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Resumo de Narrativa

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RESUMO DE NARRATIVA JURÍDICA
1 – Tipologia Textual
1. Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
Exemplo:
Numa noite chuvosa do mês de Agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
Exemplo: 
A sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena reflectia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,  etc.
3.2 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
4. Injunção/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
2 – Narrativa simples e valorada
A Narrativa simples  é uma narrativa sem compromissos de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial. Seus elementos a serem narrados são: o que?, quem?, onde?, quando? Como?, por que?. A redação deve-se iniciar por “trata-se de questão sobre...”.
 Narrativa valorada é uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o pedido (da parte autora) e recorre a modalizadores. Os elementos a serem narrados são: o que?, quem?, onde?, quando? Como?, Por quê? . Sugerimos iniciar a redação por “fulano ajuizou ação de... em face de Beltrano, na qual pleiteia...”
3 – Relatório Jurídico 
1. O relatório é um texto de tipo narrativo;
 2. Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as alegações de ambas as partes; 
3. Todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa; 
4. O que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação; 
5. A organização dos eventos deve seguir a ordem cronológica;
 6. O primeiro parágrafo deve indicar o fato gerador da demanda e os sujeitos envolvidos;
 7. O texto não pode deixar de responder às seguintes indagações: qual o fato gerador do conflito? Quem são os envolvidos na lide? Onde e quando os fatos ocorreram? Como se desenvolveu o conflito? Por que ocorreu o conflito de interesses? Quais as consequências dos fatos narrados? 
8. Sugere-se, para iniciar o primeiro parágrafo, a redação “Trata-se de questão sobre...”;
 9. A paragrafação deve seguir as orientações tradicionais de um texto redigido em norma culta; 
10. Cada parágrafo deve receber um recuo inicial de, aproximadamente, 1,5 cm; 
11. Não há limite mínimo ou máximo de linhas, mas sua narração deve ser clara e concisa;
 12. Recorra à polifonia; 
13. Terminado o relatório, na linha abaixo, use a expressão “É o relatório”.
4 – Modalizadores
A modalização consiste na atitude do falante em relação ao conteúdo objetivo de sua fala. Um dos elementos discursivos mais empregados na modalização consiste na conveniente seleção lexical. De fato, em muitos casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal como ocorre em: sacrificar / matar / assassinar; compor / escrever / rabiscar; cidadão / réu / assassino.
5 - Norma culta
Pode ser dividida em duas modalidades, a formal e a coloquial. A modalidade formal é usada na escrita, e é fundamentada nas regras da gramática, com um elevado grau de rigor. A vertente coloquial é relativa à parte oral de uma língua, onde a rigidez é menor, há uma maior liberdade em relação às regras da gramática, no entanto, essas normas não podem ser transgredidas. Algumas alterações são permitidas somente no contexto falado de uma língua.
Na norma culta, existem parâmetros essenciais, como a adequada escolha lexical, correta utilização da pontuação e capacidade de organização das ideias.
Para usar corretamente a palavra "mesmo", observe as seguintes regras:
A palavra "mesmo" pode ser usada com valor reforçativo: "Ele mesmo recebeu os convidados". "Ela mesma recebeu os convidados".
A palavra "mesmo" usada como advérbio. Nesse caso, a palavra "mesmo" possui sentido de "até", "ainda" etc: "Ele recebeu os primeiros socorros próximo à praia, mas como seu estado de saúde era bom, foi liberado ontem mesmo". 
Expressões como "dar na mesma"; "na mesma" ou "dar no mesmo". Essas expressões são corretas e indicam o sentido de "no mesmo estado", "na mesma situação": "A sua situação continua na mesma". "Com rendimentos tão baixos, deixar o dinheiro na conta corrente ou na poupança dá no mesmo".
A regra geral é substituir o “sendo que” por ponto e vírgula, ou por “e”, ou por outra construção. Como bem ensina Geraldo Amaral Arruda, “sendo que” é uma locução que tem valor de conjunção causal, mas vem sendo usada como maneira fácil de “esticar a frase”. O seu uso exagerado, fora do sentido de relação causal, prejudica a clareza da frase e o estilo. Curiosidade: também não se devem usar expressões como “sendo certo que”, “sendo justo que”, “sendo razoável que”. 
 Gramaticalmente falando 
O uso da expressão “sendo que” deve ser evitada porque o verbo “sendo” é o verbo ser no gerúndio, tendo como função iniciar uma oração reduzida de gerúndio, não havendo assim a necessidade de usar a palavra “que”. 
Os vícios de linguagem se classificam em:
- Barbarismo: desvio da norma quanto à:
- grafia: proesa em vez de proeza;
- pronúncia: incrustrar em vez de incrustar;
- morfologia: cidadões em vez de cidadãos;
- semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou).
- todas as formas de estrangeirismo são consideradas, por diversos autores, barbarismo.
  Ex: weekend em vez de fim de semana.
- Arcaísmo: emprego de palavras ou estruturas antigas que deixaram de ser usadas.
Ex: Vossa Mercê em vez de você.
- Neologismo: emprego de novas palavras que não foram incorporadas pelo idioma.
Ex: Que pode uma criatura senão, 
     entre criaturas, amar?
     amar e esquecer,amar e malamar,
     amar, desamar, amar?
     sempre, e até de olhos vidrados, amar?
- Solecismo: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
- concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram).
- regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme).
- colocação: Me empresta o carro? (em vez de empresta-me)
- Ambigüidade: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de interpretação.
Ex: O ladrão matou o policial dentro de sua casa. (na casa do ladrão ou do policial?).
- Cacófato: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais palavras no interior da frase.
Ex: Nunca gasta com o que não é necessário.
- Eco: ocorrência de terminações iguais.
Ex: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
- Pleonasmo: redundância desnecessária de informação.
Ex: Está na hora de entrarmos pra dentro.
6 – Esse ou este
Poderia ocorrer a retomada da ideia com outro termo, o que também levaria ao uso das formas com “ss”. Seria esse o caso de uma construção como a seguinte: “Falavam alto, xingavam os outros e debochavam de quem os repreendia. Não é preciso dizer que esse comportamento era totalmente inadequado”.
As formas com “st” apontam para o que será dito adiante. Por exemplo: “O problema é este: faltam verbas”. Há naturalmente diversos outros casos de emprego dos demonstrativos.
7 – Verbo dicendi 
Verbos "dicendi" são aqueles que empregamos para introduzir a fala de pessoas ou personagens: "O candidato afirmou: – Faremos promessas e as cumpriremos!". O verbo "afirmar" é um verbo "dicendi". Outros exemplos: dizer, falar, gritar, declarar, ordenar, perguntar, exclamar, pedir, concordar etc.
8 – Conjunção conformativa
Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
9 – Polifonia
É a presença de outros textos dentro de um texto, causada pela inserção do autor num contexto que já inclui previamente textos anteriores que lhe inspiram ou influenciam.
10 - Transcrição
Porém, no caso de transcrição fonética é a representação gráfica dos sons da língua, ou seja, é a reprodução palavra por palavra, total ou parcial, de um texto qualquer. 
Por exemplo, se alguém pedir pra fazer a "transcrição" de um vídeo em inglês, você escreve em inglês, como você ouve o narrador do vídeo. 
11 - Paráfrase
A Paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da própria língua.
O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a ideia do texto. Além disso, são exigências de uma boa paráfrase:
1.     Utilizar a mesma ordem de ideias que aparece no texto original.
2.    Não omitir nenhuma informação essencial.
3.    Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.
4.    Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.
12 – Argumentação
Tipos de argumento – Fundamentação simples
“Os argumentos são recursos linguísticos que visam à persuasão, ao convencimento. O argumento não é uma prova inequívoca da verdade. Argumentar não significa impor uma forma de demonstração, como nas ciências exatas. O argumento implica um juízo do quanto é provável ou razoável.”
Argumento pró-tese: é aquele que utiliza a razoabilidade e a coerência como fundamento de validade, ou seja, o argumento pró-tese é aquele que desenvolve explicação razoável para determinada questão relevante do raciocínio argumentativo. É extraído dos fatos reais contidos no relatório e a estrutura ideal para desenvolvê-lo é: tese + porque + e também + além disso.
Ex.: O hospital foi negligente porque utilizou água contaminada no tratamento de hemodiálise de pacientes renais, e também não comunicou o fato à secretaria de saúde. Além disso, mesmo após ter conhecimento do alto índice de contaminação por bactérias, continuou a utilizá-la, colocando em perigo iminente, pois, a vida dos pacientes.
Argumento de autoridade: é aquele que invoca o prestígio dos atos ou juízos de uma determinada pessoa ou grupo. Constituído com base nas fontes do Direito, em pesquisas comprovadas. Deve-se atentar para os conceitos de polifonia, paráfrase e citação.
Argumentos de Oposição
	Estrutura do argumento de oposição concessiva
	
Operador argumentativo
Concessivo
	
Ponto de vista contrário à
tese defendida
	
Ponto de vista favorável à
tese defendida
	
Embora...
	
...não exista lei que obrigue
alguém a ser pai, nem que
garanta reaproximações
indesejadas, ...
	... a Justiça pode, sim, fazer
valer o direito de um filho em
relação aos cuidados
paternais, por meio de uma
reparação afetiva.
	
Conector sintático que põe
em foco a evidência
contrária.
	
Evidência que apoia a
argumentação contrária à
tese em defesa.
	
Argumento decisivo,
contrário à perspectiva
anterior.
	Estrutura do argumento de oposição restritiva
	
Ponto de vista contrário à
tese defendida
	
Operador argumentativo
adversativo
	
Ponto de vista favorável à
tese defendida
	
Não existe lei que obrigue
alguém a ser pai, nem que
garanta reaproximações
indesejadas, ...
	
... mas ...
	
... a Justiça pode, sim, fazer
valer o direito de um filho em
relação aos cuidados
paternais, por meio de uma
reparação afetiva.
	
Evidência que apoia a
argumentação contrária à
tese em defesa.
	
Conector sintático que
permite uma manobra
discursiva que desarticula o
argumento introdutório.
	
Argumento que anula a
proposição inicial do
parágrafo, gerando uma
quebra de expectativa.

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