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ENGENHARIA CIVIL - UNIFEI Mecânica dos Solos 1 – GEO003T – Prova 1 Aula 00 – Introdução à mecânica dos solos - Estuda o comportamento dos solos; Solos: Misturas naturais de um ou diversos minerais que podem ser separados por processos mecânicos simples. Material que pode ser escavado sem emprego de técnicas especiais. Os solos apresentam 3 fases: - Sólidos (normalmente caracterizados por essa fase) Solos - Líquidos O conjunto das fases líquida e gasosa é chamado de porosidade - Gases Conhecer a porcentagem das fases e sua distribuição no solo ajuda a determinar o seu comportamento. Aula 01 – Formação e origem dos solos - Formação – A formação se dá através de processos que fragmentam e decompõe rochas, o chamado Intemperismo. - Físico – Gera a desintegração/quebra da rocha (sem alteração química); Intemperismo - Químico – Gera a decomposição da rocha (alteração mineralógica); - Biológico – Pouco estudado na Engenharia Civil pois não possui papel importante. O processo de intemperismo ocorre pois as rochas são submetidas a condições diferentes das de sua formação. Intemperismo ≠ Erosão. Intemperismo Físico - Variações de temperatura - Crescimento de Raízes - Gelo - Precipitação de Sais Intemperismo Químico - Hidrólise (+ importante) - Hidratação - Oxidação - Carbonatação Uma vez que o intemperismo químico é acelerado pelo físico (pois este aumenta a superfície de contato), dizemos que o intemperismo físico é controlador do intemperismo químico. - Tipo de Rocha - presença de minerais mais resistentes dificultam o intemperismo e vice-versa; Fatores que controlam o intemperismo - Inclinação da Encosta -mais íngreme deixa a rocha sã vulnerável; - Clima – Clima tropical favorece o intemperismo pois Ocorrem variações de temperatura sazonais - A atuação do intemperismo gera perfis de intemperismo, que são qualitativamente classificados pela ISMR em rocha sã, pouco alterada, medianamente alterada, muito alterada e solo residual. - Classificação pela origem Solos transportados - Foram transportados por agentes externos - Tamanho das partículas é mais uniforme - Aluvião – transporte por água - Orgânico – mistura do solo com matéria org. - Coluvial – transporte pela gravidade - Eólico – transporte pelo vento Solos Residuais - Se encontram no local onde foram formados - Velocidade de decomposição maior de remoção - Apresentam-se em horizontes com grau de intemperização decrescente. Aula 02 – Propriedades Físicas das Partículas Sólidas 2.1 - A classificação das partículas sólidas se dá com base em diversos aspectos. Tamanho (mm) Para classificar as partículas com base no parâmetro tamanho, é preciso escolher uma referência. As mais conhecidas são: ASTM, AASHTO, M.I.T e ABNT (adotada no Brasil). Composição A classificação com base na composição se dá de forma diferente nos solos grossos e finos. - Sulfatos Solos Grossos – Pedregulhos e areias Classificação com - Silicatos (feldspato, mica) relação ao mineral - Óxidos presente - Carbonatos Solos Finos – Siltes e Argilas Classificação com - 1:1 - Caulinitas relação na organi- - 2:1 – esmectita ou montmorilonitas zação das lâminas - 2:1 + cátions – ilitas de silicatos. 3) Forma A classificação com base na forma também se dá de forma diferente nos solos grossos e finos. Solos Grossos – Pedregulhos e areias Partículas volumosas onde as forças gravitacionais são predominantes. Solos Finos – Siltes e Argilas Partículas lamelares onde forças entre partículas são mais predominantes. 4) Massa específica dos grãos A massa específica dos grãos é determinada pelo método do picnômetro. Geralmente são feitas entre 3 e 4 medições. O valor adotado para a resolução de exercícios é de 27 kN/m3 (pode variar entre 26,5 a 30 kN/m3). O volume de água deslocada é igual ao volume ocupado pelas partículas sólidas. Se a massa das mesmas for conhecida, é possível a determinação da massa específica. 5) Influência da água Nos solos grossos esse efeito é desprezível. Já nos solos finos, a água é atraída pelas partículas de argila. (Lembrar que a água é um dipolo elétrico). 2.2 A identificação do solo por meio das partículas que o constituem é dada pela curva granulométrica e pelos índices de consistência. - Estudo da distribuição do tamanho das partículas. - Partículas maiores (até 0,075 mm) separadas por peneiramento e partículas menores (<0,075 mm) por sedimentação, na qual é válida a lei de Stokes. Análise Granulométrica: - A análise permite a construção de um gráfico chamado de Curva Granulométrica. A curva granulométrica é um gráfico semilogarítmico em que a abscissa representa o diâmetro dos grãos (escala log) e a ordenada o percentual retido e/ou passante. A maior porcentagem identifica o tamanho e utilizada para a nomenclatura. Parâmetros definidos a partir da Curva Granulométrica Coeficiente de Uniformidade (Cu) = D60/D10 Curva Granulométrica 2) Coeficiente de curvatura (Cc) = (D30)2/(D60 . D10) Dx = diâmetro correspondente a x% passanteCoeficiente de Curvatura (Cc) - Permite identificar a descontinuidade da curva 1 < Cc < 3 Bem Graduado Cc > 3 Mal Graduado Coeficiente de Uniformidade (Cu) - Informa a graduação (dá a ideia do tamanho da distribuição do tamanho das partículas) Cu < 5 Uniforme 5 < Cu < 15 Mediamente Uniforme Cu > 15 Desuniforme 2.3 Estrutura dos Solos A estrutura dos solos é definida como a forma com que as partículas se arranjam no espaço. Estrutura granular simples areias e pedregulhos estrutura mais densa (compacta) ou solta (fofa). Definida pela quantidade de vazios (mais vazios, fofa. Menos vazios, compacta). emáx = estado mais fofo possível – vertido por um funil a pequena altura. emín = estado mais compacto possível – vibração ou pisoteamento. Estrutura alveolar siltes e algumas areias um grão cai sobre um sedimento já formado ficará na posição em que se der o primeiro contato. Disposição na forma de arcos Estrutura floculenta argilas Partículas dispostas em arcos que formam outros arcos. A disposição pode ser floculada (aresta – face, mais resistente, mais permeável) ou dispersa(face – face, menos resistente, menos permeável). - Consistência (mole dura) – Expressa a intensidade e natureza das forças de coesão e adesão Aula 04 – Índices Físicos - Índices físicos são definidos como a relação entre as fases constituintes do solo. Relação entre volumes Índice de Vazios e = Vv / Vs Porosidade (%) n = Vv / V Grau de Saturação (%) Sr = Vw / Vv Relação entre pesos Teor de Umidade (%) w = Pw / Ps Relação entre pesos específicos Densidade relativa dos grãos Gs = γ s/ γ w Relação entre peso e volume Peso específico γ = P/V No laboratório, é possível realizar ensaios que determinam os índices: teor de umidade, peso específico natural e peso específico dos grãos. Para os demais, é necessário fazer uma correlação entre as fórmulas. Cálculo do teor de umidade Compacidade Relativa (Solos Grossos) - Massa solo úmido + Capsula (Mu +m) - Solo na estufa (tempo varia 6h / 24h) - Massa seca + capsula (Ms + m) Aula 03 – Limites de Consistência (Limites de Atterberg) Os limites de consistência são calculados quando estamos tratando de solos finos (argilas e siltes). Os solos argilosos se comportam de formas diferentes conforme seu teor de umidade varia. Quando muito úmido, se comporta como um líqui- do, quando perde parte de sua água, fica plástico (pode ser moldado); e quando mais seco, torna-se quebradiço. Limite de Liquidez (LL)– menor teor de umidade com que uma amostra de solo pode ser capaz de fluir. NBR 6459/84 (ABNT) – Determinação do LL e NBR 6457 – preparação de amostras. Para a determinação desse índice, utiliza-se o aparelho de Casagrande. É colocado uma amostra de solo na concha e feito uma ranhura na mesma. Liquidez de Plasticidade (LP) – teor de umidade em que o solo, estando no estado plástico, se perder umidade, passa para o estado semi-sólido. NBR 7180/1984 – Limite de Plasticidade. O experimento é realizado montando-se um cilindro de 3 mm de diâmetro e 10 cm de comprimento sob uma placa de vidro. Na resolução de exercícios, o LP é definido como a média dos teores de umidade dos ensaios. O resultado geral não pode diferir de nenhum valor dos ensaios em 5%. Para as argilas, quanto maior o IP, maior a compressibilidade.
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