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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA. PRÁTICA DE ENSINO: VIVÊNCIA NO AMBIENTE EDUCATIVO (PE:VAE) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 SEQUÊNCIA DIDÁTICA Neimar Gomes Ferreira RA: 1613637 Barra Do Garças 2017 IDENTIFICAÇÃO. Nível de Ensino/Turma: 3ª Série do Ensino Médio Disciplina: Sociologia Tema: Cidadania e direitos. Quantidade de aulas: 03 aulas SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE CIDADANIA DISCIPLINA: SOCIOLOGIA O propósito desta sequência didática é discutir com e/em interação com os jovens-alunos, a questão da cidadania e o processo de construção sócio histórica deste fenômeno no Brasil e no Mundo. Para isso, faz-se necessário a discussão é auxiliá-lo na introdução à temática da cidadania, por meio de uma abordagem interdisciplinar que dialoga com outras Ciências Humanas, especialmente a História, a Filosofia e a Ciência Política, contribuindo assim para que o aluno adquira um olhar sobre si mesmo enquanto cidadão. Porém, ser cidadão é muito mais do que ter clareza sobre seus direitos e deveres. Em uma sociedade verdadeiramente democrática, é preciso que haja a participação ativa de todos para que os direitos previstos pela Constituição sejam efetivamente garantidos. AULA 1: Sensibilização sobre o Tema: Cidadania . TEMPOS: 50 Minutos Conteúdos: origem da palavra “cidadão” e seu significado; o cidadão ao longo da história; direitos civis, direitos políticos, direitos sociais e direitos humanos. Objetivos: relacionar conteúdos apreendidos em outras disciplinas para a compreensão do processo de constituição da cidadania moderna; leitura, interpretação e comparação de documentos históricos; identificação, descrição e classificação de conceitos e termos jurídicos. Recursos: Charges /imagens, Giz, lousa , folha A4, Data Show e PC. ETAPAS DA AULA: Desenvolvimento da Aula. Sondagem e sensibilização Com o propósito de fazer um levantamento inicial sobre o que os alunos já conhecem sobre o tema, solicite à turma que explicite o que significa “ser cidadão” e o que entendem por “cidadania”. Entregue a cada estudante uma tarja de papel para que possam escrever de acordo com os seus conhecimentos o significado de “Cidadania” e que em seguida colem no mural. Em seguida leia com os estudantes em vos alta todos os significados apontados por eles. As intervenções podem evidenciar mais fortemente um ou outro aspecto da cidadania, como a participação política, por exemplo, representada pelo ato de votar, ou o papel social do cidadão, exemplificado pelo respeito ao meio ambiente e às leis de trânsito. Você pode ampliar a reflexão solicitando aos grupos a análise das charges a seguir fazendo os seguintes questionamentos: Ser cidadão é simplesmente votar, ter o direito de ir e vir ou ter respeito pelo meio ambiente, dependendo dos exemplos apresentados anteriormente? Busque contextualizar os exemplos apresentados por eles com os assuntos já trabalhados na disciplina nos anos anteriores, como o conceito de estratificação social ou até o conceito de trabalho, desenvolvido na 2a série. Introdução ao Tema : O conceito contemporâneo de cidadania é fruto de um longo processo de desenvolvimento histórico, permeado por constantes lutas políticas e conquistas sociais consolidadas por diferentes grupos na busca pela defesa de seus direitos. Procuraremos demonstrar que a cidadania não é um conceito estático, mas em construção, uma vez que, embora a noção de cidadania se encontre formulada na Constituição brasileira e em diversos outros documentos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), ela ainda não é um direito efetivo para todos os seres humanos. Isso ocorre porque a cidadania prevê a garantia dos direitos civis, políticos, sociais e humanos que ainda não são estendidos a todo e qualquer cidadão. Discutiremos então quem pode ser considerado cidadão atualmente Você se considera um cidadão? Por quê? Atualmente, toda e qualquer pessoa tem direito à cidadania? Nas sociedades ocidentais, esse direito sempre foi o mesmo para todas as pessoas? Isso possibilitará aos alunos uma primeira sensibilização para a ideia de que as noções de “cidadão” e “cidadania” são complexas. Identifique se há integrantes da turma que não se consideram cidadãos e quais suas razões para isso. Mesmo que todos assim se considerem, coloque o problema em discussão. Essa é uma oportunidade de oferecer a eles uma reflexão em torno do tema central da Situação de Aprendizagem: o direito à cidadania. Ao final, compará-lo com as noções explicitadas pelos alunos na Sondagem e sensibilização expostas no mural. Figura 1 – Povo ilegal, de Henfil. Figura 2 – Cidadania, de Angeli. Apesar das charges tratarem alguns pontos mais diretos e comuns da cidadania, como direitos sociais e políticos, tais como o direito à moradia, direito ao lazer e direito ao voto, busque ampliar o alcance dessas concepções no Capítulo 9 Sociologia – 3a série – Volume 1 Avaliação. A avaliação será processual e contínua de acordo com a participação nas atividades internas da sala de aula; assiduidade; avaliação diária, nos quesitos: desenvolvimento, comportamento, ética, moral, respeito e solidariedade; Interação e participação individual e coletiva no processo de ensino- aprendizagem; Trabalhos escritos, individuais e coletivos; Referências. Tomazi, Nelson Dacio. Iniciação á Sociologia (básico).Ed. Atual, 2014 Observe que o processo de construção da cidadania não se deu de forma contínua, isto é, não se desenvolveu linearmente sem rupturas, de modo a se constituir em um conceito único e acabado. Pelo contrário: a noção que temos hoje de cidadania não pode ser reduzida a uma concepção fechada, plenamente formada e válida para todos os contextos sociais que a adotam. Ela comporta variações, contradições e encontra-se em permanente reconstrução. Desse modo, a importância de colocá-la dentro de uma perspectiva histórica está justamente na possibilidade de perceber como a noção de cidadania foi, em diferentes momentos e por distintos povos ao longo do tempo, compreendida e apropriada. AULA 2: Sensibilização sobre o Tema: Origem das palavras “cidadão” e “cidadania”. TEMPOS: 50 Minutos Conteúdos: origem da palavra “cidadania”. Objetivos: perceber que a apropriação das concepções do passado é uma forma de releitura da cidadania, e que esta se deu de uma forma específica, por razões particulares, em determinados contextos, decisivos para o desenvolvimento da noção de cidadania moderna. Recursos: Pincel, lousa , Data Show e PC. ETAPAS DA AULA. Desenvolvimento da Aula. Sondagem e sensibilização A origem do termo “cidadão” remonta a uma forma de organização social específica da Antiguidade Clássica que se difundiu no Mediterrâneo a partir do século IX a.C.: as cidades-estados. Os “cidadãos” eram os membros da comunidade que detinham o privilégio de participar integralmente de todo o ciclo da vida cotidiana da cidade- -Estado, ou seja, das decisões políticas, da elaboração das regras, das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública etc. Eram osúnicos considerados indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua pessoa e seus bens. É importante ressaltar que existiam variações entre as diversas cidades-estados (Atenas, Esparta e Tebas, por exemplo); não havia um princípio universal que definisse a condição de cidadão. Além disso, os critérios para integração ao corpo de cidadãos variaram ao longo do tempo, e as cidades se tornaram mais ou menos abertas ou fechadas, dependendo da época. Porém, é possível indicar três grupos, entre o restante da população, que geralmente não integravam o conjunto dos cidadãos: Os estrangeiros residentes que, embora participassem da vida econômica da cidade, não tinham direito à propriedade privada e não podiam participar das decisões políticas; Populações submetidas ao controle militar da cidade-Estado após a conquista, como os periecos e hilotas; Os escravos, que realizavam todo e qualquer tipo de ofício, desde as atividades agrícolas às artesanais, e eram utilizados, sobretudo, nos serviços domésticos. Os escravos não tinham acesso à esfera pública nem a quaisquer direitos. Cidadania é uma abstração derivada da junção dos cidadãos e, para os romanos, cidadania, cidade e Estado constituem um único conceito – e só pode haver esse coletivo se houver, antes, cidadãos. FUNARI, Pedro Paulo. A cidadania entre os romanos. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla (Orgs.). História da cidadania. 4. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2008. p. 49. Para concluir, explique que o estudo da história e da vida cotidiana no mundo greco-romano, transmitido por meio das obras clássicas que chegaram até nós, inspirou os primeiros pensadores que buscaram uma definição do que hoje entendemos por cidadania. Os elementos que mais se destacaram foram as ideias de democracia, de participação popular nas decisões sobre o destino da coletividade, de soberania do cidadão e de liberdade do indivíduo. Em seguida projetar para os estudantes os vídeos 1 e 2 a seguir: Figura 1: https://www.youtube.com/watch?v=FfWxe-8iI94&t=18s Figura 2: https://www.youtube.com/watch?v=JAvnKzqDsc4 Solicitar que de acordo com os conhecimentos adquiridos e a partir dos vídeos assistidos reflitam sobre os questionamentos dos slides abaixo e depois respondam. É importante observar que, na Grécia Clássica, as mulheres também não tinham direito à participação política. No tocante às diferenças etárias, prevalecia a autoridade dos mais velhos sobre os mais jovens, uma vez que havia limites etários para os cargos mais importantes e atribuições de poderes diferenciados aos conselhos de anciãos. Se no autocarro houvesse uma pessoa idosa de pé, enquanto tu estivesses sentado? Se o teu vizinho ouvisse música altíssima, logo no dia em que tu precisas mesmo de estudar? Se um colega teu ficasse doente num dia de teste? Será que tu sabes que cumprimentar os outros, dizer dá licença, por favor, muito obrigado, desculpe-me e outras palavras gentis revelam delicadeza e educação? Convivendo melhor. Achas piada em inventar apelidos para quem quer que seja, em fazer bilhardices, em falar mal da vida dos outros. Que triste que és! Se conhecesses alguém que fura as filas, empurra e dá cotoveladas nos outros para passar à frente, enganar o vendedor distraído, desobedece às regras de trânsito, às placas proibitivas e às normas dos lugares onde vai. O que lhe dirias? O que será que os outros pensariam a teu respeito se tu decidisses fazer da rua, do pátio da escola, e da praia a tua lata de lixo? É melhor nem saberes a resposta! 36. Começa desde já a pensar: Quantas palavras preconceituosas escapam por dia da boca das pessoas? Belo treino! É 1, é 2, é 3, é 4, é 5, é 6, é 7, é 8, é 9, é 10... Pronto! Que tal contar até 10 antes de perderes a cabeça e com palavras ou gestos, agir agressivamente? Como é que tu tratas as coisas que te emprestam? Do livro da biblioteca, por exemplo? Tratas bem e devolves, não é verdade? Quem será que disse para aquele turista esquisito que quando ele está na cidade dos outros pode fazer tudo o que não faz na dele? Já conheceste algum turista assim? 40. Goooooooool... Que emoção! Não seria melhor que os clubes expulsassem os adeptos que transformam a emoção do futebol em violência e pancadaria? Conheces alguém que estimula os outros para brincadeiras de mau gosto e para atos irresponsáveis? Se não conheces é melhor nunca conheceres! Um toque na porta... antes de entrar. Um toque na cabeça... Como te sentes quando, sem mais nem menos, te vês a invadir a privacidade dos outros? Para garantir os seus direitos, as pessoas precisam de cumprir os seus deveres. Um dos principais é o pagamento de impostos, uma obrigação de toda a sociedade. Os governantes usam esse dinheiro para melhorar a vida das populações, através do investimento na construção de escolas, hospitais, casas, estradas... Deveres de Todos Uma parte do preço de todos os produtos que consumimos é dos impostos, que são encaminhados para o governo. Portanto, quando tu compras um gelado, estás a pagar determinada quantia de dinheiro que vai ajudar nas realizações necessárias para a melhoria da vida da população. Como funciona A água é tratada com o dinheiro dos impostos? Mas, o grande problema não é pagar os impostos, mas é o facto de, muitas vezes, o dinheiro não retornar em forma de benefícios para a população. E isso acontece em muitas partes do terceiro mundo. SOLICITAR que preencham o quadro abaixo sinalizando aspectos da CONVIVÊNCIA em casa e na escola. . O verdadeiro cidadão é aquele que se faz todos os dias, nas pequenas e grandes Quando sentires que o esforço não vale a pena pensa na sorte que tens e imagina por exemplo que vives num mundo em miniatura Avaliação. A avaliação será processual e contínua de acordo com a participação nas atividades internas da sala de aula; assiduidade; avaliação diária, nos quesitos: desenvolvimento, comportamento, ética, moral, respeito e solidariedade; Interação e participação individual e coletiva no processo de ensino- aprendizagem; Trabalhos escritos, individuais e coletivos; Referências. Tomazi, Nelson Dacio. Iniciação á Sociologia (básico).Ed. Atual, 2014 https://www.youtube.com/watch?v=FfWxe-8iI94&t=18s https://www.youtube.com/watch?v=JAvnKzqDsc4 AULA 3: Sensibilização sobre o Tema: “Cidadania Moderna: Direitos civis”. TEMPOS: 50 Minutos Conteúdos: Cidadania Moderna: Direitos civis. Objetivos: perceber que a apropriação das concepções do passado é uma forma de releitura da cidadania, e que esta se deu de uma forma específica, por razões particulares, em determinados contextos, decisivos para o desenvolvimento da noção de cidadania moderna. Recursos: Pincel, lousa, Data Show e PC. ETAPAS DA AULA. Desenvolvimento da Aula. Sondagem e sensibilização A história do desenvolvimento da cidadania moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos de direitos: os direitos civis, no século XVIII; os direitos mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diversos. Os filósofos iluministas, sobretudo John Locke, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da relação entre Estado e indivíduos ao conceber o ser humano como um indivíduo dotado de razão e de direitos intrínsecos à sua natureza(“direitos naturais”), como o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Dessa forma, abriu- -se espaço para o nascimento do Estado de Direito. Você pode iniciar essa etapa indicando, de forma sucinta, a contribuição de cada um desses pensadores iluministas na constituição de novas formas de pensar a relação entre indivíduos e Estado. a) John Locke (1632-1704): defendia que todos os homens são iguais, independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros, inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos naturais do homem. Para evitar conflitos decorrentes de interesses individuais, os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social entre homens igualmente livres; b) Voltaire (1694-1778): defendia a liberdade de expressão, de associação e de opção religiosa e criticava o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema polí- tico. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições políticas da Monarquia e defensor do livre comércio contra o controle do Estado na economia; c) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): defendia a liberdade como o bem supremo, 12 entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar à liberdade equivaleria a renunciar, portanto, à pró- pria humanidade. Para que o homem possa viver em sociedade sem renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um contrato social em que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão de corpo moral coletivo dos cidadãos. Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve para si mesmo. Fazer os seguintes questionamentos: Mas que direitos são esses? Hoje falamos em direitos “civis”, “políticos”, “sociais” e “humanos”, entretanto a definição clara de cada um deles e a quem seriam aplicados ainda não foi definitivamente estabelecida e continua a ser fonte de intensos debates. Pergunte aos alunos: Alguém sabe a diferença entre esses quatro tipos de direitos? Espere as contribuições e aproveite-as ao máximo, complementando o que foi falado pela turma. Os comentários a seguir a respeito de cada tipo de direito podem contribuir para sua explicação. Direitos civis: dizem respeito à liberdade dos indivíduos e se baseiam na existência da justiça e das leis. Referem-se à garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de se manifestar, de se organizar, de ter respeitada a inviolabilidade do lar e da correspondência, de não ser preso e não sofrer punição a não ser pela autoridade competente e de acordo com a legislação vigente; Ressalte que essas ideias foram muito importantes para o desenvolvimento do que hoje entendemos por cidadania e que a base para a concepção de cidadania é a noção de Direito. Direitos políticos: referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade e consistem no direito de fazer manifestações políticas, de se organizar em partidos, sindicatos, movimentos sociais, associações e de votar e ser votado; Direitos sociais: dizem respeito ao atendimento das necessidades básicas do ser humano, como alimentação, habitação, saúde, educação, trabalho, salário justo, aposentadoria etc.; Direitos humanos: englobam todos os demais e expandem a dimensão dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois tratam dos direitos fundamentais do ser humano. Sem eles, o indivíduo não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver, de participar plenamente da vida. São eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade de direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido e tratado como ser humano, independentemente de nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes criminais, doenças ou qualquer outra característica. Confeccionar com os estudantes a construção de dois Murais na Escola onde cada um irá fazer uma reflexão sobre aspectos do seu cotidiano em sua convivência na escola e na sua família, Para dar continuidade à discussão, leia com os alunos o trecho a seguir, que servirá de subsídio para que realizem as atividades seguintes, conforme a proposta de Leitura e análise de texto 1- Quais são os direitos defendidos na Declaração de Independência dos Estados Unidos? 2- Quem deve ser responsável pela formação e organização do governo? 3- Você consegue identificar qual foi o pensador iluminista que inspirou essas ideias? Peça a um voluntário que leia em voz alta os seguintes artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Você pode realizar a leitura de várias formas: individual, compartilhada ou comentada. Declaração Universal dos Direitos Humanos Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948. A Assembleia Geral proclama a Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas: que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados. Que sempre que qualquer forma de governo torne-se destrutiva desses fins, é direito do povo alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o nesses princípios e organizando seus poderes da forma que lhe pareça mais conveniente para concretizar sua segurança e felicidade. Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). Disponível em: . Acesso em: 20 outubro 2017. Tradução Eloisa Pire presente “Declaração Universal dos Direitos Humanos” como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas 20 de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. Artigo I – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo II – 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. Artigo III – Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo IV – Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo V – Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VI – Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. [...] Artigo IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo X – Todo ser humano tem direito, em plenaigualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo XI – 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. [...] Artigo XX – 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo XXI – 1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. [...] Artigo XXIII – 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV – Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. Artigo XXV – 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI – 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- - profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. [...] Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: Acesso em: 20 outubro 2017. Após a leitura, peça à turma que responda às questões propostas Identifique, na Declaração de 1948, os artigos que se referem a: a) Direitos humanos fundamentais. b) Direitos civis. c) Direitos políticos. d) Direitos sociais. Avaliação. A avaliação será processual e contínua de acordo com a participação nas atividades internas da sala de aula; assiduidade; avaliação diária, nos quesitos: desenvolvimento, comportamento, ética, moral, respeito e solidariedade; Interação e participação individual e coletiva no processo de ensino- aprendizagem; Trabalhos escritos, individuais e coletivos; Referências. Tomazi, Nelson Dacio. Iniciação á Sociologia (básico).Ed. Atual, 2014
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