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1 F128 - Exercícios Resolvidos - Cap. 7 Exercício 1 Uma partícula de massa m = 2, 0kg desloca-se ao longo de uma reta. Entre x = 0 e x = 7, 0m, ela está sujeita a uma força F (x) representada no gráfico abaixo. Sabendo-se que sua velocidade para x = 0 é de 3, 0m/s: a) calcule a velocidade da partícula nas posições x = 4, 0m e x = 7, 0m; Como a única força que atua sobre a partícula é a força F (x) mencionada, a variação da energia cinética corresponde ao trabalho realizado por esta força. Quando x = 0m a velocidade da partícula é v (x = 0) = v0 = 3m/s. Chamando de vx=4 a velocidade da partícula quando ela atinge x = 4m temos: 1 2mv 2 x=4 − 1 2mv 2 0 = ˆ 4 0 F (x) dx 1 2 (2) v 2 x=4 − 1 2 (2) (3) 2 = −4− 1 + 1 v2x=4 = −4 + 9 vx=4 = √ 5m/s Quando a partícula atinge x = 7m temos: 1 2mv 2 x=7 − 1 2mv 2 0 = ˆ 7 0 F (x) dx = área entre o gráfico e o eixo y = 0 1 2 (2) v 2 x=7 − 1 2 (2) (3) 2 = −4− 1 + 1 + 4 + 1 v2x=7 = 1 + 9 vx=7 = √ 10m/s Você acha que pode acontecer de o resultado ser um número imaginário, ou seja, no final en- contrarmos v2f < 0? Pense sobre a conversão da energia cinética em trabalho. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 2 b) em que posição a velocidade da partícula é nula? O único trecho da trajetória da partícula em que ela é freada é quando a força aplicada sobre ela é negativa, onde x ∈ [0, 3]. Ao final desse trecho a partícula possui a menor velocidade possível pois depois passa a ser acelerada. Partindo com v0 = 3m/s a partícula atinge a velocidade mínima em x = 3m: 1 2mv 2 x=3 − 1 2mv 2 0 = ˆ 3 0 F (x) dx = área entre o gráfico e o eixo y = 0 1 2 (2) v 2 x=3 − 1 2 (2) (3) 2 = −4− 1 v2x=3 = −5 + 9 vx=3 = 2m/s Por esta razão a velocidade da partícula nunca é nula. O que ocorre se a velocidade da partícula for nula em algum ponto? Exercício 2 Qual o trabalho realizado por uma força ~F = (2xN)~i + (3N)~j , onde x está em metros, que é exercida sobre uma partícula enquanto ela se move da posição ~ri = (2m)~i+ (3m)~j para a posição ~rf = –(4m)~i–(3m)~j? (Use os dois caminhos abaixo) Como ilustração de um campo vetorial, visando aguçar a intuição dos alunos, plotamos o campo vetorial na Fig. 1. Perceba que a cada ponto do espaço associamos um vetor. Cada componente desse vetor é uma função das três (ou duas) coordenadas espaciais. Pelo caminho azul da figura Mantendo y = 3m a partícula desloca-se −6m na direção x, entre x = 2m e x = −4m. O trabalho realizado pela força neste trecho é: W1 = ˆ ~F · d~l = ˆ Fxdx = ˆ −4 2 2xdx = x2 ∣∣∣x=−4 x=2 = 16− 4 = 12J c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 3 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 Figura 1: Campo vetorial de forças do Exercício 3. A seguir, mantendo x = −4m, a partícula se desloca −6m na direção y, entre y = 3m e y = −3m. O trabalho realizado neste trecho é: W2 = ˆ ~F · d~l = ˆ Fydy = ˆ −3 3 3dy = 3y|y=−3y=3 = −9− 9 = −18J O trabalho total no trajeto foi de W = −6J , ou seja, foram removidos 6J da energia da partícula. Pelo caminho vermelho da figura Maneira 1: Percebendo que a integral se separa em duas Neste caso recaímos no caso anterior quando separamos a força ~F e o vetor deslocamento infini- tesimal d~l em suas duas componentes: W = ˆ ~F · d~l = ˆ ( Fxiˆ+ Fy jˆ ) · ( dxiˆ+ dyjˆ ) = ˆ Fxdx+ ˆ Fydy W = 12− 18 = −6J Maneira 2: Fazendo a parametrização da curva Neste caso devemos parametrizar a curva. Para isso escrevemos a equação da trajetória: y = y0 +m (x− x0) y (x) = 3 + (x− 2) c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 4 Onde m = 1 é o coeficiente angular da reta (tirado diretamente do gráfico). Podemos agora escolher um parâmetro em comum t (não precisa associar com tempo!) de forma conveniente para obtermos equações paramétricas para a reta. Vamos reescrever a equação da reta na forma: y − 3 1 = x− 2 1 = t Separando x e y em função de t obtemos: x (t) = 2 + t y (t) = 3 + t E o parâmetro t deve percorrer o intervalo t ∈ [−6, 0] no sentido inverso para obtermos o trajeto orientado da partícula, isto é, a integral deverá ser de 0 a −6. Um pequeno elemento de trajetória fica d~l = dxiˆ+ dyjˆ = dtˆi+ dtjˆ. Escrevendo a força em termos do parâmetro t temos: ~F = 2 (2 + t) iˆ+ 3jˆ E o trabalho agora pode ser escrito como W = ˆ ~F · d~l = ˆ −6 0 [ 2 (2 + t) iˆ+ 3jˆ ] · [ dtˆi+ dtjˆ ] = ˆ −6 0 [2 (2 + t) + 3] dt = ˆ −6 0 (2t+ 7) dt W = t2 + 7t ∣∣∣t=−6 t=0 = (36− 42)− (0) = −6J EXTRA: O que é um campo vetorial conservativo? Daqui adiante no curso usaremos muito o conceito de campo vetorial conservativo. Em termos matemáticos dizemos que um campo vetorial ~F (x, y, z) é conservativo em uma dada região do espaço quando podemos extrair esse campo de uma função potencial f (x, y, z) através de um gradiente: ~F (x, y, z) = −∇f (x, y, z) = − ∂ ∂x f (x, y, z) iˆ− ∂ ∂y f (x, y, z) jˆ − ∂ ∂z f (x, y, z) kˆ onde na última expressão escrevemos o gradiente de uma função em coordenadas cartesianas. Um campo vetorial define um vetor para cada ponto do espaço. Veja a Fig. 2 para criar uma intuição do que é um campo vetorial. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 5 (a) -3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3 (b) -3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3 (c) -3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3 Figura 2: (a) Campo vetorial definido por ~F0 = (1, 0, 0) com rotacional nulo; (b) Campo vetorial definido por ~F1 = (x,−y, 0) com rotacional nulo; (c) Campo vetorial definido por ~F2 = (−y, x, 0) com vetor rotacional saindo do plano (regra da mão direita); Como o rotacional de um gradiente é sempre nulo ∇×∇f = 0 (demonstre isso, basta escrever as derivadas duplas!), quando o rotacional de um campo vetorial é nulo podemos sempre escrever o campo na forma de um gradiente, ou seja o campo é conservativo. Dos exemplos da Fig. 2, apenas o primeiro e segundo campo possuem rotacional nulo e podem ser escritos como o gradiente de uma função potencial (ou seja, são campos conservativos). Temos que: f0 = −x+ const. f1 = −x 2 2 + y2 2 + const. E obtemos os campos vetoriais a partir de: ~F0 = −∇f0 ~F1 = −∇f1 O campo vetorial força da gravidade que uma partícula de massaM centrada na origem aplica sobre outra partícula m é: ~Fg (x, y, z) = −GmM r3 ( xiˆ+ yjˆ + zkˆ ) e está plotado na Fig. 3. Notamos que ele representa o valor e direção da força que a partícula m sofre quando colocada em cada ponto do espaço. Pode-se mostrar que o rotacional deste campo é nulo e a este campo gravitacional corresponde a função potencial: fg (x, y, z) = GmM r + const. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 6 Figura 3: Campo vetorial força da gravidade. Tanto neste caso, quanto na simplificação ~Fg → ~g em que dizemos que o campo gravitacional é constante na superfície da terra, o campo vetorial é conservativo. O resultado mais importante para a física é que a integral de linha (ou de caminho) de um campo conservativo não depende da trajetória escolhida, apenas depende do ponto inicial e final da trajetória. Exercício 3 Um bloco de massa m é lançado para cima sobre um plano inclinado de α com velocidade inicial v0. O coeficiente de atrito entre o bloco e o plano é menor que tanα, de modo que, depois de parar ao final do movimento ascendente, o bloco voltará a descer ao longo do plano. a) Construa o gráfico de força total sobre o bloco em funçãoda posição sobre o plano. A força de atrito cinética tem o mesmo módulo durante todo o movimento pois depende apenas do peso do bloco e da inclinação do plano, que não mudam. O que muda é seu sentido, que é sempre contrário ao sentido do movimento. A força resultante é constante em cada parte do movimento (subida ou descida): ~R = ~P‖ + ~P⊥ + ~N + ~Fat. A componente normal da gravidade é equilibrada pela força normal e as forças restantes estão na direção do plano. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 7 Na subida Escolhendo o eixo positivo como sendo plano abaixo a força resultante é dada por: R = P|| + Fat Pois a força de atrito se une com a gravidade para frear o bloco. Temos assim: R = P senα + µN = P senα + µP cosα = mg (senα + µ cosα) Na descida Desta vez o atrito age no sentido negativo do eixo (age para cima pois o bloco desce). A resultante fica: R = P|| − Fat = mg (senα− µ cosα) O gráfico das forças na subida e na descida está plotado na Fig. 4. Figura 4: Gráfico da força resultante como função da posição do bloco - Exercício 4. b) Qual será a altura máxima atingida pelo bloco sobre o plano? A altura máxima será atingida na subida quando toda a energia cinética se transformar em calor, através do atrito, e em energia potencial gravitacional, através da força peso. Neste ponto a velocidade irá se anular. Equacionando a perda de energia cinética e o trabalho realizado temos: 1 2m (0) 2 − 12mv 2 0 = ~R · ~d = −Rd = −mg (senα + µ cosα) d d = v 2 0 2g (senα + µ cosα) c) Qual é a quantidade de energia mecânica transformada em energia térmica durante este processo? c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 8 O atrito realiza sempre trabalho negativo, ou seja, todo o trabalho realizado pelo atrito converte as outras formas de energia em calor. Tanto na subida quanto na descida o atrito realiza um trabalho: W = ~Fat · ~d = −Fatd = − (mgµ cosα) v 2 0 2g (senα + µ cosα) = − µ cosαmv20 2 (senα + µ cosα) Assim o trabalho total realizado é o dobro deste: Wat = − µ cosαmv 2 0 senα + µ cosα ou ainda Wat = − mv 2 0 1 + µ−1tanα d) Em que velocidade o bloco retornará ao ponto de partida? Podemos obter este resultado de duas formas: Calculando o trabalho de todas as forças na subida e na descida ou lembrando que a gravidade é uma força conservativa. Como a gravidade é uma força conservativa, cujo trabalho realizado só depende da altura do bloco, quando o bloco retorna ao mesmo ponto o trabalho realizado pela gravidade é nulo. Só temos que considerar portanto o trabalho da força de atrito: ∆K = 12mv 2 f − 1 2mv 2 0 = − µ cosαmv20 senα + µ cosα 1 2mv 2 f = 1 2mv 2 0 − µ cosαmv20 senα + µ cosα = mv 2 0senα +mv20µ cosα− 2µ cosαmv20 2 (senα + µ cosα) vf = √ senα− µ cosα senα + µ cosαv0 Exercício 4 Um corpo de massa m acelera-se uniformemente, partindo do repouso até a velocidade vf , no tempo tf . a) Mostre que o trabalho realizado sobre o corpo, como função do tempo t em função de vf e tf é dado por: 1 2m v2f t2f t2 c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 9 Se o corpo se acelera uniformemente, a força resultante que atua sobre ele é constante e tem módulo F = ma. Por esta razão nos basta obter a aceleração e saber qual foi o deslocamento até um dado instante t para calcular o trabalho realizado até este instante. Para todo o intervalo de tempo a aceleração instantânea coincide com a aceleração média neste caso: a = ∆v∆t = vf − 0 tf − 0 = vf tf A força portanto é F = mvf tf . Em um instante t qualquer o deslocamento do corpo desde a origem é: ∆x (t) = 12at 2 = vf t 2 2tf E o trabalho realizado é uma função do tempo: W (t) = F∆x (t) = mv2f 2 ( t tf )2 b) Em função do tempo t, qual a potência instantânea fornecida ao corpo? Pela definição de potência como sendo a quantidade de trabalho realizada em um certo tempo: P = dWdt = mv2f t2f t E notamos que um corpo acelerado absorve energia cada vez mais rápido da força que é apli- cada sobre ele. c) Qual a potência instantânea, em t = 10s, fornecida a um corpo de 1500kg que é uniforme- mente acelerado de 0 a 100km/h nestes 10s? Convertendo os valores para o SI: 100km/h = 27, 78m/s. Usando os valores dados: P (t = 10s) = 1500× (27, 78) 2 102 10 ≈ 1, 16× 10 5W ≈ 155cv Exercício 5 Um sistema formado por duas lâminas delgadas de mesma massa m, presas por uma mola de constante elástica k e massa desprezível, encontram-se sobre uma mesa horizontal. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 10 a) De que distância a mola está comprimida na posição de equilíbrio? Quando o sistema está em equilíbrio as forças que agem sobre cada corpo se anulam. Chamando de x0 a compressão da mola, para a lâmina de cima temos o equilíbrio: Fmola − P = 0 kx0 −mg = 0 x0 = mg k b) Comprime-se a lâmina superior, abaixando-a de uma distância adicional d a partir da posição de equilíbrio. De que distância ela subirá acima da posição de equilíbrio, supondo que a lâmina inferior permaneça em contato com a mesa? Vamos adotar um eixo vertical para descrever a posição da lâmina superior. Como é tudo pedido em relação à posição de equilíbrio, a origem pode ser escolhida nesta posição para facilitar a notação nos cálculos. Vamos chamar de x0 a posição de repouso da mola quando ainda não comprimida e apenas depois escolher a origem. Abaixo ilustramos o passo-a-passo do procedimento de compressão e liberação da mola, indicando e nomeando cada posição da lâmina superior: Essa escolha nos permite escrever a força que a mola aplica sobre a lâmina como sendo: c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 11 F (x) = −k (x− x0) onde x pode ser positivo ou negativo. Note que se x está acima de x0 (mola estendida) a mola puxa a lâmina para baixo. No outro caso (x < x0 - mola comprimida) ela empurra a lâmina para cima. Vamos usar o teorema do trabalho - energia cinética: o trabalho realizado por todas as forças sobre um dado corpo é responsável por alterar a sua energia cinética. Sobre a lâmina de cima atuam a força da mola e a força peso, o tempo todo. Quando a lâmina acaba de ser solta a sua velocidade é nula e a energia cinética é nula. Quando a lâmina chega na altura máxima novamente sua velocidade é nula, assim como sua energia cinética. Temos portanto: ˆ h −d F (x) dx+ ˆ h −d (−P ) dx = 12mv 2 f − 1 2mv 2 0 ˆ h −d [−k (x− x0)] dx+ ˆ h −d (−mg) dx = 0 −12kh 2 + kx0h+ 1 2k (−d) 2 − kx0 (−d)−mg (h+ d) = 0 1 2k ( d2 − h2 ) + k (h+ d)x0 −mg (h+ d) = 0 Lembremos que x0 = mgk . Substituindo e reorganizando obtemos: h = d Ou seja, a lâmina de cima sobe de d acima da posição de repouso quando pressionamos a mola para baixo com deslocamento d. Isso nos diz que se deixarmos o movimento continuar veremos a lâmina oscilar para cima e para baixo com amplitude d ao redor da posição de equilíbrio. c) Qual é o valor mínimo de d no item b) para que a lâmina inferior salte da mesa? Na lâmina de baixo a força da mola age no sentido contrário do que age na lâmina de cima. Quando x é positivo a lâmina é puxada para cima (Fmola é positivo!) e quando x é negativo a lâmina é pressionada contra o solo (Fmola é negativo!). Para que ela deixe o solo devemos ter: Fmola ≥ mg k (x− x0) ≥ mg onde x é a posição da lâmina de cima. Queremos que a lâmina de cima suba até uma altura xmı´n que faça a lâmina de baixo apenas desencostar do solo. Para esta condição de mínimo devemos ter: k (xmı´n − x0) = mg xmı´n= x0 + mg k c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 12 Mas pelo ítem anterior temos xmı´n = hmı´n = dmı´n e x0 = mgk . Substituindo obtemos: dmı´n = 2 mg k Exercício 6 (Extra) Um bloco de gelo de 45kg escorrega por uma rampa sem atrito de 1, 5m de comprimento e 0, 90m de altura. Um operário aplica uma força no bloco, para cima, paralelamente à rampa, com uma intensidade suficiente para que ele desça com velocidade constante. Determine: a) a força exercida pelo operário; Figura 5: Bloco de gelo descendo a rampa - Exercício 1. Diagrama de forças do bloco. Para que o bloco desça a rampa com velocidade constante devemos ter ~a = 0. Para isso, a resultante das forças em qualquer direção deve anular-se. Por esta razão, conforme a Fig. 5, na direção paralela ao plano a projeção da força peso deve ser igual à força exercida pelo operário. Assim temos: Fop. = P|| = P senθ = P h d = (450)0, 91, 5 = 270N b) o trabalho executado sobre o bloco pelo operário; Se o bloco desliza por toda a rampa ele percorre 1, 5m e o operário aplica uma força contrária a este movimento. O trabalho realizado pelo operário é: Wop. = ~Fop. · ~d = Fop.d cos 180 = −270× 1, 5 = −405J Ou seja, o operário é empurrado pelo bloco e freia seu movimento, realizando um trabalho negativo (reduzindo a energia do bloco). c) o trabalho executado sobre o bloco pelo seu peso; c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 13 A energia armazenada na forma de energia potencial gravitacional é convertida em energia cinética através da realização de trabalho pela força peso. Neste caso, podemos calcular o trabalho da força peso de três maneiras distintas: através da definição W = ~F · ~d Wg = ~P · ~d = Pd cos (90− θ) = Pdsenθ = 405J através do equacionamento da energia: ∆K = 0 = Wop. +Wg Wg = −Wop. = 405J ou através do fato que a força gravitacional é conservativa: Wg = ∆E = mgh = 450× 0, 9 = 405J d) o trabalho executado sobre o bloco pela força normal exercida pela rampa; A força normal atua perpendicularmente ao deslocamento do bloco de gelo e portanto não realiza trabalho: WN = Nd cos 90 = 0. e) o trabalho total executado sobre o bloco. O trabalho total realizado sobre o bloco é responsável pela alteração total do seu estado de movimento. Como o bloco permanece com a mesma velocidade e mesma massa (ou seja, mesma energia cinética), o trabalho total realizado é nulo. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com
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