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Cw4 - Responsabilidade Social e Ambiental - A

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03/04/2024, 15:54 wlldd_231_u4_res_soc_amb
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923854&ativid… 1/18
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INTRODUÇÃO
Estudante, é uma alegria tê-lo conosco em uma nova unidade de ensino da disciplina de Responsabilidade
Social e Ambiental. O nosso objetivo agora é apresentar as principais alternativas e possibilidades para a
sustentabilidade.
De início, consideremos o estudo sobre as novas con�gurações estatais diante dos desa�os da emergência
ecológica e climática. Historicamente, o constitucionalismo foi in�uenciado pelos valores liberais e sociais, e
atualmente incorpora as exigências ecológicas.
Nesse sentido, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental de terceira dimensão,
essencial para o cumprimento dos direitos de primeira dimensão (direitos civis e políticos) e de segunda
dimensão (direitos econômicos, sociais e culturais). Além disso, como dever estatal, são necessárias medidas
para alcançar resultados efetivos na proteção dos processos ecológicos essenciais.
Por essa conjugação, temos hoje a proposição de um Estado de Direito Ecológico, como aquele responsável
pela dignidade ecológica e pela tutela jurídica dos direitos dos animais e da natureza.
Vamos juntos no estudo dessa temática? 
SURGIMENTO DO ESTADO DE DIREITO ECOLÓGICO
Na modernidade, o constitucionalismo passou pelas feições de Estado Liberal, de Estado Social e, atualmente,
encontra-se como Estado Democrático de Direito. Com o advento do Antropoceno, novas abordagens têm
sido suscitadas, tais como Estado Socioambiental de Direito, Estado de Direito Ambiental e, mais
recentemente, Estado Ecológico de Direito.
Aula 1
ESTADO DE DIREITO ECOLÓGICO
O meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental de terceira dimensão, essencial
para o cumprimento dos direitos de primeira dimensão (direitos civis e políticos) e de segunda dimensão
(direitos econômicos, sociais e culturais). 
33 minutos
ALTERNATIVAS SOCIOAMBIENTAIS PARA A SUSTENTABILIDADE
 Aula 1 - Estado de Direito Ecológico
 Aula 2 - Educação ambiental
 Aula 3 - Consumo sustentável
 Aula 4 - Desenvolvimento e pós-desenvolvimento
 Referências
129 minutos
03/04/2024, 15:54 wlldd_231_u4_res_soc_amb
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923854&ativid… 2/18
Cada uma dessas novas perspectivas possui características assentadas na ética das relações com a natureza.
Apesar da multiplicidade terminológica, há um ponto de partida uni�cador: a incorporação do meio ambiente
como marco fundamental do Estado contemporâneo.
A primeira proposição é o Estado Socioambiental de Direito, que estabelece o esverdeamento constitucional
pela inserção da variável ecológica em conjunto com os valores e conquistas das concepções liberais e sociais
(SARLET; FENSTERSEIFER, 2017). O constitucionalismo socioambiental incorpora, diante do contexto atual, a
dimensão ambiental, de garantia de proteção do meio ambiente sem desguarnecer o combate às
desigualdades sociais, especialmente nos países do Sul Global.
Quanto ao Estado de Direito Ambiental, que, em muitos pontos, se aproxima do modelo socioambiental,
trata-se de uma construção teórica como “[...] aquele que faz da incolumidade do seu meio ambiente sua
tarefa, critério e meta procedimental de suas decisões, o que não exclui, por óbvio, o âmbito social” (LEITE;
SILVEIRA: BETTEGA; 2017, p. 68). O Estado de Direito Ambiental é a �rme inserção do meio ambiente nos
textos e discussões constitucionais. Ele está aprumado para a proteção do meio ambiente reciprocamente
como um direito fundamental e como um dever estatal, norteador das políticas públicas. O dever estatal é
cumprido por meio de uma atuação positiva e negativa. A atuação positiva ocorre mediante políticas públicas
para a proteção e melhoria da qualidade ambiental; a negativa, pela ausência de interferências deletérias no
meio ambiente.
O Estado de Direito Ambiental reconhece a importância dos sistemas ecológicos, considerando os
componentes naturais sujeitos à proteção jurídica intrínseca, isto é, com tutela independente das valorações
humanas. Temos, ademais, a compreensão de uma ética biocêntrica, que, a propósito, é a fundamentação
para a proteção aos direitos dos animais.
Por �m, o Estado de Direito Ecológico, teorizado mais recente, por vezes é tido como sinônimo de Estado de
Direito Ambiental. Uma primeira proposição para o Estado de Direito Ecológico é que se trata de uma
ampliação da interpretação ética, por meio do qual é possível o reconhecimento dos direitos da natureza e,
portanto, a possibilidade de uma tutela jurídica em sentido amplo. O Estado de Direito Ecológico dialoga com
as tradições do Sul Global, como as cosmovisões do bem-viver, pachamama, sumak kaysay e outras. Essas são
a compreensão dos povos originários sobre as suas relações com a natureza, em um paradigma de
interdependência, segundo o qual homem e natureza não estão separados. O Estado de Direito Ecológico é
uma construção teórica que, diante das complexidades suscitadas pelas questões ambientais no mundo
contemporâneo, converge para uma �nalidade de salvaguarda da vida e da natureza.
Uma outra formulação do Estado de Direito Ecológico sustenta a justi�cativa da proteção ambiental ligada aos
desa�os do Antropoceno. Com o avanço do conhecimento cientí�co sobre os complexos processos do sistema
planetário, incluindo os impactos da in�uência humana nele, é exigido, como expõe Aragão (2017), um
arcabouço de proteção mais rigoroso, porque há uma obrigação geral, para todos os atores e em todas as
escalas, de não ultrapassarmos os limites biofísicos do planeta. O Estado de Direito Ecológico, portanto, atua
em benefício de um espaço operacional seguro para a vida planetária.
É preciso atentar, por �m, ao fato que não há um modelo único para as denominações Estado Socioambiental,
Estado de Direito Ambiental e Estado Ecológico de Direito. Por isso, optamos por usar a expressão Estado
Ecológico de Direito, por conjugar os aspectos de todas as concepções.
PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES DO ESTADO DE DIREITO ECOLÓGICO
É possível falar na existência de um Estado de Direito Ambiental ou mesmo de um Estado de Direito Ecológico
no Brasil? Entendemos que sim, porque a proteção da dignidade humana e dos processos ecológicos
essenciais estão previstos na Constituição de 1988.
O art. 225 da Constituição de 1988 traz como norma-matriz o direito fundamental ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Esse direito deve ser entendido como um meio ambiente não poluído, saudável,
com salubridade. A sadia qualidade de vida só é realizável com o meio ambiente ecologicamente equilibrado.
A propósito, a Constituição de 1988 “[...] associou o meio ambiente ecologicamente equilibrado ao direito à
vida, em especial à sadia qualidade de vida, em direcionamento voltado para o princípio estruturante do texto
constitucional: a dignidade da pessoa humana” (MELO, 2017, p. 45, grifo do autor). O direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado é um direito fundamental de terceira dimensão, diretamente relacionado ao
cumprimento dos demais direitos fundamentais. Nesse sentido,
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https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923854&ativid… 3/18
Portanto, sem um meio ambiente ecologicamente equilibrado não há a dimensão ecológica da dignidade da
pessoa humana. Por essa razão, a Constituição de 1988 estabelece um conjunto de deveres para o poder
público, expressos no § 1º do art. 225.
Um deles é a obrigação de “preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológicodas espécies e ecossistemas” (BRASIL, 1988). Os processos ecológicos essenciais são os �adores da
vida. Por meio deles, temos a proteção da biodiversidade, incluindo a variabilidade genética de espécies e de
ecossistemas. No caso da humanidade, esses processos ecológicos são os garantidores da produção de
alimentos, da saúde e das condições climáticas de habitabilidade terrestre. Nota-se, assim, que processos
ecológicos essenciais assumem a salvaguarda tanto da vida humana quanto da biodiversidade e da natureza.
É importante destacar outras obrigações constitucionais de proteção ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, tais como (i) preservar a integridade e a diversidade do patrimônio genético e (ii) de�nir espaços
territoriais especialmente protegidos (BRASIL, 1988). A preservação do patrimônio genético, entendido como a
informação de origem genética de espécies vegetais, animais ou microbianas, é o dever de proteção à
biodiversidade. No que se refere aos espaços protegidos, trata-se da instituição de unidades de conservação,
que são áreas com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo poder público para �ns de
preservação ou conservação ambiental.
Com essas observações, constata-se a dupla dimensão protetiva, a partir da norma-matriz, do meio ambiente
ecologicamente equilibrado, tanto em relação à dignidade da pessoa humana quanto em relação aos
processos ecológicos essenciais. Em uma ou outra perspectiva, as nomenclaturas ambiental ou ecológica
estão presentes no texto constitucional. Em síntese, a Constituição de 1988 permite, como decorrência das
adversidades do Antropoceno, o alargamento conceitual-teórico para a salvaguarda ecológica.
A APLICAÇÃO DO PARADIGMA ECOLÓGICO
Quais são os compromissos do Estado Ecológico de Direito? Quais as matrizes éticas para essa abordagem
estatal?
Em primeiro lugar, a diferença do Estado tradicional e do Estado de Direito Ecológico está na força jurídica das
obrigações impostas para a proteção do meio ambiente (ARAGÃO, 2017).
No Estado tradicional, o direito ambiental assenta-se na obrigação de evitar os danos ambientais e,
conjuntamente, melhorar a qualidade ambiental, tudo baseado em “esforços” (ARAGÃO, 2017). Trata-se de um
direito ambiental que, basicamente, �xa restrições para os empreendimentos na gestão dos recursos naturais
(WINTER, 2017).
No Estado Ecológico de Direito, por sua vez, o objetivo é alcançar resultados na proteção ambiental; ou seja,
diante do cenário atual, em que temos conhecimento sobre as consequências dos impactos humanos no
planeta, não podemos nos contentar com meros "esforços"; é hora de adotar medidas e políticas públicas
efetivas para o enfrentamento das emergências do Antropoceno (ARAGÃO, 2017).
Nesse sentido,
[....] a efetivação dos direitos civis e políticos (direitos de primeira dimensão) e dos direitos
econômicos, sociais e culturais (direitos de segunda dimensão) só é possível com um meio
ambiente ecologicamente equilibrado. A�nal, como é possível garantir o direito à vida, à
saúde ou ao trabalho em um ambiente poluído? O meio ambiente ecologicamente
equilibrado reveste-se como indeclinável para a efetivação das demais dimensões de
direitos humanos.
— (MELO, 2017, p. 45)
[...] não é su�ciente aplicar estas medidas ambientais se, ao mesmo tempo, não houver
um acompanhamento permanente para saber se os efeitos das medidas correspondem ao
que é necessário para alcançar os �ns, ou se é necessário adotar novas e reforçadas
medidas de proteção ou recuperação ambiental.
— (ARAGÃO, 2017, p. 33)
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É preciso respeitar o espaço operacional seguro, de forma que as interferências econômicas no ambiente não
acentuem o desequilíbrio dos sistemas de sustentação planetária. A�nal, se conhecemos os limites, não é
aceitável que atividades dissonantes sejam franqueadas.
Por isso, há a necessidade de redimensionar o princípio da precaução, pois ele é decisivo nas avaliações e
monitoramentos ambientais. Esse princípio tem como objeto o controle da incerteza cientí�ca e do perigo in
abstrato, entendidos como a ausência de pesquisas e informações sobre a potencialidade lesiva ou não de
uma determinada atividade para o meio ambiente e a saúde humana. Além desses aspectos, redimensionar o
princípio da precaução implica inserir a variável social de modo que as avaliações sobre as atividades e
empreendimentos considerem os impactos e consequências sociais para as comunidades. Deve-se observar
que essas intervenções não ocasionem situações de vulnerabilidades ou desigualdades socioambientais.
No cerne do Estado de Direito Ecológico, está a superação de uma compreensão ética assentada no
antropocentrismo utilitarista, da humanidade como o centro de todas as relações jurídicas. A dimensão da
dignidade ecológica impõe a aceitação da matriz biocêntrica que, não obstante as diversas correntes de
interpretação, manifesta-se por meio da proteção da biodiversidade e dos animais, considerados como
valores intrínsecos.
A propósito, o conceito de meio ambiente na legislação brasileira, previsto na Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, é de matriz biocêntrica. Nesse sentido, o art. 3º, I, da Lei nº 6.938/1981, compreende por: “meio
ambiente, o conjunto de condições, leis, in�uências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (BRASIL, 1981). Nota-se que a proteção ambiental é
para todas as formas de vida, não somente a humana. A ética biocêntrica é exempli�cada em julgados do
Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiram práticas consideradas cruéis contra os animais não humanos,
como no caso das rinhas de galo, da farra do boi e da vaquejada (MELO, 2017).
Por �m, tratemos do reconhecimento dos direitos da natureza, em uma visão ecocêntrica. Essa matriz não é
contemplada pelo direito e pelos julgados dos tribunais superiores brasileiros. Na América Latina, todavia,
temos exemplos da matriz ecocêntrica nas Constituições do Equador e da Bolívia. No âmbito do Poder
Judiciário, um dos casos paradigmáticos é uma sentença da Corte Constitucional da Colômbia, que, ao decidir
sobre a proteção e conservação do Rio Atrato, o qual corta aquele país, o reconheceu como sujeito de direitos.
O Tribunal Constitucional do Equador, por sua vez, em decisão de novembro de 2021, a�rmou que: “Os
direitos da natureza protegem os ecossistemas e processos naturais por seu valor intrínseco,
complementando o direito humano a um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado” (ECUADOR,
2021, p. 77, tradução nossa). Nota-se, assim, que a natureza como sujeito de direitos é uma dimensão que
está em processo de aceitação nesses países, em um paradigma que poderá ser albergado por outros
sistemas jurídicos.
VIDEOAULA
Esse vídeo tem como conteúdo as novas conformações estatais para enfrentar os desa�os ecológicos. Para
tanto, estudaremos os elementos estruturantes do Estado Ecológico de Direito, que tem o meio ambiente
ecologicamente equilibrado com um direito fundamental de terceira dimensão, que impõem deveres para a
consecução da dimensão ecológica da dignidade e da proteção aos processos ecológicos essenciais.
Além disso, estudaremos as dimensões éticas e sua interface com a proteção ambiental, incluindo a
con�guração no universo jurídico brasileiro.
Vamos juntos?
 Saiba mais
A con�guração do Estado de Direito Ecológico é objeto de estudos por teóricos e pesquisadores. Uma
entidade acadêmica que aprofunda as discussões sobre a temática é o Instituto O Direito por um Planeta
Verde, que disponibilizou em seu site na internet uma obra coletiva sobre o Estado de Direito Ecológico, a
saber: Planeta Verde.
Procure baixá-la e acompanhar as principais discussões sobre o EstadoEcológico. Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20221108171214_8395.pdf
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INTRODUÇÃO
Estudante, é uma alegria tê-lo conosco em um novo encontro, em que discutiremos a educação ambiental.
Falar em educação ambiental é discutir os valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências para
o exercício de uma cidadania voltada para a sustentabilidade. É por meio dela que tomamos consciência e
re�etimos sobre a importância da proteção do meio ambiente em nosso cotidiano.
A educação ambiental é um dever não somente do poder público e das instituições de ensino, mas igualmente
de empresas, entidades de classe, organizações privadas, órgãos de imprensa e da sociedade como um todo.
Portanto, conhecer os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental poderá auxiliá-lo na
sua atividade pro�ssional, de forma a contribuir na formulação de projetos e iniciativas para a
sustentabilidade.
Vamos juntos no estudo dessa instigante temática!  
O CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O que é educação ambiental? Quais os princípios e objetivos da educação ambiental no Brasil? E de que
maneira a educação ambiental poderá auxiliar na construção de uma sociedade sustentável?
Na primeira conferência das Nações Unidas para o meio ambiente, em Estocolmo, 1972, a educação
ambiental passou a ser uma temática central nas proposições ecológicas, ao envolver não apenas as escolas,
mas os meios de comunicação, as empresas e toda a sociedade. Nesse sentido, a Declaração de Estocolmo
sobre o Meio Ambiente Humano destacou em seu princípio 19 que:
A Constituição de 1988, por sua vez, estabelece no art. 225, § 1º, VI, como dever do poder público “[...]
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação
do meio ambiente” (BRASIL, 1988). Esse dever foi regulamentado pela Lei nº 9.795/1999, que instituiu a Política
Nacional de Educação Ambiental (PNEA), inserindo a educação ambiental como componente essencial e
permanente da educação nacional, e disciplinando os seus princípios, objetivos e responsabilidades para
todos os atores públicos e privados.
É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais, dirigida tanto às
gerações jovens como aos adultos e que preste a devida atenção ao setor da população
menos privilegiado, para fundamentar as bases de uma opinião pública bem-informada, e
de uma conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades inspirada no sentido de
sua responsabilidade sobre a proteção e melhoramento do meio ambiente em toda sua
dimensão humana. É igualmente essencial que os meios de comunicação de massas
evitem contribuir para a deterioração do meio ambiente humano e, ao contrário,
difundam informação de caráter educativo sobre a necessidade de protegê-lo e melhorá-
lo, a �m de que o homem possa desenvolver-se em todos os aspectos.
— (ONU, 1972, p. 5)
Aula 2
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental é um dever não somente do poder público e das instituições de ensino, mas
igualmente de empresas, entidades de classe, organizações privadas, órgãos de imprensa e da sociedade
como um todo.
29 minutos
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Para a PNEA, a educação ambiental é entendida como “[...] os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente [...]” (BRASIL, 1999). Ademais, a PNEA, ao teor da Constituição de 1988,
reconhece o meio ambiente como “[...] bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade” (BRASIL, 1999).
A educação ambiental “[...] é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não-formal” (BRASIL, 1999). Entende-se por educação formal aquela que ocorre nos sistemas o�ciais de
ensino, desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições públicas e privadas. A PNEA estabelece que a
educação ambiental deve ser considerada como “[...] uma prática educativa integrada, contínua e permanente
em todos os níveis e modalidades do ensino formal” (BRASIL, 1999). Já a educação ambiental não formal são
“[...] as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à
sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente” (BRASIL, 1999). As práticas e
vivências em ambientes como comunidades e entidades em geral são exemplos de iniciativas da educação
não formal.
O documento com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, aprovado pelo Conselho
Nacional de Educação em 2012, estabelece que:
Por meio da educação ambiental, é possível uma formação crítica e dialógica sobre o contexto, as
complexidades e as exigências estabelecidas pelas questões ecológicas à sociedade contemporânea. Ademais,
a educação ambiental permite o conhecimento dos mecanismos e instrumentos para o exercício de uma
cidadania ecológica ativa.
PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A implementação dos planos, programas e projetos de educação ambiental são orientados por oito princípios,
estabelecidos no artigo 4º da PNEA (BRASIL, 1999).
O primeiro princípio é o “enfoque humanista, holístico, democrático e participativo” (BRASIL, 1999). Ao
contrário de uma leitura reducionista, fragmentada e de mero repasse de informações, esse princípio
pressupõe uma perspectiva dialógica para a educação ambiental, por meio da problematização das causas e
efeitos das temáticas ecológicas, com o chamamento à participação comunitária a partir de pressupostos
democráticos.
O segundo princípio é “a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência
entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade” (BRASIL, 1999). Esse
princípio refuta concepções estanques e supostamente independentes dos elementos que compõem o meio
ambiente. Ao reverso, reconhece o meio ambiente como totalidade, com suas dimensões interligadas, em
uma relação de interdependência; o meio ambiente é uno e indivisível.
O terceiro princípio é “o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e
transdisciplinaridade” (BRASIL, 1999). Não há uma única perspectiva pedagógica, mas olhares e possibilidades
múltiplas na abordagem sobre o meio ambiente, que devem ser contempladas e conjugadas nas práticas
educacionais. Por perspectiva multidisciplinar, temos o reconhecimento de que as questões ambientais
envolvem saberes disciplinares distintos; por interdisciplinar, temos a interação e reciprocidade entre os
princípios desses saberes disciplinares; por perspectiva transdisciplinar, a compreensão de que os
conhecimentos disciplinares fazem parte de um mesmo “sistema” complexo e integrado.
O quarto princípio, é “a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais” (BRASIL, 1999);
isto é, não há desvinculação entre essas práticas e valores e a proteção ao meio ambiente.
O quinto princípio é “a garantia de continuidade e permanência do processo educativo” (BRASIL, 1999). A
educação ambiental não se resume a ações datadas ou transitórias e, conforme o sexto princípio, inclui a
“permanente avaliação crítica do processo educativo” (BRASIL, 1999). Trata-se de reconhecer a educação
[...] A Educação Ambiental é uma dimensãoda educação, é atividade intencional da prática
social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação
com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade
humana com a �nalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.
— (MEC, 2012, p. 2)
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ambiental como um contínuo de avaliações e reavaliações, de críticas e autocríticas, diante das dinâmicas e
transformações ecológicas em curso.
O sétimo princípio é “a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais”
(BRASIL, 1999). As demandas ambientais estão em múltiplas escalas, do global ao local. Só podemos ser
globais com as ações locais. Os programas e projetos de educação ambiental devem contemplar essas
múltiplas escalas, sem perder, todavia, o contexto e os desa�os do chão da vida, isto é, a escala da
proximidade.
Por �m, o oitavo princípio é o “reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural”
(BRASIL, 1999). É preciso levar em conta a pluralidade e a diversidade cultural de um país como o Brasil, com
os saberes e conhecimentos dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Para tanto, faz-se
necessária uma ecologia dos saberes, em que o conhecimento cientí�co dialoga com as práticas populares,
em uma abertura para as tradições e vivências dos povos originários, das comunidades tradicionais, das
periferias e dos rincões do Brasil.
A partir desses princípios, temos os objetivos fundamentais da educação ambiental no Brasil, previsto nos art.
5º da PNEA (BRASIL, 1999). Destacaremos três deles, que reputamos necessários para a compreensão da
educação ambiental.
O primeiro objetivo, “o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental
e social” (BRASIL, 1999), é o compromisso da educação ambiental como um elemento crítico para a
conscientização e a mobilização em face dos impasses contemporâneos. Sem contextualizar as estruturas que
estão no cerne e que engendram a problemática ambiental, a educação ambiental perde a possibilidade de
fomentar um sujeito e uma sociedade comprometidos com o exercício dos direitos socioambientais.
O segundo objetivo é “o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania” (BRASIL, 1999). A proteção ambiental não se circunscreve a ativismos,
com propagandas e discursos por mais e mais direitos. Ela requer ações políticas no encontro com a
realidade, em uma cidadania contra a apatia e a passividade, de compromisso com a solidariedade entre as
presentes e futuras gerações.
O terceiro objetivo, por �m, é “o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e
macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos
princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e
sustentabilidade” (art. 5º, V). Esse objetivo reúne os valores fundamentais de uma sociedade ecológica e
democrática, em conformidade com os objetivos constitucionais da República Federativa do Brasil, previstos
no art. 3º da Constituição Federal (BRASIL, 1988).
A APLICAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CONTEXTOS SOCIAL E CORPORATIVO
O art. 3º da PNEA estabelece as incumbências para que o poder público, as instituições educativas, os órgãos
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente, os meios de comunicação em massa, as empresas, as
instituições públicas e privadas e a sociedade como um todo possam implementar os processos de educação
ambiental (BRASIL, 1999). Essa conjugação de atores é um demonstrativo de que a educação ambiental, como
processo integrante da cidadania, é um compromisso da sociedade brasileira.
Em primeiro plano, cabe ao poder público, consoante as políticas de educação e meio ambiente, “[...] de�nir
políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis
de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente” (BRASIL,
1999). A condução dessas políticas é de responsabilidade dos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente,
que devem se articular na incorporação da dimensão ambiental tanto no ensino formal quanto na formação e
capacitação de docentes em todos os níveis educacionais.
Já às instituições educativas cabe “[...] promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas
educacionais que desenvolvem” (BRASIL, 1999). Pontua-se que a autorização e supervisão do funcionamento
de instituições de ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, dependem do cumprimento das
prescrições sobre a educação ambiental.
Os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) devem “[...] promover ações de
educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente”
(BRASIL, 1999). Os órgãos do Sisnama, como indutores e �scalizadores da proteção ambiental no país, não
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podem prescindir da execução de programas e projetos de educação ambiental. A�nal, entidades como o
IBAMA, o Instituto Chico Mendes e os órgãos ambientais e municipais podem tanto promover quanto
fomentar as dinâmicas de educação ambiental em suas áreas de atuação.
A PNEA, consciente da importância e do papel dos meios de comunicação de massa na sociedade, estabeleceu
para eles a incumbência de “colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e
práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação” (BRASIL,
1999). É preciso destacar que alguns desses meios de comunicação, como emissoras de televisão e de rádio,
são concessões públicas e nada mais pertinente que contribuírem para a conscientização da sociedade sobre
a necessidade de proteção e promoção dos valores ecológicos.
Já às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, foi estabelecida a atribuição de
“promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo
sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente”
(BRASIL, 1999). Esse dispositivo conjuga dois aspectos. Primeiro, que o conceito de meio ambiente contempla
questões laborais, ou seja, a preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores. Segundo, a
conscientização dos trabalhadores sobre os efeitos da atividade produtiva sobre o meio ambiente, de modo a
re�etir em práticas sustentáveis.
Por �m, à sociedade como um todo, é necessário “manter atenção permanente à formação de valores,
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identi�cação
e a solução de problemas ambientais” (BRASIL, 1999). É o reconhecimento de que a educação ambiental
possui dimensões individual e coletiva, que se re�etem na participação cidadã nos processos de decisão e no
exercício das atividades, valores e atitudes compromissados com a promoção de uma sociedade sustentável.
VIDEOAULA
Nesse vídeo, estudaremos a educação ambiental como elemento indissociável para a construção de
sociedades sustentáveis. Discutiremos o conceito, os princípios e os objetivos da Política Nacional de
Educação Ambiental.
Ademais, faremos uma abordagem das incumbências do poder público, das instituições educativas, dos
órgãos integrantesdo Sistema Nacional de Meio Ambiente, dos meios de comunicação de massa, das
empresas, das instituições públicas e privadas e da sociedade para a implementação dos processos de
educação ambiental.
Vamos juntos?
 Saiba mais
Uma das formas de aprofundar o aprendizado sobre a educação ambiental está em conhecer e
pesquisar no conjunto de publicações que o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza em seu site na
internet. Nele, temos as diretrizes para as políticas públicas e as orientações temáticas para a educação
ambiental, como no caso do consumo, da mudança do clima e das transformações ecológicas.
Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 3
CONSUMO SUSTENTÁVEL
É preciso refutar práticas econômicas prejudiciais, como é o caso da obsolescência planejada, que, de
forma deliberada, reduz a durabilidade dos produtos como forma de estimular o consumo repetitivo.
29 minutos
http://portal.mec.gov.br/component/content/article/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao-ambiental-publicacoes
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INTRODUÇÃO
Estudante, para pensar em alternativas para a construção de uma sociedade sustentável é fundamental
discutir as relações de consumo.
Se, por um lado, temos os benefícios proporcionados pela sociedade de consumo, por outro lado precisamos
reconhecer os impactos sobre o meio ambiente, em especial a pressão sobre os recursos naturais e o
descarte dos resíduos sólidos.
É preciso refutar práticas econômicas prejudiciais, como é o caso da obsolescência planejada, que, de forma
deliberada, reduz a durabilidade dos produtos como forma de estimular o consumo repetitivo. Por isso, a
necessidade de estabelecer padrões de consumo sustentável e de aprofundar os instrumentos de gestão dos
resíduos sólidos.
Vamos juntos estudar as dinâmicas do consumo sustentável?
O CONCEITO DE CONSUMO SUSTENTÁVEL
Somos uma sociedade de consumo. Trata-se de reconhecer que as relações de consumo constituem um
elemento indissociável das expectativas da sociedade contemporânea.
Com a modernidade, o crescimento econômico e o consumo foram os �adores da superação dos níveis
básicos de sobrevivência para uma parcela da população mundial, por meio do sistema de produção em
massa. Porém, a partir da segunda metade do século XX a sua maximização nos trouxe aquilo que é chamado
de sociedade consumista. O consumo deixou de ser uma condição importante para a melhoria da qualidade
de vida e se transformou em um vetor para o hedonismo individual, de um consumo pelo consumo, em um
mundo supostamente de abundância, sem preocupação com o descarte dos produtos e seus impactos. Tem-
se, então, o consumismo, que é uma distorção do consumo (CRESPO, 2012).
De forma mais grave, nas últimas décadas, o consumo assumiu contornos emocionais, com a aquisição de
produtos e serviços para atender o prazer de possuí-los como signi�cado de vida e reconhecimento social
(CRESPO, 2012). Esse estágio é chamado de hiperconsumo, ou seja, a identi�cação do que somos e como
vivemos é marcada pela satisfação de nossas pulsões e desejos por meio do consumo. No entanto, essa
exacerbação não signi�cou o aumento dos níveis de satisfação e felicidade pessoal.
Os pressupostos do consumismo são uma ameaça para os predicados de sobrevivência global. A�nal, quanto
mais consumo, mais produção e maior geração de resíduos sólidos. Nesse sentido,
É por esse cenário que devemos rede�nir a dinâmica das relações de consumo, pois trata-se de fator
indissociável para uma sociedade sustentável. Por isso, surgiram expressões como “consumo sustentável”,
“consumo verde”, “consumo consciente” e outras. Optamos pela denominação consumo sustentável, por ser
ampla e abarcar as demais, como o consumo verde, que confere ênfase ao papel do ato de compra do
consumidor para as escolhas sustentáveis; e o consumo consciente, como aquele efetuado a partir de
concepções éticas, a partir de de�nições como produção local, autossustentável e outras variantes.
O consumo sustentável conjuga as obrigações de todos os atores da sociedade de consumo para com a
sustentabilidade intergeracional. Isto é, adotar o consumo sustentável é respeitar a capacidade dos sistemas
de sustentação da vida na terra e, por decorrência, garantir um mundo com disponibilidade de recursos
naturais para as futuras gerações. Nessa perspectiva, a ênfase não está exclusivamente nas questões
tecnológicas, mas também no desa�o das mudanças dos valores socioambientais. A�nal, apesar da
importância dos avanços tecnológicos, eles isoladamente não são su�cientes para resolver os impasses da
população, da poluição e do consumismo sem que determinações legais, econômicas e morais sejam
estabelecidas para mudar a relação com a natureza (ODUM, 2001).
O problema da produção e do consumo realizados em bases não sustentáveis é simples
de ser entendido: não podemos extrair mais recursos naturais do que a natureza é capaz
de repor, quando se trata de recursos renováveis, e não podemos extrair inde�nidamente
recursos �nitos, não renováveis. Também não podemos descartar mais resíduos do que a
natureza é capaz de assimilar.
— (CRESPO, 2012, p. 81)
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Portanto, no paradigma do consumo sustentável, é estipulado um conjunto de obrigações para o poder
público, o setor produtivo e os consumidores, como partícipes decisivos para as mudanças necessárias. Para o
poder público, tem-se a exigência de normas de regulação e de incentivo para os processos de produção
ecologicamente equilibrados. Para o setor empresarial, a adoção de processos de produção que respeitem a
�nitude dos recursos naturais, além de minimizarem o descarte dos produtos. Para o consumidor, o
imperativo de mudança nos padrões de consumo, o que, é preciso reconhecer, não é uma tarefa das mais
fáceis.
Com esses apontamentos, podemos de�nir o consumo sustentável como os princípios, as políticas e as
obrigações do poder público, do setor produtivo e dos consumidores para a de�nição de padrões de consumo
compatíveis com a capacidade de suporte planetário e a garantia dos recursos naturais para as futuras
gerações.
POLÍTICAS PARA O CONSUMO SUSTENTÁVEL
A legislação brasileira prevê políticas públicas com parâmetros para a produção e o consumo sustentáveis.
Ambos estão correlacionados, isto é, a produção e o consumo são faces de uma mesma moeda.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece os padrões sustentáveis de produção e consumo.
Esses devem “[...] atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem
comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras” (BRASIL, 2010).
Portanto, produção e consumo são orientados para a sustentabilidade no diálogo ético entre as gerações.
Contudo, algumas dinâmicas de mercado estão em dissonância com os pressupostos da sustentabilidade.
Para exempli�car, uma prática sensível e altamente gravosa às exigências atuais: a obsolescência planejada.
Trata-se de um conjunto de técnicas e procedimentos que, de forma arti�cial e deliberada, de�nem limites na
durabilidade e/ou desejabilidade dos produtos, como forma de estimular o consumo repetitivo. Os produtos
são feitos para serem trocados ou repostos após curto período de duração ou uso, antecipando de forma
intencional a sua substituição, em um estímulo do consumo pelo consumo.Embora a obsolescência seja
natural em qualquer produto, com a planejada temos uma estratégia de mercado perniciosa para que ela
ocorra antes.
Moraes (2015) menciona a existência de três modalidades de obsolescência: (i) de qualidade; (ii) de função ou
funcional; e (iii) de desejabilidade ou psicológica. A obsolescência de qualidade é aquela em que o produtor,
de forma deliberada, projeta o tempo de vida útil do produto, por meio de técnicas e materiais inferiores, com
a redução da durabilidade (MORAES, 2015). A obsolescência de função ou funcional torna um produto
obsoleto com o lançamento, no mercado, de outro ou do mesmo com ajustes e melhoramentos pontuais
(MORAES, 2015). Por �m, há a obsolescência de desejabilidade ou psicológica, que consiste na estratégia de
defasagem do produto em decorrência da aparência ou design, afetando o desejo por ele e, por
consequência, colocando o consumidor em estado de ansiedade pela sua substituição (MORAES, 2015).
A obsolescência planejada tem efeitos prejudiciais nas relações de consumo, quebrando a boa-fé objetiva, e
danosos em matéria ambiental, especialmente no que se refere à geração de resíduos sólidos.
Na primeira perspectiva, do direito do consumidor, o Superior Tribunal de Justiça possui julgado sobre os
problemas da obsolescência, a saber:
Na decisão, evidenciou-se a obsolescência em razão de qualidade, pois, ao se constatar duração inferior de
produto com expectativa de vida útil maior, ocorreu um procedimento incompatível com as relações de
consumo. Atualmente, por ausência de legislação sobre a obsolescência planejada no Brasil, o Código de
(...) independentemente de prazo contratual de garantia, a venda de um bem tido por
durável com vida útil inferior àquela que legitimamente se esperava, além de con�gurar
um defeito de adequação (art. 18 do CDC), evidencia uma quebra da boa-fé objetiva, que
deve nortear as relações contratuais, sejam de consumo, sejam de direito comum.
Constitui, em outras palavras, descumprimento do dever de informação e a não realização
do próprio objeto do contrato, que era a compra de um bem cujo ciclo vital se esperava,
de forma legítima e razoável, fosse mais longo.
— (BRASIL, 2012)
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Defesa do Consumidor é um importante instrumento para questionamento de práticas prejudiciais aos
consumidores, impondo ação governamental no sentido de protegê-los, com a “[...] garantia dos produtos e
serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho" (BRASIL, 1990).
Na segunda perspectiva, a de viés ambiental, temos que a obsolescência planejada é dissonante com as
exigências ecológicas. O estímulo ao consumismo, por meio da substituição permanente de produtos, tem por
correspondência a extração maior de recursos minerais e o aumento do consumo de energia, com impactos
signi�cativos sobre o meio ambiente, tanto na disponibilidade de recursos quanto na geração de resíduos
sólidos, ou seja, de poluição por resíduos sólidos.
A IMPLEMENTAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA O CONSUMO SUSTENTÁVEL
A de�nição das responsabilidades e a implementação dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) são fundamentais para a construção de uma sociedade sustentável. Com efeito, a PNRS
estrutura-se na conjugação de obrigações para as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e
os segmentos da sociedade para a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental (BRASIL, 2010).
Em primeiro lugar, destaca-se o papel do poder público, por meio dos planos de resíduos sólidos, articulados
em vários níveis, como o plano nacional, os planos estaduais, os planos intermunicipais, os planos municipais
e outros. Esses planos são instrumentos de diagnóstico, análise e planejamento para as políticas públicas de
produção e consumo a longo prazo. No caso do plano nacional e dos planos estaduais de resíduos sólidos, o
prazo de duração é de vinte anos com atualização a cada quatro anos (BRASIL, 2010). O plano nacional de
resíduos sólidos traz em seu conteúdo as metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas
a minimizar a quantidade de resíduos e rejeitos produzidos no país (BRASIL, 2010). Os planos, em síntese, são
os norteadores da gestão integrada e do gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil.
Com os instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, temos o compromisso de todos os atores com
os padrões sustentáveis de produção e consumo e, ademais, com as dinâmicas do �uxo de gestão dos
resíduos sólidos, notadamente a responsabilidade pós-consumo. Nessa perspectiva, dois instrumentos se
destacam: a logística reversa e a coleta seletiva.
A logística reversa é um instrumento econômico e social destinado a “[....] viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial [...]” (BRASIL, 2010), após o uso pelo consumidor. Esses resíduos
poderão ser usados para reaproveitamento nos ciclos produtivos ou para destinação �nal ambientalmente
adequada. A logística reversa é uma obrigação imposta aos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes de produtos que causem riscos à saúde humana e ao meio ambiente (BRASIL, 2010).
Pela Lei nº 12.305/2010, a logística reversa é obrigatória para os seguintes produtos: (i) agrotóxicos, seus
resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso:
(ii) pilhas e baterias; (iii) pneus; (iv) óleos lubri�cantes, seus resíduos e embalagens; (v) lâmpadas
�uorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e (vi) produtos eletroeletrônicos e seus
componentes (BRASIL, 2010). Outros produtos podem ser inseridos, de acordo com os riscos para a saúde
humana e o meio ambiente, como é o caso de embalagens plásticas, metálicas ou de vidro etc. Os
consumidores, por sua vez, deverão efetuar a devolução dos produtos e das embalagens após o uso, no caso
aos comerciantes ou distribuidores (BRASIL, 2010).
Outro instrumento relevante é a coleta seletiva, que é a “coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição” (BRASIL, 2010). O ente federativo responsável pela implementação
da coleta seletiva é o Município. Ele implementa a coleta seletiva por intermédio do órgão titular dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. A coleta seletiva impõe duas obrigações para os
consumidores: (i) acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; e (ii)
disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução (BRASIL,
2010).
Além da PNRS, é pertinente destacar a questão das compras governamentais. A Lei nº 14.133/2021, que é o
novo diploma legal para as licitações, tem o desenvolvimento nacional sustentável como princípio e um de
seus objetivos (BRASIL, 2021). O poder de contratação dos entes federativos é determinante para que padrões
ambientalmente sustentáveis de produtos e serviços sejam produzidos e alocados não só na administração
pública, como re�examente em toda a sociedade.
Em conjunto com as obrigações e procedimentos legais, como nós, consumidores, podemos articular as
dinâmicas de consumo em uma perspectiva cidadã? Trata-se de uma questão sensível, mas é preciso destacar
que o consumo ultrapassa a esfera individual e se constitui em conduta com impactos coletivos. Enquanto
consumidores, as escolhas que são feitas no presente são determinantes para as disponibilidades futuras.
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Nisso, o imperativo de se atentarà solidariedade intergeracional, com o compromisso de legar às gerações
futuras recursos e condições para a sobrevivência e mesmo para tentar algo diferente do rumo até hoje
traçado. Por isso, um estilo de vida sem excessos ou desperdícios no consumo é requisito para as
transformações requeridas. Sem repensar as relações e distorções do consumo, não há como acreditar na
possibilidade de uma sociedade sustentável.
VIDEOAULA
Nesse vídeo, estudaremos os impactos do consumo sobre o meio ambiente e a importância de
implementarmos políticas e iniciativas para o consumo sustentável.
Será abordado, igualmente, a prática econômica da obsolescência planejada, que consiste em produzir
produtos e serviços com durabilidade e existência menores.
Por �m, serão analisados os padrões de produção e consumo sustentáveis, com destaque para os
instrumentos que lidam com a responsabilidade pós-consumo, como é o caso da logística reversa e da coleta
seletiva.
Vamos juntos?
 Saiba mais
O Instituto Akatu é uma referência da sociedade civil na formulação de propostas e iniciativas para o
consumo consciente. Essa entidade traz em seu site na internet projetos, iniciativas e orientações sobre o
consumo sustentável em áreas como moda, resíduos sólidos, água, alimentos e outras. Vale a pena
conhecer e pesquisar as diversas publicações do Instituto Akatu. Bons estudos! 
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Estudante, uma discussão instigante é sobre a capacidade de a economia conferir alternativas para as
questões postas pelas emergências ecológica e climática. Será possível, de fato, um desenvolvimento
sustentável diante das exigências de governos e sociedade pelo crescimento econômico contínuo?
Essa é, sem dúvida, a questão dos nossos tempos!
Para tanto, nesta aula, estudaremos as duas grandes proposições que pretendem conferir uma resposta. Em
primeiro lugar, o desenvolvimento sustentável no contexto de uma economia verde, que é a leitura
dominante nas instâncias internacionais. Em seguida, a tese do pós-desenvolvimento, segundo a qual a
economia ecológica vai ofertar alternativas, como é o caso dos defensores de uma economia estável ou,
ainda, de forma mais assertiva, uma economia em decrescimento.
Em qualquer dessas perspectivas, temos o inevitável desa�o de enfrentar uma mudança no rumo das
questões econômicas para conferir respostas às alterações ecológica e climática.
Tenho certeza de que você vai gostar desse conteúdo!
Aula 4
DESENVOLVIMENTO E PÓS-DESENVOLVIMENTO
Nesta aula, estudaremos as duas grandes proposições que pretendem conferir uma resposta. Em
primeiro lugar, o desenvolvimento sustentável no contexto de uma economia verde, que é a leitura
dominante nas instâncias internacionais. Em seguida, a tese do pós-desenvolvimento, segundo a qual a
economia ecológica vai ofertar alternativas.
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DESENVOLVIMENTO E PÓS-DESENVOLVIMENTO
Com o término da Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento, um conceito que foi associado ao
crescimento econômico, tornou-se o objetivo social da comunidade internacional.
A mensuração do sucesso e do insucesso de um país está na capacidade de crescimento da sua economia.
Para tanto, a essência do crescimento é expressa pelo aumento do produto interno bruto (PIB), que é a soma
de todos os bens e serviços produzidos por uma nação ou região durante o período de um ano. Aumentar o
PIB tornou-se uma prioridade para governos e sociedade. Esse indicador, contudo, é criticado por conferir
ênfase ao crescimento econômico e não contemplar outras variáveis.
Por isso, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estabeleceu o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), conjugando, ao lado dos parâmetros econômicos, indicadores como
educação e saúde. Para exempli�car, o país com melhor IDH do mundo é a Suíça, ao passo que o Brasil ocupa
a 87ª posição no ranking global, tendo como referência o ano de 2021.
Em qualquer das métricas utilizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), a ideia de desenvolvimento é
central, de tal forma que a ONU editou em 1986 a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento, em que
pretende inserir o desenvolvimento no rol dos direitos humanos. Nesse sentido,
A compreensão sobre o desenvolvimento passou por uma série de interpretações, sendo que, a partir do
Relatório Nosso Futuro Comum, de 1987, recebeu o adjetivo sustentável (ONU, 1991). Assim, atualmente
falamos em desenvolvimento sustentável, cujo maior exemplo da abrangência propositiva é o conteúdo da
Agenda 2030, de 2015, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o ano de 2030 (ONU, 2015).
Mas é preciso problematizar o desenvolvimento sustentável diante das emergências ecológica e climática,
notadamente pelo acelerado esgotamento dos recursos naturais e o aumento da poluição. Nesse sentido,
como repensar as questões da economia com o meio ambiente? É possível articular uma economia ecológica?
Existem alternativas para o desenvolvimento sustentável? Essas são perguntas para a prospecção de novos
debates.
Em que pese a expressão "desenvolvimento sustentável" ser dominante nas instâncias de deliberação em
nível internacional e nacional, nos últimos anos surgiram correntes que articulam novas leituras e
compreensões para o enfrentamento das emergências contemporâneas. Entre elas, estão os defensores do
que é denominado como pós-desenvolvimento, que reúne os críticos à ideia de desenvolvimento.
Na corrente do pós-desenvolvimento, destaca-se a teoria do decrescimento, que, a partir da crítica ao
crescimento econômico como objetivo social e de seus malogros para o meio ambiente, defende ser preciso
parar imediatamente a velocidade e a intensidade do consumo global, sobretudo pelos países ricos. O
conceito de decrescimento, segundo Latouche, tem “[...] como objeto marcar fortemente o abandono do
objetivo do crescimento pelo crescimento [...]” (LATOUCHE, 2006, p. 13). Para os defensores do decrescimento,
o crescimento é antieconômico e ecologicamente insustentável (DEMARIA; KALLIS; D’ALISA, 2016). É
antieconômico porque os problemas causados são o aumento das desigualdades e das injustiças; é
ecologicamente insustentável porque está exaurindo com os recursos naturais e aumentando
signi�cativamente a poluição no planeta. Em razão disso, o decrescimento vai propor uma abordagem não
paliativa, consistente na rede�nição das relações econômicas e sociais como forma de sustentação da vida
planetária.
ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE
Tanto o desenvolvimento sustentável quanto o pós-desenvolvimento terão de ser analisados à luz dos
modelos e possibilidades da economia, com destaque para a economia verde e a economia ecológica. Ambas
são estratégias para adequar a economia à sustentabilidade.
O direito ao desenvolvimento é um direito humano inalienável em virtude do qual todos os
seres humanos e todos os povos têm o direito de participar, de contribuir e de gozar o
desenvolvimento económico, social, cultural e político, no qual todos os direitos humanos
e liberdades fundamentais se possam plenamente realizar.
— (ONU, 1986, p. 3)
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A partir de 2008, o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma) começou a defender o fomento
de uma economia verde, de modo que a sustentabilidade é inserida no centro da formulação das políticas
econômicas. Essa ideia ganharia relevância com a Conferência Rio+20, realizada no Rio de Janeiro, em 2012.
Conforme o Pnuma, a economia verde pode ser de�nida como“[...] uma economia que resulta em melhoria
do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz signi�cativamente riscos
ambientais e escassez ecológica” (PNUMA, 2011, p. 2). Esse modelo tem como objetivos uma economia de
baixa emissão de carbono, de redução do uso dos recursos naturais e de inclusão social. Uma das aplicações
dessa perspectiva é a substituição de energias fósseis por renováveis (energias limpas) e a redução da
extração dos recursos naturais por meio da reciclagem contínua.
Para os seus críticos, a economia verde não traz novidades quanto à escala ecológica, ou seja, de limitar o
crescimento. Além disso, ela estrutura-se em dois pressupostos sensíveis: i) a mercantilização dos recursos
naturais; ii) a crença na tecnologia como solução para os problemas das externalidades negativas, isto é, a
poluição das atividades industriais. A mercantilização, que consiste em atribuir valores monetários a recursos
como ar, águas, fauna e �ora em busca de lucro, desconhece o valor intrínseco desses recursos e procura
inseri-los nas lógicas de mercado. Da mesma forma, há uma aposta fundamental nas inovações tecnológicas
ambientais para a superação dos problemas atuais, sem considerar as disparidades entre países ricos e os em
desenvolvimento.
Em síntese, nesse modelo o esverdeamento não altera a posição da economia em relação aos ciclos da vida: a
natureza continua como acessória às determinantes do mercado e, portanto, não há alteração na crença de
que o crescimento contínuo é possível.
A economia ecológica, por sua vez, reconhece os processos econômicos e os ecológicos como sistemas
interdependentes (LEFF, 2021) e que, por isso, há limites de crescimento para as atividades econômicas,
notadamente pela �nitude dos recursos naturais. A premissa é “[...] que existem limites biofísicos à expansão
da economia, principalmente de uma economia global fortemente ancorada na extração de minerais e
queima de combustíveis fósseis [...]” (CECHIN, 2018, p. 51). O sistema econômico atual, diante do uso
acelerado dos recursos naturais, com a consequente escassez, está com os dias contados. De forma mais
direta, não há como o planeta manter os padrões atuais de produção e consumo, assim como não possui
capacidade de absorver o nível de poluição decorrente.
A partir das constatações da economia ecológica, uma parcela de economistas propõe uma economia do
“estado estacionário”, mais recentemente denominada como “economia estável”, em que “[...] a quantidade de
recursos da natureza seria su�ciente para apenas manter constantes o capital e a população” (CECHIN, 2018,
p. 45). Por outras palavras, uma economia que não cresça acima do capital natural, da regeneração dos
recursos e da absorção dos seus resíduos (LEFF, 2021). Essa proposta pressupõe que os estoques de bens
manufaturados sejam duráveis e a degradação decorrente deles seja sempre em níveis mais baixos, de
acordo com a recomposição dos sistemas (MORAES, 2015). Uma economia de “estado estável” se desenvolve,
mas não cresce.
Cechin (2018) propõe uma analogia para compreender uma economia de “estado estável”: a de uma biblioteca
lotada. Para ele,
Por �m, há a corrente do decrescimento, cuja premissa é uma inversão ao que temos, isto é, de que não há
como manter os níveis de produção e consumo atuais, especialmente aqueles dos países do Norte Global. A
teoria do decrescimento propõe uma mudança de paradigma, da passagem do desenvolvimento sustentável
para a autossustentabilidade, o que implica em uma mudança de escala na produção, privilegiando as
características e demandas locais. Assim, essa concepção “[...] pretende construir formas de produção e de
vida social e ecologicamente sustentáveis, justas e solidárias” (ACOSTA, BRAND, 2018, p. 117).
Numa biblioteca lotada, a entrada de um novo livro deve exigir o descarte de outro de
qualidade inferior. A biblioteca melhora sem aumentar de tamanho. Transposta para a
sociedade, essa lógica signi�ca obter desenvolvimento sem crescimento material: a escala
da economia é mantida constante enquanto ocorrem melhorias qualitativas.
— (CECHIN, 2018, p. 45)
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ALTERNATIVAS SISTÊMICAS
Os principais modelos discutidos, da dominante economia verde às prospectivas derivadas da economia
ecológica, se quiserem ser implementadas em um processo de transição, terão que passar por uma série de
políticas e ações que requerem a participação de todos os atores da escala global à local, incluindo
organismos internacionais, Estados, comunidades e pessoas.
Em qualquer perspectiva, é uma tarefa desa�adora, porque, de um lado, há a necessidade de se controlar a
produção de bens e serviços em nível global, com os desa�os ecológicos e climáticos cada dia mais evidentes;
e, de outro lado, os riscos de um decrescimento com consequências imprevisíveis sobre os pressupostos da
sociedade contemporânea.
Em razão disso, articular-se-ão algumas medidas e iniciativas de transição tanto na perspectiva do
desenvolvimento sustentável quanto do pós-desenvolvimento. A�nal, “[...] a contradição entre crescer e
decrescer não deve ser entendida como uma disjuntiva sobre a qual se deva optar tão somente por um dos
lados” (VEIGA, 2012, p. 13).
Uma pauta importante entre essas leituras é a proteção dos serviços ecossistêmicos, que são aqueles
benefícios diretos e indiretos gerados pelos ecossistemas. São exemplos de serviços ecossistêmicos “[...] o
solo fértil, a qualidade do ar, a qualidade da água, os produtos provenientes das funções ecossistêmicas, com
os frutos, a madeira, as sementes, as plantas medicinais, os cultivos agrícolas, etc.” (JODAS, 2021, p. 138).
Os serviços ecossistêmicos podem ser estimulados por meio dos serviços ambientais que, segundo a Lei nº
14.119/2021, são as “atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou a
melhoria dos serviços ecossistêmicos” (BRASIL, 2021). Essas atividades, no Brasil, se dão por intermédio de
uma transação voluntária, chamada de pagamento por serviços ambientais (PSA), “[...] mediante a qual um
pagador de serviços ambientais transfere a um provedor desses serviços recursos �nanceiros ou outra forma
de remuneração, nas condições acertadas [...]” (BRASIL, 2021). Assim, um pagador, que poderá ser o poder
público, uma organização da sociedade civil (ONG) ou um agente privado, pessoa física ou jurídica, proverá o
pagamento de serviços ambientais para uma pessoa física ou jurídica, ou a um grupo familiar ou comunitário
que se comprometam a manter, recuperar ou melhorar as condições ambientais dos ecossistemas. De forma
mais simples, um agricultor ou uma comunidade será responsável por prover serviços ambientais, de forma a
garantir a melhoria dos ecossistemas, recebendo, ademais, recursos �nanceiros ou outra forma de
remuneração. O PSA é um instrumento econômico que contribui para o reconhecimento de pessoas ou
comunidades que adotam serviços ambientais que, em última análise, proporcionam benefícios ecológicos
para todos.
Sob a perspectiva do decrescimento, as proposições são mais assertivas. O mais importante teórico dessa
corrente, o economista Nicholas Georgescu-Roegen (2012), defende um processo mais intenso de adequação
das estruturas econômicas e sociais para atender as equações planetárias. Ele elenca oito pontos
fundamentais para o decrescimento, que são estruturantes para a formulação de um programa bioeconômico
mínimo.
O primeiro ponto é o �m da guerra e da produção de armamentos (GEORGESCU-ROEGEN, 2012). Para o autor,
deve ser interditada a estrutura da máquina bélica, com o �m da mortandade em massa e, doravante, será
possível traçar os novos rumos da humanidade.
O segundo ponto é que, com o bloqueio dos con�itos bélicos, a produçãode bens poderá ser usada para que
nações subdesenvolvidas cheguem a um nível mais rápido de condições dignas de vida, mas sem luxo
(GEORGESCU-ROEGEN, 2012).
O terceiro ponto é que “a humanidade deveria reduzir progressivamente a sua população até um nível em
que uma agricultura orgânica bastasse para alimentá-la adequadamente” (GEORGESCU-ROEGEN, 2012, p.
133).
O quarto ponto é o de evitar cuidadosamente todo desperdício de energia, enquanto o uso direto da energia
solar não estiver totalmente implementado (GEORGESCU-ROEGEN, 2012). Compreende-se aqui a defesa do
uso de energias limpas e renováveis.
O quinto ponto é parar com a produção de “engenhocas extravagantes” ou “mamutes”, expressões que o
autor usa para aqueles bens de utilidade duvidosa ou desnecessária, como é o caso de carrinhos de golfe e
carros possantes (GEORGESCU-ROEGEN, 2012).
O sexto ponto é abandonar a moda. Nas palavras do autor: “[...] é, de fato, um crime bioeconômico comprar
um carro "novo" a cada ano e remodelar a casa a cada dois anos. Outros autores já a�rmaram que as
mercadorias deveriam ser fabricadas para durarem” (GEORGESCU-ROEGEN, 2012, p. 133). Ele vai consignar
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ainda que os próprios consumidores se eduquem, de forma a não levar em conta os excessos da moda
(GEORGESCU-ROEGEN, 2012).
O sétimo ponto, em conjunto com o anterior, aborda a necessidade de durabilidade das mercadorias em
geral, devendo ser reparadas ao invés de descartadas. Aqui temos a proposição de um consumo sustentável,
que privilegia o uso e o reaproveitamento em oposição à obsolescência e ao consumo pelo consumo.
Por �m, o oitavo ponto, de que “[...] temos de nos acostumar com a ideia de que toda existência digna de ser
vivida tem, como pré-requisito indispensável, um tempo de lazer su�ciente, usado de maneira inteligente”
(GEORGESCU-ROEGEN, 2012, p. 134). Trata-se da defesa de uma vida saudável, em que o tempo livre seja um
pré-requisito para uma vida plena. À guisa de conclusão, quanto mais cedo começar o decrescimento, maior
será a sobrevida das atividades econômicas (CECHIN, 2018).
VIDEOAULA
Nesse vídeo, estudaremos uma das questões mais instigantes do nosso tempo: a relação da economia com os
desa�os do Antropoceno. Em um primeiro momento, faremos uma abordagem sobre o desenvolvimento
sustentável no contexto da economia verde, que é a principal orientação para as políticas públicas globais. Em
seguida, adentraremos nas teses de pós-desenvolvimento, como a economia ecológica, a economia estável e,
em especial, a teoria do decrescimento.
Vamos juntos?
 Saiba mais
Para aprofundar as discussões sobre as alternativas frente aos desa�os das emergências ecológica e
climática, a sugestão é conhecer relatórios e artigos das principais alternativas. Com relação à economia
verde, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente é responsável pelas principais publicações.
Destacamos duas: o relatório Descobrindo Caminhos para uma Economia Verde e Inclusiva e o relatório
Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da
Pobreza.
Já no que se refere à teoria do decrescimento, o site Ecodebate  traz um conjunto de artigos e matérias
sobre as possibilidades do decrescimento. Além disso, a Fundação Heinrich Böll disponibiliza
gratuitamente o livro “Decrescimento: o vocabulário para um novo mundo”, que traz um conjunto de
possibilidades para o decrescimento. Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
ARAGÃO, A. O Estado de Direito Ecológico no Antropoceno e os Limites do Planeta. In: LEITE, J. R. M. (org).
Estado de Direito Ecológico: conceito, conteúdo e novas dimensões para a proteção da Natureza. São Paulo:
Instituto o Direito por um Planeta Verde, 2017.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 1 ago. 2022.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus �ns e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1981.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 29 set. 2022. 
REFERÊNCIAS
5 minutos
https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/9838/uncovering_pathways_green_economy_PT.pdf?sequence=4&isAllowed=y
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2514705/mod_resource/content/1/economia_verde_pnuma.pdf
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https://www.ecodebate.com.br/2020/08/19/o-que-e-o-decrescimento-e-por-que-pode-ser-a-unica-solucao-para-a-crise-pandemica-e-climatica/?cn-reloaded=1
https://br.boell.org/sites/default/files/decrescimento_brazil.pdf
https://br.boell.org/sites/default/files/decrescimento_brazil.pdf
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
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https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923854&ativi… 17/18
ECUADOR. Corte Constitucional de Ecuador. Caso nº 1149-19-JP/20. Rel. Juiz Agustín Grijalva Jiménez, em 21
de noviembre de 2021. Disponível em:
http://esacc.corteconstitucional.gob.ec/storage/api/v1/10_DWL_FL/e2NhcnBldGE6J3RyYW1pdGUnLCB1dWlkOic
2MmE3MmIxNy1hMzE4LTQyZmMtYjJkOS1mYzYzNWE5ZTAwNGYucGRmJ30=. Acesso em: 13 out. 2022.
LEITE, J. R. M.; SILVEIRA, P. G.; BETTEGA, B. Princípios Estruturantes da Estado de Direito para a Natureza. In:
LEITE, J. R. M. (org). Estado de Direito Ecológico: conceito, conteúdo e novas dimensões para a proteção da
Natureza. São Paulo: Instituto o Direito por um Planeta Verde, 2017.
MELO, F. Direito Ambiental. 2. ed. São Paulo: Método, 2017.
SARLET, I.; FENSTERSEIFER, T. Direito Constitucional Ambiental. 5. ed. São Paulo: RT, 2017.
WINTER, G. Problemas Jurídicos no Antropoceno: da Proteção Ambiental à autolimitação. In: LEITE, J. R. M.
(org). Estado de Direito Ecológico: conceito, conteúdo e novas dimensões para a proteção da Natureza. São
Paulo: Instituto o Direito por um Planeta Verde, 2017.
Aula 2
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 1 ago. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1999. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 16 out. 2022.
MEC (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO). Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp002_12.pdf Acesso em: 12 out. 2022.
ONU. Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano de 1972. Disponível
em: https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-content/uploads/sites/36/2013/12/estocolmo_mma.pdf. Acesso em:
30 ago. 2022. 
Aula 3
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário O�cial da União, Brasília, DF, 3 ago. 2010. p.
3. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?
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BRASIL. Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Diário O�cial da
União, Brasília, DF, 1 abr. 2021. p. 1. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?
tipo=LEI&numero=14133&ano=2021&ato=8d4MTTE5UMZpWTf64 Acesso em: 16 out. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial Nº 984.106/SC. Relator: Min Luís Felipe Salomão, em 4
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Aula 4
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e altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, para adequá-las à nova política. Brasília, DF: Presidência da República, 2021. Disponível
http://esacc.corteconstitucional.gob.ec/storage/api/v1/10_DWL_FL/e2NhcnBldGE6J3RyYW1pdGUnLCB1dWlkOic2MmE3MmIxNy1hMzE4LTQyZmMtYjJkOS1mYzYzNWE5ZTAwNGYucGRmJ30=
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https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=12305&ano=2010&ato=e3dgXUq1keVpWT0f1
https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=14133&ano=2021&ato=8d4MTTE5UMZpWTf64
https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=14133&ano=2021&ato=8d4MTTE5UMZpWTf64
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1182088&num_registro=200702079153&data=20121120&formato=PDF
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1182088&num_registro=200702079153&data=20121120&formato=PDF
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14119.htm. Acesso em: 31 jan. 2023.
CECHIN, A. Fundamento Central da Economia Ecológica. In: MAY, P. (org.) Economia do Meio Ambiente. 3. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
DEMARIA, F.; KALLIS, G.; D’ALISA, G. Decrescimento: vocabulário para um novo mundo. Porto Alegre: Tomo
Editorial, 2016.
GEORGESCU-ROEGEN, N. O Decrescimento: entropia, ecologia e economia. São Paulo: SENAC, 2012.
JODAS, N. Pagamento por Serviços Ambientais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2021.
LATOUCHE, S. O Desa�o do Decrescimento. Lisboa: Piaget, 2006.
LEFF, E. Ecologia Política: da Desconstrução do Capital à Territorialização da Vida. Campinas: Unicamp, 2021.
https://storyset.com/
https://www.shutterstock.com/pt/
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14119.htm

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