (tijolo com formato 
específico) ou de isopor (EPS). 
As Lajes treliçadas são indicadas para vãos maiores que cinco metros ou em áreas que receberão 
uma carga de peso muito alta, estas estruturas apresentam uma ferragem exposta na parte superior 
dos vigotes, esta ferragem será amarrada a uma esteira de ferro que cobre toda a superfície da laje, 
sendo todo este material fundido com o concreto (Figura 9).
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UNIDADE III │ PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Figura 9 Lajes Treliçadas
Fonte: www.construindominhacasa.com
Laje treliçada com preenchimento em cerâmica
Tijolos de laje apresentam o preenchimento de cerâmica, assim, popularmente chamados, são os 
mais utilizados e os de menor custo, porém tem somente a função de preenchimento, eles serão 
posicionados entre vigotes, preenchendo os vãos para

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