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Responsabilidade Social e 
Ambiental
UniabeuRJ
uniabeuvideos
UniabeuRJCEAD www.uniabeu.edu.br
Responsabilidade Social e Ambiental
02
CEAD
Responsabilidade Social e Ambiental
1ª Edição
Alan Jeferson de Oliveira da Silva
BELFORD ROXO
UNIABEU
2017
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
03
CATALOGAÇÃO NA FONTE/BIBLIOTECA - UNIABEU
U58r Uniabeu Centro Universitário. Pró Reitoria de Graduação, Pesquisa e Extensão 
 Responsabilidade social e ambiental [livro eletrônico] / Alan Jefferson de
 Oliveira da Silva.-- Belford Roxo: Uniabeu, 2017.
 208 p. 
 
 Modo de acesso: World Wide Web
 <HTTP://www.uniabeu.edu.br/index.php?p=ebooks>
 ISBN: 978-85-98716-21-3
 1. Educação social. 2. Educação ambiental. I. Silva, Alan Jefferson de 
 Oliveira da. II. Título.
 CDD 304.2
Responsabilidade Social e Ambiental
04
CEAD
SUMÁRIO
Unidade 01
Relações Históricas entre Desenvolvimento e Meio Ambiente...........................................................................05
Unidade 02
Conceitos básicos e desenvolvimento sustentável..............................................................................................17
Unidade 03
Protocolos e Acordos Internacionais....................................................................................................................29
Unidade 04
Questões Ambientais no Mundo e no Brasil, problemas, causas e fontes de poluição......................................42
Unidade 05
Marcos Históricos e Acidentes Ambientais...........................................................................................................54
Unidade 06
Política Nacional de Proteção ao Meio Ambiente................................................................................................67
Unidade 07
As Obrigações da Empresa....................................................................................................................................90
Unidade 08
Educação Ambiental...........................................................................................................................................101
Unidade 09
As Empresas e a Responsabilidade Social Empresarial.....................................................................................114
Unidade 10
Responsabilidade Socioambiental nas organizações – ISO 26000 e Certificação Ambiental ISO 14001.......132
Unidade 11
Terceiro Setor......................................................................................................................................................144
Unidade 12
Responsabilidade Social e Ambiental - Boas Práticas Sociais...........................................................................162
Unidade 13
Responsabilidade Social e Ambiental - Boas Práticas Ambientais....................................................................176
Referências Bibliográficas..................................................................................................................................192
Gabarito..............................................................................................................................................................201
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
05
Relações Históricas entre
Desenvolvimento e Meio Ambiente
Unidade 01
Objetivos
• Reconhecer a inter-relação dinâmica entre natureza e sociedade.
• Identificar a interligação entre o meio ambiente e o modelo de desenvolvimento econômico.
• Reconhecer os principais elementos da problemática ambiental.
Responsabilidade Social e Ambiental
06
CEAD
INICIANDO O CONTEÚDO
As relações históricas entre desenvolvimento e meio ambiente sempre estiveram presentes 
na interação entre sociedade e a natureza. Trata-se de uma noção de desenvolvimento pautado na 
exploração dos recursos naturais finitos.
Backes (2000) cita o abandono de cidades sumérias em função da salinização do solo pela 
irrigação. Também se pode citar a erosão das colinas da Ática em função do desmatamento para o uso 
de lenha, há cerca de 2.400 anos, bem como a crise hídrica que assolou o Brasil no período imperial 
devido ao desmatamento da Floresta da Tijuca no início da agricultura do café.
A primeira preocupação com o meio ambiente surge a partir da Segunda Guerra Mundial devido 
ao lançamento das bombas atômicas no Japão, a aceleração do processo de industrial e o aumento 
do consumo, concomitante a esses eventos, diversos acidentes ambientais, como o naufrágio do 
petroleiro Torrey Canyon na França, contaminação de mercúrio no mar do Japão e dentre outros 
acidentes ambientais.
“Só muito tardiamente a humanidade se viu às voltas com problemas de ordem planetária (...) 
a certeza de que a Terra pudesse ser finalmente destruída pelo próprio ser humano.” (Barbieri, p. 15).
Acrescenta-se à temática o crescimento exponencial da população mundial a partir da segunda 
metade do século XX. Isso também contribui para intensificar os debates sobre a questão ambiental. 
A partir de então, destacam-se diversos eventos internacionais com objetivo de despertar uma nova 
consciência atenta à proteção ambiental, conforme você verá nas próximas Unidades.
Os bombardeios nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki não se “reduzem” 
a dois dias de horror, nos quais cerca de 220 mil habitantes perderam a vida.
Fonte: www.planobrazil.com. Acessado em: 23/05/2016
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
07
A primeira maré negra de grandes dimensões foi o naufrágio do petroleiro Torrey Canyon, no Canal da Mancha, em 
1967. Foram liberados mais de 100 mil toneladas de crude que afetaram cerca de 180 quilómetros de praia.
Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com. Assista em : https://www.youtube.com/watch?v=qPbufQhJLsY
Revolução Industrial:
A Revolução Industrial caracterizou-se por mudanças no modo de produzir bens e mercadorias 
que substituiu o trabalho artesanal pelo assalariado entre os séculos XVIII e XIX, sendo os seus 
pioneiros os países europeus, com destaque para a Inglaterra, França, Bélgica e Holanda. Mais tarde, 
Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção. O processo é 
dividido em etapas conforme tabela a seguir:
Fonte: http://www.impulsopositivo.com/content/5-milhoes-investidores-particulares-quere-financiar-micro-e-
pequenas-empresas
Responsabilidade Social e Ambiental
08
CEAD
Primeira etapa da Revolução Industrial
A Primeira etapa da Revolução Industrial ocorreu entre 1760 e 1860. No período, surgiram duas 
importantes invenções: a máquina a vapor e a locomotiva, que provocaram uma reviravolta no setor 
produtivo e de transporte, pois a ciência descobriu a utilidade do carvão como fonte de energia.
Estes acontecimentos foram primordiais para o desenvolvimento dos primeiros ramos 
industriais, tais como a produção têxtil - que antes da revolução era desenvolvida de forma artesanal 
-, e a distribuição de mercadorias, matérias primas e de pessoas, dando um novo panorama aos meios 
de transportes.
A máquina a vapor movida a energia do carvão proporcionou grande força e agilidade no ramo 
produtivo. Com isso, as fábricas tornaram-se uma alternativa de trabalho e milhares de pessoas 
deixaram o campo em direção às cidades.
Segunda Etapa Revolução Industrial
Ocorreu entre o período de 1860 a 1900 e ficou caracterizada pela utilização da energia elétrica 
e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão e o desenvolvimento de 
produtos químicos.
Terceira Etapa Revolução Industrial
A terceira etapa ocorreujá no século XX e ficou caracterizada pelo grande avanço na robótica 
e na informática. As indústrias espacial e genética, entre outras, tiveram um grande avanço nesse 
período.
O processo de industrialização e crescimento econômico, na forma tradicional, é compreendido 
como sinônimos de desenvolvimento sem considerar os limites dos recursos naturais do planeta, 
além de priorizar a exploração da força de trabalho e a acumulação de capital.
O aspecto mais importante do processo foi o aumento da capacidade de transformação da 
natureza, por meio da utilização de máquinas, com grande incremento no volume de mercadorias 
produzidas e consequente necessidade de ampliação do mercado consumidor em escala mundial.
Problemas gerados pelo modelo de desenvolvimento
Diante deste contexto, os centros urbanos começaram a ficar saturados, modificando de maneira 
drástica a configuração da paisagem urbana. As cidades não absorveram o fluxo de pessoas de forma 
planejada e, com isso, surgiram bairros marginalizados, compostos por trabalhadores pobres.
O desenvolvimento industrial e o crescimento urbano têm provocado uma crescente emissão 
de poluentes atmosféricos em todo o mundo, com a contaminação dos recursos hídricos por meio do 
esgoto e a geração de resíduos sólidos. O aumento das concentrações atmosféricas destas substâncias 
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
09
industriais, a sua deposição no solo e nos vegetais é responsável por danos à saúde da população, 
redução da produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções, obras de arte e, de 
uma forma geral, o desequilíbrio nos ecossistemas.
O modelo de desenvolvimento adotado pelos países em todo mundo deixa dúvidas sobre o 
futuro da humanidade, conforme aponta o renomado historiador Eric Hobsbawm:
“Vivemos meio século de um crescimento exponencial da população global, e os 
impactos da tecnologia e do crescimento econômico no ambiente planetário estão 
colocando em risco o futuro da humanidade, assim como ela existe hoje. Este é o desafio 
central que enfrentamos no século XXI.”
A poluição gerada pelos grandes centros urbanos geram impactos negativos para a saúde da 
população, conduzindo a uma crise ambiental que vem criticar o atual modelo de desenvolvimento 
econômico.
Os primeiros desgastes no meio ambiente estão interligados ao crescimento das cidades 
e a pressão exercida pelo crescimento populacional, ora pelo crescimento natural da população 
principalmente após a Segunda Guerra Mundial, ora pelo êxodo rural ocorrido durante processo de 
urbanização.
Poluição Atmosférica
A poluição atmosférica é um dos primeiros problemas ambientais, pois afeta diretamente a 
população das cidades, prejudicando o sistema respiratório das pessoas, provocando doenças ou até 
mesmo agravando outras enfermidades como asma, bronquite, infecções pulmonares e doenças do 
coração.
Apesar de muitos países possuírem índices de emissão de partículas dentro dos limites 
estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de morte permanece bastante elevado 
devido a doenças respiratórias e cardiovasculares. Aproximadamente 1,3 milhão de mortes por ano 
são ocasionadas pela poluição urbana. As regiões mais críticas são África, Ásia, Uruguai, Argentina, 
Paraguai e Bolívia (SALDIVA, 2014. pág. 16). O médico Paulo Saldiva (2012) complementa:
“Aproximadamente 12% das internações respiratórias em São Paulo são atribuíveis à 
poluição do ar. Um em cada dez infartos do miocárdio são o produto da associação 
entre tráfego e poluição”.
A tabela abaixo mostra os principais impactos da poluição atmosférica.
Responsabilidade Social e Ambiental
10
CEAD
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
11
Urbanização
A urbanização refere-se ao processo caracterizado pelo aumento da população vivendo nas 
cidades.
O processo de urbanização intensificou-se a partir do século XIX, quando a industrialização 
atraiu milhares de pessoas para as cidades, inicialmente nos países que acompanharam a Revolução 
Industrial. Neste contexto, a população urbana passou a crescer mais que a rural. Assim, começaram 
as aglomerações urbanas.
De modo geral, a migração rural urbana fundamenta-se em suprir mão de obra, sem incluir 
a melhora na qualidade de vida da população. Era um modelo caótico, sem saneamento, com 
aglomerações de cortiços, onde qualquer doença se transformava em epidemia.
Problemas Ambientais Urbanos
O crescimento desordenado das cidades do mundo provoca o inchaço de áreas periféricas, 
atingindo principalmente cidades de países mais pobres.
Segundo a ONU, cidade é um aglomerado urbano com mais de 20 mil habitantes. No Brasil, 
considera-se cidade toda sede de munícipio, independentemente do número de habitantes. De 
qualquer forma, uma definição aceita para cidade é: aglomerado urbano concentrado, com atividades 
dos setores terciário e secundário, relativamente organizada em ruas, com serviços de transporte, luz, 
água, limpeza pública, saúde, lazer, educação e com função social:
“Historicamente, a cidade foi constituída pela necessidade de abrigo e proteção aos perigos 
externos. O homem, ao procurar a cidade, busca uma vida melhor, anseia por ambiente onde possa 
formar família saudável e, assim, garantir a própria sobrevivência e de seus descendentes.” Carlos 
Hatdt
Desta forma, verificamos a importância das cidades e a sua função para a sociedade. Porém, 
o acelerado processo de urbanização ocorrido nos países mais pobres, associados ao planejamento 
ineficaz das cidades, gerou diversos problemas ambientais urbanos, impedindo que a cidade exerça 
a sua função social.
São muitos os problemas ambientais encontrados dentro de uma área urbana que comprometem 
o meio ambiente. O lixo sempre foi um problema de difícil solução: a sua produção está sempre 
aumentando, é uma das principais fontes de degradação ambiental, grande parte tem destino 
incorreto, sendo acumulado nas ruas e terrenos vazios, além de ser levado pela água. A produção 
descontrolada de resíduos sólidos contamina os lençóis freáticos, aumenta a proliferação de doenças 
e causa poluição visual.
Responsabilidade Social e Ambiental
12
CEAD
Fonte: www.ecodesenvolvimento.org. Acessado em: 28/05/2016
A carência de saneamento básico é outra causa impactante, além de ser muito prejudicial 
à saúde. Mesmo sendo um serviço essencial para higiene e saúde, não é um bem disponibilizado 
para toda a população, ou melhor, disponibilizado para poucas pessoas. Em diversas cidades, rios e 
cursos d’água são transformados em verdadeiros esgotos a céu aberto, onde os resíduos são lançados 
diretamente, sem qualquer tipo de tratamento, abalando os ecossistemas. Além de poluírem a rede 
hidrográfica, o que é prejudicial à saúde humana, também são altamente danosos à fauna e à flora. 
O fornecimento de água potável está comprometido pela contaminação sem limite dos recursos 
hídricos.
Os grandes centros urbanos, além de enfrentarem diversos problemas ambientais, também 
enfrentam problemas de ordem social como a falta de moradias, enchentes e ocupação de áreas de 
riscos. Normalmente a maior parte desses problemas recai sobre a população mais pobre, tem menos 
recursos para enfrenta-los.
Tal fato desperta um novo olhar sobre as cidades, pois representam o local da vida social e da 
problemática ambiental - onde se produz A civilização, os conhecimentos e os bens, onde também se 
concentram os principais problemas ambientais do mundo contemporâneo.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
13
SAIBA MAIS
• https://www.youtube.com/watch?v=laQ6y1RxhGM
• https://www.youtube.com/watch?v=wcBwFCVC1R0
Responsabilidade Social e Ambiental
14
CEAD
RESUMINDO
• Revolução Industrial: período marcado pela mudança no modo de produzir 
bens e mercadorias que substituiu o trabalho artesanalpelo assalariado entre 
os séculos XVIII e XIX, sendo divido em etapas;
• Problemas gerados pela modelo de desenvolvimento: o modelo de 
desenvolvimento adotado por diversos países têm provocado em todo o 
mundo uma crescente emissão de poluentes atmosféricos, a contaminação 
dos recursos hídricos por meio do esgoto e a geração de resíduos sólidos;
• Urbanização: o processo de urbanização intensificou-se a partir do século 
XIX, quando a industrialização atraiu milhares de pessoas para as cidades. 
Nesse contexto, a população urbana passou a crescer mais que a rural. Assim 
começaram os problemas ambientais urbanas como falta de saneamento 
básico, aglomerações de cortiços, falta de gerenciamento dos resíduos sólidos, 
dentre outros.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
15
1) Observe a figura. (MACKENZIE)
Tendo como base de análise a figura e os aspectos que definiram a Primeira Revolução Industrial, 
considere as afirmativas a seguir:
I. Inicia-se nas últimas décadas do século XVIII e estende se até meados do século XIX. A 
invenção da máquina a vapor e o uso do carvão como fonte de energia primária marcam o início das 
mudanças nos processos produtivos.
II. O Reino Unido foi o primeiro país a reunir condições básicas para o início da industrialização 
devido à intensa acumulação de capitais no decorrer do Capitalismo Comercial.
III. Os mais destacados segmentos fabris desta fase foram o têxtil, o metalúrgico e ode mineração.
IV. As transformações produtivas desta fase atingiram rapidamente outros países como a 
Alemanha, França e Estados Unidos ainda no Século XVIII recrutando operários com salários atrativos 
promovendo, assim, um intenso êxodo rural.
Está correta:
a) apenas I, II e III.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
16
CEAD
2) Observe a charge e depois responda a questão. (UERJ)
O lixo gerado especialmente nas cidades mais populosas se tornou, no último século, um dos 
fatores causadores de impactos ambientais nem sempre reversíveis a curto prazo. Um dos problemas 
e uma das soluções relativos ao acúmulo do lixo em áreas urbanas estão apresentados em:
a) poluição de ecossistemas fluviais - coleta seletiva
b) aumento da emissão de gases - remodelação de áreas de risco
c) destruição de reservas florestais - reciclagem de resíduos tóxicos
d) diminuição dos reservatórios de água - redistribuição de núcleos populacionais
3) A urbanização moderna é um processo vinculado:(UFAM)
a) ao feudalismo,
b) à Primeira Guerra Mundial.
c) à Segunda Guerra Mundial.
d) às expansões marítimas, no final do século XV.
e) à Revolução Industrial.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
17
Conceitos básicos e desenvolvimento sustentável
Objetivos
• Entender a origem, conceituação e características do modelo de desenvolvimento sustentável.
• Conhecer alguns assuntos básicos relacionados ao desenvolvimento sustentável.
Unidade 02
Responsabilidade Social e Ambiental
18
CEAD
Com a revolução industrial no século XX, o novo modelo de produção baseado na extração dos recursos 
naturais e produção em larga escala impulsionou a devastação do meio ambiente, por meio do lançamento 
de substancias tóxicas que comprometeram a qualidade dos ecossistemas. O modelo afetou os mecanismos 
que sustentam a vida no planeta, devido ao fato de acelerar o processo de degradação da natureza (EFFTING, 
2007).
As preocupações com o estado do meio ambiente se iniciaram na década de 60, quando se percebeu que 
os recursos naturais não eram inesgotáveis e sim, limitados. Além do mais, a poluição atmosférica e a intensa 
exploração dos recursos naturais causariam problemas globais e não locais.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, a Conferência de Estocolmo (1972), foi 
o marco histórico internacional na divulgação das necessidades de políticas ambientais em vários países do 
mundo, já que as discussões geraram a Declaração sobre o Ambiente Humano e seu Plano de Ação Mundial.
Em 1984, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), criou a Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) coordenada pela ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland e 
constituída por 23 membros de 22 países. Durante três anos seguidos, a comissão se reuniu para estudar os 
conflitos entre os crescentes problemas ambientais e as necessidades das nações em desenvolvimento.
A CMMAD publicou em 1987, o relatório intitulado “Nosso Futuro em Comum”, que consagrou o conceito 
de desenvolvimento sustentável. De acordo com o documento, o desenvolvimento sustentável é “aquele que 
atende as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas 
próprias necessidades.” (CZAPSKI, 2008).
O termo “Desenvolvimento Sustentável” (DS) até hoje encerra diversas interpretações e controvérsias no 
cenário mundial. Foi atribuído a uma mera tentativa de ajustar as sociedades ao modo de reprodução social 
capitalista, induzindo a humanidade à crise ecológica global (LOUREIRO et al, 2005 apud PEDRINI, 2006). No 
entanto, deveria derivar de dinâmicas do próprio sistema social.
Mesmo considerado ambíguo e de ideologias duvidosas, o conceito acabou sendo legitimado para além 
do ambientalismo, estando presente em diversas outras áreas do conhecimento. De fato, o DS apresenta 
características típicas de um desenvolvimento apenas econômico destituído totalmente de precaução e 
cuidados atuais e futuros com o capital natural. (MEIRA e SATO, 2005). Infelizmente, o termo sustentabilidade 
parece ser derivado do DS, que pode ser considerado então como insustentável.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
19
Hoje, há um consenso de que o desenvolvimento precisa ser equilibrado. Os países mais 
desenvolvidos precisam comprometer-se em reduzir seus gastos de água, energia e outros 
recursos naturais, já os países em desenvolvimento precisam crescer observando novos padrões de 
sustentabilidade. É o que se chama de responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Segundo 
o WWF, caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das do Hemisfério Norte, a 
quantidade de combustível fóssil consumida atualmente aumentaria dez vezes e a de recursos 
minerais, 200 vezes. Isso não é sustentável.
A sustentabilidade está apoiada em um tripé. Seus três pilares são o social, o econômico e o 
ambiental:
• Social – Refere-se ao tratamento do capital humano. Além de salários justos e estar adequado 
à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem estar dos seus 
funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável, pensando na 
saúde do trabalhador e da sua família.
Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor. 
Não adianta, por exemplo, uma mineradora pagar bem seus funcionários sem prestar assistência 
para as pessoas que são afetadas indiretamente com a exploração. É o caso, por exemplo, de uma 
comunidade indígena afetada social, econômica e culturalmente pela presença do empreendimento 
vizinho. Estão contidos também problemas gerais da sociedade como educação, violência e até o 
lazer.
• Ambiental – Refere-se ao capital natural. Aqui, assim como nos outros itens, é importante 
pensar em pequeno, médio e longo prazo. A princípio, praticamente toda atividade econômica 
tem impacto ambiental negativo. Neste aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas 
formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível amenizar. Assim, uma 
empresa que usa determinada matéria prima deve planejar formas de repor os recursos ou, 
caso não seja possível, diminuir ao máximo o uso desse material, assim como saber medir a 
pegada de carbonodo seu processo produtivo, ou seja, a quantidade de CO2 emitido pelas 
suas ações. Além disso, obviamente, deve ser levada em conta a adequação à legislação 
ambiental e a vários princípios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto. Para uma 
determinada região geográfica, o conceito é o mesmo e pode ser adequado, por exemplo, 
com um sério zoneamento econômico da região.
• Econômico – Trata-se do lucro. Não é muito difícil entender o que é o conceito. É o resultado 
econômico positivo de uma empresa ou da sociedade. Quando se leva em conta o tripé, essa 
perna deve levar em conta os outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar devastando, 
por exemplo.
Responsabilidade Social e Ambiental
20
CEAD
SAIBA MAIS
• Cidades e Soluções - O programa da Globonews é dedicado ao tema de 
sustentabilidade e tem dezenas de programas disponíveis na rede sobre os 
diversos temas abordados. http://www.mundosustentavel.com.br/category/
cidades-e-solucoes/
• Rio Como Vamos - O site da organização traz inúmeros dados de sustentabilidade 
do Município do Rio. http://www.riocomovamos.org.br/index.php
Fonte: Site HowStuffWorks (“Como funciona o desenvolvimento sustentável”)
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
21
Pegada Ecológica
Há um modelo muito interessante que mostra o quanto estamos exigindo do nosso planeta e 
dos recursos que ele nos oferece. Chama-se pegada ecológica.
Quanto mais acelerada a exploração do meio ambiente, maior a marca que deixamos no planeta. 
O uso excessivo de recursos naturais, o desperdício de produtos e alimentos, a degradação ambiental 
e a grande quantidade de lixo gerado são os rastros que, ainda hoje, deixamos na natureza. A pegada 
ecológica é uma medida estimada capaz de nos mostrar até que ponto o nosso estilo de vida está 
de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os 
resíduos que geramos por anos e anos. Isto considera o conceito do desenvolvimento sustentável de 
que precisamos cuidar da nossa e das próximas gerações.
A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das 
áreas produtivas de terra e de mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam 
determinados estilos de vida. Em outras palavras, a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir a 
extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar.
Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, 
pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, 
habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das 
populações e outros dados também entraram na conta.
Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em 
hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e 
reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas 
e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.
De modo geral, sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais espaços 
do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas. Suas pegadas são maiores, 
pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, 
explorando essas áreas ou causando impactos por conta da geração de resíduos.
Como a produção de bens de consumo tem aumentado significativamente, o espaço físico 
terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar. Para assegurar a existência das condições 
favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com 
o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto 
o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de 
forma sustentável.
Responsabilidade Social e Ambiental
22
CEAD
Composição da Pegada Ecológica:
• Terra produtiva - Terra para colheita, pastoreio, corte 
de madeira e outras atividades de grande impacto.
• Mar produtivo - Área necessária para pesca e 
extrativismo.
• Terra de energia ou área de energia
• fóssil - Área de florestas e mar necessária para a 
absorção de emissões de carbono.
• Área urbanizada - Área para casas, construções, 
estradas e infraestrutura. Biodiversidade - Áreas 
de terra e água destinadas à preservação da 
biodiversidade.
Fonte: WWF (“O que compõe a Pegada?”)
Fonte: WWF
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
23
O site Pegada Ecológica, do WWF, traz um jogo onde é possível calcular a pegada ecológica: 
www.pegadaecologica.org.br
A pegada ecológica nos indica que, para vivermos com sustentabilidade, precisamos preservar 
os recursos naturais, proteger a biodiversidade e adotarmos produtos e serviços ecoeficientes.
Recursos naturais
Recursos naturais são aqueles disponíveis na natureza e que podem ser consumidos por nós, 
humanos, ou por outros seres vivos. Eles podem ser renováveis ou não renováveis. Os renováveis são 
aqueles que se regeneram, como a água, as florestas e o solo. Aparentemente, eles são ilimitados, ou 
seja, temos a ilusão de que podemos utilizá-los sem comedimento, pois estarão sempre disponíveis 
em abundância. Porém, para a maioria deles há um limite de exploração: se utilizamos mais água do 
que os rios são capazes de repor, por exemplo, ou se poluímos as águas, o recurso se torna escasso 
e pode vir a faltar no futuro. Portanto, ser sustentável é cuidar para que os recursos renováveis se 
mantenham disponíveis para que possamos manter nossas atividades de hoje e para que, no futuro, 
as próximas gerações possam dispor deles.
Os recursos não renováveis são aqueles que não podem ser produzidos e regenerados a uma 
escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. Eles existem muitas vezes em quantidades fixas ou 
são consumidos muito mais rapidamente do que natureza pode produzi-los. O caso mais evidente é o 
dos combustíveis fósseis: um dia, o petróleo vai se esgotar e não teremos outra saída a não ser buscar 
um material que o substitua para suprir nossas necessidades. Há ainda os recursos inesgotáveis, 
como a luz do sol e o vento. Porém, eles são a minoria dos recursos que hoje exploramos para viver.
Por isso, precisamos urgentemente utilizar os recursos naturais racionalmente. A pegada 
ecológica nos avisa que estamos usando mais do Planeta Terra do que ele pode nos oferecer. Ser 
sustentável é um dever de todos, para que possamos reduzir nossa pegada e chegar mais próximo da 
Economia Verde.
• Orientações práticas:
Como posso contribuir para utilizar os recursos naturais racionalmente?
1. Conserte torneiras que estiverem pingando. Elas podem desperdiçar até 45 litros de água por 
dia;
2. Instale torneiras com aerador – “peneirinhas” ou “telinhas” – na saída da água. Assim você 
utiliza menos água;
3. Em vez de usar mangueira para limpar jardins, calçadas, passeios e quintais, use uma vassoura;
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4. Utilize um regador para molhar as plantas em vez de mangueira, que desperdiça muita água;
5. Feche a torneira enquanto ensaboa as mãos, escova os dentes ou faz a barba. O mesmo vale 
para o chuveiro na hora do banho;
6. Colete água da chuva para regar suas plantas, evitando gastar água encanada. (Lembre-se de 
armazena-la em um recipiente fechado para evitar a proliferação do mosquito da dengue.);
7. Lave a louça em uma bacia com água e sabão e abra a torneira só para enxaguar. É mais 
barato e melhor para o meio ambiente;
8. Junte as roupas para lavar e passar. Desta maneira, você gasta menos água e menos energia 
elétrica;
9. Dê preferência a produtos fabricados commateriais reciclados. Assim, você reduz o uso da 
matéria-prima, gastando menos energia;
10. Não jogue lixo no lugar errado. Guarde com você até encontrar um local adequado para 
depositálo;
11. Separe o lixo para reciclagem. Se não souber onde levá-los, busque lojas e mercados que 
recebam o lixo separado, como garrafas PET, caixas de papelão, embalagens Tetra-Pak, lâmpadas e 
pilhas;
12. Reutilize embalagens plásticas sempre que possível e, sempre que puder optar, escolha 
produtos com embalagens menores. O plástico é derivado do petróleo, um recurso não renovável;
13. Reutilize os sacos plásticos recebidos nas compras; para armazenar o lixo, por exemplo;
14. Faça o mesmo com embalagens de vidro. O vidro é 100% reciclável: uma tonelada de vidro 
reciclado produz uma tonelada de vidro novo, evita a extração de 1,3 toneladas de areia e economiza 
50% de água;
15. Com os metais não é diferente: na reciclagem de uma tonelada de alumínio economiza-se 
95% de energia, além de reduzir 85% da poluição do ar e 76% do consumo de água. Já a reciclagem 
de uma tonelada de aço economiza 1.140 kg de minério de ferro, 155 kg de carvão e 18 kg de cal;
16. O papel não fica atrás: uma tonelada de papel reciclado evita o corte de 30 ou mais árvores.
17. Procure consumir alimentos da estação e produzidos localmente – frutas, verduras, legumes 
e cereais – contribuindo para uma exploração mais racional dos recursos;
Biodiversidade
Biodiversidade é a palavra que define a riqueza e a variedade de espécies que encontramos 
na natureza. Os animais, plantas e micro-organismos são responsáveis por oferecer grande parte da 
matéria prima consumida pelos seres humanos.
O problema é que o desenvolvimento desenfreado polui e utiliza os recursos naturais em excesso 
e traz ameaças à biodiversidade, culminando na extinção de várias espécies. O desequilíbrio causado 
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à biodiversidade é um problema grave e um obstáculo para que alcancemos a sustentabilidade.
Ecoeficiência
Produtos e serviços que satisfaçam as necessidades humanas, ao mesmo tempo em que reduzem 
progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos, são chamados de ecoeficientes. Este 
conceito sugere uma ligação entre eficiência dos recursos (que leva à produtividade e lucratividade) 
e responsabilidade ambiental. Portanto, a ecoeficiência é o uso mais eficiente de materiais e energia, 
a fim de reduzir os custos econômicos e os impactos ambientais.
Fonte: Site CEBDS (“Ecoeficiência”)
Portanto, a ecoeficiência nada mais é do que o desenvolvimento sustentável ou a Economia 
Verde “embutidos” em um produto ou em um serviço que compramos ou contratamos. Mais uma vez, 
cabe a nós, consumidores, saber optar pelo produto ou serviço mais eficiente, contribuindo para a 
proteção do meio ambiente.
Uma indústria de sapatos, por exemplo, pode produzir um sapato ecoeficiente ao reduzir a 
quantidade de água e tinta utilizadas no processo industrial, utilizar borracha reciclada para fabricar 
o solado e não utilizar peles e couros de animais que possam ser ameaçados de extinção em seus 
produtos.
Já um shopping center pode ser ecoeficiente, por exemplo, se utilizar energia solar, aproveitar a 
ventilação local para reduzir o uso do ar condicionado, aproveitar a iluminação natural para reduzir 
o consumo de energia, praticar o reuso da água da chuva para vasos sanitários, promover a coleta 
seletiva do lixo gerado nas lojas e assim por diante.
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RESUMINDO
• O conceito de desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades 
da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
atenderem às suas próprias necessidades. Foi proposto em 1987 e até hoje é 
referência como modelo de desenvolvimento em alguns países. Alguns conceitos 
se originaram a partir do desenvolvimento sustentável, como Pegada Ecológica, 
que significa a marca que deixamos no planeta, ou seja o que extraímos dele; e
• Ecoeficiência é a utilização de produtos ou serviços que reduzem progressivamente 
o impacto ambiental e o consumo de recursos.
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1- Uma sociedade sustentável é aquela em que o desenvolvimento está integrado à natureza, 
com respeito à diversidade biológica e sociocultural, exercício responsável e consequente da 
cidadania, com a distribuição equitativa das riquezas e em condições dignas de desenvolvimento. 
Em linhas gerais, o projeto de uma sociedade sustentável aponta para uma justiça com equidade, 
distribuição das riquezas, eliminando-se as desigualdades sociais; para o fim da exploração dos seres 
humanos; para a eliminação das discriminações de gênero, raça, geração ou de qualquer outra; para 
garantir a todos e a todas os direitos à vida e à felicidade, à saúde, à educação, à moradia, à cultura, 
ao emprego e a envelhecer com dignidade; para o fim da exclusão social; para a democracia plena.
TAVARES, E. M. F. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br>. Acesso em: 25 jul. 2013 (adaptado).
Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Os princípios que fundamentam uma sociedade sustentável exigem a adoção de políticas 
públicas que entram em choque com velhos pressupostos capitalistas.
PORQUE
II. O crescimento econômico e a industrialização, na visão tradicional, são entendidos como 
sinônimos de desenvolvimento, desconsiderando-se o caráter finito dos recursos naturais e 
privilegiando-se a exploração da força de trabalho na acumulação de capital.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
(A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
(B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
(C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
(D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
(E) As asserções I e II são proposições falsas.
2- A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou, seja no sistema de produção 
privado da economia capitalista, seja no sistema socialista. Para produzir mercadorias e equipamentos, 
foi necessário instalar extensos complexos industriais, e para alimentá-los foi exigida a extração 
de matérias primas e a exploração de fontes energéticas do mundo todo. É em torno das áreas de 
concentração industrial que a economia gravita e, para alimentar esse complexo sistema, o home 
destrói a natureza.
EXERCÍCIOS
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Tendo como base o texto, marque a afirmação correta.
a) A concepção de desenvolvimento na sociedade industrial, na maior parte do tempo, não 
levou em consideração os limites da natureza e isso gerou, e continua gerando, grandes impactos 
socioambientais
b) O desenvolvimento industrial nos países socialistas superou a produção industrial e 
tecnológica dos países capitalistas; dessa forma, a poluição nesses países foi maior.
c) Na sociedade moderna, a concepção histórica e filosófica de natureza sempre pontuou uma 
harmonia entre as diferentes sociedades e as diferentes naturezas.
d) O desenvolvimento sustentável vai resolver os problemas ambientais do mundo em 
aproximadamente 20 anos.
3- Pesquise sobre atitudes sustentáveis que podemos ter para colaborar com o Desenvolvimento 
Sustentável.
EXERCÍCIOS
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Protocolos e Acordos Internacionais
Objetivos
• Apresentar um breve histórico dos antecedentes das Conferências Internacionais sobre o Meio 
Ambiente.
• Compreender as principais decisões adotadas nas conferências internacionais sobre o meio 
Ambiente.
• Apresentar a importância das Conferencias Internacionais sobre o meio ambiente.
Unidade 03
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INICIANDO O CONTEÚDO
O problema ambiental está diretamente relacionado com o modo de vida dos seres humanos 
que ao melhorar a sua renda, também melhora suas condições de vida e consequentemente aumenta 
o poder de consumo das famílias. Isso provoca grandes pressões nos recursos naturais (Ar, Águas, 
Solo, Florestas e entre outros). As consequências das pressões nos sistemas ambientais tem gerado 
preocupação em muitos cidadãos do planeta.
Diante do exposto, entre em tela o conceito de Desenvolvimento Sustentável.
“Aquela que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.” (Organizações das Nações Unidas - ONU).
O ser humano ao tomar consciência da finitude dos recursos naturais se movimenta para 
defender de forma mais estruturada o Meio Ambiente. Isso ocorre a partir da segunda metade do 
século XX.
Concomitantes a essa preocupação de natureza ecológica, ocorrem movimentos sociais 
relacionados com a juventude e os valores culturais que enfatizam as questões da pobreza presentes 
na sociedade.
Os desastres ambientais e a contestação social levam à realização de uma série de encontros 
internacionais que passam a tratar de questões relativas ao meio ambiente e desenvolvimento. 
(RATTNER, 2001).
Assim, torna-se imperativo discutir sobre as atitudes do cotidiano, o consumismo exagerado da 
nossa sociedade e pensar em ações conjuntas para moldar nosso futuro em um planeta ambientalmente 
saudável. Nesse contexto vão surgir os grandes embates sobre as questões ambientais.
Na década de 70 a preocupação com Meio Ambiente era vista sob duas correntes de pensamentos 
antagônicos, o primeiro, representado pelos países desenvolvidos, que acreditava na estagnação total 
do crescimento econômico como forma de impedir as tragédias ambientais no mundo. O segundo, 
os países subdesenvolvidos não concordavam, pois queriam se desenvolver também a qualquer 
custo. Então sob essa égide, ocorre a primeira conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
Humano.
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Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Conferência de Estocolmo
A Conferência de Estocolmo realizada entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 na cidade Sueca 
de Estocolmo é reconhecida como o primeiro encontro entre as Nações para debater as questões 
ambientais e também por ter inaugurado a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico 
e redução da degradação ambiental, o que depois se transformaria em noção de Desenvolvimento 
Sustentável. Na conferência de Estocolmo participaram 113 países e mais de 400 instituições 
governamentais e não governamentais - ONGs, nas discursões foram tratados também o tema da 
Chuva Ácida e Poluição Atmosférica, dentre outras questões ambientais
Pedestres protegem o rosto da poluição na Praça Tiananmen em Pequim, na China.
Foto: Feng Li/Getty Imagens. Fonte:www.envolverde.com.br
A Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), apresentou 
um relatório chamado de “Our Common Future” (Nosso Futuro Comum) mais conhecido como 
Relatório de Bruntland, que definiu desenvolvimento sustentável como sendo aquele que atende 
às necessidades das gerações presentes sem comprometer a possibilidade das futuras gerações 
atenderem suas próprias necessidades (WCED, 1987).
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Rio – 92 / Eco - 92
A conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ficou conhecida 
como Rio – 92, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 3 e 14 de junho de 1992. Teve adesão 
maciça dos Chefes de Estado e de Organizações Não – Governamentais – ONGs como WWF (Fundo 
Mundial para a Natureza), Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
Foram debatidos grandes temas sobre o Meio Ambiente, Desenvolvimento, Mudanças 
Climáticas, Biodiversidade, Cidadania, Desigualdades Sociais. Dentro desse contexto foram elaborados 
documentos que tratavam de estratégias para alcançar o desenvolvimento sustentável. Dentre esses 
documentos, a Agenda 21 e o protocolo de Quioto. Este último foi assinado no Japão em 1997.
Agenda 21 – documento que reúne o conjunto mais amplo de premissas 
e de recomendações sobre como as nações devem agir para alterar seu 
vetor de desenvolvimento em favor de modelos sustentáveis e critica o 
atual modelo de desenvolvimento econômico – que levou vários países a 
iniciarem seus programas de sustentabilidade. (BRASIL, 2000, p. 27).
A Agenda 21 foi um documento assinado pelas 179 nações participantes da Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, como instrumento de planejamento para 
construção de sociedades mais sustentáveis. Esse documento está organizado em 40 capítulos de 
forma que aborda meios de implementar planos, programas e projetos em escala planetária para 
construir novo padrão de desenvolvimento, denominado, “Desenvolvimento Sustentável”. O nome 
adotado “Agenda 21” faz referência a pretensão ao novo modelo de desenvolvimento para o século 
XXI.
“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaram 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas a sanções penais e administrativas 
independentemente de reparar os danos causados.” Lei 9.605 – Lei dos crimes 
ambientais
O Protocolo de Quioto recebeu este nome, porque, foi negociado na cidade de Quioto no Japão 
em 1997, e ratificado em 1999. Entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Ele propõe reduzir a 
emissão de gases do efeito estufa (GEE), em relação aos níveis de 1990.
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As metas de redução não são iguais para todos os países e foram divididos em dois períodos: 
primeiro; 2008 – 2012 países industrializados e da Comunidade Europeia comprometeram-se a 
reduzir as emissões de gases do efeito estufa em média de 5% em relação aos níveis de 1990. No 
segundo; os países se comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo menos 18% abaixo dos 
níveis de 1990 no período de oito anos, entre 2013-2020.
“Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção das 
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, definindo metas de redução de emissões 
para os países desenvolvidos e os que, à época, apresentavam economia em 
transição para o capitalismo, considerados os responsáveis históricos pela 
mudança atual do clima. Criado em 1997, o Protocolo entrou em vigor no dia 
16 de fevereiro de 2005, logo após o atendimento às condições que exigiam a 
ratificação por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção e 
que fossem responsáveis por, pelo menos, 55% do total das emissões de 1990. 
(Ministério do Meio Ambiente – MMA).”
Além da Agenda 21 e do Protocolo de Quioto outros documentos foram assinados:
Porém, muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do modelo de produção 
e consumo estabelecido, não colocaram em prática as políticas ambientais elaboradas durante esse 
evento, contribuindo mais com aquecimento global.
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O objetivo fundamental da Rio – 92 era tentar minimizar os impactos ambientais no planeta, 
garantindo o futuro das próxima gerações.
Rio + 10
A cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+ 10, foi realizada 
em Johannesburgo, na África do Sul, entre os dias 26 de agosto e 4 de Setembro de 2002, reunindo 
delegações de 191 países. Objetivo principal do encontro foi realizar um balanço dos resultados 
práticos obtidos depois da Rio – 92.
Nessa conferência, os chefes de estados reafirmaram compromissos e metas relativas a:
• Energias Renováveis;
• Responsabilidade Ambiental das Empresas;
• Erradicação da Pobreza;
• Promoção da Saúde;
• Expansão dos Serviços e Saneamento;
• Defesa da Biodiversidade.É importante ressaltar que os recursos naturais possui grande capacidade de regeneração 
e recuperação de eventuais impactos esporádicos, descontínuos e localizados, muitos dos quais 
decorrentes da própria natureza. Contudo a agressão causada pelas atividades humanas é contínua, 
não dando tempo para que o ambiente se recupere.
O Planeta Terra é afetado por diversos problemas ambientais, sendo muitos deles gerados 
pelas ações humanas. Estes problemas agridem a fauna, solo, flora, água, atmosfera que faz reduzir a 
qualidade de vida da população e tais problemas ambientais afetam os recursos naturais renováveis 
e não renováveis.
“Todo recurso natural é um bem que provém da natureza e que o homem 
pode utilizar para satisfazer suas necessidades, sendo classificado em recurso 
natural renovável ou não renovável em função da capacidade de esgotamento 
(SENHORAS, MOREIRA e VITTE, 2009, p. 3).”
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Recursos naturais renováveis são recursos naturais que, depois de sua exploração, podem voltar 
para seus níveis de estoque anteriores por um processo natural de crescimento ou reabastecimento 
(OECD, 1997), como por exemplo a energia solar, o ar, a água e os vegetais. Para este artigo, 
consideraremos apenas os recursos naturais que são fontes de produção de energia.
Os recursos naturais não renováveis são os que não podem ser recolocados pelo homem ou 
renovados pelo próprio ambiente após sua exploração (OECD, 1997), como por exemplo o petróleo, 
os minerais (carvão de pedra, xisto, ferro, manganês, cobre, pedras preciosas), a matéria prima do 
vidro (sílica, soda caustica e cal), entre outros.
Rio + 20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável conhecida com Rio + 
20 e recebeu esse nome porque marcou os vintes anos da realização da Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) que auxiliou a elaboração da agenda 
do Desenvolvimento Sustentável nas últimas décadas. A conferência ocorreu entre os dias 20 a 22 
de Junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro e teve como objetivo discutir sobre a renovação dos 
compromissos políticos com o Desenvolvimento Sustentável.
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A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 13 a 22 de junho de 
2012 na cidade do Rio de Janeiro. Fonte: http://www.rio20.gov.br/
A conferência contou com mais de cento e noventa países que propuseram a adoção de três 
pilares para o Desenvolvimento Sustentável.
Pilares do Desenvolvimento Sustentável
O desenvolvimento sustentável é concebido na interação entre três pilares: o pilar social, o 
pilar econômico e o pilar ambiental. Na Rio+20, assim como ocorreu na Rio-92, espera-se pensar o 
futuro conforme:
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“O desenvolvimento sustentável consiste na modificação da biosfera e na aplicação de 
seus recursos para atender às necessidades humanas e aumentar a qualidade de vida, 
considerando os fatores social, ecológico e econômico, dentro das perspectivas de curto, 
médio e longo prazo (BOSSEL, 1999).”
Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as principais 
diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos vinte anos.
“No atual momento histórico em que a crise ambiental põe em destaque contradições 
da produção social do espaço. Em que o ideário de desenvolvimento sustentável parece 
jogar uma cortina de fumaça sobre as contradições, pois não propõe alterações nos 
modos de produzir e pensar do modelo dominante (RODRIGUES, 1998, p.57).”
No entanto materializar o Desenvolvimento Sustentável é um enorme desafio, pois o mesmo 
significa o rompimento de paradigmas e de interesses políticos e capitalistas calcados em países 
que não pretende pôr em jogo seu elevado nível de desenvolvimento, se cada habitante da Terra 
consumisse energia equivalente ao que consome um habitante de países desenvolvidos, não haveria 
recursos naturais para tal demanda. Portanto o Desenvolvimento Sustentável deveria adotar a 
premissa de visão sistémica.
(Fonte: INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O futuro que queremos. Cartilha ilustrada sobre economia 
verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. 2012. Disponível em www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
RIO+20-web.pdf
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“Portanto o Desenvolvimento Sustentável deveria adotar a premissa de visão sistémica. 
A apropriação da visão sistêmica, do holístico, da totalidade, da interdisciplinaridade, 
da transdisciplinaridade mas sem negligenciar as partes, a história e a cultura. Já que 
a natureza, o espaço e a sociedade se redefinem a partir da evolução do todo. (BORJA, 
1997).”
Todos nós somos prisioneiros do passado vivo, das tradições culturais e hábitos enraizados, e 
das políticas institucionais articuladas para a promoção do consumo pelo consumo.
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=xBCoc842FV8 – História das coisas
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RESUMINDO
• Estocolmo: Realizada há quarenta anos, a Conferência de Estocolmo representou 
o primeiro grande passo em busca da superação dos problemas ambientais. Até 
então, era comum pensar que os recursos naturais eram inesgotáveis e que a 
Terra suportaria toda ação humana;
• Naquela ocasião, foram também estabelecidos os princípios que norteiam, até 
hoje, a política ambiental da maioria dos países;
• Rio 92: A Conferência do Rio consolidou o conceito de desenvolvimento 
sustentável, proposto pelo Relatório Nosso Futuro Comum, de 1987, que buscava 
superar o conflito aparente entre desenvolvimento e proteção ambiental;
• Rio + 10: analisar os resultados alcançados e indicar o caminho a ser seguido para 
implementação dos compromissos. A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
Sustentável; e
• Rio + 20: Na Rio+20, assim como ocorreu na Rio-92, espera-se pensar o futuro. 
Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as 
principais diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos 
vinte anos.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD EXERCÍCIOS
1) A realização da Primeira Conferência Mundial do Desenvolvimento e meio Ambiente, em 
1972, em Estocolmo, constituiu-se em importantíssimo evento sociopolítico voltado ao tratamento 
das:” (MENDONÇA, F. Geografia e Meio Ambiente, 8a ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 46.)
a) Questões políticas entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido;
b) Questões ambientais;
c) Relações entre o Leste socialista e Oeste capitalista;
d) Não relação da proliferação das armas nucleares;
e) Relações políticas entre os países.
2) (UFRRJ) A inevitável devastação ambiental decorrente do processo de desenvolvimento 
industrial é um “quadro” que começa a se modificar a partir da defesa pública de um novo conceito:
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
O uso dessa expressão tem a finalidade de:
a) sustentar a inevitável necessidade do desenvolvimento.
b) garantir que o desenvolvimento contemporâneo não se sustenta.
c) sustentar o meio ambiente em detrimento do desenvolvimento.
d) propor a conciliação do desenvolvimento com o meio ambiente.
e) divulgar a insustentável situação do meio ambiente.
3) (Ibmec) Numa demonstração bastante evidente de que os problemas ambientais despertam 
enorme preocupação em todo o mundo, vários são os encontros realizados para tratar do tema, tais 
como a ECO-92, no Rio de Janeiro e a Rio+10, em Johanesburgo (África do Sul).
Analise as seguintes afirmativas sobre as questões ambientais:
I – A chamada “crise ambiental” atinge exclusivamente os países ricos, pois é uma consequência 
direta da produção industrial, praticamente inexistente nos paísespobres;
II – As últimas décadas do século passado conheceram uma série de propostas dos países ricos 
de superação dos problemas ambientais a partir de uma modificação da matriz energética, propostas 
estas que contaram com o apoio unânime do G-7;
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EXERCÍCIOS
III – O aquecimento global, resultante do chamado “efeito estufa”, é um dos mais preocupantes 
problemas ambientais da atualidade, afinal ele deverá atingir todo o planeta.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for correta
b) se apenas a afirmativa II for correta
c) se apenas a afirmativa III for correta
d) se as afirmativas I e II forem corretas
e) se as afirmativas II e III forem corretas
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
Questões Ambientais no Mundo e no Brasil, 
problemas, causas e fontes de poluição
Objetivos
• Apresentar um breve histórico dos antecedentes da crise ambiental.
• Estudar as principais causas e problemas ambientais que hoje se repercutem no Brasil e no mundo.
Unidade 04
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
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Unidade 04
A CRISE AMBIENTAL
Através da evolução do pensamento da civilização ocidental percebe-se que ao final do século 
XIX e início do século XX a humanidade não se via como parte do meio ambiente. O tão almejado 
desenvolvimento econômico estaria atrelado ao progresso da ciência e da indústria, e a forma de 
extração dos recursos naturais e impactos dessas atividades ao ambiente eram justificados em nome 
desse avanço. Nesse primeiro momento os danos ao ambiente ainda não tinham sido sentidos pela 
população em massa e assim não eram vistos como importantes pela sociedade (RIBEIRO, 2009).
Porém, no período após a Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento industrial várias 
cidades do mundo começaram a receber um grande contingente de pessoas do campo e de outros 
países em busca de trabalho e abrigo, criando grandes aglomerados que, em pouco tempo, acarretou 
num aumento significativo da população mundial, concentrada principalmente nos centros urbanos, 
onde havia maior oportunidade de emprego e facilidade de acesso a serviços como escolas e hospitais. 
Estes processos viriam acompanhados ao aumento da demanda por recursos naturais, e trariam como 
consequência o avanço da degradação ambiental. Problemas como falta de abastecimento de água, 
de comida, proliferação de doenças, poluição e extinção de espécies começaram a ser sentidas por 
populações locais e regionais de várias partes do mundo.
Diante desse contexto, estudiosos iniciaram pesquisas relacionando o meio ao homem e a 
sociedade (visão holística) e perceberam que as crises que se apresentavam ao meio eram devido 
aos fatores que lhe davam causa, ou seja, aos impactos das atividades humanas no meio natural. Os 
mesmos concluíram ainda que caso não fosse feito nada para sanar essa crise e controlar as atividades 
humanas, em pouco tempo a continuidade da vida humana estaria comprometida. Logo não haveria no 
ambiente a disponibilidade de recursos naturais necessários para suprir, em quantidade e qualidade, 
as necessidades de uma sociedade humana crescente e cada vez mais consumista (CARVALHO, 2013).
Assim, a partir da metade do século XX, principalmente após 1972 com a Declaração da 
Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, a comunidade política e cientifica mundial passa a se 
mobilizar para estudar e propor medidas calcadas no desenvolvimento sustentável. A crise ambiental 
seria o marco inicial de uma necessária reflexão sobre as formas de interação do ser humano com o 
meio, e mudanças que este vem desencadeando na natureza ao longo da história.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS
Dentre as principais causas dos problemas ambientais atuais estão o modelo de crescimento 
econômico, baseado no uso indiscriminado dos recursos naturais e consumismo, onde a sociedade é 
estimulada a comprar e descartar produtos para estimular o a economia capitalista.
Associado a esse modelo econômico, a crescente demanda por recursos ocorre devido ao 
desenvolvimento técnico-industrial alcançado pela sociedade moderna, e agropecuária para produção 
da quantidade de alimentos necessários para a população, que tem apresentado um crescimento 
alarmante desde a metade do século passado. Atualmente a população mundial é estimada em 
aproximadamente 7 bilhões, e de acordo com a ONU (2016):
Esta expansão rápida e contínua da impressão humana num planeta que parece 
cada vez menor tem sérias implicações em quase todos os aspectos da vida. 
Questões estas que dizem respeito à saúde e ao envelhecimento, à migração em 
massa e à urbanização, à demanda por habitação, ao abastecimento inadequado 
de alimentos, ao acesso à água potável, entre outras.
Estudos demográficos estimam que até meados deste século XXI a população chegará a 10 ou 
12 bilhões de habitantes, atingindo a capacidade máxima de suporte do planeta para que se possa 
ter uma vida razoavelmente admitida. Contudo, com a quantidade de habitantes previstos no mundo 
não será possível continuar com os mesmos níveis de consumo dos países ricos, pois não haverá 
alimento, energia, e nem a possibilidade de suprimento de outras necessidades adequadas a tais 
padrões (NOGUEIRA-NETO, 1994).
Pode-se perceber que as causas dos problemas ambientais estão relacionadas entre si, sendo 
uma causa direta ou indireta da outra. Estas vão impactar o ambiente de forma direta ou indireta 
gerando poluição e degradação, pois sendo o ambiente sistêmico, o efeito local de determinado 
impacto interagi com outra componente ambiental (solo, agua, ar, sociedade) desencadeando outros 
problemas. A questão ambiental se caracteriza, portanto, pela reação em cadeia e escalonada das 
atividades humanas no meio natural, que retornam para as populações como problemas ambientais 
locais, regionais ou mesmo globais. No quadro a seguir são apresentadas algumas atividades 
impactantes que tem levado ao agravamento de problemas ambientais no Brasil e no mundo:
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Figura – Exemplos do impacto de atividades humanas que tem levado a discussão de algumas questões ambientais a 
nível mundial e regional.
DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
Os solos são um recurso cada vez mais demandados, principalmente a partir da explosão 
demográfica mundial, na primeira metade do século XX (de 2 bilhões, em 1930, os seres humanos 
passam a 6 bilhões em 2000), que intensificou à expansão agrícola e das áreas de pastagem, a 
industrialização e urbanização. Por muitas vezes o desenvolvimento das atividades atreladas a tais 
processos ocorrem sem considerar as características, funções, fragilidades e potencialidades dos 
solos, o que tem levado a sua degradação devido a exposição direta da camada edáfica (através da 
remoção da cobertura vegetal protetora) e compactação, aumentando a erosão, e a sua contaminação 
por resíduos (sólidos e químicos), uso de fertilizantes, pesticidas e herbicidas, prejudicando a ecologia 
desse recurso e levando ao seu empobrecimento orgânico e mineral.
Estudos realizados pela Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) 
em parceria com a Embrapa solos revelaram que até o ano de 2015, 33% dos solos mundiais estão 
degradados, em condições pobres ou muito pobres. No caso do Brasil, os principais impactos nos 
solos são em decorrência da poluição, salinização e acidificação em decorrência da agricultura. Prates 
(2016) afirma que:
“Para combater este problema da degradação dos solos e da consequente 
perda de sua capacidade produtiva “é necessário aliar maior conhecimento dos 
nossos solos – necessitamos retomar os programas de levantamentos de solos 
no Brasil, em escalas adequadas à tomada de decisão – a legislações e políticas 
públicas de uso e manejosustentável dos solos (PRATES, 2016).”
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Além das consequências diretas aos solos, sua degradação compromete a manutenção da 
biodiversidade, a disponibilidade hídrica devido a contaminação dos lençóis e mananciais além de 
acelerar o assoreamento oriundos do aumento da erosão, afeta a qualidade do ar liberando gases 
estufa (carbono, metano), e pode gerar doenças aos seres humanos (LAHMAR, 2004).
DEGRADAÇÃO HÍDRICA
Atualmente existe uma grande preocupação com a escassez de água, isso porque o desperdício 
e poluição dos recursos hídricos tem sido alarmante. Segundo Segala (2012):
“Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de 
estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é
inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado 
seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água 
é frequente — e, para piorar, a perspectiva para o futuro é de maior escassez. 
De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política 
Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas 
estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo 
humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a 
produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham 
juntos (SEGALA, 2012).”
Dentre as causas principais estão o uso e ocupação desordenada, tal como o crescimento das 
cidades sem planejamento. Muitas vezes a população urbana e as indústrias acabam se concentrando 
nas áreas de cabeceiras, desmatando as encostas e matas ciliares, que protegem e auxiliam na 
preservação da infiltração da água para os córregos, e com isso acabam eliminando as nascentes 
e contribuindo para o assoreando dos cursos d’água. Junto a isso, muitas residências, indústrias 
despejam contaminantes e esgoto doméstico in natura nos mananciais, comprometendo a qualidade 
da água e a manutenção dos ecossistemas.
No caso do Brasil, tais processos têm sido agravados pela redução dos índices pluviométricos 
nas áreas dos reservatórios e falta de saneamento básico, como tem apontado alguns estudos 
sobre a crise do Sistema Cantareira. Para tentar reverter o quadro de escassez hídrica, que vem se 
tornando cada vez mais imperativa, Brandão (2015) destaca a importância do saneamento básico 
e da efetivação de políticas de preservação ambiental, principalmente em relação a proteção das 
áreas produtoras de água, controle do desmatamento, e maior rigidez na fiscalização dos efluentes 
liberados nos corpos d’água.
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AQUECIMENTO GLOBAL
O aquecimento global é causado pela emissão de gases estufa (metano, gás carbônico, e outros) 
para a atmosfera. Porém, a aceleração desse processo, a influência das atividades humanas (indústrias, 
agropecuária, desmatamento, emissão de gases por veículos, etc.) e suas possíveis consequências para 
a vida na terra são questões polêmicas que tem trazido grandes preocupações para todo o mundo.
Dados meteorológicos históricos têm indicado a tendência de aumento da temperatura global 
na faixa de 0,7°C (MOLION, 2007). Estudos apontam que no ano de 2005 a concentração de CO2 
foi a mais alta dos últimos 650 mil anos, fazendo com que no ano de 2014, durante a Cúpula do 
Clima, se formasse uma coalizão entre governos, sociedade civil e setor financeiro para mobilizar 
investimentos voltados a redução das emissões de carbono; em novembro de 2015, na Conferência 
sobre mudanças climáticas de Paris, tem-se a expectativa de que seja acordado uma proposta entre 
os países para diminuir a emissão de gases estufa (PIRES, 2015).
Mas quais seriam as consequências do aquecimento global? ... Pesquisas indicam que em 
termos globais, com a elevação das temperaturas médias do planeta haverá o derretimento das 
geleiras e o aumento do nível do mar em 10 centímetros neste século. Além disso são previstos a 
intensificação de eventos extremos como ondas de calor e ondas de frio, aumento da frequência de 
furacões e ciclones, chuvas severas, cheias e inundações e períodos de estiagem mais longos em todo 
o planeta. Com isso haverá a expansão dos desertos, submersão das áreas litorâneas, redução das 
áreas agrícolas e migrações populacionais fugindo do calor excessivo, da restrição das chuvas, em 
busca de abrigo e alimento.
No Brasil, pesquisas já apontam que o aquecimento global tem sido a causa redução de chuvas, 
comprometendo a vazão dos rios e a produção agrícola, além do aumento da frequência de dias mais 
quentes durante a estação do inverno (MARENGO, 2009).
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Além da preocupação com a emissão de gases estufa (que provocam a elevação da temperatura 
da terra), a emissão de outros gases poluentes na atmosfera também tem gerado problemas 
ambientais em escalas regionais e locais. Mais uma vez a poluição estão associadas as atividades 
humanas, tais como indústrias e rede de transporte, que emitem gases e material particulado capazes 
de condicionar os mecanismos de absorção, emissão e dispersão de calor, umidade no ambiente.
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Figura – Chuva ácida. Fonte: Melo, 2016.
A produção desses poluentes no âmbito local, em especial nas cidades, onde há concentração 
das atividades antrópicas, aumenta o risco de doenças respiratórias e são a causa de fenômenos 
como chuva ácida (MENDONÇA et al., 2007).
DECLÍNIO DA BIODIVERSIDADE
De forma direta ou indireta o aquecimento global, a poluição atmosférica, degradação e poluição 
nos solos e na água impactam afetam a biodiversidade pois causam desequilíbrio nos ecossistemas. 
Esse desequilíbrio acarreta no declínio das populações, maior competição por abrigo e alimento, 
redução da capacidade reprodutiva e, algumas vezes, na indução de anomalias genéticas e outros 
males devido a introdução de produtos (radioativos, químicos, entre outros) no ambiente.
Associado a degradação daqueles recursos naturais, não podemos nos esquecer da exploração 
predatória sobre muitas espécies. Um exemplo é a atual preocupação mundial em torno da atividade 
pesqueira, onde estudos apontam que 70% das espécies de peixes marinhos vem sendo explorados 
de forma insustentável. Araia (2016) afirma que “uma lista ampla da devastação inclui a anchova 
peruana, colapsada nos anos 1980, o arenque europeu, com estoques baixos desde os anos 1960, o 
bacalhau canadense e, mais recentemente, alguns tipos de atum e tubarão”.
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Figura - No Chile, a quantidade de peixes apanhados pela pesca predatória chega às raias do absurdo.
Fonte: ARAIA, 2016.
Até o momento o Brasil possui a maior biodiversidade endêmica do planeta. Contudo, de acordo 
com o Ministério do Meio Ambiente (2014), dez espécies de animais já são extintas, sendo que cinco 
delas só existem no território nacional, ou seja, não há mais registro de sua existência no mundo.
E QUAIS SÃO AS PROPOSTAS?
Apesar de terem sido citadas fontes pontuais de poluição e degradação dos recursos naturais, 
observa-se que a origem de todos eles estão associados aos padrões culturais atuais, que trazem 
no âmbito da questão um distanciamento, que foi sendo construído historicamente, do ser humano 
com a natureza (como se dela não fosse parte). Isso se deu principalmente pela valorização do 
crescimento econômico e avanço tecnológico em detrimento de uma visão holística do ambiente e 
da importância da garantia do bem-estar social.
Assim, alguns estudos apontam que para solucionar os atuais problemas ambientais é necessário 
que haja uma mudança estrutural desses padrões culturais, tais como revendo a necessidade de 
consumo e o desperdício de recursos como água potável, e produtos como alimentos, vestuário,dentre outros. Além disso, se torna cada vez mais imprescindível a participação da sociedade no 
planejamento e gestão do meio ambiente ao qual faz parte.
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SAIBA MAIS
• A ONU e o meio ambiente. Disponível em <https://nacoesunidas.org/acao/ 
meio-ambiente/>
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RESUMINDO
• Crise Ambiental: Através da evolução do pensamento da civilização ocidental percebe-se 
que ao final do século XIX e início do século XX a humanidade não se via como parte do 
meio ambiente. Com Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento industrial várias 
cidades do mundo começaram a receber um grande contingente de pessoas do campo 
criando grandes aglomerados gerando problemas como falta de abastecimento de água, 
de comida, proliferação de doenças, poluição e extinção de espécies começaram a ser 
sentidas por populações locais e regionais de várias partes do mundo.
• Principais causas dos problemas ambientais: Dentre as principais causas dos problemas 
ambientais atuais estão o modelo de crescimento econômico, baseado no uso 
indiscriminado dos recursos naturais e consumismo, onde a sociedade é estimulada a 
comprar e descartar produtos para estimular o a economia capitalista.
• Degradação dos solos: A partir da explosão demográfica mundial, na primeira metade 
do século XX (de 2 bilhões, em 1930, os seres humanos passam a 6 bilhões em 2000), o 
crescimento populacional contribuiu para à expansão agrícola e das áreas de pastagem, 
a industrialização e urbanização
• Degradação Hídrica: As principais causas da degradação hídrica são o uso e ocupação 
desordenada dos territórios, o crescimento das cidades sem planejamento, desmatamento 
das encostas e matas ciliares. Muitas residências, indústrias despejam contaminantes e 
esgoto doméstico in natura nos mananciais, comprometendo a qualidade da água e a 
manutenção dos ecossistemas.
• Aquecimento Global: O aquecimento global é causado pela emissão de gases estufa 
(metano, gás carbônico, e outros) para a atmosfera e suas possíveis consequências 
para a vida na terra são o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar em 10 
centímetros neste século, as ondas de calor e ondas de frio, aumento da frequência de 
furacões e ciclones, chuvas severas, cheias e inundações e períodos de estiagem mais 
longos em todo o planeta.
• Poluição atmosférica: A poluição atmosférica está diretamente associada às atividades 
humanas, tais como indústrias e rede de transporte, que emitem gases e materiais 
particulados capazes de condicionar os mecanismos de absorção, emissão e dispersão 
de calor e umidade no ambiente. Isso aumenta o risco de doenças respiratórias e são a 
causa de fenômenos como chuva ácida.
• Declínio da biodiversidade: O aquecimento global, a poluição atmosférica, degradação e a 
poluição afeta a biodiversidade, Isso provoca o desequilíbrio nos ecossistemas. Associado 
a exploração predatória sobre muitas espécies. Causa o declínio da biodiversidade.
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Questão 1 – (UERJ, 2009). No ano de 2008 foi apresentado uma análise do percentual de gases estufa 
emitidos para a atmosfera pela rede de transportes na União Europeia entre 1970 e 2004, mostrando 
que: 0,5% são emitidos pelo transporte ferroviário, 7% pelo transporte marinho, 13% pelo transporte 
aéreo, e 79,5% pelo transporte rodoviário. A principal consequência sobre o meio ambiente resultante 
dos investimentos na matriz de transportes da União Europeia entre 1970 e 2004 é:
(a) agravamento do aquecimento global
(b) acentuação do fenômeno da Ilha de Calor
(c) aceleração do processo de desmatamento
(d) aumento da destruição do ozônio estratosférico
Questão 2 – (Enem 2007). Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente continuar 
por mais alguns anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa madeira já desapareceu de 
extensas áreas do Pará, de Mato Grosso, de Rondônia, e há indícios de que a diversidade e o número 
de indivíduos existentes podem não ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo 
prazo. A diversidade é um elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem ela, 
perde-se a capacidade de adaptação ao ambiente, que muda tanto por interferência humana como 
por causas naturais. Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
a) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção dessa madeira.
b) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa espécie e prejudicar 
sua diversidade genética.
c) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais contribuem mais para a extinção 
do mogno que a interferência humana.
d) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade 
biológica dessa madeira na região amazônica.
Questão 3 - (Enem 2000). Encontram-se descritas a seguir algumas das características das águas que 
servem três diferentes regiões.
Região I - Qualidade da água pouco comprometida por cargas poluidoras; casos isolados de mananciais 
comprometidos por lançamento de esgotos; assoreamento de alguns mananciais.
Região II - Qualidade comprometida por cargas poluidoras urbanas e industriais; área sujeita a 
inundações;
exportação de carga poluidora para outras unidades hidrográficas.
EXERCÍCIOS
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Região III - Qualidade comprometida por cargas poluidoras domésticas e industriais e por lançamento 
de esgotos; problemas isolados de inundação; uso da água para irrigação.
De acordo com essas características, pode-se concluir que:
a) a região I é de alta densidade populacional, com pouca ou nenhuma estação de tratamento de 
esgoto.
b) na região I ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com práticas agrícolas que estão 
evitando a erosão do solo.
c) a região II tem predominância de atividade agrícola, muitas pastagens e parque industrial 
inexpressivo.
d) na região III ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com pouca ou nenhuma estação 
de tratamento de esgotos.
EXERCÍCIOS
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Marcos Históricos e Acidentes Ambientais
Objetivos
• Conhecer a evolução da questão ambiental no mundo.
• Entender os principais eventos ambientais que marcaram a história.
Unidade 05
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Unidade 05
O movimento ambientalista no mundo caminhou juntamente com grandes acidentes ambientais 
que ocorreram em várias regiões do planeta. A partir desses acontecimentos, algumas conferências 
foram realizadas para discutir os problemas ambientais que se intensificaram durante o século XX e 
marcaram a história da humanidade.
Em dezembro de 1952, a poluição atmosférica produzida por vapores tóxicos provenientes do 
adensamento industrial em Londres, causou a morte de cerca de 2000 mil pessoas. Esse desastre 
ficou conhecido como “Smog” pois foi resultado de uma inversão térmica, no vale do rio Tamisa, 
ocasionando a não dispersão dos poluentes. Como consequência, durante 15 dias, a cidade de Londres 
amanheceu coberta de fumaça.
Figura – Cidade de Londres durante “O Grande Nevoeiro de 1952”, como ficou conhecido. Fonte: O arquivo.
Na Baía de Minamata, no Japão, em 1954, o despejo de efluentes de uma fábrica de cloro e soda 
por longos anos, ocasionou a contaminação por mercúrio da Baía. A fauna aquática sofreu vários 
problemas e a contaminação chegou à população humana que vivia da pesca, gerando milhares de 
pessoas com danos neurológicos e centenas morreram vítimas de uma doença conhecida como “mal 
de Minamata”. (NAIME, 2010).
No Brasil, em janeiro de 1961, uma Fábrica de Produtos Profiláticos da Cidade dos Meninos, 
no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro foi

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